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Jornal das Oficinas 149

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81<br />

Como vai a Hastings<br />

posicionar-se na Europa?<br />

A Hastings tem certificações ISO e um leque de clientes muito vasto<br />

na América do Norte e do Sul, desde fabricantes de automóveis,<br />

de compressores, de motores industriais. Logo, mesmo que o produto seja<br />

para aftermarket, a marca garante um nível de qualidade OEM. “Sabemos<br />

que o nosso valor é reconhecido por aqui, temos qualidade OEM e<br />

o grande objetivo é jogar com o preço competitivo, mais baixo do que<br />

o <strong>das</strong> marcas premium. É, dessa forma, que vamos captar a atenção<br />

do mercado”, refere Romy Laxamana. Quanto à rapidez na entrega<br />

de componentes, o facto de existir stock local na fábrica checa, permite<br />

entregar os pedidos entre um a dois dias. A partir daqui e percebendo<br />

onde não existe produto, a Hastings vai começar a desenvolver novas<br />

referências para responder a to<strong>das</strong> as solicitações.<br />

conseguem fazer uma melhor gestão de<br />

toda a produção.<br />

A fábrica dos EUA produz 80% aftermarket<br />

e 20% OEM, enquanto a fábrica<br />

checa faz precisamente o contrário: 90%<br />

OEM e 10% aftermarket. Ainda assim, no<br />

total e no futuro, Laxamana acredita que,<br />

nas duas unidades, o total da produção<br />

se cifre em 80% dos componentes para<br />

a esta empresa norte-americana. O seu<br />

mercado principal é a América do Norte,<br />

mas conta ainda com enorme tradição na<br />

América Latina, desde o México ao Brasil.<br />

Historicamente, a empresa nunca esteve<br />

presente em nenhum outro mercado para<br />

além desses dois. E como não se pode<br />

expandir na Europa sem investimento e<br />

sem produtos específicos, a melhor forma<br />

de suprimir esta lacuna foi a aquisição de<br />

uma fábrica de segmentos de pistão na<br />

República Checa, a Buzuluk, que opera<br />

no mercado desde 1935. Sendo uma empresa<br />

100% Hastings, passou a chamar-se<br />

Komarov. Para além da fábrica, que vai<br />

produzir para a Europa, a Hastings abriu,<br />

também, um armazém nesta localização<br />

para armazenar os seus produtos, promovendo<br />

ainda um serviço de atendimento<br />

ao cliente. Desta forma, fica com<br />

a possibilidade de oferecer aos clientes<br />

europeus uma excelente alternativa, com<br />

stocks, apoio local, informativo e técnico.<br />

Romy Laxamana, responsável da Hastings<br />

para o mercado português, acredita que,<br />

progressivamente, a marca vai consolidar<br />

a sua posição no mercado.<br />

n GAMA INCLUI MOTORES EUROPEUS<br />

Apesar dos seus componentes estarem<br />

mais adaptados e preparados para qualquer<br />

motor americano, também podem ser<br />

utilizados em motores europeus. Não de<br />

Gama e processo<br />

de produção<br />

A linha de produtos da Hastings é composta por mais de 16 mil referências<br />

e mais de 25 mil conjuntos únicos de segmentos de pistão, com diâmetros<br />

de 1,75” até 10”. Podem ser produzidos em ferro fundido, ferro nodular<br />

de alta tensão, 9254/1070 aços e 201/301 aços inoxidáveis. A cobertura<br />

de cada uma destas peças pode ser feita com plasma, nitrato de crómio<br />

e fosfato de manganésio. Os perfis dos segmentos de pistão podem ser<br />

retangulares, em formato de barril, torsional e tipo chave. Cada peça<br />

é produzida com equipamentos desenvolvidos pela Hastings, em parceria<br />

com outros equipamentos que são adquiridos a líderes na indústrias<br />

de produção de segmentos de pistão, como os divisores Sundstrand,<br />

Trituradores Besley e Nissei, máquinas de fresamento de furos e ainda<br />

máquinas trituradoras <strong>das</strong> SIM e Dimaco.<br />

uma forma tão abrangente mas, em breve,<br />

a empresa vai conseguir componentes para<br />

to<strong>das</strong> as aplicações. Até final deste ano,<br />

acredita ser possível ter a maior cobertura<br />

do mercado europeu em segmentos de<br />

pistão entre as marcas premium. Será a<br />

fábrica checa a que terá maior apetência<br />

para construir segmentos de pistão<br />

para motores Diesel, enquanto nos EUA a<br />

tendência é produzir mais componentes<br />

como este para motores a gasolina. Assim,<br />

E o mercado português?<br />

As expectativas para Portugal encaixam, exatamente, nas mesmas que<br />

a marca tem para a Europa. Ou seja, Portugal deverá crescer ao mesmo<br />

tempo que a marca for sendo lançada e for ficando mais conhecida no<br />

Velho Continente. A aquisição da Buzuluk e da fábrica na República Checa é<br />

o grande catalisador da chegada da Hastings à Europa. E tem sido possível<br />

observar o crescimento do mercado, especialmente na região EMEA. Com<br />

as ferramentas atuais, vai ser possível crescer em território luso.<br />

Em Portugal, a Hastings é representada pela empresa Solucas (contacto:<br />

Filomena.pires@solucas.pt).<br />

aftermarket e 20% para OEM. “Podemos<br />

mudar um pouco o paradigma”, assegura.<br />

n ESTRATÉGIA PARA O MERCADO<br />

Como vai a Hastings chegar a todos os<br />

clientes, distribuidores e ao mercado?<br />

Tem um programa de implementação<br />

multifacetado. Para além da ligação aos<br />

distribuidores, tem marcado presença em<br />

feiras, como a Automechanika Frankfurt<br />

ou Dubai.<br />

Depois, há a vertente da publicidade e<br />

<strong>das</strong> relações com a imprensa, onde tentam<br />

explicar o trabalho da empresa através<br />

de artigos técnicos, de formação e de<br />

aconselhamento. Para concluir, quando<br />

questionado sobre o fim dos motores<br />

de combustão, Romy Laxamana acredita<br />

que o veículo elétrico ainda precisa de<br />

algum tempo para ganhar mais terreno<br />

ao motor de combustão. Por isso, ainda<br />

existe muito espaço para a Hastings<br />

crescer. ✱<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2018

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