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Analytica 90

Edição especial de 15 anos Metrologia Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso Microbiologia O Custo da contaminação microbiana Instrumentação e normalização A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro E mais: artigos, notícias e mercado.

Edição especial de 15 anos

Metrologia

Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso

Microbiologia

O Custo da contaminação microbiana

Instrumentação e normalização

A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro

E mais: artigos, notícias e mercado.

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />

R$20,00<br />

Sartorius<br />

Maior precisão para<br />

menores quantidades<br />

de amostra<br />

EDIÇÃO ESPECIAL DE 15 ANOS<br />

METROLOGIA<br />

Materiais de Referência Certificados produzidos<br />

pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às<br />

drogas de abuso<br />

MICROBIOLOGIA<br />

O Custo da contaminação microbiana<br />

INSTRUMENTAÇÃO E NORMALIZAÇÃO<br />

A competência dos laboratórios em avaliar<br />

produtos para diagnóstico in vitro<br />

E MAIS: artigos, notícias e mercado.


REVISTA<br />

Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />

EDITORIAL<br />

Em 2002, surgia no mercado a Revista <strong>Analytica</strong>, cujo objetivo era sanar a necessidade por<br />

informações e notícias sobre o amplo ramo do controle de qualidade industrial. E nesse aniversário<br />

de 15 anos, preparamos para o leitor uma entrevista com o criador da publicação, Sylvain Kernbaum,<br />

que falou sobre os processos e caminhos para abordar esse tema no mercado editorial.<br />

Além disso, circularemos na Analítica Latin América, evento referência em inovação e tendências<br />

da química analítica. Distribuída gratuitamente, convidamos todos a comparecer em nosso stand<br />

e bater um papo conosco, afim de compartilhar sua opinião e sugerir temas que gostariam de ler<br />

em nossa publicação.<br />

Outro material relevante da <strong>Analytica</strong> <strong>90</strong> é a entrevista com Ana Lucia da Silva Correa Lemos,<br />

pesquisadora e Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Instituto de Tecnologia de<br />

Alimentos (ITAL). Ali, conversamos sobre o legado até agora da “Operação Carne Fraca” da Policia<br />

Federal, que colocou em xeque a qualidade dos produtos cárneos consumidos no Brasil.<br />

Por fim, nessa edição, iremos abordar tudo o que há de mais interessante nos campos de<br />

metrologia, microbiologia e instrumentação analítica, sempre oferecendo um material que transita<br />

entre o técnico e o didático, ao ter como objetivo agradar desde leitores com conhecimentos<br />

básicos até os avançados.<br />

Boa feira.<br />

Boa leitura.<br />

4<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

11 3<strong>90</strong>0-23<strong>90</strong> | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />

DEN Editora - Revista <strong>Analytica</strong> - Av. Paulista, 2.073 - Ed. Horsa I - Cj. 2316 - 01311-940 - São Paulo-SP<br />

tel.: 11 3<strong>90</strong>0-23<strong>90</strong> - www.revistaanalytica.com.br - Benjamin Kernbaum - revista@revistaanalytica.com.br<br />

CNPJ.: 74.310.962/0001-83 - Insc. Est.: 113.931.870.114 - ISSN 1677-3055 - Filiado à:<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />

Publicidade e Redação: Sylvain Kernbaum | 11 98357-9857 | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral


MS


REVISTA<br />

Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />

ÍNDICE<br />

Artigo 1 14<br />

Controle de processos industriais: instrumentação analítica<br />

de processos X laboratório tradicional. Parte I: importância dos<br />

laboratórios em indústrias modernas<br />

Autores:<br />

Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto,<br />

Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira e Juscély Santos Carvalho<br />

04 Editorial<br />

12 Agenda<br />

Artigo 2 22<br />

Desenvolvimento e validação de metodologia<br />

para quantificação de quinina em extrato<br />

de quina vermelha (Cinchona officinalis l.) Pelo método de CLAE<br />

Capa 28<br />

Autores:<br />

Giovanni Fernando France dos Santos, Thiago Henrique Döring,<br />

Vanderlei Wessler e Monique Carniel Beltrami<br />

<strong>Analytica</strong> 15 anos 40<br />

Entrevista com<br />

Sylvain Kernbaum, criador da revista<br />

42 Entrevista<br />

8<br />

<strong>Analytica</strong>_Coverpage_08-2017_205x275mm.indd 1 21.08.2017 09:40:07<br />

Entrevista 42<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Sartorius<br />

Maior precisão para<br />

menores quantidades<br />

de amostra<br />

Pesquisadora do ITAL analisa os vultos e<br />

lições deixados pela Operação Carne Fraca<br />

44 Instrumentação<br />

e Normalização<br />

48 Metrologia<br />

52 Em foco<br />

Científico<br />

56 Em foco


REVISTA<br />

Ano 15 - Edição 89 - Jun/Jul 17<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Altmann 63<br />

Além Mar Comercial e Indústria S.A. 11<br />

Analítica Lab 57<br />

BCQ 47<br />

Cetal 37<br />

Charis 21<br />

Chemetric 67<br />

Ciencor 13<br />

Cral 61<br />

Disotax / Chromatech 6-7<br />

Dosage 53<br />

Feira Analítica 79<br />

Greiner 75<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Ika 51 | 59<br />

Labwin 49<br />

Las do Brasil 2-3 | 38-39<br />

Merse 5<br />

Nova Analítica 77 | 81<br />

Sartorius<br />

capa<br />

Sinapse 9<br />

Vacuubrand 71<br />

Veríssimo Logística 55<br />

Veolia 82-83<br />

Vibra-Stop 17<br />

Waters 84<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

10<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />

Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />

Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />

Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />

Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />

Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Angela dos Santos Martinez Alzamora, Claudio Kiyoshi Hirai, Eliane Costa Souza, Giovanni Fernando France dos Santos, João Paulo dos Santos, Juscély<br />

Santos Carvalho, Leonardo Sena Gomes Teixeira, Lúcia Helena Ferreira Santos, Luitgard Clayre Gabriel Carvalho de Lima, Mauricio Ferraz de Paiva, Monique<br />

Carniel Beltrami, Monique de Araújo Ramires Lima, Patrícia Silva Batista, Regianne Dourado de Oliveira, Rodrigo Borges de Oliveira, Tatiana Almeida Omura<br />

de Paula, Thiago Henrique Döring, Vanderlei Wessler, Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto e Yáskara Veruska Ribeiro Barros.


agenda<br />

Agenda 2017<br />

14º Analítica América Latina<br />

Data: 26 a 28/09/2017<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: maira.menezes@nm-brasil.com.br | (11) 3205 5023<br />

29º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />

Data: 22 a 25/10/2017<br />

Local: Rafain Palace Hotel e Convention Center – Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: Tel.: (11) 3813 9647 / (11) 3037 7095<br />

sbm@sbmicrobiologia.org.br / sbmicrobiologia.org.br/29cbm/site/<br />

Metrologia 2017<br />

Data: 26 a 29/11/2017<br />

Local: Gran Mareiro Hotel – Fortaleza / CE<br />

Informações: Tel.: (21) 2532 7373 / metrologia2017.org.br<br />

sbm@sbmicrobiologia.org.br / sbmicrobiologia.org.br/29cbm/site/<br />

3ª Escola Brasileira de Espectrometria de Massas<br />

Data: 03 a 08/12/2017<br />

Local: Hotel Serhs - Natal/RN<br />

Informações: escola.brmass.com<br />

FCE Pharma<br />

Data: 22 a 24/05/2018<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: fcepharma.com.b<br />

12<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />

18/09 a 22/09 - Indicadores da Qualidade<br />

25/09 a 09/10 - Análise e Interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />

02/10 a 16/10 - Avaliação da Conformidade<br />

09/10 a 25/10 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial (NBR ISO/IEC 17025)<br />

16/10 a 26/10 - Auditoria Interna<br />

30/10 a 06/11 - Indicadores da Qualidade<br />

06/11 a 27/11 - Incerteza de Medição<br />

13/11 a 28/11 - Análise e Interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />

20/11 a 30/11 - Validação de Métodos de Ensaio<br />

27/11 a 11/12 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial (NBR ISO/IEC 17025)<br />

04/12 a 13/12 - Fundamentos da Metrologia<br />

11/12 a 15/12 - Indicadores da Qualidade<br />

Mais informações em: metrologia.org.br


As melhores marcas,<br />

juntas para atender você.<br />

Escritório São Paulo São Paulo<br />

[11] 3872-1022<br />

Rua Boracéia, 177 • Barra Funda<br />

São Paulo • SP • CEP: 01135-010<br />

[11] 3872-1022<br />

www.ciencor.com.br


artigo 1<br />

Controle de processos<br />

industriais: instrumentação<br />

analítica de processos X laboratório<br />

tradicional. Parte I: importância dos<br />

laboratórios em indústrias modernas<br />

Autores:<br />

- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />

- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

- Juscély Santos Carvalho 1<br />

1 Faculdade Regional da Bahia – UNIRB<br />

2 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia – UFBA<br />

*contato: vanjolopes@hotmail.com<br />

14<br />

Imagem ilustrativa<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Resumo<br />

Nas últimas décadas, os laboratórios<br />

de controle de qualidade industriais<br />

têm perdido espaço para os sistemas<br />

analíticos dedicados instalados nas<br />

linhas de produção. Os sistemas dedicados,<br />

por serem automatizados e<br />

apresentarem respostas mais rápidas,<br />

diminuem os custos de mão de obra e<br />

maximizam a produtividade, com maior<br />

quantidade de produção especificada.<br />

Os laboratórios tradicionais, contudo,<br />

possuem capacidade de executar determinações<br />

intricadas e/ou inesperadas<br />

de pontos inusitados do processo;<br />

outra característica dos laboratórios é<br />

possibilidade de intervenção humana,<br />

onde o técnico especializado, conhecedor<br />

das etapas do processo, de suas<br />

possíveis alterações e dos impactos<br />

gerados nas diversas amostras, influencia<br />

na confiabilidade do resultado<br />

emitido. O principal objetivo deste<br />

trabalho é demonstrar, com exemplos<br />

de aplicações, que laboratórios tradicionais<br />

e sistemas dedicados são complementares<br />

e devem coexistir, respeitados<br />

seus limites de ação. Nesta parte<br />

inicial serão abordados os laboratórios<br />

convencionais nas indústrias.<br />

Palavras-chave: CZE,<br />

controle de processos; laboratórios<br />

de controle de qualidade; tempo de<br />

monitoramento.<br />

Abstract<br />

In recent decades, industrial<br />

quality control laboratories have<br />

lost ground to dedicated analytical<br />

systems installed on production lines.<br />

Dedicated systems, automated and<br />

with faster response, reduce labor<br />

costs and maximize productivity, with<br />

higher amount of production specified.<br />

Traditional laboratories, however,<br />

make it possible the determination of<br />

intricate and / or unexpected unusual<br />

process points. The possibility of<br />

human intervention is another<br />

characteristic of laboratories, in<br />

which the knowledgeable of process<br />

steps, possible changes and impacts<br />

caused in several samples skilled<br />

technician influences the reliability of<br />

the result. The objective of this work<br />

is to demonstrate, with examples<br />

of applications, that traditional<br />

laboratories and dedicated systems<br />

are complementary and must coexist,<br />

subjected to their limits of action. In<br />

this initial part of work, conventional<br />

laboratories in industries will be<br />

studied.<br />

Keywords: process control;<br />

quality control laboratories; time<br />

monitoring.<br />

Introdução<br />

Uma indústria sempre busca máxima<br />

produtividade como forma de<br />

maximizar sua lucratividade sem<br />

perda da qualidade dos produtos.<br />

Dentro deste contexto, uma unidade<br />

industrial é projetada para operar<br />

durante longos períodos, sem que<br />

haja interrupção da produção, e o<br />

produto final deve estar dentro dos<br />

limites das especificações definidas<br />

pela engenharia de produtos, clientes<br />

finais ou agências reguladoras.<br />

Portanto, é necessário haver um<br />

excelente serviço de manutenção à<br />

disposição da operação para evitar<br />

paradas inesperadas, bem como<br />

um sistema de controle de qualidade<br />

projetado e equipado para atender<br />

as necessidades desta indústria<br />

com uma equipe técnica qualificada.<br />

Aqui deve ser pontuado que, nas<br />

indústrias, não há diferenciação,<br />

como existe na academia, entre<br />

“Análises Químicas” e “Determinações<br />

Físicas”, sendo ambas tratadas<br />

como similares e sem qualquer<br />

distinção no controle de qualidade.<br />

Nas indústrias, apenas medições<br />

de pressão, temperatura, fluxo e<br />

nível são encaradas como variáveis<br />

de processo. Todas as demais<br />

determinações físicas de correntes


do processo (massa específica,<br />

pressão de vapor, temperatura de<br />

destilação, viscosidade, etc.) são<br />

encaradas como parâmetros de<br />

controle de qualidade do processo.<br />

Mesmo órgãos governamentais,<br />

quando definem parâmetros de<br />

especificações de produtos, não<br />

realizam esta distinção.<br />

Numa usina de biodiesel, para<br />

atender a legislação vigente (Resolução<br />

ANP 45/2014), ao se examinar<br />

a qualidade de uma amostra de<br />

biodiesel, deve-se verificar, dentre<br />

outros parâmetros, a massa específica<br />

(grandeza física) e a concentração<br />

de glicerina (grandeza química).<br />

Portanto, neste artigo emprega-se o<br />

tirocínio industrial, sem distinções<br />

entre “Análises Químicas” e “Determinações<br />

Físicas”, pois ambas são<br />

tratadas como ensaios que impactam<br />

na qualidade os produtos finais<br />

ou intermediários de uma indústria.<br />

A rotina de controle de qualidade<br />

de uma indústria tem algumas<br />

particularidades que o diferem de<br />

um laboratório de pesquisa ou de<br />

prestação de serviços. O primeiro<br />

critério que o destaca é relacionado<br />

à demanda, ou seja, mesmo que<br />

não exista uma grande variedade<br />

de matrizes e analitos em questão,<br />

certamente há um grande número<br />

de amostras a serem analisadas<br />

diariamente de diferentes etapas<br />

do processo produtivo. A palavra<br />

“diariamente”, aqui empregada,<br />

deve ser entendida ao pé da letra,<br />

pois muitas indústrias operam diuturnamente,<br />

durante os sete dias da<br />

semana, durante vários meses, com<br />

poucas paradas curtas eventuais e<br />

algumas paradas maiores previamente<br />

determinadas para a realização<br />

de manutenções preventivas<br />

nos equipamentos. Portanto, muitos<br />

laboratórios de controle de qualidade<br />

de uma indústria realizam monitoramentos<br />

de forma ininterrupta.<br />

Ainda na fase de implantação de<br />

uma indústria, do processo produtivo<br />

surge a informação sobre quais<br />

determinações serão necessárias,<br />

suas respectivas faixas de trabalho e<br />

limites de especificação, a frequência<br />

destas determinações, as de ordem<br />

de segurança e as de qualidade. De<br />

posse destas informações, os responsáveis<br />

pelas equipes de laboratório<br />

e de processo definem a rotina do<br />

laboratório, os métodos analíticos a<br />

serem empregados, os equipamentos<br />

necessários (e seus insumos),<br />

a quantidade e a qualificação dos<br />

técnicos necessários para o pleno<br />

funcionamento do parque analítico/<br />

instrumental. Este sistema deve ser<br />

capaz de atender a todas as expectativas<br />

previstas e imprevistas do setor<br />

de produção e estar dentro do orçamento<br />

disponível, para não extrapolar<br />

os custos da empresa.<br />

Dentre os sistemas analíticos<br />

existentes, pode-se citar os sistemas<br />

off-line (laboratorial convencional),<br />

at-line, on-line, in-line e on-line<br />

não invasivo (Figura 1).<br />

Em linhas gerais, nas análises<br />

off-line as amostras são coletas na<br />

área operacional e levadas para o<br />

laboratório, onde ocorre todo processo<br />

de análise. No sistema at-line,<br />

o instrumento é móvel, e muitas<br />

vezes portátil, e é levado para área<br />

operacional, onde a determinação<br />

química é realizada in situ. Em<br />

exames on-line, o equipamento é<br />

integrado à planta, interligado em<br />

linha com o processo, e, em períodos<br />

pré-determinados, a análise da<br />

amostra, que circula continuamente<br />

no aparelho, é realizada (Oliveira,<br />

1991; Trevisan e Poppi, 2006).<br />

Existe, ainda, a possibilidade de<br />

acoplamento de sistemas in-line ou<br />

on-line de análises na linha onde se<br />

deseja realizar a determinação. O<br />

primeiro caso pode ser exemplificado<br />

por sistemas que utilizam sensores<br />

invasivos acondicionados na<br />

linha do processo, podendo emitir<br />

resultados analíticos continuamente.<br />

Já no sistema on-line, o analisador<br />

não entra em contato físico com<br />

a amostra (Trevisan e Poppi, 2006).<br />

Cada sistema tem suas particularidades,<br />

com vantagem e problemas,<br />

cabendo às equipes de laboratório e<br />

de engenharia operacional escolher<br />

Figura 1: Sistemas de análises: A) off-line, B) at-line, C) on-line, D) in-line e E) on-line não invasivo<br />

(adaptado de Oliveira, 1991).<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

15


artigo 1<br />

Autores:<br />

- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />

- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

- Juscély Santos Carvalho 1<br />

16<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

a melhor opção para cada unidade<br />

de produção.<br />

Por exemplo, algumas análises<br />

são tão importantes para manter a<br />

segurança dos processos que suas<br />

medidas devem ser efetuadas em<br />

ciclos muito curtos e ininterruptos.<br />

Sistemas reativos com cinética elevada<br />

ou processos contínuos e com<br />

fluxo elevado podem ser citados<br />

neste conjunto. Por exemplo, centrais<br />

petroquímicas produzem eteno<br />

em quantidade elevada (dezenas de<br />

toneladas por hora), que é comercializado,<br />

via dutos, diretamente<br />

(sem estocagem) com indústrias de<br />

3ª geração para produção de polietileno<br />

(PE). A corrente pós-produção<br />

possui, dentre outros contaminantes,<br />

o etano, que é contaminante<br />

para a polimerização do eteno. Este<br />

fluxo, ainda na central petroquímica,<br />

é continuamente processado<br />

para eliminação de etano, cuja a<br />

concentração deve ser diminuída à<br />

concentrações na ordem de ppm.<br />

Portanto, o controle de eteno pós<br />

desetanização deve ser realizado<br />

no menor tempo possível, em ciclos<br />

de unidades de minutos, para<br />

garantir a especificação de eteno,<br />

que é transformado continuamente<br />

em PE. Alguns reatores são projetados<br />

para transformarem até 20 ton<br />

h-1 de eteno. Determinações como<br />

esta, são executadas com sistemas<br />

em linha, automatizados e sem intervenção<br />

humana, chamados de<br />

analisadores.<br />

Pode-se citar como exemplos<br />

de analisadores, os cromatógrafos<br />

a gás (GC) de processo instalados<br />

em um painel e/ou armário, do tipo<br />

“shelter”, que possuem um conjunto<br />

de válvulas solenoides e trechos<br />

de dutos próprios para a conexão<br />

de amostras oriundas do processo<br />

e de “amostras referências”. Esses<br />

analisadores operam numa rotina<br />

automática, que inclui amostragem/<br />

análises das amostras do processo,<br />

em ciclo temporal pré-determinado,<br />

com interrupção programada para<br />

calibração com as “amostras referências”.<br />

Na parte II deste artigo, detalharemos<br />

o funcionamento deste<br />

equipamento; neste artigo abordaremos<br />

apenas os sistemas off-line.<br />

Outras determinações são realizadas<br />

para manter a qualidade da<br />

produção e são realizadas em ciclos<br />

maiores, de uma ou algumas horas.<br />

Se uma determinada propriedade<br />

do produto tem um ciclo de uma<br />

hora, por exemplo, as metodologias<br />

envolvidas, desde coleta da amostra<br />

até o envio do resultado final pelo<br />

laboratório ao processo produtivo,<br />

devem ser realizadas em um tempo<br />

inferior a uma hora, para que o<br />

processo produtivo tenha consciência<br />

da realidade da propriedade<br />

e possa, se for necessário, realizar<br />

alguma manobra operacional para<br />

manter a propriedade nos limites de<br />

especificação do produto o mais rápido<br />

possível. Neste contexto, pode-<br />

-se citar a aditivação continua de<br />

determinados produtos; via de regra,<br />

são adicionados continuamente, em<br />

um misturador, o produto final e os<br />

aditivos, que vão dotar o produto de<br />

características especiais. Se houver<br />

controle rígido dos fluxos do produto<br />

e dos aditivos, não há necessidade<br />

de ciclos curtos de análises para<br />

controle do nível de aditivação dos<br />

produtos finais. Deste modo, estas<br />

análises podem ser executadas de<br />

modo convencional, onde as amostras<br />

são coletas em pontos estratégicos<br />

da área operacional e levadas<br />

para laboratórios físico-químicos,<br />

onde ocorre a análise.<br />

Com a crescente demanda por<br />

qualidade, produtividade e baixo<br />

custo impostos pela globalização,<br />

a emissão de resultados analíticos<br />

confiáveis, para garantir as<br />

especificações do produto, está<br />

aumentando. Esta afirmação está<br />

de acordo com as necessidades<br />

da Química Analítica moderna, que<br />

inclui demandas que exigem maior<br />

sensibilidade e seletividade, métodos<br />

com custos menores e limpos,<br />

automação analítica, uso crescente<br />

da quimiometria, entre outras características<br />

(Valcárcel, 2000). Essas<br />

necessidades buscam melhoria do<br />

produto final, maior segurança de<br />

processos industriais, desenvolvimento<br />

de novos produtos, proteção<br />

do consumidor, geração de menos<br />

resíduos, atendimento a legislação<br />

vigente, entre outros critérios (Mizaikoff<br />

et al., 2005).<br />

Com base neste contexto, o sistema<br />

de controle de qualidade ganha<br />

uma enorme importância na indústria,<br />

com a visão sempre voltada<br />

para o aumento da produtividade<br />

analítica, mantendo máxima seletividade,<br />

exatidão e precisão. Contudo,<br />

há uma dúvida crescente na<br />

montagem do sistema de controle<br />

de qualidade: onde empregar sistemas<br />

de instrumentação analítica,<br />

os analisadores, e onde empregar<br />

sistemas convencionais de análises,<br />

os laboratórios?<br />

Profissionais da indústria são<br />

categóricos em afirmar que não<br />

existe maior estima quando se confrontam<br />

analisadores em linha e os<br />

laboratórios convencionais: cada<br />

um tem seu grau de importância<br />

e seu campo de atuação, apesar<br />

de executarem o mesmo trabalho.<br />

Em determinados casos, pode haver<br />

substituição de algum sistema<br />

analítico, mas não há possibilidade<br />

de substituição total, eles são complementares<br />

e não excludentes.<br />

Portanto, o objetivo deste trabalho<br />

é mostrar a importância de cada<br />

sistema, suas vantagens, desvantagens<br />

e aplicabilidade.<br />

2. Laboratórios em<br />

Indústrias Modernas<br />

De acordo com a Figura 1, as determinações<br />

off-line envolvem a remoção<br />

(manual ou automatizada) da<br />

amostra pelo operador, o transporte<br />

para o instrumento de medida, que


está instalado no laboratório de análise<br />

química, que deve estar provido<br />

de técnicos qualificados. Pelo o descrito,<br />

o procedimento é descontínuo<br />

e não está conectado diretamente<br />

com o processo.<br />

O papel dos laboratórios nas indústrias<br />

modernas torna-se desafiador<br />

em termos de controle devido às<br />

altas exigências de produtividade,<br />

eficiência, confiabilidade, operacionalidade,<br />

robustez e inovação. Deste<br />

modo, busca-se expandir suas proficuidades<br />

e dirimir as dificuldades<br />

inerentes às demandas em questão,<br />

com equipamentos e tecnologias<br />

atuais, mão de obra qualificada,<br />

esforços em pesquisa e desenvolvimento,<br />

atendendo aos índices de<br />

qualidade desejados.<br />

Uma das grandes vantagens<br />

dos laboratórios de controle de<br />

qualidade é a possibilidade de<br />

dispor de um corpo técnico qualificado,<br />

com familiaridade e conhecimento<br />

com as amostras e<br />

as determinações envolvidas. Um<br />

analista químico quando vai trabalhar<br />

em um laboratório industrial<br />

não deve estar apenas capacitado<br />

para as operações técnicas que ele<br />

irá realizar. Ele deve ser capacitado<br />

também para avaliar as características<br />

e limites de especificação do<br />

produto final, além de entender as<br />

etapas e particularidades do processo<br />

produtivo. Este treinamento<br />

faz com que o técnico tenha uma<br />

visão global dos impactos que as<br />

variações operacionais vão impor ao<br />

produto final. Normalmente, analistas<br />

e operadores de processo trabalham<br />

muito próximos, e as variações<br />

do processo muitas vezes chegam<br />

ao conhecimento do analista antes<br />

da amostra. Neste caso, o analista<br />

recebe amostra com um grande conhecimento<br />

da história da mesma,<br />

o que faz com que sua percepção<br />

para possíveis problemas esteja<br />

mais aguçada. Desta forma, pode-<br />

-se ser utilizado o senso crítico do<br />

analista, que, além do tratamento<br />

estatístico dos resultados experimentais<br />

obtidos, poderá realizar<br />

uma crítica (conforme demonstra<br />

a Figura 2), avaliando se o valor<br />

encontrado está em acordo com a<br />

realidade momentânea operacional.<br />

Características humanas, como,<br />

Desde 1956 em 1° lugar na fabricação de amortecedores de impacto e vibração<br />

Base inercial em ardósia<br />

ou granito associada com<br />

amortecedores em molas.<br />

Neutraliza as vibrações<br />

externas provocadas por<br />

equipamentos ou trânsito<br />

de pessoas e veículos.<br />

Tel.: (11) 5562-9362 / 5566-2975/ 5563-3950 - www.vibra-stop.com.br - vendas@vibra-stop.com.br


artigo 1<br />

Autores:<br />

- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />

- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

- Juscély Santos Carvalho 1<br />

18<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

atenção, intuição, sensibilidade<br />

e conhecimentos acumulados ao<br />

longo da experiência prática, são<br />

explorados, tornando o nível de detalhamento<br />

elevado, contemplando<br />

os mínimos efeitos necessários para<br />

o julgamento dos resultados adquiridos.<br />

Esta particularidade é mais um<br />

ponto a favor dos modelos off-line.<br />

Juntamente com a experiência da<br />

equipe de execução das análises,<br />

é imprescindível a atualização ou<br />

aquisição de equipamentos analíticos<br />

modernos. Os analistas devem<br />

ser capazes de operar equipamentos<br />

sofisticados, sensíveis e automatizados;<br />

capazes de realizar pequenas<br />

manutenções e calibrações;<br />

e com profundo conhecimento do<br />

processo, pontos de amostragem,<br />

produtos intermediários e finais,<br />

bem como seus limites de especificação.<br />

Assim, estarão aptos a lidar<br />

com todo perfil de análise da planta<br />

operacional.<br />

Em relação aos sistemas on-line,<br />

o laboratório está um passo à frente<br />

quando se trata de flexibilidade, precisão,<br />

exatidão e experimentação.<br />

Por serem determinações tradicionais,<br />

com métodos estabelecidos<br />

e menos derivados, os resultados<br />

emitidos por sistemas off-line possuem<br />

maior confiabilidade. A flexibilidade<br />

imposta pela intervenção<br />

humana gera a possibilidade de<br />

determinações com replicatas, que<br />

pode impactar em resultados com<br />

maior precisão e exatidão. Podemos<br />

citar como exemplo, uma amostra<br />

de efluente aquoso gerado por problemas<br />

operacionais não previstos,<br />

como um vazamento de determinado<br />

insumo. Um técnico experiente<br />

pode lançar mão de artifícios analíticos<br />

experimentais (extração, pré-<br />

-concentração, evaporação, etc.),<br />

adaptando ou criando um novo método,<br />

para verificar corretamente o<br />

teor do insumo no efluente e/ou a<br />

origem do vazamento.<br />

Neste instante, deve ser eviden-<br />

ciada a versatilidade e capacidade<br />

que os laboratórios têm de oferecer<br />

análises que não estavam previamente<br />

definidas em sua rotina, as<br />

chamadas análises extraordinárias<br />

(ou extras). As análises extras têm<br />

várias origens e motivos, sendo os<br />

mais comuns os seguintes:<br />

• Operação: diminuição no<br />

período de análise de alguma<br />

propriedade solicitada pelos<br />

operadores da planta, a fim de<br />

checar alguma alteração no processo<br />

ou eficácia de manobra<br />

anteriormente executada.<br />

• Comercial: auxiliar o desenvolvimento<br />

de novos produtos<br />

ou verificação solicitada por<br />

consumidor. Pode haver desenvolvimento<br />

de novos métodos<br />

de análise.<br />

• Engenharia: atender testes<br />

específicos, envolvendo<br />

mudanças operacionais, para<br />

otimizar o processo produtivo<br />

da planta. Pode haver desenvolvimento<br />

de novos métodos de<br />

análise.<br />

• Exploratória: investigação<br />

solicitada apara verificação de<br />

problema não identificado na<br />

área. Por ser desconhecido, por<br />

vezes, os profissionais do laboratório<br />

desenvolvem métodos e<br />

criticam os resultados obtidos,<br />

para auxiliar na investigação.<br />

• Pesquisa: tem por finalidade<br />

a ampliação ou geração<br />

de novos conhecimentos, através<br />

de procedimentos, orientados,<br />

planejados e sistemáticos.<br />

Assim, se determinada indústria<br />

deseja, por exemplo, introduzir<br />

uma nova matéria-prima<br />

em seu processo, é indicado<br />

a realização de experimentos<br />

controlados no laboratório, de<br />

modo a se testar as variáveis de<br />

processos que serão afetadas<br />

pela mudança. Para o sucesso<br />

desta empreitada, a troca de<br />

informações entre a engenharia<br />

e o laboratório deve ser a mais<br />

estreita possível.<br />

Não se pode deixar de mencionar<br />

que um laboratório perfeitamente<br />

projetado possui variáveis ambientais<br />

(temperatura, pressão, umidade,<br />

vibração, ruído, etc.) e ergonômicas<br />

(altura de bancadas, entrada<br />

de insumos, disposição de equipamentos<br />

e vidrarias, etc.) controladas,<br />

que favorecem a durabilidade<br />

e a confiabilidade dos sofisticados e<br />

sensíveis instrumentos laboratoriais.<br />

Por outro lado, existem análises<br />

que são realizadas apenas<br />

por laboratório e com métodos<br />

normatizados. A quantificação de<br />

contaminantes ou composição de<br />

matérias-primas, que precisam possuir<br />

parâmetros de controles dentro<br />

de faixas específicas para a correta<br />

operacionalidade dos processos, se<br />

enquadram nesta situação. A aquisição<br />

de matérias-primas para indústrias,<br />

geralmente, é precedida de<br />

negociação entre empresas, onde<br />

limites de especificação são debatidos<br />

e o preço unitário é estipulado,<br />

dentre outros fatores, em função<br />

destes limites. Contratos são assinados,<br />

contendo, além dos parâmetros<br />

de controle e suas respectivas faixas<br />

de especificação, os métodos analíticos<br />

que devem ser empregados<br />

por ambas às empresas (fornecedor<br />

e adquirente) para análise destas<br />

características. Por questão legal,<br />

na grande maioria das vezes, estes<br />

métodos são estabelecidos por<br />

organismos internacionais (ASTM,<br />

ISO, etc.) ou nacionais (ABNT) e são<br />

de bancada, off-line.<br />

No caso de produtos regulados<br />

pelo governo e comercializados no<br />

varejo (medicamentos, combustíveis,<br />

etc.), essa exigência de seguir<br />

métodos estabelecidos é prevista<br />

em legislação especifica, onde não<br />

há flexibilidade, e a empresa fornecedora<br />

fica obrigada a seguir estes<br />

métodos preconizados por lei.


Devido à exigência da gestão<br />

de controle e busca da excelência<br />

operacional, existe a necessidade,<br />

por parte dos laboratórios, da emissão<br />

dos laudos de análise. Esta é a<br />

forma correta e oficial que o laboratório<br />

comunica, para outros setores<br />

da empresa ou mesmo para outras<br />

empresas, os resultados analíticos<br />

de uma amostra.<br />

Um tema primordial, que deve<br />

ser verificado nas análises laboratoriais,<br />

é que, em caso de produto<br />

(final ou intermediário) fora da faixa<br />

de especificação, o tempo decorrido<br />

entre a coleta de amostra e a disponibilização<br />

do resultado ocorra em<br />

prazos suficientes curtos para que<br />

haja possibilidade de manobra operacional<br />

corretiva, gerando menor<br />

prejuízo (financeiro e/ou operacional)<br />

possível. A Figura 2 demonstra<br />

o ciclo analítico de uma determinada<br />

amostra industrial, onde deve-se<br />

indicar que os resultados conformes<br />

significam estabilidade do processo<br />

e que a rotina de análise deve manter-se<br />

no ciclo temporal estabelecido<br />

anteriormente. Contudo, laudos<br />

indicando amostras não conformes<br />

sugerem que o processo sofreu<br />

alguma alteração anterior à amostragem<br />

e que, após decisão do controle<br />

operacional, alguma alteração<br />

processual deve ser realizada para<br />

correção do problema. Nestes eventos,<br />

deve existir diminuição do ciclo<br />

temporal, com realização de análises<br />

extraordinárias em intervalo de<br />

tempo inferior ao preestabelecido<br />

para avaliar se mudança realizada<br />

surtiu os efeitos desejados.<br />

Se o laboratório, por exemplo,<br />

está situado próximo, digamos 100<br />

m, e no mesmo nível que o ponto<br />

de amostragem, não há apreensão<br />

com o transporte. Mas, se o ponto<br />

de amostragem está localizado há<br />

1.000 m de distância ou numa torre<br />

de 30 m de altura (sem elevador),<br />

o tempo decorrido entre a amostragem<br />

e a chegada da amostra<br />

ao laboratório é significativo e pode<br />

impactar no tempo da tomada de<br />

decisão. O pré-tratamento da amostra<br />

e a análise possuem tempo variável,<br />

dependendo basicamente da<br />

metodologia analítica escolhida. Por<br />

exemplo, na determinação de índice<br />

de fluidez de polietilenos, pelo método<br />

dos plastômeros, não há necessidade<br />

de nenhum pré-tratamento<br />

na amostra; a amostra do polímero<br />

é introduzida diretamente no equipamento<br />

e em aproximadamente<br />

10 min tem-se o resultado.<br />

Já a análise de determinação de<br />

resíduo catalítico em polietileno,<br />

pelo método de espectrofotometria<br />

UV/Vis a abertura é lenta, sendo<br />

necessário queimar lentamente,<br />

em cadinho de platina, o polietileno,<br />

fundir as cinzas residuais com sais<br />

inorgânicos (aproximadamente 800<br />

°C), dissolução com ácido, adicionar<br />

reagentes em ordem específica<br />

para impedir à ação de interferentes<br />

e desenvolver coloração, diluição<br />

Figura 2: Ciclo analítico de uma amostra na indústria.<br />

em balão volumétrico e, finalmente,<br />

a leitura da absorbância em comprimento<br />

de onda específico no<br />

espectrômetro UV/Vis. A abertura<br />

dura aproximadamente 3 h. Outras<br />

vezes, a abertura é inexistente, mas<br />

a análise é lenta, como ocorre em<br />

algumas analises cromatográficas,<br />

que podem durar 100 min.<br />

A própria emissão/entrega do<br />

laudo pode ser um problema, pois<br />

a emissão do resultado para operação<br />

pode sofrer atrasos e ser lenta,<br />

atrasando o conhecimento de um<br />

problema operacional e sua respectiva<br />

correção. Infelizmente, este tipo<br />

de situação é comum em ambientes<br />

industriais, levando os operadores<br />

de processo a reclamarem que não<br />

são proprietários dos dados analíticos,<br />

estando, por tanto, a mercê do<br />

laboratório.<br />

Não apenas este tipo de ruído<br />

na comunicação pode ser descrito.<br />

Existem situações em que o operador<br />

de processo percebe alguma<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

19


artigo 1<br />

Autores:<br />

- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />

- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />

- Juscély Santos Carvalho 1<br />

20<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

flutuação em seu sistema produtivo,<br />

mas negligencia e não avisa ao laboratório.<br />

O analista recebe amostra<br />

e encontra um resultado que variou<br />

em relação ao anterior, mas dentro<br />

dos limites de especificação. Assim,<br />

o analista não sabe da importância<br />

desta análise, retarda a emissão<br />

deste laudo, pois vai executar outra<br />

análise. Quando o resultado chega<br />

às mãos do processo, atrasado, o<br />

parâmetro pode estar fora de especificação.<br />

Deste modo, fica evidente<br />

que a falta de comunicação gera<br />

conflito de prioridades.<br />

Para minimizar estes problemas,<br />

empresas investem grande soma<br />

em sistemas de comunicação interligados,<br />

onde o analista preenche,<br />

em seu computador, laudos<br />

de análises virtuais na medida em<br />

que cada resultado é obtido; o operador<br />

de processo, da tela do seu<br />

computador, acompanha este preenchimento<br />

em tempo real. Deste<br />

modo, se uma amostra requer três<br />

determinações, com durações aproximadas<br />

de 30, <strong>90</strong> e 300 min, o<br />

analista, que normalmente executa<br />

as três análises simultaneamente,<br />

pode emitir o resultado da análise<br />

mais rápida para operação, enquanto<br />

executa as demais análises. Logicamente,<br />

estes sistemas são caros,<br />

aumentando o custo administrativo<br />

do laboratório.<br />

A qualidade dos recursos humanos<br />

é, indiscutivelmente, uma das<br />

principais causas de sucesso ou<br />

fracasso dos laboratórios industriais.<br />

E esta importância aumenta significativamente<br />

com a complexidade<br />

dos equipamentos e/ou dos métodos<br />

analíticos disponíveis nestes ambientes.<br />

A expertise e a qualificação da<br />

mão de obra são necessárias para<br />

o desenvolvimento e validação de<br />

métodos, manutenções corretivas e<br />

preventivas, crítica dos dados obtidos<br />

e execução das rotinas laboratoriais.<br />

Equipamentos como cromatógrafos<br />

(líquidos ou à gás) de alta<br />

performance, espectrômetros de<br />

massas, espectrofotômetro de<br />

absorção atômica, fluorescência<br />

de raios-X, etc., possuem alto<br />

grau de instrumentação, automação<br />

e robótica, são operados<br />

com softwares específicos<br />

e, consequentemente, possuem<br />

preço elevado.<br />

Portanto, o técnico que irá<br />

operar tais equipamentos deve<br />

ter capacitação multidisciplinar,<br />

conhecimento prático e, como<br />

ocorre na maioria das vezes, ter<br />

realizado treinamentos (inicial<br />

de aperfeiçoamento) com o fabricante<br />

do aparelho. Encontrar<br />

por profissionais com tal gabarito<br />

não é tarefa fácil para as empresas,<br />

pois as concorrentes não os<br />

dispensam facilmente, e muitas<br />

optam por formar estes técnicos<br />

em suas próprias instalações.<br />

Deste modo, a busca por altas<br />

produtividade e qualidade não<br />

está apenas ligada à equipamentos<br />

analíticos modernos e caros,<br />

mas também ao investimento que<br />

a empresa disponibiliza (seja em<br />

salários ou em cursos de aperfeiçoamento)<br />

nos operadores destes<br />

sistemas e o tempo de permanência<br />

destes funcionários em<br />

suas dependências.<br />

Com métodos intricados, com<br />

várias etapas e alto grau de intervenção<br />

humana, executados<br />

com equipamentos simples ou<br />

complexos, também requerem<br />

técnicos experientes e com alta<br />

qualificação, merecendo a mesma<br />

análise realizada acima.<br />

3. Conclusão<br />

Na maioria das vezes, os sistemas<br />

off-line são responsáveis por<br />

testes nas matérias-primas, acompanhamento<br />

de operações unitárias<br />

onde o intervalo de tempo entre a<br />

amostragem e a emissão de laudo<br />

não cause risco operacional, e do<br />

produto final.<br />

A atuação de profissionais<br />

qualificados, capacitados e com<br />

grande conhecimento do processo<br />

operacional da planta, aliado a<br />

um parque analítico com equipamentos<br />

sofisticados, garantem aos<br />

laboratórios desempenho eficiente<br />

do controle de qualidade.<br />

Os laboratórios de análises não<br />

devem ser encarados como apêndice<br />

do processo produtivo, mas<br />

como parte integrante deste. Assim,<br />

a comunicação com a operação<br />

deve fluir da melhor maneira<br />

possível, com disponibilização de<br />

dados úteis, alertas sobre normalidade,<br />

alterações ou manobras<br />

operacionais. Deste modo, de<br />

posse dos resultados analíticos,<br />

ambos podem dialogar e buscar<br />

o correto entendimento das variações<br />

operacionais.<br />

4. Bibliografia<br />

- MIZAIKOFF, B., MAHONY, J.O., NOLAN,<br />

K, e SMITH, M.R., Molecularly imprinted<br />

polymers-potential and challenges in<br />

analytical chemistry, <strong>Analytica</strong> Chimica<br />

Acta, 534, página 31, 2005.<br />

- OLIVEIRA, W. A., A química analítica de<br />

processos industriais, Química Nova, 14<br />

(4), página 279, 1991.<br />

- TREVISAN, M. G. e POPPI, R. J., Química<br />

analítica de processos, Química Nova, 29<br />

(4), página1.065, 2006.<br />

- VALCÁRCEL, M., Principles of analytical<br />

chemistry, Springer-Verlag, página<br />

5, 2000.<br />

Agradecimentos<br />

- Faculdade Regional da Bahia –<br />

UNIRB, financiadora deste trabalho;<br />

- UNIB/Braskem (Camaçari/BA) e Petrobrás<br />

Biocombustíveis (Candeias/BA), pelas<br />

visitas à suas Instalações;<br />

- Márcio Borges, pelas valiosas informações<br />

práticas sobre laboratórios industriais.


REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

21


artigo 2<br />

22<br />

Desenvolvimento e validação de<br />

metodologia para quantificação<br />

de quinina em extrato de quina<br />

vermelha (Cinchona officinalis l.)<br />

Pelo método de CLAE<br />

Imagem ilustrativa<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Resumo<br />

As quinas são conhecidas há séculos<br />

por diversos povos pelo seu<br />

uso medicinal. Entretanto, sua ingestão<br />

em doses excessivas pode<br />

causar o cinchonismo, que é a intoxicação<br />

devido a presença de quinina<br />

na planta. O presente estudo objetiva<br />

validar um método de quantificação<br />

da quinina em extratos hidroalcoólicos<br />

de Quina vermelha (Cinchona<br />

officinalis), levando-se em consideração<br />

os parâmetros de validação<br />

da resolução nº 899 da Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária (ANVI-<br />

SA), utilizando-se para a separação<br />

cromatográfica uma coluna Superspher®,<br />

RP-18, (4,6 x 150 mm, 5<br />

mm; AgilentTM); fase móvel gradiente<br />

composta por tampão fosfato monopotássico<br />

0,05M em água pH =<br />

3,0 e Acetonitrila com fluxo de 1 mL/<br />

min e detector DAD (arranjo de fotodiodos)<br />

ajustado em comprimento<br />

de onda ʎ = 254 nm (split bandwidth<br />

= 4 nm; DAD off = 32 minutos). O<br />

volume de injeção foi de 5 μL.<br />

Palavras-chave: Quinina, Extrato,<br />

Quantificação, Quina vermelha, Cromatografia<br />

líquida de alta eficiência.<br />

Abstract<br />

Cinchonas are known for<br />

centuries by many people for its<br />

medicinal use. However, their<br />

intake in excessive doses can<br />

cause cinchonism, which is an<br />

intoxication due to the presence of<br />

quinine in the plant. This study aims<br />

to validate a quinine quantification<br />

method in quinine bark (Cinchona<br />

officinalis) hydroalcoholic extracts,<br />

taking into account the Resolution<br />

No. 899 validation parameters<br />

by National Health Surveillance<br />

Agency (ANVISA), using for the<br />

chromatographic separation a<br />

Superspher® RP-18 column (4.6<br />

x 150 mm, 5 mm; AgilentTM);<br />

gradient mobile phase composed<br />

of 0.05M potassium dihydrogen<br />

phosphate buffer at pH = 3.0 in<br />

water and acetonitrile with a flow<br />

of 1 mL/min with DAD (diode array<br />

detector), set wavelength ʎ = 254<br />

nm (split bandwidth = 4 nm; DAD<br />

off = 32 minutes). The injection<br />

volume was 5 uL.<br />

Keywords: Quinine, Extract,<br />

Quantification, Quinine bark, High<br />

performance liquid chromatography.<br />

Autores:<br />

Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />

Thiago Henrique Döring 1<br />

Vanderlei Wessler 1<br />

Monique Carniel Beltrami 1<br />

1. Introdução<br />

Tradicionalmente utilizadas nos<br />

Andes para o tratamento de febres,<br />

cascas de algumas espécies de<br />

plantas chamadas popularmente<br />

por Quina são conhecidas há séculos<br />

por possuírem propriedades<br />

terapêuticas. Quando introduzidas<br />

na Europa por missionários, em<br />

meados do século 17, foram vastamente<br />

utilizadas como tratamento<br />

antimalárico. As Quinas são compostas<br />

por diferentes espécies de<br />

plantas, sendo os principais gêneros<br />

Cinchona ou Remijia (3, 9, 23,<br />

25, 26).<br />

Muitos compostos já foram identificados<br />

nos cascos das Quinas<br />

mais estudadas, como compostos<br />

fenólicos, ácidos orgânicos e saponosídeos.<br />

Entre estes, destaca-se<br />

o grupo dos compostos alcaloides<br />

quinolínicos, principalmente quinina,<br />

quinidina, cinchonina e cinchonidina<br />

(12, 14,).<br />

As cascas secas da árvore<br />

Cinchona contêm aproximadamente<br />

de 4 a 12% de alcaloides,<br />

principalmente diastereoisômeros<br />

quinina/quinidina e cinchonina/cinchonidina.<br />

A Quinina é o composto<br />

majoritário e equivale a aproximadamente<br />

80% do total de alcaloides<br />

presentes nas cascas. É um<br />

potente veneno protoplasmático<br />

que atua praticamente em qualquer<br />

célula. Entretanto, é utilizada<br />

na medicina como antimalárico e<br />

também para o alívio de câimbras<br />

musculares noturnas. Pode ser encontrada<br />

em alguns refrigerantes,<br />

como por exemplo, água tônica,<br />

que pode conter mais de 80 µg/


mL, o que é responsável pelo sabor<br />

amargo (6, 11, 17, 20).<br />

A maior parte da quinidina absorvida<br />

é metabolizada pelo fígado, no<br />

entanto, 13% a 27% é excretado<br />

na forma intacta pelos rins. Muitos<br />

metabólitos da quinidina já foram<br />

identificados, tais como 3-hidroxiquinidina,<br />

2-oxoquinidinona, quinidina-N-oxido,<br />

quinidina-10,11-<br />

-dihidrodiol e O-desmetilquinidina,<br />

que quando estudados isoladamente<br />

ou em combinação com a<br />

quinidina apresentaram atividade<br />

antiarrítmica (15, 16, 18).<br />

Em termos toxicológicos, o consumo<br />

da quinina deve ser evitado<br />

por mulheres grávidas, indivíduos<br />

com quadro de insuficiência hepática<br />

e, principalmente, crianças.<br />

Com o consumo de quinina em doses<br />

excessivas, pode-se observar<br />

intoxicação e um quadro reversível<br />

chamado cinchonismo (4, 24).<br />

O cinchonismo é uma síndrome<br />

causada por envenenamento<br />

agudo e é comumente observada<br />

após tentativas de abortos, suicídios<br />

ou envenenamento acidental<br />

em crianças. A perda da visão é<br />

um dos mais importantes efeitos<br />

colaterais reportados na literatura,<br />

mas o local onde ocorre o efeito<br />

tóxico na retina e a gestão para o<br />

seu tratamento continua sendo discutido<br />

(1).<br />

Tendo em vista todos os riscos e<br />

aspectos toxicológicos da quinina,<br />

o estudo tem como objetivo o desenvolvimento<br />

e validação de uma<br />

metodologia para a quantificação<br />

de quinina em extratos hidroalcoólicos<br />

de Quina vermelha (Cinchona<br />

officinalis).<br />

2. Materiais e Métodos<br />

2.1. Reagentes<br />

Utilizou-se acetonitrilo com pureza<br />

superior a 99,98% (J.T.Baker®),<br />

água ultrapura (sistema de purificação<br />

Synergy®), fosfato de potássio<br />

com pureza superior a 99,9% (<br />

Merck®) e ácido fosfórico, com<br />

teor superior a 85% (Quemis®).<br />

Como padrões de referência, foram<br />

utilizadas quinina 98,6% (Sigma-<br />

-aldrich®) e quinidina a 91,3%<br />

(Sigma-aldrich®).<br />

2.2. Instrumentação<br />

O sistema integrado de cromatografia<br />

líquida de alta eficiência<br />

Merck Hitachi Chromaster® é<br />

composto por um detector DAD<br />

5430 VWR®, um injetor automático<br />

VWR® Hitachi 5210 Chromaster,<br />

um forno VWR® Hitachi 5310<br />

Chromaster e uma bomba quaternária<br />

VWR® Hitachi Chromaster<br />

5110. As fases móveis foram desgaseificadas<br />

no degasser Branson<br />

3510 e o ajuste do pH foi efetuado<br />

com pHmetro Mettler Toledo MP<br />

220 (7,8, 27).<br />

2.3. Preparo das amostras<br />

Para o preparo das amostras de<br />

extrato hidroalcoólico de Cinchona<br />

officinalis pesou-se 1 g do extrato<br />

em balão volumétrico de 5 mL e<br />

completou-se o volume com acetonitrilo,<br />

obtendo-se uma solução<br />

de proporção 1:5, de extrato e acetonitrilo,<br />

respectivamente. Após a<br />

amostra diluída, filtrou-se em filtro<br />

CHROMAFIL® Xtra, PET – 20/25<br />

0,20 µm diretamente dentro de um<br />

Tempo<br />

(min)<br />

0<br />

10<br />

15<br />

20<br />

22<br />

25<br />

26<br />

27<br />

31<br />

32<br />

35<br />

36<br />

40<br />

KH2PO4 0,05 M (pH=3,0) (%)<br />

96<br />

<strong>90</strong><br />

<strong>90</strong><br />

88<br />

87<br />

87<br />

87<br />

96<br />

96<br />

40<br />

40<br />

96<br />

96<br />

vial e, posteriormente, injetou-se no<br />

equipamento (17,21).<br />

2.4. Preparo dos padrões<br />

Para o preparo dos padrões,<br />

inicialmente pesou-se 10 mg do<br />

padrão de quinina em balão volumétrico<br />

de 100 mL. Em seguida,<br />

adicionou-se aproximadamente 2<br />

mL de acetonitrilo e levou-se ao<br />

ultrassom por 10 minutos. Após<br />

dissolvido, completou-se o volume<br />

do balão com acetonitrilo, obtendo<br />

uma solução estoque de 1mg/mL.<br />

A partir desta solução foi preparada<br />

uma solução mãe de 100 µg/mL e,<br />

a partir dessa, foram feitas diluições<br />

nas concentrações de 5, 10,<br />

20, 30 e 50 µg/mL para a construção<br />

da curva de calibração.<br />

2.5. Condições cromatográficas<br />

Utilizou-se uma Coluna Superspher®,<br />

RP-18, (4,6 x 150 mm, 5<br />

mm; AgilentTM); fase móvel composta<br />

por tampão fosfato monopotássico<br />

0,05M em água pH = 3,0<br />

e acetonitrila com fluxo de 1 mL/<br />

min com detector DAD (arranjo de<br />

fotodiodos) ajustado em comprimento<br />

de onda ʎ = 254 nm (split<br />

bandwidth = 4 nm; DAD off = 32<br />

minutos). O volume de injeção foi<br />

de 5 µL (17, 7, 8).<br />

2.6. Parâmetros de validação<br />

A validação seguiu os protocolos<br />

segundo a RE nº 899 para garantir<br />

ACN (%)<br />

4<br />

10<br />

10<br />

12<br />

13<br />

13<br />

13<br />

4<br />

4<br />

60<br />

60<br />

4<br />

4<br />

Tabela 1. Gradiente do método<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

23


artigo 2<br />

Autores:<br />

Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />

Thiago Henrique Döring 1<br />

Vanderlei Wessler 1<br />

Monique Carniel Beltrami 1<br />

24<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

que o método atenda às exigências<br />

das aplicações analíticas, assegurando<br />

a confiabilidade dos resultados<br />

(2). O método foi validado<br />

seguindo os parâmetros de especificidade/seletividade,<br />

linearidade e<br />

faixa de aplicação, precisão, limite<br />

de detecção, limite de quantificação<br />

e exatidão adequados à análise<br />

da quinina (19).<br />

2.6.1. Especificidade/<br />

seletividade<br />

A especificidade do método foi<br />

confirmada através da obtenção de<br />

resultados positivos em amostras<br />

contendo o padrão quinina, comparadas<br />

a resultados negativos obtidos<br />

em amostras que não contêm<br />

o padrão (branco). Também foi utilizado<br />

o teste de pureza de pico com<br />

auxílio de detector de fotodiodos,<br />

com a finalidade de demonstrar<br />

que o pico cromatográfico é atribuído<br />

somente à quinina (12, 13).<br />

2.6.2. Linearidade e faixa de<br />

aplicação<br />

Para verificar a linearidade foi<br />

construída a curva de calibração<br />

com o padrão do composto quinina,<br />

obtidas a partir de uma solução<br />

mãe de 100 µg/mL (Tabela 2)<br />

(12,13).<br />

As injeções foram realizadas em<br />

triplicata e a construção da curva<br />

de calibração foi realizada através<br />

do software EZChrom Elite® Versão<br />

3,3,2.SP2 (Build 1037), através<br />

da relação da média aritmética<br />

das áreas obtidas para cada ponto<br />

e suas respectivas concentrações.<br />

2.6.3. Precisão<br />

A precisão foi determinada através<br />

do método de repetibilidade.<br />

Foram realizadas três determinações<br />

de 3 soluções contendo 5 µg/<br />

mL, 50 µg/mL e 100 µg/mL do padrão<br />

quinina, contemplando, desta<br />

forma, três níveis de concentração,<br />

baixa, média e alta.<br />

A precisão foi expressa como<br />

coeficiente de variação (CV%)<br />

ou desvio padrão relativo (DPR),<br />

Solução Volume solução Volume total Concentração de<br />

padrão mãe (mL) (mL) quinina (µg/mL)<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

10<br />

5<br />

3<br />

2<br />

1<br />

1<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

10<br />

20<br />

100<br />

50<br />

30<br />

20<br />

10<br />

5<br />

Tabela 2. Curva de calibração.<br />

abrangendo valores menores que<br />

5% (17).<br />

2.6.4. Limite de detecção (LD)<br />

e quantificação (LQ)<br />

Os limites de detecção e quantificação<br />

foram obtidos através<br />

do método da relação sinal-ruído.<br />

Partiu-se de diluições sucessivas<br />

de soluções de concentração conhecidas<br />

contendo 100 μg/mL de<br />

quinina, obtendo-se soluções de<br />

baixa concentração, e estas foram<br />

injetadas até que a relação sinal-<br />

-ruído fosse de 3:1 para LD e 10:1<br />

para LQ (5, 22).<br />

2.6.5. Exatidão<br />

Para a quinina utilizou-se soluções<br />

padrão com concentração de 5, 50 e<br />

100 μg/mL. A partir destas soluções,<br />

foi realizada a injeção e verificada a<br />

porcentagem de recuperação, concentração<br />

prática em relação a concentração<br />

teórica (12, 13).<br />

3. Resultados e<br />

discussões<br />

3.1. Resolução<br />

Cromatográfica<br />

O gradiente (tabela 1) foi ajustado<br />

conforme melhorias de tempo<br />

de corrida, resolução e tempo de<br />

retenção do padrão, conforme se<br />

apresentam as figuras 1 e 2.<br />

3.2. Análise qualitativa<br />

Com a metodologia adequada<br />

para a análise, foi injetada uma<br />

solução do padrão de quinina 100<br />

µg/mL, cujo perfil de absorção no<br />

ultra-violeta (UV) encontra-se apresentado<br />

na figura 3. O lambda de<br />

absorção máxima encontrado<br />

para o composto com melhor<br />

Figura 1.Cromatograma do extrato de Chinchona officinalis (1:5).


3.3. Validação analítica<br />

A validação analítica para a quinina<br />

foi realizada conforme descrito<br />

no item 2.6 (21).<br />

Figura 2.Cromatograma do padrão de quinina ( Concentração: 100 µg/mL<br />

3.3.1. Especificidade/<br />

Seletividade<br />

A especificidade foi confirmada<br />

através da comparação dos cromatogramas<br />

do padrão, amostra<br />

e branco. Conforme observado na<br />

figura o método apresenta boa especificidade,<br />

visto que não há eluição<br />

de outro composto junto com<br />

a quinina.<br />

Utilizando-se o detector com arranjo<br />

de fotodiodos, foi possível observar<br />

a pureza do pico do padrão<br />

de quinina, através da análise do<br />

perfil de absorção no UV.<br />

resolução cromatográfica foi de<br />

254nm, e então o mesmo foi<br />

comparado ao extrato de Quina<br />

vermelha, cujo tempo de retenção<br />

e perfil de absorção no ultravioleta<br />

permitiram a identificação<br />

da quinina nos extratos hidroalcoólicos<br />

da planta (17, 21).<br />

Com os cromatogramas obtidos<br />

a partir do extrato de Cinchona officinalis,<br />

foi possível a identificação<br />

Figura 3. Perfil de absorção da quinina no UV.<br />

Figura 4. Comparação do cromatograma da amostra e do cromatograma do branco.<br />

da quinina nos extratos através do<br />

perfil de absorção no ultravioleta,<br />

com tempo de retenção de 26,30<br />

± 0,5 minutos, sem eluição de<br />

outros compostos com mesmo RT.<br />

Para verificar se não houve coeluição<br />

do isômero quinidina, foi injetado<br />

um padrão do mesmo, o qual<br />

teve um tempo de retenção diferente<br />

da quinina, garantindo assim<br />

que o pico é somente da quinina.<br />

3.3.2. Linearidade e faixa de<br />

aplicação<br />

A linearidade do método foi verificada<br />

através da curva de calibração<br />

demostrada na figura 5.<br />

A curva de calibração foi obtida<br />

através da regressão linear, originando<br />

a equação da reta, que pode<br />

ser representada por:<br />

y=65457,8x-124662<br />

A equação apresentou um bom<br />

coeficiente de determinação, r2=<br />

0,999124, e coeficiente de correlação,<br />

r= 0,999561, acima do valor<br />

mínimo determinado pela ANVISA<br />

que é r= 0,99 (2), portanto, pode-<br />

-se dizer que o método apresenta<br />

boa linearidade e que os resultados<br />

para a quantificação são diretamente<br />

proporcionais à concentração<br />

do analito dentro da faixa de<br />

aplicação, de 5 a 100 µg/mL (10)<br />

3.3.3. Precisão<br />

Para precisão, foi realizada a<br />

análise de três soluções em triplicata<br />

em três níveis diferentes, baixo,<br />

médio e alto, 5, 50 e 100 mg/L<br />

do padrão de quinina, contemplando<br />

um total de nove injeções.<br />

A análise foi avaliada através do<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

25


artigo 2<br />

desvio padrão (s) e coeficiente de<br />

variação (CV).<br />

. Através da análise dos resultados,<br />

pode-se afirmar que os valores<br />

de coeficientes de variação<br />

estão abaixo de 1%, sendo que o<br />

limite para ensaios laboratoriais estabelecidos<br />

na resolução nº 899 é<br />

um coeficiente de variação de até<br />

5% (2).<br />

3.3.4. Limites de quantificação<br />

(LQ) e de detecção (LD)<br />

Os limites de detecção e de<br />

quantificação foram determinados<br />

através do método de relação sinal/<br />

ruído, e os valores encontrados foram<br />

de 0,3 µg/mL para o limite de<br />

detecção e 1 µg/mL para o limite<br />

de quantificação (2, 10).<br />

3.3.5. Exatidão<br />

A análise de exatidão do método<br />

foi realizada através do ensaio<br />

de recuperação, conforme descrito<br />

no item 2.6.5. Os resultados estão<br />

apresentados na tabela 4.<br />

A média dos valores encontrados<br />

para a recuperação da quinina foi<br />

de 108,43 ± 2,83 %, com valores<br />

de desvio padrão e coeficiente de<br />

variação baixos.<br />

Analisando o ensaio de recuperação<br />

da quinina, pode-se observar<br />

que o método está de acordo com<br />

os limites estabelecidos (80-120%)<br />

na resolução ANVISA nº 899 de novembro<br />

de 2003 (2).<br />

Autores:<br />

Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />

Thiago Henrique Döring 1<br />

Vanderlei Wessler 1<br />

Monique Carniel Beltrami 1<br />

Figura 5. Curva de calibração da quinina.<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

4. Considerações finais<br />

O desenvolvimento do método<br />

apresentou uma boa resolução cromatográfica<br />

com picos simétricos e<br />

sem caudas, capaz de quantificar<br />

a quinina.<br />

A metodologia analítica apresentou-se<br />

específica, linear com coeficientes<br />

de correlação superiores a<br />

0,99; precisa (CV < 5%), sensível<br />

(com limite de detecção de 0,3 μg/<br />

mL e de quantificação de 1 μg/mL<br />

para a quinina) e exata (com média<br />

Concentração teórica<br />

padrão (mg/mL)<br />

Tabela 3. Repetibilidade do padrão de quinina, ensaio de<br />

precisão em três níveis.<br />

Concentração da média<br />

recuperada ± desvio padrão<br />

(mg/mL)<br />

Recuperação (%)<br />

4,5 4,86 ± 0,15 108,08<br />

45 47,33 ± 0,12 105,18<br />

<strong>90</strong> 99,77 ± 0,67 110,85<br />

Média ± (s) 108,43 ± 2,83<br />

Tabela 4. Ensaio de recuperação do padrão de quinina.


de recuperação de 108,43%).<br />

Estes valores permitem que a<br />

metodologia possa ser introduzida,<br />

por exemplo, no controle de qualidade,<br />

sendo aplicada a análise de<br />

extratos hidroalcoólicos de Cinchona<br />

officinalis para a quantificação<br />

de quinina nos mesmos.<br />

De acordo com a literatura (5,<br />

22), os valores encontrados para<br />

os parâmetros de validação para<br />

este método estão adequados,<br />

tornando essa metodologia validada<br />

para a quantificação de quinina<br />

em extrato hidroalcoólico de Cinchona<br />

officinalis.<br />

A cromatografia líquida de alta<br />

eficiência tem um amplo espectro<br />

de utilidades, sendo uma ferramenta<br />

fundamental para a quantificação<br />

de compostos que se encontram<br />

em concentrações muito<br />

baixas, sendo assim essa ferramenta<br />

necessária para a quantificação<br />

de componentes restritivos,<br />

que possuem como limites concentrações<br />

geralmente abaixo de<br />

100 mg/Kg.<br />

5. Referências<br />

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n. 3, p. 1705-1709, 2006.<br />

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on herbaceous taxa. Washington, DC: Conservation<br />

International xxiii, 895 p.-illus..<br />

ISBN, v. 1881173011, 1993.<br />

15. HOSTETTMANN, Kurt; QUEIROZ,<br />

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16. HOYER, G. L. et al. High-performance<br />

liquid chromatographic method for the<br />

quantitation of quinidine and selected<br />

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B: Biomedical Sciences and Applications,<br />

v. 572, n. 1, p. 159-169, 1991.<br />

17. HUBER, Udo. Analysis of Quinine and<br />

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Cinchonae) by HPLC. Disponível em:<br />

http://www.chem.agilent.com/Library/<br />

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21 set. 2014.<br />

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Química Nova, v. 27, p. 771-780, 2004.<br />

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medicinais. Yunes RA, Cechinel Filho V.<br />

Química de produtos naturais, novos fármacos<br />

e a moderna farmacognosia, v. 2, p.<br />

163-187, 2009.<br />

Endereço para correspondência:<br />

Laboratório de Cromatografia<br />

Departamento de Controle<br />

de Qualidade – CPA<br />

Duas Rodas Industrial<br />

Rua Rodolfo Hufenussler, 755<br />

Jaraguá do Sul – SC<br />

CEP 89251-<strong>90</strong>1.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

27


Matéria de Capa<br />

Mais precisão para menores quantidades<br />

de amostra<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Os processos de pesagem nos laboratórios,<br />

sejam eles na indústria<br />

farmacêuticas ou nos centros de<br />

pesquisa pelo mundo todo parecem<br />

semelhantes a primeira vista.<br />

Além dos aspectos que envolvem<br />

especificações restritas nos aspectos<br />

metrológicos, a preparação<br />

e execução de um procedimento<br />

de pesagem, de acordo com as<br />

normas regulamentares relevantes,<br />

é um fator que adquire cada<br />

vez mais importância. Um aspecto<br />

fundamental é que cada profissional<br />

tem seu próprio método para<br />

preparação de amostras, seleção e<br />

colocação destas em um recipiente<br />

de pesagem. Por este motivo, uma<br />

balança de laboratório deve se<br />

adaptar a um processo inteiro. Mas<br />

será que isto é realmente possível?<br />

Em primeiro lugar temos que<br />

considerar que os requisitos de<br />

alta precisão em testes analíticos e<br />

análises quantitativas na indústria<br />

farmacêutica tornam o uso de balanças<br />

de alta resolução indispensável.<br />

A conformidade com a FDA<br />

é possível apenas com balanças<br />

de laboratório que atendem aos<br />

requisitos mínimos de precisão da<br />

Farmacopeia Americana. Portanto,<br />

microbalanças ou mesmo ultra-<br />

-microbalanças são necessárias<br />

para pesar amostras menores que<br />

10 mg. Além disso, as substâncias<br />

a serem analisadas geralmente<br />

estão disponíveis apenas em<br />

quantidades muito pequenas por<br />

conta de seu alto valor. Em outros<br />

casos, elas podem ser potencialmente<br />

perigosas, o que leva aos<br />

usuários trabalharem apenas com<br />

quantidades mínimas para sua<br />

própria proteção.<br />

Imaginar como isso realmente<br />

ocorre no dia-a-dia de um laboratório<br />

profissional onde dezenas ou<br />

centenas de pesagens têm que ser<br />

realizadas antes de se chegar a um<br />

resultado confiável e reprodutível. A<br />

situação ideal num laboratório seria:<br />

o usuário precisa preparar materiais<br />

de referência para o seu método<br />

analítico altamente sensível.<br />

Para isso, simplesmente inicia-se a<br />

aplicação 'Preparação Padrão' no<br />

visor da sua balança de laboratório<br />

e toda pesagem necessária para a<br />

preparação da amostra é realizada<br />

via aplicativos previamente instalados<br />

no software da balança. Parece<br />

fácil demais para ser verdade?<br />

Ou acredita-se que isso é somente<br />

possível nos filmes de ficção?<br />

Então saiba mais sobre as novidades<br />

na área de tecnologia oferecida<br />

pela Sartorius através de seu escritório<br />

no Brasil. A empresa, que tem<br />

como lema “Transformando a ciência<br />

em soluções”, desenvolveu uma<br />

família de balanças que se adaptam<br />

totalmente aos processos mais sensíveis<br />

e regulados e já está sendo<br />

utilizada nos laboratórios mais exigentes<br />

em todo o mundo.


Sartorius Cubis ®<br />

A família de micro- e ultra-microbalança<br />

Cubis® é a primeira<br />

série de balanças de laboratório a<br />

apresentar um design completamente<br />

modular. A Cubis® permite<br />

combinar sua escolha de unidades<br />

de controle e exibição, módulo de<br />

pesagem, módulo de interface de<br />

dados e muito mais. Ela pode ser<br />

integrada a fluxos de trabalho específicos,<br />

bem como adaptar-se<br />

aos recipientes de pesagem e às<br />

condições do local de trabalho do<br />

usuário, graças ao uso de acessórios<br />

e extensões mecânicas. O<br />

usuário pode escolher entre milhares<br />

de opções para configurar<br />

a balança de acordo com suas<br />

necessidades individuais e obter a<br />

solução ideal para integração em<br />

qualquer processo de pesquisa no<br />

laboratório ou indústria.<br />

A tecnologia utilizada permite<br />

que todas as informações, desde<br />

o composto, o solvente e as<br />

quantidades corretas de cada um,<br />

possam ser gravados a partir da<br />

informação já registrada no App<br />

“Biblioteca”. Ao apertar a tecla, a<br />

balança imediatamente pede que<br />

você especifique o seu fluxo de<br />

trabalho ou Procedimento Operacional<br />

Padrão (POP). O passo-a-<br />

-passo confirma o peso alvo a ser<br />

preparado, a pureza do composto<br />

e a quantidade de referência que<br />

você precisa para pesar. Caso<br />

necessário, o aplicativo irá simplesmente<br />

recalcular o volume de<br />

solvente que tem de ser adicionado<br />

para satisfazer a concentração alvo<br />

e mais: correções de temperatura e<br />

densidade do solvente também são<br />

calculadas automaticamente. Tudo<br />

com a maior precisão possível para<br />

que você tenha 100% de certeza<br />

que o padrão de referência atende<br />

exatamente à concentrações alvo<br />

desejadas. E tudo isso, sem a influência<br />

de uma técnica analítica. Sua<br />

limpeza fácil e rápida ajuda a evitar<br />

a contaminação cruzada, o que<br />

é especialmente importante em<br />

processos onde se trabalha com<br />

quantidades mínimas de amostras<br />

de alto risco. Após a limpeza, a balança<br />

está pronta para ser usada<br />

novamente com mais rapidez.<br />

Tudo em um só lugar:<br />

Com seus acessórios opcionais,<br />

a família Cubis® oferece a possibilidade<br />

de complementos de<br />

aplicações totalmente personalizadas,<br />

o que permite um trabalho<br />

mais rápido e mais eficaz<br />

e melhora a confiabilidade do<br />

processo. Transformar a balança<br />

de laboratório Cubis® em uma<br />

Cubis® individual pela integração<br />

de aplicativos específicos Q-Apps<br />

é muito fácil. Os Q-apps são programas<br />

aplicativos disponíveis<br />

para download que orientam o<br />

usuário passo a passo através de<br />

uma sequência de fluxo de trabalho<br />

específica. Eles garantem que<br />

os procedimentos descritos nos<br />

processos padrão de operação<br />

correspondentes sejam observados<br />

a todo momento. Isso torna<br />

os Q-Apps uma alternativa atraente<br />

para a implementação de<br />

supervisório externo.<br />

Para garantir a praticidade, o<br />

conceito Q-Guide fácil de operar<br />

da Cubis® elimina a necessidade<br />

dos usuários realizarem etapas do<br />

processo que consomem tempo.<br />

O Q-Guide foi projetado para que<br />

considere apenas o que é necessário<br />

para realizar as tarefas exclusivas<br />

de cada indústria. Uma<br />

vez que você configure uma tarefa<br />

na memória da balança, o Q-Guide<br />

leva você interativamente através<br />

das configurações e mostra apenas<br />

as informações relevantes. E<br />

o melhor: o sistema de proteção<br />

contra violação garante que os dados<br />

na memória sejam alterados<br />

somente por pessoal autorizado.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

29


Matéria de Capa<br />

Comunicação pela Web<br />

A família Cubis® apresenta como<br />

opção uma plataforma de comunicação<br />

de Serviços via Web. Esta tecnologia<br />

de comunicação padronizada<br />

permite que sistemas de software<br />

externos, como LIMS, ELN, etc. exibam<br />

e usem informação, campos<br />

de entrada, menus ou operações<br />

complexas na tela de toque da<br />

balança. A transferência de dados<br />

bidirecional é permitida sem software<br />

complicado. Isso elimina a<br />

necessidade de instalar computadores,<br />

laptops ou terminais próximos<br />

da sua balança.<br />

Protocolos de Comunicação<br />

30<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A série Cubis® é equipada para<br />

suportar os protocolos de comunicação<br />

ASCII e SICS, o que permite,<br />

portanto, ter a balança se comunicando<br />

com software de outros<br />

fabricantes. Além disso, quando<br />

usada com a unidade de controle e<br />

exibição MSA, ela também pode opcionalmente<br />

comunicar-se por XML.<br />

As ultra-microbalanças e micro<br />

balanças Cubis® oferecem a você<br />

os níveis mais altos de segurança,<br />

confiabilidade de resultados de<br />

pesagem e conformidade com as<br />

normas requeridas. Com seu pacote<br />

integrado de Conformidade Farmacêutica<br />

Avançada (APC), a Cubis®<br />

oferece o melhor suporte para garantir<br />

resultados qualificados. O<br />

pacote APC apresenta uma ampla<br />

gama de funções que garantem o<br />

perfeito monitoramento de balanças<br />

e processos e garantem a compatibilidade<br />

e rastreabilidade dos seus<br />

resultados. Por exemplo, a determinação<br />

da incerteza de medição,<br />

de acordo com o capítulo <br />

da USP ocorre com apenas um toque<br />

(com Q-App). E mesmo que<br />

você não tiver que seguir requisitos<br />

complexos de aplicação, mas precisa<br />

de resultados de pesagem com<br />

confiabilidade garantida, a unidade<br />

de exibição MSU em conjunto com<br />

os módulos de pesagem das microbalanças<br />

e das ultra microbalanças<br />

oferece uma solução perfeita e de<br />

excelente custo benefício.<br />

Para maiores informações, visite a<br />

página da Sartorius do Brasil:<br />

www.sartorius.com.br ou<br />

ligue (11) 4362-8<strong>90</strong>0


Entrevista<br />

A seguir você encontra uma entrevista<br />

com a Profª Dra.Nádia Maria<br />

Volpato sobre a utilização das<br />

micro balanças no laboratório do<br />

Programa de Pós-Graduação da<br />

Faculdade de Ciências Farmacêuticas<br />

da Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Sul.<br />

<strong>Analytica</strong>: Quão importante é a<br />

precisão das balanças nos projetos<br />

de pesquisa?<br />

Profª Nádia: A grande maioria<br />

dos projetos de pesquisa em<br />

Ciências Farmacêuticas envolve<br />

medição de concentrações de<br />

substâncias bioativas (fármacos)<br />

em diferentes contextos, logo em<br />

diferentes matrizes (formulações<br />

clássicas e inovadoras, tecidos e<br />

fluídos biológicos animais ou humanos,<br />

extratos vegetais, impurezas<br />

em insumos, meios oriundos<br />

de síntese química ou biotecnológica)<br />

do desenvolvimento e avaliação<br />

de fármacos e medicamentos. A<br />

Faculdade de Farmácia da UFRGS<br />

possui diversas balanças de diferentes<br />

capacidades: de precisão,<br />

analítica e semi-microanalítica. A<br />

necessidade de uma balança microanalítica<br />

se deu pela ocorrência<br />

de projetos envolvendo materiais<br />

de alto valor agregado disponíveis<br />

em pequenas quantidades, isolados/obtidos<br />

in loco ou adquiridos<br />

no mercado (da ordem de poucos<br />

miligramas por frasco), de modo<br />

que o preparo de soluções de referência<br />

ou mesmo formulações<br />

fosse obtido sem desperdício do<br />

material e com elevada confiabilidade<br />

metrológica quanto às concentrações<br />

atribuídas.<br />

<strong>Analytica</strong>: Quais são os parâmetros<br />

mais relevantes quando<br />

da escolha da balança?<br />

Profªa Nádia: Os parâmetros<br />

que nortearam a aquisição<br />

de uma microbalança pelo<br />

Programa de Pós-Graduação em<br />

Ciências Farmacêuticas (PPGCF)<br />

da UFRGS foram: sensibilidade<br />

(precisão), capacidade, custo em<br />

função da verba disponível, modo<br />

de uso e assistência técnica.<br />

<strong>Analytica</strong>: Como as novas técnicas<br />

analíticas influenciam na<br />

escolha de uma balança mais<br />

precisa?<br />

Profª Nádia: As novas técnicas<br />

analíticas estão mais sensíveis e<br />

seletivas, podendo-se determinar<br />

concentrações (ou quantidades)<br />

cada vez mais baixas de moléculas<br />

de interesse, mesmo em matrizes<br />

mais complexas. Por exemplo,<br />

quando novas substâncias de origem<br />

vegetal são isoladas e identificadas,<br />

sua disponibilidade inicial é<br />

muito pequena e esses compostos<br />

possuem alto valor agregado. Isso<br />

também ocorre para os materiais<br />

de referência, principalmente os<br />

padrões farmacopeicos de fármacos<br />

e impurezas, de modo que a<br />

aquisição e emprego de pequenas<br />

quantidades é corriqueiro em pesquisa.<br />

Naturalmente os valores de<br />

pesos e concentrações precisam<br />

Profª Dra. Nádia M. Volpato<br />

no Laboratório de Controle de Qualidade<br />

Farmacêutico. Leciona Controle de<br />

Qualidade de Medicamentos e orienta<br />

pesquisas na área<br />

estar amparados nas diretrizes de<br />

confiabilidade metrológica, com o<br />

correto emprego dos princípios de<br />

pesagem, como precisão (ou sensibilidade<br />

da balança) e erro de pesagem.<br />

Pesagens de materiais inferiores<br />

a 5-10 mg necessitam de<br />

balanças mais sensíveis (ou mais<br />

precisas) como as microbalanças.<br />

Outro fator a ser levado em conta<br />

é o custo operacional de alguns<br />

equipamentos de tecnologia mais<br />

avançada, o que requer otimização<br />

no número de ensaios para evitar<br />

desperdícios, mas sem comprometer<br />

a confiabilidade nos resultados<br />

obtidos.<br />

Balança instalada na Central Analítica no laboratório do Programa de<br />

Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

31


Matéria de Capa<br />

Mais segurança na pesagem<br />

Balanças de laboratório pertencentes à linha de produtos Cubis atendem os<br />

requisitos das normas BPL e BPF.<br />

Por<br />

Steffen Gloth, Dominic Grone, e Thomas Pertsch<br />

Sartorius AG – Alemanha<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A calibração periódica representa<br />

um critério de qualidade<br />

muito importante<br />

A sua balança apresenta resultados<br />

corretos?<br />

Para fazer esta comprovação, o<br />

usuário deve realizar a calibração<br />

de sua balança de tempos em tempos.<br />

Isso é muito importante quando<br />

se trata de trabalho em ambientes<br />

altamente regulamentados<br />

como, por exemplo, os laboratórios<br />

farmacêuticos.<br />

Como importante indicador de<br />

uma balança de precisão a calibração<br />

representa um critério relevante<br />

no que diz respeito a testes<br />

em instrumentos analíticos.Em um<br />

ambiente regulamentado como o da<br />

indústria farmacêutica, estes testes<br />

devem ser realizados de acordo com<br />

as BPF. Estes requisitos são encontrados<br />

na guia de BPF da UE e no<br />

código de leis Americano, Code of<br />

Federal Regulations e podem ser<br />

considerados e implementados juntamente<br />

com os regulamentos internos<br />

da empresa.<br />

As balanças da linha Cubis® da<br />

Sartorius® são projetadas para<br />

atender a essas exigências de<br />

acordo com as regras das "Boas<br />

Práticas de Fabricação" (BPF) e<br />

também das "Boas Práticas de Laboratório"<br />

(BPL). O seu pacote de<br />

serviços, funções e design "Advanced<br />

Pharma Compliance" (APC),<br />

atende aos padrões e processos<br />

do setor de maneira adequada com<br />

soluções específicas para o cliente<br />

e mantendo os mais altos padrões<br />

de qualidade farmacêutica. O Q-App<br />

“UserCal”, permite a execução automática<br />

da verificação por meio de<br />

seus pesos externos e possibilita a<br />

criação de rotinas de ajustes automáticos<br />

orientando o usuário de<br />

maneira muito simples.<br />

A balança como um<br />

elemento de controle<br />

Nos laboratórios farmacêuticos, as<br />

balanças são utilizadas em vários<br />

processos que requerem qualidade,<br />

seja no processo de pesagem<br />

para a fabricação de medicamentos<br />

ou em analises de controle de<br />

qualidade para a verificação das<br />

exigências de pesagem. Muitas vezes,<br />

a precisão dos resultados está<br />

diretamente relacionada com a qualidade<br />

do medicamento. Nos ambientes<br />

regulamentados, a balança


é classificada como um elemento de<br />

controle e portanto, deve passar por<br />

uma supervisão obrigatória. Dessa<br />

forma, a prova documental do<br />

funcionamento correto de todos os<br />

aparelhos de medição classificados<br />

como elementos de controle são<br />

obrigatórios e devem compreender<br />

um período garantido. No caso de<br />

desvios, este procedimento favorece<br />

uma fácil visualização do problema<br />

e permite que sejam tomadas medidas<br />

corretivas para que o equipamento<br />

venha a atender novamente<br />

às exigencias, de tal forma que, estes<br />

erros de processo relacionados<br />

ao dispositivo que pudessem causar<br />

a produção de medicamentos de<br />

baixa qualidade sejam removidos.<br />

Sob a supervisão dos elementos de<br />

controle, a calibração de uma balança<br />

desempenha um papel extremamente<br />

importante.<br />

O que é calibração?<br />

A calibração é o processo no qual<br />

é detectada e documentada a diferença<br />

entre os valores de peso e<br />

os valores de referência validados<br />

(controle com peso certificado).<br />

Portanto, a calibração é a fonte<br />

mais importante para verificar a<br />

precisão de uma balança dentro<br />

das condições normativas em vigor.<br />

Para garantir a calibração são<br />

necessários ajustes e sua comprovação.<br />

Diferente de uma calibração,<br />

o ajuste é feito por uma<br />

intervenção corretiva no sistema<br />

de medição, corrigindo eventuais<br />

erros de forma efetiva. Ao executar<br />

uma verificação, se realiza um<br />

teste regulamentado no dispositivo<br />

para averiguar se o mesmo está<br />

e/ ou permanece dentro de suas<br />

conformidades com o transcorrer<br />

do tempo. Este conjunto de ações<br />

atendem as regulamentações oficiais.<br />

A calibração de acordo com a<br />

BPF exige conhecimento prévio dos<br />

requisitos regulamentares e estes<br />

são encontrados no guia BPF da UE<br />

e do código das leis americanas,<br />

Code of Federal Regulations. Estas<br />

regulamentações recomendam que<br />

balanças que são utilizadas para a<br />

produção ou controle de qualquer<br />

produto devem ser calibradas.<br />

A calibração deve ser realizada<br />

em intervalos regulares com métodos<br />

adequados e procedimentos<br />

que devem ser documentados em<br />

conformidade aos procedimentos<br />

de operação estabelecidos. Isso<br />

deve ser feito de acordo com um<br />

procedimento escrito, usando padrões<br />

que são baseados em normas<br />

certificadas, e de acordo com<br />

um cronograma. Com isso, você<br />

deve definir os limites da exatidão e<br />

precisão. O status atual de calibração<br />

do equipamento tem de estar<br />

visível para impedir que o dispositivo<br />

seja utilizado sem cumprir os<br />

critérios para a calibração.<br />

Para auditorias, estão disponíveis<br />

orientações para os auditores.<br />

Assim, as orientações de inspeção<br />

da autoridade de supervisão<br />

americana "Food and Drug Administration"<br />

(FDA) para controlar<br />

laboratórios farmacêuticos e fabricantes<br />

de dispositivos médicos,<br />

está disponível na Aide-Mémorie<br />

Alemã 07120102 do Escritório<br />

Federal Central para a proteção da<br />

Saúde: "Überwachung von Arzneimittelherstellern"<br />

(Rastreamento<br />

fabricantes de medicamentos) e<br />

do Aide Mémoire para a inspeção<br />

de laboratórios para controle de<br />

produtos farmacêuticos (anexo<br />

PIC / S diretriz PI 023-2), nelas<br />

são encontradas especificações<br />

para verificar as qualificações<br />

dos equipamentos de laboratório<br />

(p. ex. balanças) juntamente com<br />

os requisitos que dizem respeito<br />

a calibração. Particularmente ele<br />

entra em detalhes sobre frequência,<br />

pesos padrão utilizados, os<br />

critérios de aceitação aplicado e<br />

documentação (p. Ex. programa de<br />

calibração, instruções de trabalho,<br />

certificado de calibração, de identificação<br />

da unidade).<br />

No que diz respeito a “calibração”<br />

de equipamentos ligados a controle<br />

eles descrevem em termos gerais,<br />

o sistema interno de qualidade para<br />

este procedimento e a necessidade<br />

de se ter um documento de<br />

comprovação (ex. Certificado). Este<br />

documento contém especificações<br />

válidas para todos os dispositivos,<br />

tais como intervalos de calibração,<br />

informações sobre a validade, desvios<br />

de processo e documentação de<br />

dados. Para o escopo da calibração,<br />

a diretiva "Orientações sobre a Calibração<br />

de instrumentos de pesagem<br />

não automáticos, EURAMET cg-18<br />

(03/2011)" com base nas balanças<br />

utilizadas em todo o mundo "OIML<br />

R 76-1” orienta que a calibração<br />

deverá compreender a faixa de trabalho<br />

total desde a carga mínima<br />

a carga máxima. De acordo com<br />

OIML R 76-1, pelo menos, cinco pontos<br />

de controle deverão ser realizados.<br />

Quais intervalos são<br />

necessários?<br />

Uma parte importante da calibração<br />

em BPF é a fixação adequada<br />

do intervalo de calibração. A decisão<br />

sobre este procedimento deve<br />

ser feita com base em uma analise<br />

de risco do processo. Como no<br />

ambiente farmacêutico a utilização<br />

de balanças em processos de pesagem<br />

é crítico para a qualidade,<br />

o intervalo para a calibração deve<br />

ser pequeno. Na prática revelou-se<br />

eficiente a necessidade de verificações<br />

diárias, ajuste automático<br />

diário e com calibração trimestral.<br />

Para a verificação diária poderá ser<br />

suficiente utilizar dois pesos externos<br />

(p. ex. na área de peso mínimo<br />

e o terço superior da capacidade<br />

de pesagem). Para a calibração trimestral,<br />

toda a faixa de pesagem<br />

deverá ser avaliada utilizando-se<br />

um mínimo de cinco pesos. A calibração<br />

deverá contemplar também<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

33


Matéria de Capa<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

a avaliação de excentricidade (desvio<br />

de off-load). A calibração deverá<br />

ser executada conforme necessário,<br />

mas deve ser realizada pelo<br />

menos uma vez por ano.<br />

Para a calibração são usados<br />

pesos de referência, estes pesos<br />

devem ser calibrados pelos Institutos<br />

Metrológicos ou empresas<br />

autorizadas, esta calibração deverá<br />

apresentar rastreabilidade e ser<br />

comprovada por certificados.<br />

A Cubis® auxilia o usuário a documentar<br />

o histórico de calibração<br />

e disponibilizá-lo via Ethernet.<br />

Estes documentos podem ter que<br />

ser arquivados para o caso de futuras<br />

auditorias. A escolha de pesos<br />

de referência depende do tipo de<br />

balança, legibilidade e capacidade<br />

de pesagem. Além da escolha de<br />

classes de precisão, deve ser levado<br />

em conta o padrão estabelecido<br />

pela Organização Internacional de<br />

Metrologia Legal (OIML). Um fator<br />

chave é que a balança só pode ser<br />

tão precisa quanto os pesos de referência<br />

que foram utilizados para<br />

a calibração. A gestão de pesos de<br />

referência devem ser descritos nos<br />

procedimentos de trabalho. Esta<br />

frequência de calibração, armazenamento<br />

de pesos de referência,<br />

limpeza, manipulação da balança,<br />

entre outros deverão estar indicados<br />

nestes procedimentos.<br />

Estabelecer critérios<br />

de aceitação<br />

Para a calibração, é crucial estabelecer<br />

critérios de aceitação.<br />

Como estes não são fixadas nas<br />

regulamentações e fontes normativas,<br />

devem ser portanto deduzidas<br />

de regras gerais, tais como p. ex.<br />

livros de medicina, ou definidas no<br />

que diz respeito à utilização prática<br />

da balança. A tolerância indica<br />

a área onde os valores devem ser<br />

medidos para a calibração avaliar<br />

e corrigir. Neste contexto, deve-se<br />

ter em conta a incerteza de medida<br />

que é definido como um valor característico<br />

que define uma gama<br />

de valores dentro da qual o valor<br />

real de uma quantidade medida<br />

é dada como uma probabilidade.<br />

Esta caracteriza a dispersão dos<br />

valores que podem ser atribuídos<br />

na medida do razoavelmente. Entre<br />

a tolerância e a incerteza de medição,<br />

existe uma relação expressa<br />

pela regra de ouro da metrologia.<br />

Este foi publicado em 1968 pelo<br />

professor de física Georg Berndt<br />

em seu artigo "O papel da tolerância<br />

e da incerteza" no "Zeitschrift<br />

Wissenschaftliche der Universität<br />

Dresden Technischen" (Revista<br />

Científica da Universidade Técnica<br />

de Dresden). Esta incerteza deve<br />

ser menor do que ou igual a um décimo<br />

de tolerância. Com um risco<br />

muito baixo, a incerteza pode ser,<br />

no máximo, um terço da tolerância.<br />

Além dos limites absolutos da faixa<br />

de tolerância, também pode ser<br />

conveniente para definir os limites<br />

de intervenção e de alerta e acompanhar<br />

o seu progresso em gráficos<br />

de controle de qualidade. Isto<br />

tem a vantagem de detectar precocemente<br />

um "desvio" da escala.<br />

Em caso de desvios, dependendo<br />

quanto do limite foi excedido, serão<br />

necessárias medidas diferentes. Se<br />

o limite de aviso for excedido, pode<br />

ser útil verificar a instalação, limpeza<br />

e as condições ambientais, fazer<br />

um ajuste e, em seguida, repetir<br />

a calibração. Se os limites forem<br />

ultrapasados, a intervenção deve<br />

ser relatado ao apoio técnico e se<br />

necessário interditar a balança. Se<br />

houver um desvio de tolerância e<br />

for dado início ao um procedimento,<br />

é preciso interditar a balança e<br />

iniciar um inquérito num procedimento<br />

de desvio predeterminado.<br />

Nesse caso, a pessoa responsável<br />

deve examinar todas as amostras<br />

pesadas desde a última calibração<br />

bem sucedida e avaliar o impacto<br />

em cada lote produzido.


O usuário é sistematicamente orientado pelo processo de calibração através<br />

de um App projetado especificamente para ele.<br />

Cada operação num ambiente<br />

regulado GMP deve ser documentada<br />

em conformidade. Portanto, a<br />

calibração também deve ser documentada<br />

com precisão executada<br />

para uma melhor rastreabilidade.<br />

Isso pode ser feito, se necessário,<br />

por exemplo no diário de bordo<br />

como um dispositivo de advertência<br />

de acordo com protocolo de<br />

calibração. Para isso, os pesos de<br />

referência utilizados devem ser<br />

qualificados para garantir a rastreabilidade.<br />

Os dados brutos devem<br />

ser verificados de forma independente<br />

e a calibração deve ser aprovada<br />

por uma comparação positiva<br />

dos resultados com os critérios de<br />

aceitação. Além da documentação<br />

no diário de bordo do aparelho, o<br />

resultado deve ser reconhecido no<br />

balanço da calibração bem sucedida,<br />

p. ex. através de uma etiqueta.<br />

Alívio na carga de trabalho<br />

através de um App<br />

O inovador Q-App “UserCal” da<br />

Sartorius® oferece um valioso<br />

apoio nas verificações / calibrações<br />

diárias das balanças de laboratorio<br />

Cubis®. O aplicativo tem dois níveis,<br />

um para o administrador e outro<br />

usuário. O administrador pode<br />

definir até cinco pontos de verificação<br />

/ calibração e definir para cada<br />

ponto o valor do peso, a tolerância<br />

permitida e gerar uma etiqueta<br />

para rastrear os resultados. Ao especificar<br />

a tolerancia, você pode<br />

diferenciar entre especificação<br />

absoluta em gramas ou em porcentagem<br />

relativa. Você também<br />

pode deixar a decisão a nível de<br />

administrador para se fazer um<br />

ajuste interno antes da verificação.<br />

O usuário pode, em seguida,<br />

iniciar o Q-App e sistematicamente<br />

ser guiado no processo de verificação.<br />

Os resultados de todas<br />

as medições serão exibidos em<br />

resumo. Tendo em conta as tolerâncias<br />

estabelecidas, será exibido<br />

se a verificação/ calibração foi<br />

aprovada. O resultado final pode<br />

ser documentado através de uma<br />

impressora de laboratorio ou da-<br />

dos podem ficar armazenados em<br />

um cartão SD.<br />

A prova documentada da adequação<br />

dos procedimentos de<br />

medição é um critério de qualidade<br />

na indústria farmacêutica. A Sartorius<br />

auxilia na validação da Q-App<br />

“UserCal” se necessário, com informações<br />

completas, documentos e<br />

modelos de serviços relacionados<br />

detalhados, garantindo assim uma<br />

fácil integração em operações das<br />

indústrias farmacêuticas. O Q-App<br />

“UserCal” foi desenvolvido com<br />

qualidade garantida e classificado<br />

na categoria 3 do GAMP (Good Automated<br />

Manufacturing Practices).<br />

Mantenha sua balança perfeitamente<br />

calibrada. A Sartorius<br />

oferece o serviço de calibração<br />

credenciado com a RBC - Rede<br />

Brasileira de Calibração- e emite<br />

certificados de calibração para balanças<br />

de laboratório (no escopo<br />

massa). Como resultado, asseguramos<br />

a rastreabilidade de 100%<br />

do seu equipamento de medição<br />

para os padrões nacionais.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

35


Matéria de Capa<br />

Pipetagem um trabalho que deve ser levado a sério<br />

36<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A Sartorius é preocupada em<br />

oferecer sempre a mais alta tecnologia<br />

em tecnologias para laboratório.<br />

Assim como a pesagem, a pipetagem<br />

também tem importância<br />

em diversas atividades, seja para o<br />

preparo de padrões, ensaios, reparo<br />

de amostras, execução de testes<br />

biológicos e outros processos analíticos.<br />

O uso da pipeta adequada<br />

tem um papel muito relevante na<br />

qualidade do trabalho desenvolvido:<br />

fatores como leveza, ergonomia,<br />

confiabilidade são chave para<br />

os usuários da pipeta.<br />

De modo a tornar este trabalho<br />

mais fácil, foi desenvolvida a Tacta®,<br />

uma pipeta que devido a sua<br />

leveza e facilidade de manuseio<br />

pode ser utilizada até por usuários<br />

menos experientes e resultados<br />

precisos serão obtidos. A Tacta<br />

possui outros recursos complementares<br />

que auxiliam imensamente<br />

o usuário como Optiject<br />

Sartorius, com tecnologia de ejeção<br />

da ponteira por alavanca, permite a<br />

expulsão da ponteira de forma controlada,<br />

suave e com um mínimo de<br />

força. O recurso OptiLoad com cones<br />

de mola tanto em mono como<br />

em multicanal, garantem um perfeito<br />

encaixe da ponteira com ótima<br />

vedação e mínimo esforço.<br />

A pipeta também apresenta o<br />

recurso Optilock, uma função de<br />

bloqueio e de ajuste de volume<br />

que impede alterações de volume<br />

acidentais durante a pipetagem.<br />

Seu grande visor permite uma fácil<br />

leitura de volume mesmo quando<br />

a pipeta se encontra em posição<br />

angular. Ela também permite o<br />

ajuste para uma grande variedade<br />

de líquidos, utilizando-se uma<br />

simples chave de ajuste. Com funcionalidade<br />

integrada em forma de<br />

escala, ela indica o grau de ajuste e<br />

mantêm esse valor para um líquido<br />

específico, assim o usuário pode<br />

reutilizar essa configuração a qualquer<br />

momento.<br />

Seu desenho inteligente e ergonômico<br />

diminui consideravelmente<br />

a força de pipetagem e<br />

a ejeção de ponteiras, isso ajuda<br />

a reduzir o risco de LER nos<br />

usuários. Seu design exclusivo e<br />

apoio para o dedo permitem que<br />

a pipeta seja facilmente encaixada<br />

na mão do usuário sem a necessidade<br />

de agarrar firmemente<br />

a alça, favorecendo a ergonomia,<br />

resultados confiáveis e precisos<br />

durante longas sessões de pipetagem.<br />

Seu design foi vencedor<br />

de prêmios internacionais como<br />

o Red Dot Award no ano de 2016.<br />

Outro aspecto importante com<br />

relação as pipetas, é a limpeza. A<br />

Tacta conta com apenas três peças<br />

e para sua desmontagem não<br />

é necessário nenhuma ferramenta<br />

especial. Elas podem ser esterilizadas<br />

em autoclave e são altamente<br />

resistentes à exposição à<br />

radiação UV e produtos químicos.<br />

Além disso, filtros de segurança<br />

estão disponíveis para todos os<br />

modelos Tacta em volumes de<br />

mais de 10 µl, um método econômico<br />

para reduzir a contaminação.<br />

O ejetor único Safe-Cone<br />

permite a fácil remoção dos filtros<br />

utilizados ou contaminados,<br />

sem qualquer contato.<br />

Quer experimentar esse novo conceito<br />

em pipetagem? Entre em contato<br />

com a Sartorius e saiba mais.<br />

Sartorius do Brasil Ltda<br />

Tel.: 11 4362-8<strong>90</strong>0<br />

leadsbr@sartorius.com<br />

www.sartorius.com.br<br />

Tacta – vencedora do Red Dot Award 2016<br />

Fácil de desmontar, ainda mais fácil e<br />

seguro de limpar.


<strong>Analytica</strong> 15 anos<br />

Entrevista com<br />

Sylvain Kernbaum, criador da revista<br />

Conheça mais a história da revista referência em instrumentação e controle de qualidade industrial<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Criada em 2002, a Revista<br />

<strong>Analytica</strong> comemora nessa edição<br />

seu 15º aniversário. Uma data<br />

importante, haja vista a publicação<br />

ser uma das únicas a abordar com<br />

técnica e didática temas como<br />

metrologia, microbiologia e instrumentação<br />

analítica. Por esse motivo,<br />

como presente para os leitores,<br />

entrevistamos o responsável pela<br />

sua criação: Sylvain Kernbaum.<br />

Nascido em 1946 em Paris, na<br />

França, Sylvain possui trajetória<br />

profissional extensa. Iniciou sua<br />

carreira aos 19 anos trabalhado<br />

em um banco francês, colecionou<br />

cargos na Merck Sharp & Dohme,<br />

foi presidente da Sanders Probel<br />

Biotechnology até ingressar na holandesa<br />

AKZO. Ainda na Europa, fez<br />

parte dos quadros da Anistia Internacional,<br />

onde era encarregado da<br />

América Latina.<br />

Somente após sua chegada no<br />

Brasil, sua vida começou a tomar<br />

outro rumo, com a criação de suas<br />

duas publicações: Newslab e<br />

<strong>Analytica</strong>. E é daí que parte essa<br />

entrevista interessante sobre a sua<br />

introdução no mercado editorial.


Qual era o cargo do senhor<br />

quando chegou no Brasil?<br />

Eu era diretor da Organon Técnica<br />

uma divisão da empresa holandesa<br />

AKZO que fabricava testes<br />

de diagnósticos e alguns remédios.<br />

Era um cargo temporário?<br />

Sim, cheguei em 1988 para um<br />

cargo temporário, com prazo de<br />

4 anos. Para organizar a venda<br />

de diagnósticos e a produção de<br />

alguns remédios (Pavulon, Norcuron,<br />

relaxantes musculares, Heparina).<br />

Porém, não me interessava<br />

pelas vagas oferecidas após<br />

esse período. Com isso, comecei<br />

a pensar em criar meu próprio<br />

negócio no Brasil.<br />

Quanto tempo o senhor trabalhou<br />

nesse cargo?<br />

Fiquei quatro anos nesse cargo,<br />

depois meu visto temporário<br />

venceu. Consegui na época a<br />

vaga de diretor na Sanofil Diagnostic<br />

Pasteur. Ali trabalhei por<br />

um ano, quando percebi que a<br />

empresa seria vendida. Com<br />

isso decidi criar uma revista, no<br />

caso a Newslab.<br />

O que te levou a criar a Revista<br />

Newslab?<br />

Observei que na França havia<br />

uma revista muito boa chamada<br />

"Revista Francesa dos Laboratórios".<br />

Ao mesmo tempo, notei<br />

que no Brasil não havia publicações<br />

à altura, e havia muito para<br />

explorar nesse sentido. Foi aí<br />

que criei a Newslab em 1993.<br />

O que me ajudou muito foi o fato<br />

de que eu era membro fundador<br />

da CBDL (Câmara Brasileira de<br />

Diagnóstico Laboratorial).<br />

E sobre a criação da <strong>Analytica</strong>?<br />

Em 1995, criei a Panel (empresa<br />

de controle de qualidade dos<br />

hemocentros do Brasil e bancos<br />

de sangue privados). Ela ia muito<br />

bem, porém alguns anunciantes<br />

da revista sentiram-se incomodados,<br />

já que a Panel avaliava<br />

os produtos de seus anunciantes<br />

e dava abertura para conflito de<br />

interesses. Por esse motivo vendi<br />

a minha parte da Panel e acabei<br />

investindo assim na minha nova<br />

revista, a <strong>Analytica</strong>. Meu objetivo<br />

era atingir os laboratórios de<br />

controle de qualidade no mercado<br />

industrial.<br />

Como se deu os primeiros anos<br />

da <strong>Analytica</strong>, já que começou do<br />

zero com essa temática de controle<br />

de qualidade industrial?<br />

Alguns amigos do ramo me explicaram<br />

suas necessidades. Além<br />

do mais, não havia qualquer publicação<br />

que abordasse esse tema.<br />

Qual foi o momento em que o<br />

senhor percebeu que a Revista<br />

<strong>Analytica</strong> foi uma boa ideia e iria<br />

ter sucesso?<br />

Foi em das reuniões da BR-<br />

Mass em Campinas. Ali questionamos<br />

para os pesquisadores e<br />

público qual era a fonte principal<br />

de informação, notícias e novidades<br />

do setor. A opção pela<br />

<strong>Analytica</strong> foi quase unânime.<br />

Daí percebi que a revista tinha<br />

muita aceitação, inclusive pelas<br />

universidades.<br />

Como o senhor vê o futuro da<br />

revista?<br />

Já estamos em um ponto que<br />

temos mais leitores na versão digital<br />

que na versão impressa. Significa<br />

que temos mais de 24 mil<br />

e-mails de leitores do ramo cadastrados,<br />

que recebem a revista<br />

para acesso gratuito.<br />

Há de se dizer que a indústria<br />

brasileira sempre foi de ponta,<br />

mas não há uma planificação<br />

governamental do desenvolvimento<br />

da indústria brasileira.<br />

E a revista <strong>Analytica</strong> é muito<br />

sensível nesse sentido, já que<br />

ela depende muito do desenvolvimento<br />

industrial para seu<br />

sucesso cabal.<br />

O Guia Laboratorial é uma novidade<br />

que envolve e interessa<br />

o público da revista <strong>Analytica</strong>. O<br />

senhor poderia comentar sobre<br />

esse guia?<br />

É um portal que estamos desenvolvendo,<br />

onde fornecedores,<br />

tanto da área de diagnósticos,<br />

como da área de controle de qualidade<br />

industrial cadastram seus<br />

produtos e insumos, de modo que<br />

compradores da área possam<br />

encontrar com mais facilidade<br />

materiais para seus laboratórios.<br />

Não é um site de comércio on-<br />

-line, mas um facilitador para<br />

quem busca produtos e materiais<br />

tão específicos como os da nossa<br />

área. Atualmente, já temos mais<br />

de 25.000 produtos cadastrados<br />

e o site está em fase de testes,<br />

com previsão de ser lançado oficialmente<br />

no início de 2018.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

41


Entrevista<br />

Pesquisadora analisa os vultos e lições<br />

deixados pela Operação Carne Fraca<br />

Entrevista com Ana Lucia Lemos, Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes do Instituto de Tecnologia<br />

de Alimentos esclarece questões sobre a qualidade dos produtos cárneos nacio-nais<br />

42<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A Operação Carne Fraca da Policia<br />

Federal, deflagrada em março<br />

de 2017, já pode ser consi-derada<br />

uma das maiores ações investigativas<br />

da instituição. Isso se deve<br />

ao fato do cumpri-mento de aproximadamente<br />

300 mandados e<br />

com o expediente de mais de 1000<br />

policiais federais em todo território<br />

nacional.<br />

O objetivo foi desmantelar o<br />

esquema que envolvia empresas<br />

privadas e fiscais do Ministério da<br />

Agricultura para a liberar a venda<br />

de produtos cárneos impróprios<br />

para o consumo. Porém, mesmo<br />

que a análise da qualidade das<br />

carnes produzidas no Brasil fosse<br />

o principal foco, aca-bou sendo<br />

necessária, para se comprovar a<br />

gravidade desse tipo de esquema.<br />

Foram encon-tradas nessas análises<br />

a comercialização de produtos<br />

vencidos, Salmonella, carne estragada<br />

em salsichas, uso de ácido<br />

ascórbico e inclusive papelão.<br />

Com isso, as consequências dessa<br />

operação foram diversas, dentre<br />

as principais: quebra de acordos<br />

comerciais nacionais e internacionais,<br />

desvalorização de ações de<br />

frigoríficos e novas investigações<br />

advindas dessa primeira fase da<br />

operação. Outrossim, após virem a<br />

público os resultados da operação,<br />

a confiança do consumidor sobre o<br />

alimento posto à mesa não foi mais<br />

a mesma, apesar das instituições<br />

públicas responsáveis pela fiscalização<br />

afirmarem, pouco tempo<br />

depois, que a carne é própria para<br />

consumo.<br />

Diante disso, após mais de seis<br />

meses do ápice da operação, o assunto<br />

já deixou de ser abor-dado<br />

com o afinco e frequência de outrora,<br />

seja por outros escândalos<br />

que o absorvera, co-mo pelo avanço<br />

das investigações para âmbitos<br />

menos técnicos.<br />

Por esse motivo, para entender<br />

em que passo está atualmente a<br />

qualidade dos cárneos con-sumidos<br />

no Brasil, conversamos com<br />

Ana Lucia da Silva Correa Lemos,<br />

pesquisadora e Direto-ra do Centro<br />

de Tecnologia de Carnes (CTC) do<br />

Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />

(ITAL). Cabe ressaltar que o CTC<br />

é hoje um dos principais centros de<br />

pesquisa tecnológica e da ges-tão<br />

da qualidade das carnes e é composto<br />

por laboratórios de análise<br />

físico-químicas, micro-biológicas<br />

e sensoriais. Além disso, ela comenta<br />

como as empresas deve ser<br />

preparar para oferecer produto de<br />

qualidade e quais cuidados os consumidores<br />

devem tomar na hora de<br />

escolher a carne. Confira.<br />

Após mais de seis meses do<br />

ápice da “Operação Carne Fraca”<br />

da Polícia Federal, qual o sal-do<br />

que o ITAL verificou das denúncias<br />

e polêmicas sobre a qualidade<br />

dos cárneos consumi-dos?<br />

Resposta: A inspeção tem sido<br />

cada vez mais cuidadosa e os consumidores<br />

estão mais aten-tos. O<br />

consumo interno de carnes e derivados<br />

permanece nos mesmos<br />

patamares, segundo nossa percepção.<br />

Inclusive responsáveis pela<br />

merenda escolar em diferentes<br />

municípios estão nos procurando<br />

para estabelecimento de parâmetros<br />

que assegurem que o produto<br />

atende as características desejadas<br />

(palatabilidade, mastigabilidade).<br />

Durante as questões advindas<br />

da operação, qual foi o posicionamento<br />

do ITAL?<br />

Resposta: O Centro de Tecnologia<br />

de Carnes (CTC) do ITAL reconhece<br />

o excelente trabalho realizado pelo<br />

Serviço de Inspeção Federal (SIF)<br />

do Ministério da Agricultura e pela<br />

Polícia Federal. As informações divulgadas<br />

foram panfletárias no início,<br />

mas o posicionamento rápi-do<br />

do SIF ao elaborar uma nota esclarecedora<br />

publicada no dia seguinte,<br />

foi muito importan-te. Com certeza<br />

estamos evoluindo e os impactos<br />

foram muito menores do que foi<br />

estimado na época. Nossa carne<br />

atende rígidos padrões de qualidade<br />

nas empresas fiscalizadas.<br />

Quais as recomendações do<br />

ITAL para os frigoríficos e indústrias<br />

alimentícias para o manu-<br />

-seio e estocagem de produtos<br />

cárneos?<br />

Resposta: Devem atender às especificações<br />

de temperatura, quer<br />

sejam elas para produtos congelados<br />

ou resfriados. Abusos de tem-


Lucia Lemos<br />

Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes<br />

do Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />

peratura alteram as características<br />

físicas, químicas, microbiológicas e<br />

sensoriais das carnes e dos produtos<br />

cárneos e os danos são irreversíveis.<br />

Como garantir a segurança da<br />

carne em açougue?<br />

Resposta: A limpeza do ambiente,<br />

a higiene do ambiente e na manipulação<br />

das carnes pelos funcionários<br />

são bons indícios, mas nada<br />

é suficiente para garantir a segurança<br />

microbiológica da carne, só<br />

a procedência. Frigoríficos fiscalizados<br />

por órgãos governamentais,<br />

estabeleci-mentos fiscalizados<br />

com frequência pela vigilância municipal<br />

tendem a ser mais seguros.<br />

Al-guns açougues desossam e isso<br />

requer treinamento de funcionários<br />

no recebimento das carcaças.<br />

Aqueles que trabalham com carnes<br />

embaladas precisam treinar seus<br />

funcionários na avaliação da qualidade<br />

da carne.<br />

E para o consumidor? Quais<br />

recomendações para avaliar se<br />

o produto está próprio para cosumo?<br />

Resposta: O odor é um bom parâmetro<br />

para carnes embaladas a<br />

vácuo, assim como a capaci-dade<br />

de recuperar a coloração vermelho<br />

cereja após abertura do pacote e<br />

exposição ao oxi-gênio. Estas características<br />

indicam se uma carne<br />

estaria envelhecida ou foi submetida<br />

a flu-tuações de temperatura<br />

durante a estocagem ou comercialização.<br />

O carimbo da inspeção<br />

é um indicativo de que a carne e<br />

o produto cárneo são próprios para<br />

consumo, provenientes de animais<br />

sadios, abatidos adequadamente<br />

em frigoríficos que tem boas<br />

práticas implemen-tadas no seu<br />

processo produtivo. Em relação ao<br />

varejo, a responsabilidade sobre os<br />

estabe-lecimentos é da vigilância<br />

sanitária. Sempre que o consumidor<br />

suspeitar de práticas fraudu-<br />

-lentas no varejo deve comunicar<br />

aos órgãos competentes. O CTC/<br />

ITAL é hoje um dos princi-pais<br />

centros de pesquisa tecnológica<br />

mundiais.<br />

Atualmente, quais os principais<br />

trabalhos e pesquisas em andamento?<br />

Resposta: Temos trabalhado<br />

prioritariamente com a segurança<br />

microbiológica de carnes e produtos<br />

cárneos e estabilidade durante<br />

a vida útil.<br />

Afinal, o processo de fiscalização<br />

e de qualidade da carne brasileiro<br />

é ineficaz como noticia-do<br />

pela mídia, ou estes casos comprovados<br />

de omissão e corrupção<br />

de fiscais da vigilância sanitária<br />

trata-se de uma exceção e não de<br />

uma regra?<br />

Resposta: As normas brasileiras<br />

são rigorosíssimas. Os serviços de<br />

inspeção federal têm nor-mativas e<br />

decretos-lei que são extremamente<br />

rígidos. Precisam de uma atualização<br />

porque são tão rígidos que dificultam<br />

a inclusão de uma inovação.<br />

Nossa legislação é extremamente<br />

restritiva, o que torna o produto<br />

muito seguro. Estão sendo feitas<br />

revisões, e a minha expec-tativa<br />

é de que esse fato vai poder até<br />

modernizar toda a nossa legislação<br />

sobre produtos cárneos. Isso não<br />

significa tornar mais flexível e mais<br />

permissiva. Isso é algo que, com a<br />

evo-lução da tecnologia precisa ser<br />

revisto porque as normas atuais<br />

são extremamente rígidas.<br />

Como vamos mostrar para o<br />

mundo qual é a carne que o Brasil<br />

realmente produz? E qual é essa<br />

carne?<br />

Resposta: Ao meu ver todos os<br />

importadores sabem que a carne<br />

brasileira é de excelente qualidade,<br />

enviam inúmeras missões para<br />

verificar o sistema produtivo, auditar<br />

documentos, exigem inúmeros<br />

laudos analíticos que assegurem<br />

a inocuidade da carne etc. Os<br />

padrões requeridos pelos importadores<br />

são elevadíssimos e ao<br />

compararmos as nossas indústrias<br />

exportadoras com as do exterior,<br />

somos muito mais rigorosos, em<br />

vários aspectos. Vejo que o grande<br />

problema é que nós brasileiros<br />

demos motivos para nos imporem<br />

barreiras e com isso perderemos<br />

competitividade, eventualmente.<br />

É possível dizer, que a carne<br />

consumida atualmente é totalmente<br />

de qualidade?<br />

Resposta: As carnes provenientes<br />

de frigoríficos submetidos ao<br />

sistema de inspeção são se-guras,<br />

desvios que possam ocorrer, são<br />

exceções, pois o sistema é robusto.<br />

Depois de duas décadas dedicadas<br />

ao crescimento do setor,<br />

como superar este golpe e se<br />

manter como um dos países que<br />

mais produz, consume e exporta<br />

de carne do mundo?<br />

Resposta: Os dados de exportação<br />

já indicam que estamos superando<br />

o golpe e os níveis anteriores<br />

estão sendo mantidos. Penso que<br />

a sanidade dos animais, livres de<br />

algumas doen-ças prevalentes em<br />

outros países seja um dos motivos,<br />

além dos importadores estarem se<br />

certificando que as falhas do sistema<br />

eram pontuais.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

43


Instrumentação e normalização<br />

MÉTODOS DE ENSAIO<br />

A competência dos laboratórios em<br />

avaliar produtos para diagnóstico in vitro<br />

Um dispositivo para diagnóstico in vitro, é qualquer dispositivo médico que consista num reagente,<br />

produto reagente, conjunto, instrumento, aparelho ou sistema, utilizado isoladamente ou combinado,<br />

destinado pelo fabricante a ser utilizado in vitro no exame de amostras provenientes do corpo humano,<br />

de forma a obter informações sobre estados fisiológicos ou estados de saúde, de doença, ou de<br />

anomalia congênita.<br />

Mauricio Ferraz de Paiva<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Os produtos para diagnóstico de<br />

uso in vitro são reagentes, calibradores,<br />

padrões, controles, coletores<br />

de amostra, materiais e instrumentos,<br />

usados individualmente ou em<br />

combinação, com intenção de uso<br />

determinada pelo fabricante, para<br />

análise in vitro de amostras derivadas<br />

do corpo humano, exclusivamente<br />

ou principalmente para<br />

prover informações com propósitos<br />

de diagnóstico, monitoramento,<br />

triagem ou para determinar a compatibilidade<br />

com potenciais receptores<br />

de sangue, tecidos e órgãos.<br />

Segundo a Anvisa, os produtos<br />

para diagnóstico in vitro são enquadrados<br />

nas seguintes classes<br />

de risco: Classe I: produtos de baixo<br />

risco ao indivíduo e baixo risco<br />

à saúde pública; Classe II: produtos<br />

de médio risco ao indivíduo e<br />

ou baixo risco à saúde pública;<br />

Classe III: produtos de alto risco ao<br />

indivíduo e ou médio risco à saúde<br />

pública; e Classe IV: produtos de<br />

alto risco ao indivíduo e alto risco à<br />

saúde pública.<br />

A classificação de risco dos produtos<br />

para diagnóstico in vitro é<br />

baseada nos seguintes critérios:<br />

indicação de uso especificada pelo<br />

fabricante; conhecimento técnico,<br />

científico ou médico do usuário;<br />

importância da informação fornecida<br />

ao diagnóstico; relevância e impacto<br />

do resultado para o indivíduo<br />

e para a saúde pública; e relevância<br />

epidemiológica.<br />

Se a um mesmo produto se aplicar<br />

mais de uma regra, com diferentes<br />

classes de risco atribuídas,<br />

o produto deve ser classificado na<br />

classe de maior risco. As regras de<br />

classificação poderão ser atualizadas<br />

tendo em vista o progresso<br />

tecnológico e as informações de<br />

pós-comercialização, oriundas do<br />

uso ou da aplicação dos produtos<br />

para diagnóstico in vitro.<br />

A NBR 16075 de 07/2012 -<br />

Diagnóstico de uso in vitro —<br />

Competência de laboratórios<br />

e organização de ensaio de<br />

avaliação da conformidade de<br />

produtos — Requisitos gerais<br />

especifica os requisitos gerais para<br />

a competência de laboratórios e<br />

organizações para realizar a avaliação<br />

da conformidade de produtos<br />

para diagnóstico de uso in vitro,<br />

incluindo amostragem. Ela cobre<br />

ensaios realizados utilizando métodos<br />

normalizados, métodos não<br />

normalizados e métodos desenvolvidos<br />

pelo laboratório.<br />

É responsabilidade do laboratório<br />

ou organização realizar suas<br />

atividades para a avaliação da conformidade,<br />

de modo a atender aos<br />

requisitos desta norma e satisfazer<br />

as necessidades dos clientes, das<br />

autoridades regulamentadoras ou<br />

das organizações que fornecem<br />

reconhecimento. O sistema de<br />

gestão da qualidade deve cobrir


os trabalhos realizados nas instalações<br />

permanentes do laboratório<br />

ou organizações, em locais fora de<br />

suas instalações permanentes ou<br />

em instalações associadas, temporárias<br />

ou móveis.<br />

Se o laboratório for parte de uma<br />

organização que realiza outras atividades,<br />

além da avaliação da conformidade,<br />

as responsabilidades do<br />

pessoal-chave da organização que<br />

tenha um envolvimento ou influência<br />

nas atividades da avaliação da<br />

conformidade devem ser definidas,<br />

de modo a identificar potenciais<br />

conflitos de interesse. Quando um<br />

laboratório for parte de uma organização<br />

maior, convém que os<br />

arranjos organizacionais sejam<br />

tais que os departamentos que<br />

tenham conflito de interesses, tais<br />

como produção, marketing comercial<br />

ou financeiro, não influenciem<br />

negativamente a conformidade do<br />

laboratório com os requisitos desta<br />

norma. Se o laboratório ou organização<br />

desejar ser reconhecido<br />

como um laboratório de terceira<br />

parte, convém que ele seja capaz<br />

de demonstrar que é imparcial e<br />

que ele e seu pessoal estão livres<br />

de quaisquer pressões comerciais,<br />

financeiras e outras indevidas, que<br />

possam influenciar seu julgamento<br />

técnico. Convém que o laboratório<br />

de ensaio de terceira parte não se<br />

envolva em atividades que possam<br />

colocar em risco a confiança na sua<br />

independência de julgamento e integridade<br />

em relação às atividades<br />

para avaliação da conformidade.<br />

O laboratório ou organização<br />

deve estabelecer, implementar e<br />

manter um sistema de gestão da<br />

qualidade apropriado ao escopo<br />

das suas atividades. Deve documentar<br />

suas políticas, sistemas,<br />

programas, procedimentos e instruções,<br />

na extensão necessária<br />

para assegurar a qualidade dos<br />

resultados das suas atividades. A<br />

documentação do sistema deve ser<br />

comunicada, compreendida, estar<br />

disponível e ser implementada pelo<br />

pessoal apropriado.<br />

O laboratório ou organização<br />

deve estabelecer e manter procedimentos<br />

para controlar todos os<br />

documentos que fazem parte do<br />

seu sistema de gestão da qualidade<br />

(gerados internamente ou obtidos<br />

de fontes externas), tais como<br />

regulamentos, normas, outros documentos<br />

normativos, métodos de<br />

ensaio, assim como desenhos, softwares,<br />

especificações, instruções<br />

e manuais. Todos os documentos<br />

emitidos para o pessoal, como<br />

parte do sistema de gestão da qualidade,<br />

devem ser analisados criticamente<br />

e aprovados para uso por<br />

pessoal autorizado, antes de serem<br />

emitidos. Uma lista mestra ou um<br />

procedimento equivalente para<br />

controle de documentos, que identifique<br />

a situação da revisão atual e<br />

a distribuição dos documentos do<br />

sistema de gestão, deve ser estabelecida<br />

e estar prontamente disponível,<br />

para evitar o uso dos documentos<br />

inválidos e/ou obsoletos.<br />

O laboratório ou organização<br />

deve estar disposto a cooperar com<br />

os clientes ou com seus representantes,<br />

para esclarecer o pedido do<br />

cliente e para monitorar o desempenho<br />

em relação ao trabalho realizado,<br />

desde que seja assegurada<br />

a confidencialidade em relação<br />

a outros clientes. Tal cooperação<br />

pode incluir: a disponibilidade ao<br />

cliente ou a seus representantes,<br />

o acesso às áreas pertinentes do<br />

laboratório ou organização, para<br />

conhecer as avaliações da conformidade<br />

realizadas para o cliente e<br />

a preparação, embalagem e despacho<br />

de itens de ensaio necessários<br />

ao cliente, para fins de verificação.<br />

A direção do laboratório ou organização<br />

deve assegurar a competência<br />

de todos que operam equipamentos<br />

específicos, realizam os<br />

ensaios, avaliam os resultados e<br />

assinam os relatórios de ensaio e<br />

certificados de calibração. Quando<br />

for utilizado pessoal em treinamento,<br />

deve ser feita uma supervisão<br />

adequada. O pessoal que realiza tarefas<br />

específicas deve ser qualificado<br />

com base na formação, treinamento,<br />

experiência apropriados e/ou habilidades<br />

demonstradas, conforme<br />

requerido. As instalações do laboratório<br />

ou organização para avaliação<br />

da conformidade, incluindo, mas não<br />

se limitando a, fontes de energia,<br />

iluminação e condições ambientais,<br />

devem ser tais que facilitem a realização<br />

correta das avaliações.<br />

O laboratório ou organização<br />

deve assegurar que as condições<br />

ambientais não invalidem os resultados<br />

ou afetem adversamente<br />

a qualidade requerida de qualquer<br />

medição. Devem ser tomados cuidados<br />

especiais quando forem realizados<br />

amostragens e ensaios em<br />

locais diferentes das suas instalações<br />

permanentes.<br />

Os requisitos técnicos para as<br />

acomodações e condições ambientais<br />

que possam afetar os resultados<br />

dos ensaios devem estar<br />

documentados. O laboratório ou<br />

organização deve utilizar métodos<br />

e procedimentos apropriados para<br />

todas as avaliações dentro do seu<br />

escopo. Estes incluem amostragem,<br />

manuseio, transporte, armazenamento<br />

e preparação dos<br />

itens a serem avaliados e, onde<br />

apropriado, uma estimativa da incerteza<br />

de medição, bem como as<br />

técnicas estatísticas para análise<br />

dos dados da avaliação.<br />

O laboratório ou organização<br />

deve ter instruções sobre o uso e a<br />

operação de todos os equipamentos<br />

pertinentes, sobre o manuseio<br />

e a preparação dos itens para<br />

a avaliação, onde a falta de tais<br />

instruções possa comprometer os<br />

resultados das avaliações. Todas<br />

as instruções, normas, manuais<br />

e dados de referência aplicáveis<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

45


Instrumentação e normalização<br />

46<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

ao trabalho do laboratório devem<br />

ser mantidos atualizados e prontamente<br />

disponíveis para o pessoal.<br />

Desvios de métodos de avaliação<br />

somente devem ocorrer se esses<br />

desvios estiverem documentados,<br />

tecnicamente justificados, autorizados<br />

e aceitos pelo cliente. Um<br />

laboratório ou organização que<br />

realiza suas próprias calibrações<br />

deve ter e aplicar um procedimento<br />

para estimar a incerteza de<br />

medição de todas as calibrações e<br />

tipos de calibrações.<br />

Os laboratórios ou organizações<br />

devem ter e aplicar procedimentos<br />

para a estimativa das incertezas<br />

de medição. Em alguns casos, a<br />

natureza do método de avaliação<br />

pode impedir o cálculo rigoroso,<br />

metrológica e estatisticamente<br />

válido da incerteza de medição.<br />

Nesses casos, deve-se pelo menos<br />

tentar identificar todos os<br />

componentes de incerteza e fazer<br />

uma estimativa razoável. Deve-se<br />

garantir que a forma de relatar o<br />

resultado não dê uma impressão<br />

errada da incerteza.<br />

A estimativa razoável deve estar<br />

baseada no conhecimento do desempenho<br />

do método e no escopo<br />

da medição, e deve fazer uso, por<br />

exemplo, de experiência e dados<br />

de validação anteriores. Todo equipamento<br />

utilizado em avaliações,<br />

incluindo os equipamentos para<br />

medições auxiliares (por exemplo,<br />

condições ambientais), que tenha<br />

efeito significativo sobre a exatidão<br />

ou validade do resultado da avaliação<br />

ou amostragem, deve ser calibrado<br />

antes de entrar em serviço.<br />

Deve-se estabelecer um programa<br />

e procedimento para a calibração<br />

dos seus equipamentos.<br />

Os materiais de referência devem,<br />

sempre que possível, ser rastreáveis<br />

às unidades de medida SI,<br />

ou a materiais de referência certificados.<br />

Materiais de referência<br />

internos devem ser verificados na<br />

medida em que isso for técnica e<br />

economicamente praticável. O laboratório<br />

ou organização deve ter<br />

um plano e procedimentos para<br />

amostragem, quando ele realiza<br />

amostragem de substâncias, materiais<br />

ou produtos para avaliação<br />

subsequente. Tanto o plano como<br />

o procedimento de amostragem<br />

devem estar disponíveis no local<br />

onde a amostragem é realizada.<br />

Os planos de amostragem<br />

devem, sempre que viável, ser<br />

baseados em métodos estatísticos<br />

apropriados. O processo de<br />

amostragem deve abranger os<br />

fatores a serem controlados, de<br />

forma a assegurar a validade dos<br />

resultados da avaliação.<br />

Enfim, a qualidade dos laboratórios<br />

clínicos e a emissão de laudos<br />

corretos e confiáveis dependem de<br />

vários fatores: da capacidade técnica<br />

dos profissionais que realizam<br />

os exames, da eficiência e eficácia<br />

dos equipamentos, que devem<br />

estar calibrados e monitorados e,<br />

ainda, da qualidade e desempenho<br />

dos reagentes usados para a<br />

realização dos exames laboratoriais<br />

dos diferentes analitos que a classe<br />

médica solicita para complementar<br />

os seus diagnósticos e monitorar os<br />

seus clientes.<br />

Deve ser uma preocupação de<br />

todos os profissionais da área conhecer<br />

melhor a qualidade e o<br />

desempenho dos produtos de diagnósticos<br />

que os fabricantes colocam<br />

à disposição dos laboratórios<br />

clínicos. Diante disto, é importante<br />

que seja feita a avaliação da conformidade<br />

destes produtos.<br />

Mauricio Ferraz de Paiva é<br />

engenheiro eletricista, especialista<br />

em desenvolvimento em sistemas,<br />

presidente do Instituto Tecnológico<br />

de Estudos para a Normalização e<br />

Avaliação de Conformidade (Itenac)<br />

e presidente da Target Engenharia e<br />

Consultoria<br />

mauricio.paiva@target.com.br


Metrologia<br />

Materiais de Referência Certificados<br />

produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça<br />

no combate às drogas de abuso<br />

Uso dos MRC é um instrumento importante para que a prova pericial seja sólida e dê suporte para<br />

que o juízo forme sua convicção, prendendo culpados e liberando inocentes, o que traz ganho para<br />

toda a sociedade<br />

Por Rodrigo Borges de Oliveira<br />

48<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Em 11 de agosto passado, o Instituto<br />

Nacional de Metrologia, Qualidade<br />

e Tecnologia (Inmetro) repassou<br />

à Polícia Federal, no Campus<br />

de Laboratórios de Xerém, 1.000<br />

unidades de Materiais de Referência<br />

Certificados (MRC) para três<br />

drogas de elevada pureza: cocaína,<br />

diazepam e flunitrazepam, estes últimos<br />

usados no golpe “Boa Noite,<br />

Cinderela”, causando sedação e<br />

amnésia, deixando a vítima vulnerável<br />

para sofrer violência sexual e<br />

assalto.<br />

Um MRC é um padrão de análise<br />

de mais alta confiabilidade metrológica<br />

utilizada para calibração,<br />

controle de qualidade, validação de<br />

métodos e determinação da exatidão<br />

de resultados. Os MRC são<br />

produzidos seguindo a norma ABNT<br />

NBR ISO 17034: Requisitos gerais<br />

para a competência de produtores<br />

de material de referência.<br />

O Inmetro já produzia MRC em<br />

diversas áreas, mas a produção de<br />

MRC na área forense é algo inédito<br />

no Brasil. Do melhor do nosso conhecimento,<br />

tais materiais são produzidos<br />

pela Austrália, Estados Unidos<br />

e Inglaterra, sendo que apenas<br />

a Austrália produz materiais com<br />

tamanho rigor metrológico como<br />

os produzidos agora pelo Inmetro.<br />

E foi inclusive no Instituto de Metrologia<br />

da Austrália que pesquisadores<br />

do Inmetro estiveram em<br />

2013 para conhecer a abordagem<br />

do instituto australiano de certificação<br />

de drogas de abuso e outras<br />

substâncias de interesse forense<br />

de modo a elaborar um plano de<br />

certificação adaptado à realidade e<br />

necessidade brasileira.<br />

A demanda para a produção de<br />

MRC de substâncias de interesse<br />

forense partiu de um pedido do Ministério<br />

da Justiça para o Inmetro.<br />

Isso porque os processos judiciais<br />

envolvendo drogas de abuso sempre<br />

requerem perícia criminal, o<br />

que gera um laudo pericial, prova<br />

a ser analisada pelo juiz. Caso haja<br />

alguma dúvida quanto ao resultado<br />

alcançado nas análises químicas,<br />

por exemplo, o laudo pode ser<br />

contestado. Com o uso do MRC<br />

isso pode ser evitado. As análises<br />

feitas rotineiramente pelos peritos<br />

criminais em seus laboratórios requerem<br />

a identificação de substâncias<br />

apreendidas ou a confirmação<br />

e quantificação das mesmas em<br />

matrizes biológicas (como sangue,<br />

urina, cabelo e saliva). Os métodos<br />

usados rotineiramente pela perícia<br />

criminal para fazer tal identificação<br />

são comparativos, ou seja, exigem<br />

que a amostra testada (suspeita)<br />

seja comparada com um padrão<br />

legítimo e inequívoco da droga que<br />

se esteja buscando. Os MRC são<br />

esse padrão legítimo e inequívoco,<br />

o que permite que a comparação<br />

seja feita sem gerar dúvidas no<br />

resultado. Sem o uso dos MRC, os<br />

laudos periciais podem ser contestados<br />

e, até mesmo, desconsiderados.<br />

Assim, o uso dos MRC é um<br />

instrumento importantíssimo para<br />

que a prova pericial seja sólida e<br />

dê suporte para que o juízo forme<br />

sua convicção, prendendo culpados<br />

e liberando inocentes, o que<br />

traz ganho para toda a sociedade.<br />

A capacidade de se produzir<br />

MRC de drogas de abuso e outras<br />

substâncias de interesse forense<br />

coloca o Brasil em destaque no cenário<br />

internacional, como parte do<br />

seleto grupo de países detentores<br />

dessa alta tecnologia. É evidente<br />

que agora as investigações criminais<br />

ganharão força com o uso dos<br />

padrões, considerados ferramentas<br />

essenciais para se chegar a<br />

resultados precisos e inequívocos<br />

nas análises toxicológicas e quantitativas<br />

do perfil químico de entorpecentes,<br />

com prazos e custos<br />

menores.<br />

Estudo realizado pelo Inmetro<br />

aponta que, caso as 1.000 unidades<br />

de MRC entregues à Polícia<br />

Federal fossem adquiridas<br />

diretamente no mercado nacional<br />

ou via importação, custariam à<br />

Polícia Federal, em média, R$ 5,4<br />

milhões. Pelos termos do acordo<br />

de parceria estabelecido entre<br />

o Inmetro e a Polícia Federal, os


padrões produzidos pelo Inmetro,<br />

orçados no valor total de R$ 475<br />

mil (menos de 10% do valor de<br />

mercado), foram repassados sem<br />

custo. A parceria prevê, ainda, o<br />

desenvolvimento de vários outros<br />

MRC, além de ensaios de proficiência<br />

e desenvolvimento de metodologias<br />

analíticas em ciências e<br />

metrologia forense. É importante<br />

destacar que os investimentos<br />

para a implantação do laboratório<br />

do Inmetro onde os MRC são<br />

produzidos foram de cerca de R$<br />

2,6 milhões, dos quais a metade<br />

foi repassada pela Financiadora<br />

de Estudos e Projetos (Finep) e a<br />

outra metade pelo próprio Inmetro.<br />

Isso mostra que apenas este primeiro<br />

repasse de MRC gerou uma<br />

economia ao país que superou o<br />

investimento inicial feito pela Finep<br />

e o Inmetro juntos. O papel da<br />

Finep na construção deste marco<br />

foi fundamental. Atualmente estamos<br />

tentando conseguir financiamentos<br />

para a manutenção deste<br />

projeto e dar continuidade a um rol<br />

amplo de substâncias de interesse<br />

forense demandados pelo Ministério<br />

da Justiça.<br />

Os MRC estão contidos em frascos<br />

contendo cerca de 10 a 50 mg<br />

da droga purificada ou sintetizada<br />

devidamente caracterizada quanto<br />

à sua composição e grau de pureza<br />

pelas mais sofisticadas técnicas<br />

analíticas, além de ter passado<br />

por estudos de homogeneidade<br />

e estabilidade. Os quadros 1 e 2<br />

comparam os MRC de cocaína e<br />

flunitrazepam produzidos no Inmetro<br />

(http://www.inmetro.gov.<br />

br/metcientifica/mrc.asp) com os<br />

produzidos pelo Instituto de Metrologia<br />

da Austrália. O quadro 3<br />

apresenta os dados do MRC de<br />

diazepam produzido somente pelo<br />

Inmetro, visto que a Austrália nunca<br />

produziu este MRC.<br />

Conforme depreendido dos Quadros<br />

1, 2 e 3, os MRC produzidos<br />

pelo Inmetro possuem pureza ainda<br />

mais elevada, menores incertezas<br />

e maior prazo de validade que<br />

os MRC produzidos na Austrália.<br />

Segundo Elvio Dias Botelho, Perito<br />

Criminal da Polícia Federal e<br />

Chefe do Serviço de Perícias de<br />

Laboratório (SEPLAB) do Instituto<br />

Nacional de Criminalística (INC/<br />

DITEC), até o momento, a Polícia<br />

Federal vinha tendo acesso a MRC<br />

de entorpecentes a cada dois anos,<br />

por meio do Escritório das Nações<br />

Unidas sobre Drogas e Crimes<br />

(UNODC), para uso em exercícios<br />

de proficiência semestrais. Doações<br />

ocasionais também ocorreram,<br />

como no caso de padrões<br />

advindos do Governo britânico.<br />

Botelho ainda relatou que alto<br />

custo e entraves burocráticos dificultam<br />

a aquisição direta de MRC<br />

de drogas de abuso. Para a compra<br />

de 15 MRC que seriam utilizados na<br />

quantificação de THC (tetrahidrocannabinol,<br />

principal componente<br />

ativo da maconha), por exemplo, o<br />

processo levou cerca de dois anos.<br />

Os padrões fornecidos pelo Inmetro<br />

foram destinados aos laboratórios<br />

de química forense que<br />

compõem a rede da Polícia Federal<br />

em todo o país, e poderão ser<br />

doados, mediante solicitação, a<br />

outras instituições que atuam na<br />

área forense, como os Institutos de<br />

Criminalísticas (IC) e Institutos Médicos<br />

Legais (IML) estaduais, para<br />

realização de exames químicos e<br />

toxicológicos.<br />

Os MRC também serão utilizados<br />

para atender a solicitações da Justiça<br />

ou de delegados para análises<br />

de perfil químico que sirvam como<br />

prova científica no âmbito judicial.<br />

Atenderão, ainda, a demandas do<br />

Projeto Perfil Químico da Polícia<br />

Federal. Ao identificar e quantificar<br />

impurezas e adulterantes em drogas<br />

apreendidas, o projeto permite<br />

estabelecer características das<br />

amostras e compará-las. Para um


Metrologia<br />

50<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

laboratório acreditado na norma<br />

ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005,<br />

como o do Instituto Nacional de<br />

Criminalística da Polícia Federal,<br />

em Brasília, o uso de MRC é fundamental.<br />

Atualmente, o Inmetro está em<br />

fase final de desenvolvimento e<br />

certificação de outros MRC de interesse<br />

forense. Estão em produção<br />

para serem entregues à Polícia Federal,<br />

ainda neste ano, os MCRs de<br />

metabólitos da cocaína e produtos<br />

de degradação – benzoilecgonina,<br />

metilecgonina e econina – e o MRC<br />

de cafeína, um importante adulterante<br />

em amostras de cocaína<br />

apreendidas.<br />

Após uso de cocaína, o próprio<br />

corpo, com o tempo, converte a<br />

cocaína em outras substâncias,<br />

chamadas de metabólitos. Essas<br />

substâncias servem como marcadores<br />

de uso de cocaína, pois<br />

permanecem no corpo por mais<br />

tempo que a cocaína. Assim, a<br />

pesquisa dessas substâncias em<br />

matrizes biológicas, como urina e<br />

cabelo, pode contar a história de<br />

uso da cocaína por um indivíduo,<br />

mesmo depois que a cocaína já<br />

não está mais presente no corpo.<br />

Daí a importância dos MRC de<br />

metabólitos da cocaína nas investigações<br />

criminais.<br />

Em seguida, está programada a<br />

produção de materiais de referência<br />

para metanfetamina e ecstasy.<br />

Em muito breve, e se continuarmos<br />

a contar com o apoio das agências<br />

de fomento, como a Finep, o Brasil<br />

poderá manter um portfólio extenso<br />

de MRC de drogas de abuso e<br />

outras substâncias de interesse<br />

forense, auxiliando a investigação<br />

policial a custos baixíssimos e<br />

sem burocracia, contribuindo, em<br />

última instância, para o bem estar<br />

da sociedade devido à importância<br />

jurídica e confiabilidade que<br />

o uso destes MRC traz dentro do<br />

processo judicial, além de tornar<br />

o Brasil conhecido mundialmente<br />

como detentor de um processo<br />

que envolve alto grau tecnológico<br />

e inventivo, mostrando nossa alta<br />

capacidade científica.<br />

Rodrigo Borges de Oliveira é<br />

pesquisador do Instituto Nacional<br />

de Metrologia, Normalização e<br />

Qualidade Industrial (INMETRO)<br />

atuando dentro do Programa de<br />

Metrologia Forense, e consultor<br />

em Propriedade Industrial (ênfase<br />

em patentes de fármacos e<br />

medicamentos)


Estufas<br />

/// Novo lançamento da IKA<br />

NOVO!<br />

IKA Oven é uma estufa universal feita para secagem<br />

e aquecimento de amostras de laboratórios. A IKA<br />

Oven é ideal para diversas aplicações e pode ser<br />

utilizada nas indústrias, escolas, Universidades,<br />

centros de pesquisa, Controle de Qualidade e para<br />

ciência em geral.<br />

Um menu de operação claramente<br />

configurado torna a estufa particularmente<br />

fácil de usar.<br />

A estufa de secagem universal tem um<br />

temporizador integrado.<br />

IKA Oven 125 basic dry<br />

com porta de vidro<br />

A estufa tem um limitador de temperatura<br />

ajustável.<br />

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Em foco Científico<br />

Gerenciando a complexidade<br />

da produção microbiana de biocombustíveis<br />

com a informática integrada<br />

Barbara van Cann<br />

52<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A produção de biocombustíveis<br />

sofreu uma revolução nas<br />

últimas décadas. Os processos<br />

mais recentes que dependem de<br />

micro-organismos geneticamente<br />

modificados para quebrar a biomassa<br />

estão ajudando a produzir<br />

uma vasta gama de combustíveis<br />

de forma mais eficiente a partir<br />

de um conjunto de matérias-primas<br />

mais amplo.<br />

Veja, por exemplo, o butanol.<br />

É um biocombustível de cadeia<br />

superior considerado por alguns<br />

como uma alternativa mais adequada<br />

a longo prazo ao etanol,<br />

que está atualmente na base<br />

da indústria de biocombustíveis<br />

dos EUA. Suas propriedades físicas<br />

mais favoráveis, tais como<br />

um teor de energia mais elevado,<br />

uma menor solubilidade em<br />

água e um potencial para ser<br />

usado em proporções de mistura<br />

de gasolina mais elevadas, garantem<br />

uma série de vantagens<br />

em relação ao etanol como um<br />

substituto da gasolina.<br />

Vários micro-organismos anaeróbicos,<br />

como o Clostridium acetobutylicum,<br />

são extremamente<br />

conhecidos por produzir álcoois de<br />

cadeia superior, como o butanol,<br />

enquanto produtos provenientes<br />

do metabolismo do açúcar. Entretanto,<br />

estes processos se mostraram<br />

bastante ineficientes para<br />

serem comercialmente viáveis . Os<br />

recentes avanços na engenharia<br />

metabólica e genética de estirpes<br />

da bactéria E. Coli tornaram possível,<br />

atualmente, produzir uma vasta<br />

gama de biocombustíveis alternativos<br />

através de processos altamente<br />

otimizados e comercialmente<br />

viáveis (1).<br />

Porém, embora os processos<br />

de produção de biocombustíveis<br />

com base em microbiologia avançada<br />

possam ser mais eficientes<br />

e fornecer um maior rendimento<br />

do produto em comparação com<br />

as abordagens convencionais,<br />

eles são consideravelmente mais<br />

difíceis de gerenciar. Os desafios<br />

adicionais que os processos de microbiologia<br />

avançada apresentam<br />

em relação ao controle de qualidade,<br />

à eficiência de produção e<br />

conformidade regulatória, atribuem<br />

maior importância à informática<br />

especializada e ao gerenciamento<br />

de dados. Soluções de informática<br />

integrada, com base em Sistema<br />

de gerenciamento de informações<br />

de laboratório (LIMS) e Sistema<br />

de dados de cromatografia (CDS),<br />

estão ajudando os produtores de<br />

biocombustíveis avançados a gerenciar<br />

esta complexidade e a garantir<br />

processos fiáveis, seguros e<br />

eficientes.<br />

Mais dados, menos tempo de<br />

inatividade<br />

Enquanto as fermentações baseadas<br />

na levedura usadas para<br />

produzir etanol a partir de estoques<br />

de matérias-primas de primeira geração<br />

exigiam relativamente pouco<br />

em relação ao monitoramento de<br />

reação, os micro-organismos geneticamente<br />

modificados usados<br />

nos atuais processos de produção<br />

de biocombustíveis avançados<br />

são muito mais sensíveis a fatores<br />

ambientais. As toxinas presentes<br />

nas matérias-primas, ou aquelas<br />

geradas durante o pré-tratamento<br />

da biomassa, podem inibir a fermentação,<br />

limitando, portanto, a<br />

eficiência do processo. Até mesmo<br />

variações na temperatura ou no pH<br />

podem potencialmente matar as<br />

bactérias, causando a interrupção<br />

da produção.<br />

Para minimizar estes riscos, os<br />

produtores de biocombustíveis<br />

dependem de um conjunto de<br />

tecnologias analíticas de alto desempenho,<br />

tais como a espectroscopia<br />

de infravermelho próximo<br />

(NIR), cromatografia gasosa (GC),<br />

cromatografia iônica (IC), cromatografia<br />

líquida (LC) com detecção<br />

por aerossol carregado (CAD) ou<br />

espectrometria de massa (MS) e<br />

a espectrometria de massa por<br />

plasma acoplado indutivamente<br />

(ICP-MS), para realizar verificações<br />

de qualidade ao longo da<br />

produção de biocombustíveis,<br />

desde o monitoramento da fermentação<br />

e da caracterização da<br />

matéria-prima até o controle de<br />

qualidade do produto final.<br />

No entanto, este intenso controle<br />

do processo produz dados em<br />

grande escala. Quando bem gerenciados,<br />

estes dados possuem o


potencial para agilizar processos,<br />

assegurar a qualidade e garantir<br />

uma produção rentável. Se mal<br />

gerenciados, eles podem nem<br />

mesmo existir.<br />

Muitas instalações estão agora<br />

utilizando LIMS e CDS integrados<br />

para coletar e gerenciar estes dados<br />

a fim de garantir processos otimizados.<br />

As plataformas LIMS que<br />

empregam recursos estatísticos de<br />

controle de qualidade, por exemplo,<br />

aplicam algoritmos avançados para<br />

identificar e notificar os gerentes<br />

de laboratório a respeito de resultados<br />

não abrangidos pelos limites<br />

aceitáveis. Os problemas de qualidade<br />

podem, portanto, ser detectados<br />

a tempo, tornando possível<br />

interromper os processos antes da<br />

contaminação de outros lotes.<br />

Certamente, com processos de<br />

produção sendo executados a todo<br />

momento, uma das principais prioridades<br />

é garantir os maiores índices<br />

de tempo de atividade do instrumento.<br />

Para que isso aconteça,<br />

é necessário realizar manutenções<br />

adequadas e oportunas: um instrumento<br />

insatisfatório pode comprometer<br />

a confiabilidade dos dados<br />

de medição e, consequentemente,<br />

a qualidade do produto final. Um<br />

instrumento defeituoso pode até<br />

causar a interrupção total do processo,<br />

gerando perdas associadas<br />

de tempo e recursos.<br />

As falhas de instrumentos são<br />

normalmente um resultado de um<br />

declínio gradual no desempenho.<br />

Embora os sinais de aviso sejam<br />

sutis, eles podem ser detectados.<br />

Quando analisados e apresentados<br />

pela tendência, os dados, tais<br />

como as medições de referência,<br />

as contagens de área e os tempos<br />

de retenção, podem ser usados<br />

para avaliar o estado geral<br />

do instrumento. O CDS e o LIMS<br />

possuem recursos para monitorar<br />

o desempenho do equipamento<br />

para, desta forma, planejar o tempo<br />

de inatividade como parte de<br />

um plano de manutenção regular.


Em foco Científico<br />

54<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Além disso, algumas plataformas<br />

CDS permitem operar o instrumento<br />

independentemente da<br />

rede, garantindo a execução contínua<br />

das sequências analíticas e<br />

a acessibilidade dos dados para<br />

processamento mesmo durante<br />

eventos inesperados, como interrupções<br />

de rede.<br />

Processos sólidos produzem<br />

resultados confiáveis<br />

Os produtores de biocombustíveis<br />

estão sujeitos a uma série<br />

de regulamentações e requisitos<br />

de controle de qualidade, incluindo<br />

aqueles implementados pela<br />

ASTM International e pela Agência<br />

de Proteção Ambiental dos Estados<br />

Unidos (EPA), para garantir a qualidade<br />

e segurança do combustível.<br />

Veja, por exemplo, a ASTM D7862<br />

– uma especificação que define<br />

métodos de teste e requisitos de<br />

desempenho para a mistura de<br />

butanol com gasolina em níveis de<br />

1–12,5%. O teor de água, a acidez,<br />

os níveis de cloreto inorgânico,<br />

o enxofre e o sulfato devem ser<br />

todos monitorados. Desta forma, é<br />

necessária uma série de técnicas<br />

analíticas, cada uma com o seu<br />

próprio procedimento de operação<br />

padrão (SOP).<br />

Essas análises podem ser desafiadoras,<br />

uma vez que envolvem<br />

amostras complexas e demoradas<br />

e uma preparação de calibração<br />

padrão. As inconsistências na implementação<br />

dos SOPs nesses testes<br />

podem comprometer a qualidade<br />

dos dados e colocar em risco a<br />

conformidade regulatória, resultando,<br />

possivelmente, em atrasos dispendiosos<br />

e, até mesmo, em danos<br />

à reputação. Portanto, é essencial<br />

que esses testes sejam sempre realizados<br />

corretamente.<br />

Além disso, cada uma dessas<br />

técnicas analíticas pode exigir seu<br />

próprio pacote de software, conferindo<br />

maior complexidade em<br />

termos de formação de analistas.<br />

Porém, com um sistema automatizado<br />

executando um LIMS e CDS<br />

capazes de lidar com múltiplas técnicas<br />

de cromatografia a partir de<br />

diferentes fornecedores e incluindo<br />

recursos de MS quantitativa, essa<br />

complexidade pode ser significativamente<br />

reduzida.<br />

Para realizar quantificações de<br />

cloreto via IC, por exemplo, com<br />

todos os parâmetros de método<br />

relevantes para um protocolo de<br />

cromatografia armazenado em um<br />

LIMS, um CDS com um sistema de<br />

execução integrado pode baixar o<br />

protocolo e iniciar a sequência analítica.<br />

Isso não somente economiza<br />

tempo, como também garante que<br />

cada análise cumpra os requisitos<br />

do SOP. Além disso, quando houver<br />

a necessidade de realizar novos<br />

métodos ou modificações para um<br />

conjunto de SOPs, um LIMS pode<br />

efetuar este processo com maior<br />

rapidez e conveniência.<br />

Alguns CDSs proporcionam um<br />

nível superior de automação, reduzindo,<br />

consequentemente, o tempo<br />

das etapas de processamento<br />

e análise de dados. Um CDS com<br />

parâmetros de controle de execução<br />

inteligentes pode aumentar a<br />

eficiência do processo ao adotar<br />

ações predefinidas com base em<br />

critérios de aprovação ou reprovação.<br />

Desta forma, o software pode,<br />

por exemplo, instruir o instrumento<br />

a reinjetar amostras, executar uma<br />

diluição ou cancelar uma execução,<br />

sem precisar da intervenção<br />

do usuário. Esses sistemas ajudam<br />

a minimizar a necessidade<br />

de repetir medições manualmente,<br />

aumentando cada vez mais a produtividade<br />

e a eficiência.<br />

À medida que a indústria continua<br />

a evoluir e os novos processos<br />

dependentes da microbiologia sensitiva<br />

se tornam a norma, é provável<br />

que a supervisão regulamentar<br />

aumente. Para cumprir estes requisitos,<br />

os produtores de biocombustíveis<br />

provavelmente deverão<br />

demonstrar que os seus processos,<br />

assim como os seus produtos, estão<br />

em total conformidade com as<br />

especificações relevantes.<br />

As plataformas LIMS e CDS integradas<br />

podem ajudar os operadores<br />

a obter informações associadas<br />

a um processo de produção<br />

específico com apenas um clique.<br />

Muitos CDSs podem gerar automaticamente<br />

uma trilha de auditoria<br />

detalhada de todas as ações<br />

do usuário, juntamente com todos<br />

os dados e condições da série de<br />

cromatogramas. Diretamente integrados<br />

com um LIMS, os usuários<br />

podem recuperar de forma prática<br />

todas as informações no formato<br />

correto, garantindo, assim, os mais<br />

altos níveis de perfeição e integridade<br />

dos dados.<br />

Conclusão<br />

Para gerenciar a complexidade<br />

dos atuais processos de produção<br />

de biocombustíveis, que atribuem<br />

uma maior importância ao monitoramento<br />

ambiental e ao controle<br />

de qualidade, os métodos usados<br />

para a coleta, análise e armazenamento<br />

de dados devem ser eficientes<br />

e fiáveis. As soluções de<br />

informática integrada, incluindo<br />

software LIMS e CDS, podem ajudar<br />

os produtores de biocombustíveis<br />

das próximas gerações a enfrentar<br />

estes desafios e a garantir<br />

que os biocombustíveis avançados<br />

tenham um futuro rentável.<br />

(1) Koppolu V and Vasigala VKR, Role of<br />

Escherichia coli in Biofuel Production, Microbiology<br />

Insights, 2016, DOI: 10.4137/MBI.<br />

S10878<br />

Barbara van Cann, especialista em<br />

produtos, software de cromatografia,<br />

Thermo Fisher Scientific


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HABILITADO PELAANVISA<br />

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA<br />

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HOSPITALARES<br />

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PERECÍVEIS<br />

MATERIAL<br />

PROMOCIONAL<br />

FARMÁCIA<br />

MEDICAMENTOS<br />

TECNOLOGIA<br />

CERTIFICAÇÕES: ANVISA | ANAC | ANTT | CRF | IBAMA<br />

Remoções de Importações – DTA – DTC – DI<br />

Armazenagem – Armazém Geral | Transporte Nacional – Aéreo e Rodoviário<br />

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em foco<br />

Analítica: Uma ótima opção para terceirização de rotinas, estudos e P&D<br />

56<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A Analítica é um Centro analítico<br />

e de P&D acreditado segundo os<br />

requisitos da ABNT NBR ISO/IEC<br />

17025:2005, habilitado pela ANVI-<br />

SA (Reblas 131 e EQFAR048), bem<br />

como, Licenciado MAPA (Licença<br />

SP000545-2) para estudos e ensaios<br />

em medicamentos, matérias-<br />

-primas, cosméticos, correlatos,<br />

produtos de higiene e meio ambiente<br />

(águas e solos).<br />

A crescente demanda de qualidade<br />

exigida pelas agências reguladoras<br />

brasileiras e estrangeiras<br />

fez com que a Analítica se desenvolvesse<br />

não só na área de serviços<br />

analíticos, mas também como<br />

Centro de Estudos e Pesquisa &<br />

Desenvolvimento, nas áreas Farmacêutica,<br />

Cosmética, Alimentícia,<br />

Ambiental e Toxicológica, todos<br />

distribuídos em uma estrutura de<br />

laboratórios com mais de 1.600m²<br />

de área, divididos em células<br />

físico-químicas e microbiológicas,<br />

inclusive com Área limpa e de análises<br />

em produtos Oncológicos e<br />

de alta toxicidade.<br />

Nossos principais serviços são:<br />

• Estudos de Degradação Forçada<br />

conforme RDC-53 de 04 de<br />

Dezembro de 2015;<br />

• Estudos de Estabilidade de Fármacos,<br />

Cosméticos e Medicamentos<br />

de uso Humano e Veterinário;<br />

• Estudos de Equivalência Farmacêutica<br />

em medicamentos<br />

sólidos, semi-sólidos e líquidos,<br />

estéreis e não estéreis, inclusive<br />

Oncológicos.<br />

• Desenvolvimentos e Validações<br />

de Metodologias Analíticas, inclusive<br />

de Dissolução de Medicamentos<br />

com Estudos de Solubilidade;<br />

• Análises Físico-químicas em<br />

Águas, Solos, Combustíveis, Óleos,<br />

Cosméticos, Domissanitários,<br />

Matérias-primas e Medicamentos<br />

de Uso Humano e Veterinário;<br />

• Análises Microbiológicas em<br />

Águas, Cosméticos, Matérias-<br />

-primas, Correlatos, Embalagens,<br />

Produtos de Higiene (Absorventes,<br />

Fraldas, Papel Higiênico), Domissanitários<br />

e Medicamentos de Uso<br />

Humano e Veterinário, inclusive ensaios<br />

de Esterilidade e Endotoxinas<br />

Bacterianas (Gel clot, Colorimétricas<br />

e Turbidimétricas).<br />

A Analítica tem como objetivo a<br />

satisfação de seus Parceiros, portanto<br />

oferecemos flexibilidade de<br />

contratos, adequando forma de<br />

trabalho e/ou prazos as suas necessidades.<br />

Seja nosso Parceiro!<br />

Analitica Lab<br />

Tel: 11 4748-2730 / 4747-7485<br />

analitica@analiticalab.com.br


em foco<br />

IKA desenvolve forno de secagem universal para laboratório e pesquisa<br />

58<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Staufen, Alemanha – Com o lançamento<br />

no mercado de um forno<br />

de secagem em duas variantes,<br />

a IKA, uma das empresas líderes<br />

mundiais em tecnologia de laboratório,<br />

análise e processamento,<br />

amplia o portfólio para os clientes<br />

dos setores de laboratório e pesquisa<br />

com uma nova e importante<br />

área de produtos.<br />

O “IKA Oven 125 basic dry”<br />

se destaca em especial por uma<br />

secagem rápida e uniforme, algo<br />

que os engenheiros da IKA conseguiram<br />

graças a uma distribuição<br />

homogênea da temperatura e uma<br />

otimização da convecção natural<br />

dentro do forno de secagem.<br />

A própria IKA designa o “IKA<br />

Oven 125 basic dry” como um talento<br />

universal, um parceiro confiável<br />

não só em laboratórios e no<br />

âmbito de projetos de pesquisa,<br />

mas também no ambiente industrial,<br />

como por exemplo, no controle<br />

de qualidade, para resultados<br />

de secagem ideais em trabalhos<br />

de cozimento, endurecimento,<br />

têmpera ou aquecimento.<br />

Além dos altos padrões de segurança,<br />

que são indispensáveis<br />

nos fornos de secagem, devido<br />

aos períodos de funcionamento<br />

extremamente prolongados e muitas<br />

vezes diários, o novo forno de<br />

secagem da IKA se destaca em<br />

especial por sua confiabilidade e<br />

seu conforto operacional elevado.<br />

Graças ao isolamento especial, as<br />

emissões de odores incômodos<br />

são reduzidas durante o funcionamento<br />

contínuo, até mesmo com<br />

temperaturas elevadas.<br />

O volume interno do “IKA Oven<br />

125 basic dry” é de 125 litros e,<br />

no seu interior, até seis prateleiras<br />

tornam possível uma armazenagem<br />

otimizada das amostras a secar.<br />

O forno de secagem também<br />

está disponível na variante “IKA<br />

Oven 125 basic dry – glass”, no<br />

qual uma porta de vidro integrada<br />

permite um controle visual permanente<br />

do progresso da secagem.<br />

A IKA desenvolve tecnologias e<br />

produtos para a tecnologia de laboratório,<br />

análise e processamento<br />

que são comercializados em<br />

mais de 150 países. Para além<br />

da Alemanha, atualmente a IKA<br />

também está representada nos<br />

EUA, China, Malásia, Japão, Índia,<br />

Brasil, Coreia, Inglaterra e Polônia<br />

com sucursais próprias.<br />

IKA® Brasil<br />

Rua Alfredo da Costa Figo, n°. 102,<br />

Jardim Santa Cândida, Campinas – SP<br />

CEP 13087-534 – Brasil<br />

Telefone: +55 19 3772-9600,<br />

Fax: +55 19 3772-9601<br />

sales@ika.net.br | www.ika.com


ElectraSyn 2.0<br />

/// Um potenciostato, um dispositivo analítico<br />

e uma placa de agitação, tudo em um único aparelho<br />

Em uma iniciativa única, o proprietário da IKA, René Stiegelmann fez uma<br />

parceria com o professor Phil S. Baran do mundialmente reconhecido<br />

Scripps Research Institute de La Jolla, Califórnia (EUA). Nos últimos três anos,<br />

engenheiros e químicos trabalharam juntos para desenvolver um produto<br />

que combinasse duas divisões químicas: a Sociedade dos Eletroquímicos e a<br />

Sociedade da Química Orgânica Sintética, essa sociedades normalmente não<br />

tem nada em comum.<br />

ElectraSyn 2.0<br />

Ready To Go package<br />

Pacote pronto para usar<br />

› Unidade base do ElectraSyn 2.0<br />

+ suporte do frasco<br />

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DA ENGENHARIA E DA SÍNTESE.<br />

PHIL BARAN<br />

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em foco<br />

Do sonho à realização: CRAL 40 anos de história!<br />

DO SONHO À REALIZAÇÃO: CRAL 40 ANOS DE HISTÓRIA!<br />

60<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Fundada em março de 1977 pelo jovem<br />

casal Minela e Romeo Cecconello, a CRAL<br />

era um sonho em suas mentes... o sonho<br />

de começar uma nova vida no Brasil.<br />

Modesto, o negócio funcionava ao lado<br />

da residência da família. Ali eram comercializados<br />

os primeiros produtos – entre os<br />

principais, as ponteiras tipo MLA - distribuídos<br />

para clientes da grande São Paulo.<br />

Tinha início então uma história com<br />

empenho, determinação e sucesso daquela<br />

que viria a ser uma das mais importantes<br />

empresas produtoras e importadoras<br />

de insumos médico hospitalares<br />

do país. Do começo modesto como uma<br />

pequena distribuidora, a empresa conquistou<br />

o mercado e passou a ditar inovações<br />

para o setor, sendo rapidamente<br />

reconhecida no Brasil e no exterior.<br />

No início dos anos 80 a determinação<br />

dos fundadores fez com que a empresa<br />

se transformasse em uma grande distribuidora<br />

de vidraria, equipamentos e reagentes<br />

em São Paulo, que culminou na<br />

consolidação da CRAL no mercado como<br />

um dos mais sólidos nomes.<br />

Na década seguinte o falecimento do<br />

fundador fez com que a esposa tomasse<br />

a direção da empresa e, algum tempo<br />

depois, a segunda geração – Ricardo e<br />

Rony Cecconello, filhos do casal – passaram<br />

a participar ativamente do dia a dia<br />

da empresa.<br />

Já estabelecida, a companhia alçava<br />

vôos maiores e, em 1995, lançou o projeto<br />

de importação de insumos descartáveis.<br />

Começava então a movimentação<br />

para se consolidar como uma das principais<br />

importadoras brasileiras de itens<br />

plásticos para a área diagnóstica.<br />

“A partir daí, ampliamos os horizontes<br />

e percebemos que a CRAL estava crescendo”,<br />

relembra Minela Pascal Cecconello .<br />

Fundada em março de 1977 pelo jovem casal<br />

Minela e Romeo Cecconello, a CRAL era um<br />

sonho em suas mentes... o sonho de começar<br />

uma nova vida no Brasil.<br />

Modesto, o negócio funcionava ao lado da<br />

residência da família. Ali eram comercializados<br />

os primeiros produtos – entre os principais, as<br />

ponteiras tipo MLA - distribuídos para clientes<br />

da grande São Paulo.<br />

Tinha início então uma história com empenho,<br />

determinação e sucesso daquela que viria a ser<br />

uma das mais importantes empresas<br />

produtoras e importadoras de insumos médicohospitalares<br />

do país. Do começo modesto como<br />

uma pequena distribuidora, a empresa<br />

conquistou o mercado e passou a ditar<br />

inovações para o setor, sendo rapidamente<br />

reconhecida no Brasil e no exterior.<br />

No início dos anos 80 a determinação dos<br />

fundadores fez com que a empresa se<br />

transformasse em uma grande distribuidora de<br />

vidraria, equipamentos e reagentes em São<br />

Paulo, que culminou na consolidação da CRAL<br />

no mercado como um dos mais sólidos nomes.<br />

Na década seguinte o falecimento do fundador<br />

fez com que a esposa tomasse a direção da<br />

empresa e, algum tempo depois, a segunda<br />

geração – Ricardo e Rony Cecconello, filhos do<br />

casal – passaram a participar ativamente do dia<br />

a dia da empresa.<br />

Já estabelecida, a companhia alçava vôos<br />

maiores e, em 1995, lançou o projeto de<br />

i mportação de insumos descartáveis.<br />

Começava então a movimentação para se<br />

c o n s o l i d a r c o m o u m a d a s p r i n c i p a i s<br />

importadoras brasileiras de itens plásticos para<br />

a área diagnóstica.<br />

“A partir daí, ampliamos os horizontes e<br />

percebemos que a CRAL estava crescendo”,<br />

r e l e m b r a M i n e l a P a s c a l C e c c o n e l l o .<br />

“Passamos a oferecer uma vasta linha de<br />

descartáveis. Com isso nos tornamos uma das<br />

maiores importadoras do segmento expandindo<br />

o atendimento em nível nacional”, enfatiza a<br />

fundadora.<br />

O ano seguinte foi marcado pela participação da<br />

empresa em importantes eventos do setor.<br />

“Começamos a difundir a marca entre os<br />

principais formadores de opinião”, diz o diretor<br />

Ricardo Cecconello, que acrescenta: “Desde<br />

então não paramos de participar dos principais<br />

encontros do setor”.<br />

Ao longo da década seguinte a CRAL<br />

experimentou uma expansão ímpar: nova<br />

logomarca, nova comunicação, novo<br />

posicionamento e a inauguração de sua fábrica<br />

sinalizaram a entrada em uma nova era. Cada<br />

vez mais voltada à excelência, a empresa<br />

passou a investir pesado em sua unidade fabril,<br />

ganhando o reconhecimento como indústria<br />

plástica logo após a inauguração de suas novas<br />

instalações em 2002.<br />

“Passamos a oferecer uma vasta linha<br />

de descartáveis. Com isso nos tornamos<br />

uma das maiores importadoras do segmento<br />

expandindo o atendimento em<br />

nível nacional”, enfatiza a fundadora.<br />

O ano seguinte foi marcado pela participação<br />

da empresa em importantes<br />

eventos do setor.<br />

controlado.<br />

“Começamos a difundir a marca entre<br />

os principais formadores de opinião”, diz o<br />

diretor Ricardo Cecconello, que acrescenta:<br />

“Desde então não paramos de participar<br />

dos principais encontros do setor”.<br />

Ao longo da década seguinte a CRAL<br />

experimentou uma expansão ímpar:<br />

nova logomarca, nova comunicação,<br />

novo posicionamento 2 e a inauguração<br />

de sua fábrica sinalizaram a entrada em<br />

uma<br />

Cecconello.<br />

nova era. Cada vez mais voltada à<br />

excelência, a empresa passou a investir<br />

pesado em sua unidade fabril, ganhando<br />

o reconhecimento como indústria plástica<br />

logo após a inauguração de suas novas<br />

instalações em 2002.<br />

Mão de obra qualificada, certificações<br />

e participação nos mais importantes<br />

eventos nacionais e internacionais passaram<br />

a figurar na rotina da companhia,<br />

que passou a fabricar tubos e tampas<br />

plásticas, placas de petri PS, kits e coletores<br />

de urina. “A receptividade do mercado<br />

mostrou que estávamos no caminho<br />

certo”, diz o diretor Rony Cecconello, relembrando<br />

o sucesso atingido pela linha<br />

COMPLEXO LOGÍSTICO E INDUSTRIAL DA CRAL<br />

de produtos.<br />

Mas os avanços não pararam por aí.<br />

Após a inauguração em 2002 do moderno<br />

pólo industrial na cidade de Cotia, região<br />

Metropolitana de São Paulo, a CRAL<br />

ampliou ainda mais a infraestrutura e recursos<br />

de alta tecnologia para produção<br />

e estocagem de produtos plásticos em<br />

ambiente controlado.<br />

A partir de 2009 a demanda impulsionou<br />

nova expansão da estrutura. O foco<br />

no atendimento e no desenvolvimento<br />

de produtos cada vez mais customizados<br />

para atender as necessidades demandou<br />

uma nova e estratégica expansão e a<br />

inauguração do segundo prédio.<br />

Os investimentos também foram aumentando<br />

na mesma proporção: maquinário,<br />

moldes, certificações... tudo pensado<br />

para ampliar o portfólio e atender as<br />

divisões Diagnóstica, Biociência, Hospitalar<br />

e Farma. “Nossa postura e seriedade virou<br />

referência no setor, assim como a qualidade<br />

e competitividade dos nossos produtos”,<br />

lista o diretor Rony Cecconello.<br />

Em 2013 o terceiro prédio do complexo<br />

fabril foi inaugurado, totalizando mais<br />

de 10.000m2. “Foi então que nos demos<br />

conta de que havíamos nos transformado<br />

em uma das maiores empresas do<br />

segmento no Brasil. O sonho se transformou<br />

em uma realidade promissora,<br />

recorda Ricardo Cecconello.<br />

Ao longo das quatro décadas em<br />

Mão de obra qualificada, certificações e participação nos mais importantes<br />

eventos nacionais e internacionais passaram a figurar na rotina da<br />

companhia, que passou a fabricar tubos e tampas plásticas, placas de petri<br />

PS, kits e coletores de urina. “A receptividade do mercado mostrou que<br />

estávamos no caminho certo”, diz o diretor Rony Cecconello, relembrando o<br />

sucesso atingido pela linha de produtos.<br />

Mas os avanços não pararam por aí. Após a inauguração em 2002 do<br />

moderno pólo industrial na cidade de Cotia, região Metropolitana de São<br />

Paulo, a CRAL ampliou ainda mais a infraestrutura e recursos de alta<br />

tecnologia para produção e estocagem de produtos plásticos em ambiente<br />

A partir de 2009 a demanda impulsionou nova expansão da estrutura. O foco<br />

no atendimento e no desenvolvimento de produtos cada vez mais<br />

customizados para atender as necessidades demandou uma nova e<br />

estratégica expansão e a inauguração do segundo prédio.<br />

Os investimentos também foram aumentando na mesma proporção:<br />

maquinário, moldes, certificações... tudo pensado para ampliar o portfólio e<br />

atender as divisões Diagnóstica, Biociência, Hospitalar e Farma. “Nossa<br />

postura e seriedade virou referência no setor, assim como a qualidade e<br />

competitividade dos nossos produtos”, lista o diretor Rony Cecconello.<br />

Em 2013 o terceiro prédio do complexo fabril foi inaugurado, totalizando mais<br />

de 10.000m . “Foi então que nos demos conta de que havíamos nos<br />

transformado em uma das maiores empresas do segmento no Brasil. O<br />

sonho se transformou em uma realidade promissora, recorda Ricardo<br />

Ao longo das quatro décadas em operação a CRAL vem fazendo história e se<br />

destacando pela capacidade de atender as mais distintas demandas com<br />

soluções de qualidade, pautadas pela excelência. “Passamos a escrever um<br />

importante capítulo na indústria médico-hospitalar brasileira”, atesta Ricardo.<br />

Reconhecida pelo pioneirismo e qualidade, a empresa se especializou na<br />

fabricação de coletores e kits de urina, placas de Petri em PS , espéculo<br />

vaginal, espátula plástica de Ayre, tubos e tampas plásticas, microplacas e<br />

alças calibradas entre inúmeros outros itens que compõem um portfólio de<br />

mais de 700 produtos. Um completo sistema de logística integrado à<br />

distribuição e aliado ao serviço de atendimento customizado, proporciona<br />

aos clientes soluções para as mais diversas demandas.<br />

De capital 100% nacional, a CRAL atravessou fronteiras e conquistou<br />

importantes parceiros mundiais para importação e exportação de seus<br />

produtos e, desde 2015, exporta para a América Latina obedecendo aos mais<br />

rigorosos padrões internacionais de qualidade. Tudo respaldado pelo<br />

profissionalismo de uma equipe de mais de 200 colaboradores,<br />

comprometidos em manter o DNA da empresa em todos os processos.


REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

61


encontros do setor”.<br />

Ao longo da década seguinte a CRAL<br />

experimentou uma expansão ímpar: nova<br />

logomarca, nova comunicação, novo<br />

posicionamento e a inauguração de sua fábrica<br />

sinalizaram a entrada em uma nova era. Cada<br />

em foco<br />

vez mais voltada à excelência, a empresa<br />

passou a investir pesado em sua unidade fabril,<br />

ganhando o reconhecimento como indústria<br />

plástica logo após a inauguração de suas novas<br />

instalações em 2002.<br />

produtos e, desde 2015, exporta para a América Latina obedecendo aos mais<br />

rigorosos padrões internacionais de qualidade. Tudo respaldado pelo<br />

profissionalismo de uma equipe de mais de 200 colaboradores,<br />

comprometidos em manter o DNA da empresa em todos os processos.<br />

operação a CRAL vem fazendo história<br />

e se destacando pela capacidade<br />

de atender as mais distintas demandas<br />

com soluções de qualidade, pautadas<br />

pela excelência. “Passamos a<br />

escrever um importante capítulo na<br />

indústria médico-hospitalar brasileira”,<br />

atesta Ricardo.<br />

Reconhecida pelo pioneirismo e qualidade,<br />

a empresa se especializou na<br />

fabricação de coletores e kits de urina,<br />

placas de Petri em PS , espéculo vaginal,<br />

espátula plástica de Ayre, tubos e<br />

tampas plásticas, microplacas e alças<br />

calibradas entre inúmeros outros itens<br />

que compõem um portfólio de mais de<br />

700 produtos. Um completo sistema de<br />

logística integrado à distribuição e aliado<br />

ao serviço de atendimento customizado,<br />

proporciona aos clientes soluções para as<br />

mais diversas demandas.<br />

De capital 100% nacional, a CRAL<br />

atravessou fronteiras e conquistou<br />

importantes parceiros mundiais para<br />

importação e exportação de seus produtos<br />

e, desde 2015, exporta para a<br />

América Latina obedecendo aos mais<br />

rigorosos padrões internacionais de<br />

qualidade. Tudo respaldado pelo profissionalismo<br />

de uma equipe de mais<br />

de 200 colaboradores, comprometidos<br />

em manter o DNA da empresa em todos<br />

os processos.<br />

Altmann apresenta alta tecnologia na feira Analítica<br />

62<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A Altmann marcará presença no<br />

evento Analítica Latin America, um<br />

dos principais eventos na área analítica.<br />

Oportunidade única de apresentar<br />

sua linha de equipamentos<br />

de marcas mundialmente reconhecida,<br />

voltadas aos mais variados<br />

setores do mercado.<br />

Com representação exclusiva da<br />

Malvern no Brasil, a nova geração<br />

dos granulômetros a laser, Mastersizer<br />

3000 vem com novo design<br />

e com um dos maiores range do<br />

mercado de 0.01µm a 3.5mm.<br />

Ainda na área de caracterização<br />

de partículas, a Malvern apresenta<br />

o Morphologi, uma solução para<br />

distribuição de forma e tamanho<br />

com opção de identificação química<br />

através de Raman, além do<br />

Spraytec para controle de tamanho<br />

das gotículas em spray, aerosol,<br />

MDI e DPI.<br />

A nanotecnologia será representada<br />

pelo Zetasizer Nano, equipamento<br />

líder no mercado com capacidade<br />

de medir além do tamanho<br />

na faixa de 0.3nm até 10 micras,<br />

Reômetro Kinexus, Malvern<br />

pode medir o ponto isoelétrico através<br />

do potencial zeta, peso molecular<br />

com a técnica de SLS.<br />

Como distribuição de tamanho<br />

de partículas está diretamente<br />

relacionado com a reologia, a<br />

Malvern oferece uma linha de reômetros<br />

de alta resolução com os<br />

mais variados tipos de acessórios<br />

para completo estudo de comportamento<br />

reológico.<br />

Também destacamos o novo<br />

moinho de bolas E-Max da Retsch,<br />

que tem como diferencial tecnológico<br />

a combinação única de alta<br />

fricção e impacto, com controle<br />

da temperatura, resultando partículas<br />

extremamente finas dentro<br />

de curto espaço de tempo, chegando<br />

até à escala nanométrica. A<br />

Retsch disponibiliza ainda outros<br />

moinhos para diversos segmentos<br />

e tamanho de amostra, inclusive<br />

para produção em batelada com a<br />

Família XL.<br />

Para quantificações elementares<br />

até as mais sofisticadas análises<br />

para produção e controle de qualidade,<br />

temos a família Epsilon, a<br />

mais completa linha de fluorescência<br />

de raio-x.<br />

Destacamos ainda:<br />

• Equipamentos para preparação<br />

de amostra por fusão, Claisse;<br />

• NIR – Espectroradiometro por<br />

infravermelho, ASD;<br />

• Câmaras de salt spray e testes<br />

cíclicos de corrosão, Ascott;<br />

• Maquinas para teste de envelhecimento<br />

acelerado UV e Xênon,<br />

Altlas;<br />

• Espectrometria raman, Cobalt;<br />

• Perfilômetro e nanoindentadores,<br />

Nanovea;<br />

• Microscópios de varrefura<br />

MEV, FEI;<br />

• Máquina de corte, polimento,<br />

lixamento de amostras, ATM;<br />

• Espectrofotômetro colorimétrico,<br />

X-Rite;<br />

• Colorimetro para óleos minerais<br />

e derivados de petróleo, Tintometer.<br />

Para mais informações:<br />

www.altmann.com.br


em foco<br />

A Vibra-Stop lança base antivibratória para equipamentos de laboratório<br />

Após anos de pesquisa e desenvolvimento<br />

em amortecedores,<br />

a VIBRA-STOP conseguiu desenvolver<br />

uma linha de amortecedores<br />

que mescla a rigidez e estabilidade<br />

das molas, associado ao amortecimento<br />

e ductilidade da borracha.<br />

Com uma ou mais molas em aço<br />

carbono ou aço inoxidável, o amortecedor<br />

VIBRA-STOP mola apresenta<br />

uma excelente absorção de<br />

vibração em diversas aplicações,<br />

tais como: equipamentos rotativos<br />

ou estáticos sobre laje e estrutura<br />

metálica, instrumentos de laboratório,<br />

metrologia, entre outros.<br />

A empresa associa ainda, base<br />

antivibratória em granito ou ardósia,<br />

a fim de garantir a massa necessária<br />

ao equipamentos leves,<br />

eliminando as vibrações externas e<br />

garantindo excelência na precisão<br />

das medições.<br />

As bases antivibratórias são<br />

fabricadas sob encomenda com<br />

medidas variadas, de acordo com<br />

o dimensional do equipamento a<br />

ser isolado.<br />

Os laboratórios que já aplicaram<br />

esta tecnologia obtiveram resultados<br />

excelentes na estabilidade<br />

dos instrumentos e eliminação das<br />

vibrações. O custo é baixo comparado<br />

às mesas com tampo de granito<br />

desenvolvidas no mercado e o<br />

resultado é superior.<br />

Industria de Amortecedores de<br />

Vibração VIBRA-STOP Ltda.<br />

Tel.: 11 5562-9362<br />

vendas@vibra-stop.com.br<br />

www.vibra-stop.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

63


em foco<br />

Software Labwin-DOCs para Controle de Documentos de Qualidade<br />

64<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Desde 2006, muitos milhares de<br />

documentos foram controlados por<br />

este software.<br />

Manter um sistema de qualidade<br />

atualizado sempre envolve um<br />

controle eficiente dos documentos<br />

bem como manter a lista mestra<br />

sempre atualizada.<br />

A lista de documentos, como regra,<br />

não é pequena:<br />

a) Procedimentos;<br />

b) Métodos Analíticos;<br />

c) Instruções de Trabalho;<br />

d) Métodos de Preparos de<br />

Soluções;<br />

e) Manuais de Equipamentos;<br />

f) Métodos de Calibrações;<br />

g) Padrões de Registros/<br />

Formulários;<br />

h) Manuais de Qualidade;<br />

i) Manuais de Segurança;<br />

j) Documentos Externos<br />

(normas oficiais, etc.)<br />

k) Registros e Acompanhamento<br />

de Não Conformidades;<br />

l) Registros de Auditorias;<br />

m) Registros de Qualificações<br />

Técnicas;<br />

n) Ata de Reunião (registro e<br />

acompanhamento);<br />

o) Ocorrência em Geral;<br />

p) Projetos;<br />

Sem um controle eficiente é fácil<br />

que se encontrem não conformidades<br />

neste controle em qualquer<br />

auditoria de qualidade. É preciso<br />

controlar emissões, aprovações,<br />

distribuições, vencimentos, etc.,<br />

bem como manter um histórico de<br />

revisões e poder limitar quem pode<br />

ver cada documento.<br />

O software Labwin-DOCs é um<br />

software de uso muito fácil para<br />

controle de documentos de qualidade<br />

que permite facilidade a todos<br />

no uso diário e sucesso nas auditorias<br />

de qualidade.<br />

O acompanhamento de Não<br />

Conformidades e ações preventivas<br />

e corretivas, bem como as<br />

ações registradas em atas de reuniões<br />

podem ser acompanhadas<br />

facilmente por verificação de pendências<br />

ou via lembretes semanais<br />

automáticos por e-mail.<br />

Saiba mais<br />

(71) 4103-7193<br />

www.Labwin.com.br


em foco<br />

Waters - Família Acquity<br />

Acquity ARC, o novo integrante da Família Waters.<br />

O sistema Acquity ARC ajudará<br />

você a aumentar a produtividade<br />

do seu laboratório. A tecnologia<br />

Multi-flow Path juntamente com o<br />

gradiente smart start permite que<br />

você, além de trabalhar com metodologias<br />

oficiais, desenvolvidas<br />

em sistemas HPLC convencionais,<br />

também desenvolva novas metodologias,<br />

utilizando colunas modernas<br />

com diâmetros de partículas e<br />

diâmetro interno menores, resultando<br />

em análises mais rápidas e<br />

Visite nosso stand na Analitica Latin America<br />

e obtenha mais informações sobre o Sistema Acquity ARC<br />

e os demais integrantes da família Waters.<br />

eficientes, aumentando também a<br />

lucratividade do seu laboratório.<br />

Com o sistema Acquity ARC é<br />

possível alternar entre sistemas<br />

HPLC e UHPLC sem intervenção física<br />

devido a tecnologia Multi-flow<br />

Path, que permite que a alteração<br />

seja realizada com apenas um clique<br />

no Empower, selecionando Path<br />

1 ou Path 2. Este novo sistema pode<br />

ser acoplados detectores ópticos e<br />

espectrometros de massa.<br />

Mais informações acesse:<br />

www.waters.com/acquityfamily<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

65


em foco<br />

Qualifique seu fornecedor de Padrão de Referência e garanta a<br />

qualidade de seus produtos<br />

66<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A qualidade na fabricação de<br />

um produto inicia-se na aquisição<br />

de seus insumos até sua validação.<br />

A importância em adquirir<br />

padrões de referência através de<br />

um fornecedor qualificado como a<br />

LAS do Brasil garante a sua empresa<br />

produtos confiáveis.<br />

Os motivos pelos quais é importante<br />

verificar a qualificação<br />

de fornecedor são vários, entre<br />

eles se destacam: Redução no índice<br />

de reanálises e devoluções;<br />

Diminuição de reprovações; Segurança<br />

na qualificação de seus<br />

produtos; evitar incidências de<br />

não conformidade;<br />

A ANVISA através da RDC 17 de<br />

16/04/2010 estabelece os critérios<br />

aplicáveis à Indústria Farmacêutica<br />

exigindo a qualificação de seu fornecedor<br />

de Padrões de Referência.<br />

De acordo com a RDC 16 de<br />

01/04/2014, empresas fabricantes,<br />

importadoras e distribuidoras<br />

de insumos e produtos farmacêuticos,<br />

devem ser licenciadas pela<br />

ANVISA e possuir Autorização de<br />

Funcionamento (AFE) e Autorização<br />

Especial (AE), para suas atividades<br />

em território nacional. Além destas<br />

são necessárias licenças específicas<br />

de acordo com cada produto,<br />

tais como Licença da Polícia Federal<br />

e Exército.<br />

Um fornecedor qualificado<br />

deve possuir:<br />

• Carta de distribuição USP<br />

2017;<br />

• Autorização de Funcionamento<br />

(AFE) e Autorização Especial (AE);<br />

• Portaria 344/1998;<br />

• Certificado de registro do<br />

Exército e Licença da Polícia<br />

Federal;<br />

• Nota Fiscal emitida com os NCM´s<br />

específicos das substâncias*;<br />

• Autorização DEA para exportação<br />

de produtos controlados.<br />

Por que escolher a LAS do<br />

Brasil como seu fornecedor:<br />

• Único distribuidor USP autorizado<br />

no Brasil;<br />

• Certificado de Autenticidade e<br />

Rastreabilidade;<br />

• Autorização do DEA para exportação<br />

de produtos controlados;<br />

• Serviço Especializado de Atendimento<br />

ao Consumidor e Sistema de<br />

Garantia da Qualidade;<br />

• Estoque de mais de 5 mil itens<br />

USP.<br />

Conheça mais o que a LAS do Brasil<br />

oferece através do site<br />

www.lasdobrasil.com.br<br />

ou entre em contato<br />

Te.: +55 62 3085 1<strong>90</strong>0 e<br />

comercial@lasdobrasil.com.br


em foco<br />

Tecnologia “sem banho” Distek agora em um equipamento de baixo custo<br />

Após o sucesso do dissolutor<br />

Symphony 7100 nos laboratórios<br />

de pesquisa e desenvolvimento,<br />

a Distek lança agora o Dissolutor<br />

“2500 Select” um equipamento<br />

com todas as vantagens da tecnologia<br />

“sem-banho” voltado para<br />

a pesada rotina dos laboratórios<br />

de controle de qualidade. Essa<br />

tecnologia não utiliza o antiquado<br />

banho hidrostático, atingindo<br />

em até 15 minutos a temperatura<br />

programada por meio de jaquetas<br />

térmicas, economizando tempo,<br />

água e energia elétrica. Sensores<br />

“wireless” monitoram e registram<br />

continuamente a temperatura dentro<br />

de cada cuba onde está ocorrendo a dissolução, eliminando<br />

a necessidade de leituras adicionais.<br />

Todos os recursos dos equipamentos são operados a partir<br />

de uma tela “soft-touch” colorida, por meio de uma interface<br />

intuitiva e de fácil operação, onde é possível acessar o manual<br />

do equipamento, armazenar e editar até 100 métodos, guardar<br />

dados de qualificação, imprimir resultados na sua impressora<br />

de rede e muito mais, tudo isso com níveis diferenciados de<br />

acesso e protegidos por senhas. Há mais de 15 anos a Distek<br />

se preocupa com o meio ambiente e com o uso da água do<br />

nosso planeta, e a tecnologia “bathless” comprova que a dissolução<br />

de comprimidos pode ser mais rápida, prática, limpa,<br />

econômica além de ecológica.<br />

A Chemetric é a responsável pela Distek no Brasil. Conheça<br />

a linha completa da empresa que mais apresenta<br />

inovações associadas a dissolução de comprimidos em:<br />

www.chemetric.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

67


em foco<br />

PLATEMASTER - A opção mais acessível para manipulação de líquidos<br />

em média escala<br />

68<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A Biotecnologia avançada vem<br />

cada vez mais exigindo formas de<br />

aumentar o número de amostras<br />

analisadas simultaneamente. A<br />

expressão em inglês "high-throughput<br />

screening" resume esta<br />

tendência de processar e analisar<br />

um número cada vez maior de<br />

amostras. Este efeito é observado<br />

especialmente nas áreas de saúde<br />

humana e animal e agricultura.<br />

Para se adaptar a esta tendência,<br />

as empresas vêm oferecendo<br />

soluções automatizadas para aplicações<br />

como purificação de ácidos<br />

nucleicos, qPCR e ELISA. As<br />

configurações e os valores variam<br />

de acordo com o grau de customização<br />

de plataformas abertas ou o<br />

uso de plataformas fechadas*.<br />

A Gilson, pioneira e líder mundial<br />

em manipulação de líquidos, oferece<br />

a plataforma PIPETMAX como<br />

uma solução compacta, econômica<br />

e aberta. Se você ainda não entrou<br />

na fase da automação, ou mesmo<br />

se já tiver plataformas instaladas<br />

em seus laboratórios, considere o<br />

PLATEMASTER como solução robusta<br />

e econômica para realizar a<br />

manipulação de líquidos em média<br />

escala. O PLATEMASTER serve para<br />

quem quiser começar a aumentar<br />

a escala de suas análises, ou para<br />

realizar manipulação de líquidos em<br />

salas ou unidades avançadas que<br />

estão fisicamente distantes de sistemas<br />

automatizados.<br />

A palavra é versatilidade. Com<br />

PLATEMASTER e seus acessórios,<br />

você pode pipetar rapidamente em<br />

microplacas de 96 a 384 poços,<br />

trabalhando com volumes de 0,5<br />

a 220 µl**, com reprodutibilidade<br />

e precisão.<br />

Procure mais informações<br />

no nosso site:<br />

www.sinapsebiotecnologia.com.br.<br />

*O conceito de plataforma aberta refere-se à possibilidade<br />

de utilização de reagentes e ponteiras de<br />

outras marcas.<br />

**O PLATEMASTER vem em dois formatos: PLATEMAS-<br />

TER P220 (2-220 µl) e PLATEMASTER P20 (0,5-20 µl).


em foco<br />

Conheça um pouco mais sobre os equipamentos AMETEK Brookfield<br />

Brookfield, mais que um nome,<br />

são os criadores, há mais de 80<br />

anos, do mais avançado e conhecido<br />

analisador rotativo de viscosidade<br />

do mundo, utilizando o<br />

sistema de detecção de resistência<br />

ao torque de uma haste girando<br />

dentro de uma amostra. Utilizado<br />

pela grande maioria das atividades<br />

industriais, nos laboratórios de CQ,<br />

P&D, Aplicação, que requerem a<br />

medição da fluidez de líquidos e<br />

semi-sólidos, tornou-se um padrão<br />

mundial. Apresenta uma ampla<br />

gama de modelos e acessórios<br />

que permitem desde uma simples<br />

medição da viscosidade até a determinação<br />

de avançadas características<br />

reológicas.<br />

Representada no Brasil há<br />

mais de 50 anos pela Alem Mar,<br />

tornou-se recentemente parte do<br />

grupo AMETEK, empresa global<br />

de tecnologia. Além da linha de<br />

viscosímetros e reômetros, a<br />

Brookfield fabrica também o texturômetro<br />

CT3 para medição de<br />

características funcionais de produtos,<br />

com aplicações na indústria<br />

alimentícia, de ingredientes,<br />

farmacêutica, de materiais, entre<br />

outras. O texturômetro é apresentado<br />

com inúmeros acessórios,<br />

para as mais diversas aplicações,<br />

a um custo acessível para não só<br />

as empresas de grande porte, mas<br />

também para empresas de pequeno<br />

e médio portes. Além dos<br />

viscosímetros e texturômetros,<br />

a Brookfield fabrica o Analisador<br />

de Fluidez de Pós PFT, que permite<br />

a caracterização de amostras<br />

em forma de pó, para avaliar suas<br />

propriedades de movimentação,<br />

transporte, mistura, homogeneização,<br />

descarga, armazenamento em<br />

silos, entre outras. O PFT é utilizado<br />

em indústrias alimentícias, farmacêuticas,<br />

químicas, cimento, etc.<br />

Consulte-nos para mais detalhes:<br />

Alem Mar Comercial e Industrial S.A.<br />

(11) 3229-8344<br />

alemmar@alemmar.com.br<br />

www.alemmar.net.br<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

69


em foco<br />

Vácuo no laboratório – De onde vem?<br />

70<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

"Saindo da parede" - poderia ser<br />

uma resposta típica. Ninguém se<br />

preocupa com este assunto, desde<br />

que tudo funcione bem e todas as<br />

conexões e válvulas necessárias<br />

estão disponíveis. Se existe vácuo<br />

ou não, você provavelmente nem<br />

sequer notará até que não haja vácuo<br />

disponível por qualquer motivo.<br />

A tecnologia de vácuo costuma ser<br />

utilizada em aplicações típicas de<br />

laboratório, como evaporação, secagem<br />

ou filtração - sendo indispensável!<br />

Existem várias possibilidades<br />

de fornecer vácuo no laboratório<br />

- cada uma tem suas vantagens e<br />

desvantagens:<br />

Bomba de vácuo de uso único<br />

Tendo apenas uma bomba de vácuo<br />

no laboratório, você certamente<br />

não se perguntará de onde vem o<br />

vácuo necessário. Ter uma bomba<br />

de vácuo quimicamente resistente<br />

exclusivamente para sua aplicação<br />

é a solução individual ideal, que<br />

oferece as melhores condições de<br />

trabalho. As bombas de diafragma<br />

com resistência química, com condensador<br />

de vapor de exaustão para<br />

recuperação de solvente e coletor<br />

para proteção de bomba contra o<br />

vapor condensado definitivamente<br />

devem ser a primeira escolha. As<br />

bombas de diafragma VARIO ® da<br />

VACUUBRAND ® com velocidade de<br />

motor variável e com outras opções<br />

de ajuste e controle oferecem vantagens<br />

adicionais, como ter o "vácuo<br />

sempre correto", economia de<br />

energia e controle remoto.<br />

Central de vácuo<br />

As coisas são diferentes se uma<br />

Controlada rede de vácuo<br />

VACUUM LAN®: bomba de vácuo<br />

na prateleira debaixo do armário –<br />

controlador multimídia integrado<br />

em parede.<br />

tubulação de vácuo precisa ser conectada<br />

a um bocal de mangueira<br />

disponível na parede e uma válvula<br />

precisa ser aberta. Nesse caso,<br />

o fornecimento de vácuo vem de<br />

uma central ou de uma rede local<br />

de vácuo. O usuário de laboratório<br />

geralmente tem pouca influência<br />

em ter o vácuo final adequado ou<br />

taxas de fluxo perfeitamente adequadas<br />

para sua aplicação - apesar<br />

das bombas de vácuo de grandes<br />

dimensões serem tipicamente usadas<br />

em sistemas de vácuo central.<br />

A ventilação de curta duração de diferentes<br />

aplicações pode influenciar<br />

negativamente o desempenho de<br />

todo o vácuo de laboratório alimentado<br />

centralmente. Futuras modificações<br />

tornam-se difíceis devido à<br />

falta de flexibilidade das instalações<br />

de tubulação fixas. A manutenção<br />

do gerador de vácuo ou do sistema<br />

de tubulação pode afetar todos os<br />

usuários ao mesmo tempo. Podem<br />

desenvolver-se misturas não desejadas<br />

de vapores e solventes de<br />

vários laboratórios dentro das longas<br />

tubulações. Todos esses fatores<br />

devem ser considerados, bem como<br />

os altos custos operacionais e de<br />

manutenção.<br />

Rede de vácuo VACUU • LAN ®<br />

para laboratórios<br />

Uma rede local de vácuo representa<br />

a harmonia perfeita de uma<br />

bomba de usuário único e um vácuo<br />

centralizado. Várias aplicações<br />

podem ser operadas ao mesmo<br />

tempo. A instalação é simples, rápida<br />

e requer poucas ferramentas. As<br />

válvulas anti retorno nas saídas individuais<br />

diminuem o risco de interferência<br />

entre aplicações paralelas. A<br />

bomba de rede localizada na parte<br />

inferior do armário funciona praticamente<br />

em silêncio e oferece, dependendo<br />

do modelo, muitas conveniências:<br />

não é necessária uma<br />

supervisão permanente e permite<br />

operação contínua 24 horas por<br />

dia. O vácuo é gerado somente se<br />

necessário ("vácuo sob demanda").<br />

A rede de vácuo VACUU.LAN ®<br />

da VACUUBRAND ® está evoluindo<br />

continuamente juntamente com<br />

seus clientes para se adaptarem<br />

aos modernos sistemas de instalações<br />

laboratoriais. O objetivo é uma<br />

melhoria constante do suprimento<br />

de vácuo em laboratórios de ensino,<br />

pesquisa e na indústria. A idéia é eficiente<br />

e simples: várias estações de<br />

trabalho de laboratório usando uma<br />

bomba de diafragma eficiente e resistente<br />

a produtos químicos. Cada<br />

estação de trabalho obtém vácuo


UM<br />

OLHAr<br />

PArA O<br />

INVISÍVEL<br />

Vários tipos de módulos - também para adaptação em laboratórios existentes<br />

VACUU·VIEW ®<br />

Medição de vácuo<br />

sem compromissos<br />

+ compacto<br />

+ preciso<br />

+ resistente a químicos<br />

através de um módulo VACUU.LAN ®<br />

cuja válvula de retenção integrada<br />

diminui consideravelmente a influência<br />

paralela com alta eficácia. Tubos<br />

de PTFE resistentes a produtos<br />

químicos e conectores de tubulação<br />

ligam a bomba do servidor de rede<br />

aos módulos da estação de trabalho.<br />

Tais redes VACUU.LAN ® podem<br />

atingir níveis de vácuo de até 2<br />

mbar. A grande variedade de módulos<br />

de conexão disponíveis oferece<br />

soluções individuais e de economia<br />

de espaço para todas as aplicações<br />

de vácuo comuns. O VACUU.LAN ® é<br />

altamente flexível e pode ser planejado<br />

e integrado em novos móveis<br />

de laboratório ainda não instalados<br />

ou adaptados a laboratórios já existentes.<br />

O controle de rede automático<br />

da bomba fornece vácuo sob<br />

demanda, proporcionando assim<br />

menores agressões ambientais e<br />

maiores gastos orçamentários. Uma<br />

ampla gama de acessórios, como<br />

condensadores sem fluido refrigerante,<br />

monitoramento de níveis de<br />

líquido de frascos de coleta e interfaces<br />

para monitoramento remoto<br />

da operação da bomba, aumentam<br />

adicionalmente a segurança do processo.<br />

Mais informações encontram<br />

se em um vídeo da rede de vácuo<br />

VACUU.LAN® disponíveis em www.<br />

vacuubrand.com. Peça folder informativo<br />

gratuito através de info@<br />

vacuubrand.com. Isso o ajudará a<br />

planejar sua rede com a escolha<br />

adequada da bomba central e seleção<br />

de módulos e acessórios adequados<br />

para a estação de trabalho.<br />

Ou simplesmente ligue para nossos<br />

especialistas +49 9342 808 5550.<br />

https://www.youtube.com/<br />

watch?v=ZkDquZ4iyrI<br />

info@vacuubrand.com<br />

Telefon: +49 9342 808 5550<br />

www.vacuubrand.com<br />

www.vacuubrand.com


em foco<br />

Prestes a completar 30 anos de mercado, Ciencor Scientific trará novamente<br />

à Analitica Latin America as marcas líderes do segmento laboratorial.<br />

DISCOVERY<br />

PRO 1000<br />

DISCOVERY<br />

PRO 8 CANAIS<br />

DISCOVERY<br />

PRO 12 CANAIS<br />

SWIFTPET PRO<br />

72<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Credibilidade, tecnologia e inovação<br />

em prol da evolução científica.<br />

Características que são marca registrada<br />

da Ciencor Scientific, que<br />

em 2018 completará 30 anos de<br />

história no segmento laboratorial,<br />

sempre prezando pela qualidade<br />

de seus produtos e serviços.<br />

Distribuidora autorizada da<br />

gigante Corning ® no Brasil, e com<br />

know-how na comercialização de<br />

marcas como Axygen ® , Falcon ®<br />

e Pyrex ® , a Ciencor traz mais<br />

uma vez para seu estande o que<br />

os visitantes da feira Analitica<br />

Latin America 2017 realmente<br />

querem ver: o que há de melhor no<br />

segmento em que atuam.<br />

É o caso dos produtos para<br />

manuseio de líquidos e soluções de<br />

bancada da HTL, totalmente feitos<br />

à mão e testados por diversos<br />

controles de qualidade. Entre eles,<br />

estão a micropipeta Discovery Pro,<br />

com excelente desempenho e<br />

altamente ergonômica, e o pipetador<br />

ultramoderno Swiftpet Pro, que<br />

torna muito mais fácil a pipetagem<br />

com pipetas volumétricas de<br />

plástico ou vidro.<br />

Oferecer a seus clientes os produtos<br />

e equipamentos que são<br />

referência em inovação e tendências<br />

da química analítica é o foco<br />

da Ciencor Scientific, ao longo de<br />

todos esses anos e para todos os<br />

próximos. Isso é compromisso,<br />

confiança e, agora, mais do que<br />

nunca, tradição.<br />

Sobre a Ciencor Scientific<br />

Desde 1988 a Ciencor mantém<br />

o compromisso de oferecer ao segmento<br />

laboratorial produtos e equipamentos<br />

da mais alta qualidade,<br />

de marcas líderes no mercado. Somos<br />

uma empresa sólida, que trabalha<br />

com excelência para garantir<br />

a cada um de nossos clientes o<br />

melhor e mais seguro investimento.<br />

Para mais informações, favor entrar<br />

em contato com Rodrigo Rezende,<br />

Tel.: (11) 98164-1247 ou<br />

rodrigo@ciencor.com.br


em foco<br />

O pH da água pura<br />

Imagem ilustrativa<br />

O pH é a medida da acidez ou alcalinidade<br />

de uma solução, e é um<br />

parâmetro de qualidade de água<br />

muito utilizado para medições em<br />

pesquisas. Este indicador afeta o<br />

estado de dissociação de muitas<br />

moléculas e é de extrema importância<br />

em grande parte dos estudos. A<br />

maioria das soluções contém sólidos<br />

dissolvidos que servem como<br />

tampão às alterações do pH, o que<br />

mantém seu valor estável, sendo<br />

pouco afetado por contaminantes. O<br />

pH da água ultrapura, porém, não é<br />

aplicável ou significante numa utilização<br />

normal laboratorial, pois seus<br />

níveis de acidez e/ou alcalinidade<br />

são extremamente baixos, o que<br />

torna sua medição um indicativo<br />

inconsistente.<br />

Fatores que afetam a medição<br />

do pH da água pura:<br />

• Dióxido de carbono: o CO2<br />

do meio é rapidamente absorvido<br />

pela água para formar ácido carbônico<br />

e pode reduzir o pH da amostra<br />

em 1.1 unidades<br />

• Recipiente de amostra: vestígios<br />

de ácido ou base num recipiente<br />

modificam o pH.<br />

• Temperatura: a temperatura<br />

afeta tanto a dissociação do grau<br />

da água quanto a medição de pH.<br />

As amostras de elevada pureza sem<br />

tampão são particularmente susceptíveis<br />

a esses efeitos.<br />

• Tipos de eletrodo e medidores<br />

de pH: a água de baixa condutividade<br />

pode difundir-se para o<br />

eletrólito de elevada força iônica do<br />

eletrodo de referência, causando leituras<br />

de pH instáveis e imprecisas.<br />

• Potencial de transmissão: ao<br />

contrario de soluções menos puras,<br />

as águas com elevada pureza conduzem<br />

de forma muito fraca a eletricidade,<br />

o que pode resultar em erros<br />

devido à carga estática induzida no<br />

fluxo de água de elevada pureza<br />

através do eletrodo de vidro de pH.<br />

• Tampões de calibração para<br />

eletrodos: a submersão alternada<br />

do par de eletrodos no tampão pH<br />

e depois na amostra introduzirá erros<br />

de pH devido à forca iônica mais<br />

elevada dos tampões.<br />

• Como determinar o pH da<br />

água pura de forma precisa: a<br />

medição em linha, com sensores de<br />

pH de baixa impedância, sob condições<br />

cuidadosamente controladas,<br />

fornece o melhor meio para obter<br />

leituras precisas de pH. Todas as<br />

normas para água com elevada purificação<br />

excluem especificamente o<br />

pH como critério de pureza. Todas<br />

se baseiam na condutividade ou<br />

resistividade. O excesso de íons de<br />

hidrogênio ou hidroxilo a valores de<br />

pH diferentes de 7.0 irão diminuir a<br />

resistividade da água. Como resultado,<br />

existirão limites para o afastamento<br />

de 7.0 que o pH pode ter.<br />

Mais informações no e-mail:<br />

elgabrasil@veolia.com<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

73


em foco<br />

Alto rendimento no crescimento celular<br />

O sistema de cultura celular CELLdisc oferece amplas superfícies de crescimento em small<br />

footprint e otimiza a produção em ampla escala<br />

A Greiner Bio-One, parceira<br />

tecnológica das indústrias<br />

farmacêutica e de diagnóstico,<br />

apresenta o CELLdisc, um<br />

novo sistema de multicamadas<br />

que oferece área de crescimento<br />

celular de até 1 m2 para células<br />

aderentes de origem animal.<br />

O design compacto, robusto<br />

e cilíndrico torna o CELLdisc<br />

adequado tanto para séries de<br />

testes manuais (pesquisa básica)<br />

quanto para produção industrial<br />

(incluindo automação), e ampliação<br />

quantificável de culturas<br />

celulares em massa de tamanhos<br />

entre 1.000 e 10.000 cm2.<br />

Ventilação central<br />

O design ergonômico inovador<br />

do CELLdisc simplifica significativamente<br />

o cultivo de células<br />

animais. Cada unidade é ventilada<br />

através de um canal que permite a<br />

troca gasosa entre as camadas de<br />

maneira ativa ou passiva.<br />

A entrada e saída de gás possui filtros<br />

de ar integrados, os quais, combinados<br />

ao tratamento da superfície,<br />

otimizam o crescimento celular.<br />

Preencher, inclinar e girar<br />

O conceito CELLdisc requer<br />

apenas alguns passos: preencha<br />

com a suspensão celular, feche,<br />

incline <strong>90</strong> graus e aguarde até que<br />

o fluido se espalhe uniformemente<br />

entre as camadas. Em seguida retorne<br />

a posição original e coloque<br />

na incubadora.<br />

O CELLdisc está disponível em<br />

modelos com 4, 8, 16 ou 40 camadas.<br />

Greiner Bio-One Brasil<br />

info@br.gbo.com | www.gbo.com<br />

A Merse completa 41 anos de vida em 2017!<br />

74<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

É certificada pelo ISO <strong>90</strong>01 e tem<br />

foco nas indústrias farmacêuticas,<br />

cosméticas, alimentícias, químicas,<br />

bebidas, pesquisas, entre outras.<br />

Sua gama de produtos, inclui<br />

Vidraria, Reagentes, Acessórios e<br />

Equipamentos para laboratório.<br />

Tudo isto está à sua disposição<br />

na Merse ® , que conta com estoques<br />

em regiões estratégicas, no<br />

Sudeste, Nordeste e Sul do país,<br />

para pronta entrega.<br />

A Merse só trabalha com marcas<br />

renomadas, que investem em pesquisas<br />

e oferecem suporte técnico<br />

qualificado!<br />

Busca desenvolver parcerias duradouras<br />

que se consolidam.<br />

Diversas novidades para o Mercado!<br />

A Merse tem toda a linha “Lab<br />

Water” & Filtração da Merck<br />

Millipore, e com a conquista<br />

do Selo Distribuidor Premium da<br />

alemã Heidolph, agregou outras<br />

linhas complementares, como a da<br />

Axygen, voltada para biotecnologia,<br />

a Linha Polytron / Kinemática,<br />

a GE - Healthcare, além de<br />

Memmert e Huber!<br />

A Merse dentro da área laboratorial<br />

está pronta a atender seus<br />

clientes com variedade de produtos<br />

e profissionais comerciais e técnicos<br />

qualificados pelos fabricantes a<br />

prestar apoio técnico antes e depois<br />

da venda, sempre adequando soluções<br />

para você e seu laboratório.<br />

Valkiria Sandrini<br />

Departamento Comercial<br />

Tel. 19 3733-3800<br />

www.merse.com.br


CELLdisc<br />

Cultura celular em ampla escala<br />

Sistema compacto ideal para pesquisa básica e<br />

produção industrial<br />

Maior rendimento comparado a sistemas semelhantes<br />

(40% superior)<br />

Produção em ampla escala em um único formato<br />

(1.000 cm 2 – 10.000 cm 2 )<br />

Superfície tratada para otimizar a adesão celular<br />

Fácil manuseio devido ao tamanho da abertura e<br />

formato cilíndrico<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

75<br />

Ventilação efetiva através de um único canal de gás<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />

Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/bioscience


em foco<br />

Concentrador de amostra de alta velocidade<br />

76<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

O Sistema Múltiplo de Evaporação AutoEVA<br />

é um concentrador de amostra de alta velocidade<br />

que utiliza banho de aquecimento de<br />

água e sopro de nitrogênio, sendo um sistema<br />

ideal para a preparação de amostras para<br />

HPLC, GC e MS.<br />

As agulhas são programadas e controladas<br />

para descer automaticamente.<br />

Benefícios em relação aos sistemas convencionais<br />

com agulha fixa:<br />

- Maior capacidade de processamento de<br />

amostras;<br />

- Consumo de apenas 1/3 da quantidade<br />

de gás (comparado com outros fabricantes);<br />

- Detecção automática do ponto final da<br />

concentração em 0,5mL ou 1,0mL (disponível<br />

no modelo AutoEVA-08IR).<br />

www.analiticaweb.com.br<br />

Modelos Disponíveis<br />

AutoEVA-20 Plus AutoEVA-60 AutoEVA-08IR


Banhos termostatizados, chillers,<br />

Banhos viscotermostatos termostatizados, e tensiômetros chillers,<br />

viscotermostatos e tensiômetros<br />

Lauda, empresa alemã há 61 anos no mercado, é líder em soluções para<br />

termorregulação, Lauda, empresa alemã com alta há 61 precisão anos no em mercado, uma ampla é líder faixa em de soluções temperatura, para<br />

além termorregulação, de uma linha com completa alta precisão para viscosímetria em uma ampla e tensiometria.<br />

faixa de temperatura,<br />

além de uma linha completa para viscosímetria e tensiometria.<br />

Eco e Proline<br />

Eco Viscotermostatos<br />

e Proline<br />

Viscotermostatos<br />

Automação da leitura da temperatura por infravermelho: dispensa<br />

Automação controle manual da leitura para da maior temperatura exatidão e por reprodutibilidade infravermelho: nas dispensa leituras;<br />

controle manual para maior exatidão e reprodutibilidade nas leituras;<br />

Opcionais: limpeza, diluidores e dispensadores automáticos; sistema<br />

Opcionais: de agitação limpeza, e monitoramento diluidores e da dispensadores temperatura; automáticos; entre outros. sistema<br />

de agitação e monitoramento da temperatura; entre outros.<br />

Microcool e Variocool<br />

Microcool Chillers de e Variocool -20 a 80°C<br />

Chillers de -20 a 80°C<br />

Potência de refrigeração de até 10 kW com estabilidade de até 0,2 °C;<br />

Potência de refrigeração de até 10 kW com estabilidade de até 0,2 °C;<br />

Permitem ajuste da temperatura em função da aplicação.<br />

Permitem ajuste da temperatura em função da aplicação.<br />

TC1, TD 1C e TD3<br />

TC1, TD 1C e TD3<br />

Tensiômetros para Medida de<br />

Tensiômetros para Medida de<br />

Tensão Superficial e Interfacial com Placa e Anel<br />

Tensão Superficial e Interfacial com Placa e Anel<br />

Controle remoto: medição livre de disrupções;<br />

Controle remoto: medição livre de disrupções;<br />

Sistema Peltier para termostatização integrado: de 5 a 80°C;<br />

Sistema Peltier para termostatização integrado: de 5 a 80°C;<br />

Sistemas de medição totalmente automatizadas.<br />

Sistemas de medição totalmente automatizadas.<br />

Ultracool Ultracool<br />

Chillers Chillers Industriais<br />

Chillers industriais robustos de de alta alta potência, potência,<br />

com com opção de de alocação em em área área externa.<br />

Sempre as melhores marcas<br />

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analiticaweb.com.br


em foco<br />

Chillers industriais Ultracool da LAUDA<br />

78<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

Ideais para processos industriais<br />

e plantas piloto com potência de<br />

até 265 kW de -5 a 25°C.<br />

Os chillers Ultracool da alemã<br />

LAUDA fornecem temperatura confiável<br />

e garantem processos seguros.<br />

Todos os modelos de chillers<br />

possuem:<br />

• Amplo tanque de água gelada,<br />

garantido o suprimento mesmo<br />

com variação de carga;<br />

• Bomba centrífuga, permitindo<br />

fluxos de 0 a 100%, interligada a<br />

válvula bypass interna;<br />

• Trocador de calor localizado<br />

na parte externa do tanque para<br />

maior eficiência e menor perda<br />

de energia;<br />

• Evaporador e a bomba feitos<br />

em aço inox de alta qualidade e<br />

a estrutura externa em aço galvanizado<br />

com resina epoxy para<br />

maior resistência a corrosão, com<br />

classe de proteção IP 54, podendo<br />

ser alocados em ambiente<br />

externo com temperatura de até<br />

50°C;<br />

• Proteção anti-cogelamento<br />

do termostato, para prevenir danos<br />

ao trocador de calor;<br />

• Interruptor de pressão integrado<br />

que protege o circuito<br />

de pressões extremas (altas e<br />

baixas);<br />

• Filtro de água e aditivo antibacteriano<br />

integrado, para maior<br />

proteção da aplicação e do chiller;<br />

• Possui válvula termostática de<br />

expansão, ajuste automático para<br />

mudanças das condições de trabalho<br />

e excelente resfriamento.<br />

A LAUDA possui portfólio único<br />

de equipamentos: termostatos<br />

precisos e compactos de<br />

laboratório, banhos-maria, banhos<br />

termostáticos, banhos de<br />

viscosidade, capilares de vidro<br />

(Ubbelohde, Micro-Ubbelohde e<br />

Cannon-Fenske), banhos de calibração,<br />

chillers, tensiômetros e<br />

até projetos personalizados com<br />

mais de 400 quilowatts de potência<br />

de resfriamento.<br />

As inúmeras inovações tecnológicas<br />

e o alto padrão de qualidade<br />

consolidam cada vez mais a LAUDA<br />

como empresa líder no segmento<br />

mundialmente. E no Brasil a ANALÍ-<br />

TICA é distribuidora oficial de seus<br />

equipamentos.<br />

Saiba mais<br />

Tel.: (11) 2162-8080<br />

marketing@novanalitica.com.br<br />

www.analiticaweb.com.br


em foco<br />

FlexiWAVE: Plataforma flexível para síntese por micro-ondas<br />

80<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />

A linha ETHOS da Milestone é<br />

mundialmente conhecida por sua<br />

inovação, segurança e flexibilidade.<br />

A maior cavidade do mercado<br />

permite maior produtividade no<br />

preparo de amostras. Avançados<br />

sensores de temperatura e pressão<br />

garantem a máxima segurança da<br />

digestão, enquanto a interface e o<br />

sistema Milestone Conect garantem<br />

maior facilidade no manuseio<br />

e controle dos métodos de preparo<br />

de amostra.<br />

A Milestone agora apresenta<br />

seu novo sistema de micro-ondas<br />

aplicado à síntese orgânica. O novo<br />

flexiWAVE supera a limitação dos<br />

dispositivos convencionais, trazendo<br />

consigo as características mais marcantes<br />

da plataforma ETHOS, com<br />

máxima segurança e flexibilidade,<br />

oferecendo uma grande diversidade<br />

de acessórios para sua aplicação.<br />

A nova cavidade de micro-ondas<br />

flexiWAVE tem um volume superior<br />

a 70 litros, o que permite a<br />

configurações de diversas reações<br />

diferentes em um ambiente muito<br />

flexível. É possível a realização de<br />

reação em vidrarias clássicas, síntese<br />

sob alta pressão e até mesmo<br />

reações em fase sólida.<br />

O flexiWAVE está equipado com<br />

um total de 1<strong>90</strong>0 W, tornando-o o<br />

sistema de micro-ondas mais poderoso<br />

disponível para síntese orgânica<br />

e inorgânica.<br />

O sistema emprega adicionalmente<br />

um difusor rotativo que<br />

distribui uniformemente as micro-<br />

-ondas ao longo da cavidade, permitindo<br />

um aquecimento muito<br />

rápido e homogêneo das amostras,<br />

de miligramas à várias gramas.<br />

O novo Milestone flexiWAVE<br />

está equipado com os mais avançados<br />

sensores de reação e fáceis de<br />

usar, garantindo completo controle<br />

do processo de reação. Ao realizar<br />

reações paralelas, um sensor sem<br />

contato é usado para controlar cada<br />

vaso e os valores de temperatura<br />

reais são mostrados no terminal de<br />

controle do instrumento, permitindo<br />

uma verificação visual instantânea<br />

das condições da reação.<br />

O SafeVIEW é uma câmera digital<br />

de alta definição conectada com<br />

o terminal do instrumento. Permite<br />

acompanhar e monitorar o progresso<br />

da reação química, enquanto<br />

totalmente protegido pela porta<br />

de aço inoxidável do instrumento.<br />

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Milestone agora Anal’tica!<br />

É com muita satisfação que nós, da Nova Analítica, informamos<br />

que adquirimos da Anacom as operações da Milestone no Brasil.<br />

ETHOS UP E ETHOS EASY<br />

SISTEMAS DE DIGESTÃO POR MICRO-ONDAS<br />

DE ALTA PERFORMANCE<br />

• Maior cavidade do mercado<br />

• Avançados sensores de temperatura e pressão<br />

• Rotores versáteis<br />

• Rotor de 15 posições para digestões<br />

sob alta pressão<br />

• Rotor de 44 posições para alta produtividade<br />

• Interface amigável e funcionalidades<br />

simplificadas<br />

• Milestone Connect para controle remoto<br />

de suas digestões<br />

MICRO-ONDAS ETHO-X<br />

• Extração de produtos naturais sem solventes<br />

• Permite a extração rápida de óleos essências sem<br />

a utilização de solventes<br />

• O novo ETHOS X da Milestone, dedicado à extração de produtos<br />

naturais por micro-ondas, aproveita o mecanismo exclusivo de<br />

aquecimento seletivo por micro-ondas para liberar o óleo<br />

essencial, que é evaporado “in situ” do material vegetal<br />

Deseja extrair fragrâncias e sabores com alta qualidade?<br />

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81


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©2016 Waters Corporation. Waters, Acquity UPLC, UPLC, UPC2, Acquity and The Science of What’s Possible são marcas registradas da Waters Corporation.

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