Analytica 90
Edição especial de 15 anos Metrologia Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso Microbiologia O Custo da contaminação microbiana Instrumentação e normalização A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro E mais: artigos, notícias e mercado.
Edição especial de 15 anos
Metrologia
Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso
Microbiologia
O Custo da contaminação microbiana
Instrumentação e normalização
A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro
E mais: artigos, notícias e mercado.
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REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />
R$20,00<br />
Sartorius<br />
Maior precisão para<br />
menores quantidades<br />
de amostra<br />
EDIÇÃO ESPECIAL DE 15 ANOS<br />
METROLOGIA<br />
Materiais de Referência Certificados produzidos<br />
pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às<br />
drogas de abuso<br />
MICROBIOLOGIA<br />
O Custo da contaminação microbiana<br />
INSTRUMENTAÇÃO E NORMALIZAÇÃO<br />
A competência dos laboratórios em avaliar<br />
produtos para diagnóstico in vitro<br />
E MAIS: artigos, notícias e mercado.
REVISTA<br />
Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />
EDITORIAL<br />
Em 2002, surgia no mercado a Revista <strong>Analytica</strong>, cujo objetivo era sanar a necessidade por<br />
informações e notícias sobre o amplo ramo do controle de qualidade industrial. E nesse aniversário<br />
de 15 anos, preparamos para o leitor uma entrevista com o criador da publicação, Sylvain Kernbaum,<br />
que falou sobre os processos e caminhos para abordar esse tema no mercado editorial.<br />
Além disso, circularemos na Analítica Latin América, evento referência em inovação e tendências<br />
da química analítica. Distribuída gratuitamente, convidamos todos a comparecer em nosso stand<br />
e bater um papo conosco, afim de compartilhar sua opinião e sugerir temas que gostariam de ler<br />
em nossa publicação.<br />
Outro material relevante da <strong>Analytica</strong> <strong>90</strong> é a entrevista com Ana Lucia da Silva Correa Lemos,<br />
pesquisadora e Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Instituto de Tecnologia de<br />
Alimentos (ITAL). Ali, conversamos sobre o legado até agora da “Operação Carne Fraca” da Policia<br />
Federal, que colocou em xeque a qualidade dos produtos cárneos consumidos no Brasil.<br />
Por fim, nessa edição, iremos abordar tudo o que há de mais interessante nos campos de<br />
metrologia, microbiologia e instrumentação analítica, sempre oferecendo um material que transita<br />
entre o técnico e o didático, ao ter como objetivo agradar desde leitores com conhecimentos<br />
básicos até os avançados.<br />
Boa feira.<br />
Boa leitura.<br />
4<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
11 3<strong>90</strong>0-23<strong>90</strong> | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Expediente<br />
Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />
DEN Editora - Revista <strong>Analytica</strong> - Av. Paulista, 2.073 - Ed. Horsa I - Cj. 2316 - 01311-940 - São Paulo-SP<br />
tel.: 11 3<strong>90</strong>0-23<strong>90</strong> - www.revistaanalytica.com.br - Benjamin Kernbaum - revista@revistaanalytica.com.br<br />
CNPJ.: 74.310.962/0001-83 - Insc. Est.: 113.931.870.114 - ISSN 1677-3055 - Filiado à:<br />
Realização: DEN Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
Publicidade e Redação: Sylvain Kernbaum | 11 98357-9857 | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />
Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />
Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral
MS
REVISTA<br />
Ano 15 - Edição <strong>90</strong> - Ago/Set 17<br />
ÍNDICE<br />
Artigo 1 14<br />
Controle de processos industriais: instrumentação analítica<br />
de processos X laboratório tradicional. Parte I: importância dos<br />
laboratórios em indústrias modernas<br />
Autores:<br />
Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto,<br />
Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira e Juscély Santos Carvalho<br />
04 Editorial<br />
12 Agenda<br />
Artigo 2 22<br />
Desenvolvimento e validação de metodologia<br />
para quantificação de quinina em extrato<br />
de quina vermelha (Cinchona officinalis l.) Pelo método de CLAE<br />
Capa 28<br />
Autores:<br />
Giovanni Fernando France dos Santos, Thiago Henrique Döring,<br />
Vanderlei Wessler e Monique Carniel Beltrami<br />
<strong>Analytica</strong> 15 anos 40<br />
Entrevista com<br />
Sylvain Kernbaum, criador da revista<br />
42 Entrevista<br />
8<br />
<strong>Analytica</strong>_Coverpage_08-2017_205x275mm.indd 1 21.08.2017 09:40:07<br />
Entrevista 42<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Sartorius<br />
Maior precisão para<br />
menores quantidades<br />
de amostra<br />
Pesquisadora do ITAL analisa os vultos e<br />
lições deixados pela Operação Carne Fraca<br />
44 Instrumentação<br />
e Normalização<br />
48 Metrologia<br />
52 Em foco<br />
Científico<br />
56 Em foco
REVISTA<br />
Ano 15 - Edição 89 - Jun/Jul 17<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante<br />
pág<br />
Altmann 63<br />
Além Mar Comercial e Indústria S.A. 11<br />
Analítica Lab 57<br />
BCQ 47<br />
Cetal 37<br />
Charis 21<br />
Chemetric 67<br />
Ciencor 13<br />
Cral 61<br />
Disotax / Chromatech 6-7<br />
Dosage 53<br />
Feira Analítica 79<br />
Greiner 75<br />
Anunciante<br />
pág<br />
Ika 51 | 59<br />
Labwin 49<br />
Las do Brasil 2-3 | 38-39<br />
Merse 5<br />
Nova Analítica 77 | 81<br />
Sartorius<br />
capa<br />
Sinapse 9<br />
Vacuubrand 71<br />
Veríssimo Logística 55<br />
Veolia 82-83<br />
Vibra-Stop 17<br />
Waters 84<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
10<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />
Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />
Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />
de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />
Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />
Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />
Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
Angela dos Santos Martinez Alzamora, Claudio Kiyoshi Hirai, Eliane Costa Souza, Giovanni Fernando France dos Santos, João Paulo dos Santos, Juscély<br />
Santos Carvalho, Leonardo Sena Gomes Teixeira, Lúcia Helena Ferreira Santos, Luitgard Clayre Gabriel Carvalho de Lima, Mauricio Ferraz de Paiva, Monique<br />
Carniel Beltrami, Monique de Araújo Ramires Lima, Patrícia Silva Batista, Regianne Dourado de Oliveira, Rodrigo Borges de Oliveira, Tatiana Almeida Omura<br />
de Paula, Thiago Henrique Döring, Vanderlei Wessler, Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto e Yáskara Veruska Ribeiro Barros.
agenda<br />
Agenda 2017<br />
14º Analítica América Latina<br />
Data: 26 a 28/09/2017<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: maira.menezes@nm-brasil.com.br | (11) 3205 5023<br />
29º Congresso Brasileiro de Microbiologia<br />
Data: 22 a 25/10/2017<br />
Local: Rafain Palace Hotel e Convention Center – Foz do Iguaçu / PR<br />
Informações: Tel.: (11) 3813 9647 / (11) 3037 7095<br />
sbm@sbmicrobiologia.org.br / sbmicrobiologia.org.br/29cbm/site/<br />
Metrologia 2017<br />
Data: 26 a 29/11/2017<br />
Local: Gran Mareiro Hotel – Fortaleza / CE<br />
Informações: Tel.: (21) 2532 7373 / metrologia2017.org.br<br />
sbm@sbmicrobiologia.org.br / sbmicrobiologia.org.br/29cbm/site/<br />
3ª Escola Brasileira de Espectrometria de Massas<br />
Data: 03 a 08/12/2017<br />
Local: Hotel Serhs - Natal/RN<br />
Informações: escola.brmass.com<br />
FCE Pharma<br />
Data: 22 a 24/05/2018<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: fcepharma.com.b<br />
12<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
CURSOS<br />
Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />
18/09 a 22/09 - Indicadores da Qualidade<br />
25/09 a 09/10 - Análise e Interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />
02/10 a 16/10 - Avaliação da Conformidade<br />
09/10 a 25/10 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial (NBR ISO/IEC 17025)<br />
16/10 a 26/10 - Auditoria Interna<br />
30/10 a 06/11 - Indicadores da Qualidade<br />
06/11 a 27/11 - Incerteza de Medição<br />
13/11 a 28/11 - Análise e Interpretação da norma ABNT NBR ISO 15189<br />
20/11 a 30/11 - Validação de Métodos de Ensaio<br />
27/11 a 11/12 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial (NBR ISO/IEC 17025)<br />
04/12 a 13/12 - Fundamentos da Metrologia<br />
11/12 a 15/12 - Indicadores da Qualidade<br />
Mais informações em: metrologia.org.br
As melhores marcas,<br />
juntas para atender você.<br />
Escritório São Paulo São Paulo<br />
[11] 3872-1022<br />
Rua Boracéia, 177 • Barra Funda<br />
São Paulo • SP • CEP: 01135-010<br />
[11] 3872-1022<br />
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artigo 1<br />
Controle de processos<br />
industriais: instrumentação<br />
analítica de processos X laboratório<br />
tradicional. Parte I: importância dos<br />
laboratórios em indústrias modernas<br />
Autores:<br />
- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />
- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
- Juscély Santos Carvalho 1<br />
1 Faculdade Regional da Bahia – UNIRB<br />
2 Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia – UFBA<br />
*contato: vanjolopes@hotmail.com<br />
14<br />
Imagem ilustrativa<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Resumo<br />
Nas últimas décadas, os laboratórios<br />
de controle de qualidade industriais<br />
têm perdido espaço para os sistemas<br />
analíticos dedicados instalados nas<br />
linhas de produção. Os sistemas dedicados,<br />
por serem automatizados e<br />
apresentarem respostas mais rápidas,<br />
diminuem os custos de mão de obra e<br />
maximizam a produtividade, com maior<br />
quantidade de produção especificada.<br />
Os laboratórios tradicionais, contudo,<br />
possuem capacidade de executar determinações<br />
intricadas e/ou inesperadas<br />
de pontos inusitados do processo;<br />
outra característica dos laboratórios é<br />
possibilidade de intervenção humana,<br />
onde o técnico especializado, conhecedor<br />
das etapas do processo, de suas<br />
possíveis alterações e dos impactos<br />
gerados nas diversas amostras, influencia<br />
na confiabilidade do resultado<br />
emitido. O principal objetivo deste<br />
trabalho é demonstrar, com exemplos<br />
de aplicações, que laboratórios tradicionais<br />
e sistemas dedicados são complementares<br />
e devem coexistir, respeitados<br />
seus limites de ação. Nesta parte<br />
inicial serão abordados os laboratórios<br />
convencionais nas indústrias.<br />
Palavras-chave: CZE,<br />
controle de processos; laboratórios<br />
de controle de qualidade; tempo de<br />
monitoramento.<br />
Abstract<br />
In recent decades, industrial<br />
quality control laboratories have<br />
lost ground to dedicated analytical<br />
systems installed on production lines.<br />
Dedicated systems, automated and<br />
with faster response, reduce labor<br />
costs and maximize productivity, with<br />
higher amount of production specified.<br />
Traditional laboratories, however,<br />
make it possible the determination of<br />
intricate and / or unexpected unusual<br />
process points. The possibility of<br />
human intervention is another<br />
characteristic of laboratories, in<br />
which the knowledgeable of process<br />
steps, possible changes and impacts<br />
caused in several samples skilled<br />
technician influences the reliability of<br />
the result. The objective of this work<br />
is to demonstrate, with examples<br />
of applications, that traditional<br />
laboratories and dedicated systems<br />
are complementary and must coexist,<br />
subjected to their limits of action. In<br />
this initial part of work, conventional<br />
laboratories in industries will be<br />
studied.<br />
Keywords: process control;<br />
quality control laboratories; time<br />
monitoring.<br />
Introdução<br />
Uma indústria sempre busca máxima<br />
produtividade como forma de<br />
maximizar sua lucratividade sem<br />
perda da qualidade dos produtos.<br />
Dentro deste contexto, uma unidade<br />
industrial é projetada para operar<br />
durante longos períodos, sem que<br />
haja interrupção da produção, e o<br />
produto final deve estar dentro dos<br />
limites das especificações definidas<br />
pela engenharia de produtos, clientes<br />
finais ou agências reguladoras.<br />
Portanto, é necessário haver um<br />
excelente serviço de manutenção à<br />
disposição da operação para evitar<br />
paradas inesperadas, bem como<br />
um sistema de controle de qualidade<br />
projetado e equipado para atender<br />
as necessidades desta indústria<br />
com uma equipe técnica qualificada.<br />
Aqui deve ser pontuado que, nas<br />
indústrias, não há diferenciação,<br />
como existe na academia, entre<br />
“Análises Químicas” e “Determinações<br />
Físicas”, sendo ambas tratadas<br />
como similares e sem qualquer<br />
distinção no controle de qualidade.<br />
Nas indústrias, apenas medições<br />
de pressão, temperatura, fluxo e<br />
nível são encaradas como variáveis<br />
de processo. Todas as demais<br />
determinações físicas de correntes
do processo (massa específica,<br />
pressão de vapor, temperatura de<br />
destilação, viscosidade, etc.) são<br />
encaradas como parâmetros de<br />
controle de qualidade do processo.<br />
Mesmo órgãos governamentais,<br />
quando definem parâmetros de<br />
especificações de produtos, não<br />
realizam esta distinção.<br />
Numa usina de biodiesel, para<br />
atender a legislação vigente (Resolução<br />
ANP 45/2014), ao se examinar<br />
a qualidade de uma amostra de<br />
biodiesel, deve-se verificar, dentre<br />
outros parâmetros, a massa específica<br />
(grandeza física) e a concentração<br />
de glicerina (grandeza química).<br />
Portanto, neste artigo emprega-se o<br />
tirocínio industrial, sem distinções<br />
entre “Análises Químicas” e “Determinações<br />
Físicas”, pois ambas são<br />
tratadas como ensaios que impactam<br />
na qualidade os produtos finais<br />
ou intermediários de uma indústria.<br />
A rotina de controle de qualidade<br />
de uma indústria tem algumas<br />
particularidades que o diferem de<br />
um laboratório de pesquisa ou de<br />
prestação de serviços. O primeiro<br />
critério que o destaca é relacionado<br />
à demanda, ou seja, mesmo que<br />
não exista uma grande variedade<br />
de matrizes e analitos em questão,<br />
certamente há um grande número<br />
de amostras a serem analisadas<br />
diariamente de diferentes etapas<br />
do processo produtivo. A palavra<br />
“diariamente”, aqui empregada,<br />
deve ser entendida ao pé da letra,<br />
pois muitas indústrias operam diuturnamente,<br />
durante os sete dias da<br />
semana, durante vários meses, com<br />
poucas paradas curtas eventuais e<br />
algumas paradas maiores previamente<br />
determinadas para a realização<br />
de manutenções preventivas<br />
nos equipamentos. Portanto, muitos<br />
laboratórios de controle de qualidade<br />
de uma indústria realizam monitoramentos<br />
de forma ininterrupta.<br />
Ainda na fase de implantação de<br />
uma indústria, do processo produtivo<br />
surge a informação sobre quais<br />
determinações serão necessárias,<br />
suas respectivas faixas de trabalho e<br />
limites de especificação, a frequência<br />
destas determinações, as de ordem<br />
de segurança e as de qualidade. De<br />
posse destas informações, os responsáveis<br />
pelas equipes de laboratório<br />
e de processo definem a rotina do<br />
laboratório, os métodos analíticos a<br />
serem empregados, os equipamentos<br />
necessários (e seus insumos),<br />
a quantidade e a qualificação dos<br />
técnicos necessários para o pleno<br />
funcionamento do parque analítico/<br />
instrumental. Este sistema deve ser<br />
capaz de atender a todas as expectativas<br />
previstas e imprevistas do setor<br />
de produção e estar dentro do orçamento<br />
disponível, para não extrapolar<br />
os custos da empresa.<br />
Dentre os sistemas analíticos<br />
existentes, pode-se citar os sistemas<br />
off-line (laboratorial convencional),<br />
at-line, on-line, in-line e on-line<br />
não invasivo (Figura 1).<br />
Em linhas gerais, nas análises<br />
off-line as amostras são coletas na<br />
área operacional e levadas para o<br />
laboratório, onde ocorre todo processo<br />
de análise. No sistema at-line,<br />
o instrumento é móvel, e muitas<br />
vezes portátil, e é levado para área<br />
operacional, onde a determinação<br />
química é realizada in situ. Em<br />
exames on-line, o equipamento é<br />
integrado à planta, interligado em<br />
linha com o processo, e, em períodos<br />
pré-determinados, a análise da<br />
amostra, que circula continuamente<br />
no aparelho, é realizada (Oliveira,<br />
1991; Trevisan e Poppi, 2006).<br />
Existe, ainda, a possibilidade de<br />
acoplamento de sistemas in-line ou<br />
on-line de análises na linha onde se<br />
deseja realizar a determinação. O<br />
primeiro caso pode ser exemplificado<br />
por sistemas que utilizam sensores<br />
invasivos acondicionados na<br />
linha do processo, podendo emitir<br />
resultados analíticos continuamente.<br />
Já no sistema on-line, o analisador<br />
não entra em contato físico com<br />
a amostra (Trevisan e Poppi, 2006).<br />
Cada sistema tem suas particularidades,<br />
com vantagem e problemas,<br />
cabendo às equipes de laboratório e<br />
de engenharia operacional escolher<br />
Figura 1: Sistemas de análises: A) off-line, B) at-line, C) on-line, D) in-line e E) on-line não invasivo<br />
(adaptado de Oliveira, 1991).<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
15
artigo 1<br />
Autores:<br />
- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />
- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
- Juscély Santos Carvalho 1<br />
16<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
a melhor opção para cada unidade<br />
de produção.<br />
Por exemplo, algumas análises<br />
são tão importantes para manter a<br />
segurança dos processos que suas<br />
medidas devem ser efetuadas em<br />
ciclos muito curtos e ininterruptos.<br />
Sistemas reativos com cinética elevada<br />
ou processos contínuos e com<br />
fluxo elevado podem ser citados<br />
neste conjunto. Por exemplo, centrais<br />
petroquímicas produzem eteno<br />
em quantidade elevada (dezenas de<br />
toneladas por hora), que é comercializado,<br />
via dutos, diretamente<br />
(sem estocagem) com indústrias de<br />
3ª geração para produção de polietileno<br />
(PE). A corrente pós-produção<br />
possui, dentre outros contaminantes,<br />
o etano, que é contaminante<br />
para a polimerização do eteno. Este<br />
fluxo, ainda na central petroquímica,<br />
é continuamente processado<br />
para eliminação de etano, cuja a<br />
concentração deve ser diminuída à<br />
concentrações na ordem de ppm.<br />
Portanto, o controle de eteno pós<br />
desetanização deve ser realizado<br />
no menor tempo possível, em ciclos<br />
de unidades de minutos, para<br />
garantir a especificação de eteno,<br />
que é transformado continuamente<br />
em PE. Alguns reatores são projetados<br />
para transformarem até 20 ton<br />
h-1 de eteno. Determinações como<br />
esta, são executadas com sistemas<br />
em linha, automatizados e sem intervenção<br />
humana, chamados de<br />
analisadores.<br />
Pode-se citar como exemplos<br />
de analisadores, os cromatógrafos<br />
a gás (GC) de processo instalados<br />
em um painel e/ou armário, do tipo<br />
“shelter”, que possuem um conjunto<br />
de válvulas solenoides e trechos<br />
de dutos próprios para a conexão<br />
de amostras oriundas do processo<br />
e de “amostras referências”. Esses<br />
analisadores operam numa rotina<br />
automática, que inclui amostragem/<br />
análises das amostras do processo,<br />
em ciclo temporal pré-determinado,<br />
com interrupção programada para<br />
calibração com as “amostras referências”.<br />
Na parte II deste artigo, detalharemos<br />
o funcionamento deste<br />
equipamento; neste artigo abordaremos<br />
apenas os sistemas off-line.<br />
Outras determinações são realizadas<br />
para manter a qualidade da<br />
produção e são realizadas em ciclos<br />
maiores, de uma ou algumas horas.<br />
Se uma determinada propriedade<br />
do produto tem um ciclo de uma<br />
hora, por exemplo, as metodologias<br />
envolvidas, desde coleta da amostra<br />
até o envio do resultado final pelo<br />
laboratório ao processo produtivo,<br />
devem ser realizadas em um tempo<br />
inferior a uma hora, para que o<br />
processo produtivo tenha consciência<br />
da realidade da propriedade<br />
e possa, se for necessário, realizar<br />
alguma manobra operacional para<br />
manter a propriedade nos limites de<br />
especificação do produto o mais rápido<br />
possível. Neste contexto, pode-<br />
-se citar a aditivação continua de<br />
determinados produtos; via de regra,<br />
são adicionados continuamente, em<br />
um misturador, o produto final e os<br />
aditivos, que vão dotar o produto de<br />
características especiais. Se houver<br />
controle rígido dos fluxos do produto<br />
e dos aditivos, não há necessidade<br />
de ciclos curtos de análises para<br />
controle do nível de aditivação dos<br />
produtos finais. Deste modo, estas<br />
análises podem ser executadas de<br />
modo convencional, onde as amostras<br />
são coletas em pontos estratégicos<br />
da área operacional e levadas<br />
para laboratórios físico-químicos,<br />
onde ocorre a análise.<br />
Com a crescente demanda por<br />
qualidade, produtividade e baixo<br />
custo impostos pela globalização,<br />
a emissão de resultados analíticos<br />
confiáveis, para garantir as<br />
especificações do produto, está<br />
aumentando. Esta afirmação está<br />
de acordo com as necessidades<br />
da Química Analítica moderna, que<br />
inclui demandas que exigem maior<br />
sensibilidade e seletividade, métodos<br />
com custos menores e limpos,<br />
automação analítica, uso crescente<br />
da quimiometria, entre outras características<br />
(Valcárcel, 2000). Essas<br />
necessidades buscam melhoria do<br />
produto final, maior segurança de<br />
processos industriais, desenvolvimento<br />
de novos produtos, proteção<br />
do consumidor, geração de menos<br />
resíduos, atendimento a legislação<br />
vigente, entre outros critérios (Mizaikoff<br />
et al., 2005).<br />
Com base neste contexto, o sistema<br />
de controle de qualidade ganha<br />
uma enorme importância na indústria,<br />
com a visão sempre voltada<br />
para o aumento da produtividade<br />
analítica, mantendo máxima seletividade,<br />
exatidão e precisão. Contudo,<br />
há uma dúvida crescente na<br />
montagem do sistema de controle<br />
de qualidade: onde empregar sistemas<br />
de instrumentação analítica,<br />
os analisadores, e onde empregar<br />
sistemas convencionais de análises,<br />
os laboratórios?<br />
Profissionais da indústria são<br />
categóricos em afirmar que não<br />
existe maior estima quando se confrontam<br />
analisadores em linha e os<br />
laboratórios convencionais: cada<br />
um tem seu grau de importância<br />
e seu campo de atuação, apesar<br />
de executarem o mesmo trabalho.<br />
Em determinados casos, pode haver<br />
substituição de algum sistema<br />
analítico, mas não há possibilidade<br />
de substituição total, eles são complementares<br />
e não excludentes.<br />
Portanto, o objetivo deste trabalho<br />
é mostrar a importância de cada<br />
sistema, suas vantagens, desvantagens<br />
e aplicabilidade.<br />
2. Laboratórios em<br />
Indústrias Modernas<br />
De acordo com a Figura 1, as determinações<br />
off-line envolvem a remoção<br />
(manual ou automatizada) da<br />
amostra pelo operador, o transporte<br />
para o instrumento de medida, que
está instalado no laboratório de análise<br />
química, que deve estar provido<br />
de técnicos qualificados. Pelo o descrito,<br />
o procedimento é descontínuo<br />
e não está conectado diretamente<br />
com o processo.<br />
O papel dos laboratórios nas indústrias<br />
modernas torna-se desafiador<br />
em termos de controle devido às<br />
altas exigências de produtividade,<br />
eficiência, confiabilidade, operacionalidade,<br />
robustez e inovação. Deste<br />
modo, busca-se expandir suas proficuidades<br />
e dirimir as dificuldades<br />
inerentes às demandas em questão,<br />
com equipamentos e tecnologias<br />
atuais, mão de obra qualificada,<br />
esforços em pesquisa e desenvolvimento,<br />
atendendo aos índices de<br />
qualidade desejados.<br />
Uma das grandes vantagens<br />
dos laboratórios de controle de<br />
qualidade é a possibilidade de<br />
dispor de um corpo técnico qualificado,<br />
com familiaridade e conhecimento<br />
com as amostras e<br />
as determinações envolvidas. Um<br />
analista químico quando vai trabalhar<br />
em um laboratório industrial<br />
não deve estar apenas capacitado<br />
para as operações técnicas que ele<br />
irá realizar. Ele deve ser capacitado<br />
também para avaliar as características<br />
e limites de especificação do<br />
produto final, além de entender as<br />
etapas e particularidades do processo<br />
produtivo. Este treinamento<br />
faz com que o técnico tenha uma<br />
visão global dos impactos que as<br />
variações operacionais vão impor ao<br />
produto final. Normalmente, analistas<br />
e operadores de processo trabalham<br />
muito próximos, e as variações<br />
do processo muitas vezes chegam<br />
ao conhecimento do analista antes<br />
da amostra. Neste caso, o analista<br />
recebe amostra com um grande conhecimento<br />
da história da mesma,<br />
o que faz com que sua percepção<br />
para possíveis problemas esteja<br />
mais aguçada. Desta forma, pode-<br />
-se ser utilizado o senso crítico do<br />
analista, que, além do tratamento<br />
estatístico dos resultados experimentais<br />
obtidos, poderá realizar<br />
uma crítica (conforme demonstra<br />
a Figura 2), avaliando se o valor<br />
encontrado está em acordo com a<br />
realidade momentânea operacional.<br />
Características humanas, como,<br />
Desde 1956 em 1° lugar na fabricação de amortecedores de impacto e vibração<br />
Base inercial em ardósia<br />
ou granito associada com<br />
amortecedores em molas.<br />
Neutraliza as vibrações<br />
externas provocadas por<br />
equipamentos ou trânsito<br />
de pessoas e veículos.<br />
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artigo 1<br />
Autores:<br />
- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />
- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
- Juscély Santos Carvalho 1<br />
18<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
atenção, intuição, sensibilidade<br />
e conhecimentos acumulados ao<br />
longo da experiência prática, são<br />
explorados, tornando o nível de detalhamento<br />
elevado, contemplando<br />
os mínimos efeitos necessários para<br />
o julgamento dos resultados adquiridos.<br />
Esta particularidade é mais um<br />
ponto a favor dos modelos off-line.<br />
Juntamente com a experiência da<br />
equipe de execução das análises,<br />
é imprescindível a atualização ou<br />
aquisição de equipamentos analíticos<br />
modernos. Os analistas devem<br />
ser capazes de operar equipamentos<br />
sofisticados, sensíveis e automatizados;<br />
capazes de realizar pequenas<br />
manutenções e calibrações;<br />
e com profundo conhecimento do<br />
processo, pontos de amostragem,<br />
produtos intermediários e finais,<br />
bem como seus limites de especificação.<br />
Assim, estarão aptos a lidar<br />
com todo perfil de análise da planta<br />
operacional.<br />
Em relação aos sistemas on-line,<br />
o laboratório está um passo à frente<br />
quando se trata de flexibilidade, precisão,<br />
exatidão e experimentação.<br />
Por serem determinações tradicionais,<br />
com métodos estabelecidos<br />
e menos derivados, os resultados<br />
emitidos por sistemas off-line possuem<br />
maior confiabilidade. A flexibilidade<br />
imposta pela intervenção<br />
humana gera a possibilidade de<br />
determinações com replicatas, que<br />
pode impactar em resultados com<br />
maior precisão e exatidão. Podemos<br />
citar como exemplo, uma amostra<br />
de efluente aquoso gerado por problemas<br />
operacionais não previstos,<br />
como um vazamento de determinado<br />
insumo. Um técnico experiente<br />
pode lançar mão de artifícios analíticos<br />
experimentais (extração, pré-<br />
-concentração, evaporação, etc.),<br />
adaptando ou criando um novo método,<br />
para verificar corretamente o<br />
teor do insumo no efluente e/ou a<br />
origem do vazamento.<br />
Neste instante, deve ser eviden-<br />
ciada a versatilidade e capacidade<br />
que os laboratórios têm de oferecer<br />
análises que não estavam previamente<br />
definidas em sua rotina, as<br />
chamadas análises extraordinárias<br />
(ou extras). As análises extras têm<br />
várias origens e motivos, sendo os<br />
mais comuns os seguintes:<br />
• Operação: diminuição no<br />
período de análise de alguma<br />
propriedade solicitada pelos<br />
operadores da planta, a fim de<br />
checar alguma alteração no processo<br />
ou eficácia de manobra<br />
anteriormente executada.<br />
• Comercial: auxiliar o desenvolvimento<br />
de novos produtos<br />
ou verificação solicitada por<br />
consumidor. Pode haver desenvolvimento<br />
de novos métodos<br />
de análise.<br />
• Engenharia: atender testes<br />
específicos, envolvendo<br />
mudanças operacionais, para<br />
otimizar o processo produtivo<br />
da planta. Pode haver desenvolvimento<br />
de novos métodos de<br />
análise.<br />
• Exploratória: investigação<br />
solicitada apara verificação de<br />
problema não identificado na<br />
área. Por ser desconhecido, por<br />
vezes, os profissionais do laboratório<br />
desenvolvem métodos e<br />
criticam os resultados obtidos,<br />
para auxiliar na investigação.<br />
• Pesquisa: tem por finalidade<br />
a ampliação ou geração<br />
de novos conhecimentos, através<br />
de procedimentos, orientados,<br />
planejados e sistemáticos.<br />
Assim, se determinada indústria<br />
deseja, por exemplo, introduzir<br />
uma nova matéria-prima<br />
em seu processo, é indicado<br />
a realização de experimentos<br />
controlados no laboratório, de<br />
modo a se testar as variáveis de<br />
processos que serão afetadas<br />
pela mudança. Para o sucesso<br />
desta empreitada, a troca de<br />
informações entre a engenharia<br />
e o laboratório deve ser a mais<br />
estreita possível.<br />
Não se pode deixar de mencionar<br />
que um laboratório perfeitamente<br />
projetado possui variáveis ambientais<br />
(temperatura, pressão, umidade,<br />
vibração, ruído, etc.) e ergonômicas<br />
(altura de bancadas, entrada<br />
de insumos, disposição de equipamentos<br />
e vidrarias, etc.) controladas,<br />
que favorecem a durabilidade<br />
e a confiabilidade dos sofisticados e<br />
sensíveis instrumentos laboratoriais.<br />
Por outro lado, existem análises<br />
que são realizadas apenas<br />
por laboratório e com métodos<br />
normatizados. A quantificação de<br />
contaminantes ou composição de<br />
matérias-primas, que precisam possuir<br />
parâmetros de controles dentro<br />
de faixas específicas para a correta<br />
operacionalidade dos processos, se<br />
enquadram nesta situação. A aquisição<br />
de matérias-primas para indústrias,<br />
geralmente, é precedida de<br />
negociação entre empresas, onde<br />
limites de especificação são debatidos<br />
e o preço unitário é estipulado,<br />
dentre outros fatores, em função<br />
destes limites. Contratos são assinados,<br />
contendo, além dos parâmetros<br />
de controle e suas respectivas faixas<br />
de especificação, os métodos analíticos<br />
que devem ser empregados<br />
por ambas às empresas (fornecedor<br />
e adquirente) para análise destas<br />
características. Por questão legal,<br />
na grande maioria das vezes, estes<br />
métodos são estabelecidos por<br />
organismos internacionais (ASTM,<br />
ISO, etc.) ou nacionais (ABNT) e são<br />
de bancada, off-line.<br />
No caso de produtos regulados<br />
pelo governo e comercializados no<br />
varejo (medicamentos, combustíveis,<br />
etc.), essa exigência de seguir<br />
métodos estabelecidos é prevista<br />
em legislação especifica, onde não<br />
há flexibilidade, e a empresa fornecedora<br />
fica obrigada a seguir estes<br />
métodos preconizados por lei.
Devido à exigência da gestão<br />
de controle e busca da excelência<br />
operacional, existe a necessidade,<br />
por parte dos laboratórios, da emissão<br />
dos laudos de análise. Esta é a<br />
forma correta e oficial que o laboratório<br />
comunica, para outros setores<br />
da empresa ou mesmo para outras<br />
empresas, os resultados analíticos<br />
de uma amostra.<br />
Um tema primordial, que deve<br />
ser verificado nas análises laboratoriais,<br />
é que, em caso de produto<br />
(final ou intermediário) fora da faixa<br />
de especificação, o tempo decorrido<br />
entre a coleta de amostra e a disponibilização<br />
do resultado ocorra em<br />
prazos suficientes curtos para que<br />
haja possibilidade de manobra operacional<br />
corretiva, gerando menor<br />
prejuízo (financeiro e/ou operacional)<br />
possível. A Figura 2 demonstra<br />
o ciclo analítico de uma determinada<br />
amostra industrial, onde deve-se<br />
indicar que os resultados conformes<br />
significam estabilidade do processo<br />
e que a rotina de análise deve manter-se<br />
no ciclo temporal estabelecido<br />
anteriormente. Contudo, laudos<br />
indicando amostras não conformes<br />
sugerem que o processo sofreu<br />
alguma alteração anterior à amostragem<br />
e que, após decisão do controle<br />
operacional, alguma alteração<br />
processual deve ser realizada para<br />
correção do problema. Nestes eventos,<br />
deve existir diminuição do ciclo<br />
temporal, com realização de análises<br />
extraordinárias em intervalo de<br />
tempo inferior ao preestabelecido<br />
para avaliar se mudança realizada<br />
surtiu os efeitos desejados.<br />
Se o laboratório, por exemplo,<br />
está situado próximo, digamos 100<br />
m, e no mesmo nível que o ponto<br />
de amostragem, não há apreensão<br />
com o transporte. Mas, se o ponto<br />
de amostragem está localizado há<br />
1.000 m de distância ou numa torre<br />
de 30 m de altura (sem elevador),<br />
o tempo decorrido entre a amostragem<br />
e a chegada da amostra<br />
ao laboratório é significativo e pode<br />
impactar no tempo da tomada de<br />
decisão. O pré-tratamento da amostra<br />
e a análise possuem tempo variável,<br />
dependendo basicamente da<br />
metodologia analítica escolhida. Por<br />
exemplo, na determinação de índice<br />
de fluidez de polietilenos, pelo método<br />
dos plastômeros, não há necessidade<br />
de nenhum pré-tratamento<br />
na amostra; a amostra do polímero<br />
é introduzida diretamente no equipamento<br />
e em aproximadamente<br />
10 min tem-se o resultado.<br />
Já a análise de determinação de<br />
resíduo catalítico em polietileno,<br />
pelo método de espectrofotometria<br />
UV/Vis a abertura é lenta, sendo<br />
necessário queimar lentamente,<br />
em cadinho de platina, o polietileno,<br />
fundir as cinzas residuais com sais<br />
inorgânicos (aproximadamente 800<br />
°C), dissolução com ácido, adicionar<br />
reagentes em ordem específica<br />
para impedir à ação de interferentes<br />
e desenvolver coloração, diluição<br />
Figura 2: Ciclo analítico de uma amostra na indústria.<br />
em balão volumétrico e, finalmente,<br />
a leitura da absorbância em comprimento<br />
de onda específico no<br />
espectrômetro UV/Vis. A abertura<br />
dura aproximadamente 3 h. Outras<br />
vezes, a abertura é inexistente, mas<br />
a análise é lenta, como ocorre em<br />
algumas analises cromatográficas,<br />
que podem durar 100 min.<br />
A própria emissão/entrega do<br />
laudo pode ser um problema, pois<br />
a emissão do resultado para operação<br />
pode sofrer atrasos e ser lenta,<br />
atrasando o conhecimento de um<br />
problema operacional e sua respectiva<br />
correção. Infelizmente, este tipo<br />
de situação é comum em ambientes<br />
industriais, levando os operadores<br />
de processo a reclamarem que não<br />
são proprietários dos dados analíticos,<br />
estando, por tanto, a mercê do<br />
laboratório.<br />
Não apenas este tipo de ruído<br />
na comunicação pode ser descrito.<br />
Existem situações em que o operador<br />
de processo percebe alguma<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
19
artigo 1<br />
Autores:<br />
- Dr. Vanjoaldo dos Reis Lopes Neto *1<br />
- Dr. Leonardo Sena Gomes Teixeira 2<br />
- Juscély Santos Carvalho 1<br />
20<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
flutuação em seu sistema produtivo,<br />
mas negligencia e não avisa ao laboratório.<br />
O analista recebe amostra<br />
e encontra um resultado que variou<br />
em relação ao anterior, mas dentro<br />
dos limites de especificação. Assim,<br />
o analista não sabe da importância<br />
desta análise, retarda a emissão<br />
deste laudo, pois vai executar outra<br />
análise. Quando o resultado chega<br />
às mãos do processo, atrasado, o<br />
parâmetro pode estar fora de especificação.<br />
Deste modo, fica evidente<br />
que a falta de comunicação gera<br />
conflito de prioridades.<br />
Para minimizar estes problemas,<br />
empresas investem grande soma<br />
em sistemas de comunicação interligados,<br />
onde o analista preenche,<br />
em seu computador, laudos<br />
de análises virtuais na medida em<br />
que cada resultado é obtido; o operador<br />
de processo, da tela do seu<br />
computador, acompanha este preenchimento<br />
em tempo real. Deste<br />
modo, se uma amostra requer três<br />
determinações, com durações aproximadas<br />
de 30, <strong>90</strong> e 300 min, o<br />
analista, que normalmente executa<br />
as três análises simultaneamente,<br />
pode emitir o resultado da análise<br />
mais rápida para operação, enquanto<br />
executa as demais análises. Logicamente,<br />
estes sistemas são caros,<br />
aumentando o custo administrativo<br />
do laboratório.<br />
A qualidade dos recursos humanos<br />
é, indiscutivelmente, uma das<br />
principais causas de sucesso ou<br />
fracasso dos laboratórios industriais.<br />
E esta importância aumenta significativamente<br />
com a complexidade<br />
dos equipamentos e/ou dos métodos<br />
analíticos disponíveis nestes ambientes.<br />
A expertise e a qualificação da<br />
mão de obra são necessárias para<br />
o desenvolvimento e validação de<br />
métodos, manutenções corretivas e<br />
preventivas, crítica dos dados obtidos<br />
e execução das rotinas laboratoriais.<br />
Equipamentos como cromatógrafos<br />
(líquidos ou à gás) de alta<br />
performance, espectrômetros de<br />
massas, espectrofotômetro de<br />
absorção atômica, fluorescência<br />
de raios-X, etc., possuem alto<br />
grau de instrumentação, automação<br />
e robótica, são operados<br />
com softwares específicos<br />
e, consequentemente, possuem<br />
preço elevado.<br />
Portanto, o técnico que irá<br />
operar tais equipamentos deve<br />
ter capacitação multidisciplinar,<br />
conhecimento prático e, como<br />
ocorre na maioria das vezes, ter<br />
realizado treinamentos (inicial<br />
de aperfeiçoamento) com o fabricante<br />
do aparelho. Encontrar<br />
por profissionais com tal gabarito<br />
não é tarefa fácil para as empresas,<br />
pois as concorrentes não os<br />
dispensam facilmente, e muitas<br />
optam por formar estes técnicos<br />
em suas próprias instalações.<br />
Deste modo, a busca por altas<br />
produtividade e qualidade não<br />
está apenas ligada à equipamentos<br />
analíticos modernos e caros,<br />
mas também ao investimento que<br />
a empresa disponibiliza (seja em<br />
salários ou em cursos de aperfeiçoamento)<br />
nos operadores destes<br />
sistemas e o tempo de permanência<br />
destes funcionários em<br />
suas dependências.<br />
Com métodos intricados, com<br />
várias etapas e alto grau de intervenção<br />
humana, executados<br />
com equipamentos simples ou<br />
complexos, também requerem<br />
técnicos experientes e com alta<br />
qualificação, merecendo a mesma<br />
análise realizada acima.<br />
3. Conclusão<br />
Na maioria das vezes, os sistemas<br />
off-line são responsáveis por<br />
testes nas matérias-primas, acompanhamento<br />
de operações unitárias<br />
onde o intervalo de tempo entre a<br />
amostragem e a emissão de laudo<br />
não cause risco operacional, e do<br />
produto final.<br />
A atuação de profissionais<br />
qualificados, capacitados e com<br />
grande conhecimento do processo<br />
operacional da planta, aliado a<br />
um parque analítico com equipamentos<br />
sofisticados, garantem aos<br />
laboratórios desempenho eficiente<br />
do controle de qualidade.<br />
Os laboratórios de análises não<br />
devem ser encarados como apêndice<br />
do processo produtivo, mas<br />
como parte integrante deste. Assim,<br />
a comunicação com a operação<br />
deve fluir da melhor maneira<br />
possível, com disponibilização de<br />
dados úteis, alertas sobre normalidade,<br />
alterações ou manobras<br />
operacionais. Deste modo, de<br />
posse dos resultados analíticos,<br />
ambos podem dialogar e buscar<br />
o correto entendimento das variações<br />
operacionais.<br />
4. Bibliografia<br />
- MIZAIKOFF, B., MAHONY, J.O., NOLAN,<br />
K, e SMITH, M.R., Molecularly imprinted<br />
polymers-potential and challenges in<br />
analytical chemistry, <strong>Analytica</strong> Chimica<br />
Acta, 534, página 31, 2005.<br />
- OLIVEIRA, W. A., A química analítica de<br />
processos industriais, Química Nova, 14<br />
(4), página 279, 1991.<br />
- TREVISAN, M. G. e POPPI, R. J., Química<br />
analítica de processos, Química Nova, 29<br />
(4), página1.065, 2006.<br />
- VALCÁRCEL, M., Principles of analytical<br />
chemistry, Springer-Verlag, página<br />
5, 2000.<br />
Agradecimentos<br />
- Faculdade Regional da Bahia –<br />
UNIRB, financiadora deste trabalho;<br />
- UNIB/Braskem (Camaçari/BA) e Petrobrás<br />
Biocombustíveis (Candeias/BA), pelas<br />
visitas à suas Instalações;<br />
- Márcio Borges, pelas valiosas informações<br />
práticas sobre laboratórios industriais.
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
21
artigo 2<br />
22<br />
Desenvolvimento e validação de<br />
metodologia para quantificação<br />
de quinina em extrato de quina<br />
vermelha (Cinchona officinalis l.)<br />
Pelo método de CLAE<br />
Imagem ilustrativa<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Resumo<br />
As quinas são conhecidas há séculos<br />
por diversos povos pelo seu<br />
uso medicinal. Entretanto, sua ingestão<br />
em doses excessivas pode<br />
causar o cinchonismo, que é a intoxicação<br />
devido a presença de quinina<br />
na planta. O presente estudo objetiva<br />
validar um método de quantificação<br />
da quinina em extratos hidroalcoólicos<br />
de Quina vermelha (Cinchona<br />
officinalis), levando-se em consideração<br />
os parâmetros de validação<br />
da resolução nº 899 da Agência Nacional<br />
de Vigilância Sanitária (ANVI-<br />
SA), utilizando-se para a separação<br />
cromatográfica uma coluna Superspher®,<br />
RP-18, (4,6 x 150 mm, 5<br />
mm; AgilentTM); fase móvel gradiente<br />
composta por tampão fosfato monopotássico<br />
0,05M em água pH =<br />
3,0 e Acetonitrila com fluxo de 1 mL/<br />
min e detector DAD (arranjo de fotodiodos)<br />
ajustado em comprimento<br />
de onda ʎ = 254 nm (split bandwidth<br />
= 4 nm; DAD off = 32 minutos). O<br />
volume de injeção foi de 5 μL.<br />
Palavras-chave: Quinina, Extrato,<br />
Quantificação, Quina vermelha, Cromatografia<br />
líquida de alta eficiência.<br />
Abstract<br />
Cinchonas are known for<br />
centuries by many people for its<br />
medicinal use. However, their<br />
intake in excessive doses can<br />
cause cinchonism, which is an<br />
intoxication due to the presence of<br />
quinine in the plant. This study aims<br />
to validate a quinine quantification<br />
method in quinine bark (Cinchona<br />
officinalis) hydroalcoholic extracts,<br />
taking into account the Resolution<br />
No. 899 validation parameters<br />
by National Health Surveillance<br />
Agency (ANVISA), using for the<br />
chromatographic separation a<br />
Superspher® RP-18 column (4.6<br />
x 150 mm, 5 mm; AgilentTM);<br />
gradient mobile phase composed<br />
of 0.05M potassium dihydrogen<br />
phosphate buffer at pH = 3.0 in<br />
water and acetonitrile with a flow<br />
of 1 mL/min with DAD (diode array<br />
detector), set wavelength ʎ = 254<br />
nm (split bandwidth = 4 nm; DAD<br />
off = 32 minutes). The injection<br />
volume was 5 uL.<br />
Keywords: Quinine, Extract,<br />
Quantification, Quinine bark, High<br />
performance liquid chromatography.<br />
Autores:<br />
Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />
Thiago Henrique Döring 1<br />
Vanderlei Wessler 1<br />
Monique Carniel Beltrami 1<br />
1. Introdução<br />
Tradicionalmente utilizadas nos<br />
Andes para o tratamento de febres,<br />
cascas de algumas espécies de<br />
plantas chamadas popularmente<br />
por Quina são conhecidas há séculos<br />
por possuírem propriedades<br />
terapêuticas. Quando introduzidas<br />
na Europa por missionários, em<br />
meados do século 17, foram vastamente<br />
utilizadas como tratamento<br />
antimalárico. As Quinas são compostas<br />
por diferentes espécies de<br />
plantas, sendo os principais gêneros<br />
Cinchona ou Remijia (3, 9, 23,<br />
25, 26).<br />
Muitos compostos já foram identificados<br />
nos cascos das Quinas<br />
mais estudadas, como compostos<br />
fenólicos, ácidos orgânicos e saponosídeos.<br />
Entre estes, destaca-se<br />
o grupo dos compostos alcaloides<br />
quinolínicos, principalmente quinina,<br />
quinidina, cinchonina e cinchonidina<br />
(12, 14,).<br />
As cascas secas da árvore<br />
Cinchona contêm aproximadamente<br />
de 4 a 12% de alcaloides,<br />
principalmente diastereoisômeros<br />
quinina/quinidina e cinchonina/cinchonidina.<br />
A Quinina é o composto<br />
majoritário e equivale a aproximadamente<br />
80% do total de alcaloides<br />
presentes nas cascas. É um<br />
potente veneno protoplasmático<br />
que atua praticamente em qualquer<br />
célula. Entretanto, é utilizada<br />
na medicina como antimalárico e<br />
também para o alívio de câimbras<br />
musculares noturnas. Pode ser encontrada<br />
em alguns refrigerantes,<br />
como por exemplo, água tônica,<br />
que pode conter mais de 80 µg/
mL, o que é responsável pelo sabor<br />
amargo (6, 11, 17, 20).<br />
A maior parte da quinidina absorvida<br />
é metabolizada pelo fígado, no<br />
entanto, 13% a 27% é excretado<br />
na forma intacta pelos rins. Muitos<br />
metabólitos da quinidina já foram<br />
identificados, tais como 3-hidroxiquinidina,<br />
2-oxoquinidinona, quinidina-N-oxido,<br />
quinidina-10,11-<br />
-dihidrodiol e O-desmetilquinidina,<br />
que quando estudados isoladamente<br />
ou em combinação com a<br />
quinidina apresentaram atividade<br />
antiarrítmica (15, 16, 18).<br />
Em termos toxicológicos, o consumo<br />
da quinina deve ser evitado<br />
por mulheres grávidas, indivíduos<br />
com quadro de insuficiência hepática<br />
e, principalmente, crianças.<br />
Com o consumo de quinina em doses<br />
excessivas, pode-se observar<br />
intoxicação e um quadro reversível<br />
chamado cinchonismo (4, 24).<br />
O cinchonismo é uma síndrome<br />
causada por envenenamento<br />
agudo e é comumente observada<br />
após tentativas de abortos, suicídios<br />
ou envenenamento acidental<br />
em crianças. A perda da visão é<br />
um dos mais importantes efeitos<br />
colaterais reportados na literatura,<br />
mas o local onde ocorre o efeito<br />
tóxico na retina e a gestão para o<br />
seu tratamento continua sendo discutido<br />
(1).<br />
Tendo em vista todos os riscos e<br />
aspectos toxicológicos da quinina,<br />
o estudo tem como objetivo o desenvolvimento<br />
e validação de uma<br />
metodologia para a quantificação<br />
de quinina em extratos hidroalcoólicos<br />
de Quina vermelha (Cinchona<br />
officinalis).<br />
2. Materiais e Métodos<br />
2.1. Reagentes<br />
Utilizou-se acetonitrilo com pureza<br />
superior a 99,98% (J.T.Baker®),<br />
água ultrapura (sistema de purificação<br />
Synergy®), fosfato de potássio<br />
com pureza superior a 99,9% (<br />
Merck®) e ácido fosfórico, com<br />
teor superior a 85% (Quemis®).<br />
Como padrões de referência, foram<br />
utilizadas quinina 98,6% (Sigma-<br />
-aldrich®) e quinidina a 91,3%<br />
(Sigma-aldrich®).<br />
2.2. Instrumentação<br />
O sistema integrado de cromatografia<br />
líquida de alta eficiência<br />
Merck Hitachi Chromaster® é<br />
composto por um detector DAD<br />
5430 VWR®, um injetor automático<br />
VWR® Hitachi 5210 Chromaster,<br />
um forno VWR® Hitachi 5310<br />
Chromaster e uma bomba quaternária<br />
VWR® Hitachi Chromaster<br />
5110. As fases móveis foram desgaseificadas<br />
no degasser Branson<br />
3510 e o ajuste do pH foi efetuado<br />
com pHmetro Mettler Toledo MP<br />
220 (7,8, 27).<br />
2.3. Preparo das amostras<br />
Para o preparo das amostras de<br />
extrato hidroalcoólico de Cinchona<br />
officinalis pesou-se 1 g do extrato<br />
em balão volumétrico de 5 mL e<br />
completou-se o volume com acetonitrilo,<br />
obtendo-se uma solução<br />
de proporção 1:5, de extrato e acetonitrilo,<br />
respectivamente. Após a<br />
amostra diluída, filtrou-se em filtro<br />
CHROMAFIL® Xtra, PET – 20/25<br />
0,20 µm diretamente dentro de um<br />
Tempo<br />
(min)<br />
0<br />
10<br />
15<br />
20<br />
22<br />
25<br />
26<br />
27<br />
31<br />
32<br />
35<br />
36<br />
40<br />
KH2PO4 0,05 M (pH=3,0) (%)<br />
96<br />
<strong>90</strong><br />
<strong>90</strong><br />
88<br />
87<br />
87<br />
87<br />
96<br />
96<br />
40<br />
40<br />
96<br />
96<br />
vial e, posteriormente, injetou-se no<br />
equipamento (17,21).<br />
2.4. Preparo dos padrões<br />
Para o preparo dos padrões,<br />
inicialmente pesou-se 10 mg do<br />
padrão de quinina em balão volumétrico<br />
de 100 mL. Em seguida,<br />
adicionou-se aproximadamente 2<br />
mL de acetonitrilo e levou-se ao<br />
ultrassom por 10 minutos. Após<br />
dissolvido, completou-se o volume<br />
do balão com acetonitrilo, obtendo<br />
uma solução estoque de 1mg/mL.<br />
A partir desta solução foi preparada<br />
uma solução mãe de 100 µg/mL e,<br />
a partir dessa, foram feitas diluições<br />
nas concentrações de 5, 10,<br />
20, 30 e 50 µg/mL para a construção<br />
da curva de calibração.<br />
2.5. Condições cromatográficas<br />
Utilizou-se uma Coluna Superspher®,<br />
RP-18, (4,6 x 150 mm, 5<br />
mm; AgilentTM); fase móvel composta<br />
por tampão fosfato monopotássico<br />
0,05M em água pH = 3,0<br />
e acetonitrila com fluxo de 1 mL/<br />
min com detector DAD (arranjo de<br />
fotodiodos) ajustado em comprimento<br />
de onda ʎ = 254 nm (split<br />
bandwidth = 4 nm; DAD off = 32<br />
minutos). O volume de injeção foi<br />
de 5 µL (17, 7, 8).<br />
2.6. Parâmetros de validação<br />
A validação seguiu os protocolos<br />
segundo a RE nº 899 para garantir<br />
ACN (%)<br />
4<br />
10<br />
10<br />
12<br />
13<br />
13<br />
13<br />
4<br />
4<br />
60<br />
60<br />
4<br />
4<br />
Tabela 1. Gradiente do método<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
23
artigo 2<br />
Autores:<br />
Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />
Thiago Henrique Döring 1<br />
Vanderlei Wessler 1<br />
Monique Carniel Beltrami 1<br />
24<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
que o método atenda às exigências<br />
das aplicações analíticas, assegurando<br />
a confiabilidade dos resultados<br />
(2). O método foi validado<br />
seguindo os parâmetros de especificidade/seletividade,<br />
linearidade e<br />
faixa de aplicação, precisão, limite<br />
de detecção, limite de quantificação<br />
e exatidão adequados à análise<br />
da quinina (19).<br />
2.6.1. Especificidade/<br />
seletividade<br />
A especificidade do método foi<br />
confirmada através da obtenção de<br />
resultados positivos em amostras<br />
contendo o padrão quinina, comparadas<br />
a resultados negativos obtidos<br />
em amostras que não contêm<br />
o padrão (branco). Também foi utilizado<br />
o teste de pureza de pico com<br />
auxílio de detector de fotodiodos,<br />
com a finalidade de demonstrar<br />
que o pico cromatográfico é atribuído<br />
somente à quinina (12, 13).<br />
2.6.2. Linearidade e faixa de<br />
aplicação<br />
Para verificar a linearidade foi<br />
construída a curva de calibração<br />
com o padrão do composto quinina,<br />
obtidas a partir de uma solução<br />
mãe de 100 µg/mL (Tabela 2)<br />
(12,13).<br />
As injeções foram realizadas em<br />
triplicata e a construção da curva<br />
de calibração foi realizada através<br />
do software EZChrom Elite® Versão<br />
3,3,2.SP2 (Build 1037), através<br />
da relação da média aritmética<br />
das áreas obtidas para cada ponto<br />
e suas respectivas concentrações.<br />
2.6.3. Precisão<br />
A precisão foi determinada através<br />
do método de repetibilidade.<br />
Foram realizadas três determinações<br />
de 3 soluções contendo 5 µg/<br />
mL, 50 µg/mL e 100 µg/mL do padrão<br />
quinina, contemplando, desta<br />
forma, três níveis de concentração,<br />
baixa, média e alta.<br />
A precisão foi expressa como<br />
coeficiente de variação (CV%)<br />
ou desvio padrão relativo (DPR),<br />
Solução Volume solução Volume total Concentração de<br />
padrão mãe (mL) (mL) quinina (µg/mL)<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
10<br />
5<br />
3<br />
2<br />
1<br />
1<br />
10<br />
10<br />
10<br />
10<br />
10<br />
20<br />
100<br />
50<br />
30<br />
20<br />
10<br />
5<br />
Tabela 2. Curva de calibração.<br />
abrangendo valores menores que<br />
5% (17).<br />
2.6.4. Limite de detecção (LD)<br />
e quantificação (LQ)<br />
Os limites de detecção e quantificação<br />
foram obtidos através<br />
do método da relação sinal-ruído.<br />
Partiu-se de diluições sucessivas<br />
de soluções de concentração conhecidas<br />
contendo 100 μg/mL de<br />
quinina, obtendo-se soluções de<br />
baixa concentração, e estas foram<br />
injetadas até que a relação sinal-<br />
-ruído fosse de 3:1 para LD e 10:1<br />
para LQ (5, 22).<br />
2.6.5. Exatidão<br />
Para a quinina utilizou-se soluções<br />
padrão com concentração de 5, 50 e<br />
100 μg/mL. A partir destas soluções,<br />
foi realizada a injeção e verificada a<br />
porcentagem de recuperação, concentração<br />
prática em relação a concentração<br />
teórica (12, 13).<br />
3. Resultados e<br />
discussões<br />
3.1. Resolução<br />
Cromatográfica<br />
O gradiente (tabela 1) foi ajustado<br />
conforme melhorias de tempo<br />
de corrida, resolução e tempo de<br />
retenção do padrão, conforme se<br />
apresentam as figuras 1 e 2.<br />
3.2. Análise qualitativa<br />
Com a metodologia adequada<br />
para a análise, foi injetada uma<br />
solução do padrão de quinina 100<br />
µg/mL, cujo perfil de absorção no<br />
ultra-violeta (UV) encontra-se apresentado<br />
na figura 3. O lambda de<br />
absorção máxima encontrado<br />
para o composto com melhor<br />
Figura 1.Cromatograma do extrato de Chinchona officinalis (1:5).
3.3. Validação analítica<br />
A validação analítica para a quinina<br />
foi realizada conforme descrito<br />
no item 2.6 (21).<br />
Figura 2.Cromatograma do padrão de quinina ( Concentração: 100 µg/mL<br />
3.3.1. Especificidade/<br />
Seletividade<br />
A especificidade foi confirmada<br />
através da comparação dos cromatogramas<br />
do padrão, amostra<br />
e branco. Conforme observado na<br />
figura o método apresenta boa especificidade,<br />
visto que não há eluição<br />
de outro composto junto com<br />
a quinina.<br />
Utilizando-se o detector com arranjo<br />
de fotodiodos, foi possível observar<br />
a pureza do pico do padrão<br />
de quinina, através da análise do<br />
perfil de absorção no UV.<br />
resolução cromatográfica foi de<br />
254nm, e então o mesmo foi<br />
comparado ao extrato de Quina<br />
vermelha, cujo tempo de retenção<br />
e perfil de absorção no ultravioleta<br />
permitiram a identificação<br />
da quinina nos extratos hidroalcoólicos<br />
da planta (17, 21).<br />
Com os cromatogramas obtidos<br />
a partir do extrato de Cinchona officinalis,<br />
foi possível a identificação<br />
Figura 3. Perfil de absorção da quinina no UV.<br />
Figura 4. Comparação do cromatograma da amostra e do cromatograma do branco.<br />
da quinina nos extratos através do<br />
perfil de absorção no ultravioleta,<br />
com tempo de retenção de 26,30<br />
± 0,5 minutos, sem eluição de<br />
outros compostos com mesmo RT.<br />
Para verificar se não houve coeluição<br />
do isômero quinidina, foi injetado<br />
um padrão do mesmo, o qual<br />
teve um tempo de retenção diferente<br />
da quinina, garantindo assim<br />
que o pico é somente da quinina.<br />
3.3.2. Linearidade e faixa de<br />
aplicação<br />
A linearidade do método foi verificada<br />
através da curva de calibração<br />
demostrada na figura 5.<br />
A curva de calibração foi obtida<br />
através da regressão linear, originando<br />
a equação da reta, que pode<br />
ser representada por:<br />
y=65457,8x-124662<br />
A equação apresentou um bom<br />
coeficiente de determinação, r2=<br />
0,999124, e coeficiente de correlação,<br />
r= 0,999561, acima do valor<br />
mínimo determinado pela ANVISA<br />
que é r= 0,99 (2), portanto, pode-<br />
-se dizer que o método apresenta<br />
boa linearidade e que os resultados<br />
para a quantificação são diretamente<br />
proporcionais à concentração<br />
do analito dentro da faixa de<br />
aplicação, de 5 a 100 µg/mL (10)<br />
3.3.3. Precisão<br />
Para precisão, foi realizada a<br />
análise de três soluções em triplicata<br />
em três níveis diferentes, baixo,<br />
médio e alto, 5, 50 e 100 mg/L<br />
do padrão de quinina, contemplando<br />
um total de nove injeções.<br />
A análise foi avaliada através do<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
25
artigo 2<br />
desvio padrão (s) e coeficiente de<br />
variação (CV).<br />
. Através da análise dos resultados,<br />
pode-se afirmar que os valores<br />
de coeficientes de variação<br />
estão abaixo de 1%, sendo que o<br />
limite para ensaios laboratoriais estabelecidos<br />
na resolução nº 899 é<br />
um coeficiente de variação de até<br />
5% (2).<br />
3.3.4. Limites de quantificação<br />
(LQ) e de detecção (LD)<br />
Os limites de detecção e de<br />
quantificação foram determinados<br />
através do método de relação sinal/<br />
ruído, e os valores encontrados foram<br />
de 0,3 µg/mL para o limite de<br />
detecção e 1 µg/mL para o limite<br />
de quantificação (2, 10).<br />
3.3.5. Exatidão<br />
A análise de exatidão do método<br />
foi realizada através do ensaio<br />
de recuperação, conforme descrito<br />
no item 2.6.5. Os resultados estão<br />
apresentados na tabela 4.<br />
A média dos valores encontrados<br />
para a recuperação da quinina foi<br />
de 108,43 ± 2,83 %, com valores<br />
de desvio padrão e coeficiente de<br />
variação baixos.<br />
Analisando o ensaio de recuperação<br />
da quinina, pode-se observar<br />
que o método está de acordo com<br />
os limites estabelecidos (80-120%)<br />
na resolução ANVISA nº 899 de novembro<br />
de 2003 (2).<br />
Autores:<br />
Giovanni Fernando France dos Santos 1<br />
Thiago Henrique Döring 1<br />
Vanderlei Wessler 1<br />
Monique Carniel Beltrami 1<br />
Figura 5. Curva de calibração da quinina.<br />
26<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
4. Considerações finais<br />
O desenvolvimento do método<br />
apresentou uma boa resolução cromatográfica<br />
com picos simétricos e<br />
sem caudas, capaz de quantificar<br />
a quinina.<br />
A metodologia analítica apresentou-se<br />
específica, linear com coeficientes<br />
de correlação superiores a<br />
0,99; precisa (CV < 5%), sensível<br />
(com limite de detecção de 0,3 μg/<br />
mL e de quantificação de 1 μg/mL<br />
para a quinina) e exata (com média<br />
Concentração teórica<br />
padrão (mg/mL)<br />
Tabela 3. Repetibilidade do padrão de quinina, ensaio de<br />
precisão em três níveis.<br />
Concentração da média<br />
recuperada ± desvio padrão<br />
(mg/mL)<br />
Recuperação (%)<br />
4,5 4,86 ± 0,15 108,08<br />
45 47,33 ± 0,12 105,18<br />
<strong>90</strong> 99,77 ± 0,67 110,85<br />
Média ± (s) 108,43 ± 2,83<br />
Tabela 4. Ensaio de recuperação do padrão de quinina.
de recuperação de 108,43%).<br />
Estes valores permitem que a<br />
metodologia possa ser introduzida,<br />
por exemplo, no controle de qualidade,<br />
sendo aplicada a análise de<br />
extratos hidroalcoólicos de Cinchona<br />
officinalis para a quantificação<br />
de quinina nos mesmos.<br />
De acordo com a literatura (5,<br />
22), os valores encontrados para<br />
os parâmetros de validação para<br />
este método estão adequados,<br />
tornando essa metodologia validada<br />
para a quantificação de quinina<br />
em extrato hidroalcoólico de Cinchona<br />
officinalis.<br />
A cromatografia líquida de alta<br />
eficiência tem um amplo espectro<br />
de utilidades, sendo uma ferramenta<br />
fundamental para a quantificação<br />
de compostos que se encontram<br />
em concentrações muito<br />
baixas, sendo assim essa ferramenta<br />
necessária para a quantificação<br />
de componentes restritivos,<br />
que possuem como limites concentrações<br />
geralmente abaixo de<br />
100 mg/Kg.<br />
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on herbaceous taxa. Washington, DC: Conservation<br />
International xxiii, 895 p.-illus..<br />
ISBN, v. 1881173011, 1993.<br />
15. HOSTETTMANN, Kurt; QUEIROZ,<br />
Emerson F.; VIEIRA, Paulo C.Princípios ativos<br />
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Química Nova, v. 27, p. 771-780, 2004.<br />
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2, p. 20-25, 2008.<br />
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Botânico, 1974.<br />
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medicinais. Yunes RA, Cechinel Filho V.<br />
Química de produtos naturais, novos fármacos<br />
e a moderna farmacognosia, v. 2, p.<br />
163-187, 2009.<br />
Endereço para correspondência:<br />
Laboratório de Cromatografia<br />
Departamento de Controle<br />
de Qualidade – CPA<br />
Duas Rodas Industrial<br />
Rua Rodolfo Hufenussler, 755<br />
Jaraguá do Sul – SC<br />
CEP 89251-<strong>90</strong>1.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
27
Matéria de Capa<br />
Mais precisão para menores quantidades<br />
de amostra<br />
28<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Os processos de pesagem nos laboratórios,<br />
sejam eles na indústria<br />
farmacêuticas ou nos centros de<br />
pesquisa pelo mundo todo parecem<br />
semelhantes a primeira vista.<br />
Além dos aspectos que envolvem<br />
especificações restritas nos aspectos<br />
metrológicos, a preparação<br />
e execução de um procedimento<br />
de pesagem, de acordo com as<br />
normas regulamentares relevantes,<br />
é um fator que adquire cada<br />
vez mais importância. Um aspecto<br />
fundamental é que cada profissional<br />
tem seu próprio método para<br />
preparação de amostras, seleção e<br />
colocação destas em um recipiente<br />
de pesagem. Por este motivo, uma<br />
balança de laboratório deve se<br />
adaptar a um processo inteiro. Mas<br />
será que isto é realmente possível?<br />
Em primeiro lugar temos que<br />
considerar que os requisitos de<br />
alta precisão em testes analíticos e<br />
análises quantitativas na indústria<br />
farmacêutica tornam o uso de balanças<br />
de alta resolução indispensável.<br />
A conformidade com a FDA<br />
é possível apenas com balanças<br />
de laboratório que atendem aos<br />
requisitos mínimos de precisão da<br />
Farmacopeia Americana. Portanto,<br />
microbalanças ou mesmo ultra-<br />
-microbalanças são necessárias<br />
para pesar amostras menores que<br />
10 mg. Além disso, as substâncias<br />
a serem analisadas geralmente<br />
estão disponíveis apenas em<br />
quantidades muito pequenas por<br />
conta de seu alto valor. Em outros<br />
casos, elas podem ser potencialmente<br />
perigosas, o que leva aos<br />
usuários trabalharem apenas com<br />
quantidades mínimas para sua<br />
própria proteção.<br />
Imaginar como isso realmente<br />
ocorre no dia-a-dia de um laboratório<br />
profissional onde dezenas ou<br />
centenas de pesagens têm que ser<br />
realizadas antes de se chegar a um<br />
resultado confiável e reprodutível. A<br />
situação ideal num laboratório seria:<br />
o usuário precisa preparar materiais<br />
de referência para o seu método<br />
analítico altamente sensível.<br />
Para isso, simplesmente inicia-se a<br />
aplicação 'Preparação Padrão' no<br />
visor da sua balança de laboratório<br />
e toda pesagem necessária para a<br />
preparação da amostra é realizada<br />
via aplicativos previamente instalados<br />
no software da balança. Parece<br />
fácil demais para ser verdade?<br />
Ou acredita-se que isso é somente<br />
possível nos filmes de ficção?<br />
Então saiba mais sobre as novidades<br />
na área de tecnologia oferecida<br />
pela Sartorius através de seu escritório<br />
no Brasil. A empresa, que tem<br />
como lema “Transformando a ciência<br />
em soluções”, desenvolveu uma<br />
família de balanças que se adaptam<br />
totalmente aos processos mais sensíveis<br />
e regulados e já está sendo<br />
utilizada nos laboratórios mais exigentes<br />
em todo o mundo.
Sartorius Cubis ®<br />
A família de micro- e ultra-microbalança<br />
Cubis® é a primeira<br />
série de balanças de laboratório a<br />
apresentar um design completamente<br />
modular. A Cubis® permite<br />
combinar sua escolha de unidades<br />
de controle e exibição, módulo de<br />
pesagem, módulo de interface de<br />
dados e muito mais. Ela pode ser<br />
integrada a fluxos de trabalho específicos,<br />
bem como adaptar-se<br />
aos recipientes de pesagem e às<br />
condições do local de trabalho do<br />
usuário, graças ao uso de acessórios<br />
e extensões mecânicas. O<br />
usuário pode escolher entre milhares<br />
de opções para configurar<br />
a balança de acordo com suas<br />
necessidades individuais e obter a<br />
solução ideal para integração em<br />
qualquer processo de pesquisa no<br />
laboratório ou indústria.<br />
A tecnologia utilizada permite<br />
que todas as informações, desde<br />
o composto, o solvente e as<br />
quantidades corretas de cada um,<br />
possam ser gravados a partir da<br />
informação já registrada no App<br />
“Biblioteca”. Ao apertar a tecla, a<br />
balança imediatamente pede que<br />
você especifique o seu fluxo de<br />
trabalho ou Procedimento Operacional<br />
Padrão (POP). O passo-a-<br />
-passo confirma o peso alvo a ser<br />
preparado, a pureza do composto<br />
e a quantidade de referência que<br />
você precisa para pesar. Caso<br />
necessário, o aplicativo irá simplesmente<br />
recalcular o volume de<br />
solvente que tem de ser adicionado<br />
para satisfazer a concentração alvo<br />
e mais: correções de temperatura e<br />
densidade do solvente também são<br />
calculadas automaticamente. Tudo<br />
com a maior precisão possível para<br />
que você tenha 100% de certeza<br />
que o padrão de referência atende<br />
exatamente à concentrações alvo<br />
desejadas. E tudo isso, sem a influência<br />
de uma técnica analítica. Sua<br />
limpeza fácil e rápida ajuda a evitar<br />
a contaminação cruzada, o que<br />
é especialmente importante em<br />
processos onde se trabalha com<br />
quantidades mínimas de amostras<br />
de alto risco. Após a limpeza, a balança<br />
está pronta para ser usada<br />
novamente com mais rapidez.<br />
Tudo em um só lugar:<br />
Com seus acessórios opcionais,<br />
a família Cubis® oferece a possibilidade<br />
de complementos de<br />
aplicações totalmente personalizadas,<br />
o que permite um trabalho<br />
mais rápido e mais eficaz<br />
e melhora a confiabilidade do<br />
processo. Transformar a balança<br />
de laboratório Cubis® em uma<br />
Cubis® individual pela integração<br />
de aplicativos específicos Q-Apps<br />
é muito fácil. Os Q-apps são programas<br />
aplicativos disponíveis<br />
para download que orientam o<br />
usuário passo a passo através de<br />
uma sequência de fluxo de trabalho<br />
específica. Eles garantem que<br />
os procedimentos descritos nos<br />
processos padrão de operação<br />
correspondentes sejam observados<br />
a todo momento. Isso torna<br />
os Q-Apps uma alternativa atraente<br />
para a implementação de<br />
supervisório externo.<br />
Para garantir a praticidade, o<br />
conceito Q-Guide fácil de operar<br />
da Cubis® elimina a necessidade<br />
dos usuários realizarem etapas do<br />
processo que consomem tempo.<br />
O Q-Guide foi projetado para que<br />
considere apenas o que é necessário<br />
para realizar as tarefas exclusivas<br />
de cada indústria. Uma<br />
vez que você configure uma tarefa<br />
na memória da balança, o Q-Guide<br />
leva você interativamente através<br />
das configurações e mostra apenas<br />
as informações relevantes. E<br />
o melhor: o sistema de proteção<br />
contra violação garante que os dados<br />
na memória sejam alterados<br />
somente por pessoal autorizado.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
29
Matéria de Capa<br />
Comunicação pela Web<br />
A família Cubis® apresenta como<br />
opção uma plataforma de comunicação<br />
de Serviços via Web. Esta tecnologia<br />
de comunicação padronizada<br />
permite que sistemas de software<br />
externos, como LIMS, ELN, etc. exibam<br />
e usem informação, campos<br />
de entrada, menus ou operações<br />
complexas na tela de toque da<br />
balança. A transferência de dados<br />
bidirecional é permitida sem software<br />
complicado. Isso elimina a<br />
necessidade de instalar computadores,<br />
laptops ou terminais próximos<br />
da sua balança.<br />
Protocolos de Comunicação<br />
30<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A série Cubis® é equipada para<br />
suportar os protocolos de comunicação<br />
ASCII e SICS, o que permite,<br />
portanto, ter a balança se comunicando<br />
com software de outros<br />
fabricantes. Além disso, quando<br />
usada com a unidade de controle e<br />
exibição MSA, ela também pode opcionalmente<br />
comunicar-se por XML.<br />
As ultra-microbalanças e micro<br />
balanças Cubis® oferecem a você<br />
os níveis mais altos de segurança,<br />
confiabilidade de resultados de<br />
pesagem e conformidade com as<br />
normas requeridas. Com seu pacote<br />
integrado de Conformidade Farmacêutica<br />
Avançada (APC), a Cubis®<br />
oferece o melhor suporte para garantir<br />
resultados qualificados. O<br />
pacote APC apresenta uma ampla<br />
gama de funções que garantem o<br />
perfeito monitoramento de balanças<br />
e processos e garantem a compatibilidade<br />
e rastreabilidade dos seus<br />
resultados. Por exemplo, a determinação<br />
da incerteza de medição,<br />
de acordo com o capítulo <br />
da USP ocorre com apenas um toque<br />
(com Q-App). E mesmo que<br />
você não tiver que seguir requisitos<br />
complexos de aplicação, mas precisa<br />
de resultados de pesagem com<br />
confiabilidade garantida, a unidade<br />
de exibição MSU em conjunto com<br />
os módulos de pesagem das microbalanças<br />
e das ultra microbalanças<br />
oferece uma solução perfeita e de<br />
excelente custo benefício.<br />
Para maiores informações, visite a<br />
página da Sartorius do Brasil:<br />
www.sartorius.com.br ou<br />
ligue (11) 4362-8<strong>90</strong>0
Entrevista<br />
A seguir você encontra uma entrevista<br />
com a Profª Dra.Nádia Maria<br />
Volpato sobre a utilização das<br />
micro balanças no laboratório do<br />
Programa de Pós-Graduação da<br />
Faculdade de Ciências Farmacêuticas<br />
da Universidade Federal do Rio<br />
Grande do Sul.<br />
<strong>Analytica</strong>: Quão importante é a<br />
precisão das balanças nos projetos<br />
de pesquisa?<br />
Profª Nádia: A grande maioria<br />
dos projetos de pesquisa em<br />
Ciências Farmacêuticas envolve<br />
medição de concentrações de<br />
substâncias bioativas (fármacos)<br />
em diferentes contextos, logo em<br />
diferentes matrizes (formulações<br />
clássicas e inovadoras, tecidos e<br />
fluídos biológicos animais ou humanos,<br />
extratos vegetais, impurezas<br />
em insumos, meios oriundos<br />
de síntese química ou biotecnológica)<br />
do desenvolvimento e avaliação<br />
de fármacos e medicamentos. A<br />
Faculdade de Farmácia da UFRGS<br />
possui diversas balanças de diferentes<br />
capacidades: de precisão,<br />
analítica e semi-microanalítica. A<br />
necessidade de uma balança microanalítica<br />
se deu pela ocorrência<br />
de projetos envolvendo materiais<br />
de alto valor agregado disponíveis<br />
em pequenas quantidades, isolados/obtidos<br />
in loco ou adquiridos<br />
no mercado (da ordem de poucos<br />
miligramas por frasco), de modo<br />
que o preparo de soluções de referência<br />
ou mesmo formulações<br />
fosse obtido sem desperdício do<br />
material e com elevada confiabilidade<br />
metrológica quanto às concentrações<br />
atribuídas.<br />
<strong>Analytica</strong>: Quais são os parâmetros<br />
mais relevantes quando<br />
da escolha da balança?<br />
Profªa Nádia: Os parâmetros<br />
que nortearam a aquisição<br />
de uma microbalança pelo<br />
Programa de Pós-Graduação em<br />
Ciências Farmacêuticas (PPGCF)<br />
da UFRGS foram: sensibilidade<br />
(precisão), capacidade, custo em<br />
função da verba disponível, modo<br />
de uso e assistência técnica.<br />
<strong>Analytica</strong>: Como as novas técnicas<br />
analíticas influenciam na<br />
escolha de uma balança mais<br />
precisa?<br />
Profª Nádia: As novas técnicas<br />
analíticas estão mais sensíveis e<br />
seletivas, podendo-se determinar<br />
concentrações (ou quantidades)<br />
cada vez mais baixas de moléculas<br />
de interesse, mesmo em matrizes<br />
mais complexas. Por exemplo,<br />
quando novas substâncias de origem<br />
vegetal são isoladas e identificadas,<br />
sua disponibilidade inicial é<br />
muito pequena e esses compostos<br />
possuem alto valor agregado. Isso<br />
também ocorre para os materiais<br />
de referência, principalmente os<br />
padrões farmacopeicos de fármacos<br />
e impurezas, de modo que a<br />
aquisição e emprego de pequenas<br />
quantidades é corriqueiro em pesquisa.<br />
Naturalmente os valores de<br />
pesos e concentrações precisam<br />
Profª Dra. Nádia M. Volpato<br />
no Laboratório de Controle de Qualidade<br />
Farmacêutico. Leciona Controle de<br />
Qualidade de Medicamentos e orienta<br />
pesquisas na área<br />
estar amparados nas diretrizes de<br />
confiabilidade metrológica, com o<br />
correto emprego dos princípios de<br />
pesagem, como precisão (ou sensibilidade<br />
da balança) e erro de pesagem.<br />
Pesagens de materiais inferiores<br />
a 5-10 mg necessitam de<br />
balanças mais sensíveis (ou mais<br />
precisas) como as microbalanças.<br />
Outro fator a ser levado em conta<br />
é o custo operacional de alguns<br />
equipamentos de tecnologia mais<br />
avançada, o que requer otimização<br />
no número de ensaios para evitar<br />
desperdícios, mas sem comprometer<br />
a confiabilidade nos resultados<br />
obtidos.<br />
Balança instalada na Central Analítica no laboratório do Programa de<br />
Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
31
Matéria de Capa<br />
Mais segurança na pesagem<br />
Balanças de laboratório pertencentes à linha de produtos Cubis atendem os<br />
requisitos das normas BPL e BPF.<br />
Por<br />
Steffen Gloth, Dominic Grone, e Thomas Pertsch<br />
Sartorius AG – Alemanha<br />
32<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A calibração periódica representa<br />
um critério de qualidade<br />
muito importante<br />
A sua balança apresenta resultados<br />
corretos?<br />
Para fazer esta comprovação, o<br />
usuário deve realizar a calibração<br />
de sua balança de tempos em tempos.<br />
Isso é muito importante quando<br />
se trata de trabalho em ambientes<br />
altamente regulamentados<br />
como, por exemplo, os laboratórios<br />
farmacêuticos.<br />
Como importante indicador de<br />
uma balança de precisão a calibração<br />
representa um critério relevante<br />
no que diz respeito a testes<br />
em instrumentos analíticos.Em um<br />
ambiente regulamentado como o da<br />
indústria farmacêutica, estes testes<br />
devem ser realizados de acordo com<br />
as BPF. Estes requisitos são encontrados<br />
na guia de BPF da UE e no<br />
código de leis Americano, Code of<br />
Federal Regulations e podem ser<br />
considerados e implementados juntamente<br />
com os regulamentos internos<br />
da empresa.<br />
As balanças da linha Cubis® da<br />
Sartorius® são projetadas para<br />
atender a essas exigências de<br />
acordo com as regras das "Boas<br />
Práticas de Fabricação" (BPF) e<br />
também das "Boas Práticas de Laboratório"<br />
(BPL). O seu pacote de<br />
serviços, funções e design "Advanced<br />
Pharma Compliance" (APC),<br />
atende aos padrões e processos<br />
do setor de maneira adequada com<br />
soluções específicas para o cliente<br />
e mantendo os mais altos padrões<br />
de qualidade farmacêutica. O Q-App<br />
“UserCal”, permite a execução automática<br />
da verificação por meio de<br />
seus pesos externos e possibilita a<br />
criação de rotinas de ajustes automáticos<br />
orientando o usuário de<br />
maneira muito simples.<br />
A balança como um<br />
elemento de controle<br />
Nos laboratórios farmacêuticos, as<br />
balanças são utilizadas em vários<br />
processos que requerem qualidade,<br />
seja no processo de pesagem<br />
para a fabricação de medicamentos<br />
ou em analises de controle de<br />
qualidade para a verificação das<br />
exigências de pesagem. Muitas vezes,<br />
a precisão dos resultados está<br />
diretamente relacionada com a qualidade<br />
do medicamento. Nos ambientes<br />
regulamentados, a balança
é classificada como um elemento de<br />
controle e portanto, deve passar por<br />
uma supervisão obrigatória. Dessa<br />
forma, a prova documental do<br />
funcionamento correto de todos os<br />
aparelhos de medição classificados<br />
como elementos de controle são<br />
obrigatórios e devem compreender<br />
um período garantido. No caso de<br />
desvios, este procedimento favorece<br />
uma fácil visualização do problema<br />
e permite que sejam tomadas medidas<br />
corretivas para que o equipamento<br />
venha a atender novamente<br />
às exigencias, de tal forma que, estes<br />
erros de processo relacionados<br />
ao dispositivo que pudessem causar<br />
a produção de medicamentos de<br />
baixa qualidade sejam removidos.<br />
Sob a supervisão dos elementos de<br />
controle, a calibração de uma balança<br />
desempenha um papel extremamente<br />
importante.<br />
O que é calibração?<br />
A calibração é o processo no qual<br />
é detectada e documentada a diferença<br />
entre os valores de peso e<br />
os valores de referência validados<br />
(controle com peso certificado).<br />
Portanto, a calibração é a fonte<br />
mais importante para verificar a<br />
precisão de uma balança dentro<br />
das condições normativas em vigor.<br />
Para garantir a calibração são<br />
necessários ajustes e sua comprovação.<br />
Diferente de uma calibração,<br />
o ajuste é feito por uma<br />
intervenção corretiva no sistema<br />
de medição, corrigindo eventuais<br />
erros de forma efetiva. Ao executar<br />
uma verificação, se realiza um<br />
teste regulamentado no dispositivo<br />
para averiguar se o mesmo está<br />
e/ ou permanece dentro de suas<br />
conformidades com o transcorrer<br />
do tempo. Este conjunto de ações<br />
atendem as regulamentações oficiais.<br />
A calibração de acordo com a<br />
BPF exige conhecimento prévio dos<br />
requisitos regulamentares e estes<br />
são encontrados no guia BPF da UE<br />
e do código das leis americanas,<br />
Code of Federal Regulations. Estas<br />
regulamentações recomendam que<br />
balanças que são utilizadas para a<br />
produção ou controle de qualquer<br />
produto devem ser calibradas.<br />
A calibração deve ser realizada<br />
em intervalos regulares com métodos<br />
adequados e procedimentos<br />
que devem ser documentados em<br />
conformidade aos procedimentos<br />
de operação estabelecidos. Isso<br />
deve ser feito de acordo com um<br />
procedimento escrito, usando padrões<br />
que são baseados em normas<br />
certificadas, e de acordo com<br />
um cronograma. Com isso, você<br />
deve definir os limites da exatidão e<br />
precisão. O status atual de calibração<br />
do equipamento tem de estar<br />
visível para impedir que o dispositivo<br />
seja utilizado sem cumprir os<br />
critérios para a calibração.<br />
Para auditorias, estão disponíveis<br />
orientações para os auditores.<br />
Assim, as orientações de inspeção<br />
da autoridade de supervisão<br />
americana "Food and Drug Administration"<br />
(FDA) para controlar<br />
laboratórios farmacêuticos e fabricantes<br />
de dispositivos médicos,<br />
está disponível na Aide-Mémorie<br />
Alemã 07120102 do Escritório<br />
Federal Central para a proteção da<br />
Saúde: "Überwachung von Arzneimittelherstellern"<br />
(Rastreamento<br />
fabricantes de medicamentos) e<br />
do Aide Mémoire para a inspeção<br />
de laboratórios para controle de<br />
produtos farmacêuticos (anexo<br />
PIC / S diretriz PI 023-2), nelas<br />
são encontradas especificações<br />
para verificar as qualificações<br />
dos equipamentos de laboratório<br />
(p. ex. balanças) juntamente com<br />
os requisitos que dizem respeito<br />
a calibração. Particularmente ele<br />
entra em detalhes sobre frequência,<br />
pesos padrão utilizados, os<br />
critérios de aceitação aplicado e<br />
documentação (p. Ex. programa de<br />
calibração, instruções de trabalho,<br />
certificado de calibração, de identificação<br />
da unidade).<br />
No que diz respeito a “calibração”<br />
de equipamentos ligados a controle<br />
eles descrevem em termos gerais,<br />
o sistema interno de qualidade para<br />
este procedimento e a necessidade<br />
de se ter um documento de<br />
comprovação (ex. Certificado). Este<br />
documento contém especificações<br />
válidas para todos os dispositivos,<br />
tais como intervalos de calibração,<br />
informações sobre a validade, desvios<br />
de processo e documentação de<br />
dados. Para o escopo da calibração,<br />
a diretiva "Orientações sobre a Calibração<br />
de instrumentos de pesagem<br />
não automáticos, EURAMET cg-18<br />
(03/2011)" com base nas balanças<br />
utilizadas em todo o mundo "OIML<br />
R 76-1” orienta que a calibração<br />
deverá compreender a faixa de trabalho<br />
total desde a carga mínima<br />
a carga máxima. De acordo com<br />
OIML R 76-1, pelo menos, cinco pontos<br />
de controle deverão ser realizados.<br />
Quais intervalos são<br />
necessários?<br />
Uma parte importante da calibração<br />
em BPF é a fixação adequada<br />
do intervalo de calibração. A decisão<br />
sobre este procedimento deve<br />
ser feita com base em uma analise<br />
de risco do processo. Como no<br />
ambiente farmacêutico a utilização<br />
de balanças em processos de pesagem<br />
é crítico para a qualidade,<br />
o intervalo para a calibração deve<br />
ser pequeno. Na prática revelou-se<br />
eficiente a necessidade de verificações<br />
diárias, ajuste automático<br />
diário e com calibração trimestral.<br />
Para a verificação diária poderá ser<br />
suficiente utilizar dois pesos externos<br />
(p. ex. na área de peso mínimo<br />
e o terço superior da capacidade<br />
de pesagem). Para a calibração trimestral,<br />
toda a faixa de pesagem<br />
deverá ser avaliada utilizando-se<br />
um mínimo de cinco pesos. A calibração<br />
deverá contemplar também<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
33
Matéria de Capa<br />
34<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
a avaliação de excentricidade (desvio<br />
de off-load). A calibração deverá<br />
ser executada conforme necessário,<br />
mas deve ser realizada pelo<br />
menos uma vez por ano.<br />
Para a calibração são usados<br />
pesos de referência, estes pesos<br />
devem ser calibrados pelos Institutos<br />
Metrológicos ou empresas<br />
autorizadas, esta calibração deverá<br />
apresentar rastreabilidade e ser<br />
comprovada por certificados.<br />
A Cubis® auxilia o usuário a documentar<br />
o histórico de calibração<br />
e disponibilizá-lo via Ethernet.<br />
Estes documentos podem ter que<br />
ser arquivados para o caso de futuras<br />
auditorias. A escolha de pesos<br />
de referência depende do tipo de<br />
balança, legibilidade e capacidade<br />
de pesagem. Além da escolha de<br />
classes de precisão, deve ser levado<br />
em conta o padrão estabelecido<br />
pela Organização Internacional de<br />
Metrologia Legal (OIML). Um fator<br />
chave é que a balança só pode ser<br />
tão precisa quanto os pesos de referência<br />
que foram utilizados para<br />
a calibração. A gestão de pesos de<br />
referência devem ser descritos nos<br />
procedimentos de trabalho. Esta<br />
frequência de calibração, armazenamento<br />
de pesos de referência,<br />
limpeza, manipulação da balança,<br />
entre outros deverão estar indicados<br />
nestes procedimentos.<br />
Estabelecer critérios<br />
de aceitação<br />
Para a calibração, é crucial estabelecer<br />
critérios de aceitação.<br />
Como estes não são fixadas nas<br />
regulamentações e fontes normativas,<br />
devem ser portanto deduzidas<br />
de regras gerais, tais como p. ex.<br />
livros de medicina, ou definidas no<br />
que diz respeito à utilização prática<br />
da balança. A tolerância indica<br />
a área onde os valores devem ser<br />
medidos para a calibração avaliar<br />
e corrigir. Neste contexto, deve-se<br />
ter em conta a incerteza de medida<br />
que é definido como um valor característico<br />
que define uma gama<br />
de valores dentro da qual o valor<br />
real de uma quantidade medida<br />
é dada como uma probabilidade.<br />
Esta caracteriza a dispersão dos<br />
valores que podem ser atribuídos<br />
na medida do razoavelmente. Entre<br />
a tolerância e a incerteza de medição,<br />
existe uma relação expressa<br />
pela regra de ouro da metrologia.<br />
Este foi publicado em 1968 pelo<br />
professor de física Georg Berndt<br />
em seu artigo "O papel da tolerância<br />
e da incerteza" no "Zeitschrift<br />
Wissenschaftliche der Universität<br />
Dresden Technischen" (Revista<br />
Científica da Universidade Técnica<br />
de Dresden). Esta incerteza deve<br />
ser menor do que ou igual a um décimo<br />
de tolerância. Com um risco<br />
muito baixo, a incerteza pode ser,<br />
no máximo, um terço da tolerância.<br />
Além dos limites absolutos da faixa<br />
de tolerância, também pode ser<br />
conveniente para definir os limites<br />
de intervenção e de alerta e acompanhar<br />
o seu progresso em gráficos<br />
de controle de qualidade. Isto<br />
tem a vantagem de detectar precocemente<br />
um "desvio" da escala.<br />
Em caso de desvios, dependendo<br />
quanto do limite foi excedido, serão<br />
necessárias medidas diferentes. Se<br />
o limite de aviso for excedido, pode<br />
ser útil verificar a instalação, limpeza<br />
e as condições ambientais, fazer<br />
um ajuste e, em seguida, repetir<br />
a calibração. Se os limites forem<br />
ultrapasados, a intervenção deve<br />
ser relatado ao apoio técnico e se<br />
necessário interditar a balança. Se<br />
houver um desvio de tolerância e<br />
for dado início ao um procedimento,<br />
é preciso interditar a balança e<br />
iniciar um inquérito num procedimento<br />
de desvio predeterminado.<br />
Nesse caso, a pessoa responsável<br />
deve examinar todas as amostras<br />
pesadas desde a última calibração<br />
bem sucedida e avaliar o impacto<br />
em cada lote produzido.
O usuário é sistematicamente orientado pelo processo de calibração através<br />
de um App projetado especificamente para ele.<br />
Cada operação num ambiente<br />
regulado GMP deve ser documentada<br />
em conformidade. Portanto, a<br />
calibração também deve ser documentada<br />
com precisão executada<br />
para uma melhor rastreabilidade.<br />
Isso pode ser feito, se necessário,<br />
por exemplo no diário de bordo<br />
como um dispositivo de advertência<br />
de acordo com protocolo de<br />
calibração. Para isso, os pesos de<br />
referência utilizados devem ser<br />
qualificados para garantir a rastreabilidade.<br />
Os dados brutos devem<br />
ser verificados de forma independente<br />
e a calibração deve ser aprovada<br />
por uma comparação positiva<br />
dos resultados com os critérios de<br />
aceitação. Além da documentação<br />
no diário de bordo do aparelho, o<br />
resultado deve ser reconhecido no<br />
balanço da calibração bem sucedida,<br />
p. ex. através de uma etiqueta.<br />
Alívio na carga de trabalho<br />
através de um App<br />
O inovador Q-App “UserCal” da<br />
Sartorius® oferece um valioso<br />
apoio nas verificações / calibrações<br />
diárias das balanças de laboratorio<br />
Cubis®. O aplicativo tem dois níveis,<br />
um para o administrador e outro<br />
usuário. O administrador pode<br />
definir até cinco pontos de verificação<br />
/ calibração e definir para cada<br />
ponto o valor do peso, a tolerância<br />
permitida e gerar uma etiqueta<br />
para rastrear os resultados. Ao especificar<br />
a tolerancia, você pode<br />
diferenciar entre especificação<br />
absoluta em gramas ou em porcentagem<br />
relativa. Você também<br />
pode deixar a decisão a nível de<br />
administrador para se fazer um<br />
ajuste interno antes da verificação.<br />
O usuário pode, em seguida,<br />
iniciar o Q-App e sistematicamente<br />
ser guiado no processo de verificação.<br />
Os resultados de todas<br />
as medições serão exibidos em<br />
resumo. Tendo em conta as tolerâncias<br />
estabelecidas, será exibido<br />
se a verificação/ calibração foi<br />
aprovada. O resultado final pode<br />
ser documentado através de uma<br />
impressora de laboratorio ou da-<br />
dos podem ficar armazenados em<br />
um cartão SD.<br />
A prova documentada da adequação<br />
dos procedimentos de<br />
medição é um critério de qualidade<br />
na indústria farmacêutica. A Sartorius<br />
auxilia na validação da Q-App<br />
“UserCal” se necessário, com informações<br />
completas, documentos e<br />
modelos de serviços relacionados<br />
detalhados, garantindo assim uma<br />
fácil integração em operações das<br />
indústrias farmacêuticas. O Q-App<br />
“UserCal” foi desenvolvido com<br />
qualidade garantida e classificado<br />
na categoria 3 do GAMP (Good Automated<br />
Manufacturing Practices).<br />
Mantenha sua balança perfeitamente<br />
calibrada. A Sartorius<br />
oferece o serviço de calibração<br />
credenciado com a RBC - Rede<br />
Brasileira de Calibração- e emite<br />
certificados de calibração para balanças<br />
de laboratório (no escopo<br />
massa). Como resultado, asseguramos<br />
a rastreabilidade de 100%<br />
do seu equipamento de medição<br />
para os padrões nacionais.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
35
Matéria de Capa<br />
Pipetagem um trabalho que deve ser levado a sério<br />
36<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A Sartorius é preocupada em<br />
oferecer sempre a mais alta tecnologia<br />
em tecnologias para laboratório.<br />
Assim como a pesagem, a pipetagem<br />
também tem importância<br />
em diversas atividades, seja para o<br />
preparo de padrões, ensaios, reparo<br />
de amostras, execução de testes<br />
biológicos e outros processos analíticos.<br />
O uso da pipeta adequada<br />
tem um papel muito relevante na<br />
qualidade do trabalho desenvolvido:<br />
fatores como leveza, ergonomia,<br />
confiabilidade são chave para<br />
os usuários da pipeta.<br />
De modo a tornar este trabalho<br />
mais fácil, foi desenvolvida a Tacta®,<br />
uma pipeta que devido a sua<br />
leveza e facilidade de manuseio<br />
pode ser utilizada até por usuários<br />
menos experientes e resultados<br />
precisos serão obtidos. A Tacta<br />
possui outros recursos complementares<br />
que auxiliam imensamente<br />
o usuário como Optiject<br />
Sartorius, com tecnologia de ejeção<br />
da ponteira por alavanca, permite a<br />
expulsão da ponteira de forma controlada,<br />
suave e com um mínimo de<br />
força. O recurso OptiLoad com cones<br />
de mola tanto em mono como<br />
em multicanal, garantem um perfeito<br />
encaixe da ponteira com ótima<br />
vedação e mínimo esforço.<br />
A pipeta também apresenta o<br />
recurso Optilock, uma função de<br />
bloqueio e de ajuste de volume<br />
que impede alterações de volume<br />
acidentais durante a pipetagem.<br />
Seu grande visor permite uma fácil<br />
leitura de volume mesmo quando<br />
a pipeta se encontra em posição<br />
angular. Ela também permite o<br />
ajuste para uma grande variedade<br />
de líquidos, utilizando-se uma<br />
simples chave de ajuste. Com funcionalidade<br />
integrada em forma de<br />
escala, ela indica o grau de ajuste e<br />
mantêm esse valor para um líquido<br />
específico, assim o usuário pode<br />
reutilizar essa configuração a qualquer<br />
momento.<br />
Seu desenho inteligente e ergonômico<br />
diminui consideravelmente<br />
a força de pipetagem e<br />
a ejeção de ponteiras, isso ajuda<br />
a reduzir o risco de LER nos<br />
usuários. Seu design exclusivo e<br />
apoio para o dedo permitem que<br />
a pipeta seja facilmente encaixada<br />
na mão do usuário sem a necessidade<br />
de agarrar firmemente<br />
a alça, favorecendo a ergonomia,<br />
resultados confiáveis e precisos<br />
durante longas sessões de pipetagem.<br />
Seu design foi vencedor<br />
de prêmios internacionais como<br />
o Red Dot Award no ano de 2016.<br />
Outro aspecto importante com<br />
relação as pipetas, é a limpeza. A<br />
Tacta conta com apenas três peças<br />
e para sua desmontagem não<br />
é necessário nenhuma ferramenta<br />
especial. Elas podem ser esterilizadas<br />
em autoclave e são altamente<br />
resistentes à exposição à<br />
radiação UV e produtos químicos.<br />
Além disso, filtros de segurança<br />
estão disponíveis para todos os<br />
modelos Tacta em volumes de<br />
mais de 10 µl, um método econômico<br />
para reduzir a contaminação.<br />
O ejetor único Safe-Cone<br />
permite a fácil remoção dos filtros<br />
utilizados ou contaminados,<br />
sem qualquer contato.<br />
Quer experimentar esse novo conceito<br />
em pipetagem? Entre em contato<br />
com a Sartorius e saiba mais.<br />
Sartorius do Brasil Ltda<br />
Tel.: 11 4362-8<strong>90</strong>0<br />
leadsbr@sartorius.com<br />
www.sartorius.com.br<br />
Tacta – vencedora do Red Dot Award 2016<br />
Fácil de desmontar, ainda mais fácil e<br />
seguro de limpar.
<strong>Analytica</strong> 15 anos<br />
Entrevista com<br />
Sylvain Kernbaum, criador da revista<br />
Conheça mais a história da revista referência em instrumentação e controle de qualidade industrial<br />
40<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Criada em 2002, a Revista<br />
<strong>Analytica</strong> comemora nessa edição<br />
seu 15º aniversário. Uma data<br />
importante, haja vista a publicação<br />
ser uma das únicas a abordar com<br />
técnica e didática temas como<br />
metrologia, microbiologia e instrumentação<br />
analítica. Por esse motivo,<br />
como presente para os leitores,<br />
entrevistamos o responsável pela<br />
sua criação: Sylvain Kernbaum.<br />
Nascido em 1946 em Paris, na<br />
França, Sylvain possui trajetória<br />
profissional extensa. Iniciou sua<br />
carreira aos 19 anos trabalhado<br />
em um banco francês, colecionou<br />
cargos na Merck Sharp & Dohme,<br />
foi presidente da Sanders Probel<br />
Biotechnology até ingressar na holandesa<br />
AKZO. Ainda na Europa, fez<br />
parte dos quadros da Anistia Internacional,<br />
onde era encarregado da<br />
América Latina.<br />
Somente após sua chegada no<br />
Brasil, sua vida começou a tomar<br />
outro rumo, com a criação de suas<br />
duas publicações: Newslab e<br />
<strong>Analytica</strong>. E é daí que parte essa<br />
entrevista interessante sobre a sua<br />
introdução no mercado editorial.
Qual era o cargo do senhor<br />
quando chegou no Brasil?<br />
Eu era diretor da Organon Técnica<br />
uma divisão da empresa holandesa<br />
AKZO que fabricava testes<br />
de diagnósticos e alguns remédios.<br />
Era um cargo temporário?<br />
Sim, cheguei em 1988 para um<br />
cargo temporário, com prazo de<br />
4 anos. Para organizar a venda<br />
de diagnósticos e a produção de<br />
alguns remédios (Pavulon, Norcuron,<br />
relaxantes musculares, Heparina).<br />
Porém, não me interessava<br />
pelas vagas oferecidas após<br />
esse período. Com isso, comecei<br />
a pensar em criar meu próprio<br />
negócio no Brasil.<br />
Quanto tempo o senhor trabalhou<br />
nesse cargo?<br />
Fiquei quatro anos nesse cargo,<br />
depois meu visto temporário<br />
venceu. Consegui na época a<br />
vaga de diretor na Sanofil Diagnostic<br />
Pasteur. Ali trabalhei por<br />
um ano, quando percebi que a<br />
empresa seria vendida. Com<br />
isso decidi criar uma revista, no<br />
caso a Newslab.<br />
O que te levou a criar a Revista<br />
Newslab?<br />
Observei que na França havia<br />
uma revista muito boa chamada<br />
"Revista Francesa dos Laboratórios".<br />
Ao mesmo tempo, notei<br />
que no Brasil não havia publicações<br />
à altura, e havia muito para<br />
explorar nesse sentido. Foi aí<br />
que criei a Newslab em 1993.<br />
O que me ajudou muito foi o fato<br />
de que eu era membro fundador<br />
da CBDL (Câmara Brasileira de<br />
Diagnóstico Laboratorial).<br />
E sobre a criação da <strong>Analytica</strong>?<br />
Em 1995, criei a Panel (empresa<br />
de controle de qualidade dos<br />
hemocentros do Brasil e bancos<br />
de sangue privados). Ela ia muito<br />
bem, porém alguns anunciantes<br />
da revista sentiram-se incomodados,<br />
já que a Panel avaliava<br />
os produtos de seus anunciantes<br />
e dava abertura para conflito de<br />
interesses. Por esse motivo vendi<br />
a minha parte da Panel e acabei<br />
investindo assim na minha nova<br />
revista, a <strong>Analytica</strong>. Meu objetivo<br />
era atingir os laboratórios de<br />
controle de qualidade no mercado<br />
industrial.<br />
Como se deu os primeiros anos<br />
da <strong>Analytica</strong>, já que começou do<br />
zero com essa temática de controle<br />
de qualidade industrial?<br />
Alguns amigos do ramo me explicaram<br />
suas necessidades. Além<br />
do mais, não havia qualquer publicação<br />
que abordasse esse tema.<br />
Qual foi o momento em que o<br />
senhor percebeu que a Revista<br />
<strong>Analytica</strong> foi uma boa ideia e iria<br />
ter sucesso?<br />
Foi em das reuniões da BR-<br />
Mass em Campinas. Ali questionamos<br />
para os pesquisadores e<br />
público qual era a fonte principal<br />
de informação, notícias e novidades<br />
do setor. A opção pela<br />
<strong>Analytica</strong> foi quase unânime.<br />
Daí percebi que a revista tinha<br />
muita aceitação, inclusive pelas<br />
universidades.<br />
Como o senhor vê o futuro da<br />
revista?<br />
Já estamos em um ponto que<br />
temos mais leitores na versão digital<br />
que na versão impressa. Significa<br />
que temos mais de 24 mil<br />
e-mails de leitores do ramo cadastrados,<br />
que recebem a revista<br />
para acesso gratuito.<br />
Há de se dizer que a indústria<br />
brasileira sempre foi de ponta,<br />
mas não há uma planificação<br />
governamental do desenvolvimento<br />
da indústria brasileira.<br />
E a revista <strong>Analytica</strong> é muito<br />
sensível nesse sentido, já que<br />
ela depende muito do desenvolvimento<br />
industrial para seu<br />
sucesso cabal.<br />
O Guia Laboratorial é uma novidade<br />
que envolve e interessa<br />
o público da revista <strong>Analytica</strong>. O<br />
senhor poderia comentar sobre<br />
esse guia?<br />
É um portal que estamos desenvolvendo,<br />
onde fornecedores,<br />
tanto da área de diagnósticos,<br />
como da área de controle de qualidade<br />
industrial cadastram seus<br />
produtos e insumos, de modo que<br />
compradores da área possam<br />
encontrar com mais facilidade<br />
materiais para seus laboratórios.<br />
Não é um site de comércio on-<br />
-line, mas um facilitador para<br />
quem busca produtos e materiais<br />
tão específicos como os da nossa<br />
área. Atualmente, já temos mais<br />
de 25.000 produtos cadastrados<br />
e o site está em fase de testes,<br />
com previsão de ser lançado oficialmente<br />
no início de 2018.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
41
Entrevista<br />
Pesquisadora analisa os vultos e lições<br />
deixados pela Operação Carne Fraca<br />
Entrevista com Ana Lucia Lemos, Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes do Instituto de Tecnologia<br />
de Alimentos esclarece questões sobre a qualidade dos produtos cárneos nacio-nais<br />
42<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A Operação Carne Fraca da Policia<br />
Federal, deflagrada em março<br />
de 2017, já pode ser consi-derada<br />
uma das maiores ações investigativas<br />
da instituição. Isso se deve<br />
ao fato do cumpri-mento de aproximadamente<br />
300 mandados e<br />
com o expediente de mais de 1000<br />
policiais federais em todo território<br />
nacional.<br />
O objetivo foi desmantelar o<br />
esquema que envolvia empresas<br />
privadas e fiscais do Ministério da<br />
Agricultura para a liberar a venda<br />
de produtos cárneos impróprios<br />
para o consumo. Porém, mesmo<br />
que a análise da qualidade das<br />
carnes produzidas no Brasil fosse<br />
o principal foco, aca-bou sendo<br />
necessária, para se comprovar a<br />
gravidade desse tipo de esquema.<br />
Foram encon-tradas nessas análises<br />
a comercialização de produtos<br />
vencidos, Salmonella, carne estragada<br />
em salsichas, uso de ácido<br />
ascórbico e inclusive papelão.<br />
Com isso, as consequências dessa<br />
operação foram diversas, dentre<br />
as principais: quebra de acordos<br />
comerciais nacionais e internacionais,<br />
desvalorização de ações de<br />
frigoríficos e novas investigações<br />
advindas dessa primeira fase da<br />
operação. Outrossim, após virem a<br />
público os resultados da operação,<br />
a confiança do consumidor sobre o<br />
alimento posto à mesa não foi mais<br />
a mesma, apesar das instituições<br />
públicas responsáveis pela fiscalização<br />
afirmarem, pouco tempo<br />
depois, que a carne é própria para<br />
consumo.<br />
Diante disso, após mais de seis<br />
meses do ápice da operação, o assunto<br />
já deixou de ser abor-dado<br />
com o afinco e frequência de outrora,<br />
seja por outros escândalos<br />
que o absorvera, co-mo pelo avanço<br />
das investigações para âmbitos<br />
menos técnicos.<br />
Por esse motivo, para entender<br />
em que passo está atualmente a<br />
qualidade dos cárneos con-sumidos<br />
no Brasil, conversamos com<br />
Ana Lucia da Silva Correa Lemos,<br />
pesquisadora e Direto-ra do Centro<br />
de Tecnologia de Carnes (CTC) do<br />
Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />
(ITAL). Cabe ressaltar que o CTC<br />
é hoje um dos principais centros de<br />
pesquisa tecnológica e da ges-tão<br />
da qualidade das carnes e é composto<br />
por laboratórios de análise<br />
físico-químicas, micro-biológicas<br />
e sensoriais. Além disso, ela comenta<br />
como as empresas deve ser<br />
preparar para oferecer produto de<br />
qualidade e quais cuidados os consumidores<br />
devem tomar na hora de<br />
escolher a carne. Confira.<br />
Após mais de seis meses do<br />
ápice da “Operação Carne Fraca”<br />
da Polícia Federal, qual o sal-do<br />
que o ITAL verificou das denúncias<br />
e polêmicas sobre a qualidade<br />
dos cárneos consumi-dos?<br />
Resposta: A inspeção tem sido<br />
cada vez mais cuidadosa e os consumidores<br />
estão mais aten-tos. O<br />
consumo interno de carnes e derivados<br />
permanece nos mesmos<br />
patamares, segundo nossa percepção.<br />
Inclusive responsáveis pela<br />
merenda escolar em diferentes<br />
municípios estão nos procurando<br />
para estabelecimento de parâmetros<br />
que assegurem que o produto<br />
atende as características desejadas<br />
(palatabilidade, mastigabilidade).<br />
Durante as questões advindas<br />
da operação, qual foi o posicionamento<br />
do ITAL?<br />
Resposta: O Centro de Tecnologia<br />
de Carnes (CTC) do ITAL reconhece<br />
o excelente trabalho realizado pelo<br />
Serviço de Inspeção Federal (SIF)<br />
do Ministério da Agricultura e pela<br />
Polícia Federal. As informações divulgadas<br />
foram panfletárias no início,<br />
mas o posicionamento rápi-do<br />
do SIF ao elaborar uma nota esclarecedora<br />
publicada no dia seguinte,<br />
foi muito importan-te. Com certeza<br />
estamos evoluindo e os impactos<br />
foram muito menores do que foi<br />
estimado na época. Nossa carne<br />
atende rígidos padrões de qualidade<br />
nas empresas fiscalizadas.<br />
Quais as recomendações do<br />
ITAL para os frigoríficos e indústrias<br />
alimentícias para o manu-<br />
-seio e estocagem de produtos<br />
cárneos?<br />
Resposta: Devem atender às especificações<br />
de temperatura, quer<br />
sejam elas para produtos congelados<br />
ou resfriados. Abusos de tem-
Lucia Lemos<br />
Diretora do Centro de Tecnologia de Carnes<br />
do Instituto de Tecnologia de Alimentos<br />
peratura alteram as características<br />
físicas, químicas, microbiológicas e<br />
sensoriais das carnes e dos produtos<br />
cárneos e os danos são irreversíveis.<br />
Como garantir a segurança da<br />
carne em açougue?<br />
Resposta: A limpeza do ambiente,<br />
a higiene do ambiente e na manipulação<br />
das carnes pelos funcionários<br />
são bons indícios, mas nada<br />
é suficiente para garantir a segurança<br />
microbiológica da carne, só<br />
a procedência. Frigoríficos fiscalizados<br />
por órgãos governamentais,<br />
estabeleci-mentos fiscalizados<br />
com frequência pela vigilância municipal<br />
tendem a ser mais seguros.<br />
Al-guns açougues desossam e isso<br />
requer treinamento de funcionários<br />
no recebimento das carcaças.<br />
Aqueles que trabalham com carnes<br />
embaladas precisam treinar seus<br />
funcionários na avaliação da qualidade<br />
da carne.<br />
E para o consumidor? Quais<br />
recomendações para avaliar se<br />
o produto está próprio para cosumo?<br />
Resposta: O odor é um bom parâmetro<br />
para carnes embaladas a<br />
vácuo, assim como a capaci-dade<br />
de recuperar a coloração vermelho<br />
cereja após abertura do pacote e<br />
exposição ao oxi-gênio. Estas características<br />
indicam se uma carne<br />
estaria envelhecida ou foi submetida<br />
a flu-tuações de temperatura<br />
durante a estocagem ou comercialização.<br />
O carimbo da inspeção<br />
é um indicativo de que a carne e<br />
o produto cárneo são próprios para<br />
consumo, provenientes de animais<br />
sadios, abatidos adequadamente<br />
em frigoríficos que tem boas<br />
práticas implemen-tadas no seu<br />
processo produtivo. Em relação ao<br />
varejo, a responsabilidade sobre os<br />
estabe-lecimentos é da vigilância<br />
sanitária. Sempre que o consumidor<br />
suspeitar de práticas fraudu-<br />
-lentas no varejo deve comunicar<br />
aos órgãos competentes. O CTC/<br />
ITAL é hoje um dos princi-pais<br />
centros de pesquisa tecnológica<br />
mundiais.<br />
Atualmente, quais os principais<br />
trabalhos e pesquisas em andamento?<br />
Resposta: Temos trabalhado<br />
prioritariamente com a segurança<br />
microbiológica de carnes e produtos<br />
cárneos e estabilidade durante<br />
a vida útil.<br />
Afinal, o processo de fiscalização<br />
e de qualidade da carne brasileiro<br />
é ineficaz como noticia-do<br />
pela mídia, ou estes casos comprovados<br />
de omissão e corrupção<br />
de fiscais da vigilância sanitária<br />
trata-se de uma exceção e não de<br />
uma regra?<br />
Resposta: As normas brasileiras<br />
são rigorosíssimas. Os serviços de<br />
inspeção federal têm nor-mativas e<br />
decretos-lei que são extremamente<br />
rígidos. Precisam de uma atualização<br />
porque são tão rígidos que dificultam<br />
a inclusão de uma inovação.<br />
Nossa legislação é extremamente<br />
restritiva, o que torna o produto<br />
muito seguro. Estão sendo feitas<br />
revisões, e a minha expec-tativa<br />
é de que esse fato vai poder até<br />
modernizar toda a nossa legislação<br />
sobre produtos cárneos. Isso não<br />
significa tornar mais flexível e mais<br />
permissiva. Isso é algo que, com a<br />
evo-lução da tecnologia precisa ser<br />
revisto porque as normas atuais<br />
são extremamente rígidas.<br />
Como vamos mostrar para o<br />
mundo qual é a carne que o Brasil<br />
realmente produz? E qual é essa<br />
carne?<br />
Resposta: Ao meu ver todos os<br />
importadores sabem que a carne<br />
brasileira é de excelente qualidade,<br />
enviam inúmeras missões para<br />
verificar o sistema produtivo, auditar<br />
documentos, exigem inúmeros<br />
laudos analíticos que assegurem<br />
a inocuidade da carne etc. Os<br />
padrões requeridos pelos importadores<br />
são elevadíssimos e ao<br />
compararmos as nossas indústrias<br />
exportadoras com as do exterior,<br />
somos muito mais rigorosos, em<br />
vários aspectos. Vejo que o grande<br />
problema é que nós brasileiros<br />
demos motivos para nos imporem<br />
barreiras e com isso perderemos<br />
competitividade, eventualmente.<br />
É possível dizer, que a carne<br />
consumida atualmente é totalmente<br />
de qualidade?<br />
Resposta: As carnes provenientes<br />
de frigoríficos submetidos ao<br />
sistema de inspeção são se-guras,<br />
desvios que possam ocorrer, são<br />
exceções, pois o sistema é robusto.<br />
Depois de duas décadas dedicadas<br />
ao crescimento do setor,<br />
como superar este golpe e se<br />
manter como um dos países que<br />
mais produz, consume e exporta<br />
de carne do mundo?<br />
Resposta: Os dados de exportação<br />
já indicam que estamos superando<br />
o golpe e os níveis anteriores<br />
estão sendo mantidos. Penso que<br />
a sanidade dos animais, livres de<br />
algumas doen-ças prevalentes em<br />
outros países seja um dos motivos,<br />
além dos importadores estarem se<br />
certificando que as falhas do sistema<br />
eram pontuais.<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
43
Instrumentação e normalização<br />
MÉTODOS DE ENSAIO<br />
A competência dos laboratórios em<br />
avaliar produtos para diagnóstico in vitro<br />
Um dispositivo para diagnóstico in vitro, é qualquer dispositivo médico que consista num reagente,<br />
produto reagente, conjunto, instrumento, aparelho ou sistema, utilizado isoladamente ou combinado,<br />
destinado pelo fabricante a ser utilizado in vitro no exame de amostras provenientes do corpo humano,<br />
de forma a obter informações sobre estados fisiológicos ou estados de saúde, de doença, ou de<br />
anomalia congênita.<br />
Mauricio Ferraz de Paiva<br />
44<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Os produtos para diagnóstico de<br />
uso in vitro são reagentes, calibradores,<br />
padrões, controles, coletores<br />
de amostra, materiais e instrumentos,<br />
usados individualmente ou em<br />
combinação, com intenção de uso<br />
determinada pelo fabricante, para<br />
análise in vitro de amostras derivadas<br />
do corpo humano, exclusivamente<br />
ou principalmente para<br />
prover informações com propósitos<br />
de diagnóstico, monitoramento,<br />
triagem ou para determinar a compatibilidade<br />
com potenciais receptores<br />
de sangue, tecidos e órgãos.<br />
Segundo a Anvisa, os produtos<br />
para diagnóstico in vitro são enquadrados<br />
nas seguintes classes<br />
de risco: Classe I: produtos de baixo<br />
risco ao indivíduo e baixo risco<br />
à saúde pública; Classe II: produtos<br />
de médio risco ao indivíduo e<br />
ou baixo risco à saúde pública;<br />
Classe III: produtos de alto risco ao<br />
indivíduo e ou médio risco à saúde<br />
pública; e Classe IV: produtos de<br />
alto risco ao indivíduo e alto risco à<br />
saúde pública.<br />
A classificação de risco dos produtos<br />
para diagnóstico in vitro é<br />
baseada nos seguintes critérios:<br />
indicação de uso especificada pelo<br />
fabricante; conhecimento técnico,<br />
científico ou médico do usuário;<br />
importância da informação fornecida<br />
ao diagnóstico; relevância e impacto<br />
do resultado para o indivíduo<br />
e para a saúde pública; e relevância<br />
epidemiológica.<br />
Se a um mesmo produto se aplicar<br />
mais de uma regra, com diferentes<br />
classes de risco atribuídas,<br />
o produto deve ser classificado na<br />
classe de maior risco. As regras de<br />
classificação poderão ser atualizadas<br />
tendo em vista o progresso<br />
tecnológico e as informações de<br />
pós-comercialização, oriundas do<br />
uso ou da aplicação dos produtos<br />
para diagnóstico in vitro.<br />
A NBR 16075 de 07/2012 -<br />
Diagnóstico de uso in vitro —<br />
Competência de laboratórios<br />
e organização de ensaio de<br />
avaliação da conformidade de<br />
produtos — Requisitos gerais<br />
especifica os requisitos gerais para<br />
a competência de laboratórios e<br />
organizações para realizar a avaliação<br />
da conformidade de produtos<br />
para diagnóstico de uso in vitro,<br />
incluindo amostragem. Ela cobre<br />
ensaios realizados utilizando métodos<br />
normalizados, métodos não<br />
normalizados e métodos desenvolvidos<br />
pelo laboratório.<br />
É responsabilidade do laboratório<br />
ou organização realizar suas<br />
atividades para a avaliação da conformidade,<br />
de modo a atender aos<br />
requisitos desta norma e satisfazer<br />
as necessidades dos clientes, das<br />
autoridades regulamentadoras ou<br />
das organizações que fornecem<br />
reconhecimento. O sistema de<br />
gestão da qualidade deve cobrir
os trabalhos realizados nas instalações<br />
permanentes do laboratório<br />
ou organizações, em locais fora de<br />
suas instalações permanentes ou<br />
em instalações associadas, temporárias<br />
ou móveis.<br />
Se o laboratório for parte de uma<br />
organização que realiza outras atividades,<br />
além da avaliação da conformidade,<br />
as responsabilidades do<br />
pessoal-chave da organização que<br />
tenha um envolvimento ou influência<br />
nas atividades da avaliação da<br />
conformidade devem ser definidas,<br />
de modo a identificar potenciais<br />
conflitos de interesse. Quando um<br />
laboratório for parte de uma organização<br />
maior, convém que os<br />
arranjos organizacionais sejam<br />
tais que os departamentos que<br />
tenham conflito de interesses, tais<br />
como produção, marketing comercial<br />
ou financeiro, não influenciem<br />
negativamente a conformidade do<br />
laboratório com os requisitos desta<br />
norma. Se o laboratório ou organização<br />
desejar ser reconhecido<br />
como um laboratório de terceira<br />
parte, convém que ele seja capaz<br />
de demonstrar que é imparcial e<br />
que ele e seu pessoal estão livres<br />
de quaisquer pressões comerciais,<br />
financeiras e outras indevidas, que<br />
possam influenciar seu julgamento<br />
técnico. Convém que o laboratório<br />
de ensaio de terceira parte não se<br />
envolva em atividades que possam<br />
colocar em risco a confiança na sua<br />
independência de julgamento e integridade<br />
em relação às atividades<br />
para avaliação da conformidade.<br />
O laboratório ou organização<br />
deve estabelecer, implementar e<br />
manter um sistema de gestão da<br />
qualidade apropriado ao escopo<br />
das suas atividades. Deve documentar<br />
suas políticas, sistemas,<br />
programas, procedimentos e instruções,<br />
na extensão necessária<br />
para assegurar a qualidade dos<br />
resultados das suas atividades. A<br />
documentação do sistema deve ser<br />
comunicada, compreendida, estar<br />
disponível e ser implementada pelo<br />
pessoal apropriado.<br />
O laboratório ou organização<br />
deve estabelecer e manter procedimentos<br />
para controlar todos os<br />
documentos que fazem parte do<br />
seu sistema de gestão da qualidade<br />
(gerados internamente ou obtidos<br />
de fontes externas), tais como<br />
regulamentos, normas, outros documentos<br />
normativos, métodos de<br />
ensaio, assim como desenhos, softwares,<br />
especificações, instruções<br />
e manuais. Todos os documentos<br />
emitidos para o pessoal, como<br />
parte do sistema de gestão da qualidade,<br />
devem ser analisados criticamente<br />
e aprovados para uso por<br />
pessoal autorizado, antes de serem<br />
emitidos. Uma lista mestra ou um<br />
procedimento equivalente para<br />
controle de documentos, que identifique<br />
a situação da revisão atual e<br />
a distribuição dos documentos do<br />
sistema de gestão, deve ser estabelecida<br />
e estar prontamente disponível,<br />
para evitar o uso dos documentos<br />
inválidos e/ou obsoletos.<br />
O laboratório ou organização<br />
deve estar disposto a cooperar com<br />
os clientes ou com seus representantes,<br />
para esclarecer o pedido do<br />
cliente e para monitorar o desempenho<br />
em relação ao trabalho realizado,<br />
desde que seja assegurada<br />
a confidencialidade em relação<br />
a outros clientes. Tal cooperação<br />
pode incluir: a disponibilidade ao<br />
cliente ou a seus representantes,<br />
o acesso às áreas pertinentes do<br />
laboratório ou organização, para<br />
conhecer as avaliações da conformidade<br />
realizadas para o cliente e<br />
a preparação, embalagem e despacho<br />
de itens de ensaio necessários<br />
ao cliente, para fins de verificação.<br />
A direção do laboratório ou organização<br />
deve assegurar a competência<br />
de todos que operam equipamentos<br />
específicos, realizam os<br />
ensaios, avaliam os resultados e<br />
assinam os relatórios de ensaio e<br />
certificados de calibração. Quando<br />
for utilizado pessoal em treinamento,<br />
deve ser feita uma supervisão<br />
adequada. O pessoal que realiza tarefas<br />
específicas deve ser qualificado<br />
com base na formação, treinamento,<br />
experiência apropriados e/ou habilidades<br />
demonstradas, conforme<br />
requerido. As instalações do laboratório<br />
ou organização para avaliação<br />
da conformidade, incluindo, mas não<br />
se limitando a, fontes de energia,<br />
iluminação e condições ambientais,<br />
devem ser tais que facilitem a realização<br />
correta das avaliações.<br />
O laboratório ou organização<br />
deve assegurar que as condições<br />
ambientais não invalidem os resultados<br />
ou afetem adversamente<br />
a qualidade requerida de qualquer<br />
medição. Devem ser tomados cuidados<br />
especiais quando forem realizados<br />
amostragens e ensaios em<br />
locais diferentes das suas instalações<br />
permanentes.<br />
Os requisitos técnicos para as<br />
acomodações e condições ambientais<br />
que possam afetar os resultados<br />
dos ensaios devem estar<br />
documentados. O laboratório ou<br />
organização deve utilizar métodos<br />
e procedimentos apropriados para<br />
todas as avaliações dentro do seu<br />
escopo. Estes incluem amostragem,<br />
manuseio, transporte, armazenamento<br />
e preparação dos<br />
itens a serem avaliados e, onde<br />
apropriado, uma estimativa da incerteza<br />
de medição, bem como as<br />
técnicas estatísticas para análise<br />
dos dados da avaliação.<br />
O laboratório ou organização<br />
deve ter instruções sobre o uso e a<br />
operação de todos os equipamentos<br />
pertinentes, sobre o manuseio<br />
e a preparação dos itens para<br />
a avaliação, onde a falta de tais<br />
instruções possa comprometer os<br />
resultados das avaliações. Todas<br />
as instruções, normas, manuais<br />
e dados de referência aplicáveis<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
45
Instrumentação e normalização<br />
46<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
ao trabalho do laboratório devem<br />
ser mantidos atualizados e prontamente<br />
disponíveis para o pessoal.<br />
Desvios de métodos de avaliação<br />
somente devem ocorrer se esses<br />
desvios estiverem documentados,<br />
tecnicamente justificados, autorizados<br />
e aceitos pelo cliente. Um<br />
laboratório ou organização que<br />
realiza suas próprias calibrações<br />
deve ter e aplicar um procedimento<br />
para estimar a incerteza de<br />
medição de todas as calibrações e<br />
tipos de calibrações.<br />
Os laboratórios ou organizações<br />
devem ter e aplicar procedimentos<br />
para a estimativa das incertezas<br />
de medição. Em alguns casos, a<br />
natureza do método de avaliação<br />
pode impedir o cálculo rigoroso,<br />
metrológica e estatisticamente<br />
válido da incerteza de medição.<br />
Nesses casos, deve-se pelo menos<br />
tentar identificar todos os<br />
componentes de incerteza e fazer<br />
uma estimativa razoável. Deve-se<br />
garantir que a forma de relatar o<br />
resultado não dê uma impressão<br />
errada da incerteza.<br />
A estimativa razoável deve estar<br />
baseada no conhecimento do desempenho<br />
do método e no escopo<br />
da medição, e deve fazer uso, por<br />
exemplo, de experiência e dados<br />
de validação anteriores. Todo equipamento<br />
utilizado em avaliações,<br />
incluindo os equipamentos para<br />
medições auxiliares (por exemplo,<br />
condições ambientais), que tenha<br />
efeito significativo sobre a exatidão<br />
ou validade do resultado da avaliação<br />
ou amostragem, deve ser calibrado<br />
antes de entrar em serviço.<br />
Deve-se estabelecer um programa<br />
e procedimento para a calibração<br />
dos seus equipamentos.<br />
Os materiais de referência devem,<br />
sempre que possível, ser rastreáveis<br />
às unidades de medida SI,<br />
ou a materiais de referência certificados.<br />
Materiais de referência<br />
internos devem ser verificados na<br />
medida em que isso for técnica e<br />
economicamente praticável. O laboratório<br />
ou organização deve ter<br />
um plano e procedimentos para<br />
amostragem, quando ele realiza<br />
amostragem de substâncias, materiais<br />
ou produtos para avaliação<br />
subsequente. Tanto o plano como<br />
o procedimento de amostragem<br />
devem estar disponíveis no local<br />
onde a amostragem é realizada.<br />
Os planos de amostragem<br />
devem, sempre que viável, ser<br />
baseados em métodos estatísticos<br />
apropriados. O processo de<br />
amostragem deve abranger os<br />
fatores a serem controlados, de<br />
forma a assegurar a validade dos<br />
resultados da avaliação.<br />
Enfim, a qualidade dos laboratórios<br />
clínicos e a emissão de laudos<br />
corretos e confiáveis dependem de<br />
vários fatores: da capacidade técnica<br />
dos profissionais que realizam<br />
os exames, da eficiência e eficácia<br />
dos equipamentos, que devem<br />
estar calibrados e monitorados e,<br />
ainda, da qualidade e desempenho<br />
dos reagentes usados para a<br />
realização dos exames laboratoriais<br />
dos diferentes analitos que a classe<br />
médica solicita para complementar<br />
os seus diagnósticos e monitorar os<br />
seus clientes.<br />
Deve ser uma preocupação de<br />
todos os profissionais da área conhecer<br />
melhor a qualidade e o<br />
desempenho dos produtos de diagnósticos<br />
que os fabricantes colocam<br />
à disposição dos laboratórios<br />
clínicos. Diante disto, é importante<br />
que seja feita a avaliação da conformidade<br />
destes produtos.<br />
Mauricio Ferraz de Paiva é<br />
engenheiro eletricista, especialista<br />
em desenvolvimento em sistemas,<br />
presidente do Instituto Tecnológico<br />
de Estudos para a Normalização e<br />
Avaliação de Conformidade (Itenac)<br />
e presidente da Target Engenharia e<br />
Consultoria<br />
mauricio.paiva@target.com.br
Metrologia<br />
Materiais de Referência Certificados<br />
produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça<br />
no combate às drogas de abuso<br />
Uso dos MRC é um instrumento importante para que a prova pericial seja sólida e dê suporte para<br />
que o juízo forme sua convicção, prendendo culpados e liberando inocentes, o que traz ganho para<br />
toda a sociedade<br />
Por Rodrigo Borges de Oliveira<br />
48<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Em 11 de agosto passado, o Instituto<br />
Nacional de Metrologia, Qualidade<br />
e Tecnologia (Inmetro) repassou<br />
à Polícia Federal, no Campus<br />
de Laboratórios de Xerém, 1.000<br />
unidades de Materiais de Referência<br />
Certificados (MRC) para três<br />
drogas de elevada pureza: cocaína,<br />
diazepam e flunitrazepam, estes últimos<br />
usados no golpe “Boa Noite,<br />
Cinderela”, causando sedação e<br />
amnésia, deixando a vítima vulnerável<br />
para sofrer violência sexual e<br />
assalto.<br />
Um MRC é um padrão de análise<br />
de mais alta confiabilidade metrológica<br />
utilizada para calibração,<br />
controle de qualidade, validação de<br />
métodos e determinação da exatidão<br />
de resultados. Os MRC são<br />
produzidos seguindo a norma ABNT<br />
NBR ISO 17034: Requisitos gerais<br />
para a competência de produtores<br />
de material de referência.<br />
O Inmetro já produzia MRC em<br />
diversas áreas, mas a produção de<br />
MRC na área forense é algo inédito<br />
no Brasil. Do melhor do nosso conhecimento,<br />
tais materiais são produzidos<br />
pela Austrália, Estados Unidos<br />
e Inglaterra, sendo que apenas<br />
a Austrália produz materiais com<br />
tamanho rigor metrológico como<br />
os produzidos agora pelo Inmetro.<br />
E foi inclusive no Instituto de Metrologia<br />
da Austrália que pesquisadores<br />
do Inmetro estiveram em<br />
2013 para conhecer a abordagem<br />
do instituto australiano de certificação<br />
de drogas de abuso e outras<br />
substâncias de interesse forense<br />
de modo a elaborar um plano de<br />
certificação adaptado à realidade e<br />
necessidade brasileira.<br />
A demanda para a produção de<br />
MRC de substâncias de interesse<br />
forense partiu de um pedido do Ministério<br />
da Justiça para o Inmetro.<br />
Isso porque os processos judiciais<br />
envolvendo drogas de abuso sempre<br />
requerem perícia criminal, o<br />
que gera um laudo pericial, prova<br />
a ser analisada pelo juiz. Caso haja<br />
alguma dúvida quanto ao resultado<br />
alcançado nas análises químicas,<br />
por exemplo, o laudo pode ser<br />
contestado. Com o uso do MRC<br />
isso pode ser evitado. As análises<br />
feitas rotineiramente pelos peritos<br />
criminais em seus laboratórios requerem<br />
a identificação de substâncias<br />
apreendidas ou a confirmação<br />
e quantificação das mesmas em<br />
matrizes biológicas (como sangue,<br />
urina, cabelo e saliva). Os métodos<br />
usados rotineiramente pela perícia<br />
criminal para fazer tal identificação<br />
são comparativos, ou seja, exigem<br />
que a amostra testada (suspeita)<br />
seja comparada com um padrão<br />
legítimo e inequívoco da droga que<br />
se esteja buscando. Os MRC são<br />
esse padrão legítimo e inequívoco,<br />
o que permite que a comparação<br />
seja feita sem gerar dúvidas no<br />
resultado. Sem o uso dos MRC, os<br />
laudos periciais podem ser contestados<br />
e, até mesmo, desconsiderados.<br />
Assim, o uso dos MRC é um<br />
instrumento importantíssimo para<br />
que a prova pericial seja sólida e<br />
dê suporte para que o juízo forme<br />
sua convicção, prendendo culpados<br />
e liberando inocentes, o que<br />
traz ganho para toda a sociedade.<br />
A capacidade de se produzir<br />
MRC de drogas de abuso e outras<br />
substâncias de interesse forense<br />
coloca o Brasil em destaque no cenário<br />
internacional, como parte do<br />
seleto grupo de países detentores<br />
dessa alta tecnologia. É evidente<br />
que agora as investigações criminais<br />
ganharão força com o uso dos<br />
padrões, considerados ferramentas<br />
essenciais para se chegar a<br />
resultados precisos e inequívocos<br />
nas análises toxicológicas e quantitativas<br />
do perfil químico de entorpecentes,<br />
com prazos e custos<br />
menores.<br />
Estudo realizado pelo Inmetro<br />
aponta que, caso as 1.000 unidades<br />
de MRC entregues à Polícia<br />
Federal fossem adquiridas<br />
diretamente no mercado nacional<br />
ou via importação, custariam à<br />
Polícia Federal, em média, R$ 5,4<br />
milhões. Pelos termos do acordo<br />
de parceria estabelecido entre<br />
o Inmetro e a Polícia Federal, os
padrões produzidos pelo Inmetro,<br />
orçados no valor total de R$ 475<br />
mil (menos de 10% do valor de<br />
mercado), foram repassados sem<br />
custo. A parceria prevê, ainda, o<br />
desenvolvimento de vários outros<br />
MRC, além de ensaios de proficiência<br />
e desenvolvimento de metodologias<br />
analíticas em ciências e<br />
metrologia forense. É importante<br />
destacar que os investimentos<br />
para a implantação do laboratório<br />
do Inmetro onde os MRC são<br />
produzidos foram de cerca de R$<br />
2,6 milhões, dos quais a metade<br />
foi repassada pela Financiadora<br />
de Estudos e Projetos (Finep) e a<br />
outra metade pelo próprio Inmetro.<br />
Isso mostra que apenas este primeiro<br />
repasse de MRC gerou uma<br />
economia ao país que superou o<br />
investimento inicial feito pela Finep<br />
e o Inmetro juntos. O papel da<br />
Finep na construção deste marco<br />
foi fundamental. Atualmente estamos<br />
tentando conseguir financiamentos<br />
para a manutenção deste<br />
projeto e dar continuidade a um rol<br />
amplo de substâncias de interesse<br />
forense demandados pelo Ministério<br />
da Justiça.<br />
Os MRC estão contidos em frascos<br />
contendo cerca de 10 a 50 mg<br />
da droga purificada ou sintetizada<br />
devidamente caracterizada quanto<br />
à sua composição e grau de pureza<br />
pelas mais sofisticadas técnicas<br />
analíticas, além de ter passado<br />
por estudos de homogeneidade<br />
e estabilidade. Os quadros 1 e 2<br />
comparam os MRC de cocaína e<br />
flunitrazepam produzidos no Inmetro<br />
(http://www.inmetro.gov.<br />
br/metcientifica/mrc.asp) com os<br />
produzidos pelo Instituto de Metrologia<br />
da Austrália. O quadro 3<br />
apresenta os dados do MRC de<br />
diazepam produzido somente pelo<br />
Inmetro, visto que a Austrália nunca<br />
produziu este MRC.<br />
Conforme depreendido dos Quadros<br />
1, 2 e 3, os MRC produzidos<br />
pelo Inmetro possuem pureza ainda<br />
mais elevada, menores incertezas<br />
e maior prazo de validade que<br />
os MRC produzidos na Austrália.<br />
Segundo Elvio Dias Botelho, Perito<br />
Criminal da Polícia Federal e<br />
Chefe do Serviço de Perícias de<br />
Laboratório (SEPLAB) do Instituto<br />
Nacional de Criminalística (INC/<br />
DITEC), até o momento, a Polícia<br />
Federal vinha tendo acesso a MRC<br />
de entorpecentes a cada dois anos,<br />
por meio do Escritório das Nações<br />
Unidas sobre Drogas e Crimes<br />
(UNODC), para uso em exercícios<br />
de proficiência semestrais. Doações<br />
ocasionais também ocorreram,<br />
como no caso de padrões<br />
advindos do Governo britânico.<br />
Botelho ainda relatou que alto<br />
custo e entraves burocráticos dificultam<br />
a aquisição direta de MRC<br />
de drogas de abuso. Para a compra<br />
de 15 MRC que seriam utilizados na<br />
quantificação de THC (tetrahidrocannabinol,<br />
principal componente<br />
ativo da maconha), por exemplo, o<br />
processo levou cerca de dois anos.<br />
Os padrões fornecidos pelo Inmetro<br />
foram destinados aos laboratórios<br />
de química forense que<br />
compõem a rede da Polícia Federal<br />
em todo o país, e poderão ser<br />
doados, mediante solicitação, a<br />
outras instituições que atuam na<br />
área forense, como os Institutos de<br />
Criminalísticas (IC) e Institutos Médicos<br />
Legais (IML) estaduais, para<br />
realização de exames químicos e<br />
toxicológicos.<br />
Os MRC também serão utilizados<br />
para atender a solicitações da Justiça<br />
ou de delegados para análises<br />
de perfil químico que sirvam como<br />
prova científica no âmbito judicial.<br />
Atenderão, ainda, a demandas do<br />
Projeto Perfil Químico da Polícia<br />
Federal. Ao identificar e quantificar<br />
impurezas e adulterantes em drogas<br />
apreendidas, o projeto permite<br />
estabelecer características das<br />
amostras e compará-las. Para um
Metrologia<br />
50<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
laboratório acreditado na norma<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005,<br />
como o do Instituto Nacional de<br />
Criminalística da Polícia Federal,<br />
em Brasília, o uso de MRC é fundamental.<br />
Atualmente, o Inmetro está em<br />
fase final de desenvolvimento e<br />
certificação de outros MRC de interesse<br />
forense. Estão em produção<br />
para serem entregues à Polícia Federal,<br />
ainda neste ano, os MCRs de<br />
metabólitos da cocaína e produtos<br />
de degradação – benzoilecgonina,<br />
metilecgonina e econina – e o MRC<br />
de cafeína, um importante adulterante<br />
em amostras de cocaína<br />
apreendidas.<br />
Após uso de cocaína, o próprio<br />
corpo, com o tempo, converte a<br />
cocaína em outras substâncias,<br />
chamadas de metabólitos. Essas<br />
substâncias servem como marcadores<br />
de uso de cocaína, pois<br />
permanecem no corpo por mais<br />
tempo que a cocaína. Assim, a<br />
pesquisa dessas substâncias em<br />
matrizes biológicas, como urina e<br />
cabelo, pode contar a história de<br />
uso da cocaína por um indivíduo,<br />
mesmo depois que a cocaína já<br />
não está mais presente no corpo.<br />
Daí a importância dos MRC de<br />
metabólitos da cocaína nas investigações<br />
criminais.<br />
Em seguida, está programada a<br />
produção de materiais de referência<br />
para metanfetamina e ecstasy.<br />
Em muito breve, e se continuarmos<br />
a contar com o apoio das agências<br />
de fomento, como a Finep, o Brasil<br />
poderá manter um portfólio extenso<br />
de MRC de drogas de abuso e<br />
outras substâncias de interesse<br />
forense, auxiliando a investigação<br />
policial a custos baixíssimos e<br />
sem burocracia, contribuindo, em<br />
última instância, para o bem estar<br />
da sociedade devido à importância<br />
jurídica e confiabilidade que<br />
o uso destes MRC traz dentro do<br />
processo judicial, além de tornar<br />
o Brasil conhecido mundialmente<br />
como detentor de um processo<br />
que envolve alto grau tecnológico<br />
e inventivo, mostrando nossa alta<br />
capacidade científica.<br />
Rodrigo Borges de Oliveira é<br />
pesquisador do Instituto Nacional<br />
de Metrologia, Normalização e<br />
Qualidade Industrial (INMETRO)<br />
atuando dentro do Programa de<br />
Metrologia Forense, e consultor<br />
em Propriedade Industrial (ênfase<br />
em patentes de fármacos e<br />
medicamentos)
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Em foco Científico<br />
Gerenciando a complexidade<br />
da produção microbiana de biocombustíveis<br />
com a informática integrada<br />
Barbara van Cann<br />
52<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A produção de biocombustíveis<br />
sofreu uma revolução nas<br />
últimas décadas. Os processos<br />
mais recentes que dependem de<br />
micro-organismos geneticamente<br />
modificados para quebrar a biomassa<br />
estão ajudando a produzir<br />
uma vasta gama de combustíveis<br />
de forma mais eficiente a partir<br />
de um conjunto de matérias-primas<br />
mais amplo.<br />
Veja, por exemplo, o butanol.<br />
É um biocombustível de cadeia<br />
superior considerado por alguns<br />
como uma alternativa mais adequada<br />
a longo prazo ao etanol,<br />
que está atualmente na base<br />
da indústria de biocombustíveis<br />
dos EUA. Suas propriedades físicas<br />
mais favoráveis, tais como<br />
um teor de energia mais elevado,<br />
uma menor solubilidade em<br />
água e um potencial para ser<br />
usado em proporções de mistura<br />
de gasolina mais elevadas, garantem<br />
uma série de vantagens<br />
em relação ao etanol como um<br />
substituto da gasolina.<br />
Vários micro-organismos anaeróbicos,<br />
como o Clostridium acetobutylicum,<br />
são extremamente<br />
conhecidos por produzir álcoois de<br />
cadeia superior, como o butanol,<br />
enquanto produtos provenientes<br />
do metabolismo do açúcar. Entretanto,<br />
estes processos se mostraram<br />
bastante ineficientes para<br />
serem comercialmente viáveis . Os<br />
recentes avanços na engenharia<br />
metabólica e genética de estirpes<br />
da bactéria E. Coli tornaram possível,<br />
atualmente, produzir uma vasta<br />
gama de biocombustíveis alternativos<br />
através de processos altamente<br />
otimizados e comercialmente<br />
viáveis (1).<br />
Porém, embora os processos<br />
de produção de biocombustíveis<br />
com base em microbiologia avançada<br />
possam ser mais eficientes<br />
e fornecer um maior rendimento<br />
do produto em comparação com<br />
as abordagens convencionais,<br />
eles são consideravelmente mais<br />
difíceis de gerenciar. Os desafios<br />
adicionais que os processos de microbiologia<br />
avançada apresentam<br />
em relação ao controle de qualidade,<br />
à eficiência de produção e<br />
conformidade regulatória, atribuem<br />
maior importância à informática<br />
especializada e ao gerenciamento<br />
de dados. Soluções de informática<br />
integrada, com base em Sistema<br />
de gerenciamento de informações<br />
de laboratório (LIMS) e Sistema<br />
de dados de cromatografia (CDS),<br />
estão ajudando os produtores de<br />
biocombustíveis avançados a gerenciar<br />
esta complexidade e a garantir<br />
processos fiáveis, seguros e<br />
eficientes.<br />
Mais dados, menos tempo de<br />
inatividade<br />
Enquanto as fermentações baseadas<br />
na levedura usadas para<br />
produzir etanol a partir de estoques<br />
de matérias-primas de primeira geração<br />
exigiam relativamente pouco<br />
em relação ao monitoramento de<br />
reação, os micro-organismos geneticamente<br />
modificados usados<br />
nos atuais processos de produção<br />
de biocombustíveis avançados<br />
são muito mais sensíveis a fatores<br />
ambientais. As toxinas presentes<br />
nas matérias-primas, ou aquelas<br />
geradas durante o pré-tratamento<br />
da biomassa, podem inibir a fermentação,<br />
limitando, portanto, a<br />
eficiência do processo. Até mesmo<br />
variações na temperatura ou no pH<br />
podem potencialmente matar as<br />
bactérias, causando a interrupção<br />
da produção.<br />
Para minimizar estes riscos, os<br />
produtores de biocombustíveis<br />
dependem de um conjunto de<br />
tecnologias analíticas de alto desempenho,<br />
tais como a espectroscopia<br />
de infravermelho próximo<br />
(NIR), cromatografia gasosa (GC),<br />
cromatografia iônica (IC), cromatografia<br />
líquida (LC) com detecção<br />
por aerossol carregado (CAD) ou<br />
espectrometria de massa (MS) e<br />
a espectrometria de massa por<br />
plasma acoplado indutivamente<br />
(ICP-MS), para realizar verificações<br />
de qualidade ao longo da<br />
produção de biocombustíveis,<br />
desde o monitoramento da fermentação<br />
e da caracterização da<br />
matéria-prima até o controle de<br />
qualidade do produto final.<br />
No entanto, este intenso controle<br />
do processo produz dados em<br />
grande escala. Quando bem gerenciados,<br />
estes dados possuem o
potencial para agilizar processos,<br />
assegurar a qualidade e garantir<br />
uma produção rentável. Se mal<br />
gerenciados, eles podem nem<br />
mesmo existir.<br />
Muitas instalações estão agora<br />
utilizando LIMS e CDS integrados<br />
para coletar e gerenciar estes dados<br />
a fim de garantir processos otimizados.<br />
As plataformas LIMS que<br />
empregam recursos estatísticos de<br />
controle de qualidade, por exemplo,<br />
aplicam algoritmos avançados para<br />
identificar e notificar os gerentes<br />
de laboratório a respeito de resultados<br />
não abrangidos pelos limites<br />
aceitáveis. Os problemas de qualidade<br />
podem, portanto, ser detectados<br />
a tempo, tornando possível<br />
interromper os processos antes da<br />
contaminação de outros lotes.<br />
Certamente, com processos de<br />
produção sendo executados a todo<br />
momento, uma das principais prioridades<br />
é garantir os maiores índices<br />
de tempo de atividade do instrumento.<br />
Para que isso aconteça,<br />
é necessário realizar manutenções<br />
adequadas e oportunas: um instrumento<br />
insatisfatório pode comprometer<br />
a confiabilidade dos dados<br />
de medição e, consequentemente,<br />
a qualidade do produto final. Um<br />
instrumento defeituoso pode até<br />
causar a interrupção total do processo,<br />
gerando perdas associadas<br />
de tempo e recursos.<br />
As falhas de instrumentos são<br />
normalmente um resultado de um<br />
declínio gradual no desempenho.<br />
Embora os sinais de aviso sejam<br />
sutis, eles podem ser detectados.<br />
Quando analisados e apresentados<br />
pela tendência, os dados, tais<br />
como as medições de referência,<br />
as contagens de área e os tempos<br />
de retenção, podem ser usados<br />
para avaliar o estado geral<br />
do instrumento. O CDS e o LIMS<br />
possuem recursos para monitorar<br />
o desempenho do equipamento<br />
para, desta forma, planejar o tempo<br />
de inatividade como parte de<br />
um plano de manutenção regular.
Em foco Científico<br />
54<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Além disso, algumas plataformas<br />
CDS permitem operar o instrumento<br />
independentemente da<br />
rede, garantindo a execução contínua<br />
das sequências analíticas e<br />
a acessibilidade dos dados para<br />
processamento mesmo durante<br />
eventos inesperados, como interrupções<br />
de rede.<br />
Processos sólidos produzem<br />
resultados confiáveis<br />
Os produtores de biocombustíveis<br />
estão sujeitos a uma série<br />
de regulamentações e requisitos<br />
de controle de qualidade, incluindo<br />
aqueles implementados pela<br />
ASTM International e pela Agência<br />
de Proteção Ambiental dos Estados<br />
Unidos (EPA), para garantir a qualidade<br />
e segurança do combustível.<br />
Veja, por exemplo, a ASTM D7862<br />
– uma especificação que define<br />
métodos de teste e requisitos de<br />
desempenho para a mistura de<br />
butanol com gasolina em níveis de<br />
1–12,5%. O teor de água, a acidez,<br />
os níveis de cloreto inorgânico,<br />
o enxofre e o sulfato devem ser<br />
todos monitorados. Desta forma, é<br />
necessária uma série de técnicas<br />
analíticas, cada uma com o seu<br />
próprio procedimento de operação<br />
padrão (SOP).<br />
Essas análises podem ser desafiadoras,<br />
uma vez que envolvem<br />
amostras complexas e demoradas<br />
e uma preparação de calibração<br />
padrão. As inconsistências na implementação<br />
dos SOPs nesses testes<br />
podem comprometer a qualidade<br />
dos dados e colocar em risco a<br />
conformidade regulatória, resultando,<br />
possivelmente, em atrasos dispendiosos<br />
e, até mesmo, em danos<br />
à reputação. Portanto, é essencial<br />
que esses testes sejam sempre realizados<br />
corretamente.<br />
Além disso, cada uma dessas<br />
técnicas analíticas pode exigir seu<br />
próprio pacote de software, conferindo<br />
maior complexidade em<br />
termos de formação de analistas.<br />
Porém, com um sistema automatizado<br />
executando um LIMS e CDS<br />
capazes de lidar com múltiplas técnicas<br />
de cromatografia a partir de<br />
diferentes fornecedores e incluindo<br />
recursos de MS quantitativa, essa<br />
complexidade pode ser significativamente<br />
reduzida.<br />
Para realizar quantificações de<br />
cloreto via IC, por exemplo, com<br />
todos os parâmetros de método<br />
relevantes para um protocolo de<br />
cromatografia armazenado em um<br />
LIMS, um CDS com um sistema de<br />
execução integrado pode baixar o<br />
protocolo e iniciar a sequência analítica.<br />
Isso não somente economiza<br />
tempo, como também garante que<br />
cada análise cumpra os requisitos<br />
do SOP. Além disso, quando houver<br />
a necessidade de realizar novos<br />
métodos ou modificações para um<br />
conjunto de SOPs, um LIMS pode<br />
efetuar este processo com maior<br />
rapidez e conveniência.<br />
Alguns CDSs proporcionam um<br />
nível superior de automação, reduzindo,<br />
consequentemente, o tempo<br />
das etapas de processamento<br />
e análise de dados. Um CDS com<br />
parâmetros de controle de execução<br />
inteligentes pode aumentar a<br />
eficiência do processo ao adotar<br />
ações predefinidas com base em<br />
critérios de aprovação ou reprovação.<br />
Desta forma, o software pode,<br />
por exemplo, instruir o instrumento<br />
a reinjetar amostras, executar uma<br />
diluição ou cancelar uma execução,<br />
sem precisar da intervenção<br />
do usuário. Esses sistemas ajudam<br />
a minimizar a necessidade<br />
de repetir medições manualmente,<br />
aumentando cada vez mais a produtividade<br />
e a eficiência.<br />
À medida que a indústria continua<br />
a evoluir e os novos processos<br />
dependentes da microbiologia sensitiva<br />
se tornam a norma, é provável<br />
que a supervisão regulamentar<br />
aumente. Para cumprir estes requisitos,<br />
os produtores de biocombustíveis<br />
provavelmente deverão<br />
demonstrar que os seus processos,<br />
assim como os seus produtos, estão<br />
em total conformidade com as<br />
especificações relevantes.<br />
As plataformas LIMS e CDS integradas<br />
podem ajudar os operadores<br />
a obter informações associadas<br />
a um processo de produção<br />
específico com apenas um clique.<br />
Muitos CDSs podem gerar automaticamente<br />
uma trilha de auditoria<br />
detalhada de todas as ações<br />
do usuário, juntamente com todos<br />
os dados e condições da série de<br />
cromatogramas. Diretamente integrados<br />
com um LIMS, os usuários<br />
podem recuperar de forma prática<br />
todas as informações no formato<br />
correto, garantindo, assim, os mais<br />
altos níveis de perfeição e integridade<br />
dos dados.<br />
Conclusão<br />
Para gerenciar a complexidade<br />
dos atuais processos de produção<br />
de biocombustíveis, que atribuem<br />
uma maior importância ao monitoramento<br />
ambiental e ao controle<br />
de qualidade, os métodos usados<br />
para a coleta, análise e armazenamento<br />
de dados devem ser eficientes<br />
e fiáveis. As soluções de<br />
informática integrada, incluindo<br />
software LIMS e CDS, podem ajudar<br />
os produtores de biocombustíveis<br />
das próximas gerações a enfrentar<br />
estes desafios e a garantir<br />
que os biocombustíveis avançados<br />
tenham um futuro rentável.<br />
(1) Koppolu V and Vasigala VKR, Role of<br />
Escherichia coli in Biofuel Production, Microbiology<br />
Insights, 2016, DOI: 10.4137/MBI.<br />
S10878<br />
Barbara van Cann, especialista em<br />
produtos, software de cromatografia,<br />
Thermo Fisher Scientific
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HOSPITALARES<br />
PRODUTOS<br />
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MATERIAL<br />
PROMOCIONAL<br />
FARMÁCIA<br />
MEDICAMENTOS<br />
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Remoções de Importações – DTA – DTC – DI<br />
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em foco<br />
Analítica: Uma ótima opção para terceirização de rotinas, estudos e P&D<br />
56<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A Analítica é um Centro analítico<br />
e de P&D acreditado segundo os<br />
requisitos da ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025:2005, habilitado pela ANVI-<br />
SA (Reblas 131 e EQFAR048), bem<br />
como, Licenciado MAPA (Licença<br />
SP000545-2) para estudos e ensaios<br />
em medicamentos, matérias-<br />
-primas, cosméticos, correlatos,<br />
produtos de higiene e meio ambiente<br />
(águas e solos).<br />
A crescente demanda de qualidade<br />
exigida pelas agências reguladoras<br />
brasileiras e estrangeiras<br />
fez com que a Analítica se desenvolvesse<br />
não só na área de serviços<br />
analíticos, mas também como<br />
Centro de Estudos e Pesquisa &<br />
Desenvolvimento, nas áreas Farmacêutica,<br />
Cosmética, Alimentícia,<br />
Ambiental e Toxicológica, todos<br />
distribuídos em uma estrutura de<br />
laboratórios com mais de 1.600m²<br />
de área, divididos em células<br />
físico-químicas e microbiológicas,<br />
inclusive com Área limpa e de análises<br />
em produtos Oncológicos e<br />
de alta toxicidade.<br />
Nossos principais serviços são:<br />
• Estudos de Degradação Forçada<br />
conforme RDC-53 de 04 de<br />
Dezembro de 2015;<br />
• Estudos de Estabilidade de Fármacos,<br />
Cosméticos e Medicamentos<br />
de uso Humano e Veterinário;<br />
• Estudos de Equivalência Farmacêutica<br />
em medicamentos<br />
sólidos, semi-sólidos e líquidos,<br />
estéreis e não estéreis, inclusive<br />
Oncológicos.<br />
• Desenvolvimentos e Validações<br />
de Metodologias Analíticas, inclusive<br />
de Dissolução de Medicamentos<br />
com Estudos de Solubilidade;<br />
• Análises Físico-químicas em<br />
Águas, Solos, Combustíveis, Óleos,<br />
Cosméticos, Domissanitários,<br />
Matérias-primas e Medicamentos<br />
de Uso Humano e Veterinário;<br />
• Análises Microbiológicas em<br />
Águas, Cosméticos, Matérias-<br />
-primas, Correlatos, Embalagens,<br />
Produtos de Higiene (Absorventes,<br />
Fraldas, Papel Higiênico), Domissanitários<br />
e Medicamentos de Uso<br />
Humano e Veterinário, inclusive ensaios<br />
de Esterilidade e Endotoxinas<br />
Bacterianas (Gel clot, Colorimétricas<br />
e Turbidimétricas).<br />
A Analítica tem como objetivo a<br />
satisfação de seus Parceiros, portanto<br />
oferecemos flexibilidade de<br />
contratos, adequando forma de<br />
trabalho e/ou prazos as suas necessidades.<br />
Seja nosso Parceiro!<br />
Analitica Lab<br />
Tel: 11 4748-2730 / 4747-7485<br />
analitica@analiticalab.com.br
em foco<br />
IKA desenvolve forno de secagem universal para laboratório e pesquisa<br />
58<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Staufen, Alemanha – Com o lançamento<br />
no mercado de um forno<br />
de secagem em duas variantes,<br />
a IKA, uma das empresas líderes<br />
mundiais em tecnologia de laboratório,<br />
análise e processamento,<br />
amplia o portfólio para os clientes<br />
dos setores de laboratório e pesquisa<br />
com uma nova e importante<br />
área de produtos.<br />
O “IKA Oven 125 basic dry”<br />
se destaca em especial por uma<br />
secagem rápida e uniforme, algo<br />
que os engenheiros da IKA conseguiram<br />
graças a uma distribuição<br />
homogênea da temperatura e uma<br />
otimização da convecção natural<br />
dentro do forno de secagem.<br />
A própria IKA designa o “IKA<br />
Oven 125 basic dry” como um talento<br />
universal, um parceiro confiável<br />
não só em laboratórios e no<br />
âmbito de projetos de pesquisa,<br />
mas também no ambiente industrial,<br />
como por exemplo, no controle<br />
de qualidade, para resultados<br />
de secagem ideais em trabalhos<br />
de cozimento, endurecimento,<br />
têmpera ou aquecimento.<br />
Além dos altos padrões de segurança,<br />
que são indispensáveis<br />
nos fornos de secagem, devido<br />
aos períodos de funcionamento<br />
extremamente prolongados e muitas<br />
vezes diários, o novo forno de<br />
secagem da IKA se destaca em<br />
especial por sua confiabilidade e<br />
seu conforto operacional elevado.<br />
Graças ao isolamento especial, as<br />
emissões de odores incômodos<br />
são reduzidas durante o funcionamento<br />
contínuo, até mesmo com<br />
temperaturas elevadas.<br />
O volume interno do “IKA Oven<br />
125 basic dry” é de 125 litros e,<br />
no seu interior, até seis prateleiras<br />
tornam possível uma armazenagem<br />
otimizada das amostras a secar.<br />
O forno de secagem também<br />
está disponível na variante “IKA<br />
Oven 125 basic dry – glass”, no<br />
qual uma porta de vidro integrada<br />
permite um controle visual permanente<br />
do progresso da secagem.<br />
A IKA desenvolve tecnologias e<br />
produtos para a tecnologia de laboratório,<br />
análise e processamento<br />
que são comercializados em<br />
mais de 150 países. Para além<br />
da Alemanha, atualmente a IKA<br />
também está representada nos<br />
EUA, China, Malásia, Japão, Índia,<br />
Brasil, Coreia, Inglaterra e Polônia<br />
com sucursais próprias.<br />
IKA® Brasil<br />
Rua Alfredo da Costa Figo, n°. 102,<br />
Jardim Santa Cândida, Campinas – SP<br />
CEP 13087-534 – Brasil<br />
Telefone: +55 19 3772-9600,<br />
Fax: +55 19 3772-9601<br />
sales@ika.net.br | www.ika.com
ElectraSyn 2.0<br />
/// Um potenciostato, um dispositivo analítico<br />
e uma placa de agitação, tudo em um único aparelho<br />
Em uma iniciativa única, o proprietário da IKA, René Stiegelmann fez uma<br />
parceria com o professor Phil S. Baran do mundialmente reconhecido<br />
Scripps Research Institute de La Jolla, Califórnia (EUA). Nos últimos três anos,<br />
engenheiros e químicos trabalharam juntos para desenvolver um produto<br />
que combinasse duas divisões químicas: a Sociedade dos Eletroquímicos e a<br />
Sociedade da Química Orgânica Sintética, essa sociedades normalmente não<br />
tem nada em comum.<br />
ElectraSyn 2.0<br />
Ready To Go package<br />
Pacote pronto para usar<br />
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O ÁPICE DE ANOS DE PESQUISA E A UNIÃO<br />
DA ENGENHARIA E DA SÍNTESE.<br />
PHIL BARAN<br />
WWW.IKA.COM
em foco<br />
Do sonho à realização: CRAL 40 anos de história!<br />
DO SONHO À REALIZAÇÃO: CRAL 40 ANOS DE HISTÓRIA!<br />
60<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Fundada em março de 1977 pelo jovem<br />
casal Minela e Romeo Cecconello, a CRAL<br />
era um sonho em suas mentes... o sonho<br />
de começar uma nova vida no Brasil.<br />
Modesto, o negócio funcionava ao lado<br />
da residência da família. Ali eram comercializados<br />
os primeiros produtos – entre os<br />
principais, as ponteiras tipo MLA - distribuídos<br />
para clientes da grande São Paulo.<br />
Tinha início então uma história com<br />
empenho, determinação e sucesso daquela<br />
que viria a ser uma das mais importantes<br />
empresas produtoras e importadoras<br />
de insumos médico hospitalares<br />
do país. Do começo modesto como uma<br />
pequena distribuidora, a empresa conquistou<br />
o mercado e passou a ditar inovações<br />
para o setor, sendo rapidamente<br />
reconhecida no Brasil e no exterior.<br />
No início dos anos 80 a determinação<br />
dos fundadores fez com que a empresa<br />
se transformasse em uma grande distribuidora<br />
de vidraria, equipamentos e reagentes<br />
em São Paulo, que culminou na<br />
consolidação da CRAL no mercado como<br />
um dos mais sólidos nomes.<br />
Na década seguinte o falecimento do<br />
fundador fez com que a esposa tomasse<br />
a direção da empresa e, algum tempo<br />
depois, a segunda geração – Ricardo e<br />
Rony Cecconello, filhos do casal – passaram<br />
a participar ativamente do dia a dia<br />
da empresa.<br />
Já estabelecida, a companhia alçava<br />
vôos maiores e, em 1995, lançou o projeto<br />
de importação de insumos descartáveis.<br />
Começava então a movimentação<br />
para se consolidar como uma das principais<br />
importadoras brasileiras de itens<br />
plásticos para a área diagnóstica.<br />
“A partir daí, ampliamos os horizontes<br />
e percebemos que a CRAL estava crescendo”,<br />
relembra Minela Pascal Cecconello .<br />
Fundada em março de 1977 pelo jovem casal<br />
Minela e Romeo Cecconello, a CRAL era um<br />
sonho em suas mentes... o sonho de começar<br />
uma nova vida no Brasil.<br />
Modesto, o negócio funcionava ao lado da<br />
residência da família. Ali eram comercializados<br />
os primeiros produtos – entre os principais, as<br />
ponteiras tipo MLA - distribuídos para clientes<br />
da grande São Paulo.<br />
Tinha início então uma história com empenho,<br />
determinação e sucesso daquela que viria a ser<br />
uma das mais importantes empresas<br />
produtoras e importadoras de insumos médicohospitalares<br />
do país. Do começo modesto como<br />
uma pequena distribuidora, a empresa<br />
conquistou o mercado e passou a ditar<br />
inovações para o setor, sendo rapidamente<br />
reconhecida no Brasil e no exterior.<br />
No início dos anos 80 a determinação dos<br />
fundadores fez com que a empresa se<br />
transformasse em uma grande distribuidora de<br />
vidraria, equipamentos e reagentes em São<br />
Paulo, que culminou na consolidação da CRAL<br />
no mercado como um dos mais sólidos nomes.<br />
Na década seguinte o falecimento do fundador<br />
fez com que a esposa tomasse a direção da<br />
empresa e, algum tempo depois, a segunda<br />
geração – Ricardo e Rony Cecconello, filhos do<br />
casal – passaram a participar ativamente do dia<br />
a dia da empresa.<br />
Já estabelecida, a companhia alçava vôos<br />
maiores e, em 1995, lançou o projeto de<br />
i mportação de insumos descartáveis.<br />
Começava então a movimentação para se<br />
c o n s o l i d a r c o m o u m a d a s p r i n c i p a i s<br />
importadoras brasileiras de itens plásticos para<br />
a área diagnóstica.<br />
“A partir daí, ampliamos os horizontes e<br />
percebemos que a CRAL estava crescendo”,<br />
r e l e m b r a M i n e l a P a s c a l C e c c o n e l l o .<br />
“Passamos a oferecer uma vasta linha de<br />
descartáveis. Com isso nos tornamos uma das<br />
maiores importadoras do segmento expandindo<br />
o atendimento em nível nacional”, enfatiza a<br />
fundadora.<br />
O ano seguinte foi marcado pela participação da<br />
empresa em importantes eventos do setor.<br />
“Começamos a difundir a marca entre os<br />
principais formadores de opinião”, diz o diretor<br />
Ricardo Cecconello, que acrescenta: “Desde<br />
então não paramos de participar dos principais<br />
encontros do setor”.<br />
Ao longo da década seguinte a CRAL<br />
experimentou uma expansão ímpar: nova<br />
logomarca, nova comunicação, novo<br />
posicionamento e a inauguração de sua fábrica<br />
sinalizaram a entrada em uma nova era. Cada<br />
vez mais voltada à excelência, a empresa<br />
passou a investir pesado em sua unidade fabril,<br />
ganhando o reconhecimento como indústria<br />
plástica logo após a inauguração de suas novas<br />
instalações em 2002.<br />
“Passamos a oferecer uma vasta linha<br />
de descartáveis. Com isso nos tornamos<br />
uma das maiores importadoras do segmento<br />
expandindo o atendimento em<br />
nível nacional”, enfatiza a fundadora.<br />
O ano seguinte foi marcado pela participação<br />
da empresa em importantes<br />
eventos do setor.<br />
controlado.<br />
“Começamos a difundir a marca entre<br />
os principais formadores de opinião”, diz o<br />
diretor Ricardo Cecconello, que acrescenta:<br />
“Desde então não paramos de participar<br />
dos principais encontros do setor”.<br />
Ao longo da década seguinte a CRAL<br />
experimentou uma expansão ímpar:<br />
nova logomarca, nova comunicação,<br />
novo posicionamento 2 e a inauguração<br />
de sua fábrica sinalizaram a entrada em<br />
uma<br />
Cecconello.<br />
nova era. Cada vez mais voltada à<br />
excelência, a empresa passou a investir<br />
pesado em sua unidade fabril, ganhando<br />
o reconhecimento como indústria plástica<br />
logo após a inauguração de suas novas<br />
instalações em 2002.<br />
Mão de obra qualificada, certificações<br />
e participação nos mais importantes<br />
eventos nacionais e internacionais passaram<br />
a figurar na rotina da companhia,<br />
que passou a fabricar tubos e tampas<br />
plásticas, placas de petri PS, kits e coletores<br />
de urina. “A receptividade do mercado<br />
mostrou que estávamos no caminho<br />
certo”, diz o diretor Rony Cecconello, relembrando<br />
o sucesso atingido pela linha<br />
COMPLEXO LOGÍSTICO E INDUSTRIAL DA CRAL<br />
de produtos.<br />
Mas os avanços não pararam por aí.<br />
Após a inauguração em 2002 do moderno<br />
pólo industrial na cidade de Cotia, região<br />
Metropolitana de São Paulo, a CRAL<br />
ampliou ainda mais a infraestrutura e recursos<br />
de alta tecnologia para produção<br />
e estocagem de produtos plásticos em<br />
ambiente controlado.<br />
A partir de 2009 a demanda impulsionou<br />
nova expansão da estrutura. O foco<br />
no atendimento e no desenvolvimento<br />
de produtos cada vez mais customizados<br />
para atender as necessidades demandou<br />
uma nova e estratégica expansão e a<br />
inauguração do segundo prédio.<br />
Os investimentos também foram aumentando<br />
na mesma proporção: maquinário,<br />
moldes, certificações... tudo pensado<br />
para ampliar o portfólio e atender as<br />
divisões Diagnóstica, Biociência, Hospitalar<br />
e Farma. “Nossa postura e seriedade virou<br />
referência no setor, assim como a qualidade<br />
e competitividade dos nossos produtos”,<br />
lista o diretor Rony Cecconello.<br />
Em 2013 o terceiro prédio do complexo<br />
fabril foi inaugurado, totalizando mais<br />
de 10.000m2. “Foi então que nos demos<br />
conta de que havíamos nos transformado<br />
em uma das maiores empresas do<br />
segmento no Brasil. O sonho se transformou<br />
em uma realidade promissora,<br />
recorda Ricardo Cecconello.<br />
Ao longo das quatro décadas em<br />
Mão de obra qualificada, certificações e participação nos mais importantes<br />
eventos nacionais e internacionais passaram a figurar na rotina da<br />
companhia, que passou a fabricar tubos e tampas plásticas, placas de petri<br />
PS, kits e coletores de urina. “A receptividade do mercado mostrou que<br />
estávamos no caminho certo”, diz o diretor Rony Cecconello, relembrando o<br />
sucesso atingido pela linha de produtos.<br />
Mas os avanços não pararam por aí. Após a inauguração em 2002 do<br />
moderno pólo industrial na cidade de Cotia, região Metropolitana de São<br />
Paulo, a CRAL ampliou ainda mais a infraestrutura e recursos de alta<br />
tecnologia para produção e estocagem de produtos plásticos em ambiente<br />
A partir de 2009 a demanda impulsionou nova expansão da estrutura. O foco<br />
no atendimento e no desenvolvimento de produtos cada vez mais<br />
customizados para atender as necessidades demandou uma nova e<br />
estratégica expansão e a inauguração do segundo prédio.<br />
Os investimentos também foram aumentando na mesma proporção:<br />
maquinário, moldes, certificações... tudo pensado para ampliar o portfólio e<br />
atender as divisões Diagnóstica, Biociência, Hospitalar e Farma. “Nossa<br />
postura e seriedade virou referência no setor, assim como a qualidade e<br />
competitividade dos nossos produtos”, lista o diretor Rony Cecconello.<br />
Em 2013 o terceiro prédio do complexo fabril foi inaugurado, totalizando mais<br />
de 10.000m . “Foi então que nos demos conta de que havíamos nos<br />
transformado em uma das maiores empresas do segmento no Brasil. O<br />
sonho se transformou em uma realidade promissora, recorda Ricardo<br />
Ao longo das quatro décadas em operação a CRAL vem fazendo história e se<br />
destacando pela capacidade de atender as mais distintas demandas com<br />
soluções de qualidade, pautadas pela excelência. “Passamos a escrever um<br />
importante capítulo na indústria médico-hospitalar brasileira”, atesta Ricardo.<br />
Reconhecida pelo pioneirismo e qualidade, a empresa se especializou na<br />
fabricação de coletores e kits de urina, placas de Petri em PS , espéculo<br />
vaginal, espátula plástica de Ayre, tubos e tampas plásticas, microplacas e<br />
alças calibradas entre inúmeros outros itens que compõem um portfólio de<br />
mais de 700 produtos. Um completo sistema de logística integrado à<br />
distribuição e aliado ao serviço de atendimento customizado, proporciona<br />
aos clientes soluções para as mais diversas demandas.<br />
De capital 100% nacional, a CRAL atravessou fronteiras e conquistou<br />
importantes parceiros mundiais para importação e exportação de seus<br />
produtos e, desde 2015, exporta para a América Latina obedecendo aos mais<br />
rigorosos padrões internacionais de qualidade. Tudo respaldado pelo<br />
profissionalismo de uma equipe de mais de 200 colaboradores,<br />
comprometidos em manter o DNA da empresa em todos os processos.
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
61
encontros do setor”.<br />
Ao longo da década seguinte a CRAL<br />
experimentou uma expansão ímpar: nova<br />
logomarca, nova comunicação, novo<br />
posicionamento e a inauguração de sua fábrica<br />
sinalizaram a entrada em uma nova era. Cada<br />
em foco<br />
vez mais voltada à excelência, a empresa<br />
passou a investir pesado em sua unidade fabril,<br />
ganhando o reconhecimento como indústria<br />
plástica logo após a inauguração de suas novas<br />
instalações em 2002.<br />
produtos e, desde 2015, exporta para a América Latina obedecendo aos mais<br />
rigorosos padrões internacionais de qualidade. Tudo respaldado pelo<br />
profissionalismo de uma equipe de mais de 200 colaboradores,<br />
comprometidos em manter o DNA da empresa em todos os processos.<br />
operação a CRAL vem fazendo história<br />
e se destacando pela capacidade<br />
de atender as mais distintas demandas<br />
com soluções de qualidade, pautadas<br />
pela excelência. “Passamos a<br />
escrever um importante capítulo na<br />
indústria médico-hospitalar brasileira”,<br />
atesta Ricardo.<br />
Reconhecida pelo pioneirismo e qualidade,<br />
a empresa se especializou na<br />
fabricação de coletores e kits de urina,<br />
placas de Petri em PS , espéculo vaginal,<br />
espátula plástica de Ayre, tubos e<br />
tampas plásticas, microplacas e alças<br />
calibradas entre inúmeros outros itens<br />
que compõem um portfólio de mais de<br />
700 produtos. Um completo sistema de<br />
logística integrado à distribuição e aliado<br />
ao serviço de atendimento customizado,<br />
proporciona aos clientes soluções para as<br />
mais diversas demandas.<br />
De capital 100% nacional, a CRAL<br />
atravessou fronteiras e conquistou<br />
importantes parceiros mundiais para<br />
importação e exportação de seus produtos<br />
e, desde 2015, exporta para a<br />
América Latina obedecendo aos mais<br />
rigorosos padrões internacionais de<br />
qualidade. Tudo respaldado pelo profissionalismo<br />
de uma equipe de mais<br />
de 200 colaboradores, comprometidos<br />
em manter o DNA da empresa em todos<br />
os processos.<br />
Altmann apresenta alta tecnologia na feira Analítica<br />
62<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A Altmann marcará presença no<br />
evento Analítica Latin America, um<br />
dos principais eventos na área analítica.<br />
Oportunidade única de apresentar<br />
sua linha de equipamentos<br />
de marcas mundialmente reconhecida,<br />
voltadas aos mais variados<br />
setores do mercado.<br />
Com representação exclusiva da<br />
Malvern no Brasil, a nova geração<br />
dos granulômetros a laser, Mastersizer<br />
3000 vem com novo design<br />
e com um dos maiores range do<br />
mercado de 0.01µm a 3.5mm.<br />
Ainda na área de caracterização<br />
de partículas, a Malvern apresenta<br />
o Morphologi, uma solução para<br />
distribuição de forma e tamanho<br />
com opção de identificação química<br />
através de Raman, além do<br />
Spraytec para controle de tamanho<br />
das gotículas em spray, aerosol,<br />
MDI e DPI.<br />
A nanotecnologia será representada<br />
pelo Zetasizer Nano, equipamento<br />
líder no mercado com capacidade<br />
de medir além do tamanho<br />
na faixa de 0.3nm até 10 micras,<br />
Reômetro Kinexus, Malvern<br />
pode medir o ponto isoelétrico através<br />
do potencial zeta, peso molecular<br />
com a técnica de SLS.<br />
Como distribuição de tamanho<br />
de partículas está diretamente<br />
relacionado com a reologia, a<br />
Malvern oferece uma linha de reômetros<br />
de alta resolução com os<br />
mais variados tipos de acessórios<br />
para completo estudo de comportamento<br />
reológico.<br />
Também destacamos o novo<br />
moinho de bolas E-Max da Retsch,<br />
que tem como diferencial tecnológico<br />
a combinação única de alta<br />
fricção e impacto, com controle<br />
da temperatura, resultando partículas<br />
extremamente finas dentro<br />
de curto espaço de tempo, chegando<br />
até à escala nanométrica. A<br />
Retsch disponibiliza ainda outros<br />
moinhos para diversos segmentos<br />
e tamanho de amostra, inclusive<br />
para produção em batelada com a<br />
Família XL.<br />
Para quantificações elementares<br />
até as mais sofisticadas análises<br />
para produção e controle de qualidade,<br />
temos a família Epsilon, a<br />
mais completa linha de fluorescência<br />
de raio-x.<br />
Destacamos ainda:<br />
• Equipamentos para preparação<br />
de amostra por fusão, Claisse;<br />
• NIR – Espectroradiometro por<br />
infravermelho, ASD;<br />
• Câmaras de salt spray e testes<br />
cíclicos de corrosão, Ascott;<br />
• Maquinas para teste de envelhecimento<br />
acelerado UV e Xênon,<br />
Altlas;<br />
• Espectrometria raman, Cobalt;<br />
• Perfilômetro e nanoindentadores,<br />
Nanovea;<br />
• Microscópios de varrefura<br />
MEV, FEI;<br />
• Máquina de corte, polimento,<br />
lixamento de amostras, ATM;<br />
• Espectrofotômetro colorimétrico,<br />
X-Rite;<br />
• Colorimetro para óleos minerais<br />
e derivados de petróleo, Tintometer.<br />
Para mais informações:<br />
www.altmann.com.br
em foco<br />
A Vibra-Stop lança base antivibratória para equipamentos de laboratório<br />
Após anos de pesquisa e desenvolvimento<br />
em amortecedores,<br />
a VIBRA-STOP conseguiu desenvolver<br />
uma linha de amortecedores<br />
que mescla a rigidez e estabilidade<br />
das molas, associado ao amortecimento<br />
e ductilidade da borracha.<br />
Com uma ou mais molas em aço<br />
carbono ou aço inoxidável, o amortecedor<br />
VIBRA-STOP mola apresenta<br />
uma excelente absorção de<br />
vibração em diversas aplicações,<br />
tais como: equipamentos rotativos<br />
ou estáticos sobre laje e estrutura<br />
metálica, instrumentos de laboratório,<br />
metrologia, entre outros.<br />
A empresa associa ainda, base<br />
antivibratória em granito ou ardósia,<br />
a fim de garantir a massa necessária<br />
ao equipamentos leves,<br />
eliminando as vibrações externas e<br />
garantindo excelência na precisão<br />
das medições.<br />
As bases antivibratórias são<br />
fabricadas sob encomenda com<br />
medidas variadas, de acordo com<br />
o dimensional do equipamento a<br />
ser isolado.<br />
Os laboratórios que já aplicaram<br />
esta tecnologia obtiveram resultados<br />
excelentes na estabilidade<br />
dos instrumentos e eliminação das<br />
vibrações. O custo é baixo comparado<br />
às mesas com tampo de granito<br />
desenvolvidas no mercado e o<br />
resultado é superior.<br />
Industria de Amortecedores de<br />
Vibração VIBRA-STOP Ltda.<br />
Tel.: 11 5562-9362<br />
vendas@vibra-stop.com.br<br />
www.vibra-stop.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
63
em foco<br />
Software Labwin-DOCs para Controle de Documentos de Qualidade<br />
64<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Desde 2006, muitos milhares de<br />
documentos foram controlados por<br />
este software.<br />
Manter um sistema de qualidade<br />
atualizado sempre envolve um<br />
controle eficiente dos documentos<br />
bem como manter a lista mestra<br />
sempre atualizada.<br />
A lista de documentos, como regra,<br />
não é pequena:<br />
a) Procedimentos;<br />
b) Métodos Analíticos;<br />
c) Instruções de Trabalho;<br />
d) Métodos de Preparos de<br />
Soluções;<br />
e) Manuais de Equipamentos;<br />
f) Métodos de Calibrações;<br />
g) Padrões de Registros/<br />
Formulários;<br />
h) Manuais de Qualidade;<br />
i) Manuais de Segurança;<br />
j) Documentos Externos<br />
(normas oficiais, etc.)<br />
k) Registros e Acompanhamento<br />
de Não Conformidades;<br />
l) Registros de Auditorias;<br />
m) Registros de Qualificações<br />
Técnicas;<br />
n) Ata de Reunião (registro e<br />
acompanhamento);<br />
o) Ocorrência em Geral;<br />
p) Projetos;<br />
Sem um controle eficiente é fácil<br />
que se encontrem não conformidades<br />
neste controle em qualquer<br />
auditoria de qualidade. É preciso<br />
controlar emissões, aprovações,<br />
distribuições, vencimentos, etc.,<br />
bem como manter um histórico de<br />
revisões e poder limitar quem pode<br />
ver cada documento.<br />
O software Labwin-DOCs é um<br />
software de uso muito fácil para<br />
controle de documentos de qualidade<br />
que permite facilidade a todos<br />
no uso diário e sucesso nas auditorias<br />
de qualidade.<br />
O acompanhamento de Não<br />
Conformidades e ações preventivas<br />
e corretivas, bem como as<br />
ações registradas em atas de reuniões<br />
podem ser acompanhadas<br />
facilmente por verificação de pendências<br />
ou via lembretes semanais<br />
automáticos por e-mail.<br />
Saiba mais<br />
(71) 4103-7193<br />
www.Labwin.com.br
em foco<br />
Waters - Família Acquity<br />
Acquity ARC, o novo integrante da Família Waters.<br />
O sistema Acquity ARC ajudará<br />
você a aumentar a produtividade<br />
do seu laboratório. A tecnologia<br />
Multi-flow Path juntamente com o<br />
gradiente smart start permite que<br />
você, além de trabalhar com metodologias<br />
oficiais, desenvolvidas<br />
em sistemas HPLC convencionais,<br />
também desenvolva novas metodologias,<br />
utilizando colunas modernas<br />
com diâmetros de partículas e<br />
diâmetro interno menores, resultando<br />
em análises mais rápidas e<br />
Visite nosso stand na Analitica Latin America<br />
e obtenha mais informações sobre o Sistema Acquity ARC<br />
e os demais integrantes da família Waters.<br />
eficientes, aumentando também a<br />
lucratividade do seu laboratório.<br />
Com o sistema Acquity ARC é<br />
possível alternar entre sistemas<br />
HPLC e UHPLC sem intervenção física<br />
devido a tecnologia Multi-flow<br />
Path, que permite que a alteração<br />
seja realizada com apenas um clique<br />
no Empower, selecionando Path<br />
1 ou Path 2. Este novo sistema pode<br />
ser acoplados detectores ópticos e<br />
espectrometros de massa.<br />
Mais informações acesse:<br />
www.waters.com/acquityfamily<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
65
em foco<br />
Qualifique seu fornecedor de Padrão de Referência e garanta a<br />
qualidade de seus produtos<br />
66<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A qualidade na fabricação de<br />
um produto inicia-se na aquisição<br />
de seus insumos até sua validação.<br />
A importância em adquirir<br />
padrões de referência através de<br />
um fornecedor qualificado como a<br />
LAS do Brasil garante a sua empresa<br />
produtos confiáveis.<br />
Os motivos pelos quais é importante<br />
verificar a qualificação<br />
de fornecedor são vários, entre<br />
eles se destacam: Redução no índice<br />
de reanálises e devoluções;<br />
Diminuição de reprovações; Segurança<br />
na qualificação de seus<br />
produtos; evitar incidências de<br />
não conformidade;<br />
A ANVISA através da RDC 17 de<br />
16/04/2010 estabelece os critérios<br />
aplicáveis à Indústria Farmacêutica<br />
exigindo a qualificação de seu fornecedor<br />
de Padrões de Referência.<br />
De acordo com a RDC 16 de<br />
01/04/2014, empresas fabricantes,<br />
importadoras e distribuidoras<br />
de insumos e produtos farmacêuticos,<br />
devem ser licenciadas pela<br />
ANVISA e possuir Autorização de<br />
Funcionamento (AFE) e Autorização<br />
Especial (AE), para suas atividades<br />
em território nacional. Além destas<br />
são necessárias licenças específicas<br />
de acordo com cada produto,<br />
tais como Licença da Polícia Federal<br />
e Exército.<br />
Um fornecedor qualificado<br />
deve possuir:<br />
• Carta de distribuição USP<br />
2017;<br />
• Autorização de Funcionamento<br />
(AFE) e Autorização Especial (AE);<br />
• Portaria 344/1998;<br />
• Certificado de registro do<br />
Exército e Licença da Polícia<br />
Federal;<br />
• Nota Fiscal emitida com os NCM´s<br />
específicos das substâncias*;<br />
• Autorização DEA para exportação<br />
de produtos controlados.<br />
Por que escolher a LAS do<br />
Brasil como seu fornecedor:<br />
• Único distribuidor USP autorizado<br />
no Brasil;<br />
• Certificado de Autenticidade e<br />
Rastreabilidade;<br />
• Autorização do DEA para exportação<br />
de produtos controlados;<br />
• Serviço Especializado de Atendimento<br />
ao Consumidor e Sistema de<br />
Garantia da Qualidade;<br />
• Estoque de mais de 5 mil itens<br />
USP.<br />
Conheça mais o que a LAS do Brasil<br />
oferece através do site<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
ou entre em contato<br />
Te.: +55 62 3085 1<strong>90</strong>0 e<br />
comercial@lasdobrasil.com.br
em foco<br />
Tecnologia “sem banho” Distek agora em um equipamento de baixo custo<br />
Após o sucesso do dissolutor<br />
Symphony 7100 nos laboratórios<br />
de pesquisa e desenvolvimento,<br />
a Distek lança agora o Dissolutor<br />
“2500 Select” um equipamento<br />
com todas as vantagens da tecnologia<br />
“sem-banho” voltado para<br />
a pesada rotina dos laboratórios<br />
de controle de qualidade. Essa<br />
tecnologia não utiliza o antiquado<br />
banho hidrostático, atingindo<br />
em até 15 minutos a temperatura<br />
programada por meio de jaquetas<br />
térmicas, economizando tempo,<br />
água e energia elétrica. Sensores<br />
“wireless” monitoram e registram<br />
continuamente a temperatura dentro<br />
de cada cuba onde está ocorrendo a dissolução, eliminando<br />
a necessidade de leituras adicionais.<br />
Todos os recursos dos equipamentos são operados a partir<br />
de uma tela “soft-touch” colorida, por meio de uma interface<br />
intuitiva e de fácil operação, onde é possível acessar o manual<br />
do equipamento, armazenar e editar até 100 métodos, guardar<br />
dados de qualificação, imprimir resultados na sua impressora<br />
de rede e muito mais, tudo isso com níveis diferenciados de<br />
acesso e protegidos por senhas. Há mais de 15 anos a Distek<br />
se preocupa com o meio ambiente e com o uso da água do<br />
nosso planeta, e a tecnologia “bathless” comprova que a dissolução<br />
de comprimidos pode ser mais rápida, prática, limpa,<br />
econômica além de ecológica.<br />
A Chemetric é a responsável pela Distek no Brasil. Conheça<br />
a linha completa da empresa que mais apresenta<br />
inovações associadas a dissolução de comprimidos em:<br />
www.chemetric.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
67
em foco<br />
PLATEMASTER - A opção mais acessível para manipulação de líquidos<br />
em média escala<br />
68<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A Biotecnologia avançada vem<br />
cada vez mais exigindo formas de<br />
aumentar o número de amostras<br />
analisadas simultaneamente. A<br />
expressão em inglês "high-throughput<br />
screening" resume esta<br />
tendência de processar e analisar<br />
um número cada vez maior de<br />
amostras. Este efeito é observado<br />
especialmente nas áreas de saúde<br />
humana e animal e agricultura.<br />
Para se adaptar a esta tendência,<br />
as empresas vêm oferecendo<br />
soluções automatizadas para aplicações<br />
como purificação de ácidos<br />
nucleicos, qPCR e ELISA. As<br />
configurações e os valores variam<br />
de acordo com o grau de customização<br />
de plataformas abertas ou o<br />
uso de plataformas fechadas*.<br />
A Gilson, pioneira e líder mundial<br />
em manipulação de líquidos, oferece<br />
a plataforma PIPETMAX como<br />
uma solução compacta, econômica<br />
e aberta. Se você ainda não entrou<br />
na fase da automação, ou mesmo<br />
se já tiver plataformas instaladas<br />
em seus laboratórios, considere o<br />
PLATEMASTER como solução robusta<br />
e econômica para realizar a<br />
manipulação de líquidos em média<br />
escala. O PLATEMASTER serve para<br />
quem quiser começar a aumentar<br />
a escala de suas análises, ou para<br />
realizar manipulação de líquidos em<br />
salas ou unidades avançadas que<br />
estão fisicamente distantes de sistemas<br />
automatizados.<br />
A palavra é versatilidade. Com<br />
PLATEMASTER e seus acessórios,<br />
você pode pipetar rapidamente em<br />
microplacas de 96 a 384 poços,<br />
trabalhando com volumes de 0,5<br />
a 220 µl**, com reprodutibilidade<br />
e precisão.<br />
Procure mais informações<br />
no nosso site:<br />
www.sinapsebiotecnologia.com.br.<br />
*O conceito de plataforma aberta refere-se à possibilidade<br />
de utilização de reagentes e ponteiras de<br />
outras marcas.<br />
**O PLATEMASTER vem em dois formatos: PLATEMAS-<br />
TER P220 (2-220 µl) e PLATEMASTER P20 (0,5-20 µl).
em foco<br />
Conheça um pouco mais sobre os equipamentos AMETEK Brookfield<br />
Brookfield, mais que um nome,<br />
são os criadores, há mais de 80<br />
anos, do mais avançado e conhecido<br />
analisador rotativo de viscosidade<br />
do mundo, utilizando o<br />
sistema de detecção de resistência<br />
ao torque de uma haste girando<br />
dentro de uma amostra. Utilizado<br />
pela grande maioria das atividades<br />
industriais, nos laboratórios de CQ,<br />
P&D, Aplicação, que requerem a<br />
medição da fluidez de líquidos e<br />
semi-sólidos, tornou-se um padrão<br />
mundial. Apresenta uma ampla<br />
gama de modelos e acessórios<br />
que permitem desde uma simples<br />
medição da viscosidade até a determinação<br />
de avançadas características<br />
reológicas.<br />
Representada no Brasil há<br />
mais de 50 anos pela Alem Mar,<br />
tornou-se recentemente parte do<br />
grupo AMETEK, empresa global<br />
de tecnologia. Além da linha de<br />
viscosímetros e reômetros, a<br />
Brookfield fabrica também o texturômetro<br />
CT3 para medição de<br />
características funcionais de produtos,<br />
com aplicações na indústria<br />
alimentícia, de ingredientes,<br />
farmacêutica, de materiais, entre<br />
outras. O texturômetro é apresentado<br />
com inúmeros acessórios,<br />
para as mais diversas aplicações,<br />
a um custo acessível para não só<br />
as empresas de grande porte, mas<br />
também para empresas de pequeno<br />
e médio portes. Além dos<br />
viscosímetros e texturômetros,<br />
a Brookfield fabrica o Analisador<br />
de Fluidez de Pós PFT, que permite<br />
a caracterização de amostras<br />
em forma de pó, para avaliar suas<br />
propriedades de movimentação,<br />
transporte, mistura, homogeneização,<br />
descarga, armazenamento em<br />
silos, entre outras. O PFT é utilizado<br />
em indústrias alimentícias, farmacêuticas,<br />
químicas, cimento, etc.<br />
Consulte-nos para mais detalhes:<br />
Alem Mar Comercial e Industrial S.A.<br />
(11) 3229-8344<br />
alemmar@alemmar.com.br<br />
www.alemmar.net.br<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
69
em foco<br />
Vácuo no laboratório – De onde vem?<br />
70<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
"Saindo da parede" - poderia ser<br />
uma resposta típica. Ninguém se<br />
preocupa com este assunto, desde<br />
que tudo funcione bem e todas as<br />
conexões e válvulas necessárias<br />
estão disponíveis. Se existe vácuo<br />
ou não, você provavelmente nem<br />
sequer notará até que não haja vácuo<br />
disponível por qualquer motivo.<br />
A tecnologia de vácuo costuma ser<br />
utilizada em aplicações típicas de<br />
laboratório, como evaporação, secagem<br />
ou filtração - sendo indispensável!<br />
Existem várias possibilidades<br />
de fornecer vácuo no laboratório<br />
- cada uma tem suas vantagens e<br />
desvantagens:<br />
Bomba de vácuo de uso único<br />
Tendo apenas uma bomba de vácuo<br />
no laboratório, você certamente<br />
não se perguntará de onde vem o<br />
vácuo necessário. Ter uma bomba<br />
de vácuo quimicamente resistente<br />
exclusivamente para sua aplicação<br />
é a solução individual ideal, que<br />
oferece as melhores condições de<br />
trabalho. As bombas de diafragma<br />
com resistência química, com condensador<br />
de vapor de exaustão para<br />
recuperação de solvente e coletor<br />
para proteção de bomba contra o<br />
vapor condensado definitivamente<br />
devem ser a primeira escolha. As<br />
bombas de diafragma VARIO ® da<br />
VACUUBRAND ® com velocidade de<br />
motor variável e com outras opções<br />
de ajuste e controle oferecem vantagens<br />
adicionais, como ter o "vácuo<br />
sempre correto", economia de<br />
energia e controle remoto.<br />
Central de vácuo<br />
As coisas são diferentes se uma<br />
Controlada rede de vácuo<br />
VACUUM LAN®: bomba de vácuo<br />
na prateleira debaixo do armário –<br />
controlador multimídia integrado<br />
em parede.<br />
tubulação de vácuo precisa ser conectada<br />
a um bocal de mangueira<br />
disponível na parede e uma válvula<br />
precisa ser aberta. Nesse caso,<br />
o fornecimento de vácuo vem de<br />
uma central ou de uma rede local<br />
de vácuo. O usuário de laboratório<br />
geralmente tem pouca influência<br />
em ter o vácuo final adequado ou<br />
taxas de fluxo perfeitamente adequadas<br />
para sua aplicação - apesar<br />
das bombas de vácuo de grandes<br />
dimensões serem tipicamente usadas<br />
em sistemas de vácuo central.<br />
A ventilação de curta duração de diferentes<br />
aplicações pode influenciar<br />
negativamente o desempenho de<br />
todo o vácuo de laboratório alimentado<br />
centralmente. Futuras modificações<br />
tornam-se difíceis devido à<br />
falta de flexibilidade das instalações<br />
de tubulação fixas. A manutenção<br />
do gerador de vácuo ou do sistema<br />
de tubulação pode afetar todos os<br />
usuários ao mesmo tempo. Podem<br />
desenvolver-se misturas não desejadas<br />
de vapores e solventes de<br />
vários laboratórios dentro das longas<br />
tubulações. Todos esses fatores<br />
devem ser considerados, bem como<br />
os altos custos operacionais e de<br />
manutenção.<br />
Rede de vácuo VACUU • LAN ®<br />
para laboratórios<br />
Uma rede local de vácuo representa<br />
a harmonia perfeita de uma<br />
bomba de usuário único e um vácuo<br />
centralizado. Várias aplicações<br />
podem ser operadas ao mesmo<br />
tempo. A instalação é simples, rápida<br />
e requer poucas ferramentas. As<br />
válvulas anti retorno nas saídas individuais<br />
diminuem o risco de interferência<br />
entre aplicações paralelas. A<br />
bomba de rede localizada na parte<br />
inferior do armário funciona praticamente<br />
em silêncio e oferece, dependendo<br />
do modelo, muitas conveniências:<br />
não é necessária uma<br />
supervisão permanente e permite<br />
operação contínua 24 horas por<br />
dia. O vácuo é gerado somente se<br />
necessário ("vácuo sob demanda").<br />
A rede de vácuo VACUU.LAN ®<br />
da VACUUBRAND ® está evoluindo<br />
continuamente juntamente com<br />
seus clientes para se adaptarem<br />
aos modernos sistemas de instalações<br />
laboratoriais. O objetivo é uma<br />
melhoria constante do suprimento<br />
de vácuo em laboratórios de ensino,<br />
pesquisa e na indústria. A idéia é eficiente<br />
e simples: várias estações de<br />
trabalho de laboratório usando uma<br />
bomba de diafragma eficiente e resistente<br />
a produtos químicos. Cada<br />
estação de trabalho obtém vácuo
UM<br />
OLHAr<br />
PArA O<br />
INVISÍVEL<br />
Vários tipos de módulos - também para adaptação em laboratórios existentes<br />
VACUU·VIEW ®<br />
Medição de vácuo<br />
sem compromissos<br />
+ compacto<br />
+ preciso<br />
+ resistente a químicos<br />
através de um módulo VACUU.LAN ®<br />
cuja válvula de retenção integrada<br />
diminui consideravelmente a influência<br />
paralela com alta eficácia. Tubos<br />
de PTFE resistentes a produtos<br />
químicos e conectores de tubulação<br />
ligam a bomba do servidor de rede<br />
aos módulos da estação de trabalho.<br />
Tais redes VACUU.LAN ® podem<br />
atingir níveis de vácuo de até 2<br />
mbar. A grande variedade de módulos<br />
de conexão disponíveis oferece<br />
soluções individuais e de economia<br />
de espaço para todas as aplicações<br />
de vácuo comuns. O VACUU.LAN ® é<br />
altamente flexível e pode ser planejado<br />
e integrado em novos móveis<br />
de laboratório ainda não instalados<br />
ou adaptados a laboratórios já existentes.<br />
O controle de rede automático<br />
da bomba fornece vácuo sob<br />
demanda, proporcionando assim<br />
menores agressões ambientais e<br />
maiores gastos orçamentários. Uma<br />
ampla gama de acessórios, como<br />
condensadores sem fluido refrigerante,<br />
monitoramento de níveis de<br />
líquido de frascos de coleta e interfaces<br />
para monitoramento remoto<br />
da operação da bomba, aumentam<br />
adicionalmente a segurança do processo.<br />
Mais informações encontram<br />
se em um vídeo da rede de vácuo<br />
VACUU.LAN® disponíveis em www.<br />
vacuubrand.com. Peça folder informativo<br />
gratuito através de info@<br />
vacuubrand.com. Isso o ajudará a<br />
planejar sua rede com a escolha<br />
adequada da bomba central e seleção<br />
de módulos e acessórios adequados<br />
para a estação de trabalho.<br />
Ou simplesmente ligue para nossos<br />
especialistas +49 9342 808 5550.<br />
https://www.youtube.com/<br />
watch?v=ZkDquZ4iyrI<br />
info@vacuubrand.com<br />
Telefon: +49 9342 808 5550<br />
www.vacuubrand.com<br />
www.vacuubrand.com
em foco<br />
Prestes a completar 30 anos de mercado, Ciencor Scientific trará novamente<br />
à Analitica Latin America as marcas líderes do segmento laboratorial.<br />
DISCOVERY<br />
PRO 1000<br />
DISCOVERY<br />
PRO 8 CANAIS<br />
DISCOVERY<br />
PRO 12 CANAIS<br />
SWIFTPET PRO<br />
72<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Credibilidade, tecnologia e inovação<br />
em prol da evolução científica.<br />
Características que são marca registrada<br />
da Ciencor Scientific, que<br />
em 2018 completará 30 anos de<br />
história no segmento laboratorial,<br />
sempre prezando pela qualidade<br />
de seus produtos e serviços.<br />
Distribuidora autorizada da<br />
gigante Corning ® no Brasil, e com<br />
know-how na comercialização de<br />
marcas como Axygen ® , Falcon ®<br />
e Pyrex ® , a Ciencor traz mais<br />
uma vez para seu estande o que<br />
os visitantes da feira Analitica<br />
Latin America 2017 realmente<br />
querem ver: o que há de melhor no<br />
segmento em que atuam.<br />
É o caso dos produtos para<br />
manuseio de líquidos e soluções de<br />
bancada da HTL, totalmente feitos<br />
à mão e testados por diversos<br />
controles de qualidade. Entre eles,<br />
estão a micropipeta Discovery Pro,<br />
com excelente desempenho e<br />
altamente ergonômica, e o pipetador<br />
ultramoderno Swiftpet Pro, que<br />
torna muito mais fácil a pipetagem<br />
com pipetas volumétricas de<br />
plástico ou vidro.<br />
Oferecer a seus clientes os produtos<br />
e equipamentos que são<br />
referência em inovação e tendências<br />
da química analítica é o foco<br />
da Ciencor Scientific, ao longo de<br />
todos esses anos e para todos os<br />
próximos. Isso é compromisso,<br />
confiança e, agora, mais do que<br />
nunca, tradição.<br />
Sobre a Ciencor Scientific<br />
Desde 1988 a Ciencor mantém<br />
o compromisso de oferecer ao segmento<br />
laboratorial produtos e equipamentos<br />
da mais alta qualidade,<br />
de marcas líderes no mercado. Somos<br />
uma empresa sólida, que trabalha<br />
com excelência para garantir<br />
a cada um de nossos clientes o<br />
melhor e mais seguro investimento.<br />
Para mais informações, favor entrar<br />
em contato com Rodrigo Rezende,<br />
Tel.: (11) 98164-1247 ou<br />
rodrigo@ciencor.com.br
em foco<br />
O pH da água pura<br />
Imagem ilustrativa<br />
O pH é a medida da acidez ou alcalinidade<br />
de uma solução, e é um<br />
parâmetro de qualidade de água<br />
muito utilizado para medições em<br />
pesquisas. Este indicador afeta o<br />
estado de dissociação de muitas<br />
moléculas e é de extrema importância<br />
em grande parte dos estudos. A<br />
maioria das soluções contém sólidos<br />
dissolvidos que servem como<br />
tampão às alterações do pH, o que<br />
mantém seu valor estável, sendo<br />
pouco afetado por contaminantes. O<br />
pH da água ultrapura, porém, não é<br />
aplicável ou significante numa utilização<br />
normal laboratorial, pois seus<br />
níveis de acidez e/ou alcalinidade<br />
são extremamente baixos, o que<br />
torna sua medição um indicativo<br />
inconsistente.<br />
Fatores que afetam a medição<br />
do pH da água pura:<br />
• Dióxido de carbono: o CO2<br />
do meio é rapidamente absorvido<br />
pela água para formar ácido carbônico<br />
e pode reduzir o pH da amostra<br />
em 1.1 unidades<br />
• Recipiente de amostra: vestígios<br />
de ácido ou base num recipiente<br />
modificam o pH.<br />
• Temperatura: a temperatura<br />
afeta tanto a dissociação do grau<br />
da água quanto a medição de pH.<br />
As amostras de elevada pureza sem<br />
tampão são particularmente susceptíveis<br />
a esses efeitos.<br />
• Tipos de eletrodo e medidores<br />
de pH: a água de baixa condutividade<br />
pode difundir-se para o<br />
eletrólito de elevada força iônica do<br />
eletrodo de referência, causando leituras<br />
de pH instáveis e imprecisas.<br />
• Potencial de transmissão: ao<br />
contrario de soluções menos puras,<br />
as águas com elevada pureza conduzem<br />
de forma muito fraca a eletricidade,<br />
o que pode resultar em erros<br />
devido à carga estática induzida no<br />
fluxo de água de elevada pureza<br />
através do eletrodo de vidro de pH.<br />
• Tampões de calibração para<br />
eletrodos: a submersão alternada<br />
do par de eletrodos no tampão pH<br />
e depois na amostra introduzirá erros<br />
de pH devido à forca iônica mais<br />
elevada dos tampões.<br />
• Como determinar o pH da<br />
água pura de forma precisa: a<br />
medição em linha, com sensores de<br />
pH de baixa impedância, sob condições<br />
cuidadosamente controladas,<br />
fornece o melhor meio para obter<br />
leituras precisas de pH. Todas as<br />
normas para água com elevada purificação<br />
excluem especificamente o<br />
pH como critério de pureza. Todas<br />
se baseiam na condutividade ou<br />
resistividade. O excesso de íons de<br />
hidrogênio ou hidroxilo a valores de<br />
pH diferentes de 7.0 irão diminuir a<br />
resistividade da água. Como resultado,<br />
existirão limites para o afastamento<br />
de 7.0 que o pH pode ter.<br />
Mais informações no e-mail:<br />
elgabrasil@veolia.com<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
73
em foco<br />
Alto rendimento no crescimento celular<br />
O sistema de cultura celular CELLdisc oferece amplas superfícies de crescimento em small<br />
footprint e otimiza a produção em ampla escala<br />
A Greiner Bio-One, parceira<br />
tecnológica das indústrias<br />
farmacêutica e de diagnóstico,<br />
apresenta o CELLdisc, um<br />
novo sistema de multicamadas<br />
que oferece área de crescimento<br />
celular de até 1 m2 para células<br />
aderentes de origem animal.<br />
O design compacto, robusto<br />
e cilíndrico torna o CELLdisc<br />
adequado tanto para séries de<br />
testes manuais (pesquisa básica)<br />
quanto para produção industrial<br />
(incluindo automação), e ampliação<br />
quantificável de culturas<br />
celulares em massa de tamanhos<br />
entre 1.000 e 10.000 cm2.<br />
Ventilação central<br />
O design ergonômico inovador<br />
do CELLdisc simplifica significativamente<br />
o cultivo de células<br />
animais. Cada unidade é ventilada<br />
através de um canal que permite a<br />
troca gasosa entre as camadas de<br />
maneira ativa ou passiva.<br />
A entrada e saída de gás possui filtros<br />
de ar integrados, os quais, combinados<br />
ao tratamento da superfície,<br />
otimizam o crescimento celular.<br />
Preencher, inclinar e girar<br />
O conceito CELLdisc requer<br />
apenas alguns passos: preencha<br />
com a suspensão celular, feche,<br />
incline <strong>90</strong> graus e aguarde até que<br />
o fluido se espalhe uniformemente<br />
entre as camadas. Em seguida retorne<br />
a posição original e coloque<br />
na incubadora.<br />
O CELLdisc está disponível em<br />
modelos com 4, 8, 16 ou 40 camadas.<br />
Greiner Bio-One Brasil<br />
info@br.gbo.com | www.gbo.com<br />
A Merse completa 41 anos de vida em 2017!<br />
74<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
É certificada pelo ISO <strong>90</strong>01 e tem<br />
foco nas indústrias farmacêuticas,<br />
cosméticas, alimentícias, químicas,<br />
bebidas, pesquisas, entre outras.<br />
Sua gama de produtos, inclui<br />
Vidraria, Reagentes, Acessórios e<br />
Equipamentos para laboratório.<br />
Tudo isto está à sua disposição<br />
na Merse ® , que conta com estoques<br />
em regiões estratégicas, no<br />
Sudeste, Nordeste e Sul do país,<br />
para pronta entrega.<br />
A Merse só trabalha com marcas<br />
renomadas, que investem em pesquisas<br />
e oferecem suporte técnico<br />
qualificado!<br />
Busca desenvolver parcerias duradouras<br />
que se consolidam.<br />
Diversas novidades para o Mercado!<br />
A Merse tem toda a linha “Lab<br />
Water” & Filtração da Merck<br />
Millipore, e com a conquista<br />
do Selo Distribuidor Premium da<br />
alemã Heidolph, agregou outras<br />
linhas complementares, como a da<br />
Axygen, voltada para biotecnologia,<br />
a Linha Polytron / Kinemática,<br />
a GE - Healthcare, além de<br />
Memmert e Huber!<br />
A Merse dentro da área laboratorial<br />
está pronta a atender seus<br />
clientes com variedade de produtos<br />
e profissionais comerciais e técnicos<br />
qualificados pelos fabricantes a<br />
prestar apoio técnico antes e depois<br />
da venda, sempre adequando soluções<br />
para você e seu laboratório.<br />
Valkiria Sandrini<br />
Departamento Comercial<br />
Tel. 19 3733-3800<br />
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CELLdisc<br />
Cultura celular em ampla escala<br />
Sistema compacto ideal para pesquisa básica e<br />
produção industrial<br />
Maior rendimento comparado a sistemas semelhantes<br />
(40% superior)<br />
Produção em ampla escala em um único formato<br />
(1.000 cm 2 – 10.000 cm 2 )<br />
Superfície tratada para otimizar a adesão celular<br />
Fácil manuseio devido ao tamanho da abertura e<br />
formato cilíndrico<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
75<br />
Ventilação efetiva através de um único canal de gás<br />
Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | CEP 13473-620 | Americana | SP<br />
Tel: +55 (19) 3468-9600 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
www.gbo.com/bioscience
em foco<br />
Concentrador de amostra de alta velocidade<br />
76<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
O Sistema Múltiplo de Evaporação AutoEVA<br />
é um concentrador de amostra de alta velocidade<br />
que utiliza banho de aquecimento de<br />
água e sopro de nitrogênio, sendo um sistema<br />
ideal para a preparação de amostras para<br />
HPLC, GC e MS.<br />
As agulhas são programadas e controladas<br />
para descer automaticamente.<br />
Benefícios em relação aos sistemas convencionais<br />
com agulha fixa:<br />
- Maior capacidade de processamento de<br />
amostras;<br />
- Consumo de apenas 1/3 da quantidade<br />
de gás (comparado com outros fabricantes);<br />
- Detecção automática do ponto final da<br />
concentração em 0,5mL ou 1,0mL (disponível<br />
no modelo AutoEVA-08IR).<br />
www.analiticaweb.com.br<br />
Modelos Disponíveis<br />
AutoEVA-20 Plus AutoEVA-60 AutoEVA-08IR
Banhos termostatizados, chillers,<br />
Banhos viscotermostatos termostatizados, e tensiômetros chillers,<br />
viscotermostatos e tensiômetros<br />
Lauda, empresa alemã há 61 anos no mercado, é líder em soluções para<br />
termorregulação, Lauda, empresa alemã com alta há 61 precisão anos no em mercado, uma ampla é líder faixa em de soluções temperatura, para<br />
além termorregulação, de uma linha com completa alta precisão para viscosímetria em uma ampla e tensiometria.<br />
faixa de temperatura,<br />
além de uma linha completa para viscosímetria e tensiometria.<br />
Eco e Proline<br />
Eco Viscotermostatos<br />
e Proline<br />
Viscotermostatos<br />
Automação da leitura da temperatura por infravermelho: dispensa<br />
Automação controle manual da leitura para da maior temperatura exatidão e por reprodutibilidade infravermelho: nas dispensa leituras;<br />
controle manual para maior exatidão e reprodutibilidade nas leituras;<br />
Opcionais: limpeza, diluidores e dispensadores automáticos; sistema<br />
Opcionais: de agitação limpeza, e monitoramento diluidores e da dispensadores temperatura; automáticos; entre outros. sistema<br />
de agitação e monitoramento da temperatura; entre outros.<br />
Microcool e Variocool<br />
Microcool Chillers de e Variocool -20 a 80°C<br />
Chillers de -20 a 80°C<br />
Potência de refrigeração de até 10 kW com estabilidade de até 0,2 °C;<br />
Potência de refrigeração de até 10 kW com estabilidade de até 0,2 °C;<br />
Permitem ajuste da temperatura em função da aplicação.<br />
Permitem ajuste da temperatura em função da aplicação.<br />
TC1, TD 1C e TD3<br />
TC1, TD 1C e TD3<br />
Tensiômetros para Medida de<br />
Tensiômetros para Medida de<br />
Tensão Superficial e Interfacial com Placa e Anel<br />
Tensão Superficial e Interfacial com Placa e Anel<br />
Controle remoto: medição livre de disrupções;<br />
Controle remoto: medição livre de disrupções;<br />
Sistema Peltier para termostatização integrado: de 5 a 80°C;<br />
Sistema Peltier para termostatização integrado: de 5 a 80°C;<br />
Sistemas de medição totalmente automatizadas.<br />
Sistemas de medição totalmente automatizadas.<br />
Ultracool Ultracool<br />
Chillers Chillers Industriais<br />
Chillers industriais robustos de de alta alta potência, potência,<br />
com com opção de de alocação em em área área externa.<br />
Sempre as melhores marcas<br />
Sempre as melhores marcas<br />
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em foco<br />
Chillers industriais Ultracool da LAUDA<br />
78<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
Ideais para processos industriais<br />
e plantas piloto com potência de<br />
até 265 kW de -5 a 25°C.<br />
Os chillers Ultracool da alemã<br />
LAUDA fornecem temperatura confiável<br />
e garantem processos seguros.<br />
Todos os modelos de chillers<br />
possuem:<br />
• Amplo tanque de água gelada,<br />
garantido o suprimento mesmo<br />
com variação de carga;<br />
• Bomba centrífuga, permitindo<br />
fluxos de 0 a 100%, interligada a<br />
válvula bypass interna;<br />
• Trocador de calor localizado<br />
na parte externa do tanque para<br />
maior eficiência e menor perda<br />
de energia;<br />
• Evaporador e a bomba feitos<br />
em aço inox de alta qualidade e<br />
a estrutura externa em aço galvanizado<br />
com resina epoxy para<br />
maior resistência a corrosão, com<br />
classe de proteção IP 54, podendo<br />
ser alocados em ambiente<br />
externo com temperatura de até<br />
50°C;<br />
• Proteção anti-cogelamento<br />
do termostato, para prevenir danos<br />
ao trocador de calor;<br />
• Interruptor de pressão integrado<br />
que protege o circuito<br />
de pressões extremas (altas e<br />
baixas);<br />
• Filtro de água e aditivo antibacteriano<br />
integrado, para maior<br />
proteção da aplicação e do chiller;<br />
• Possui válvula termostática de<br />
expansão, ajuste automático para<br />
mudanças das condições de trabalho<br />
e excelente resfriamento.<br />
A LAUDA possui portfólio único<br />
de equipamentos: termostatos<br />
precisos e compactos de<br />
laboratório, banhos-maria, banhos<br />
termostáticos, banhos de<br />
viscosidade, capilares de vidro<br />
(Ubbelohde, Micro-Ubbelohde e<br />
Cannon-Fenske), banhos de calibração,<br />
chillers, tensiômetros e<br />
até projetos personalizados com<br />
mais de 400 quilowatts de potência<br />
de resfriamento.<br />
As inúmeras inovações tecnológicas<br />
e o alto padrão de qualidade<br />
consolidam cada vez mais a LAUDA<br />
como empresa líder no segmento<br />
mundialmente. E no Brasil a ANALÍ-<br />
TICA é distribuidora oficial de seus<br />
equipamentos.<br />
Saiba mais<br />
Tel.: (11) 2162-8080<br />
marketing@novanalitica.com.br<br />
www.analiticaweb.com.br
em foco<br />
FlexiWAVE: Plataforma flexível para síntese por micro-ondas<br />
80<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
A linha ETHOS da Milestone é<br />
mundialmente conhecida por sua<br />
inovação, segurança e flexibilidade.<br />
A maior cavidade do mercado<br />
permite maior produtividade no<br />
preparo de amostras. Avançados<br />
sensores de temperatura e pressão<br />
garantem a máxima segurança da<br />
digestão, enquanto a interface e o<br />
sistema Milestone Conect garantem<br />
maior facilidade no manuseio<br />
e controle dos métodos de preparo<br />
de amostra.<br />
A Milestone agora apresenta<br />
seu novo sistema de micro-ondas<br />
aplicado à síntese orgânica. O novo<br />
flexiWAVE supera a limitação dos<br />
dispositivos convencionais, trazendo<br />
consigo as características mais marcantes<br />
da plataforma ETHOS, com<br />
máxima segurança e flexibilidade,<br />
oferecendo uma grande diversidade<br />
de acessórios para sua aplicação.<br />
A nova cavidade de micro-ondas<br />
flexiWAVE tem um volume superior<br />
a 70 litros, o que permite a<br />
configurações de diversas reações<br />
diferentes em um ambiente muito<br />
flexível. É possível a realização de<br />
reação em vidrarias clássicas, síntese<br />
sob alta pressão e até mesmo<br />
reações em fase sólida.<br />
O flexiWAVE está equipado com<br />
um total de 1<strong>90</strong>0 W, tornando-o o<br />
sistema de micro-ondas mais poderoso<br />
disponível para síntese orgânica<br />
e inorgânica.<br />
O sistema emprega adicionalmente<br />
um difusor rotativo que<br />
distribui uniformemente as micro-<br />
-ondas ao longo da cavidade, permitindo<br />
um aquecimento muito<br />
rápido e homogêneo das amostras,<br />
de miligramas à várias gramas.<br />
O novo Milestone flexiWAVE<br />
está equipado com os mais avançados<br />
sensores de reação e fáceis de<br />
usar, garantindo completo controle<br />
do processo de reação. Ao realizar<br />
reações paralelas, um sensor sem<br />
contato é usado para controlar cada<br />
vaso e os valores de temperatura<br />
reais são mostrados no terminal de<br />
controle do instrumento, permitindo<br />
uma verificação visual instantânea<br />
das condições da reação.<br />
O SafeVIEW é uma câmera digital<br />
de alta definição conectada com<br />
o terminal do instrumento. Permite<br />
acompanhar e monitorar o progresso<br />
da reação química, enquanto<br />
totalmente protegido pela porta<br />
de aço inoxidável do instrumento.<br />
Saiba mais<br />
(11) 2162-8080<br />
marketing@novanalitica.com.br<br />
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Milestone agora Anal’tica!<br />
É com muita satisfação que nós, da Nova Analítica, informamos<br />
que adquirimos da Anacom as operações da Milestone no Brasil.<br />
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DE ALTA PERFORMANCE<br />
• Maior cavidade do mercado<br />
• Avançados sensores de temperatura e pressão<br />
• Rotores versáteis<br />
• Rotor de 15 posições para digestões<br />
sob alta pressão<br />
• Rotor de 44 posições para alta produtividade<br />
• Interface amigável e funcionalidades<br />
simplificadas<br />
• Milestone Connect para controle remoto<br />
de suas digestões<br />
MICRO-ONDAS ETHO-X<br />
• Extração de produtos naturais sem solventes<br />
• Permite a extração rápida de óleos essências sem<br />
a utilização de solventes<br />
• O novo ETHOS X da Milestone, dedicado à extração de produtos<br />
naturais por micro-ondas, aproveita o mecanismo exclusivo de<br />
aquecimento seletivo por micro-ondas para liberar o óleo<br />
essencial, que é evaporado “in situ” do material vegetal<br />
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REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
81
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