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É com satisfação que participo na celebração do aniversário do meu amigo Vítor Ramalho.<br />
Falar dele, é referir-me a um homem multifacetado e de uma enorme grandeza de alma.<br />
Trata-se de um cidadão virtuoso na sua essência, que procura viver segundo princípios<br />
e valores que o levam a que seja reconhecido como um ser íntegro e bom. Já Nietzsche<br />
afirmava que a grandeza de alma era inseparável da grandeza intelectual e, de facto,<br />
Vítor Ramalho também possui uma dimensão intelectual fora do comum. Sempre me<br />
surpreendeu a transparência do seu pensamento, a sua capacidade de análise e a sua<br />
incomensurável sensibilidade para abordar assuntos que tivessem a ver com os outros.<br />
Já como politico, impressiona-me a sua visão prospetiva da política, do Pais e do Mundo.<br />
Lembro-me de o ouvir, antes da crise, traçar cenários cinzentos sobre o que aí vinha.<br />
Nem todos aceitaram as suas teses. Contudo, sempre que lançava uma ideia acerca do<br />
que julgava aproximar-se, ele era assertivo.<br />
Uma faceta que muito aprecio na sua pessoa é a sensibilidade artística. Discreto, nunca<br />
escolheu a visibilidade, por vezes tão vazia, do meio artístico. No seu dom de pintar<br />
transmite uma postura ética perante a vida. É por isso, pelo significado que continua a<br />
gerar, que avalio, afinal, a sua dimensão enquanto fazedor de arte.<br />
António Chaínho<br />
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