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Falar sobre o<br />
Vítor Ramalho é,<br />
entre outras, lembrar o seu<br />
profundo sentido humanitário,<br />
a sua “quási” devoção à causa<br />
da CPLP e perceber o seu<br />
empenhamento nas questões<br />
políticas, económicas e sociais.<br />
A sua filiação partidária e a particular<br />
intimidade com o fundador<br />
do PS nunca o coibiram de estabelecer<br />
amizade com múltiplas<br />
pessoa que, pensando diferentemente,<br />
partilhavam com ele<br />
preocupações, anseios ou espaços<br />
comuns.<br />
Conheci-o quando de 1983 a<br />
1985 apoiava então directamente<br />
o Primeiro Ministro Mário Soares,<br />
acudindo às permanentes emergências<br />
laborais ou politicas,<br />
procurando encontrar soluções<br />
institucionais para colmatar vulnerabilidades,<br />
ouvindo criticas<br />
ou sugestões.<br />
Trabalho gigantesco feito com<br />
convicção e empenhamento, virtudes que reencontrei quando no Governo de António<br />
Guterres ase ocupava de tarefas semelhantes.<br />
Dele retive e reterei a “força de vontade”, dedicação e argúcia, que lhe permitia inúmeras<br />
vezes ler a realidade melhor e mais rapidamente que a maioria da “classe política”.<br />
Angola é um pilar decisivo na sua vida e empenho que pôs e põe nos problemas de<br />
cooperação quer bilateral, quer no âmbito da CPLP.<br />
Sem ele, a UCLA não teria a projecção externa que evidencia, sem ele, saberíamos menos<br />
do que são e pensam os dirigentes e povos que se integram naquela organização.<br />
O Vítor merece a amizade e o afecto dos que, com ele, partilham os valores da tolerância,<br />
respeito, dignidade e coerência. As singelas palavras que constituem este texto são<br />
por isso uma pálida imagem do que dele se poderia e deveria dizer ou escrever.<br />
Ângelo Correia<br />
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