Analytica 90
Edição especial de 15 anos Metrologia Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso Microbiologia O Custo da contaminação microbiana Instrumentação e normalização A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro E mais: artigos, notícias e mercado.
Edição especial de 15 anos
Metrologia
Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso
Microbiologia
O Custo da contaminação microbiana
Instrumentação e normalização
A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro
E mais: artigos, notícias e mercado.
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mL, o que é responsável pelo sabor<br />
amargo (6, 11, 17, 20).<br />
A maior parte da quinidina absorvida<br />
é metabolizada pelo fígado, no<br />
entanto, 13% a 27% é excretado<br />
na forma intacta pelos rins. Muitos<br />
metabólitos da quinidina já foram<br />
identificados, tais como 3-hidroxiquinidina,<br />
2-oxoquinidinona, quinidina-N-oxido,<br />
quinidina-10,11-<br />
-dihidrodiol e O-desmetilquinidina,<br />
que quando estudados isoladamente<br />
ou em combinação com a<br />
quinidina apresentaram atividade<br />
antiarrítmica (15, 16, 18).<br />
Em termos toxicológicos, o consumo<br />
da quinina deve ser evitado<br />
por mulheres grávidas, indivíduos<br />
com quadro de insuficiência hepática<br />
e, principalmente, crianças.<br />
Com o consumo de quinina em doses<br />
excessivas, pode-se observar<br />
intoxicação e um quadro reversível<br />
chamado cinchonismo (4, 24).<br />
O cinchonismo é uma síndrome<br />
causada por envenenamento<br />
agudo e é comumente observada<br />
após tentativas de abortos, suicídios<br />
ou envenenamento acidental<br />
em crianças. A perda da visão é<br />
um dos mais importantes efeitos<br />
colaterais reportados na literatura,<br />
mas o local onde ocorre o efeito<br />
tóxico na retina e a gestão para o<br />
seu tratamento continua sendo discutido<br />
(1).<br />
Tendo em vista todos os riscos e<br />
aspectos toxicológicos da quinina,<br />
o estudo tem como objetivo o desenvolvimento<br />
e validação de uma<br />
metodologia para a quantificação<br />
de quinina em extratos hidroalcoólicos<br />
de Quina vermelha (Cinchona<br />
officinalis).<br />
2. Materiais e Métodos<br />
2.1. Reagentes<br />
Utilizou-se acetonitrilo com pureza<br />
superior a 99,98% (J.T.Baker®),<br />
água ultrapura (sistema de purificação<br />
Synergy®), fosfato de potássio<br />
com pureza superior a 99,9% (<br />
Merck®) e ácido fosfórico, com<br />
teor superior a 85% (Quemis®).<br />
Como padrões de referência, foram<br />
utilizadas quinina 98,6% (Sigma-<br />
-aldrich®) e quinidina a 91,3%<br />
(Sigma-aldrich®).<br />
2.2. Instrumentação<br />
O sistema integrado de cromatografia<br />
líquida de alta eficiência<br />
Merck Hitachi Chromaster® é<br />
composto por um detector DAD<br />
5430 VWR®, um injetor automático<br />
VWR® Hitachi 5210 Chromaster,<br />
um forno VWR® Hitachi 5310<br />
Chromaster e uma bomba quaternária<br />
VWR® Hitachi Chromaster<br />
5110. As fases móveis foram desgaseificadas<br />
no degasser Branson<br />
3510 e o ajuste do pH foi efetuado<br />
com pHmetro Mettler Toledo MP<br />
220 (7,8, 27).<br />
2.3. Preparo das amostras<br />
Para o preparo das amostras de<br />
extrato hidroalcoólico de Cinchona<br />
officinalis pesou-se 1 g do extrato<br />
em balão volumétrico de 5 mL e<br />
completou-se o volume com acetonitrilo,<br />
obtendo-se uma solução<br />
de proporção 1:5, de extrato e acetonitrilo,<br />
respectivamente. Após a<br />
amostra diluída, filtrou-se em filtro<br />
CHROMAFIL® Xtra, PET – 20/25<br />
0,20 µm diretamente dentro de um<br />
Tempo<br />
(min)<br />
0<br />
10<br />
15<br />
20<br />
22<br />
25<br />
26<br />
27<br />
31<br />
32<br />
35<br />
36<br />
40<br />
KH2PO4 0,05 M (pH=3,0) (%)<br />
96<br />
<strong>90</strong><br />
<strong>90</strong><br />
88<br />
87<br />
87<br />
87<br />
96<br />
96<br />
40<br />
40<br />
96<br />
96<br />
vial e, posteriormente, injetou-se no<br />
equipamento (17,21).<br />
2.4. Preparo dos padrões<br />
Para o preparo dos padrões,<br />
inicialmente pesou-se 10 mg do<br />
padrão de quinina em balão volumétrico<br />
de 100 mL. Em seguida,<br />
adicionou-se aproximadamente 2<br />
mL de acetonitrilo e levou-se ao<br />
ultrassom por 10 minutos. Após<br />
dissolvido, completou-se o volume<br />
do balão com acetonitrilo, obtendo<br />
uma solução estoque de 1mg/mL.<br />
A partir desta solução foi preparada<br />
uma solução mãe de 100 µg/mL e,<br />
a partir dessa, foram feitas diluições<br />
nas concentrações de 5, 10,<br />
20, 30 e 50 µg/mL para a construção<br />
da curva de calibração.<br />
2.5. Condições cromatográficas<br />
Utilizou-se uma Coluna Superspher®,<br />
RP-18, (4,6 x 150 mm, 5<br />
mm; AgilentTM); fase móvel composta<br />
por tampão fosfato monopotássico<br />
0,05M em água pH = 3,0<br />
e acetonitrila com fluxo de 1 mL/<br />
min com detector DAD (arranjo de<br />
fotodiodos) ajustado em comprimento<br />
de onda ʎ = 254 nm (split<br />
bandwidth = 4 nm; DAD off = 32<br />
minutos). O volume de injeção foi<br />
de 5 µL (17, 7, 8).<br />
2.6. Parâmetros de validação<br />
A validação seguiu os protocolos<br />
segundo a RE nº 899 para garantir<br />
ACN (%)<br />
4<br />
10<br />
10<br />
12<br />
13<br />
13<br />
13<br />
4<br />
4<br />
60<br />
60<br />
4<br />
4<br />
Tabela 1. Gradiente do método<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
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