Revista Apólice #203
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produtos | objetos pessoais<br />
Em São Paulo, aliás, o número de<br />
bikes que circulam pela Avenida Paulista<br />
em horário de pico cresceu 279% desde a<br />
inauguração da ciclovia no local, em 28<br />
de junho deste ano. A primeira contagem<br />
da Companhia de Engenharia de Tráfego<br />
(CET), feita em setembro de 2014, apontava<br />
254 bicicletas. Já em 30 de junho<br />
deste ano, dois dias depois da abertura da<br />
ciclovia, o número passou para 963.<br />
Mesmo em meio às polêmicas, a<br />
tendência é que a medida atraia novos<br />
ciclistas e faça com que os veteranos passem<br />
a pedalar ainda mais, seja por lazer<br />
ou para utilizar a bicicleta como transporte<br />
alternativo no dia-a-dia. E passando mais<br />
tempo nas ruas, as bicicletas ficam mais<br />
vulneráveis a roubos e furtos. De janeiro<br />
de 2014 a junho deste ano, somente o 93º<br />
Distrito Policial (DP) de Jaguaré, Zona<br />
Oeste de São Paulo, registrou 20 furtos e<br />
25 roubos. O 14º DP de Pinheiros somou<br />
28 e 7, respectivamente; e o 1º DP da Sé,<br />
2 roubos e 26 furtos. As ações também se<br />
estendem para os bairros de classe média,<br />
como Itaim Bibi (21 furtos e 2 roubos) e<br />
Perdizes (17 furtos). “Infelizmente não<br />
há um cadastro ou documento legal de<br />
posse de uma bike, o que dificulta muito<br />
a recuperação em caso de roubo”, declara<br />
o sócio-diretor da corretora Kalassa Brasil<br />
Insurance, Paulo Kalassa.<br />
O curioso é que, antes mesmo da<br />
abertura das novas ciclovias na cidade,<br />
o registro de seguros para as “magrelas”<br />
Luiz Fernando Giovannini, da Estar<br />
❙❙Seguro<br />
20<br />
já havia triplicado: em 2010, o Sincor-SP<br />
somava 350 bikes seguradas, número que<br />
saltou para 1,2 mil em 2014. “O mercado<br />
de seguros para bicicletas evoluiu por<br />
conta da visibilidade do produto”, lembra<br />
Luiz Fernando Giovannini, sócio-diretor<br />
da também corretora Estar Seguro.<br />
“O custo do seguro fica na ordem de<br />
R$ 500 ao ano, cifra que pode variar de<br />
acordo com o valor da bike e dos acessórios”,<br />
diz Kalassa. O produto é contratado<br />
por pessoas de todas as classes esportivas<br />
e de lazer, que na maioria dos casos tem<br />
como primeira necessidade a proteção<br />
contra roubo e furto enquanto pedala,<br />
transporta ou até mesmo quando a bike<br />
se encontra dentro da própria residência.<br />
Segundo Giovannini, havendo outras<br />
coberturas o cliente pode avaliar o que<br />
incluir. “Diria que este seguro é um pouco<br />
diferente das proteções tradicionais”,<br />
pontua. Danos causados pelo veículo<br />
transportador (como colisão) também<br />
são segurados, desde que a bike esteja<br />
devidamente alocada em racks ou thule.<br />
Acessórios<br />
Dicas de contratação<br />
❙❙Guilherme Olivetti, da Chubb Seguros<br />
Muita gente não sabe, mas joias e<br />
relógios também podem ser segurados.<br />
“A demanda ainda é tímida não só por<br />
desconhecimento, mas porque alguns<br />
segurados não se sentem confortáveis<br />
Assim como nos seguros tradicionais, ao contratar uma proteção<br />
para bens pessoais é importante prestar atenção aos<br />
riscos excluídos. Lauro Faria, da Escola Nacional de Seguros,<br />
pontua quais itens geralmente não são considerados por estes produtos:<br />
- Em caso de quebra do bem, o seguro só cobre o dano causado<br />
por acidente, incêndio, queda de raio, impacto de veículo ou tentativa<br />
de roubo. Se o segurado, por descuido, deixou o celular na chuva e ele<br />
parou de funcionar, o seguro não cobre;<br />
- Furto simples, furto de bem deixado dentro de veículo (exceto em<br />
caso de roubo do veículo), extravio, perda ou desaparecimento, subtração<br />
sem violência ou grave ameaça e bens deixados em áreas abertas<br />
também são exclusões;<br />
- Nos seguros para bens de luxo, a aprovação e detalhamento das<br />
coberturas das apólices são feitos com o apoio da avaliação de especialistas<br />
responsáveis pela elaboração de um relatório. O documento<br />
detalha os bens e as sugestões de adoção de medidas de prevenção à<br />
segurança pessoal e patrimonial, de acordo com o perfil do segurado.<br />
No caso de obras de arte, a melhor forma de se obter uma avaliação<br />
é procurar um escritório de arte conceituado. Geralmente, as obras<br />
avaliadas possuem laudo de autenticidade e valor de mercado, serviço<br />
conhecido como expertise;<br />
- Para as joias, o seguro não garante o valor afetivo. A avaliação pode<br />
ser feita por um designer ou joalheiro reconhecido no mercado. Das particularidades<br />
desses bens deriva a diferença do cálculo entre os seguros de<br />
automóvel e de obras de arte, joias, acervos particulares e coleções valiosas.