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Como vai a Hastings<br />
posicionar-se na Europa?<br />
A Hastings tem certificações ISO e um leque de clientes muito vasto<br />
na América do Norte e do Sul, desde fabricantes de automóveis,<br />
de compressores, de motores industriais. Logo, mesmo que o produto seja<br />
para aftermarket, a marca garante um nível de qualidade OEM. “Sabemos<br />
que o nosso valor é reconhecido por aqui, temos qualidade OEM e<br />
o grande objetivo é jogar com o preço competitivo, mais baixo do que<br />
o <strong>das</strong> marcas premium. É, dessa forma, que vamos captar a atenção<br />
do mercado”, refere Romy Laxamana. Quanto à rapidez na entrega<br />
de componentes, o facto de existir stock local na fábrica checa, permite<br />
entregar os pedidos entre um a dois dias. A partir daqui e percebendo<br />
onde não existe produto, a Hastings vai começar a desenvolver novas<br />
referências para responder a to<strong>das</strong> as solicitações.<br />
conseguem fazer uma melhor gestão de<br />
toda a produção.<br />
A fábrica dos EUA produz 80% aftermarket<br />
e 20% OEM, enquanto a fábrica<br />
checa faz precisamente o contrário: 90%<br />
OEM e 10% aftermarket. Ainda assim, no<br />
total e no futuro, Laxamana acredita que,<br />
nas duas unidades, o total da produção<br />
se cifre em 80% dos componentes para<br />
a esta empresa norte-americana. O seu<br />
mercado principal é a América do Norte,<br />
mas conta ainda com enorme tradição na<br />
América Latina, desde o México ao Brasil.<br />
Historicamente, a empresa nunca esteve<br />
presente em nenhum outro mercado para<br />
além desses dois. E como não se pode<br />
expandir na Europa sem investimento e<br />
sem produtos específicos, a melhor forma<br />
de suprimir esta lacuna foi a aquisição de<br />
uma fábrica de segmentos de pistão na<br />
República Checa, a Buzuluk, que opera<br />
no mercado desde 1935. Sendo uma empresa<br />
100% Hastings, passou a chamar-se<br />
Komarov. Para além da fábrica, que vai<br />
produzir para a Europa, a Hastings abriu,<br />
também, um armazém nesta localização<br />
para armazenar os seus produtos, promovendo<br />
ainda um serviço de atendimento<br />
ao cliente. Desta forma, fica com<br />
a possibilidade de oferecer aos clientes<br />
europeus uma excelente alternativa, com<br />
stocks, apoio local, informativo e técnico.<br />
Romy Laxamana, responsável da Hastings<br />
para o mercado português, acredita que,<br />
progressivamente, a marca vai consolidar<br />
a sua posição no mercado.<br />
n GAMA INCLUI MOTORES EUROPEUS<br />
Apesar dos seus componentes estarem<br />
mais adaptados e preparados para qualquer<br />
motor americano, também podem ser<br />
utilizados em motores europeus. Não de<br />
Gama e processo<br />
de produção<br />
A linha de produtos da Hastings é composta por mais de 16 mil referências<br />
e mais de 25 mil conjuntos únicos de segmentos de pistão, com diâmetros<br />
de 1,75” até 10”. Podem ser produzidos em ferro fundido, ferro nodular<br />
de alta tensão, 9254/1070 aços e 201/301 aços inoxidáveis. A cobertura<br />
de cada uma destas peças pode ser feita com plasma, nitrato de crómio<br />
e fosfato de manganésio. Os perfis dos segmentos de pistão podem ser<br />
retangulares, em formato de barril, torsional e tipo chave. Cada peça<br />
é produzida com equipamentos desenvolvidos pela Hastings, em parceria<br />
com outros equipamentos que são adquiridos a líderes na indústrias<br />
de produção de segmentos de pistão, como os divisores Sundstrand,<br />
Trituradores Besley e Nissei, máquinas de fresamento de furos e ainda<br />
máquinas trituradoras <strong>das</strong> SIM e Dimaco.<br />
uma forma tão abrangente mas, em breve,<br />
a empresa vai conseguir componentes para<br />
to<strong>das</strong> as aplicações. Até final deste ano,<br />
acredita ser possível ter a maior cobertura<br />
do mercado europeu em segmentos de<br />
pistão entre as marcas premium. Será a<br />
fábrica checa a que terá maior apetência<br />
para construir segmentos de pistão<br />
para motores Diesel, enquanto nos EUA a<br />
tendência é produzir mais componentes<br />
como este para motores a gasolina. Assim,<br />
E o mercado português?<br />
As expectativas para Portugal encaixam, exatamente, nas mesmas que<br />
a marca tem para a Europa. Ou seja, Portugal deverá crescer ao mesmo<br />
tempo que a marca for sendo lançada e for ficando mais conhecida no<br />
Velho Continente. A aquisição da Buzuluk e da fábrica na República Checa é<br />
o grande catalisador da chegada da Hastings à Europa. E tem sido possível<br />
observar o crescimento do mercado, especialmente na região EMEA. Com<br />
as ferramentas atuais, vai ser possível crescer em território luso.<br />
Em Portugal, a Hastings é representada pela empresa Solucas (contacto:<br />
Filomena.pires@solucas.pt).<br />
aftermarket e 20% para OEM. “Podemos<br />
mudar um pouco o paradigma”, assegura.<br />
n ESTRATÉGIA PARA O MERCADO<br />
Como vai a Hastings chegar a todos os<br />
clientes, distribuidores e ao mercado?<br />
Tem um programa de implementação<br />
multifacetado. Para além da ligação aos<br />
distribuidores, tem marcado presença em<br />
feiras, como a Automechanika Frankfurt<br />
ou Dubai.<br />
Depois, há a vertente da publicidade e<br />
<strong>das</strong> relações com a imprensa, onde tentam<br />
explicar o trabalho da empresa através<br />
de artigos técnicos, de formação e de<br />
aconselhamento. Para concluir, quando<br />
questionado sobre o fim dos motores<br />
de combustão, Romy Laxamana acredita<br />
que o veículo elétrico ainda precisa de<br />
algum tempo para ganhar mais terreno<br />
ao motor de combustão. Por isso, ainda<br />
existe muito espaço para a Hastings<br />
crescer. ✱<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2018