JUNHO 2018 - Nº 242
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Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIV | Número <strong>242</strong> | Junho <strong>2018</strong> | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />
A festa mais<br />
portuguesa da Suíça<br />
EINSIEDELN<br />
27ª peregrinação<br />
A 27° Peregrinação<br />
a Einsiedeln juntou<br />
milhares de Portugueses<br />
e de outros Países<br />
de Língua Portuguesa;<br />
Cabo Verde, Brasil e<br />
Angola numa demonstração<br />
de fé e devoção<br />
a Nossa Senhora de<br />
Fátima.<br />
EDITORIAL DIREITO COMUNIDADE<br />
Armindo Alves foi reeleito. CLZ renova<br />
direcção. Foi no passado dia<br />
18 de Maio.<br />
Indemnização aos passageiros dos<br />
transportes aéreos em caso de<br />
recusa de embarque e de cancelamento<br />
ou atraso...<br />
03 13 20<br />
Reforma - Quanto vou receber<br />
na reforma da AHV ?
É já em Maio que terá lugar uma<br />
das maiores peregrinações religiosas<br />
na Suíça,<br />
Dever de controlo dos pais sobre<br />
menores...<br />
A febre amarela é uma doença<br />
de natureza infecciosa, transmitida<br />
pelo mosquito...<br />
2 LUSITANO de Zurique<br />
Publicidade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />
Bufete, reserva de refeições 077 403 72 55<br />
Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
Direcção<br />
Futebol<br />
InCentro<br />
044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />
079 531 48 60 / gualterpereira84outlook.pt<br />
incentro@cldz.ch<br />
Publicidade 079 222 09 14/armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />
Rancho folclórico<br />
076 344 40 91 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />
Tel. Geral: 044 200 30 40<br />
Serviços de ensino: 044 200 30 55<br />
Serviços sociais: 044 261 33 32<br />
Abertura de segunda a sexta-feira das<br />
08:30 às 14:30 horas<br />
Embaixada de Portugal<br />
Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />
Secção consular: 031 351 17 73<br />
Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
Serviços municipais de informação para<br />
imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Edição anterior<br />
Directora: Sandra Ferreira | Sub-director: Armindo Alves | Ano: XXIV | Número 241 | Maio <strong>2018</strong> | Preço: Grátis | Periodicidade: Mensal<br />
SECHSELÄUTEN<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
esteve presente<br />
EDITORIAL DIREITO SAÚDE<br />
03 07 19<br />
“Sechseläuten”<br />
Tradição que já vem do<br />
século 16, onde os conselheiros<br />
das diversas<br />
confrarias decidiam<br />
que nos meses de<br />
Verão o horário de<br />
saída do trabalho seria<br />
uma hora mais tarde<br />
do que no horário<br />
de Inverno.<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
Katholische Mission der Portugiesischsprechenden<br />
Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />
Tel.: 044 <strong>242</strong> 06 40 7 044 <strong>242</strong> 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />
Horário de atendimento:<br />
- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />
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Editorial<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 3<br />
Sandra Ferreira<br />
Directora<br />
Cartão nº 12 A - CCPJ<br />
CLZ renova direcção<br />
Editorial<br />
No passado dia 18 de Maio, teve lugar a Assembleia Geral do Centro Lusitano<br />
de Zurique, apesar da esperança do presidente Armindo em que fossem<br />
apresentadas mais listas para a direcção, estas não se confirmaram, tendo<br />
ele renovado o seu mandato por mais dois anos. Contudo na direcção antiga<br />
nem todos poderão continuar ao dispor da colectividade, tendo entrado caras<br />
novas para a direcção. Pedro Nabais e Joaquim Silva, dois dos homens<br />
que durante décadas estiveram ligados ao CLZ, despediram-se desta associação<br />
com uma lágrima no canto do olho, mas estando felizes por haver<br />
ainda um bom grupo de trabalho que continue a apoiar e leve este trabalho<br />
de muitos anos para a frente. Fica o agradecimento da direcção a estes dois<br />
homens que muito serviram a comunidade e a família que é o CLZ.<br />
Assim a direcção do CLZ é constituída por:<br />
Presidente - Armindo Alves<br />
Presidente AG - Luís Varandas<br />
Secretaria AG - Magda Padela<br />
Vice-presidente - Susana Pereira<br />
Secretaria - Carina Gonçalves e Natacha D’Amore<br />
Tesoureiro - Domingos Pereira e Sérgio Padela<br />
Vogais - Gualter Pereira<br />
Sandra Alves<br />
Sandra Ferreira<br />
Pedro Nogueira<br />
José Miranda<br />
Paulo Costa<br />
Luís Gonçalves<br />
Jorge Soares<br />
Pedro Pereira<br />
Conselho fiscal - José Lopes, Jorge Rodrigues e David Padela<br />
Com esta direcção, na sua maioria renovada, o CLZ procura unir esforços<br />
para o trabalho e desafios que tem pela frente. O maior desafio, que terão<br />
ate ao final do próximo ano, será a procura de novas instalações para o CLZ,<br />
visto que por motivos de obras, terão até ao fim de 2019 para sair do local<br />
onde se encontra. Contudo a nova direcção esta pronta para unir forças e<br />
continuar a manter o sucesso desta casa, quer no desporto, na cultura, na<br />
informação e para a integração.<br />
EQUIPA EDITORIAL<br />
Directora<br />
Sandra Ferreira - nº CC 12 A<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
Armindo Alves - nºCC 15 A<br />
armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />
Colaboração<br />
4 Cristina Fernandes Alves nº CC 16 A<br />
4 Maria José Bernardo nº CC 13 A<br />
4 Pedro Nabais nº CC 14 A<br />
4 Joana Araújo nº CC 11 A<br />
4 Jorge Rodrigues nº CC 17 A<br />
4 Jorge Macieira nº CC 28 A<br />
4 Maria dos Santos nº CC 27 A<br />
4 Daniel Bohren<br />
4 Zuila Messmer<br />
4 Domingos Pereira<br />
4 Carmindo de Carvalho<br />
4 Euclides Cavaco<br />
4 Carlos Matos Gomes<br />
4 Amílcar Malhó<br />
4 Cândido Abreu<br />
4 Costa Guimarães - Jornalista<br />
Nota: Os artigos assinados re fle ctem tão-somente<br />
a opinião dos seus autores e não vinculam necessariamente<br />
a Direcção desta Revista<br />
Publicidade:<br />
armindo.alves@garage-mutschellen.ch<br />
Tel.: 079 222 09 14<br />
Edição, composição<br />
e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 3000 A<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.org<br />
Tel.:(+351) 912 410 333<br />
Impressão: DM Braga<br />
Tiragem: 2000 exemplares<br />
Periodicidade: Mensal<br />
Distribuição gratuita<br />
Apoios:<br />
Esta publicação não<br />
adopta nem respeita o<br />
(des)Acordo Ortográfico<br />
Propriedade<br />
& administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.eu
4 LUSITANO de Zurique<br />
Comunidade<br />
27° Peregrinação<br />
a Einsiedeln<br />
PEDRO NABAIS<br />
No dia 20 de Maio, de manhã cedo os<br />
organizadores puseram-se a caminho<br />
para que tudo estivesse pronto a horas<br />
programadas. Começava mais uma<br />
grande demonstração de fé e devoção<br />
à Nossa Senhora de Fátima, na que era<br />
também a 27° Peregrinação a Einsiedeln<br />
por milhares de Portugueses e de outros<br />
Países de Língua Portuguesa; Cabo Verde,<br />
Brasil e Angola.<br />
Adeus à Virgem.<br />
Depois foi tempo de as pessoas irem tomar a sua refeição algo<br />
que se tornava de difícil escolha, pois a oferta era grande. Ao<br />
lado do Mosteiro encontrava-se os tradicionais comes e bebes<br />
á Portuguesa onde também não faltava as tradicionais farturas<br />
e churros. Os diversos restaurantes aliciavam os portugueses<br />
com menus do nosso País, no teatro onde se ia realizar a tarde<br />
cultural também se serviam refeições onde o preço dos menus<br />
incluíam o preço para o espectáculo.<br />
Como tem vindo sendo habitual o andor de Nossa Senhora de<br />
Fátima foi ornamentado pelos membros da Missão Católica de<br />
Língua Portuguesa da Suíça Central-Luzerna, que bem cedo puseram<br />
mãos à obra, para que nada falhasse na tarefa de que<br />
estavam encarregados.<br />
Às 11h45m como estava programado teve inicio a procissão,<br />
que se dirigiu para o Mosteiro Beneditino, onde já se encontravam<br />
muitos fiéis que esperavam pela imagem de Nossa Senhora<br />
de Fátima. Ali esta foi recebida com os cânticos do grupo<br />
coral que era composto pelos jovens do grupo VOA de Zurique e<br />
grupo TALENTOS DE LUZERNA, orientados pelo Diácono Paulo<br />
Costa.<br />
Seguiu-se a Eucaristia que foi Presidida pelo Monsenhor Mário<br />
Rui de Oliveira da Diocese de Braga, que se encontra há 11<br />
anos em Roma, coadjuvado por sacerdotes das diversas Missões<br />
Católicas Portuguesas na Suíça. No fim da Eucaristia assistiu-se<br />
a um dos pontos altos da cerimónia com o cântico do<br />
A tarde cultural começou com o desfile dos Ranchos folclóricos<br />
em sentido inverso á procissão, desde o mosteiro até ao teatro<br />
da cidade onde começaram logo a actuar pois o programa era<br />
longo e muito apetecível.<br />
O Rancho Folclórico de Arbon e o Rancho de Centro Lusitano de<br />
Zurique presentearam as cercas de 800 pessoas que estavam<br />
presentes com belas actuações, onde nos foram apresentadas<br />
danças diversificadas do nosso folclore, não posso deixar de<br />
destacar os ranchos infantis de ambas as partes que encheram<br />
os corações dos presentes com as suas danças.<br />
Depois veio a atracção da tarde com a apresentação de Tiago<br />
Maroto que pôs o público a dançar quase durante duas horas,<br />
no meio do seu espectáculo teve a companhia de Aguiar para<br />
uma desgarrada típica Portuguesa. Os Nova Onda também foram<br />
chamados para encerrar mais uma grande tarde cultural<br />
que mais uma vez teve o Centro Lusitano de Zurique como organizador.
Comunidade<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 5<br />
Residentes no Estrangeiro<br />
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6 LUSITANO de Zurique<br />
Breves da Emigração<br />
Carta aberta enviada ao Presidente<br />
da República<br />
Sindicato dos Professores nas Comunidades<br />
Lusíadas (SPCL), enviou uma<br />
carta aberta ou PR, sustentando que<br />
“os problemas e injustiças com que os<br />
professores em Portugal se debatem<br />
atingem também os docentes do Ensino<br />
Português no Estrangeiro (EPE),<br />
aqueles professores que, em vários<br />
países da Europa e na África do Sul,<br />
ensinam língua e cultura portuguesas<br />
aos filhos dos trabalhadores portugueses”.<br />
“Desde 2010, o Camões – Instituto da<br />
Cooperação e da Língua, que então assumiu<br />
a tutela do EPE, entendeu retirar<br />
a possibilidade de aprender e ensinar<br />
português como língua materna ou de<br />
origem, permitindo unicamente a vertente<br />
do português língua estrangeira, com<br />
manuais de carácter obrigatório e um<br />
processo de certificação destituído de importância<br />
real, pois unicamente atesta o<br />
nível de conhecimentos dos alunos como<br />
estrangeiros aprendentes do português”,<br />
referem. Para o sindicato, “os alunos, em<br />
grande maioria, não são estrangeiros”.<br />
“São as crianças e jovens filhos dos trabalhadores<br />
portugueses nas comunidades,<br />
que se orgulham da sua ascendência,<br />
da sua cultura e da sua língua de<br />
origem, que não desejam estudar como<br />
se fossem estrangeiros, mas sim como<br />
portugueses residentes fora do território<br />
nacional”, sublinhou o documento. Para<br />
além da “incompreensível imposição de<br />
poder apenas aprender português como<br />
língua estrangeira”, também à maior parte<br />
dos luso-descendentes é “imposto o pagamento<br />
da taxa de frequência, ‘a propina’,<br />
da qual os alunos estrangeiros, que<br />
também frequentam os cursos de português,<br />
se encontram isentos”.<br />
“Os professores do EPE são também<br />
discriminados negativamente no que respeita<br />
a um dos seus direitos básicos, nomeadamente<br />
o de se poderem candidatar<br />
a lugares docentes nas escolas em Portugal.<br />
Este é um direito importantíssimo,<br />
pois no EPE não existe carreira, sendo as<br />
colocações precárias e dependentes do<br />
número de alunos, que continua a diminuir<br />
sensivelmente”, indicou. Concluem<br />
os docentes que é “esta a situação real.<br />
No EPE, os lusodescendentes estão em<br />
situação de inferioridade relativamente<br />
aos alunos estrangeiros”.<br />
Oferta de emprego para emigrantes<br />
O Governo anunciou pela voz do Secretário<br />
de Estado das Comunidades Portuguesas,<br />
José Luís Carneiro, que está<br />
em desenvolvimento a criação de um<br />
instrumento de divulgação de ofertas<br />
de emprego e propostas de formação<br />
e qualificação profissional para os emigrantes.<br />
Este instrumento permitirá aos portugueses<br />
no estrangeiro terem conhecimento<br />
das ofertas de emprego em território nacional.<br />
Respondendo às necessidades dos<br />
cidadãos que residem em países onde se<br />
confrontam com dificuldades de emprego.<br />
“Portugal começa a ter necessidade de<br />
profissionais na hotelaria, restauração,<br />
construção civil, áreas de engenharia,<br />
áreas que têm vindo a ser identificadas<br />
necessidades da parte de várias empresas<br />
e investidores nacionais”, realçou o<br />
membro do Governo.
Breves da Emigração<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 7<br />
Conselheiros das Comunidades Portuguesas<br />
reconduzem direcção do<br />
Conselho Permanente<br />
A direcção do Conselho Permanente do<br />
Conselho das Comunidades Portuguesas<br />
(CP-CCP) foi hoje reconduzida para<br />
mais um mandato de um ano, numa votação<br />
com a oposição dos representantes<br />
da Europa.<br />
O conselho permanente é composto por<br />
12 membros -- quatro do conselho regional<br />
da Europa, três da América Central e<br />
do Sul, dois da América do Norte, dois de<br />
África e um da Oceânia e será liderado,<br />
pelo terceiro ano consecutivo, por Flávio<br />
Martins (Foto), como presidente; Nelson<br />
Ponta Garça na vice-presidência, e Manuel<br />
Coelho como secretário.<br />
A eleição decorreu, no terceiro e último dia<br />
da reunião anual do conselho permanente,<br />
que decorreu em Lisboa na Assembleia da<br />
República.<br />
A votação não foi, no entanto, unânime,<br />
com os conselheiros pela Europa a votarem<br />
contra.<br />
Português morreu na Prisão<br />
de Fresnes<br />
O Português V. Gonçalves, de 33 anos, que<br />
estava a cumprir pena na prisão de Fresnes,<br />
nos arredores de Paris foi encontrado inanimado<br />
e acabou por falecer no Hospital da la<br />
Pitié-Salpêtrière, oficialmente vítima de ataque<br />
cardíaco.<br />
Segundo o jornal Le Parisien, a mãe de V.<br />
Gonçalves, não acredita na versão oficial da<br />
morte do filho e vai levar o caso a tribunal<br />
porque diz que o filho foi assassinado com<br />
uma facada no coração. Alega que foi informada<br />
por “uma pessoa porque os detidos<br />
têm telefones e comunicam entre eles”. Diz-<br />
-se ainda que foi informada da morte do filho<br />
no domingo, antes mesmo da hora oficial da<br />
morte.<br />
A vítima, vivia em Bonneuil-sur-Marne, tinha<br />
sido condenado a um ano de prisão por ter sido<br />
apanhado a conduzir sem carta de condução e<br />
dentro de uma semana devia deixar a cadeia,<br />
a 15 de maio, alegadamente por bom comportamento.<br />
Será aberto um inquérito sobre a morte de V.<br />
Gonçalves, a autópsia vai ser realizada pelo<br />
Instituto de Medicina Legal de Paris, cujos resultados<br />
só deverão ser entregues dentro de seis<br />
meses. Arnaud Adélise, o advogado que representa<br />
a família, apresentou queixa no Tribunal<br />
de Créteil por homicídio involuntário contra desconhecidos.<br />
Dia da Língua Portuguesa e Cultura da<br />
CPLP nos Jardins da ONU, em Nova Iorque<br />
A 5 de Maio, os nove países com língua oficial portuguesa celebram<br />
o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da Comunidade<br />
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Foram cerca<br />
de 180 iniciativas, como colóquios, espectáculos ou cinema,<br />
assinalam este ano em 57 países o Dia da Língua Portuguesa<br />
e da Cultura da CPLP, com destaque para um encontro, no<br />
sábado, nos jardins das Nações Unidas.<br />
"É o dia que celebra a língua de 261 milhões de pessoas e das<br />
muito mais que a aprendem porque pensam que ela é útil como<br />
língua de comunicação, como língua de negócios, como língua<br />
literária e sempre como língua de cultura", afirmou esta segunda-feira<br />
o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto<br />
Santos Silva, durante a apresentação das celebrações, coordenadas<br />
pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.<br />
Entre as iniciativas, Santos Silva destacou a realização, "pelo seu<br />
simbolismo", no sábado, de várias "manifestações culturais, literárias,<br />
musicais", nos jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque,<br />
que resultam da "colaboração entre todas as missões permanentes<br />
de países de língua portuguesa junto da ONU".<br />
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8 LUSITANO de Zurique<br />
Comunidade<br />
Iolanda Duarte:<br />
a mulher das farturas<br />
SANDRA FERREIRA<br />
De estrutura baixa, mas voz firme e que<br />
ressoa, Iolanda Duarte é uma presença<br />
forte em todas as festas Portuguesas<br />
na Suíça. Quer pela doçura das Farturas,<br />
pipocas ou algodão-doce, não há<br />
português que lhe passe despercebido<br />
e já o faz desde há 8 anos.<br />
Natural de Guimarães, hoje,<br />
por obra do amor que sempre<br />
a acompanha, tem casa<br />
e família em Castro Daire, de<br />
onde o marido é natural. Na<br />
Suíça está há 10 anos e vive<br />
em Kriens com o marido e um<br />
dos 3 filhos que tem.<br />
A paixão pelas festas e farturas<br />
não é de agora. Pode<br />
mesmo dizer-se que foi algo<br />
hereditário, pois desde pequena<br />
que Iolanda era presença<br />
assídua em todas as<br />
festas e romarias de Portugal.<br />
“Eu cresci nas festas e romarias<br />
de Portugal. Eu era a<br />
menina do “poço da morte” e<br />
“comecei com 20 anos a fazer<br />
isso”. E é com saudades que<br />
mostra as fotos desse tempo,<br />
em que num acto, à primeira<br />
vista perigoso, Iolanda pegava<br />
na sua motorizada e saltava<br />
com seu pai para a pista,<br />
no “poço da morte”.<br />
“Esta paixão vem do tempo<br />
dos meus avós e foi passando<br />
de geração em geração, sendo<br />
que as únicas que agora<br />
andamos nisto sou eu e a minha<br />
mãe. Os meus irmãos não<br />
quiseram festas e os meus<br />
filhos também não querem<br />
seguir as minhas pegadas”,<br />
conta Iolanda com um certo<br />
saudosismo pois não vê futuro<br />
para esta paixão familiar,<br />
que provavelmente terminará<br />
nas suas mãos.<br />
Iolanda está há 10 anos na<br />
Suíça. Veio para cá na ideia<br />
de apenas ganhar uns extras,<br />
na época de Inverno, mas<br />
apaixonou-se e acabou por<br />
ficar. “Como as festas em<br />
Portugal só dão na época de<br />
Verão, aproveitei e vim passar<br />
cá uns meses a trabalhar. Era<br />
para estar aqui de Novembro<br />
a Abril e depois voltar, mas<br />
conheci o meu marido e acabei<br />
por ficar. Comecei por trabalhar<br />
num Restaurante, depois<br />
fui para as limpezas, mas<br />
ainda tinha o bichinho das<br />
Farturas e então fui buscar as<br />
minhas coisas e comecei nisto”.<br />
E “já lá vão 8 anos a fritar<br />
Farturas e a deliciar os portugueses<br />
que tanto apreciam<br />
este doce tradicional.”<br />
Se lhe perguntarem qual o segredo<br />
das suas farturas, diz<br />
em tom maroto e terminando<br />
com uma grande gargalhada:<br />
“O segredo é a alma do negócio!”<br />
Um negócio que também deixa<br />
as suas feridas e cicatrizes.<br />
“Não é uma vida fácil, pois a<br />
gente apanha frio, chuva, calor<br />
e, muito pior, a estupidez<br />
de alguns clientes”, conta com<br />
uma certa mágoa. “Há clientes<br />
que não entendem que as<br />
coisas aqui são o dobro do<br />
preço que em Portugal e depois<br />
vem fazer-me comentários<br />
bastante desagradáveis”.<br />
Mas também existe o outro<br />
lado da moeda, e Iolanda<br />
criou através da sua paixão<br />
uma grande rede de clientes<br />
e amigos, até mesmo de concorrentes<br />
no negócio que encontram<br />
algo de especial nas<br />
suas farturas.<br />
Contudo as vendas já não são<br />
o que eram e Iolanda pretende<br />
regressar já no próximo<br />
ano a Portugal. Diz mesmo<br />
em tom cansado “jà são 46<br />
anos a viver em festas”.<br />
Saudades vai deixar do filho,<br />
que aqui fica, e dos clientes e<br />
amigos que fez ao longo destes<br />
anos, contudo esta mulher<br />
que não é de ficar parada<br />
termina a entrevista de forma<br />
positiva e diz : “Vou ficar mais<br />
um aninho a fazer farturas,<br />
aproveitem porque senão só<br />
em Portugal”.
Comunidades<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 9<br />
Dia da Língua Portuguesa e das<br />
Culturas Lusófonas em Genebra<br />
promovido pela Associação Laços<br />
O dia da Língua Portuguesa e das Culturas Lusófonas<br />
foi celebrado, no dia 5 de Maio, pelas<br />
Comunidades de Países de Língua Portuguesa<br />
(CPLP). Neste dia, procura-se desenvolver actividades<br />
que ajudem a promover a cultura e língua<br />
que une estas comunidades pelo mundo.<br />
DOMINGOS PEREIRA<br />
Foi com este objectivo que Associação Cultural Luso<br />
Suíça - Laços, em Genebra, celebrou na sala de espectáculos<br />
Libelules este dia, levando a cabo debates,<br />
apresentação de livros e seus autores, música,<br />
dança e gastronomia.<br />
“Esta iniciativa da Laços teve como objectivo principal promover a língua<br />
e cultura dos povos da lusofonia, mas também, que fosse uma oportunidade<br />
para as colectividades da (lusofonia) existentes em Genebra de divulgarem<br />
as suas actividades e de interagirem não só em torno da língua<br />
que os une, mas também nos interesses e necessidades comuns como<br />
os direitos cívicos, sociais e a sua participação dentro da comunidade de<br />
acolhimento,” referiu a directora cultural da Laços Ana Casanova.<br />
O programa iniciou com música popular portuguesa, seguindo da apresentação<br />
dos livros; Conto por Conto de Angela Mota (Brasil- GE), Ecos<br />
dos Afectos de Ana Casanova (Portugal-GE), Europa de Luísa Semedo<br />
(Portugal- F).<br />
Os debates realizaram-se em 3 painéis intitulados: Língua portuguesa<br />
Presente e Futuro, Participação Cívica e Social das Comunidades no<br />
País de acolhimento, Segunda Geração Participação na vida Social e Interação<br />
com o País de Origem. Com locução e moderação realizada pela<br />
conhecida jornalista e locutora Paula Machado da RDP internacional.<br />
Para responder as questões colocadas por Paula Machado e do público<br />
presente e apresentarem as suas opiniões sobre os temas citados, a Associação<br />
Laços convidou os Conselheiros das Comunidades Portuguesas<br />
(CCP) Iolanda Viegas (Reino-Unido) Luísa Semeado (França), Pedro<br />
Rúpio (Bélgica), Alfredo Stoffel (Alemanha), Domingos Pereira (Suíça).<br />
O programa contou ainda com a actuação dos Ranchos Alegrias do Norte,<br />
Sons de Portugal, Kilian e a sua Concertina, Grupo de dança Paradeise,<br />
Alexandra Brito com a apaixonante quizomba e terminou com Aerton<br />
Lopes e Barbara Carvalho com ritmos Afro-americanos.
10<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Entrevista<br />
José Alberto Vieira<br />
Carvalho Araújo<br />
José Alberto Vieira Carvalho Araújo de 36<br />
anos natural de Braga foi jogador dos SC<br />
Braga dos sub-14 até aos sub-19 que depois<br />
viu-se obrigado a abandonar como atleta<br />
devido a lesão e há nove anos que comanda<br />
equipas de formação no SC Braga.<br />
JORGE MACIEIRA<br />
Lusitano de Zurique — Treina<br />
uma equipa júnior que<br />
tem a particularidade de<br />
ser uma das equipas do<br />
campeonato nacional praticamente<br />
só a jogar com jovens<br />
portugueses...<br />
José Araújo - Isso foi uma<br />
resposta ao excesso de jogadores<br />
estrangeiros nas camadas<br />
jovens?<br />
Temos muito orgulho em potenciar<br />
atletas portugueses<br />
no entanto também temos de<br />
ter consciência que o futebol<br />
é universal!<br />
O nosso trabalho é desenvolver<br />
os atletas para que possam<br />
chegar às nossas equipas<br />
profissionais, sem descrição<br />
de raça, cor ou religião.<br />
Potenciar o jogador nacional,<br />
é algo que nos dá muita satisfação,<br />
mas também temos<br />
atletas estrangeiros na nossa<br />
equipa, que acrescentam muita<br />
qualidade...<br />
Ou seja, devemos sempre<br />
procurar a QUALIDADE, pois<br />
evoluímos mais em contextos<br />
de maior adversidade (como<br />
foi o caso deste torneio), e<br />
isso apenas se consegue com<br />
um grupo de atletas de grande<br />
valor. Maior competitividade<br />
interna, maior evolução de<br />
todo o grupo!<br />
E respondendo à questão,<br />
gostamos muito de trabalhar<br />
com atletas nacionais, mas<br />
gostamos ainda mais de trabalhar<br />
com bons atletas!<br />
Sabemos que o jogador português<br />
tem muita qualidade,<br />
e por isso, temos poucos estrangeiros...<br />
LZ — Qual é a sua formação<br />
académica como treinador?<br />
JA — Sou licenciado em Educação<br />
Física e Desporto pela<br />
UTAD (Universidade de Trás<br />
e Montes e Alto Douro), com<br />
especialização em futebol, o<br />
que me conferiu equivalência<br />
ao curso UEFA “C”.<br />
Mais tarde frequentei o curso<br />
UEFA “B” na AFB (Associação<br />
de Futebol de Braga), estando<br />
no presente momento a<br />
frequentar o curso UEFA “A”,<br />
ministrado pela FPF (Federação<br />
Portuguesa de Futebol).<br />
LZ — Como surgiu esse<br />
convite para se juntar ao SC<br />
Braga?<br />
JA — Fiz todo o meu percurso<br />
como atleta (formação) no<br />
Sporting Clube de Braga, dos<br />
U14 aos U19. Sendo um dos<br />
capitães de equipa da minha<br />
geração!<br />
Uma lesão fez com que abandonasse<br />
a prática da modalidade,<br />
tendo de imediato,<br />
enveredado pelos estudos.<br />
Estava na altura de ingressar<br />
na Universidade, e foi sem dúvida<br />
uma escolha fácil! Queria<br />
manter-me ligado ao futebol...<br />
Tirei o curso de Desporto,<br />
onde me especializei em Futebol!<br />
Estive algum tempo afastado<br />
do futebol, após terminar<br />
o curso, pois estive envolvido<br />
num projecto profissional<br />
muito ambicioso e aliciante, a<br />
construção de uma nova etapa<br />
de um colégio privado em<br />
Braga.<br />
No entanto o “bichinho” do futebol<br />
esteve sempre presente<br />
e foi com naturalidade que<br />
quando um ex-treinador (Lito)<br />
me convidou para o “ajudar”,<br />
não consegui dizer que não!<br />
O primeiro dia foi fantástico,<br />
sentir toda a nostalgia do<br />
tempo em que jogava, nunca<br />
mais consegui sair deste nosso<br />
grande clube!<br />
LZ — - Como avalia a participação<br />
no torneio Blues<br />
Star/Fifa Cup?<br />
JA — Um excelente torneio,<br />
muito bem organizado, com<br />
um grupo de equipas muito<br />
competitivas...<br />
Ficamos muito satisfeitos pelo<br />
convite que recebemos, pois<br />
acreditamos que são ambientes<br />
competitivos como estes<br />
que fazem evoluir, ainda mais,<br />
os nossos atletas!<br />
Sobre a nossa participação,<br />
temos de considerar muito positiva,<br />
não apenas pela classificação<br />
obtida, mas sobretudo<br />
pela experiência, aprendi-
zagem e evolução que proporcionou aos<br />
nossos atletas!<br />
Somos um grupo ambicioso, e naturalmente<br />
entramos em todas as competições<br />
para vencer, no entanto, temos consciência<br />
que a avaliação final, nunca pode recair<br />
apenas na classificação obtida. Definimos<br />
vários objectivos para este torneio e conseguimos<br />
alcançar praticamente todos!<br />
LZ — Sentiu-se acarinhado pela massa<br />
Bracarense e Portuguesa aqui na Suíça?<br />
JA — Sem dúvida nenhuma...<br />
Não estávamos à espera de tanto apoio e<br />
de tanto reconhecimento!<br />
Outro dos aspectos fantásticos deste torneio,<br />
o envolvimento e a aceitação da comunidade!<br />
É muito importante que os atletas percebam<br />
que o futebol é paixão por causa dos<br />
adeptos! É para eles que nós jogamos, e<br />
conseguir proporcionar (de alguma forma)<br />
um aproximar dos nossos emigrantes às<br />
suas raízes é um sentimento muito gratificante.<br />
Foi uma agradável surpresa!<br />
Desporto<br />
LZ — Actualmente em segundo lugar no<br />
apuramento de campeão, qual expectativa<br />
para o resto do campeonato?<br />
JA — Temos consciência do campeonato<br />
que estamos a fazer e de quais os objectivos<br />
a que nos propusemos atingir desde o<br />
início da época...<br />
Na formação acreditamos que o fundamental<br />
é a evolução dos nossos atletas em<br />
termos individuais, inseridos num contexto<br />
colectivo e nesse capítulo estamos muito<br />
satisfeitos com o trabalho desenvolvido!<br />
Naturalmente que o bom trabalho desenvolvido<br />
nos coloca em posição de destaque<br />
no campeonato, mas como sempre<br />
dissemos, existem outras equipas, com<br />
outros recursos, com mais e maior obrigação<br />
em conciliar a evolução dos atletas<br />
com a classificação obtida!<br />
Vamos manter a nossa forma de estar, o<br />
nosso foco no trabalho e no final iremos<br />
fazer contas, mas sempre com uma forte<br />
convicção que trabalhamos para potenciar<br />
os atletas e para os fazer chegar às nossas<br />
equipas profissionais!<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 11<br />
LZ — Tem alguma mensagem a deixar<br />
aos jovens que desejam chegar a jogadores?<br />
JA — A mensagem para todos os jovens<br />
que desejam chegar a jogador é muito simples<br />
dedicação e sacrifício!<br />
É fundamental que os jovens tenham consciência<br />
tudo o que implica ser um jogador<br />
de futebol profissional. Os sacrifícios que<br />
são necessários, as privações (na juventude)<br />
a que vão estar sujeitos, pois apenas<br />
os mentalmente preparados para tal, conseguiram<br />
lá chegar!<br />
Não é fácil, obriga a muito trabalho e sacrifício,<br />
mas como se costuma dizer, “quem<br />
corre por gosto, não cansa” logo se têm<br />
esse sonho, vão atrás dele!<br />
Nome completo:<br />
José Alberto Vieira Carvalho<br />
Araújo<br />
Idade:<br />
36<br />
Naturalidade:<br />
Braga, Portugal<br />
Quantos anos no Braga:<br />
Esta época é a 9ª ao serviço<br />
do SCB<br />
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dependendo da sua solvabilidade. Exemplo representativo: para um financiamento pessoal de CHF 30’000 com uma mensalidade de 24 meses; taxa anual de encargos efetiva de 5.6% (Rating AA).<br />
mensalidade: CHF 1303 (reembolso, os juros e o seguro. A mensalidade indicada já inclui o valor correspondente ao prémio mensal de reembolso, custos de juros e do seguro). Custos de juros em total: CHF 1194,<br />
prêmio do seguro em total: CHF 91, custo total do crédito: CHF 31’735.Taxa (única) CG24: CHF 450 (este valor é deduzido ao financiamento da soma total do crédito solicitado), Aviso legal: a concessão de crédito<br />
é proibida caso conduza a um endividamento excessivo (Art.º 3.º da UWG (lei relativa à concorrência desleal)).
12 LUSITANO de Zurique<br />
Comunidades<br />
O preço das creches na Suíça<br />
é o mais caro no mundo<br />
Uma família na Suíça, que deseje<br />
colocar seu filho em tempo<br />
inteiro numa creche, vai custar-<br />
-lhe em média 60% do seu salário.<br />
Um valor que coloca a Suíça<br />
em primeiro lugar do ranking<br />
mundial. Mesmo - em alguns<br />
casos – com ajudas financeiras<br />
e reduções de impostos a factura<br />
final é ainda muito elevada.<br />
Estes números foram confirmados<br />
por instituições internacionais que<br />
colocam a Suíça a frente dos países<br />
da OCDE em termos de custos<br />
na guarda de crianças fora da<br />
família.<br />
Todos os países analisados concedem<br />
ajuda financeira directa e/<br />
ou reduções fiscais às famílias. O<br />
cálculo é realizado, subtraindo esses<br />
benefícios ao preço bruto das<br />
creches, e isto resulta num custo<br />
líquido de 30% do rendimento<br />
médio de uma família. Com estes<br />
valores finais a Suíça situa-se ainda<br />
nos primeiros lugares da tabela<br />
ficando a sua frente apenas os<br />
países anglo-saxónicos.<br />
As autoridades públicas subvencionam<br />
um número limitado de<br />
utentes, favorecendo as famílias<br />
mono-parentais ou aquelas com<br />
recursos financeiros limitados.<br />
Sendo quase 90% das creches do<br />
país são privadas e financiadas<br />
pelos pais.<br />
A Suíça possui assim um dos sistemas<br />
de cuidados infantis mais<br />
caros do mundo, com a procura<br />
muito superior à oferta. De acordo<br />
com uma pesquisa recente, a<br />
confederação não tem resposta<br />
para cerca de 20% das crianças<br />
em idade pré-escolar e escolar<br />
apesar das necessidades dos<br />
seus encarregados de educação<br />
de irem trabalhar.<br />
De mal a pior<br />
Na quarta-feira 16 de Maio, o<br />
Conselho Federal anunciou que<br />
iria retirar o seu apoio ao programa<br />
de estímulo para aumentar a<br />
disponibilidade de vagas em creches<br />
de todo o país, argumentando<br />
que a responsabilidade deve<br />
recair sobre cantões e municípios.<br />
Nos últimos 15 anos, o governo<br />
federal suíço criou 57.383 novas<br />
vagas em todo o país, investindo<br />
um total de 350 milhões de francos<br />
suíços na tentativa de diminuir<br />
a diferença entre oferta e a procura.<br />
A verdade é que a Suíça - mesmo<br />
com a somo supracitada - gasta<br />
por ano menos de 0,1% de seu<br />
produto interno bruto (PIB) no financiamento<br />
a infra-estruturas<br />
e subvenção a famílias, menos<br />
do que a maioria dos países europeus.<br />
Mas que por outro lado<br />
e para efeito, de comparação, a<br />
confederação Suíça gasta 0,8%<br />
do PIB do país com as forças-armadas.<br />
Fonte: agências
Comunidades<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 13<br />
Cem milhões de francos suíços<br />
para empréstimos pessoais<br />
Paul Baumgartner<br />
Products & Sales<br />
foto: © creditgate24.com<br />
Falámos com um dos<br />
nossos patrocinadores<br />
o Sr. Paul Baumgartner<br />
e quisemos<br />
conhecer a sua actividade<br />
e o que consiste<br />
o conceito “MarketplaceLender”.<br />
ARMINDO ALVES<br />
Lusitano de Zurique — Qual é a<br />
actividade do CreditGate24?<br />
Paul Baumgartner — O CreditGate24<br />
é um “marketplacelender”<br />
que empresta. Na plataforma<br />
online www.creditgate24.com,<br />
os mutuários (pessoas físicas e<br />
PMEs) podem fazer uma solicitação<br />
de maneira conveniente, fácil<br />
e rápida. A coisa especial sobre a<br />
plataforma é que nós colocamos<br />
os projectos de empréstimo em<br />
nossa plataforma após um exame<br />
minucioso. Os projectos de empréstimos<br />
são então financiados<br />
por investidores privados ou institucionais.<br />
Empréstimos estão disponíveis<br />
a partir de CHF 5000 a 3<br />
milhões e as taxas de juros variam<br />
entre 4,35% e 9,9%.<br />
LZ — Qual o público-alvo da<br />
vossa empresa?<br />
PB — Empréstimos pessoais típicos<br />
são necessários para financiar<br />
carros, habitação, educação,<br />
reformas e reescalonamento. Empréstimos<br />
típicos para PMEs são<br />
necessários para financiar liquidez,<br />
financiamento de projectos,<br />
activos circulantes, activos fixos<br />
ou reestruturação de dívidas.<br />
LZ — Qual o volume de negócios<br />
e qual perspectiva futura?<br />
PB — A CreditGate24 já emitiu<br />
1500 empréstimos com um<br />
volume de 100 milhões de francos<br />
suíços. Nesta semana ou na<br />
próxima semana (Junho de <strong>2018</strong>),<br />
haverá uma acção de 10% nos<br />
próximos 100 milhões de francos<br />
suíços para empréstimos pessoais<br />
(novos clientes ou clientes que aumentarão<br />
seus empréstimos<br />
LZ — Fale-nos sobre empréstimos<br />
imobiliários<br />
PB — Em termos de reformas,<br />
financiamento de pontes ou empréstimos<br />
imobiliários, podemos<br />
ajudar com as chamadas segundas<br />
hipotecas. Nosso especialista<br />
Daniel Costandaché terá prazer<br />
em aconselhá-lo. No momento,<br />
estamos prontos para encontrar<br />
uma solução para as primeiras hipotecas.<br />
Nós não oferecemos estes<br />
no momento.<br />
LZ — É um investimento atractivo?<br />
PB — Também oferecemos termos<br />
muito atractivos no lado do<br />
investidor. Um investidor pode estar<br />
connosco a partir de CHF 500,<br />
o valor é aberto no topo. O retorno<br />
médio para nós é entre 4-6%,<br />
dependendo da classificação que<br />
você investe. Este é certamente<br />
um retorno muito interessante no<br />
actual ambiente de interesse negativo.<br />
LZ — Vocês trabalham também<br />
com intermediários?<br />
PB — Sim, também trabalhamos<br />
com intermediários e fiduciários de<br />
empréstimos para pessoas físicas<br />
e empresas de pequeno e médio<br />
porte e oferecemos uma plataforma<br />
de corretagem on-line bastante<br />
simplificada. Você está convidado<br />
a perguntar-me directamente,<br />
se uma colaboração é desejada.<br />
LZ — Quanto à comunicação<br />
com os clientes, é apenas em<br />
alemão?<br />
PB — Nós temos três pessoas<br />
trabalhando em Português. Carla<br />
da Silva é o seu contacto directo.<br />
Ela é portuguesa e assessora de<br />
clientes. Sandra Gonçalves também<br />
é portuguesa, mas trabalha<br />
na contabilidade. Eu sou brasileiro<br />
e certamente poderia ajudar com<br />
qualquer pergunta.
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Direito<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 15<br />
V<br />
Indemnização e a assistência aos passageiros dos<br />
transportes aéreos em caso de recusa de embarque<br />
e de cancelamento ou atraso considerável dos voos<br />
Daniel Bohren<br />
[Advogado]<br />
Tempo de férias é tempo de viajar. Viagens também trazem aborrecimentos, quando, por exemplo,<br />
as companhias de aviação não transportam os passageiros, por terem feito demasiadas reservas,<br />
anularem os voos ou os voos partirem com atraso. Nestes casos os passageiros têm direitos de acordo<br />
com o Regulamento sobre os Direitos de passageiros de transportes aéreos N.º 261/2004 da UE,<br />
quando partem de um país da UE ou da Suíça ou voam com uma companhia de aviação com sede na<br />
UE ou na Suíça para um país da UE ou para a Suíça:<br />
Quando a companhia de aviação fez demasiadas reservas, quer dizer vendeu lugares a mais e não pode<br />
agora transportar todos os passageiros, então procura primeiramente pessoas, que prescindam voluntariamente<br />
de embarcar. Quem prescinde voluntariamente pode pelo menos exigir o reembolso dos custos de<br />
voo dos trajectos ainda não efectuados, um voo de regresso gratuito para o primeiro aeroporto de partida<br />
ou a continuação do voo para o aeroporto de chegada tão rapidamente quanto possível. O passageiro pode<br />
naturalmente tentar negociar outras contrapartidas pela sua renúncia. Se não se encontrarem suficientes<br />
voluntários que prescindem do voo, então a companhia de aviação também pode recusar o embarque a passageiros individuais.<br />
Quem não pode voar involuntariamente, tem adicionalmente aos direitos mencionados (custos de reembolso, voo de regresso ou<br />
continuação da viagem) direito a refeições apropriadas e refrescos e – se for necessária uma pernoita – alojamento em hotel inclusive<br />
transferência para o hotel e de regresso ao aeroporto assim como as seguintes indemnizações globais:<br />
€ 125 / € 250 para um trajeto de voo ≤ 1.500 km<br />
€ 200 / € 400 num voo dentro da UE / CH com o trajeto de voo > 1.500 km<br />
ou fora da UE / CH com uma distância de voo > 1.500 km ≤<br />
3.500 km<br />
€ 300 / € 600 em todos os outros voos<br />
A indemnização mais baixa é então válida, quando foi oferecido um voo de substituição cuja hora de chegada se atrasa face ao<br />
horário previsto de voo não mais de (voos com trajecto curto vê acima), 3 (voos com tarjetas meios) respectivamente 4 horas (outros<br />
voos).<br />
No caso de cancelamento do voo os passageiros têm os mesmos direitos que os passageiros que involuntariamente não foram<br />
transportados. Não há, a saber, direito a indemnização global, quando<br />
• o cancelamento foi participada 2 semanas antes do voo planeado, ou<br />
• o cancelamento foi participada depois de 2 semanas antes do voo, mas com uma antecipação de pelo menos 7 dias e simultaneamente<br />
com a oferta de um voo de substituição, no qual a hora de partida é menor do que 2 horas antes e a hora de<br />
chegada não mais do que 4 horas mais tarde, ou<br />
• o cancelamento é participada com menos de 7 dias de antecedência, mas é proposto um voo de substituição que parte menos<br />
de 1 hora antes e a hora de chegada não é mais do que 2 horas mais tarde, do que a do voo marcado inicialmente.<br />
• a companhia de aviação pode comprovar que o cancelamento do voo é consequência de condições extraordinárias, que ela não<br />
podia evitar<br />
Com o atraso da hora de partida de menos de 2 horas (em voos de menos de 1.500 km) ou de menos de 3 horas (em voos dentro da<br />
UE de mais de 1.500 km e tais fora da UE com trajecto de voo entre 1.500 km e 3.500 km) ou atrasos de 4 horas (em todos os outros<br />
voos) os passageiros têm direito a refeições e refrescos apropriados. Se a hora de partida esperada é apenas no dia seguinte, então<br />
os passageiros também têm direito a alojamento num hotel inclusive transferência aeroporto-hotel, hotel-aeroporto. Se o atraso for<br />
maior do que 5 horas, os passageiros podem exigir os custos dos trajectos de voo ainda não efectuados e um voo gratuito para o<br />
primeiro aeroporto do local de partida, se a finalidade da viagem não puder ser realizada. Com atrasos não há aliás direito a uma<br />
indemnização global, se ao contrato de transporte for aplicável direito suíço. Tal é, regra geral, o caso, quando o passageiro do voo<br />
tem residência na Suíça e comprou o seu bilhete na Suíça. Para outros passageiros<br />
de voo, quer dizer, para aqueles com residência fora da Suíça, os atrasos da<br />
hora de chegada de mais de 3 horas são tratados como o cancelamento. Estes<br />
Tem perguntas que digam<br />
respeito ao direito?<br />
Envie a sua pergunta com a<br />
indicação “Lusitano” a:<br />
Bohren Rechtsanwalt,<br />
Postfach 229,<br />
8024 Zürich<br />
ou para: mail@dbohren.ch<br />
passageiros portanto também têm direito a uma indemnização global quando há<br />
atrasos.<br />
Se a recuas de embarque, o cancelamento ou atraso causar ao passageiro de<br />
voo um dano, este deve ser indemnizado adicionalmente pela companhia de<br />
aviação, de acordo com as estipulações do direito contratual. Tal também é válido<br />
para a bagagem, que chegue tarde demais ao destino. Os danos devido a<br />
atrasos de passageiros de voo têm no entanto um limite, a saber para os passageiros<br />
de € 4’950 e para bagagem em atraso de € 1’190.
16 LUSITANO de Zurique<br />
Comunidade<br />
Serviço de Diárias de Segunda a Sexta-Feira - 18 Frs tudo incluído - Aguardámos a sua visita
Saúde<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 17<br />
As unhas<br />
V Zuila Messmer<br />
O que as unhas revelam<br />
sobre a saúde<br />
Segundo à academia americana<br />
de dermatologia – AAD, as<br />
unhas podem reflectir o estado<br />
de saúde das pessoas. „ Certas<br />
alterações, como descoloração<br />
ou espessamento das mesmas<br />
podem sinalizar problemas renais,<br />
doenças hepáticas, cardíacas<br />
e pulmonares, bem como<br />
anemia e diabetes.”<br />
Como se vê, não se pode considerar<br />
apenas o lado estético das<br />
unhas, pois sua forma, textura e<br />
cor natural reflectem o interior<br />
do organismo.<br />
Por isso, caso perceba alguma<br />
alteração em suas características,<br />
como edema (inchaço),<br />
descoloração ou mudanças em<br />
sua forma ou espessura, consulte<br />
um dermatologista imediatamente,<br />
pois pode não ser significante,<br />
ou apenas consequência<br />
de algum problema já estalado,<br />
como é no caso da diabete, em<br />
que problemas nas unhas são<br />
comuns, mas também pode indicar<br />
problemas de saúde complexos,<br />
doenças crónicas, incluindo<br />
o cancro.<br />
Vejamos alguns sintomas<br />
que podem<br />
surgir nas unhas e o<br />
seu significado:<br />
Unhas Amarelas - Com o avanço<br />
da idade, o uso de unhas<br />
acrílicas, esmaltes e o hábito de<br />
fumar, elas podem amarelar. Se<br />
estão grossas e frias, a causa<br />
pode ser uma infecção fungicida.<br />
Não é comum unhas com<br />
tom amarelado estarem relacionadas<br />
com doença da tiróide,<br />
diabetes, psoríase ou doenças<br />
respiratórias (como a bronquite<br />
crónica).<br />
Unhas Secas, Rachadas ou<br />
Quebradiças – Certos factores<br />
no estilo de vida contribuem<br />
para essas características. O<br />
manuseio constante com água<br />
(lavando louças, limpando chão,<br />
fazendo natação e etc), bem<br />
como, produtos químicos (removedores<br />
de esmaltes, produtos<br />
de limpeza, desinfectantes) e<br />
ainda a baixa humidade na região<br />
em que se vive, influenciam<br />
sistematicamente na aquisição<br />
desses sintomas.<br />
Tais rachaduras e fragilidade<br />
também podem ser causados<br />
por uma infecção fungicida, por<br />
doença da tireóide (particularmente<br />
o hipotiroidismo), pela<br />
deficiência de vitaminas A, B<br />
biotina e C .<br />
Mudanças Digital - Isso acontece<br />
quando as pontas dos dedos<br />
se expandem e a unhas ficam<br />
curvada para baixo. Isso pode<br />
indicar baixo teor de oxigénio<br />
no sangue, portanto, associado<br />
à doenças pulmonares, mas<br />
também pode estar relacionado<br />
a doenças hepáticas, renais,<br />
cardíacas, doenças inflamatórias<br />
intestinais e HIV positivo<br />
(AIDS).<br />
Pontos Brancos - Pequenas<br />
manchas brancas nas unhas<br />
geralmente são resultados de<br />
traumatismos nas mesmas, portanto<br />
não há motivo de preocupação,<br />
pois desaparecerão a<br />
proporção que as unhas forem<br />
crescendo. Mas se continuam<br />
presentes, pode ser caso de infecção<br />
por fungo, necessitando<br />
tratá-las.<br />
Sulcos Horizontais - Dentro dessa<br />
classificação existe tipos diferentes,<br />
que tanto podem provir<br />
de um trauma como de uma<br />
doença grave com febre alta, tal<br />
como a escarlatina ou pneumonia.<br />
Na classificação de Sulcos<br />
de Beau (linhas de Beau) pode<br />
ter influência de uma diabete<br />
descontrolada, de uma doença<br />
circulatória, psoríase ou uma<br />
deficiência grave do componente<br />
zinco do organismo. No outro<br />
tipo denominado de Sulcos de<br />
Mees, o agente desencadeador<br />
é uma intoxicação por arsénico,<br />
por monóxido de carbono ou por<br />
doenças como a malária e a lepra<br />
Sulcos Verticais - A presença<br />
desses tipos de linhas nas<br />
unhas fazem parte do processo<br />
de envelhecimento normal do<br />
ser humano, inclusive podem se<br />
tornar cada vez mais proeminentes<br />
com o avanço da idade. Em<br />
alguns casos indica deficiências<br />
da vitamina B12 e magnésio.<br />
Unhas em Colher - Unhas que<br />
se curvam para cima com bordas<br />
semelhante à de uma colher,<br />
podem ser sinal de anemia<br />
(deficiência de ferro), ou de hemocromatose<br />
(excesso de absorção<br />
de ferro), doença cardíaca<br />
ou hipotiroidismo.<br />
Buracos - Se as unhas têm múltiplos<br />
buracos e amassos, pode<br />
indicar distúrbios do tecido conjuntivo<br />
(sistema de conexão do<br />
corpo), ou alopecia, uma doença<br />
auto-imune que causa perda de<br />
cabelo.<br />
Manchas Escuras - Manchas<br />
escuras ou crescimentos dolorosos<br />
da unha requer uma consulta<br />
médica imediata, pois pode<br />
ser causado por melanoma, a<br />
forma mais mortal de câncer de<br />
pele.<br />
Sugestões para o cuidado<br />
das unhas<br />
Nutrir as unhas de dentro para<br />
fora através de uma dieta adequada<br />
e protegê-las de uma exposição<br />
excessiva a água ou produtos<br />
químicos é fundamental.<br />
O uso de luvas de borracha e de<br />
outros materiais são úteis ao se<br />
realizar determinados trabalhos,<br />
como por exemplo, ao se lavar<br />
louças, roupas, limpar o chão,<br />
cuidar do jardim. Outro aspecto<br />
relevante é minimizar (ou eliminar)<br />
o uso do esmalte de unha,<br />
removedor de esmalte e unhas<br />
postiças. O polimento simples<br />
pode desenvolver um brilho<br />
agradável e suave nas unhas e<br />
nas mãos, sem ter de usar nenhum<br />
esmalte ou componente<br />
artificial e químico.<br />
Uma vantagem adicional é que<br />
isso pode realmente ajudar as<br />
unhas a respirar e crescer mais<br />
fortes por mais tempo, devido ao<br />
aumento da circulação, e também<br />
não terá que se preocupar<br />
com esmalte que está se tornando<br />
lascado e imperfeito.<br />
Se recomenda manter as unhas<br />
cortadas relativamente curtas,<br />
usando uma tesoura ou cortadores.<br />
Corte-as rectas dos lados e<br />
ligeiramente arredondadas no<br />
centro, isso ajudará a mantê-las<br />
fortes, afirmam os especialistas<br />
da AAD.<br />
Tanto as unhas como a pele<br />
se beneficiam com o uso de hidratante<br />
adicional, então faça<br />
uso regularmente de um pouco<br />
de óleo de coco nas mesmas.<br />
Além disso, evite tirar cutículas,<br />
pois isso pode danificar o leito<br />
das unhas. Lembre-se que, as<br />
unhas devem ser cortadas, não<br />
arrancadas, para evitar danificar<br />
o tecido vivo.<br />
Finalmente, se notar algum sintoma<br />
ou incomodo incomum,<br />
não tente encobri-los com esmaltes<br />
ou unhas artificiais indo<br />
apenas a manicures e pedicures.<br />
Consulte um profissional da<br />
saúde, com conhecimentos de<br />
causa, quem o ajudará à identificar<br />
a existência de problemas<br />
associados ou não.<br />
Roer unhas – Problemas,<br />
consequências<br />
e causas.<br />
Devido a complexidade do assunto,<br />
será abordado na próxima<br />
edição da revista Lusitano.<br />
Aguardem!
18<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Comunidades<br />
“Vou daqui<br />
de coração<br />
cheio“<br />
Tiago Maroto<br />
Tiago Maroto é um<br />
jovem de 23 anos de<br />
idade, que muito cedo,<br />
com apenas 8 anos, tomou<br />
o gosto pela concertina<br />
e pelos cantares<br />
populares nomeadamente<br />
as cantigas<br />
PEDRO NABAIS á desgarrada. Esse<br />
gosto foi crescendo e<br />
desde os 11 anos até<br />
aos 17 participou em vários projectos<br />
musicais, sempre ligados á musica popular.<br />
Este ano ele esteve presente na tarde<br />
cultural da festa de Einsiedeln ao que<br />
no final deu esta pequena entrevista ao<br />
Lusitano de Zurique.<br />
Lusitano Zurique -Tiago, podes descrever<br />
qual o teu sentimento ao fim desta<br />
actuação?<br />
Tiago Maroto -De enorme gratidão em<br />
primeiro lugar, pois para mim foi um privilégio<br />
ter sido convidado através do Sr.<br />
Teixeira da Interkran e de toda a gente<br />
que estava envolvida nesta organização.<br />
Para mim foi um enorme prazer estar cá,<br />
primeira vez nesta festa, mas sem dúvida<br />
o público foi fantástico, a festa foi boa<br />
a malta estava animada e o objectivo foi<br />
cumprido.<br />
L.Z. - Como sabes, esta festa Portuguesa<br />
é composta por uma parte religiosa<br />
e outra cultural, houve alguma coisa<br />
que te marcou especialmente hoje?<br />
T.M. - Sim, a gente vem às nossas comunidades<br />
Portuguesas espalhadas pelo<br />
Mundo, seja aonde for já é um sentimento<br />
especial pois estamos a cantar para<br />
alguém que tem saudades de Portugal<br />
e que teve de ir para outro País diferente<br />
para ganhar a sua vida. Mas neste caso<br />
foi especial que, como católico que sou,<br />
que todos os Portugueses que aqui estão<br />
são e tem uma devoção enorme, a junção<br />
disso fez um momento fantástico e<br />
brilhante. Acho que foi mesmo fantástico<br />
quando cantei a canção de Nossa Senhora<br />
de Fátima, vi muita gente emocionada,<br />
claro que vou daqui de coração cheio.<br />
L.Z. -Valeu a pena cá vir?<br />
T.M. -Claro, claro vale sempre a pena.<br />
LZ- Queres deixar alguma mensagem<br />
para os nossos Emigrantes?<br />
T.M. - Para vocês que estão cá quero<br />
acima de tudo desejar uma boa viagem<br />
quando forem ao nosso País, o de todos<br />
nós e quando regressarem ao País de trabalho<br />
que tenham sempre uma boa viagem<br />
e que acima de tudo continuem com<br />
esta força, esta garra de espalharem a<br />
cultura Portuguesa pelo Mundo, porque<br />
Portugal é grande graças ás nossas comunidades<br />
Portuguesas, elas sim fazem<br />
com que o nosso País seja grande. É pequeno<br />
em espaço mas é grande na cultura<br />
e no Patriotismo.
Desporto<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 19<br />
80. Blue Stars<br />
- FIFA Youth Cup<br />
No passado dia<br />
9 e 10 de Maio<br />
realizou-se a<br />
80. Blue Stars/<br />
FIFA Youth Cup<br />
nos campos habituais,<br />
os campos<br />
de Buchlern,<br />
JORGE MACIEIRA<br />
com 10 equipas<br />
masculinas e<br />
com 6 equipas femininas.<br />
No torneio masculino participaram no<br />
grupo A o BSC Young Boys, S.C. Internacional,<br />
Espanyol Barcelona, 1. FC Köln e<br />
Grasshopper Club já no grupo B o Dinamo<br />
Zagreb, SC Braga, West Ham United,<br />
FC Zürich e FC Blue Stars. <br />
No torneio feminino, que foi uma das<br />
grandes novidades desta edição, participaram<br />
no grupo A o FC Zürich, Valencia<br />
CF e FC Blue Stars e já no grupo B<br />
o Grasshopper Club, BSC Young Boys e<br />
Inter Milano. <br />
O Dinamo Zagreb foi o vencedor do grupo<br />
B e o vencedor do torneio ao vencer o<br />
BSC Younh Boys, que foi o vencedor do<br />
grupo A, ao vencer na final por duas bolas<br />
a zero os suíços vindos de Bern. <br />
A equipa feminina vencedora do torneio<br />
feminino foi BSC Young Boys vencedor<br />
do grupo B e que venceu por uma bola a<br />
zero o Valencia CF por uma bola a zero<br />
na final. Como já é habitual, neste torneio<br />
conta sempre com uma equipa lusa<br />
que este ano foi o SC de Braga que acabou<br />
em segundo no grupo B ao empatar<br />
com o FC Zurich, perdendo com o Dinamo<br />
Zagreb e ganhando ao FC Blue Stars<br />
e ao West Ham United acabando com 7<br />
pontos. <br />
No jogo de 3º e 4º lugar contra o S.C. Internacional,<br />
segundo classificado do grupo<br />
A, o SC Braga perdeu por uma bola<br />
a zero ficando assim fora do podia em<br />
4 lugar. Foi um torneio que contou com<br />
muito público a assistir aos dois dias de<br />
torneio e com muito deste público português<br />
apoiar o SC de Braga.<br />
Na luta pela manutenção<br />
No passado dia 22 de Maio a<br />
equipa Sénior do Centro Lusitano<br />
de Zurique recebeu o<br />
FC Kilchberg-Rüschlikon, o<br />
penúltimo classificado, com o<br />
resultado a ficar no empate a<br />
uma bola.<br />
O Centro entrou forte em<br />
cima da equipa visitante com<br />
o domínio do jogo e aos 13'<br />
minutos estreou o marcado,<br />
com o golo do Michael e o remate<br />
colocado ao lado direito<br />
da baliza.<br />
O jogo chegou ao intervalo<br />
com o empate a uma bola.<br />
Na segunda com o aparecimento<br />
da chuva o jogo ficou<br />
mais quebrado e os visitantes<br />
empataram o desafio com<br />
uma bola metida nas costas<br />
da defesa.<br />
Com as alterações o Centro<br />
criou mais oportunidades que<br />
não conseguiram concretizar<br />
e chegar à vitória do jogo<br />
Nem a chuva afastou os<br />
apoiantes do Centro Lusitano<br />
de Zurique que não abandonaram<br />
a equipa na luta pela<br />
manutenção, faltando quatro<br />
finais para conseguirem o<br />
objectivo da época: a manutenção.
20<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Comunidades<br />
Quanto vou receber<br />
na reforma da AHV ?<br />
CARLOS LOPES<br />
Para obter uma<br />
reforma completa é<br />
necessário trabalhar<br />
44 Anos<br />
A quantia da reforma<br />
pode variar de<br />
acordo com seu<br />
salário em media<br />
dos anos de<br />
cotização.<br />
Exemplo:<br />
Se contribuiu sem nenhuma<br />
interrupção durante os 44<br />
anos e a media não excedeu<br />
os 14,100 francos. Recebe<br />
1.175 francos.<br />
Se contribuiu sem nenhuma<br />
interrupção durante 44 anos e<br />
com um salario igual ou superior<br />
a 84.600 francos. Recebe<br />
o pagamento máximo que<br />
é de 2.350 francos.<br />
A lei Suíça prevê que a reforma<br />
máxima não pode ser<br />
maior que o dobro da reforma<br />
mínima.<br />
Como calcular a reforma de<br />
um casal?<br />
A soma das reformas de um<br />
casal não pode ser superior<br />
a 150% da reforma individual<br />
máxima, ou seja 2.350<br />
x 150% = 3.525 francos por<br />
mês. Se seu calculo e superior<br />
será reduzido individualmente<br />
no casal ate atingir o<br />
valor de 3.525.<br />
Para mais informações:<br />
Carlos Lopes 079 400 76 35<br />
Vende-se<br />
Jornal<br />
Para mais informações contacte: manuel.araujo@protonmail.ch<br />
Título jornalístico regional do Minho activo há mais de duas décadas.<br />
Projecto operacional pronto a ir para as bancas “de um<br />
dia para o outro”. Há a possibilidade de o novo proprietário obter<br />
apoio comunitário para revitalizar e ampliar o actual projecto.
Opinião<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 21<br />
“Mundo cruel e distorcido”<br />
PEDRO BARROSO<br />
EMPAREDADOS<br />
EM CASA, HOJE,<br />
TEREMOS TALVEZ<br />
TUDO; MAS TAMBÉM<br />
TALVEZ O MAIS<br />
CONVIVIDO DOS<br />
QUOTIDIANOS DE<br />
SOLIDÃO E DAS<br />
NOITES NUNCA<br />
ACONTECIDAS.<br />
Dantes havia gente atrás dos<br />
olhos das pessoas. Íamos ao<br />
banco, ao mercado, ao quiosque<br />
e alguém nos respondia<br />
com um bom dia e aviava-nos<br />
cenouras, jornais ou créditos.<br />
Enfim, negociava-se conversando<br />
com alguém. E a cara<br />
dos outros era-nos importante<br />
referência.<br />
Dantes, o professor, com todos<br />
os defeitos e preferências, lacunas<br />
e méritos, era uma pessoa;<br />
hoje há ensino net proporcionando<br />
cursos inteiros, sem<br />
nunca vermos tal outrora imprescindível<br />
personagem.<br />
Dantes o senhor do talho dizia:<br />
“olá D.ª Fernanda como vai?<br />
Tenho aqui uma peça q vou encetar<br />
só para si.” E a manteiga<br />
vinha em tigelões, batida com<br />
mais ou menos sal, outra com<br />
alho e coentros; o atum estava<br />
na barrica e a dúzia de ovos<br />
levava sempre 13; por cortesia<br />
da D.ª Micas do lugar de hortaliças<br />
e assuntos afins, por a<br />
minha mãe ser cliente habitual.<br />
Numa sociedade onde os robots<br />
substituíram as pessoas,<br />
é notícia de hoje os carros sem<br />
condutor em aprovação, com<br />
rotas e vias já previstas de Mérida<br />
a Évora, e do Porto a Vigo.<br />
Dantes a música era feita por<br />
músicos; agora qualquer DJ<br />
encartado é um produtor de sucesso,<br />
fazendo uma base martelada<br />
e apondo uma espécie<br />
de melodia oculta, distorcida,<br />
de preferência alta e contundente<br />
para abanar o capacete;<br />
e um programa de computador<br />
- para quem saiba tais técnicas,<br />
claro - pode facilmente suprir<br />
orquestras inteiras.<br />
Em tudo - transacções bancárias,<br />
certidões, reservas hoteleiras,<br />
conversas de simpatia<br />
tornaram-se em bookings assépticos,<br />
onde não dá para pedirmos<br />
aquela cama verde que<br />
tanto apreciáramos na última<br />
vez, e o quarto com vista para<br />
a torre Eiffel, os Clérigos, ou<br />
talvez Cacilhas.<br />
Nos ticket lines compram-se<br />
bilhetes, sem falar com a senhora<br />
da bilheteira que nos disponibilizava<br />
as cadeiras F23 e<br />
F25 que tinham mais espaço<br />
para as pernas, mas ninguém<br />
sabia. E piscávamos-lhe o<br />
olho, agradecidos.<br />
Onde pára tudo isso? A cumplicidade?<br />
Todo esse exército<br />
de gente viva que comunicava<br />
connosco?<br />
Como testar o queijo, o presunto,<br />
ou a melancia, para saber<br />
se os queremos mesmo levar<br />
para casa? Como resolver, se<br />
do outro lado do balcão apenas<br />
existem pacotes de todos<br />
os formatos? Carnes frias empacotadas<br />
com um ar tristíssimo<br />
de estar ali e abertura fácil<br />
sempre dificílima?<br />
Como? - se a própria caixa<br />
virou balança automática, o<br />
boletineiro já não nos traz telegramas<br />
e os carregadores de<br />
piano viraram empresa?<br />
Emparedados em casa, hoje,<br />
teremos talvez tudo; mas também<br />
talvez o mais convivido<br />
dos quotidianos de solidão e<br />
das noites nunca acontecidas.<br />
Resta a arte, a opinião, a ruralidade,<br />
a cozinha tradicional, o<br />
artesanato, a florista talvez, o<br />
encontro acidental e meia dúzia<br />
de coisas que vossências<br />
edificantemente reunirão, para<br />
ainda vivermos o contraditório<br />
desespero de nos sentirmos<br />
culpados de menos modernidade.<br />
O toque e o sorriso. Por<br />
favor.<br />
Consideram-nos então uma<br />
espécie de velhos do Restelo<br />
da tecnologia e do tão complexo<br />
e inextricável simplex que<br />
inundou feroz e discriminatoriamente<br />
as nossas vidas. Seremos.<br />
Mas invadiram-nos, exploram-<br />
-nos, violam-nos.<br />
Até na intimidade, onde sites<br />
especializados, pagando bem,<br />
nos farão busca automática de<br />
parceira de olhos azuis, morena,<br />
1,63, professora, 87 68 87,<br />
agnóstica, sem filhos e com um<br />
certo gosto por... filatelismo.<br />
Onde iremos parar sem caras<br />
para olharmos? nem razões<br />
para dirimirmos? nem<br />
interlocutores para negociar o<br />
desconto? nem almas misericordiosas<br />
que nos instalem a<br />
ultima app ou o último upgrade<br />
que nos permitirá viver sem<br />
motorista? Sem carvoeiro?<br />
Sem marçano a levar o caixote<br />
de compras a casa? Sem a<br />
senhora da fava rica e dos caracóis<br />
a copo?<br />
Que mundo cruel e distorcido.<br />
Que servidão.<br />
É-me dramático comprar, sem<br />
ninguém do outro lado do balcão.<br />
Com um sorriso e voz. Caras<br />
e funções há, que desapareceram<br />
na voracidade de um<br />
mundo robótico, à velocidade<br />
de 2 gerações.<br />
Os frangos nascem hoje já depenados<br />
e amanhados, nas<br />
prateleiras e arcas congeladoras<br />
dos supermercados. Nunca<br />
viram chão. Sabemos. É<br />
mais prático e higiénico que as<br />
velhas lojas de criação.<br />
Mas as galinhas de antigamente<br />
não me sabiam como<br />
estas, a cartão prensado.<br />
Carros sem motorista?! Eu<br />
gosto tanto de guiar, ao fim da<br />
tarde, pelos campos floridos<br />
sem fim, em estradas lentas,<br />
contigo ao lado.<br />
Se me forçarem a entrar amanhã<br />
num carro sem volante, eu<br />
vou ficar assustadíssimo, confuso<br />
e deprimido. Avario.<br />
Não obrigado, senhores. Vou<br />
de comboio; se ainda houver<br />
tal coisa.
22<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Actualidade<br />
C. D. das Aves “Craques do<br />
gorro” vencem Taça de Portugal<br />
V<br />
COSTA GUIMARÃES<br />
[jornalista] (*)<br />
ex-director do Jornal<br />
Correio do Minho<br />
Dois anos depois, o Clube Desportivo<br />
das Aves, da II Liga de futebol,<br />
com a entrada empresa Galaxy,<br />
sociedade anónima desportiva<br />
(SAD) do clube, após ascender ao<br />
escalão maior do futebol português<br />
bive um momento histórico,<br />
derivado da conquista da Taça de<br />
Portugal. O entusiasmo é tão forte<br />
como a grandeza deste clube multifacetado<br />
que movimenta centenas<br />
de jovens atletas de futebol,<br />
futsal e voleibol e se preparara<br />
para ter infra-estruturas que garantem<br />
a sua sustentabilidade.<br />
Em finais dos anos 60 o nome do CD<br />
Aves disparou para a ribalta, quando,<br />
pela primeira vez na sua história,<br />
recebeu o Sporting, um dos “grandes”<br />
do futebol nacional, em jogo<br />
dos 32 avos de final da Taça de Portugal,<br />
em 1968/69. A equipa avense<br />
destacou-se pela positiva e quando<br />
muitos pensavam que poderia sofrer<br />
uma goleada acabou por perder apenas<br />
por duas bolas a zero. <br />
De facto, “os clubes são obrigados,<br />
no mínimo, a ter 10 por cento das acções<br />
da SAD, mas os sócios do Aves<br />
exigiram que o clube ficasse com 30<br />
por cento”, explicou o presidente do<br />
clube, Armando Silva.<br />
O novo administrador da SAD, Luiz<br />
Andrade, garantiu que a empresa<br />
Galaxy pretende continuar o trabalho<br />
que a direção do Desportivo das<br />
Aves fez até aqui, acrescentando<br />
apenas o necessário para a estrutura<br />
poder crescer.<br />
Essa foi uma das prioridades da<br />
equipa da Galaxy, porque “não se<br />
podia esquecer o que eles fizeram<br />
até hoje, a começar pela manutenção<br />
dos funcionários.<br />
Este dirigente fez-se acompanhar<br />
Mário Braga, também da Galaxy,<br />
para colaborar com o diretor desportivo,<br />
Rafael Vieira, para aprofundar<br />
“a imagem e a parte externa” do<br />
clube.<br />
Depois de uma época estável, com<br />
Ulisses Morais que levou a equipa<br />
até ao sétimo lugar, o CD das Aves,<br />
com Ivo Vieira, vindo do Marítimo,<br />
subiu à I Liga, antes dos três anos<br />
traçados pela Galaxy, quando entrou<br />
no clube avense.<br />
Além da quantia investida na compra<br />
de 70 por cento das ações da SAD<br />
do Desportivo das Aves, a Galaxy<br />
pagou um valor superior a 300 mil<br />
euros às finanças e à segurança social,<br />
saldando as dívidas mais urgentes<br />
do emblema da II Liga.<br />
Além do investimento na equipa principal<br />
de futebol, a aposta da Galaxy<br />
passa também por potenciar a formação<br />
do clube e por construir um<br />
novo centro de estágio para o clube,<br />
cuja primeira pedra foi lançada em<br />
Setembro passado.<br />
“Fizemos um acordo com a junta de<br />
freguesia da Vila das Aves, que nos<br />
doou um terreno de 38 mil metros<br />
quadrados para construirmos no futuro<br />
um centro de estágio”, revelou o<br />
administrador da SAD.<br />
O dirigente máximo do emblema<br />
avense, Armando Silva, adiantou<br />
que essa ideia surgiu durante as negociações<br />
com a Galaxy, uma vez<br />
que a empresa mostrou a intenção<br />
de construir alguns campos de apoio<br />
para a formação.<br />
De facto, o passado dia 17 de Setembro<br />
de 2016, na presença de Joaquim<br />
Couto, edil de santo Tirso, de<br />
Pedro Proença, Presidente da Liga<br />
Portuguesa de Futebol, marcou o<br />
início da concretização do projeto da<br />
SAD avense, assim como representantes<br />
da Federação Portuguesa de<br />
Futebol e da Associação de Futebol<br />
do Porto.<br />
O empreendimento chama-se Calaxy<br />
Futebol Campus — Academia<br />
do CD Aves, é um investimento privado<br />
que surge das mãos da SAD,<br />
representada pelo Presidente do<br />
Conselho de Administração, Luiz<br />
Carlos de Andrade. Além dos postos<br />
de trabalhos que vai criar, promete<br />
ter um indiscutível impacto económico<br />
para a vila e para o concelho de<br />
Santo Tirso.<br />
Uma mais-valia para a formação<br />
avense, o Centro de Alto Rendimento<br />
é, também, o novo local de<br />
treinos e preparação de jogos da<br />
equipa principal e da equipa B do<br />
CD Aves. O principal propósito deste<br />
empreendimento é receber equipas<br />
estrangeiras que pretendam realizar<br />
estágio em Portugal. Vai estar equipado<br />
e pronto a receber jovens de<br />
todo o mundo para a adaptação ao<br />
futebol português.<br />
Naquele mesmo dia foi apresentado,<br />
também, o novo autocarro do clube,<br />
perante dezenas de avenses orgulhosos<br />
do progresso que o clube tem<br />
vindo a conhecer.<br />
O empreendimento em curso destina-se,<br />
não só apoiar os escalões<br />
da formação avense, mas também<br />
pretende alojar equipas estrangeiras<br />
para realizarem estágios, havendo já<br />
mesmo alguns pré-acordos estabelecidos.<br />
O investimento ronda os 3,5 milhões<br />
de euros e estima-se que as obras<br />
estejam concluídas no fim deste ano,<br />
sendo que as obras dos campos:<br />
dois de relva sintética e um de relva<br />
natural arrancam em primeiro.<br />
O MEO Kanal Desportivo das Aves<br />
foi lançado recentemente para o domínio<br />
público, disponível para quem<br />
tiver em sua casa este Operador de<br />
Rede e Serviços de Telecomunicações<br />
Móveis e Fixas.<br />
Se for esse o caso basta carregar no<br />
botão verde do comando e digitar o<br />
número “121930”, entrando de imediato<br />
no nosso canal de televisão,<br />
onde poderão encontrar um leque<br />
variado de vídeos, desde resumos<br />
de jogos, conferências de Imprensa,<br />
entrevistas, entre outros.<br />
Em estudo está a possibilidade de<br />
transmissão de jogos ou outros<br />
eventos em direto neste canal. Sempre<br />
que possível, o MEO Kanal do<br />
CD Aves está em destaque no dia e/<br />
ou dias antes do Direto, na área de<br />
destaques do MEO Kanal, o que permite<br />
que o mesmo seja acedido diretamente<br />
através do botão verde do<br />
comando, sem ser necessário digitar<br />
o numero do Kanal.<br />
Um pouco de história<br />
O CD Aves está localizado na Vila<br />
das Aves, concelho de Santo Tirso,<br />
uma terra que ganhou notoriedade<br />
um pouco por todo o país, fruto das<br />
três presenças do clube na primeira<br />
liga do futebol nacional.<br />
O Clube Desportivo das Aves foi fundado<br />
no dia 12 de Novembro do ano<br />
de 1930 por um grupo de amigos que<br />
regularmente se reunia na “Sapataria<br />
do Pedras”, junto ao mercado da<br />
Vila das Aves, na rua General Humberto<br />
Delgado. José Pedrosa Mendonça<br />
Balsemão, com apenas 22<br />
anos, foi o principal mentor da criação<br />
de um clube desportivo na freguesia<br />
de S. Miguel das Aves, ideia<br />
apoiada por António Pinto Lobão,<br />
José Castro Pedras, Joaquim Castro<br />
Pedras, António Ferreira da Silva<br />
Costa e Silvério Patrício Costa Cruz.<br />
A primeira sede — lê-se na história<br />
oficial do clube — foi instalada no<br />
rés-do-chão de um prédio na Rua<br />
Silva Araújo, onde atualmente está<br />
sedeada a Foto Aviz, possuindo bar<br />
e um bilhar com o intuito de reunir os<br />
associados do clube, sendo habitual<br />
a reunião de tofos para no domingo<br />
de Páscoa receber as três cruzes do<br />
compasso.<br />
Posteriormente, a sede transferiu-se<br />
para o antigo edifício da Casa-Pensão<br />
“A Primorosa das Aves”. Os fundadores<br />
do clube designaram como<br />
primeiro presidente da história o<br />
regedor Manuel Sousa Neto, sendo
Actualidade<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 23<br />
Benjamim Lemos o primeiro sócio,<br />
ficando ao mesmo tempo estipulado<br />
que os associados pagariam uma<br />
quota no valor de 25 tostões.<br />
A atividade futebolística iniciou-se<br />
na época 1931/32 através da criação<br />
da equipa de Honra e outra de<br />
Reservas, denominadas “Onze Vermelhos<br />
das Aves” por analogia com<br />
o nome que era atribuído à seleção<br />
belga de futebol na altura, “Onze<br />
Diabos Vermelhos”.<br />
Os também denominados “craques<br />
do gorro”, por usarem uns gorros na<br />
cabeça para proteção contra o frio,<br />
realizaram o primeiro jogo a 26 de<br />
abril de 1931, no Campo da Passarada,<br />
no Lugar da Tojela, frente à<br />
equipa do Negrelos Sport Club.<br />
Alguns jogadores desta equipa integraram,<br />
posteriormente, o plantel<br />
oficial do CD Aves, que realizou o<br />
primeiro encontro frente ao Sporting<br />
Club de Guimarães, a 13 de setembro<br />
de 1931, com o seguinte “onze”<br />
oficial: Gentil Pinheiro, Bernardino<br />
“Violento”, Zeca “Sapateiro”, “Jovim”,<br />
José Balsemão, Joaquim Balsemão,<br />
Eduardo Teixeira, Luciano Couto,<br />
Zeca “Freixieiro”, Pereira Lopes e<br />
João “Laró”.<br />
NOVO NOME EVITA<br />
“CONOTAÇÕES<br />
COMUNISTAS”<br />
Em 1932, o nome de “Os Onze Vermelhos<br />
das Aves” foi alterado para a<br />
denominação atual “Clube Desportivo<br />
das Aves”, por recomendação das<br />
autoridades oficiais da época, que<br />
alicerçaram a sua “sugestão” por<br />
entenderem que a designação inicial<br />
tinha “conotações comunistas”.<br />
Não foi porém esta a primeira designação<br />
oficial que o clube adoptou,<br />
pois, inicialmente, denominava-se<br />
de “Onze Vermelhos das Aves”. Sucede<br />
que pela alusão ao termo “vermelhos”,<br />
expressão naquela época<br />
conotada ao comunismo, foi determinado<br />
pelas autoridades a mudança<br />
do nome do clube.<br />
Na sequência de uma cisão no seio<br />
dos “Vermelhos”, em 1932 foi criado<br />
o “Sport Club Avisense” ou “O Clube<br />
dos Amarelos”, constituído por alguns<br />
elementos que não concordaram<br />
com a passagem do Campo da<br />
Passarada para o das Fontaínhas.<br />
O nome ficou a dever-se com a cor<br />
dos equipamentos e aos Bombeiros<br />
de Santo Tirso (Amarelos). O campo<br />
das Fontaínhas recebeu, posteriormente,<br />
o nome de Bernardino Gomes,<br />
uma forma de homenagear o<br />
saudoso avense que introduziu grandes<br />
benefícios no campo, cuja inauguração<br />
teve lugar a 19 de junho,<br />
com uma derrota, por 4-2, frente ao<br />
Majestic, de Ermesinde.<br />
O novo campo foi nessa altura, e antes<br />
do encontro, benzido pelo pároco<br />
Álvaro Guimarães. “O Clube dos<br />
Amarelos” passou a jogar no Campo<br />
da Bela Vista, no lugar de Quintão,<br />
propriedade de Armando Pinheiro<br />
de Carvalho Guimarães, que o cedia<br />
fora das épocas de cultivo.<br />
O recinto improvisado foi oficialmente<br />
inaugurado a 29 de abril de 1934,<br />
frente aos galegos do Desportivo<br />
Guardes, de La Guardia. Para a história<br />
do encontro ficou o registo da<br />
goleada por seis bolas a zero, e já<br />
na curta existência dos “amarelos”,<br />
ficou um outro resultado expressivo<br />
(7-0), mas, desta vez, diante dos rivais<br />
“vermelhos”, em jogo relativo ao<br />
campeonato concelhio, disputado<br />
a 4 de novembro de 1934. A 10 de<br />
março de 1935, no célebre jogo do<br />
“tira-teimas”, disputado em campo<br />
neutro, no Porto (Campo do Luso),<br />
os “vermelhos” derrotaram novamente<br />
os seus rivais por 3-0, originando,<br />
com isso, que apesar da<br />
inscrição no campeonato concelhio,<br />
a formação “amarela” não comparecesse<br />
aos jogos, acabando por se<br />
extinguir, culminado, assim, um curto,<br />
e pouco profícuo historial.<br />
A primeira participação em provas<br />
oficiais remonta à longínqua época<br />
1932/33, militando, na altura, no<br />
Campeonato Regional da II Divisão<br />
da Associação de Futebol do Porto,<br />
tendo-se sagrado dois anos mais<br />
tarde, e pela primeira vez, campeão<br />
concelhio.<br />
Na temporada seguinte, o fundo<br />
vermelho dos equipamentos recebeu<br />
as listas brancas na horizontal,<br />
para a partir de 1935 começarem a<br />
ser utilizadas as riscas na vertical. O<br />
emblema do clube foi idealizado pelo<br />
vizelense Eduardo Teixeira, que alinhava<br />
como extremo-direito na equipa<br />
dos “Vermelhos”.<br />
A partir da década de 40 começou a<br />
ascensão desportiva do clube, fruto<br />
do apoio de várias figuras ilustres<br />
da terra, consubstanciada em consecutivas<br />
subidas de divisão. As bodas<br />
de prata, assinaladas em 1955,<br />
durante a presidência de Hernâni<br />
Pereira Ferraz, conduziram a um assinalável<br />
aumento do número de sócios,<br />
com a curiosidade de, na altura,<br />
existirem apenas duas mulheres<br />
filiadas no clube.<br />
Nesse mesmo ano, a elevação de<br />
S. Miguel das Aves à categoria de<br />
vila e o nascimento do “Jornal das<br />
Aves” contribuíram para uma maior<br />
notoriedade do clube e consequente<br />
divulgação das suas atividades. O<br />
salto foi dado logo no ano seguinte<br />
com a subida à 1.ª Divisão Distrital<br />
do Porto e o grande propósito passava<br />
pela chegada à III Divisão Nacional,<br />
meta, entretanto, alcançada.<br />
Em finais dos anos 60 o nome do CD<br />
Aves disparou para a ribalta, quando,<br />
pela primeira vez na sua história,<br />
recebeu o Sporting, um dos “grandes”<br />
do futebol nacional, em jogo<br />
dos 32 avos de final da Taça de Portugal,<br />
em 1968/69. A equipa avense<br />
destacou-se pela positiva e quando<br />
muitos pensavam que poderia sofrer<br />
uma goleada acabou por perder apenas<br />
por duas bolas a zero.<br />
A história do CD Aves está marcada<br />
por vários feitos históricos, e o período<br />
entre as décadas de 70 e 80<br />
é bem elucidativo desse caminho<br />
de sucesso e, ao mesmo tempo,<br />
um motivo de orgulho de dirigentes,<br />
treinadores, atletas e associados. A<br />
época de 1972/73 fica para sempre<br />
assinalada no historial pela primeira<br />
subida à II Divisão Nacional, sob o<br />
comando técnico de Daniel Barreto<br />
e na presidência de Mário Augusto<br />
Ferreira Marques. Na década seguinte,<br />
o clube encontra o caminho<br />
dos seus maiores sucessos desportivos.<br />
ESTÁDIO CONSTRUÍDO<br />
EM 1981<br />
A 8 de Dezembro de 1981 inaugura o<br />
estádio, em 1983/84 sobe da III para<br />
a II Divisão Nacional, depois de vencer<br />
a Série A daquele escalão. Na<br />
temporada seguinte (1984/85) sagra-se<br />
Campeão Nacional da II Divisão,<br />
alcançando, assim, a tão deseja<br />
chegada ao mais alto patamar do<br />
futebol nacional, pelo comando do<br />
professor Neca, um nome para sempre<br />
ligado aos avenses pelo facto de<br />
ter pegado na equipa na III Divisão<br />
e, de sucesso em sucesso, chegou<br />
à I Divisão.<br />
Mais uma vez, foi pela mão de Neca,<br />
o clube voltou a atingir, por mais<br />
duas vezes, o escalão máximo do futebol<br />
nacional (1999/00 e 2005/06),<br />
acabando, contudo, por nunca conseguir<br />
a manutenção entre os “grandes”.<br />
Associados a estes feitos estiveram<br />
os dirigentes do Clube Armando<br />
Brandão de Almeida e António José<br />
Freitas.<br />
No dia 14 Julho 2015o Clube Desportivo<br />
das Aves anunciou Luiz Andrade,<br />
membro da empresa Galaxy,<br />
como administrador da Sociedade<br />
Anónima Desportiva (SAD). A empresa<br />
adquiriu 70 por cento do capital<br />
social da SAD pelo valor de 750<br />
mil euros, com o clube a ficar com<br />
a restante percentagem, por decisão<br />
dos associados. O modelo de SAD<br />
foi aprovado em Abril do mesmo<br />
ano, meses depois do Desportivo<br />
das Aves garantir um lugar na “liguilha”<br />
de acesso à I Liga, ao vencer em<br />
casa o Académico de Viseu (4-2) e<br />
acabar em terceiro do segundo escalão<br />
entre os elegíveis para subir.<br />
Acaba, contudo, por perder o acesso<br />
à I Liga, após o empate caseiro (0-0)<br />
diante dos castores e a derrota, por<br />
3-1, na Capital do Móvel.<br />
A edição 2011/2012 da Taça de<br />
Portugal foi histórica para o Clube<br />
Desportivo das Aves, já que foi igualada<br />
a melhor prestação de sempre<br />
da equipa Avense na prova; atingiu<br />
os quartos-de-final tal como em<br />
1993/1994. O Aves entrou em prova<br />
na 2ª Eliminatória, batendo o Estrela<br />
de Vendas Novas (II Divisão Zona<br />
Sul) por 2-0, fora de casa. Os golos<br />
desta partida foram marcados por<br />
João Pedro e Pires. Na 3ª Eliminatória,<br />
o Aves venceu tranquilamente<br />
em casa o Infesta por 4-0 (dois golos<br />
de Fonseca e dois golos de Quinaz).<br />
Já em 2011, oO Clube Desportivo<br />
das Aves chegara à segunda fase<br />
de grupos da Taça da Liga, vencendo<br />
por duas vezes equipas do principal<br />
escalão (Liga ZON Sagres), o<br />
Portimonense e o Olhanense. Foi<br />
eliminado da Taça da Liga apenas<br />
no último jogo da segunda fase de<br />
grupos frente à equipa que acabou<br />
por vencer o torneio, o Sport Lisboa<br />
e Benfica.<br />
O dia 15 Maio de 2004 é outro dia<br />
importante na vida do CD Aves: o<br />
Pavilhão do Clube Desportivo das<br />
Aves foi inaugurado. Perante um calor<br />
intenso e com uma boa moldura<br />
humana nas bancadas. O presidente<br />
Joaquim Pereira fica assim ligado a<br />
um espaço para o futsal e o voleibol,<br />
diversificando as modalidades do<br />
clube.<br />
<br />
Longe ia a inauguração do “Campo<br />
das Fontainhas”, que posteriormente<br />
recebeu o nome de “Campo Bernardino<br />
Gomes” que provocou uma<br />
cisão na equipa, surgindo o Sport<br />
Clube Avisense, equipa formada pelos<br />
atletas que pretendiam continuar<br />
a jogar no Campo da Tojela. Este<br />
clube, conhecido pelos ‘Amarelos’<br />
extinguiu-se em 1935.
24 LUSITANO de Zurique<br />
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Óbito<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 25<br />
Henrique Moura:<br />
bracarense e minhoto de corpo com alma<br />
V COSTA GUIMARÃES<br />
[jornalista] (*)<br />
ex-director do Jornal<br />
Correio do Minho<br />
Começo por citar Vítor Sousa,<br />
ex-vice-presidente da Câmara<br />
Municipal de Braga, afirmando<br />
que Henrique Moura é — foi é<br />
passado — “verdadeiramente<br />
um amigo. Hoje ficamos todos<br />
mais pobres”.<br />
calabro de João Casanova.<br />
Para trás ficava uma longa carreira<br />
de Técnico Especialista<br />
Postal nos CTT, após concluir<br />
os seus estudos no seu “Sá de<br />
Miranda”.<br />
Henrique Moura é um homem<br />
da política, poucos a serviram<br />
como ele e nunca dela se serviu,<br />
devido ao seu carácter, dignidade<br />
e verticalidade. São valores<br />
que fizeram com que conquistasse<br />
amigos e respeito em todos<br />
os quadrantes.<br />
Bonacheirão e sorridente, não<br />
O “Braga à Mesa”, foi organizado<br />
pelo seu pelouro das Actividades<br />
Económicas e Turismo,<br />
em quatro fins-de-semana, com<br />
cardápios do que de melhor se<br />
faz na região ao nível da gastronomia<br />
e enologia regionais, com<br />
a adesão de oito museus que<br />
ofereceram aos clientes 50% de<br />
desconto no acesso mais três<br />
núcleos museológicos de acesso<br />
livre.<br />
Precisamente há dez anos,<br />
Henrique Moura travou uma das<br />
suas maiores batalhas — sem<br />
apoio de Francisco Sampaio,<br />
no Alto Minho: com ele, Braga<br />
rismo do Norte, porque “faz desaparecer<br />
o Minho como marca<br />
turística”.<br />
As regiões de turismo “foram<br />
criadas e financiadas pelas autarquias”<br />
e só a estas cabe decidir<br />
a sua eventual extinção.<br />
Mais, a criação da Região de Turismo<br />
do Norte privilegia, financeiramente,<br />
o desenvolvimento<br />
turístico do Douro, em prejuízo<br />
dos restantes destinos turísticos<br />
da região, caso do Minho. O<br />
tempo veio dar-lhe razão antes<br />
do tempo.<br />
Era um homem íntegro e com-<br />
Também podemos afirmar que<br />
é um farol de comportamento<br />
socialista e humanista. Bastava<br />
lembrar os anos – muitos – em<br />
que foi o presidente da Associação<br />
de Festas de S. João, roteiro<br />
excelso e singular da cultura<br />
popular de Braga (como a foto<br />
de Hugo Delgado evoca).<br />
Mas, deixem que vos diga — por<br />
experiência própria — é um Homem<br />
íntegro, leal e servidor da<br />
causa pública.<br />
(Declaração de interesses: foi<br />
presidente do Conselho de Administração<br />
da Editora Correio<br />
do Minho quando iniciava o meu<br />
serviço de chefe de redacção e<br />
depois Director do jornal Correio<br />
do Minho, desde 1991 até 2007,<br />
iniciando um período de estabilidade<br />
maior).<br />
Então, Henrique Moura era vereador<br />
da Câmara Municipal,<br />
liderada por Mesquita Machado,<br />
com os vereadores Basílio<br />
Abrantes, José Gomes, Neto<br />
Gouveia, Nuno Alpoim e Maria<br />
do Céu de Sousa Fernandes.<br />
Depois, deste mandato, foi eleito<br />
pelos seus pares autarcas<br />
para a presidência da Região<br />
de Turismo Verde Minho, salva<br />
da extinção por outro socialista<br />
Gomes dos Santos, após o des-<br />
foi um político grande porque é<br />
um Homem, com um amor e orgulho<br />
incondicional pelas filhas<br />
e netos aos quais não poupava<br />
um momento para os estimular.<br />
Uma das suas últimas iniciativas<br />
— agora copiosamente copiadas<br />
— foi a adesão de 47 restaurantes<br />
ao “Braga à Mesa”, para<br />
promover a gastronomia regional,<br />
misturando-lhe uma pi(men)<br />
tada de cultura, para responder<br />
a quebras de 50% na restauração,<br />
no auge da crise económica<br />
que atingiu Portugal.<br />
Nessa altura, já era ex-presidente<br />
da Região de Turismo Verde<br />
Minho mas membro da comissão<br />
instaladora da nova estrutura<br />
para o turismo do Porto e<br />
Norte de Portugal, mas queria<br />
responder a violentos decréscimos<br />
no ramo da restauração.<br />
e o Minho sofreram uma pesada<br />
derrota, com a agravante de<br />
ser perpetrada por um governo<br />
socialista.<br />
O Minho assistiu, em 2008, à<br />
extinção das duas comissões<br />
regionais de turismo — a Verde<br />
Minho e a Alto Minho —, no<br />
âmbito da proposta da CCDRN<br />
para a criação da Região de Turismo<br />
do Norte.<br />
Esta estratégia, contudo, divide<br />
os actuais responsáveis minhotos.<br />
Henrique Moura defende a<br />
criação de uma Região de Turismo<br />
do Minho, mas Francisco<br />
Sampaio, do Alto Minho, aplaude<br />
a estratégia da CCDRN de<br />
uma região única no Norte do<br />
país.<br />
Henrique Moura condenou a<br />
criação da uma Região de Tu-<br />
petente, que se destacou dignamente<br />
nos cargos públicos que<br />
desempenhou. Adepto incondicional<br />
do Sporting de Braga, era<br />
um militante do PS que dizia o<br />
que pensava, coerentemente.<br />
O Henrique foi traído pelo coração,<br />
mas Braga perde um leal cidadão<br />
inconformado. A Família<br />
perde um pai e um avô babado!<br />
“A minha neta Ana Alexandra<br />
terminou hoje o Mestrado em<br />
Psicologia, parabéns minha<br />
doçura linda e que tenhas um<br />
futuro muito, muito risonho, tu<br />
mereces ser feliz!” — escrevia<br />
Henrique Moura num dos últimos<br />
posts do Facebook.<br />
Agora, desejo que sejas feliz,<br />
mereces, por tudo o que fizeste<br />
por mim e pelos bracarenses.
26<br />
LUSITANO de Zurique<br />
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A propósito da morte de<br />
António Arnaud<br />
Pedro Barroso<br />
António Arnaud foi um homem exemplar, um cidadão,<br />
um mestre solidário, um despojado e modesto criador<br />
da protecção na saúde para todos.<br />
Um homem de bem, probo, lutador, generoso, inteligente<br />
e discreto.<br />
Assim se constrói o templo dos verdadeiros ilustres, os<br />
que não buscam louros ou prebendas públicas, mas sabedoria<br />
interior, paz de consciência na sua busca interior<br />
- e gostam de compartilhá-la.<br />
Sei que um dia expressou a um amigo comum, algum<br />
apreço por mim. Mas nunca falamos. Ficou adiado esse<br />
momento.<br />
Nada mais lhe digo, portanto; um dia conversaremos,<br />
tranquilos, à sombra do choupal; sobre a vida, a morte e<br />
o ideal de perfeição e conhecimento.<br />
Essa a maior inquietação duma vida. Procurar que valha<br />
a pena. Para lá das palavras, tantas vezes vãs.<br />
Tentar ser justo. Estender a mão. Ser um irmão maior.<br />
Obrigado.
Ensino <strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 27<br />
Unterstützt durch das Kantonale Integrationsprogramm<br />
und die Integrationsförderung der Stadt Zürich.<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
SETEMBRO <strong>2018</strong><br />
CURSO BÁSICO<br />
de ALEMÃO<br />
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(Total CHF 380 por meio ano de curso)<br />
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Dias de aula: 2 as e 4 as -feiras, de 10.09.<strong>2018</strong> a 06.02.2019<br />
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LUSITANO de Zurique<br />
Opinião<br />
(Só) a bola e a relva<br />
ANTÓNIO M. RIBEIRO (UHF)<br />
de uma reserva em estado bruto de guerreiros<br />
da bola. Não foi em Gaza, foi em Alcochete.<br />
A democracia está de rastos. O<br />
“menino de ouro” ia ganhando uma segunda<br />
maioria; o presidente-adepto reforçou,<br />
há umas semanas, o seu poder com mais<br />
de 90% dos votos; Maduro promete hoje<br />
um reforço financeiro a quem votar nas<br />
presidenciais de domingo; Erdogan limpou<br />
da vida pública e encarcerou milhares de<br />
juízes, professores, jornalistas, polícias e<br />
militares (já se esqueceram?), e todos chegaram<br />
lá pelo voto. Do que eu gosto é da<br />
bola a correr sobre a relva verde. (Tinha<br />
prometido falar de futebol na segunda, mal<br />
sabia eu onde isto ia parar)<br />
Quando ontem o meu irmão me telefonou,<br />
ia a tarde a mais de meio,<br />
com a notícia do ataque ao centro de<br />
estágios do Sporting em Alcochete,<br />
lembrei-me da outra vez em que ele,<br />
manhã cedo, me ligava insistentemente<br />
para descobrir – incrédulo –<br />
o ataque em directo a Nova Iorque<br />
com aviões comerciais.<br />
Liguei o tablet à TV Vodafone e continuei<br />
a trabalhar, (de novo) incrédulo<br />
com as imagens que íam sendo libertadas.<br />
Fui ouvindo uma série de comentadores<br />
repetirem alertas fundamentais<br />
para a paz no futebol, e os lugares-<br />
-comuns que ficam de serviço nestas<br />
alturas.Era expectável, digo eu hoje.<br />
E tenho-o dito para os meus amigos<br />
do Sporting desde que o falangista<br />
se tornou presidente.Declaração de<br />
interesses: sou do Benfica, mas o<br />
Benfica não me cega. Duas sínteses<br />
definem a minha posição no jogo da<br />
bola: a) Se o futebol serve para nos<br />
dividir, então não serve para nada;<br />
b) Sem adversários não há vencedores.<br />
O meu pai ensinou-me uma<br />
terceira verdade: Glória aos vencedores,<br />
Honra aos vencidos.Mas há<br />
quem queira exterminar os da outra<br />
cor. É nisto que se vem tornando o<br />
discurso, e agora a prática, do futebol,<br />
um futebol a raiar a mediocridade:<br />
veja-se o comportamento<br />
dos nossos fora das fronteiras (nem<br />
vale a pena falar do meu clube este<br />
ano). E quando a mediocridade enche<br />
o peito dos adeptos – já tivemos<br />
um “menino de ouro” que nos trouxe<br />
à terceira bancarrota – vale tudo. E<br />
valeu. Quantos dos meus amigos se<br />
foram calando com as promessas<br />
do presidente-adepto. Chegámos<br />
aqui. A par do paraíso turístico, somos<br />
hoje notícia em todo o mundo<br />
por protegermos a espontaneidade
Opinião<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 29<br />
A forma especifica de urrar<br />
identifica a sua pertença aos<br />
donos<br />
Quando a bestialidade alienante do jogo da bola culmina no terrorismo, ouço o Presidente da<br />
República dizer que se sente vexado com a imagem de Portugal no exterior e o Primeiro-Ministro<br />
a prometer a criação de uma comissão contra a violência no desporto. Desporto?<br />
FRANCISCO ONETO (*)<br />
Professor de Antropologia no ISCTE<br />
Mas desde quando o culto da violência e<br />
do ódio que grassa nestas associações de<br />
malfeitores é compaginável com a ideia de<br />
desporto? Alguém já viu o espectáculo da<br />
entrada para os recintos nos jogos “importantes”?<br />
Já olharam bem para as massas<br />
de “adeptos”, destas empresas mono-coloridas<br />
a que eufemisticamente chamam<br />
“clubes desportivos”? Trata-se, desde há<br />
muitos, muitos anos, de viveiros de criminosos,<br />
neo-nazis, corruptos e ladrões,<br />
apoiados por teias de interesses e negócios<br />
obscuros que colonizaram a comunicação<br />
social… “até ao pus”, como muito<br />
bem disse o Presidente da Assembleia da<br />
República.<br />
É vê-los, todos em passo de corrida, escoltados<br />
em gaiola pela polícia de choque<br />
que os protege da sanha sanguinária dos<br />
serviçais do clube inimigo. Houve vários<br />
esfaqueamentos entre estes “desportistas”<br />
nos últimos anos, assim como destruição<br />
de património público, corte de auto-estradas,<br />
apedrejamentos de autocarros, etc. E<br />
lá vão eles, cantando, rindo e arrotando,<br />
exibindo triunfalmente os símbolos da imbecilidade<br />
colectiva que, pela cor e pela<br />
associação a formas específicas de urrar,<br />
PARA QUEM VERDADEIRAMENTE<br />
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078 719 64 81<br />
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identificam a sua pertença aos donos. Os<br />
responsáveis e cúmplices desta tão popular<br />
e exacerbada forma de estupidez agonística,<br />
acordaram agora para o problema<br />
do terrorismo de que são os promotores.<br />
À legião de psicopatas e de inúteis que<br />
medram neste meio – que vale o que vale<br />
não por ser desporto, mas por ser negócio<br />
– tivemos há uns anos de pagar com os<br />
nossos impostos os faustosos estádios de<br />
um qualquer campeonato não sei de quê,<br />
temos de os aturar em intermináveis demonstrações<br />
de cretinismo e abjecta verborreia<br />
à abertura dos telejornais, temos<br />
de os ouvir a toda a hora nos cafés, nas<br />
escolas e nos locais de trabalho, e ainda<br />
querem que toleremos como natural a<br />
existência de claques?<br />
A arruaça permanente, a constante<br />
agressão física e verbal, o culto da<br />
violência e do ódio, a estupidificação<br />
dos quotidianos, a lavagem ao cérebro<br />
dos pais aos filhos…? E o pior –<br />
como mostrava um canal de televisão<br />
há pouco – é que, com os recentes<br />
episódios de terrorismo, os activos do<br />
tal clube estão a desvalorizar. O holandês<br />
vale 19 milhões, mas a cabeça<br />
partida vai baixar-lhe o preço. Que<br />
pena!…<br />
É tão bom ir ao futebol em família, ter<br />
um deus-animal, tipo leão, águia… e<br />
ser solidário com os valores da pátria<br />
e do patriarcado! Por isso, é melhor<br />
que o Primeiro-Ministro crie mesmo a<br />
tal comissão, mas que não lhe chame<br />
da “violência no desporto” e sim<br />
da “violência no futebol”. São coisas<br />
diferentes.<br />
Fascismo é mesmo só no futebol!…<br />
(*) JornalTornado.pt
30<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Culinária<br />
Tigres na grelha<br />
Os camarões são um alimento<br />
com proteínas de alta<br />
qualidade e várias vitaminas<br />
e minerais importantes. São<br />
baixos em calorias e não<br />
contém carboidratos.<br />
Ingredientes necessários<br />
Sal grosso q.b<br />
10 camarões<br />
Malaguetas para decorar<br />
Ingredientes para o Molho<br />
2 colheres de sopa de manteiga<br />
2 dentes de alho<br />
3 malagueta<br />
1 dl de vinho branco<br />
sal q.b<br />
2 limas<br />
pimenta<br />
1 ramo de salsa<br />
Preparação<br />
Comece por abrir os camarões<br />
ao meio, com a ajuda de uma<br />
faca de serrilha.<br />
De seguida, tempere os camarões<br />
com sal grosso e leve a<br />
grelhar numa chapa. Retire e<br />
reserve.<br />
Entretanto, prepare o molho.<br />
Para tal, deve refogar os alhos<br />
picados na manteiga, regue<br />
com o vinho branco e junte a<br />
malagueta. Deixe levantar fervura.<br />
Depois, retire a malagueta e<br />
acrescente uma lima em pedaços.<br />
Tempere com sal e pimenta<br />
e junte a salsa.<br />
Coloque tudo num copo misturador<br />
e triture com a varinha<br />
mágica.<br />
Disponha os camarões numa<br />
travessa e regue-os com parte<br />
do molho. Num outro recipiente<br />
coloque o restante molho.<br />
Decore os camarões com a<br />
restante lima e malaguetas.<br />
“Sabores da Mesa” na<br />
obra de Miguel Torga<br />
Jornal dos Sabores<br />
Dos sabores de Minas Gerais, no Brasil, à realidade cultural transmontana,<br />
um livro que inclui receitas.<br />
Este livro é o convite a uma visita gastronómica à obra de Miguel Torga.<br />
Investigação meticulosa de Dina de Sousa permite-nos acompanhar a<br />
evolução deste escritor desde a infância à adolescência. A influência<br />
marcante do Brasil, dos sabores de Minas Gerais que registou na memória,<br />
à realidade cultural transmontana que habita as suas personagens<br />
e nos permite vislumbrar a sobriedade deste escritor, homem de<br />
hábitos que na vivência coimbrã aprofundou afetos e a quem a força da<br />
terra e o amor ao país é permanentemente celebrado.<br />
As referências ou alusões alimentares ao longo da sua vasta obra –<br />
Diários, Contos, Portugal, A Criação do Mundo, etc – são o testemunho<br />
do seu sentido de partilha e da importância convívio no quotidiano.<br />
As receitas associam o prazer da mesa aos lugares preferidos do escritor<br />
Miguel Torga.<br />
A autora, Dina de Sousa, já foi distinguida por Gourmand World<br />
CookBook com o prémio Best Culinary History Book atribuído à obra<br />
Arte Doceira de Coimbra – Conventos e Tradições – Receituários (Séculos<br />
XVII-XX), e membro de DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia.<br />
Edição: Colares Editora<br />
Colecção Gastronomia<br />
Preço: €18,50<br />
Colaboração:<br />
Amílcar Malhó
Carneiro<br />
Este é um momento do ano importante<br />
para decisões em assuntos financeiros e<br />
também na definição de prioridades materiais.<br />
Evite que o consumismo desequilibre<br />
planos nestes temas. Período importante<br />
para mudança de postura nas relações,<br />
principalmente em sociedades que possua<br />
e também junto a quem tem maior vínculo<br />
afectivo. É propenso a reorganizar planos<br />
que envolvam estudos, viagens ou actividade<br />
que programou.<br />
Touro<br />
Com o Sol no seu signo, começa o ano<br />
novo astrológico pessoal, o que favorece<br />
decisões e reconhecimento nos seus objectivos.<br />
Tendências a lidar com revisões<br />
antes de dar rumo em metas. Dobrar a<br />
atenção a impulsos em temas materiais<br />
será essencial. Retomar relações e conversas<br />
com vínculos especiais fará muito bem<br />
durante o período. Até mesmo algumas relações<br />
mais difíceis são propensas a serem<br />
retomadas para entendimento. Momento<br />
especial para reconhecimento nas questões<br />
profissionais.<br />
Gémeos<br />
Este é um momento do ano propenso a<br />
desgastes e certa introspecção, especialmente<br />
antes do aniversário. Regente do<br />
seu signo, Mercúrio retoma movimento<br />
directo no início de Junho, um período especial<br />
para revisões em temas materiais,<br />
estudos e trabalho. Ocasiões de lazer, terapia,<br />
crenças e espiritualidade ajudarão<br />
a recarregar energias. Atente-se para não<br />
ser radical na comunicação, principalmente<br />
com amizades ou grupos que tenha vínculo.<br />
Evite intervir mais do que deve em<br />
assuntos do par ou se portar de maneira<br />
individualista na vida amorosa.<br />
Caranguejo<br />
Está mais propenso a envolver-se em situações<br />
ligadas a grupos, especialmente<br />
no trabalho ou causa especial. Algumas<br />
variações marcarão o ambiente de trabalho,<br />
área a qual tomará dedicação para<br />
revisar assuntos e lidar com ajustes. São<br />
maiores as tendências para retomar contacto<br />
com amizades e costumes especiais<br />
com pessoas que tem consideração. Aliás,<br />
é um momento para melhor percepção da<br />
conduta junto dos amigos em geral. Um<br />
Horóscopo<br />
cuidado com o corpo e a saúde será mais<br />
frequente.<br />
Leão<br />
São maiores as chances de lidar com novas<br />
metas e responsabilidades na área profissional.<br />
Há tendências para divergências de<br />
pensamento no trabalho, o que pode ser<br />
amenizado se agir com diplomacia e paciência<br />
diante das relações. Propensões<br />
a retomar temas associados a amigos e<br />
também relacionados a grupos, vínculos<br />
capazes de proporcionar mudança de postura<br />
significativa na condução de certos<br />
assuntos. Período com mais chances para<br />
retomar momentos sociais e diversões que<br />
há tempos não desfruta.<br />
Virgem<br />
Propensões a mudar costumes que preza<br />
ou mesmo lidar com inovações que precisará<br />
aceitar no seu quotidiano e mesmo<br />
no trabalho. Uma lentidão será frequente<br />
na resolução de assuntos profissionais<br />
e materiais ao longo do período mensal.<br />
Tendências a decisões importantes envolvendo<br />
interesses a longo prazo. Momento<br />
para retomar conhecimentos e actividades<br />
culturais que tragam prazer.<br />
Balança<br />
Este é um momento do ano em que pesquisas<br />
serão importantes diante de assuntos<br />
financeiros ou que envolva qualquer<br />
parceria material e de negócios. Há<br />
tendências a contratempos nas finanças e<br />
necessidade de ajustes com planos que as<br />
envolvam. Temas profissionais recomendam<br />
mais observação e estratégia antes<br />
de decisões para interesses a longo prazo.<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 31<br />
Escorpião<br />
Vivemos o período do Sol em Touro, seu<br />
signo oposto, o que recomendará atenção<br />
com decisões em conjunto ou que reflictam<br />
junto a outras pessoas. Evite se doar<br />
mais do que deve a problemas e questões<br />
de quem convive. Momento do ano para<br />
repensar parcerias, sejam elas profissionais<br />
ou de negócios. A reaproximação de<br />
pessoas ou mesmo de vínculos sociais são<br />
tendências durante este período. Temas<br />
materiais terão chances para novos rumos<br />
ou lentidão em alguma decisão. Mudanças<br />
de ritmo em sua rotina e cuidados extras<br />
à saúde serão mais frequentes. Na vida<br />
afectiva, propensões a rever posturas, retomar<br />
assuntos e ter nova etapa em situações<br />
a dois.<br />
Sagitário<br />
Variações no ritmo de sua rotina são propensas<br />
no período mensal, o que recomenda<br />
atenção especial com desgastes físicos<br />
e mentais. Valorizar hábitos simples fará<br />
diferença para recompor energias. Será<br />
mais frequente envolvimento com novas<br />
metas, desafios e trato sobre parcerias<br />
em temas profissionais. Marte ingressa<br />
em Gémeos, seu signo oposto, condição<br />
importante para conversas mais francas e<br />
atenção dobrada para não querer resolver<br />
assuntos de maneira individualista, especialmente<br />
relacionados a quem tem vínculo<br />
afectivo.<br />
Capricórnio<br />
Tendências a dosar situações de envolvimento<br />
social com algumas reclusões. Compensar<br />
desgastes com mais ocasiões de<br />
lazer e diversões que há tempos não aproveita<br />
será bem-vindo. Época para recompor<br />
energias com cuidados ao corpo, atenção<br />
a estudos, momentos “zen”, terapias e<br />
temas espirituais. Momento para revisões<br />
e criatividade nas decisões profissionais,<br />
bem como em actividades autónomas.<br />
Aquário<br />
Momento do ano para esclarecer antigos<br />
assuntos e tomada de decisões com base<br />
em algo que deu certo no passado, especialmente<br />
no trabalho. Período em que<br />
nostalgias e lembranças são propensas a<br />
trocá-los, principalmente junto aos familiares,<br />
com os quais dedicará atenção especial.<br />
A retomada de vínculos com grupos,<br />
amigos e pessoas também marcará este<br />
período, bem como uma alteração de sua<br />
parte na postura diante de algumas destas<br />
relações.<br />
Peixes<br />
O empenho a estudos e a actividades culturais<br />
será mais frequente e pode alternar<br />
sua rotina neste período mensal. A comunicação<br />
e a troca de ideias serão fundamentais<br />
nas relações de trabalho, mesmo<br />
que para isso tenha que ignorar divergências.<br />
Atente-se com boatos e seja paciente<br />
com a lentidão de alguns assuntos, ainda<br />
que a ansiedade por decidir algo seja grande.<br />
Papéis, documentos e escritos tomarão<br />
empenho para ajustes e revisões em interesses<br />
materiais.<br />
Curiosidade sobre<br />
o signo deste mês<br />
Gémeos<br />
Como um Geminiano, você provavelmente já<br />
está ciente de sua incrível capacidade de aprender<br />
rapidamente, adaptar-se e trocar ideias sobre<br />
qualquer assunto ou em qualquer meio social,<br />
como um verdadeiro camaleão. Mas talvez<br />
você ainda não saiba que os geminianos são o signo<br />
com mais possibilidades de ganhar prémios<br />
pelas suas capacidades intelectuais. “Geminianos<br />
são óptimos em pensar através das regras e,<br />
com ou sem alguma relação a isso, os que mais<br />
vencem o Prémio Nobel em percentagem são Geminianos<br />
“, diz Donna Stellhorn.<br />
RECOLHA: JOANA ARAÚJO
32<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Tecnologia<br />
VJOANA ARAÚJO (*)<br />
Controle o smartphone<br />
ou o tablet do seu filho<br />
A aplicação de controlo parental acaba de ser disponibilizada<br />
também em Portugal.<br />
Depois de ter começado por ser disponibilizada<br />
nos Estados Unidos, a Family Link chega agora<br />
a um conjunto de mais de 30 países, e nomeadamente<br />
a Portugal. A aplicação de controlo<br />
parental da gigante tecnológica permite-lhe criar<br />
uma conta Google para a criança que funciona<br />
como se fosse a sua, com acesso à maioria dos<br />
serviços Google, e que o ajuda a definir algumas<br />
regras digitais básicas.<br />
Permite, por exemplo, aprovar ou bloquear as<br />
aplicações que os mais novos pretendam transferir<br />
da Play Store e controlar quanto tempo estes<br />
passam nas respectivas aplicações favoritas,<br />
através de relatórios semanais ou mensais.<br />
Pode também definir limites diários para o tempo<br />
de utilização, assim como bloquear os dispositivos<br />
remotamente quando for hora de dormir ou<br />
achar que é o momento de fazer uma pausa.<br />
Para utilizar a Family Link, o telefone ou tablet<br />
da criança tem de ser Android. A lista de dispositivos<br />
compatíveis pode ser consultada em http://<br />
families.google.com/familylink/. Além disso é<br />
preciso criar uma conta Google. Do lado do adulto<br />
também é necessário existir um dispositivo<br />
compatível, Android ou iOS, assim como uma<br />
conta Google própria.<br />
A Google Family Link está disponível para o sistema<br />
operativo móvel da Google e da Apple.<br />
TEK Sapo<br />
Curiosidades<br />
sobre o seu smartphone<br />
O telemóvel era ainda há pouco tempo um dispositivo que apenas<br />
servia para receber e fazer chamadas. Hoje ele é muito<br />
mais que isso. Eis alguns dados curiosos que talvez desconhecia<br />
sobre o seu smartphone.<br />
Despertador<br />
Quando foi a última vez que colocou<br />
um relógio como despertador?<br />
Exacto. Não se lembra,<br />
pois não? Acredita-se que cerca<br />
de 60% dos utilizadores de smartphone<br />
os usem como despertadores.<br />
Smartphone em todo<br />
o lado…<br />
De acordo com um estudo realizado<br />
em 2013 pela harris interactive,<br />
cerca de 20% do jovens<br />
norte-americanos admitem já ter<br />
usado o smartphone durante relações<br />
sexuais.<br />
Começar de novo<br />
Quando o primeiro iphone foi revelado<br />
em 2007 por Steve Jobs,<br />
a Google já estaria secretamente<br />
a trabalhar num desenvolvimento<br />
de um smartphone durante dois<br />
anos. Assim que viram o anúncio<br />
de Jobs, a equipa decidiu começar<br />
do zero.<br />
Aumento em apenas<br />
2 anos<br />
Contudo, em 2013, uma pesquisa<br />
realizada através da aplicação<br />
locket, mostrou que em média as<br />
pessoas olhavam para o telemóvel<br />
cerca de 110 por dia.<br />
Faixa para os viciados<br />
Na cidade chinesa de Chongqing,<br />
existe uma faixa especial para todos<br />
aqueles que querem andar<br />
com o telemóvel na mão.<br />
Mudar de operador<br />
é mais fácil<br />
A Autoridade Nacional de<br />
Comunicações aprovou as<br />
alterações ao regulamento<br />
de portabilidade para simplificar<br />
os processos de mudança<br />
de operador de telecomunicações.<br />
Cerca de um quinto dos pedidos<br />
são rejeitados pelos operadores.<br />
As elevadas taxas de<br />
rejeição de pedidos de portabilidade<br />
são, segundo a Anacom,<br />
um dos temas que motiva<br />
mais reclamações e que<br />
tem conduzido à instauração<br />
de processos de contra-ordenação<br />
e aplicação de coimas.<br />
As novas regras têm como<br />
objectivo tornar os processos<br />
de mudança de operador,<br />
mantendo o mesmo número,<br />
“mais rápidos e mais seguros”,<br />
nomeadamente através de um<br />
código de validação.<br />
A portabilidade passa a ter de<br />
ser feita no prazo de um dia<br />
útil a contar da entrega do pedido<br />
e acabaram as gravações<br />
de aviso.<br />
(*) com Agências/TEKSapo
Livros<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 33<br />
“Nó Cego”<br />
Um dos mais importantes romances sobre a guerra colonial foi reeditado<br />
CARLOS MATOS GOMES (*)<br />
(*) Coronel de Cavalaria.<br />
Condecorado com<br />
as medalhas de Cruz<br />
de Guerra de 1ª e de<br />
2ª Classe. Pertenceu à<br />
primeira Comissão Coordenadora<br />
do Movimento<br />
dos Capitães na<br />
Guiné. Foi membro da<br />
Assembleia do MFA. É<br />
escritor.<br />
O romance teve a primeira edição<br />
em 1983, na Bertrand, pela<br />
mão da editora Maria da Piedade<br />
Ferreira.<br />
Foi várias vezes reeditado e<br />
passou à categoria de clássico<br />
da literatura portuguesa<br />
do período da guerra colonial,<br />
embora tenha sido sempre um<br />
romance à margem das instituições<br />
oficiais – António-Pedro<br />
de Vasconcelos não conseguiu<br />
apoios institucionais para o<br />
adaptar ao cinema e não consta<br />
do Plano Nacional de Leitura,<br />
por exemplo.<br />
O romance vale por si e marca<br />
um período decisivo da história<br />
que merece ser estudado e conhecido.<br />
A geração da guerra e as gerações<br />
que se seguiram têm de<br />
novo o Nó Cego disponível. -<br />
Carlos Vale Ferraz<br />
O AUTOR<br />
Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário<br />
de Carlos de Matos Gomes, nasceu a 24<br />
de julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha.<br />
Foi oficial do Exército, tendo cumprido<br />
comissões em Angola, Moçambique e Guiné.<br />
Algumas das suas obras foram adaptadas<br />
ao cinema e à televisão, e colaborou<br />
com Maria de Medeiros no argumento<br />
do filme Capitães de Abril. É investigador<br />
de História Contemporânea de Portugal.<br />
Publicou, como Carlos de Matos Gomes<br />
e em coautoria com Aniceto Afonso, os livros<br />
Guerra Colonial, Os Anos da Guerra<br />
Colonial e Portugal e a Grande Guerra. No<br />
catálogo da Porto Editora figuram os seus<br />
romances A Última Viúva de África (2017)<br />
e Nó Cego (1.ª ed. 1982), agora reeditado,<br />
uma obra de referência obrigatória na ficção<br />
portuguesa sobre a guerra colonial.<br />
Nota de imprensa da Porto<br />
Editora<br />
Um dos mais importantes<br />
romances sobre a guerra colonial<br />
Nó Cego, de Carlos Vale Ferraz, com nova edição a 17 de Maio.<br />
A Porto Editora publica a 17 de maio uma nova edição do livro<br />
Nó Cego, primeiro romance de Carlos Vale Ferraz e livro de culto<br />
de uma geração que esteve envolvida na guerra colonial e que, a<br />
partir dela, entrou em rutura com o regime português da ditadura.<br />
Nó Cego é um romance que simultaneamente participa do documento<br />
e do monumento, do poderoso testemunho e da excelente<br />
literatura. E sobre ele conversarão o autor, António-Pedro Vasconcelos<br />
e João de Melo na sessão de lançamento que se realiza<br />
a 19 de junho, pelas 18:30, na livraria Ferin, em Lisboa.<br />
A ação da narrativa gira em torno de uma companhia de comandos,<br />
jovens voluntários na mais violenta unidade das Forças Armadas,<br />
provenientes de todos os estratos da sociedade portuguesa.<br />
Como explica o professor Rui de Azevedo Teixeira, as razões<br />
desta «servidão voluntária […] vão desde o desejo de se testar<br />
em coragem e resistência física e psíquica ao perdão jurídico de<br />
crimes cometidos, desde problemas sentimentais e familiares ao<br />
sentido do dever e ao amor pátrio, desde a pura procura da barbárie<br />
e da morte — quer como matador quer como disfarçado suicida<br />
— à busca de um grupo de que se possa orgulhar e chamar<br />
“seu”».<br />
SINOPSE<br />
Objecto de estudo e de atenção nos meios universitários, Nó<br />
Cego é hoje um clássico da literatura portuguesa e sobretudo um<br />
grande e poderoso romance dos nossos dias, essencial para as<br />
atuais gerações de portugueses viverem esse período crucial da<br />
nossa História que foram os anos da guerra colonial e o fim do<br />
regime de ditadura, bem como para conhecer os dramas, as angústias,<br />
as alegrias e as tristezas da geração que fez a guerra e<br />
que a terminou, abrindo Portugal à modernidade.<br />
Mantendo a estrutura da obra tal como originalmente publicada,<br />
Carlos Vale Ferraz intensificou a narrativa, dotando o texto de<br />
uma linguagem mais depurada, com as situações<br />
mais definidas na sua complexidade, por<br />
forma a que o leitor se sinta mais bem situado<br />
dentro da ação. E é assim que Nó Cego<br />
participa simultaneamente do documento e do<br />
monumento, do poderoso testemunho e da excelente<br />
literatura.<br />
SOBRE O LIVRO<br />
«Nó Cego é, sem dúvida, um romance que<br />
permite ao leitor viver, vicariamente, aventuras<br />
diversas — é um livro eminentemente lisible.<br />
Daí o seu sucesso popular e o facto de<br />
se ter tornado num livro de culto entre certas<br />
camadas de ex-combatentes. Mas o romance<br />
realista Nó Cego não se esgota na sua “lisibilidade”,<br />
no carácter chão e no ritmo febril de<br />
uma história que nunca deserta da realidade<br />
— Nó Cego, como objeto ficcional, não se esvazia<br />
se lhe tirarmos o seu poder de nos fazer<br />
ver os Comandos no mato e de nos fazer<br />
sentir o bedum dos seus corpos. Uma leitura<br />
exigente, ativa, revelará a sua essencial camada<br />
metafórica, as suas qualidades de texto<br />
(também) scriptible.<br />
[…] Nó Cego é não só um romance de aventuras,<br />
corrido, fácil, amigo do leitor, como é literalmente sofisticado,<br />
com um fundo falso onde esconde uma soberba macrometáfora.»<br />
Rui de Azevedo Teixeira<br />
«Um fresco sobre a guerra colonial e um requiem sobre os soldados<br />
portugueses.»<br />
António-Pedro Vasconcelos<br />
«Magnífico e algo avassalador.»<br />
João de Melo<br />
«Infinitamente próximo do real.»<br />
General Sousa Menezes
34 LUSITANO de Zurique<br />
Medicina alternativa<br />
Alfazema<br />
ALFAZEMA<br />
(Lavandula officinalis)<br />
MEDICINA alternativa<br />
Alfazema<br />
Combate a falta de apetite e até mesmo<br />
insónia. A alfazema também é benéfica<br />
para quem sofre de cistite e inflamação<br />
na bexiga. As folhas de alfazema são utilizadas<br />
no preparo de remédios que combatem<br />
a conjuntivite. Já as suas flores são<br />
utilizadas nos remédios para bronquite,<br />
tosse, queimaduras e enxaqueca.<br />
Alho<br />
Muito conhecido e apreciado, o alho<br />
reduz o colesterol alto, actuando como um<br />
antisséptico e expectorante natural. Além<br />
disso, o seu consumo aumenta a imunidade<br />
e alivia os problemas circulatórios.<br />
O alimento é rico em vitaminas A, C, B1<br />
e B2, além de ser fonte de minerais como<br />
o iodo e o enxofre. Segundo pesquisas<br />
recentes, o alho ainda é um anti-cancerígeno<br />
poderoso, quando consumido cru.<br />
Mas é importante estar atento. Há pessoas<br />
que podem ser alérgicas ao alho.<br />
Ele também não deve ser usado por quem<br />
sofre de gastrite, úlcera, hipoglicemia ou<br />
pressão baixa.<br />
Carqueja<br />
É uma óptima opção para quando a refeição<br />
pesada cai mal, contribuindo para<br />
o aumento da produção de bile. Contribui<br />
na redução da taxa de açúcar no nosso<br />
sangue, além dela ser fonte de propriedades<br />
anti-úlcera e anti-inflamatórias, contribuindo<br />
no tratamento de artrites.<br />
Erva-cidreira<br />
O chá de erva-cidreira é excelente no<br />
combate de gases e cólicas, além de ser<br />
um relaxante natural, pois a planta possui<br />
efeito calmante, graças aos seus óleos<br />
essenciais. Outros benefícios garantidos<br />
com o seu uso são o poder analgésico e<br />
anti-espasmódico, além de ser um bom<br />
combatente da herpes labial.<br />
Arnica<br />
Um excelente remédio para hematomas<br />
e manchas roxas. Contribui para<br />
o alívio das dores. A planta contribui na<br />
remoção de coágulos e manchas. Problemas<br />
de pele, como a furunculose e a<br />
acne, também são tratados com a arnica.<br />
Gota, tendinites e dores reumáticas também<br />
são aliviadas com o uso da planta.<br />
Camomila<br />
Ela é utilizada com a finalidade de<br />
diminuir cólicas, agindo ainda como um<br />
anti-inflamatório natural. As flores da camomila<br />
ainda garantem substâncias emolientes,<br />
que ajudam a pele a se manter<br />
hidratada. A planta também é utilizada<br />
como tónico digestivo, facilitando assim<br />
a eliminação dos gases e estimulando o<br />
apetite.<br />
Cravo-da-Índia<br />
O seu óleo é utilizado como analgésico<br />
na odontologia, e também como anti-séptico.<br />
Além disso, o óleo é fonte de<br />
eugenol, conseguindo assim deter a inflamação<br />
das mucosas e combater os inchaços.<br />
Há indícios de que a planta possua<br />
ainda uma acção anticoagulante, impedindo<br />
que as plaquetas se agreguem.<br />
Calêndula<br />
Oferece benefícios à pele. Contribui<br />
para a regularização da menstruação e<br />
ameniza as cólicas.<br />
Alcachofra<br />
Óptima para recomposição dos sais<br />
minerais no nosso organismo. Além disso,<br />
ela é um bom antioxidante para o fígado.<br />
É indicada para pessoas diabéticas, bem<br />
como quem sofre de afecções urinárias,<br />
obesidade, hipertensão, arteriosclerose e<br />
reumatismo.<br />
ATENÇÃO:<br />
Estas informações são meramente informativas<br />
e não devem ser usadas para diagnosticar, tratar,<br />
curar ou prevenir qualquer doença e muito<br />
menos substituir cuidados médicos adequados.<br />
COOORDENAÇÃO E RECOLHA:<br />
JOANA ARAÚJO
ADIVINHAS<br />
Passatempo<br />
SUDOKU<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 35<br />
S o l u ç õ o<br />
15- Poucos gostam de o ver<br />
Quando anda em casa à solta<br />
Porque só faz é roer<br />
O que encontra à sua volta.<br />
17- Sou um mestre na ciência<br />
Meu saber é muito rico<br />
Tudo dou, mas em essência<br />
Com tudo na mesma fico.<br />
18 -Tem um nome de pessoa<br />
E também de capital<br />
Ferramenta e sem ser Côa<br />
É um rio de Portugal.<br />
19 - Pensando diga depois<br />
Que espécie d’analogia<br />
Existe entre um par de bois<br />
Médicos e freguesia?<br />
20 -Sem ter nada de café<br />
Ou qualquer bebida fina<br />
Diga-nos lá o que é<br />
Que mais cheira a cafeína?<br />
S o l u ç õ o<br />
16 – Rato<br />
17 – Livro<br />
18 – Lima<br />
19 – Junta<br />
20 – Nariz<br />
CRUZADAS
36<br />
LUSITANO de Zurique<br />
HUMOR - quem não sabe rir, não sabe viver!<br />
O espanhol<br />
Viajavam no mesmo compartimento<br />
de um comboio, um português, um<br />
espanhol, uma loira espectacular e uma<br />
gorda enorme. Depois de uns minutos de<br />
viagem, o comboio passa por um túnel<br />
e ouve-se uma chapada. Ao saírem do<br />
túnel, o espanhol tinha um vermelhão na<br />
cara.<br />
A loira espectacular pensou: ... este filho<br />
da mãe do espanhol queria-me apalpar,<br />
enganou-se, apalpou a gorda e ela deulhe<br />
uma chapada.<br />
A gorda enorme pensou: ... o filho da<br />
mãe do espanhol apalpou a loira e ela<br />
mandou-lhe uma chapada.<br />
O espanhol pensou: ... este sacana do<br />
português apalpou a loira, ela enganouse<br />
e mandou-me uma chapada.<br />
E o português pensou: ... oxalá venha<br />
outro túnel para poder mandar mais uma<br />
chapada ao cabrão do espanhol...<br />
Nautrágio<br />
Um transatlântico começa a afundar-se.<br />
Diz o comandante:<br />
- As mulheres vão para o bote da<br />
esquerda! Os homens vão para o bote<br />
da direita!<br />
Ouve-se uma vozinha lá do fundo:<br />
- Então e eu?! Morro afogado?<br />
O bêbado chega a casa<br />
cambaleando. Mal encontra a porta.<br />
Entra, dá uma mijada e fala com a<br />
mulher que estava no quarto:<br />
- Querida, acho que a nossa casa-debanho<br />
está assombrada.<br />
- Porquê, querido? -- pergunta a mulher.<br />
- Não acreditas que quando eu abri a<br />
porta, a luz acendeu-se sozinha.<br />
Depois, quando a fechei, ela apagouse.<br />
Deve ter alguma assombração!<br />
- Oh não!!! Mijáste no frigorifico outra<br />
vez!!!!<br />
Classe<br />
Duas senhoras da alta sociedade foram<br />
fazer um safari. Lá no meio da selva,<br />
vêem um nativo a ser engolido por um<br />
crocodilo. Vira-se uma para a outra:<br />
- Ai rica, isto é chiquérrimo. Aqui até os<br />
sacos cama são ‘Lacoste’!<br />
Sonambulismo<br />
- Como é que vai o teu marido com as<br />
crises de sonambulismo dele?<br />
- Já está curado.<br />
- Como assim curado? Que remédio lhe<br />
deste?<br />
- Despedi a empregada...<br />
Viagem<br />
- Para a semana vou a Paris!<br />
- Levas a tua mulher?<br />
- Por acaso se fores à Madeira levas<br />
bananas?<br />
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Juniores<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 37<br />
Para<br />
colorir<br />
SUGESTÃO DE LEITURA<br />
A neurociência é um dos campos de pesquisa mais apaixonantes<br />
da atualidade.<br />
A vida secreta da mente é um passeio pelo cérebro e pelo<br />
pensamento, para entendermos o que somos, como forjamos<br />
ideias nos nossos primeiros dias de vida, como modelamos as<br />
nossas decisões, como sonhamos e como imaginamos.<br />
Também tenta esclarecer por que sentimos certas emoções em<br />
relação aos outros, como eles podem ter influência sobre nós,<br />
e como o cérebro se transforma, mudando aos poucos nossa<br />
natureza.<br />
Durante vinte anos de pesquisa, o premiado neurocientista e<br />
físico Mariano Sigman cultivou uma visão interdisciplinar sobre o<br />
tema. Ele baseia-se em pesquisas de física, linguística, psicologia,<br />
educação, matemática, entre outros.<br />
in Google Books<br />
Nelson S. Lima<br />
COOORDENAÇÃO: JOANA ARAÚJO
38<br />
LUSITANO de Zurique<br />
Poesia<br />
CARMINDO DE<br />
CARVALHO<br />
https://www.facebook.com/<br />
carmindo.carvalho<br />
Porcaria a que chamam informação<br />
Notícia não é o esforço heróico das margens<br />
que sustem a força da água.<br />
Notícia é a fúria da água que transbordou, alagou,<br />
arrastou, destruiu e num ápice muito levou.<br />
Notícia não é a arte da natureza que criou , bordou<br />
e coloriu um jardim.<br />
Notícia é a tempestade que destruiu esse mesmo<br />
jardim.<br />
Notícia não é a fartura, é a fome.<br />
Notícia não é a paz , é a guerra.<br />
Notícia não é doar uma tonelada de feijão .<br />
Notícia é roubar um quilo de pão.<br />
Notícia não é amar , é odiar.<br />
Notícia não é ser benfeitor ,é ser malfeitor.<br />
Notícia não é fazer e praticar o bem e<br />
ser louvado.<br />
Notícia é fazer e praticar o mal , ser<br />
aplaudido e não ser condenado.<br />
Notícia não é o dar nem pouco nem muito<br />
sangue.<br />
Notícia é o fazer muito , muito sangue.<br />
Notícia não é , com a arte e bondade criar . É o<br />
destruir com maldade e ruindade<br />
Notícia não é evitar a desgraça, é com ela fazer<br />
negócio e lucrar.<br />
Notícia não é aquele que segurou um que escorregou<br />
, é aquele que caiu e se espatifou .<br />
Notícia não é Teatro, Cinema, Dança, é casas<br />
dos segredos e outras charopadas , próprias<br />
para entreter mentes atrofiadas , cérebros mentecaptos<br />
e castrados.<br />
Que estas minhas palavras que relatam e gritam<br />
esta minha raiva incontida não sejam Poesia<br />
nem notícia , pois bem aceito de boa vontade<br />
, melhor assim.<br />
Notícia não seria se eu partisse a antena da Tv. ,<br />
rodasse o botão e desligasse a telefonia.<br />
Notícia seria se eu me passasse dos carretos e<br />
com todas as letras mandasse toda esta porcaria<br />
a que chamam informação para um sítio que<br />
eu bem sei .<br />
Abril de 2013<br />
V<br />
CHICO BENTO<br />
Dällikon - Suíça<br />
www.facebook.com/chico.<br />
bento.98<br />
Mãe, tábua de salvação<br />
Ó minha mãe, minha mãe<br />
Que um dia me deste a vida<br />
Entre outras jóias serás<br />
Para mim, a mais querida<br />
Ó minha mãe, minha mãe<br />
Rosa que deste o ser<br />
Nem na vida, nem depois<br />
Eu te poderei esquecer<br />
Ó minha mãe, minha mãe<br />
Já te não tenho ao lado<br />
Por essa razão eu digo<br />
Que me sinto desamparado<br />
Ó minha mãe, minha mãe<br />
Os teus conselhos recordo<br />
E quanta vezes ó mãe<br />
Choro por ti quando acordo<br />
Refrão<br />
Ó minha querida mãezinha<br />
Ó meu sorriso profundo<br />
Quem tiver a mãe ao lado<br />
Tem alegria no mundo<br />
Tem alegria tem tudo<br />
Só tristeza é que não<br />
Porque ao ter sua mãezinha<br />
Tem tábua de salvação.<br />
Chico Bento
Poesia<br />
<strong>JUNHO</strong> <strong>2018</strong> 39<br />
EUCLIDES CAVACO<br />
WWW.EUCLIDESCAVACO.COM<br />
www.facebook.com/<br />
euclides.cavaco<br />
Internet<br />
No mundo da internet<br />
Há coisas boas e más<br />
Quem por bem nela se mete<br />
Muita ajuda a todos traz.<br />
Maravilhosa invenção<br />
Que veio o mundo mudar<br />
Veloz comunicação<br />
De utilidade sem par.<br />
Podemos através dela<br />
Fazer novas amizades<br />
É como que uma janela<br />
Espreitando as novidades.<br />
Faz-se nela transacções<br />
Reencontra conhecidos<br />
Concretizam-se uniões<br />
Entre esposas e maridos.<br />
Meio de consulta e ciência<br />
Ensino e mais benefícios<br />
Mas por gente sem prudência<br />
Para fins menos propícios.<br />
O valor lhe seja dado<br />
Com mérito mais profundo<br />
Por ter tão aproximado<br />
Os povos de todo o mundo.<br />
<strong>JUNHO</strong><br />
Datas Comemorativas de <strong>2018</strong><br />
01 SEX Dia Mundial da Criança<br />
01 SEX Dia de São Justino<br />
02 SÁB Dia Internacional da Prostituta<br />
04 SEG Dia Int. das Crianças Vítimas de Agressão<br />
05 TER Dia de São Bonifácio<br />
05 TER Dia Mundial do Ambiente<br />
06 QUA Dia de São Marcelino<br />
06 QUA Dia de São Norberto<br />
08 SEX Dia Mundial dos Oceanos<br />
09 SÁB Dia Internacional dos Arquivos<br />
09 SÁB Dia de São José de Anchieta<br />
10 DOM Dia de Portugal<br />
10 DOM Dia do Chá Gelado<br />
11 SEG Dia de São Barnabé<br />
12 TER Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil<br />
12 TER Dia de Santo Onofre<br />
13 QUA Dia de Santo António<br />
14 QUI Dia Mundial do Dador de Sangue<br />
15 SEX Dia Mundial do Vento<br />
15 SEX Dia de Santa Germana<br />
15 SEX Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra<br />
a Pessoa Idosa<br />
16 SÁB Dia Internacional da Criança Africana<br />
17 DOM Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação<br />
17 DOM Dia de São Manuel<br />
18 SEG Dia Internacional do Sushi<br />
18 SEG Dia Internacional do Piquenique<br />
18 SEG Dia Internacional do Pânico<br />
18 SEG Dia de Osana<br />
18 SEG Dia do Orgulho Autista<br />
19 TER Dia Mundial de Consciência Sobre Doença Falciforme<br />
19 TER Dia de São Romualdo<br />
20 QUA Dia Mundial do Refugiado<br />
20 QUA Dia do Relógio do Sol<br />
20 QUA Dia Mundial da Produtividade<br />
21 QUI Dia Mundial do Yoga<br />
21 QUI Dia Europeu da Música<br />
21 QUI Dia Mundial da Girafa<br />
21 QUI Dia Humanista Mundial<br />
23 SÁB Véspera de São João<br />
23 SÁB Dia Olímpico<br />
23 SÁB Dia de São José Cafasso<br />
23 SÁB Dia das Nações Unidas para o Serviço Público<br />
23 SÁB Dia Internacional das Viúvas<br />
24 DOM Dia de São João<br />
24 DOM Dia Nacional do Cigano<br />
25 SEG Dia de São Guilherme<br />
25 SEG Dia Mundial do Vitiligo<br />
25 SEG Dia do Marinheiro<br />
26 TER Dia Internacional de Apoio às Vitimas de Tortura<br />
26 TER Dia Int. da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas<br />
26 TER Dia de São Josemaría Escrivá<br />
27 QUA Dia dos Trabalhadores Industriais Mundiais<br />
28 QUI Dia Internacional do Piercing Corporal<br />
29 SEX Dia de São Pedro<br />
29 SEX Dia de São Paulo<br />
29 SEX Dia Internacional da Lama<br />
29 SEX Dia do Papa<br />
30 SÁB Dia Mundial das Redes Sociais
ART Jornal Lusitano Zurique 210x148mm_2.pdf 1 03/11/17 14:52<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
DA SUÍÇA PARA PORTUGAL<br />
PORTUGAL SEMPRE<br />
NO NOSSO CORAÇÃO<br />
Vantagens do SERVIÇO<br />
DE TRANSFERÊNCIAS:<br />
Simples<br />
Online ou por correio, os seus recursos ficam disponíveis<br />
com rapidez na conta do Banco Santander Totta.<br />
Próximo<br />
O seu Banco sempre perto de si. Na Suíça ou em Portugal.<br />
Justo<br />
Câmbio favorável. Agora com despesas reduzidas.<br />
Online<br />
Acesso fácil via e-banking.<br />
Através do Site da Postfinance ou do seu Banco na Suíça utilize<br />
a opção: “ordem de pagamento com o boletim vermelho”.<br />
Preencher todos os campos conforme o vale de correio vermelho<br />
fornecido pelos escritórios de representação.<br />
Correio<br />
Utilizando o Impresso (Vale de correio vermelho)<br />
Boletim/Vale vermelho requisitado através dos escritórios<br />
de representação de Genebra ou Zurique e entregue com<br />
a Ordem de Pagamento ao seu Banco na Suíça<br />
(preferencialmente no PostFinance) para concretizar<br />
o pagamento.<br />
Boletim vermelho<br />
(fornecido pelos escritórios de representação<br />
de Genebra ou Zurique)<br />
+<br />
Ordem de pagamento<br />
(fornecido pelo seu banco suíço ou Postfinance)<br />
+<br />
Envelope<br />
(fornecido pelo seu banco suíço ou Postfinance)<br />
Envio por correio para o seu banco suíço<br />
ou Postfinance<br />
Pelas regras em vigor é obrigatória a identificação do ordenante, IBAN e morada<br />
do beneficiário realizando-se a transferência para débito em conta. Interdita<br />
a utilização de numerários (cash).<br />
A utilização do ST (Serviço Transferências) apesar de permitir custos reduzidos não<br />
dispensa a consulta do preçário em santandertotta.pt, com as condições de cada<br />
entidade bancária na Suíça e em Portugal.<br />
Escritório de Representação de Genebra<br />
Rue de Genève 134, C.P. 156 | 1226 Thônex - Genève | Tel. 022 348 47 64<br />
Escritório de Representação de Zurique<br />
Badenerstrasse 382, Postfach 687 | 8040 Zürich | Tel. 043 243 81 21<br />
Não esquecer:<br />
conta do Banco Santander Totta (30-175563-2)<br />
IBAN, nome e morada do beneficiário