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empresas - Brasil Econômico

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Evandro Monteiro<br />

Serra ao lado de Rodrigo Maia,<br />

do DEM: disputa em torno de<br />

Gabeira gera crise na aliança<br />

Marina e seu vice, Guilherme<br />

Leal: o comando partidário<br />

é quem dá as cartas no PV<br />

Agronegócio tem superávit de US$ 6,2 bi<br />

As exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 16,6%, para<br />

US$ 7,329 bilhões em julho, ante o mesmo período em 2009 de acordo<br />

com o Ministério da Agricultura. As importações cresceram 42%, para<br />

US$ 1,13 bilhão. Com isso, o superávit foi de US$ 6,2 bilhões, 12,87% superior<br />

ao registrado em julho do ano passado. As exportações do agronegócio<br />

representaram 41,5% do total exportado pelo País no mês passado.<br />

No acumulado do ano, o saldo do setor aumentou para US$ 35,09 bilhões.<br />

conselhos políticos<br />

da candidata, enquanto o grupo tucano ainda não se reuniu<br />

caciques e opinar na agenda da<br />

candidata governista. Fazem<br />

parte do grupo, além do PT,<br />

PMDB, PR, PDT, PCdoB e PP.<br />

Simbolismo<br />

A recente crise deflagrada entre<br />

o PSDB e o DEM, que reclama do<br />

pouco apoio oferecido pelo aliado,<br />

também trouxe à tona a falta<br />

de diálogo entre as duas principais<br />

siglas que compõe a aliança<br />

em torno de José Serra.<br />

O deputado Rodrigo Maia,<br />

presidente do DEM, cobrou publicamente<br />

o candidato tucano<br />

pela falta de apoio a Fernando<br />

Gabeira (PV), que disputa o governo<br />

do Rio em nome da<br />

aliança de oposição. Criado em<br />

julho por pressão dos aliados, o<br />

conselho político do PSDB reúne<br />

um grupo de “notáveis”: Fer-<br />

nando Henrique Cardoso, Aécio<br />

Neves, Jorge Bornhausen,<br />

Tasso Jereissati, Roberto Freire,<br />

além do vice Indio da Costa e<br />

do próprio Serra.<br />

Na prática, a formação desse<br />

time teve caráter meramente<br />

simbólico. “O conselho não se<br />

reuniu ainda porque não houve<br />

necessidade. A Dilma é que precisa<br />

de um conselho, já que ela<br />

sozinha tem dificuldade formular”,<br />

provoca Roberto Freire,<br />

presidente do PPS. A prática<br />

mais comum na campanha de<br />

Serra em casos de problemas<br />

localizados são reuniões bilaterais<br />

entre as partes envolvidas.<br />

“A nossa dinâmica de trabalho<br />

é boa e está funcionando. O<br />

conselho só vai se reunir se<br />

houver uma grande crise”, finaliza<br />

Roberto Freire. ■<br />

Dida Sampaio/AE<br />

Marcio Fernandes/AE<br />

CONSELHOS ELEITORAIS<br />

● O conselho político de<br />

Dilma Rousseff (PT) foi criado<br />

em abril para afinar o discurso<br />

entre os partidos aliados.<br />

● O grupo de José Serra (PSDB)<br />

foi formado em julho, depois da<br />

primeira crise com o DEM, devido<br />

ao processo de escolha do vice.<br />

● A campanha de Marina<br />

Silva (PV) tem um conselho,<br />

montado no ano passado, que<br />

reúne 21 membros. Metade<br />

do grupo foi indicada por ela.<br />

Comando da campanha de Marina<br />

é dividido entre dirigentes do PV<br />

e aliados de confiança da senadora<br />

O PV de Marina Silva, que concorre<br />

sozinho à Presidência,<br />

também centralizou suas decisões<br />

em um pequeno grupo, ao<br />

invés de dividir as responsabilidades<br />

com o conselho político<br />

criado no ato da filiação da candidata<br />

ao partido. Montado por<br />

exigência de Marina, o grupo é<br />

formado por 21 membros: 10<br />

indicados por ela e 10 pelo partido.<br />

A vigésima primeira vaga<br />

é do presidente da instituição,<br />

José Penna. Segundo um membro<br />

dessa coordenação ouvido<br />

pelo BRASIL ECONÔMICO, a instância<br />

“é uma ficção” que não é<br />

acionada devido aos acertos regionais<br />

feitos à revelia pelo comando<br />

partidário.<br />

Na prática, o grupo de 21 reduziu-se<br />

a um núcleo operacional<br />

misto formado por dirigentes<br />

verdes históricos — com<br />

Alfredo Sirkis, do Rio, e Marco<br />

Mroz, de São Paulo, à frente — e<br />

nomes de confiança da ex-ministra,<br />

como Luciano Zica,<br />

Guilherme Leal e João Paulo<br />

Capobianco, além do publicitário<br />

Paulo de Tarso Santos.<br />

“Não é verdade que o conselho<br />

é uma ficção. Quem disse isso<br />

está ressentido. O que acontece<br />

é que não é possível reunir<br />

sempre os 21 membros. Isso inclusive<br />

custaria muito caro”,<br />

afirma Marco Mroz, secretário<br />

de relações internacionais do<br />

PV. Na última segunda, nove<br />

membros da conselho original<br />

participaram de uma reunião<br />

em São Paulo. Mroz diz que, no<br />

início da campanha, os encontros<br />

eram mais frequentes e foram<br />

decisivos para definir a situação<br />

nos estados.<br />

Para o cientista político Ruda<br />

Ricci, que coordenou várias<br />

campanhas eleitorais, entre elas<br />

a de Plínio de Arruda Sampaio<br />

(hoje candidato à Presidência<br />

pelo Psol) ao governo de São<br />

Paulo pelo PT nos anos 90, as reclamações<br />

de aliados tem outra<br />

finalidade. “As demandas de<br />

partidos aliados por espaço na<br />

campanha são metáforas. O que<br />

se disputa nas entrelinhas é mais<br />

espaço no futuro governo.”<br />

Ricci lembra que, antes das<br />

reclamações do PR e do PCdoB,<br />

aliados de Dilma, foi o PP quem<br />

demandou mais poder nos ru-<br />

Quinta-feira, 12 de agosto, 2010 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> 13<br />

Grupo pequeno<br />

dita o ritmo da<br />

disputa no PV<br />

mos da campanha. “Ou o PCdoB<br />

faz essa disputa por espaço agora,<br />

ou corre o risco de perder o<br />

Ministério dos Esportes e a Autoridade<br />

Pública Olímpica lá na<br />

frente”, diz A pasta dos esportes,<br />

hoje ocupada por Orlando<br />

Silva, era a menos cobiçada no<br />

começo do governo Lula, mas<br />

ganhou status com a Copa da<br />

Mundo e a Olimpíada no <strong>Brasil</strong>.<br />

“JáoPSDBtemamarcado<br />

centralismo do José Serra. As<br />

reclamações são sempre direcionadas<br />

a ele, e não ao partido”,<br />

diz o sociólogo. ■ P.V.<br />

“As demandas de<br />

partidos aliados por<br />

espaço na campanha<br />

são metáforas.<br />

O que se disputa<br />

nas entrelinhas<br />

é mais espaço no<br />

futuro governo<br />

Ruda Ricci,<br />

cientista político

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