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empresas - Brasil Econômico

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EMPREGO*<br />

EM MILHÕES DE TRABALHADORES**<br />

Taxa ultrapassa patamar pré-crise<br />

23,0<br />

20,8<br />

18,6<br />

16,4<br />

14,2<br />

16,74<br />

LEIA MAIS<br />

21,65<br />

12,0<br />

20012002/2<br />

2003/2 2004/2 2005/2 2006/22007/2<br />

2008/2 2009/ 2010<br />

Fontes: IBGE e <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong><br />

*São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,<br />

Salvador e Porto Alegre **População ocupada<br />

Após o forte crescimento<br />

apresentado no começo<br />

deste ano, o Índice de<br />

Atividade Econômica (IBC-Br)<br />

subiu apenas 0,23% desde<br />

março, segundo dados do<br />

Banco Central divulgados<br />

ontem. Já na comparação<br />

entre o primeiro trimestre,<br />

a alta foi de 1,32%.<br />

Somente em junho de 2010,<br />

o IBC-Br registrou elevação<br />

de 0,02% frente a maio.<br />

Ainda assim, economistas<br />

Com US$ 40 bilhões<br />

estimados em<br />

investimentos até 2016,<br />

siderurgia tem papel de<br />

destaque. O foco agora é<br />

agregar valor às commodities.<br />

MASSA SALARIAL REAL*<br />

EM R$ BILHÕES DE JUL/2010**<br />

Rendimento do brasileiro é o maior desde 1990<br />

35<br />

31,11<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15,65<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

JUN/91<br />

JUN/10<br />

Fontes: IBGE e <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong><br />

*São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,<br />

Salvador e Porto Alegre **Corrigidos pelo INPC<br />

ouvidos pelo BRASIL<br />

ECONÔMICO acreditam que essa<br />

tendência de desaceleração<br />

do crescimento econômico<br />

não deverá interferir na<br />

decisão de investimento<br />

dos empresários brasileiros.<br />

Isso porque o consumo<br />

manterá uma trajetória<br />

de alta este ano.<br />

Dados do Ministério da<br />

Fazenda, divulgados na última<br />

terça-feira pelo ministro<br />

Guido Mantega, apontam que<br />

BNDES prepara<br />

captação de R$ 1 bilhão em<br />

debêntures este ano para dotar<br />

o BNDESPar e investir em novas<br />

<strong>empresas</strong>. Letras financeiras<br />

só serão usadas em 2011.<br />

PIB PER CAPITA<br />

EM MIL US$/ANO<br />

Novo patamar histórico<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

3,05<br />

Marcela Beltrão<br />

Infografia: Anderson Cattai<br />

9,84<br />

0<br />

1990 199199 1991 199 1991 199 1991 199 1991 199 1991199<br />

1991 199 1991 199 1992 200 2002 20 20220<br />

20220<br />

20220<br />

20220<br />

202200<br />

2002 20 20220<br />

202 200 20009/ 2010* 201 2<br />

Fontes: Banco Central e <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong><br />

* Estimativa<br />

Economia dá sinais de desaceleração, mas não desestimula mercado<br />

o consumo das famílias deve<br />

atingir patamar de 6,6% do<br />

Produto Interno Bruto (PIB)<br />

em 2010. Levando-se em<br />

consideração que o PIB deve<br />

chegar a R$ 3,5 trilhões,<br />

caso cresça os 6,5% previstos<br />

pelo governo, o consumo<br />

das famílias será equivalente<br />

a R$ 231 bilhões este ano.<br />

Os investimentos de 20,4%<br />

do PIB, fomentarão também<br />

as importações, que podem<br />

chegar a 29,6% do PIB. C.A.<br />

De janeiro a julho, BNDES<br />

financiou R$ 72,6 bilhões,<br />

3% a menos do que em igual<br />

período de 2009. Sem empréstimo<br />

de R$ 25 bilhões à Petrobras,<br />

montante cresceria 48%.<br />

Quinta-feira, 12 de agosto, 2010 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> 5<br />

Recurso para<br />

serviços é<br />

20 vezes maior<br />

Capital destinado a hotelaria e<br />

alimentação salta de US$ 55,7<br />

milhões para US$ 1,7 bilhão<br />

no primeiro semestre de 2010<br />

Liderado por nomes como Accor<br />

Hotels, BSH International e<br />

Fleury, o setor de serviços é o<br />

que mais deve elevar investimentos<br />

este ano, segundo levantamento<br />

do Ministério de<br />

Desenvolvimento, Indústria e<br />

Comércio Exterior (MDIC). De<br />

janeiro a junho de 2010, o segmento<br />

de alojamento e alimentação<br />

deve desembolsar US$ 1,7<br />

bilhão, valor cerca de trinta vezes<br />

superior aos US$ 55,7 milhões<br />

registrados no primeiro<br />

semestre de 2009. Já saúde deve<br />

investir US$ 1,2 bilhão, seis vezes<br />

mais (veja tabela ao lado).<br />

“As <strong>empresas</strong> de serviços já<br />

estão se preparando para os<br />

eventos esportivos de 2014 e<br />

2016, ampliando instalações,<br />

principalmente”, explica Eduardo<br />

Celino, coordenador geral da<br />

Rede Nacional de Informações<br />

sobre investimento (Renai), do<br />

Mdic. O aumento da renda do<br />

brasileiro também justifica as<br />

apostas para este ano. “O perfil<br />

de consumo está se elevando,<br />

seguindo o movimento de ascensão<br />

de classes. Isso faz com<br />

que a população demande mais<br />

serviços”, complementa.<br />

O mercado de trabalho, que<br />

vem atingindo patamares históricos,<br />

eleva o otimismo também<br />

das <strong>empresas</strong> que atuam no ramo<br />

de saúde. “O crescimento econômico<br />

eleva a população ocupada<br />

e os investimentos das <strong>empresas</strong><br />

em planos de saúde, que<br />

respondem por 90% da clientela<br />

dos hospitais privados”, afirma<br />

Henrique Salvador, presidente<br />

da Associação Nacional de Hospitais<br />

Privados (Anahp).<br />

Impulsionado pelos mesmos<br />

indicadores econômicos, o varejo<br />

deve elevar investimentos<br />

em mais de sete vezes este ano.<br />

Dados do Mdic apontam que o<br />

setor anunciou, até junho, projeção<br />

de desembolsos de US$ 6,9<br />

bilhões — contra US$ 922 milhões<br />

divulgados no primeiro<br />

semestre do ano passado. Dentre<br />

os maiores investidores estão<br />

nomes como Pão de Açúcar,<br />

Carrefour e Multiplan.<br />

“Mais de 40% do consumo<br />

hoje vem das classes C e D. Para<br />

os próximos anos, porém, os<br />

grandes grupos devem investir<br />

mais em participação de mercado”,<br />

diz Marcel Solimeo, economista-chefe<br />

da Associação Comercial<br />

de São Paulo (ASCSP).<br />

“O perfil de consumo<br />

está se elevando,<br />

seguindo o<br />

movimento de<br />

ascensão de classes.<br />

Isso faz com que a<br />

população demande<br />

mais serviços<br />

Eduardo Celino,<br />

coordenador-geral do<br />

Renais/MDIC<br />

Titãs<br />

A maior parte dos investimentos<br />

previstos para este ano, porém,<br />

vem da indústria: US$ 235<br />

bilhões, segundo anúncios feitos<br />

até junho. O valor é quatro<br />

vezes superior aos US$ 60 bilhões<br />

registrados no primeiro<br />

semestre de 2009. O destaque<br />

vai para a indústria extrativa. “A<br />

recuperação do preço das<br />

commodities explica esse movimento,<br />

impulsionado pela<br />

atuação chinesa”, afirma Renato<br />

da Fonseca, gerente executivo<br />

de Pesquisa da Confederação<br />

Nacional das Indústrias (CNI).<br />

Enquanto em 2009 o foco dos<br />

investimentos estava na produtividade,<br />

vista a necessidade de<br />

contenção de custos com a crise,<br />

a tendência agora é de expandir<br />

a capacidade produtiva.<br />

Com um índice de utilização<br />

da capacidade instalada de<br />

87%, a indústria de construção<br />

civil deve apostar mais nessa<br />

estratégia, segundo Melvyn<br />

Fox, presidente da Associação<br />

<strong>Brasil</strong>eira de Materiais de Construção<br />

(Abramat). “O segmento<br />

espera dobrar seu faturamento<br />

até 2016, atingindo R$ 188,7 bilhões.”<br />

Somente os investimentos<br />

anunciados este ano<br />

chegam a US$ 2,3 bilhões, um<br />

volume 6,5 vezes superior ao<br />

registrado no primeiro semestre<br />

de 2009. ■ C.A.

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