Analytica 90
Edição especial de 15 anos Metrologia Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso Microbiologia O Custo da contaminação microbiana Instrumentação e normalização A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro E mais: artigos, notícias e mercado.
Edição especial de 15 anos
Metrologia
Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso
Microbiologia
O Custo da contaminação microbiana
Instrumentação e normalização
A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro
E mais: artigos, notícias e mercado.
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Metrologia<br />
50<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
laboratório acreditado na norma<br />
ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005,<br />
como o do Instituto Nacional de<br />
Criminalística da Polícia Federal,<br />
em Brasília, o uso de MRC é fundamental.<br />
Atualmente, o Inmetro está em<br />
fase final de desenvolvimento e<br />
certificação de outros MRC de interesse<br />
forense. Estão em produção<br />
para serem entregues à Polícia Federal,<br />
ainda neste ano, os MCRs de<br />
metabólitos da cocaína e produtos<br />
de degradação – benzoilecgonina,<br />
metilecgonina e econina – e o MRC<br />
de cafeína, um importante adulterante<br />
em amostras de cocaína<br />
apreendidas.<br />
Após uso de cocaína, o próprio<br />
corpo, com o tempo, converte a<br />
cocaína em outras substâncias,<br />
chamadas de metabólitos. Essas<br />
substâncias servem como marcadores<br />
de uso de cocaína, pois<br />
permanecem no corpo por mais<br />
tempo que a cocaína. Assim, a<br />
pesquisa dessas substâncias em<br />
matrizes biológicas, como urina e<br />
cabelo, pode contar a história de<br />
uso da cocaína por um indivíduo,<br />
mesmo depois que a cocaína já<br />
não está mais presente no corpo.<br />
Daí a importância dos MRC de<br />
metabólitos da cocaína nas investigações<br />
criminais.<br />
Em seguida, está programada a<br />
produção de materiais de referência<br />
para metanfetamina e ecstasy.<br />
Em muito breve, e se continuarmos<br />
a contar com o apoio das agências<br />
de fomento, como a Finep, o Brasil<br />
poderá manter um portfólio extenso<br />
de MRC de drogas de abuso e<br />
outras substâncias de interesse<br />
forense, auxiliando a investigação<br />
policial a custos baixíssimos e<br />
sem burocracia, contribuindo, em<br />
última instância, para o bem estar<br />
da sociedade devido à importância<br />
jurídica e confiabilidade que<br />
o uso destes MRC traz dentro do<br />
processo judicial, além de tornar<br />
o Brasil conhecido mundialmente<br />
como detentor de um processo<br />
que envolve alto grau tecnológico<br />
e inventivo, mostrando nossa alta<br />
capacidade científica.<br />
Rodrigo Borges de Oliveira é<br />
pesquisador do Instituto Nacional<br />
de Metrologia, Normalização e<br />
Qualidade Industrial (INMETRO)<br />
atuando dentro do Programa de<br />
Metrologia Forense, e consultor<br />
em Propriedade Industrial (ênfase<br />
em patentes de fármacos e<br />
medicamentos)