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empresas - Brasil Econômico

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Banco fez desembolsos totais<br />

deR$ 72,6 bilhões no primeiro<br />

semestre, 3% a menos do<br />

que em igual período de 2009<br />

Alvo de críticas à política do<br />

governo de estímulo ao crescimento,<br />

o Banco Nacional de<br />

Desenvolvimento <strong>Econômico</strong> e<br />

Social (BNDES) divulgou números,<br />

ontem, que tentam<br />

contestar as acusações de uma<br />

suposta opção nos financiamentos<br />

para os maiores grupos<br />

do país. O presidente da instituição,<br />

Luciano Coutinho,<br />

anunciou que, excluindo-se o<br />

financiamento de R$ 25 bilhões<br />

para a Petrobras em<br />

2009, a proporção de desembolsos<br />

do banco para micro,<br />

pequenas e médias <strong>empresas</strong><br />

(25,7%) superou a fatia destinada<br />

aos dez maiores clientes<br />

(21,8%), entre janeiro de 2008<br />

e junho deste ano.<br />

“Sabemos que, em períodos<br />

eleitorais, as torcidas ficam<br />

muito animadas. Isso é natural.<br />

Mas trabalhamos seriamente e<br />

temos números para embasar o<br />

que dizemos”, justificou Coutinho,<br />

durante a apresentação dos<br />

números do banco referentes<br />

aos meses de junho e julho deste<br />

ano. “Mostramos esses dados<br />

não com o objetivo de polemizar,<br />

mas de prestar contas à sociedade.<br />

O BNDES tem contribuído<br />

para descentralizar os investimentos<br />

no <strong>Brasil</strong>.”<br />

Fôlego maior<br />

A fatia de desembolsos do banco<br />

para as micro, pequenas e médias<br />

empresa cresceu de 17,54%<br />

do total, no primeiro semestre<br />

de 2009, para 36,17%, nos primeiros<br />

seis meses deste ano – o<br />

que resultou em liberações de R$<br />

21,45 bilhões. No mesmo período,<br />

a participação dos dez maiores<br />

grupos alcançou 15,6%.<br />

Entre janeiro e julho de 2010,<br />

o total de desembolsos do banco<br />

somou R$ 72,6 bilhões, volume<br />

3% inferior ao registrado no<br />

mesmo período do ano passado.<br />

Nos últimos 12 meses encerrados<br />

em julho de 2010, as liberações<br />

(R$ 134,9 bilhões) aumentaram<br />

11%. A queda nos primei-<br />

ros sete meses deste ano foi atribuída<br />

por Coutinho à distorção<br />

provocada pelo financiamento à<br />

Petrobras. Não fosse a operação,<br />

que eleva os dados de 2009, os<br />

desembolsos do BNDES teriam<br />

aumentado 48% frente aos sete<br />

primeiros meses de 2009.<br />

Sem benefícios<br />

Coutinho aproveitou a ocasião<br />

para lembrar que o financiamento<br />

à estatal — também<br />

muito criticado por beneficiar<br />

uma empresa com acesso a recursos<br />

do mercado internacional<br />

— não envolveu qualquer<br />

forma de subsídio. O executivo<br />

Quinta-feira, 12 de agosto, 2010 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> 9<br />

Micro e pequenas <strong>empresas</strong> ganham<br />

espaço nos financiamentos do banco<br />

Entre janeiro de 2008<br />

e junho de 2010,<br />

desembolsos para as<br />

menores respondeu<br />

por 25,7% do total<br />

de financiamentos<br />

CAPTAÇÃO<br />

R$ 1 bilhão<br />

O BNDES trabalha em uma<br />

emissão de mais de R$ 1 bilhão<br />

em debêntures para dotar<br />

a BNDESPar de recursos para<br />

investir em novas participações<br />

acionárias. A operação, prevista<br />

para este ano, servirá para<br />

medir o interesse do mercado.<br />

DESEMBOLSOS<br />

R$ 25 bi<br />

Foi o empréstimo concedido<br />

em 2009 à Petrobras. O valor<br />

acabou tendo reflexos sobre<br />

o resultado de 2010. Se o<br />

empréstimo à estatal for<br />

descontado, os financiamentos<br />

de 2010 seriam 47% maiores do<br />

que os de igual período de 2009.<br />

argumentou que, ao contrário<br />

dos empréstimos tradicionais<br />

da instituição, remunerados<br />

pela Taxa de Juro de Longo Prazo<br />

(TJLP, mais barata que a média),<br />

os recursos para a Petrobras<br />

foram corrigidos por taxas<br />

de mercado.<br />

Para Coutinho, os dados do<br />

primeiro semestre projetam uma<br />

taxa de investimento, ao fim<br />

deste ano, de 19%. Apesar de<br />

ainda abaixo do necessário para<br />

assegurar um crescimento sustentável<br />

para o país — com baixa<br />

inflação — indica, segundo Coutinho,<br />

a perspectiva de chegar a<br />

22,2% em 2014. ■ R.R.M.<br />

MICROEMPRESAS<br />

36,17%<br />

A participação das micro,<br />

pequenas e médias <strong>empresas</strong><br />

alcançou 36,17% nos primeiros<br />

seis meses de 2010. Tal fatia<br />

superou a proporção de<br />

15,6% dos dez maiores grupos<br />

empresariais no total de<br />

financiamentos da instituição.

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