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Revista Apólice #214

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Simples apostas com amigos<br />

são feitas todos os dias como<br />

uma brincadeira inocente, mas<br />

algumas delas podem se tornar<br />

realidade e levar um participante a um<br />

grande prejuízo. Não acredita? É o que<br />

acontece no golfe, onde um lance de sorte<br />

pode por em risco um patrimônio.<br />

O golfe ficou fora dos Jogos Olímpicos<br />

Modernos por 112 anos, retornando<br />

em 2016, nos jogos do Rio de Janeiro.<br />

Justin Rose, golfista britânico, celebrou a<br />

volta do esporte da melhor maneira possível:<br />

com um Hole in One. Um feito inédito<br />

até então em um campeonato Olímpico.<br />

O Hole in One, ou jogada perfeita,<br />

é a tacada mais difícil e mais valiosa no<br />

golfe e consiste em acertar o buraco na<br />

primeira tacada. Ao vencedor, fica a glória<br />

de integrar o seleto hall daqueles que são 1<br />

em 12,5 mil, mas também uma conta bem<br />

gorda para pagar. Isso porque os jogadores<br />

que praticam o esporte levam suas apostas<br />

muito a sério e quem acerta a jogada<br />

perfeita precisa pagar uma festa inteira,<br />

para que todos os presentes celebrem a<br />

conquista. “Não é uma obrigação, mas a<br />

tradição é tão forte que sempre acontece<br />

uma comemoração”, conta Antonio Padua,<br />

presidente da Federação Paulista de Golfe.<br />

Ele enfatiza ainda que “fazer um hole in<br />

one é uma emoção muito grande. Existem<br />

golfistas muito talentosos, que jogam há<br />

décadas, que nunca fizeram a jogada na<br />

carreira. Comemorei muito os dois que<br />

já fiz em campos oficiais – o último deles<br />

há um ano, em Poços de Caldas”.<br />

❙❙Marcelo Goldman, da Tokio Marine<br />

Se em 1991 o número de praticantes<br />

de golfe no Brasil era de, aproximadamente,<br />

7 mil, e em 2011 já havia saltado<br />

para 25 mil, esse certamente é um cenário<br />

que apresenta crescimento de riscos e que<br />

precisa ser olhado de perto, assim como<br />

o mercado de seguros olha para outros<br />

esportes.<br />

A Federação Paulista de Golfe – FPG<br />

– hoje conta com cerca de 5 mil filiados<br />

e, embora não existam dados anteriores<br />

sobre o número de Hole in One, vários já<br />

ocorreram entre esses jogadores. A partir<br />

de 2016, a entidade começou a não só<br />

contabilizá-los, mas também a promover<br />

o Embrase Hole in One Club, evento que<br />

premiará os jogadores que conquistarem o<br />

feito. Por isso, sabe-se que de janeiro deste<br />

ano até o final de julho foram registrados<br />

44 jogadas perfeitas em campos paulistas.<br />

Almoço, jantar ou happy hour<br />

A cobertura Hole in One está atrelada<br />

ao seguro residencial, como um adicional<br />

à Responsabilidade Civil familiar, e<br />

cobre as despesas como bebidas, comidas<br />

e até lembrancinhas alusivas ao grande<br />

feito esportivo.<br />

A Tokio Marine, que oferece essa<br />

cobertura adicional, explicita em seu<br />

clausulado que o segurado deverá estar<br />

na condição de golfista amador, que tem<br />

no golfe um hobby, não lucrativo, para<br />

receber a indenização, tanto pelo hole<br />

in one quanto pela jogada conhecida<br />

como albatroz (completar o buraco com<br />

três tacadas abaixo do par). Entre outras<br />

condições, está a necessidade do sinistro<br />

ocorrer em campeonatos, torneios ou<br />

treinos em clubes de golfe comerciais que<br />

tenha, no mínimo, nove buracos e que<br />

esteja sendo disputada por, no mínimo,<br />

dois jogadores.<br />

Quem é que sabia?<br />

Esse é um produto que pode ficar<br />

escondido dentro da prateleira, perdido<br />

em meio a tantas outras coberturas que<br />

podem parecer mais urgentes. Esse é um<br />

bom motivo para o corretor conhecer melhor<br />

seu cliente: a venda consultiva passa<br />

também pelo profissional da corretagem<br />

saber quais são os hobbies de seu cliente,<br />

evitando que uma tacada de sorte no momento<br />

de diversão acabe em um prejuízo.<br />

Isso mostra que é preciso ter diálogo com<br />

as seguradoras com as quais ele trabalha.<br />

Adriano Fernandes, diretor de Personal<br />

Lines da Sompo Seguros, afirma que é<br />

esse olhar atento que traz produtos que<br />

conseguem abranger a maior gama de<br />

mercado possível. “Nesse caso específico,<br />

detectamos que havia corretores de<br />

seguros que atendiam clubes de golfe e<br />

que teriam mais oportunidades de fechar<br />

negócios se incluíssemos essa cobertura<br />

agregada ao seguro residencial. Essa cobertura<br />

já é uma realidade na companhia<br />

há algum tempo”, pontua o executivo.<br />

O perfil do segurado, geralmente,<br />

é de alguém de alto padrão que já está<br />

familiarizado com o hábito de comprar<br />

seguros, como executivos de classe média<br />

alta. “O que fizemos foi disponibilizar<br />

essa cobertura adicional e outras que<br />

agregam valor ao esporte para permitir<br />

ao segurado o direito de escolha por sua<br />

contratação”, afirma Fernandes.<br />

Já a Tokio Marine teve sua decisão<br />

bastante baseada na intimidade que possui<br />

com os clientes japoneses. “Incluímos<br />

essa cobertura em nosso produto para<br />

atender um público específico que é praticante<br />

desse esporte, sendo que a colônia<br />

japonesa – um de nossos segmentos foco<br />

– faz parte do público”, revela o diretor<br />

Executivo Técnico de Massificados,<br />

Marcelo Goldman.<br />

Quanto à contratação, ela é feita<br />

por pessoa física, até mesmo porque a<br />

cobertura está dentro do seguro residencial,<br />

mas abrange não só o clube ou<br />

❙❙Adriano Fernandes, da Sompo

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