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empresas - Brasil Econômico

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Jim Young/Reuters<br />

Fed usa instrumentos ao estilo do Japão<br />

A decisão do Federal Reserve, presidido por Ben Bernanke, de<br />

manter o nível atual de seus ativos, intensifica o foco do banco<br />

central em instrumentos de política econômica similares aos usados<br />

pelo Japão na década passada, com pouco impacto. Ontem, o Fed<br />

estabeleceu um piso em seus ativos de US$ 2,05 trilhões, com o objetivo<br />

de estancar qualquer contração em seu balanço, ao elevar os custos<br />

dos empréstimos em tempos de desaceleração da atividade econômica.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● A Serasa divulga os dados<br />

de inadimplência de julho.<br />

● A 1h30, sai a produção<br />

industrial de julho no Japão.<br />

● Às 9h30, sai o índice de preços<br />

de importados de julho nos EUA.<br />

● Às 9h30, sai o auxíliodesemprego<br />

semanal nos EUA.<br />

Quinta-feira, 12 de agosto, 2010 <strong>Brasil</strong> <strong>Econômico</strong> 37<br />

está longe do consenso entre especialistas<br />

construtiva do que negativa, acho<br />

que os preços vão subir no segundo<br />

semestre”, destacou o estrategista-chefe<br />

de análise técnica para<br />

a América do Norte do Barclays<br />

Capital, C. MacNeil Curry.<br />

Não aos superbears<br />

Outros analistas técnicos se mostram,<br />

de fato, satisfeitos com o<br />

rumo das bolsas de valores globais.<br />

“Discordo totalmente dos<br />

‘superbears’ (super pessimistas)”,<br />

ressaltou o diretor da Alverita<br />

e professor do Instituto de Finanças<br />

de Nova York (a escola de<br />

Wall Street), Ralph Acampora.<br />

Entre maio e julho, Acampora,<br />

que trabalha com gestão de<br />

fundos de índices (ETFs), acreditava<br />

que os mercados globais poderiam<br />

experimentar ondas de<br />

vendas que os levassem a cair até<br />

25% em relação aos topos alcançados<br />

em abril. “Mas foi essa a<br />

extensão do meu pessimismo.<br />

Não vejo os mercados abaixo dos<br />

pisos de 2008 e 2009.” Para o<br />

analista — que se diz um otimista<br />

(ou “bull”, no jargão financeiro)<br />

orgulhoso do próprio status — o<br />

pior do desastre global já ficou<br />

para trás. Isso não significa, no<br />

entanto, que não se assistirá à<br />

volatilidade daqui por diante.<br />

Semelhanças e diferenças<br />

Para Roth, o atual momento vivenciado<br />

pelo mercado americano<br />

se parece muito, do ponto<br />

de vista técnico, com o de 1930.<br />

“O mercado teve uma queda<br />

forte, que terminou em 1932, e<br />

depois viu vários altos e baixos<br />

Os mercados globais<br />

devem assistir a uma<br />

sequência de ralis<br />

curtos seguidos por<br />

correções rápidas,<br />

avalia Philip Roth<br />

até o fim da década. É esse o<br />

ambiente que vivemos”, disse.<br />

Na crise passada, as bolsas<br />

conseguiram cobrir parte dos<br />

prejuízos com a recuperação de<br />

1932 a 1937, movimento que<br />

Roth compara com o ocorrido<br />

entre 2003 e 2007. Em 1938,<br />

houve uma queda forte e rápida,<br />

semelhante à de 2008, que logo<br />

foi corrigida, tal e qual foi o<br />

comportamento das ações entre<br />

2009 e 2010. “Não digo que o<br />

desempenho desta vez será<br />

igual àquele. Mas acho que o que<br />

veremos por um par de anos são<br />

ralis curtos seguidos por correções<br />

rápidas”, avalia o analista.<br />

Isso tudo pensando no mercado<br />

americano. Quando o assunto<br />

é o brasileiro, o cenário é<br />

um pouco diferente. O Ibovespa<br />

Jin Lee/Bloomberg<br />

Na avaliação da Elliott Wave International,<br />

a queda dos mercados será seguida<br />

por deflação e depressão da economia<br />

deve repetir a forma que os índices<br />

de ações dos EUA desenharem<br />

nos gráficos daqui para frente.<br />

“Mas a magnitude será consideravelmente<br />

diferente”, afirma<br />

Roth. Para ele, os períodos de<br />

correção que as bolsas americanas<br />

provavelmente vivenciarão<br />

neste segundo semestre servirão<br />

de teste para brasileira. “E sou<br />

otimista ao dizer que não será o<br />

maior teste”, avalia.<br />

Acampora lembra que, em<br />

dólares, o Ibovespa alcançou<br />

um piso em maio e, desde então,<br />

subiu cerca de 26%. “Eu<br />

ainda seria um sendo um investidor<br />

ativo em <strong>Brasil</strong>”, disse.<br />

“Mas teria em minha mente que<br />

não haverá nenhum grande<br />

avanço do mercado após os topos<br />

de dezembro.” ■ M.S.

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