Analytica 90
Edição especial de 15 anos Metrologia Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso Microbiologia O Custo da contaminação microbiana Instrumentação e normalização A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro E mais: artigos, notícias e mercado.
Edição especial de 15 anos
Metrologia
Materiais de Referência Certificados produzidos pelo INMETRO auxiliarão a justiça no combate às drogas de abuso
Microbiologia
O Custo da contaminação microbiana
Instrumentação e normalização
A competência dos laboratórios em avaliar produtos para diagnóstico in vitro
E mais: artigos, notícias e mercado.
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Devido à exigência da gestão<br />
de controle e busca da excelência<br />
operacional, existe a necessidade,<br />
por parte dos laboratórios, da emissão<br />
dos laudos de análise. Esta é a<br />
forma correta e oficial que o laboratório<br />
comunica, para outros setores<br />
da empresa ou mesmo para outras<br />
empresas, os resultados analíticos<br />
de uma amostra.<br />
Um tema primordial, que deve<br />
ser verificado nas análises laboratoriais,<br />
é que, em caso de produto<br />
(final ou intermediário) fora da faixa<br />
de especificação, o tempo decorrido<br />
entre a coleta de amostra e a disponibilização<br />
do resultado ocorra em<br />
prazos suficientes curtos para que<br />
haja possibilidade de manobra operacional<br />
corretiva, gerando menor<br />
prejuízo (financeiro e/ou operacional)<br />
possível. A Figura 2 demonstra<br />
o ciclo analítico de uma determinada<br />
amostra industrial, onde deve-se<br />
indicar que os resultados conformes<br />
significam estabilidade do processo<br />
e que a rotina de análise deve manter-se<br />
no ciclo temporal estabelecido<br />
anteriormente. Contudo, laudos<br />
indicando amostras não conformes<br />
sugerem que o processo sofreu<br />
alguma alteração anterior à amostragem<br />
e que, após decisão do controle<br />
operacional, alguma alteração<br />
processual deve ser realizada para<br />
correção do problema. Nestes eventos,<br />
deve existir diminuição do ciclo<br />
temporal, com realização de análises<br />
extraordinárias em intervalo de<br />
tempo inferior ao preestabelecido<br />
para avaliar se mudança realizada<br />
surtiu os efeitos desejados.<br />
Se o laboratório, por exemplo,<br />
está situado próximo, digamos 100<br />
m, e no mesmo nível que o ponto<br />
de amostragem, não há apreensão<br />
com o transporte. Mas, se o ponto<br />
de amostragem está localizado há<br />
1.000 m de distância ou numa torre<br />
de 30 m de altura (sem elevador),<br />
o tempo decorrido entre a amostragem<br />
e a chegada da amostra<br />
ao laboratório é significativo e pode<br />
impactar no tempo da tomada de<br />
decisão. O pré-tratamento da amostra<br />
e a análise possuem tempo variável,<br />
dependendo basicamente da<br />
metodologia analítica escolhida. Por<br />
exemplo, na determinação de índice<br />
de fluidez de polietilenos, pelo método<br />
dos plastômeros, não há necessidade<br />
de nenhum pré-tratamento<br />
na amostra; a amostra do polímero<br />
é introduzida diretamente no equipamento<br />
e em aproximadamente<br />
10 min tem-se o resultado.<br />
Já a análise de determinação de<br />
resíduo catalítico em polietileno,<br />
pelo método de espectrofotometria<br />
UV/Vis a abertura é lenta, sendo<br />
necessário queimar lentamente,<br />
em cadinho de platina, o polietileno,<br />
fundir as cinzas residuais com sais<br />
inorgânicos (aproximadamente 800<br />
°C), dissolução com ácido, adicionar<br />
reagentes em ordem específica<br />
para impedir à ação de interferentes<br />
e desenvolver coloração, diluição<br />
Figura 2: Ciclo analítico de uma amostra na indústria.<br />
em balão volumétrico e, finalmente,<br />
a leitura da absorbância em comprimento<br />
de onda específico no<br />
espectrômetro UV/Vis. A abertura<br />
dura aproximadamente 3 h. Outras<br />
vezes, a abertura é inexistente, mas<br />
a análise é lenta, como ocorre em<br />
algumas analises cromatográficas,<br />
que podem durar 100 min.<br />
A própria emissão/entrega do<br />
laudo pode ser um problema, pois<br />
a emissão do resultado para operação<br />
pode sofrer atrasos e ser lenta,<br />
atrasando o conhecimento de um<br />
problema operacional e sua respectiva<br />
correção. Infelizmente, este tipo<br />
de situação é comum em ambientes<br />
industriais, levando os operadores<br />
de processo a reclamarem que não<br />
são proprietários dos dados analíticos,<br />
estando, por tanto, a mercê do<br />
laboratório.<br />
Não apenas este tipo de ruído<br />
na comunicação pode ser descrito.<br />
Existem situações em que o operador<br />
de processo percebe alguma<br />
REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 17<br />
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