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Simples apostas com amigos<br />
são feitas todos os dias como<br />
uma brincadeira inocente, mas<br />
algumas delas podem se tornar<br />
realidade e levar um participante a um<br />
grande prejuízo. Não acredita? É o que<br />
acontece no golfe, onde um lance de sorte<br />
pode por em risco um patrimônio.<br />
O golfe ficou fora dos Jogos Olímpicos<br />
Modernos por 112 anos, retornando<br />
em 2016, nos jogos do Rio de Janeiro.<br />
Justin Rose, golfista britânico, celebrou a<br />
volta do esporte da melhor maneira possível:<br />
com um Hole in One. Um feito inédito<br />
até então em um campeonato Olímpico.<br />
O Hole in One, ou jogada perfeita,<br />
é a tacada mais difícil e mais valiosa no<br />
golfe e consiste em acertar o buraco na<br />
primeira tacada. Ao vencedor, fica a glória<br />
de integrar o seleto hall daqueles que são 1<br />
em 12,5 mil, mas também uma conta bem<br />
gorda para pagar. Isso porque os jogadores<br />
que praticam o esporte levam suas apostas<br />
muito a sério e quem acerta a jogada<br />
perfeita precisa pagar uma festa inteira,<br />
para que todos os presentes celebrem a<br />
conquista. “Não é uma obrigação, mas a<br />
tradição é tão forte que sempre acontece<br />
uma comemoração”, conta Antonio Padua,<br />
presidente da Federação Paulista de Golfe.<br />
Ele enfatiza ainda que “fazer um hole in<br />
one é uma emoção muito grande. Existem<br />
golfistas muito talentosos, que jogam há<br />
décadas, que nunca fizeram a jogada na<br />
carreira. Comemorei muito os dois que<br />
já fiz em campos oficiais – o último deles<br />
há um ano, em Poços de Caldas”.<br />
❙❙Marcelo Goldman, da Tokio Marine<br />
Se em 1991 o número de praticantes<br />
de golfe no Brasil era de, aproximadamente,<br />
7 mil, e em 2011 já havia saltado<br />
para 25 mil, esse certamente é um cenário<br />
que apresenta crescimento de riscos e que<br />
precisa ser olhado de perto, assim como<br />
o mercado de seguros olha para outros<br />
esportes.<br />
A Federação Paulista de Golfe – FPG<br />
– hoje conta com cerca de 5 mil filiados<br />
e, embora não existam dados anteriores<br />
sobre o número de Hole in One, vários já<br />
ocorreram entre esses jogadores. A partir<br />
de 2016, a entidade começou a não só<br />
contabilizá-los, mas também a promover<br />
o Embrase Hole in One Club, evento que<br />
premiará os jogadores que conquistarem o<br />
feito. Por isso, sabe-se que de janeiro deste<br />
ano até o final de julho foram registrados<br />
44 jogadas perfeitas em campos paulistas.<br />
Almoço, jantar ou happy hour<br />
A cobertura Hole in One está atrelada<br />
ao seguro residencial, como um adicional<br />
à Responsabilidade Civil familiar, e<br />
cobre as despesas como bebidas, comidas<br />
e até lembrancinhas alusivas ao grande<br />
feito esportivo.<br />
A Tokio Marine, que oferece essa<br />
cobertura adicional, explicita em seu<br />
clausulado que o segurado deverá estar<br />
na condição de golfista amador, que tem<br />
no golfe um hobby, não lucrativo, para<br />
receber a indenização, tanto pelo hole<br />
in one quanto pela jogada conhecida<br />
como albatroz (completar o buraco com<br />
três tacadas abaixo do par). Entre outras<br />
condições, está a necessidade do sinistro<br />
ocorrer em campeonatos, torneios ou<br />
treinos em clubes de golfe comerciais que<br />
tenha, no mínimo, nove buracos e que<br />
esteja sendo disputada por, no mínimo,<br />
dois jogadores.<br />
Quem é que sabia?<br />
Esse é um produto que pode ficar<br />
escondido dentro da prateleira, perdido<br />
em meio a tantas outras coberturas que<br />
podem parecer mais urgentes. Esse é um<br />
bom motivo para o corretor conhecer melhor<br />
seu cliente: a venda consultiva passa<br />
também pelo profissional da corretagem<br />
saber quais são os hobbies de seu cliente,<br />
evitando que uma tacada de sorte no momento<br />
de diversão acabe em um prejuízo.<br />
Isso mostra que é preciso ter diálogo com<br />
as seguradoras com as quais ele trabalha.<br />
Adriano Fernandes, diretor de Personal<br />
Lines da Sompo Seguros, afirma que é<br />
esse olhar atento que traz produtos que<br />
conseguem abranger a maior gama de<br />
mercado possível. “Nesse caso específico,<br />
detectamos que havia corretores de<br />
seguros que atendiam clubes de golfe e<br />
que teriam mais oportunidades de fechar<br />
negócios se incluíssemos essa cobertura<br />
agregada ao seguro residencial. Essa cobertura<br />
já é uma realidade na companhia<br />
há algum tempo”, pontua o executivo.<br />
O perfil do segurado, geralmente,<br />
é de alguém de alto padrão que já está<br />
familiarizado com o hábito de comprar<br />
seguros, como executivos de classe média<br />
alta. “O que fizemos foi disponibilizar<br />
essa cobertura adicional e outras que<br />
agregam valor ao esporte para permitir<br />
ao segurado o direito de escolha por sua<br />
contratação”, afirma Fernandes.<br />
Já a Tokio Marine teve sua decisão<br />
bastante baseada na intimidade que possui<br />
com os clientes japoneses. “Incluímos<br />
essa cobertura em nosso produto para<br />
atender um público específico que é praticante<br />
desse esporte, sendo que a colônia<br />
japonesa – um de nossos segmentos foco<br />
– faz parte do público”, revela o diretor<br />
Executivo Técnico de Massificados,<br />
Marcelo Goldman.<br />
Quanto à contratação, ela é feita<br />
por pessoa física, até mesmo porque a<br />
cobertura está dentro do seguro residencial,<br />
mas abrange não só o clube ou<br />
❙❙Adriano Fernandes, da Sompo