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Revista Apólice #233

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iscos financeiros | crédito<br />

Não há<br />

política de<br />

crédito à<br />

prova de<br />

bala<br />

A necessidade de negociar vendas à prazo<br />

pode ser determinante para a manutenção da<br />

competitividade. Empresas que descobrem as<br />

virtudes do seguro de crédito não abrem mão<br />

dessa ferramenta<br />

Lívia Sousa<br />

Atualmente, 90% das transações<br />

comerciais do mundo<br />

são realizadas com alguma<br />

forma de crédito. Para se protegerem<br />

contra os riscos econômicos, é<br />

essencial que as empresas contratem um<br />

seguro de crédito, que além de cobrir um<br />

dos maiores ativos de seu balanço patrimonial,<br />

o Contas a Receber, funciona<br />

como uma ferramenta de gestão, permitindo<br />

que seus clientes sejam monitorados<br />

constantemente pelas seguradoras.<br />

Popular e consolidado nos Estados<br />

Unidos e na Europa, o produto também<br />

ganha espaço no Brasil, onde é relativamente<br />

novo – a primeira seguradora<br />

de crédito se instalou no país há pouco<br />

mais de duas décadas. A procura cresce<br />

especialmente após as crises que elevaram<br />

o número de companhias que<br />

entraram com pedidos de recuperação<br />

judicial. “Estamos em uma fase em que as<br />

empresas necessitam avaliar melhor sua<br />

carteira de compradores e assumem que<br />

existe certa ineficiência de sua área de<br />

crédito em reconhecer e prever eventuais<br />

riscos de inadimplência. Por este motivo,<br />

buscam soluções especializadas em seguradoras<br />

que detém modelos estatísticos<br />

para identificar cenários que as levem<br />

a ter perdas”, diz Adriano Tomasoni,<br />

CEO e diretor técnico da consultoria<br />

TradeRisk. Além disso, elas se deparam<br />

com a necessidade de aumentar o perfil<br />

de pagamento de seus compradores, tanto<br />

por imposição dos clientes quanto para<br />

se adaptar a um mercado cada vez mais<br />

competitivo, o que eleva seu risco e as<br />

obrigam a assumir maior exposição.<br />

O seguro de crédito é também um<br />

aliado para o mercado exportador, em<br />

que funciona como uma garantia de risco<br />

político, cobrindo riscos específicos que<br />

impedem a transferência de recursos para<br />

pagamento. Grandes operações, como<br />

exportação de bens de capital e commodities<br />

agrícolas, contam com risco político<br />

inerente à transação, o que pode limitar<br />

o apetite de investidores ou restringir o<br />

acesso às linhas de crédito estruturadas.<br />

“Seja em uma exportação ou importação,<br />

há basicamente dois tipos de<br />

cobertura”, explica o superintendente de<br />

Crédito e Riscos Políticos da Lockton<br />

Brasil, Franklin Nogueira. A primeira,<br />

de risco político puro, é utilizada em contratos<br />

diretos ou projetos com garantias<br />

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