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Jornal das Oficinas 149

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Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

95<br />

uma mangueira. Ou ainda com aspiradores<br />

fixos, centralizados e complementados,<br />

todos eles com planos de aspiração da<br />

zona de preparação.<br />

l Uma maior pressão sobre o abrasivo<br />

não implica uma maior quantidade de<br />

material lixado. A pressão exercida deve<br />

ser ligeiramente superior ao próprio peso<br />

da lixadora para conseguir uma menor<br />

saturação, uma menor rugosidade (melhor<br />

acabamento) e aumentar a vida útil da lixa.<br />

l A lixadora deve trabalhar completamente<br />

plana na superfície a lixar e bem apoiada<br />

para evitar vibrações na ferramenta ou<br />

ondulações na superfície. Se a lixadora<br />

estiver inclinada relativamente à superfície<br />

a lixar, apoiando unicamente o rebordo<br />

exterior, causará maior dano, podendo<br />

atravessar rapidamente o produto a lixar.<br />

n PROCESSO DE LIXAMENTO<br />

l É muito importante realizar um processo<br />

de lixamento gradual ou progressivo<br />

para lixas mais finas, até atingir o nível de<br />

acabamento pretendido. Por conseguinte,<br />

no lixamento a seco, o salto entre dois processos<br />

de lixamento não deve ser superior a<br />

três. Se se pretende lixar uma determinada<br />

pintura para, posteriormente, aplicar uma<br />

segunda, os sulcos do lixamento da primeira<br />

deverão ser pequenos o suficiente<br />

para serem cobertos pela segunda pintura.<br />

Mas se a granulometria de acabamento<br />

for utilizada desde o princípio, o processo<br />

pode ser excessivamente dispendioso no<br />

que respeita a tempo e lixas, pelo que<br />

é necessário começar com um abrasivo<br />

mais grosseiro. Mas antes de chegar à<br />

lixa final, é imprescindível estabelecer<br />

o número necessário de etapas de lixas<br />

intermédias, de modo a que a lixa usada<br />

não se limite a arrancar material <strong>das</strong> arestas<br />

cria<strong>das</strong> pela anterior e a cobrir os sulcos<br />

com o material erodido, já que ainda que<br />

a superfície pareça uniforme ao tato, a<br />

pintura de acabamento aplicada será<br />

afetada pelos sulcos, tornando visíveis<br />

as marcas do lixamento.<br />

l Os sistemas de lixamento podem<br />

distinguir-se da seguinte forma:<br />

l Lixamento a seco ou com água.<br />

l Lixamento manual ou à máquina.<br />

l O lixamento com água só é recomendável<br />

para lixamentos finos (a partir de<br />

P1500) e em operações de eliminação de<br />

defeitos. Para os restantes processos de<br />

lixamento, é recomendável o lixamento<br />

a seco. As únicas vantagens do lixamento<br />

com água são a não saturação da lixa e<br />

uma menor produção de pó de lixamento,<br />

uma vez que este é arrastado com a água.<br />

Por outro lado, os inconvenientes originados<br />

são:<br />

l Visto tratar-se de um lixamento manual,<br />

é um processo mais dispendioso em termos<br />

de tempo e requer maior esforço físico<br />

do funcionário.<br />

l Antes de aplicar a camada seguinte<br />

de tinta, é necessário esperar a secagem<br />

completa da superfície.<br />

Lixamento a água<br />

Lixamento à mão<br />

l É necessário limpar em profundidade<br />

a superfície lixada para eliminar por<br />

completo os resíduos de lixamento, prestando<br />

atenção a reentrâncias e cavidades.<br />

l O contacto da água com a chapa<br />

metálica pode criar pontos de oxidação<br />

e sobre determina<strong>das</strong> tintas, como a massa<br />

ou aparelhos de preenchimento, irá gerar<br />

problemas de absorção, o que poderá dar<br />

origem a defeitos no processo de pintura.<br />

Para obter o mesmo grau de abrasão,<br />

um lixamento a seco com P500 seria<br />

equivalente a um lixamento com água<br />

com P1000-P1200.<br />

l O lixamento manual é recomendável<br />

quando não for possível utilizar uma lixadora.<br />

Por exemplo, em zonas de difícil<br />

acesso, extremidades, arestas ou na eliminação<br />

de pequenos defeitos, como<br />

manchas de sujidade. Nestes casos, deverá<br />

ser utilizada uma lixa com tacos (mais ou<br />

menos flexíveis) ou sem suporte sempre<br />

que forem utilizados abrasivos tridimensionais<br />

ou esponjas abrasivas. Caso não seja<br />

utilizado suporte, é recomendável seguir<br />

um movimento perpendicular à posição<br />

dos dedos (que devem estar juntos) para<br />

não originar marcas.<br />

l No lixamento de massa e aparelhos, é<br />

possível utilizar a guia de lixamento para<br />

controlar a correta nivelação da superfície.<br />

Esta é aplicada antes de lixar para permitir<br />

visualizar as zonas que ainda estão por<br />

nivelar durante o lixamento.<br />

l Antes de realizar os trabalhos de<br />

lixamento, é imprescindível selecionar<br />

os equipamentos de proteção individual<br />

necessários, máscara contra pó, luvas<br />

e óculos, para proteger a saúde do<br />

funcionário.<br />

Resumindo e concluindo: o resultado<br />

de um processo de lixamento dependerá<br />

de muitos fatores, tais como o tipo e formato<br />

de lixa utilizada, o tipo de abrasivo,<br />

a granulometria da lixa, se o lixamento é<br />

realizado com água ou a seco, manual ou<br />

à máquina, a órbita da lixadora, a pressão<br />

exercida, a velocidade de rotação utilizada,<br />

a rigidez ou a flexibilidade do suporte, a<br />

base sobre a qual é apoiada a lixa e o tipo<br />

de tinta lixada. ✱<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2018

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