empresas - Brasil Econômico
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30 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> Quinta-feira, 12 de agosto, 2010<br />
EMPRESAS<br />
PRODUTOS DE CONSUMO 1<br />
Hypermarcas deve investir R$ 1,2 bilhão<br />
em novas compras nos próximos 12 meses<br />
A informação foi dada por Claudio Bergamo, diretor-presidente<br />
da quarta maior empresa de bens de consumo do país em valor<br />
de mercado. “A gente ainda tem espaço em balanço para fazer<br />
algo em torno de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão” em aquisições,<br />
disse Bergamo. “Isso sem considerar trocas de ações,<br />
o que permitiria eventualmente fazer aquisições maiores.”<br />
Ana Paula Machado<br />
amachado@brasileconomico.com.br<br />
Para aumentar a presença no<br />
mercado brasileiro, a fabricante<br />
de jatos executivos de grande<br />
porte Gulfstream estuda a<br />
ampliação de seu centro de<br />
manutenção no <strong>Brasil</strong>. A empresa<br />
americana mantém,<br />
hoje, em parceria com a Jet<br />
Aviation, uma unidade para<br />
serviços de reparos leves em<br />
Sorocaba, no interior de São<br />
Paulo. O presidente mundial<br />
da Gulfstream, Joe Lombardo,<br />
disse que a intenção é ter no<br />
país um centro especializado<br />
em manutenção pesada e programada,<br />
hoje realizada apenas<br />
nos Estados Unidos.<br />
“O projeto é aumentar o<br />
hangar e os serviços efetuados<br />
aqui e, nos próximos dois anos,<br />
as obras estarão concluídas e<br />
poderemos oferecer todos os<br />
serviços de manutenção para<br />
nossos clientes”, disse Lombardo.<br />
Segundo ele, a empresa<br />
também deverá realizar a qualificação<br />
de técnicos para atuarem<br />
na nova área de serviço no<br />
<strong>Brasil</strong>. Hoje, acrescentou Lombardo,<br />
a empresa mantém um<br />
estoque de US$ 9 milhões em<br />
peças para facilitar as pequenas<br />
manutenções sem que seja necessária<br />
a importação de componentes<br />
das aeronaves. A companhia<br />
tem três centros de manutenção<br />
na América Latina e<br />
estão baseados no México, Venezuela<br />
e <strong>Brasil</strong>. No ano passado,<br />
na região, foram realizados<br />
109 reparos nas aeronaves fabricadas<br />
pela companhia.<br />
“O <strong>Brasil</strong> é um mercado muito<br />
importante para a empresa.<br />
Estamos no país desde 2002 e já<br />
temos 24 aeronaves em operação.<br />
O país, junto com a China,<br />
é um dos lugares em que a avia-<br />
PRODUTOS DE CONSUMO 2<br />
Companhia já desembolsou R$ 787,6<br />
milhões em cinco aquisições neste ano<br />
Os acordos ajudaram a impulsionar o valor de suas ações.<br />
A Hypermarcas teve alta de 50% nos últimos doze meses.<br />
Os papéis da empresa subiram 162% desde a abertura de capital<br />
em abril de 2008. O diretor-presidente, Claudio Bergamo, prevê que<br />
a compra de novas <strong>empresas</strong> vai ajudar as vendas da Hypermarcas<br />
a terem um crescimento médio anual de 65% nos próximos cinco anos.<br />
Gulfstream vai fazer manutenção<br />
pesada de jato executivo no país<br />
Fabricante tem unidade em Sorocaba, que é habilitada apenas para promover pequenos reparos<br />
“O <strong>Brasil</strong> é um dos<br />
mercados mais<br />
importantes para a<br />
empresa. Hoje, junto<br />
com a China, é um<br />
dos países que mais<br />
crescem no mundo,<br />
principalmente em<br />
função dos projetos<br />
de infraestrutura que<br />
devem sustentar todo<br />
o desenvolvimento<br />
econômico<br />
Joe Lombardo<br />
Fotos: Henrique Manreza<br />
Joe Lombardo, presidente<br />
mundial da Gulfstream:<br />
ampliação de serviços<br />
ção executiva mais cresce no<br />
mundo, isso em função do bom<br />
desempenho diante da crise<br />
econômica mundial. Toda semana<br />
temos reuniões estratégicas<br />
entre as <strong>empresas</strong> do Grupo<br />
General Dynamics e o <strong>Brasil</strong><br />
sempre está na pauta do dia”,<br />
afirmou o executivo.<br />
Hoje, 66% das entregas da<br />
companhia são realizadas fora<br />
dos Estados Unidos. Até 2004, o<br />
mercado americano era o grande<br />
comprador dos jatos Gulfstream,<br />
respondendo com 83%<br />
das entregas. “Os mercados no<br />
mundo mudaram e cresceu<br />
muito o interesse por esse tipo<br />
de aeronave, que além do conforto,<br />
proporciona mais autonomia<br />
para os empresários. Muitas<br />
vezes, eles têm reuniões marcadas<br />
em lugares distantes na<br />
mesma semana e não é interessante<br />
voar em avião de carreira,<br />
três, quatro vezes por semana.<br />
DESEMPENHO<br />
Mercado muda, e<br />
empresa entrega mais<br />
grandes aeronaves<br />
Para este ano, a Gulfstream<br />
tem programada a entrega<br />
de 77 jatos grandes, com<br />
capacidade para até 14<br />
passageiros e outras 14 médias.<br />
“Devemos entregar a mesma<br />
quantidade de aviões, mas<br />
o mercado vem mudando<br />
rapidamente. Houve uma<br />
transferência de pedidos de<br />
jatos médios para jatos<br />
grandes. Até 2007, as entregas<br />
de jatos médios somavam<br />
cerca de 50 unidades.<br />
Hoje, a preferência é por<br />
equipamentos maiores e com<br />
maior autonomia de voo”,<br />
disse o presidente mundial da<br />
Gulfstream, Joe Lombardo.<br />
A companhia tem em seu<br />
portfólio oito modelos<br />
de jatos executivos entre<br />
médios e grandes. Os preços<br />
de lista variam de US$ 15,1<br />
milhões para o G150 e<br />
US$ 64,5 milhões para<br />
o G650, que está em fase<br />
de testes e deve entrar em<br />
operação em 2012. A.P.M<br />
Aliás, dependendo da distância,<br />
isso se torna impossível ”, ressaltou<br />
Lombardo.<br />
No segundo trimestre deste<br />
ano, as vendas na aviação executiva<br />
chegaram a US$ 9,4 bilhões,<br />
aumento de 0,2% em relação<br />
ao mesmo período do ano<br />
passado. Mesmo com crescimento<br />
pouco expressivo, o desempenho<br />
nas encomendas<br />
deste ano interrompeu um ciclo<br />
de quedas que o setor experimentou<br />
nos últimos dois anos.<br />
No período, as fabricantes<br />
entregaram 547 aeronaves, volume<br />
40% superior no comparativo<br />
com o primeiro trimestre.<br />
“Os mercados estão reagindo,<br />
principalmente os emergentes<br />
como China e <strong>Brasil</strong>. Os Estados<br />
Unidos e a Europa, que sofreram<br />
mais com a recessão mundial,<br />
também dão sinais de melhora.<br />
Mas, tudo depende do comportamento<br />
da economia.” ■