empresas - Brasil Econômico
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INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
Caixa robusto pode levar CSN para Europa ou EUA<br />
A CSN encerrou o semestre<br />
com R$ 9,7 bilhões em caixa.<br />
Embora a empresa não<br />
confirme interesse de ir às<br />
compras nos próximos meses,<br />
o montante revela fôlego<br />
para fazer oferta. Paulo<br />
Penido, diretor financeiro,<br />
sinalizou os mercados que<br />
mais interessam à CSN.<br />
“Temos planos de ter maior<br />
presença internacional. Nossa<br />
preferência geográfica é oeste<br />
da Europa e os Estados Unidos,<br />
se possível do lado leste, onde<br />
nossas placas, semiacabados<br />
e minério levam vantagens<br />
competitivas. Mas não queremos<br />
comprar problemas, nem ativos<br />
ruins ou que comprovadamente<br />
não têm boa performance”, diz.<br />
Ele reafirmou que em cimento<br />
o plano é crescer organicamente<br />
até atingir produção de 6,4<br />
milhões toneladas anuais em<br />
2016. Com isso, a CSN deve<br />
Rich Press/Bloomberg<br />
ir a 10% do mercado brasileiro.<br />
Mas após travar disputa<br />
acirrada pela portuguesa<br />
Cimpor no início do ano,<br />
CSN indicou que pode fazer<br />
nova investida no mercado<br />
internacional de cimento. “Se<br />
houver oportunidade de comprar<br />
alguma coisa, claro que vamos<br />
analisar. A internacionalização<br />
pode passar por cimentos, se<br />
encontrarmos oportunidades<br />
atrativas”, afirma Penido.<br />
Depois de frear investimentos<br />
em 2009, companhias retomam<br />
aportes para correr atrás do<br />
prejuízo e dar conta da demanda<br />
Michele Loureiro<br />
mloureiro@brasileconomico.com.br<br />
Os mercados de petróleo e mineração<br />
— que também inclui<br />
recursos para siderurgia — lideram<br />
os investimentos previstos<br />
para 2010. Dados do Ministério<br />
do Desenvolvimento, Indústria<br />
e Comércio Exterior (MDIC)<br />
apontam aportes de US$ 129,7<br />
bilhões na chamada indústria<br />
extrativa. Petrobras, Vale e Usiminas<br />
encabeçam a lista das<br />
<strong>empresas</strong> com montantes maiores<br />
de investimentos. No plano<br />
de negócios da petrolífera estão<br />
previstos US$ 224 bilhões até<br />
2014, US$ 44,8 bilhões por ano.<br />
Segundo Walter de Vitto,<br />
analista de petróleo e energia<br />
da Tendências Consultoria, a<br />
retomada dos investimentos na<br />
indústria extrativista deve durar<br />
alguns anos. “Há muita demanda<br />
para ser suprida, ainda<br />
mais depois da descoberta do<br />
pré-sal. Mas temos de tomar<br />
cuidado, pois o setor pode estar<br />
sendo usado como uma<br />
forma de política fiscal”, disse,<br />
citando os aportes expressivos<br />
da Petrobras. “Precisamos nos<br />
perguntar se a qualidade desses<br />
investimentos é a ideal e<br />
também ficar atentos com a<br />
dificuldade da companhia na<br />
hora de se financiar. Será que<br />
precisamos mesmo de construir<br />
quatro refinarias no<br />
país?”, questiona.<br />
No caso da Vale, os investimentos<br />
devem alcançar US$ 12,9<br />
bilhões este ano. No segundo<br />
trimestre, a Vale realizou aporte,<br />
excluindo aquisições, de<br />
US$ 2,37 bilhões, dos quais<br />
US$ 1,69 bilhão para desenvolvimentos<br />
de projetos de crescimento<br />
orgânico, US$ 273 milhões<br />
em P&D, e US$ 407 milhões<br />
para manutenção das<br />
operações existentes.<br />
Segundo o analista da Link<br />
Investimentos, Leonardo Alves<br />
a retomada dos investimentos<br />
nos segmentos de siderurgia<br />
e mineração é justificada<br />
pela consolidação da<br />
economia chinesa. “Comparar<br />
os investimentos de 2009 com<br />
os de 2010 é forçar a base de<br />
comparação, mas é importante<br />
ressaltar que a retomada de<br />
aportes vem para suprir um<br />
déficit sofrido no ano passado,<br />
uma vez que o mercado chinês<br />
teve boa performance mesmo<br />
durante a crise e não houve investimentos<br />
brasileiros para<br />
acompanhar a demanda crescente.<br />
Agora é a hora de correr<br />
atrás do lucro.”<br />
Quinta-feira, 12 de agosto, 2010 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> 7<br />
Petrobras,<br />
Vale e Usiminas<br />
investem mais<br />
A Usiminas, por sua vez, prevê<br />
aporte de R$ 3,2 bilhões para<br />
este ano. “Nosso plano de investimentos<br />
permitirá adicionar<br />
2,6 milhões de toneladas<br />
de produtos acabados para<br />
atender ao crescimento de setores<br />
estratégicos, como óleo e<br />
gás e automotivo, que demandam<br />
aços de alto valor agregado”,<br />
afirmou o vice-presidente<br />
de Negócios da Usiminas, Sergio<br />
Leite. O aporte é o maior<br />
dos últimos dez anos e são voltados<br />
principalmente para o<br />
aumento da capacidade de laminação<br />
e galvanização e devem<br />
ser concluídos dentro dos<br />
próximos dois anos. ■<br />
PETRÓLEO<br />
US$ 44,8 bi<br />
é a parte dos investimentos da<br />
Petrobras até 2014 desembolsada<br />
este ano. O montante total<br />
é de US$ 224 bilhões e 95%<br />
são destinados ao <strong>Brasil</strong>.<br />
MINÉRIO<br />
US$ 12,9 bi<br />
é o montante previsto para<br />
ser investido na Vale<br />
neste ano, em decorrência<br />
do aumento da demanda<br />
global por minério de ferro.<br />
AÇO<br />
R$ 3,2 bi<br />
é o aporte previsto pela Usiminas<br />
para este ano em capacidade<br />
de laminação e galvanização,<br />
maior valor anual investido pela<br />
companhia nos últimos dez anos.