\NISSAN SEGUE O JOGO Detectores <strong>de</strong> movimento fizeram o Nissan das placas seguir a bola do jogo. O TRABALHO É LINDO. O RESULTADO FOI LINDO. O NOSSO BOARD, BEM, ELE É SUPERSIMPÁTICO. NISSAN SCAN CHAMPIONS LEAGUE <strong>2018</strong> Com o Nissan Scan, todo mundo pô<strong>de</strong> assistir aos jogos da Champions League <strong>de</strong> graça. RENATA SERAFIM \ CSO WILSON NEGRINI \ COO FELIPE LUCHI \ CCO E SÓCIO SHEILA WAKSWASER \ CFO E SÓCIA LUIZ LARA \ CHAIRMAN DA TBWA BRASIL \GATORADE FOOTBALL ENERGY Campanha do novo produto <strong>de</strong> Gatora<strong>de</strong>, com o jogador Gabriel Jesus. DÊ UM NO BLÁ-BLÁ-BLÁ. VEM PRA 11 3058.3500 | LEWLARATBWA.COM.BR
editorial Armando Ferrentini aferrentini@editorareferencia.com.br <strong>de</strong> ponta-cabeça impressão que volta e meia nosso país nos causa é a <strong>de</strong> estar <strong>de</strong> ponta-cabeça, seguindo na contramão da História e aparentando, na sua imensidão A <strong>de</strong> 8,5 milhões <strong>de</strong> quilômetros quadrados e com mais <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> habitantes, uma gigantesca instituição sem rumo. Não bastassem todos os problemas que <strong>de</strong> há muito nos afligem e dos quais não conseguimos nos livrar, por mais que <strong>de</strong>les tenhamos consciência, ainda restam alguns guardados em alguma misteriosa gaveta do tempo, que <strong>de</strong> quando em quando resolve se abrir e soltar seus duen<strong>de</strong>s contra toda a nação. A impressão que temos é da existência <strong>de</strong> chagas profundas vindas do nosso passado remoto e que volta e meia <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m nos azucrinar, apontando-nos culpas que nem todos temos, mas o passar do tempo se encarregou <strong>de</strong> igualar-nos nesse quesito. Saímos recentemente <strong>de</strong> uma carga <strong>de</strong> profunda <strong>de</strong>cepção, vendo caminhar para o cárcere um festejado político popular, eleito e reeleito presi<strong>de</strong>nte da República, com a vantagem ainda <strong>de</strong> encaixar sua sucessora no mais alto cargo da administração pública brasileira, sofrendo impeachment no segundo mandato. Com esse <strong>de</strong>sfecho, encerra-se teoricamente um ciclo <strong>de</strong> início esperançoso e por fim nefasto para o país, cujas esperanças populares acabam se voltando para o seu vice, político tarimbado e <strong>de</strong> cultura elevada, com o honroso título <strong>de</strong> catedrático em Direito Constitucional, eleito por São Paulo e por várias vezes <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral, tendo inclusive sido presi<strong>de</strong>nte da Câmara Fe<strong>de</strong>ral. Esse cidadão tinha tudo para fazer um bom governo e até ser reeleito, diante dos <strong>de</strong>scalabros praticados pelos seus antecessores mais próximos na Presidência da República. Envolvido, porém, por acusações <strong>de</strong> ilícitos e perseguido duramente pelos simpatizantes <strong>de</strong> ambos os que o antece<strong>de</strong>ram no cargo, em que pese sua aparente boa vonta<strong>de</strong> em acertar ou, minimamente, exercer o alto cargo <strong>de</strong> forma republicana, <strong>de</strong>ixou-se levar por irritante letargia na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, comprometendo seu curto mandato e inviabilizando sua candidatura a um período completo no cargo, nas próximas eleições <strong>de</strong> outubro. Vamos nos <strong>de</strong>bruçar sobre o mais recente episódio a complicar o país: a greve dos caminhoneiros, que acabou afetando a todos os brasileiros, revelando à nação que não é difícil pará-la quase que completamente. Esse método nem mesmo os mais atrevidos haviam antes posto em prática. Suas tentativas <strong>de</strong> bloqueio sempre foram limitadas e <strong>de</strong>pendiam <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> colaboradores para se alargarem. Desta vez, não, e a própria estatal do petróleo colaborou para o país, estarrecido, se ver <strong>de</strong> repente na iminência <strong>de</strong> uma guerra civil, com sua população acuada por caminhões transformados em tanques <strong>de</strong> guerra, impedindo o tráfego em rodovias e vias urbanas em centenas <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s brasileiras. Faltou, sim, ao nosso presi<strong>de</strong>nte da República vir a público, através <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> veículos eletrônicos, dizer à população o plano oficial que impediria o prosseguimento daquela gigantesca paralisação que atravancava as veias e as artérias do país. O grosso da população <strong>de</strong>morou a enten<strong>de</strong>r o que se passava e, nestes tempos <strong>de</strong> incerteza política que vivemos, milhares ou milhões <strong>de</strong> cidadãos imaginavam o pior. Desvirando uma ou duas páginas <strong>de</strong>sse dia aziago para os brasileiros, vamos encontrar o novo presi<strong>de</strong>nte da Petrobras impondo uma tabela flexível <strong>de</strong> preços dos combustíveis refinados, cuja formulação matemática é excelente para palmas em salas <strong>de</strong> aulas fechadas e restritas. Porém, como costumava se dizer antigamente no país e até isso esquecemos, oprimidos por tantas e tamanhas confusões, na prática a teoria é outra. E foi exatamente essa lição <strong>de</strong> vida, da vida das pessoas simples <strong>de</strong>ste país, que na prática realizam milagres não previstos pela teoria, que inviabilizou a fantástica fórmula que até po<strong>de</strong>ria receber um Nobel da Aca<strong>de</strong>mia Sueca <strong>de</strong> Ciências, mas que jamais seu autor receberia sequer um tapinha nas costas <strong>de</strong> um caminhoneiro, ou mesmo do seu ajudante. A tabela flexível do Dr. Parente só fez aumentar rapidamente em 10% o preço dos combustíveis, atingindo a proeza tão sonhada por Guilherme Boulos e jamais realizada, nem por ele, nem por nenhum dos seus auxiliares mais fieis e diretos: parar o país tão rapidamente como <strong>de</strong>sligar a chave <strong>de</strong> luz lá <strong>de</strong> casa. Para remediar o caos, evitando que se espalhasse pelo calendário, tentou-se rasgar a fórmula dos preços móveis ao custo <strong>de</strong> alguns bilhões <strong>de</strong> reais para os cofres públicos. Descontado o fato (grave) do colossal <strong>de</strong>sabastecimento que se verificou em quase todo o país, com a falta inclusive dos gêneros <strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong>, procura-se sair do imenso apagão que atingiu boa parte da pátria brasileira, restando-nos a esperança <strong>de</strong> terem os sábios aprendido outra velha lição: não se trocam os pneus com o carro em movimento. *** Há uma voz corrente e recorrente nos gran<strong>de</strong>s centros do país estranhando a ausência das ban<strong>de</strong>irolas ver<strong>de</strong>-amarelas que nas ruas e praças brasileiras sinalizavam para a chegada <strong>de</strong> mais uma Copa do Mundo. Como <strong>de</strong>sta feita isso até agora ainda não ocorreu, ouvimos pelo menos três opiniões sobre essa ausência: o povo está sem dinheiro, o povo está sufocado por uma angústia sem fim e a nossa seleção é a mais estrangeira <strong>de</strong> todas as que nos tiraram a graça <strong>de</strong> torcer pelos nossos craques e nossos clubes do coração por eles representados. Escolha o leitor uma das três justificativas, ou todas. Ou até mesmo crie uma quarta, ou mais que isso. A verda<strong>de</strong> é que, realmente, até aqui (redigimos este texto na tar<strong>de</strong> da última sexta, 25) nossa tão forte brasilida<strong>de</strong> futebolística não explodiu. Como o país e o seu povo são surpreen<strong>de</strong>ntes e, portanto, frequentemente inesperados, é bem capaz que nos próximos dias tudo se modifique, trazendo-nos <strong>de</strong> volta ao menos nossas boas lembranças <strong>de</strong> 58, 62, 70, 94 e 2002. *** Com a Copa já iniciada (14/6), tem início no dia 18/6 mais uma versão do Cannes Lions, hoje adaptado para Festival Internacional da Criativida<strong>de</strong>, na sua 65ª versão. Como tem ocorrido nos últimos anos, o interesse pelo Cannes Lions sempre aumenta, com Cannes e cida<strong>de</strong>s vizinhas recebendo cada vez mais brasileiros nos seus hotéis. Daí, nosso atendimento ao pedido <strong>de</strong> Carlos Henrique Abatayguara, da Jet Set Viagens e Turismo, para os leitores que preten<strong>de</strong>m viajar a Cannes não <strong>de</strong>ixarem para a última hora as principais providências: passagens aéreas e hotel. Ele nos solicita informar que ainda tem lugares disponíveis nos hotéis, com boas tarifas. Mais informações: silmara@jetsetviagens.com.br e cecile@jetsetviagens.com. br, ou ainda p/ tel.: (11) 3125-6800. *** Este Editorial é em homenagem ao jornalista Alberto Dines, recentemente falecido, um exemplo <strong>de</strong> cidadão e profissional. Dines se notabilizou, entre tantas obras, pela coluna Jornal dos Jornais, que a Folha publicava em São Paulo aos domingos. jornal propmark - <strong>28</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> 3