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Analytica 96

Artigo científico Florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à saúde Nova seção: Espectrometria de massas O professor Oscar Bustillos apresenta as relações entre a espectrometria de massas e a química analítica Microbiologia Uma revisão sobre o bacilo Cronobacter Complemento normativo Agora, ao fim de todos os artigos, um complemento com as normas vigentes sobre o tema E muito mais.

Artigo científico
Florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à saúde
Nova seção: Espectrometria de massas
O professor Oscar Bustillos apresenta as relações entre a espectrometria de massas e a química analítica
Microbiologia
Uma revisão sobre o bacilo Cronobacter
Complemento normativo
Agora, ao fim de todos os artigos, um complemento com as normas vigentes sobre o tema
E muito mais.

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 16 - Edição <strong>96</strong> - Ago/Set 18<br />

R$25,00<br />

ARTIGO 2<br />

Florações de cianobactérias e cianotoxinas:<br />

levantamento de risco à saúde<br />

NOVA SEÇÃO: ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />

O professor Oscar Bustillos apresenta as relações entre a<br />

espectrometria de massas e a química analítica<br />

MICROBIOLOGIA<br />

Uma revisão sobre o bacilo Cronobacter<br />

COMPLEMENTO NORMATIVO<br />

Agora, ao fim de todos os artigos, um complemento<br />

com as normas vigentes sobre o tema<br />

E muito mais.


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REVISTA<br />

REVISTA<br />

Ano 16 - Edição <strong>96</strong> - Ago/Set 18<br />

Ano 16 - Edição <strong>96</strong> - Ago/Set 18<br />

ÍNDICE<br />

EDITORIAL<br />

Artigo 1 10<br />

05 Editorial<br />

06 Agenda<br />

Não há conhecimento<br />

que não tenha valor<br />

Determinação de cádmio<br />

em rochas utilizando um sistema<br />

homogêneo de solventes e<br />

espectrofotometria UV-VIS<br />

16 / 30 / 59<br />

Autores:<br />

Karina da Silva Alves1<br />

Alex Magalhães de Almeida2<br />

Frederico de Oliveira Silva3<br />

Anísio Claudio Rios Fonseca4<br />

Complemento<br />

Normativo<br />

Artigo 2 18<br />

Florações de cianobactérias e<br />

cianotoxinas: levantamento de risco à saúde<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

Um dos princípios da <strong>Analytica</strong> é que o conhecimento nunca é demais e informação é base<br />

fundamental para isso. Por esse motivo, nessa edição anunciamos duas novas seções para alegria<br />

de nossos leitores.<br />

Primeiramente, iniciamos na <strong>Analytica</strong> <strong>96</strong> uma parceria com a Arena Técnica, em que será<br />

fornecido para os leitores, as principais normas vigentes que se relacionam aos artigos publicados<br />

por nós. Nessa área chamada “Complemento normativo”, os leitores poderão contar com as<br />

normas publicadas pelos principais órgãos internacionais. Isso facilitará e muito os profissionais<br />

dessa área em suas pesquisas e na obtenção de mais informações sobre o tema.<br />

Além disso, nessa mesma área, a <strong>Analytica</strong>, via Arena Técnica, a cada edição irá oferecer<br />

as normas atualizadas para acreditação de laboratórios. Muito importante para a manutenção e<br />

atualização das normas vigentes nacionais e internacionais.<br />

Nossa segunda novidade é a seção “Espectrometria de Massas”. Assinada pelo pesquisador e<br />

físico Oscar Vega Bustillos, o espaço tem como objetivo esmiuçar essa técnica e, a cada edição,<br />

oferecer para nossos leitores conceitos e casos, de como pode ser aplicada nas mais diversas<br />

áreas industriais. Imperdível.<br />

Não deixe de conferir nossa seção de microbiologia, com uma revisão interessantíssima<br />

acerca do Cronobacter.<br />

31 Em foco Científico<br />

Boa leitura.<br />

32 Microbiologia<br />

38<br />

Arena Técnica<br />

Análise de Minerais 40<br />

34<br />

Metrologia<br />

36 Espectrometria de Massas<br />

48 Em foco<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Realização: DEN Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalismo: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Comercial: Daniela Faria 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign – arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação – arte@hdesign.com.br<br />

5


agenda<br />

U.S. Pharmacopeia<br />

Agenda 2018<br />

43º Congresso da Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBf)<br />

Data: 27 e 30/09/2018<br />

Local: Mendes Plaza Hotel - Santos / SP<br />

Informações: sbbf.org.br/xliiisbbf2018/<br />

InnoPharma Conference<br />

Data: 18/10/2018<br />

Local: Rio de Janeiro / RJ<br />

Informações: innopharma.com.br<br />

V Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes<br />

Data: 26 a 28/11/2018<br />

Local: Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) - Rio de Janeiro / RJ<br />

Informações: cbmri.org.br<br />

BrMass 2018 | 7ª Conferência de Espectrometria de Massa<br />

Data: 08 a 12/12/2018<br />

Local: Hotel Windsor Barra - Rio de Janeiro / RJ<br />

Informações: congresso2018.brmass.com<br />

7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />

Data: 15 a 17/04/2019<br />

Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />

Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />

Data: 05 a 09/05/2019<br />

Local: Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />

Analitica Latin America<br />

Data: 24 a 26/09/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: analiticanet.com.br<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />

03/09 a 14/09 - Avaliação da conformidade<br />

10/09 a 24/09 - Análise e interpretação da Norma ABNT NBR ISO 15189<br />

17/09 a 25/09 - Fundamentos da metrologia<br />

24/09 a 10/20 - Incerteza da medição<br />

01/10 a 16/10 - Sistema de gestão da qualidade laboratorial NBR ISO / IEC 17025<br />

08/10 a 15/10 - Indicadores de desempenho da qualidade<br />

22/10 a 01/11 - Auditoria interna<br />

Mais informações em: metrologia.org.br<br />

Comprometidos<br />

com a vida<br />

USP. Há 10 anos ajudando<br />

a construir um Brasil mais saudável.<br />

Nós, da United States Pharmacopeia, prevemos um mundo<br />

em que todos tenham acesso a medicamentos e alimentos de<br />

alta qualidade, seguros e benéficos. Abordamos essa visão com<br />

senso de urgência e propósito, fortalecidos pela nossa equipe<br />

de voluntários especialistas, colaboradores e parceiros, que<br />

trabalham em conjunto para ajudar a construir um Brasil e um<br />

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Saiba mais: www.usp.org/usp-brazil


Las do Brasil 31<br />

REVISTA<br />

Ano 16 - Edição <strong>96</strong> - Ago/Set 18<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Analitica Lab 27<br />

Air Products 23<br />

Arena Técnica 25<br />

BCQ 60<br />

BRMASS 57<br />

Bruker do Brasil 17<br />

Greiner 51<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Las do Brasil 49<br />

Nova Analítica 33 | 59<br />

U.S Pharmacopeia 7<br />

Prime Cargo 15<br />

Vacuubrand 53<br />

Veolia 2 - 3<br />

Waters 47<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A Revista <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato<br />

com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos<br />

de teses etc. Os editores levarão em<br />

consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação<br />

e o controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e<br />

qualquer conflito de interesse existente,<br />

em particular aqueles de natureza<br />

financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos<br />

ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito<br />

apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o<br />

termo de compromisso assinado por<br />

todos os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação<br />

de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos<br />

em português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave<br />

e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma<br />

original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-<br />

-mail, pedimos que a resolução do<br />

escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados<br />

em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />

o nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no<br />

texto com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda<br />

não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />

Isso se deve ao fato que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico<br />

-, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é<br />

bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma média de três<br />

artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem<br />

seu material em outras publicações.<br />

8<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />

Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />

Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />

Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />

Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />

Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta Edição:<br />

Aldoney Freire Costa, Alex Magalhães de Almeida, Alisson Cruz, Anísio Claudio Rios Fonseca, Bruno Castro, Claudio Kiyoshi Hirai, Eduardo Melo,<br />

Frederico de Oliveira Silva, Karina da Silva Alves, Luciano Procópio da Silva, Marcelo da Luz Santos, Oscar Vega Bustillos e Renata Cristine<br />

Manfrinato Reis<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Paolo Enryco – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 412 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

9


artigo 1<br />

10<br />

Determinação de cádmio<br />

em rochas utilizando um sistema<br />

homogêneo de solventes e<br />

espectrofotometria UV-VIS<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Resumo<br />

O cádmio é um elemento que origina de materiais rochosos<br />

e apresenta grande importância para a indústria, possuindo<br />

também um aspecto toxicológico grave para os seres<br />

vivos, pelo fato de ser acumulativo ao longo da cadeia alimentar,<br />

semelhante ao mercúrio, prejudicando assim o homem,<br />

que se encontra no topo desta cadeia. Este aspecto torna o<br />

desenvolvimento de metodologias para monitoramento e determinação<br />

de cádmio de suma importância. Este trabalho<br />

objetiva a identificação de cádmio em rochas do tipo galena, e<br />

baseia-se em reações de complexação e no uso de espectrofotometria<br />

UV-VIS. O método desenvolvido utiliza um sistema<br />

ternário de solventes para promover a formação do composto<br />

coordenado constituído pelo metal e o reagente 8-hidroxiquinolina.<br />

O sistema reacional é constituído por água, acetona<br />

e álcool n-butílico nas proporções %m/m de 29,41: 36,03:<br />

34,56 respectivamente. O complexo formado apresentou um<br />

máximo absorvância em 370nm e uma curva de calibração<br />

caracterizada pela equação: ABS = 0,0572[Cd] + 0,059,<br />

com R²= 0,9859. As amostras analisadas em triplicata apresentaram<br />

um percentual de 1,26% do metal na rocha.<br />

Palavras-chave: espectrofotometria UV-VIS, Sistema<br />

ternário de solventes, complexo metálico.<br />

Autores:<br />

Karina da Silva Alves1<br />

Alex Magalhães de Almeida2<br />

Frederico de Oliveira Silva3<br />

Anísio Claudio Rios Fonseca4<br />

1 - Acadêmica do curso de Bacharelado em Engenharia Química,<br />

Centro Universitário de Formiga-MG.<br />

2 - Professor e pesquisador do Centro Universitário de Formiga-MG.<br />

alexmalmeida42@yahoo.com.br Avenida Doutor Arnaldo de Senna,<br />

328 - Bairro Água Vermelha – Formiga-MG. CEP: 35570-000<br />

3 - Acadêmico do curso de Bacharelado em Engenharia Química,<br />

Centro Universitário de Formiga-MG.<br />

4 - Professor e pesquisador do Centro Universitário de Formiga-MG.<br />

Abstract<br />

Cadmium is an element that originates from rocky materials<br />

and is of great importance to industry. It also has a serious<br />

toxicological aspect for living beings, because it is cumulative<br />

along the food chain, similar to mercury, thus harming the<br />

human being is at the top of this chain. This aspect makes<br />

the development of methodologies for monitoring and<br />

determination of cadmium of paramount importance. This work<br />

aims at the identification of cadmium in rocks of the galena<br />

type, and is based on complexation reactions and the use of UV-<br />

VIS spectrophotometry. The developed method uses a ternary<br />

system of solvents to promote the formation of the coordinate<br />

compound constituted by the metal and the 8-hydroxyquinoline<br />

reagent. The reaction system consists of water, acetone and<br />

n-butyl alcohol in the proportions %w/w of 29,41:36,03:34,56<br />

respectively. The formed complex presented a maximum<br />

absorbance at 370 nm and a calibration curve characterized by<br />

the equation: ABS = 0,0572 [Cd] + 0,059, with R² = 0,9859.<br />

The samples analyzed in triplicate presented a percentage of<br />

1,26% of the metal in the rock.<br />

Keywords: UV-VIS spectrophotometry, solvent ternary<br />

system, metal complex.<br />

Imagem ilustrativa<br />

Introdução<br />

A galena é a principal fonte de<br />

extração de chumbo, sendo este<br />

metal facilmente identificado por<br />

ser um mineral de cor cinzenta, de<br />

baixa dureza e possuidor de brilho<br />

metálico. Diversos elementos podem<br />

ser encontrados neste mineral<br />

associados ao chumbo, entre eles<br />

o cádmio. Historicamente, essa rocha<br />

teve uma aplicação marcante<br />

nas telecomunicações onde foi<br />

usada como retificador para modulação<br />

de sinal nos primeiros receptores<br />

de rádio (ROCHA, 2012).<br />

O cádmio é um elemento químico,<br />

normalmente encontrado em<br />

minas de zinco e sua toxicidade é<br />

similar ao mercúrio, ou seja, possui<br />

alta toxicidade, este elemento<br />

é também encontrado em associação<br />

com o chumbo, e neste caso,<br />

na rocha galena. Algumas das diversas<br />

aplicações para o cádmio<br />

são as utilizações em pigmentos,<br />

ligas metálicas e semicondutores.<br />

Apesar das diversas aplicações<br />

na vida do ser humano, de cunho<br />

industrial, este elemento pode provocar<br />

diversos danos ambientais<br />

e agravar a saúde dos seres vivos<br />

(ROSA, 2013). O elemento metálico<br />

aqui estudado, apresenta características<br />

de ser maleável, dúctil e<br />

funde a 321°C. Dissolve-se lentamente<br />

em ácidos diluídos, com<br />

liberação de hidrogênio (VOGEL,<br />

1981). Os elementos metálicos na<br />

sua forma catiônica, podem formar<br />

compostos coordenados que permitem<br />

a sua identificação por técnicas<br />

espectrofotométricas.<br />

A espectrofotometria é utilizada<br />

para avaliar a presença qualitativa<br />

e quantitativa de metais em<br />

uma solução e determinar a sua<br />

concentração a partir de padrões<br />

conhecidos. A espectrofotometria<br />

UV-VIS consta entre os métodos<br />

mais utilizados nas determinações<br />

analíticas em diversas áreas. Sendo<br />

aplicada para determinações de<br />

compostos orgânicos, inorgânicos<br />

e para a determinação quantitativa<br />

de compostos contendo grupos<br />

absorventes. A região ultravioleta<br />

do espectro é geralmente considerada<br />

na faixa de 200 a 400 nm,<br />

e a região do visível entre 400 a<br />

800 nm (SEAMUS, 2009). Segundo<br />

Vogel (1981), em uma análise<br />

qualitativa inorgânica, utilizam-se<br />

amplamente as reações que levam<br />

à formação de complexos: um íon<br />

complexo (ou molécula) consta de<br />

um átomo central (íon) e vários ligantes<br />

intimamente acoplados a<br />

ele na região de coordenação do<br />

íon central, estes complexos absorvem<br />

energia na região do espectro<br />

no ultravioleta-visível.<br />

A reação de complexação utilizada<br />

neste trabalho, ocorre entre<br />

o elemento cádmio solubilizado em<br />

meio aquoso e o reagente complexante<br />

8-hidroxiquinolina que foi<br />

preparado em álcool n-butílico. O<br />

complexante 8-hidroxiquinolina, é<br />

um composto orgânico de fórmula<br />

molecular C9H7NO, com massa<br />

molar igual a 145,16g/mol e densidade<br />

1,03g/cm3, ponto de fusão<br />

74ºC e ponto de ebulição 267ºC. É<br />

amplamente utilizado na identificação<br />

de metais e em presença de<br />

luz sofre reação de decomposição,<br />

porém sua solubilidade em água<br />

é pequena sendo mais solúvel<br />

em solventes orgânicos (SAPELLI,<br />

2006). Para promover a interação<br />

entre o elemento e o reagente<br />

complexante fez-se uso de um<br />

sistema homogêneo de solventes,<br />

constituído por três componentes.<br />

Pode-se representar um sistema<br />

ternário empregando uma representação<br />

geométrica de um triângulo<br />

equilátero escalonado em<br />

valores percentuais. Desta forma,<br />

representa-se sistemas formados<br />

por misturas homogêneas de solventes,<br />

denominados fase única,<br />

no formato triangular, onde os vértices<br />

representam os valores percentuais<br />

dos componentes (CHA-<br />

GAS; CORRÊA; ALMEIDA,2014).<br />

Segundo Almeida (2003) os<br />

pontos localizados abaixo da curva<br />

binodal apresentam duas fases<br />

e os localizados acima da curva<br />

compõem a mistura homogênea<br />

de solventes. Os pontos localizados<br />

sobre a curva apresentam como<br />

característica uma solução turva,<br />

chamado de ponto de opalescência.<br />

Uma representação genérica<br />

de um sistema ternário pode ser<br />

Figura 1<br />

observada na Figura 1.<br />

Sistema Ternário<br />

Figura 1: Representação de um sistema<br />

ternário homogêneo de solventes<br />

evidenciando a curva binodal que<br />

divide as regiões de fase única e de<br />

duas fases.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Os sistemas fase única são utilizados<br />

na obtenção de compostos<br />

coordenados formados por metais<br />

em meio aquoso e o complexante<br />

em meio orgânico. Tal interação é<br />

realizado por um terceiro solvente<br />

denominado consoluto. Neste trabalho<br />

a determinação de cádmio<br />

será realizada com um sistema<br />

ternário homogêneo de solventes e<br />

espectrofotometria UV-VIS.<br />

Materiais e Métodos<br />

Os procedimentos analíticos<br />

adotados para o desenvolvimento<br />

deste trabalho estão subdivididos<br />

no estudo do sistema de solventes<br />

e o estudo das condições de reação<br />

para a formação do complexo, que<br />

serão descritos a seguir. Salienta-<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

11


12<br />

artigo 1<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

-se que todos os reagentes e soluções<br />

utilizados apresentam grau<br />

analítico ou superior, sendo empregado<br />

água deionizada em todas as<br />

etapas de preparo e diluições.<br />

Estudo das composições de<br />

solventes<br />

Inicialmente estudou-se a possibilidade<br />

de usar o sistema de solventes<br />

composto por água, álcool<br />

n-butílico e acetona. Para tanto<br />

empregou-se o estudo de titulação,<br />

onde os pares de solventes miscíveis<br />

entre si foram titulados com um<br />

terceiro solvente usado como titulante<br />

até o ponto de opalescência.<br />

Os pares constituíram se de porções<br />

definidas de água e acetona,<br />

que foram tituladas com n-butanol,<br />

e de porções definidas de acetona e<br />

álcool n-butílico titulados com água<br />

deionizada. Isto foi realizado visando<br />

obter o diagrama de Roozeboom<br />

para um melhor entendimento da<br />

região de fase única em que a mistura<br />

de solventes pode ser utilizada.<br />

O diagrama foi obtido com o uso<br />

do software ORIGIN e a avaliação<br />

da figura obtida, permitiu definir a<br />

composição do sistema a ser utilizado,<br />

em %m/m dos componentes na<br />

região monofásica.<br />

Estudo da complexação<br />

Obtendo-se o diagrama de Roozeboom,<br />

escolheu-se um ponto de<br />

mistura homogênea para iniciar<br />

os estudos reacionais. O ponto<br />

selecionado apresenta-se com<br />

proporções em %m/m, e estas foram<br />

convertidas em volumes para<br />

facilitar o procedimento de análise.<br />

Com os volumes definidos, foi<br />

preparada uma solução do agente<br />

complexante, 8-hidroxiquinolina<br />

em álcool n-butílico na concentração<br />

de 1,12x10-4 mol/L. E dando<br />

continuidade ao trabalho, utilizando<br />

de uma solução fase única composta<br />

por 4,0 mL de água, 6,0 mL<br />

de álcool n-butílico e 6,0 mL de<br />

acetona, obteve-se os espectros de<br />

absorbância em um espectrofotômetro,<br />

com cubeta de quartzo de<br />

1,0 cm de caminho óptico.<br />

Para a obtenção do max do<br />

complexo, realizou-se uma varredura<br />

entre 320 e 600 nm, empregando<br />

a solução homegenea<br />

que continha o complexo formado<br />

e outra contendo apenas o agente<br />

complexante. Utilizando o software<br />

Microsoft Excel confeccionou-se os<br />

gráficos com os valores de absorbância<br />

obtidos, e estes foram responsáveis<br />

por auxiliar na obtenção<br />

do comprimento de onda onde o<br />

complexo formado emitiu melhor<br />

sinal analítico.<br />

Curva de calibração<br />

Utilizou-se a solução fase única<br />

composta por 4,0 mL de água, 6,0<br />

mL de álcool n-butílico e 6,0 mL de<br />

acetona, para elaboração da curva<br />

de calibração. Esta foi elaborada a<br />

partir de seis soluções com teores<br />

do metal que vão de zero a vinte<br />

mg/L. Após se efetuar a leitura de<br />

absorvância confeccionou-se a<br />

curva com a utilização do software<br />

Microsoft Excel, onde os valores de<br />

absorbância confrontados com os<br />

valores de concentração do metal<br />

permitiram a obtenção da curva<br />

analítica e da equação da mesma.<br />

Estudo dos Interferentes<br />

Alguns elementos promovem<br />

interferência na determinação do<br />

cadmio, especialmente no caso de<br />

rochas. Para avaliar os interferentes<br />

presentes na rocha, elaborou-se<br />

um procedimento estatístico para<br />

verificar o comportamento dos elementos<br />

cobre e chumbo presentes<br />

na amostra, frente a determinação<br />

de cádmio por espectrofotometria<br />

UV-VIS. Neste estudo foi utilizado<br />

um planejamento fatorial estrela<br />

em dois níveis com duas variáveis,<br />

possuindo o mesmo, replicatas no<br />

ponto central.<br />

Autores:<br />

Karina da Silva Alves1<br />

Alex Magalhães de Almeida2<br />

Frederico de Oliveira Silva3<br />

Anísio Claudio Rios Fonseca4<br />

Os valores de concentração<br />

empregados no estudo para os<br />

íons Cu2+ e Pb2+ são: nível inferior<br />

10mg/L; superior 40mg/L, os<br />

pontos extremos 0,25-50mg/L e<br />

os pontos centrais 25mg/L. A concentração<br />

de cádmio é constante<br />

em todos os casos, assim como a<br />

composição de solventes. Após a<br />

leitura dos pontos empregou-se o<br />

software Statistica para obter uma<br />

superfície de resposta e através<br />

desta, verificar a interferência.<br />

Análise das amostras<br />

de rocha<br />

As análises foram efetuadas<br />

para amostras de rochas galena<br />

obtidas na região de Pains-MG.<br />

Estas amostras foram trituradas<br />

em moinho de bola, para reduzir o<br />

tamanho das partículas e em seguida<br />

pesou-se 1,0000 g da rocha<br />

em balança analítica. Este material<br />

foi transferido para béqueres<br />

a estes acrescentou-se 10,0 mL<br />

de HCl concentrado, aquecendo<br />

o material até ebulição, mantida<br />

durante 5 minutos. Na sequência<br />

acrescentou-se 10 mL de água<br />

destilada, aqueceu novamente até<br />

a fervura, aguardou-se o resfriamento<br />

da solução e filtrou-se com<br />

papel de filtragem lenta para balão<br />

volumétrico de 50 mL, que teve seu<br />

volume completado e homogeneizado<br />

com agua destilada. Utilizou-<br />

-se o sistema de solventes para a<br />

determinação do metal, sendo o<br />

componente água substituído pela<br />

amostra processada. Em todos os<br />

casos utilizou-se de triplicatas para<br />

as determinações. O sistema de<br />

leitura foi montado utilizando 4,0<br />

mL de amostra; 6,0 mL de solução<br />

álcool n-butílico contendo o reagente<br />

8-hidroxiquinolina (1,12x10-<br />

4 mol/L) e 6,0 mL de acetona,<br />

procedendo as leituras a 370 nm, e<br />

após esta etapa realizou-se os cálculos<br />

para a obter o valor do metal<br />

presente na matriz.<br />

Figura 2<br />

Resultados e Discussão<br />

Estudo das composições de<br />

solventes<br />

De posse dos resultados das<br />

titulações de pares de solventes,<br />

obteve-se o diagrama ternário de<br />

Roozeboom, onde as massas dos<br />

solventes utilizados foram convertidas<br />

em valores percentuais.<br />

A Figura 2 exibe o delineamento<br />

para o sistema água-cetona-<br />

-álcool Sistema n-butílico. Ternário Água-Cetona-<br />

Alcool n-butilíco<br />

Figura 2: Diagrama ternário para<br />

o sistema água-cetona-álcool<br />

n-butílico, obtido a partir da<br />

titulação de pares de solventes.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Realizando uma análise no diagrama,<br />

na região de fase única,<br />

escolheu-se de forma aleatória<br />

um ponto acima da curva binodal,<br />

definido pelas proporções em<br />

%m/m em 29,41: 36,03: 34,56,<br />

que correspondem aos volumes<br />

utilizados neste trabalho: 4,0 mL<br />

de água, 6,0 mL de acetona e 6,0<br />

mL de álcool n-butanol. Este ponto<br />

foi escolhido por se encontrar distante<br />

da curva binodal, apresentando<br />

uma margem de segurança<br />

para o trabalho.<br />

Estudo da complexação<br />

Realizando-se a leitura para os<br />

comprimentos de onda na região<br />

do UV-VIS, com um sistema ternário<br />

contendo o reagente complexante<br />

8-hidroxiquinolina, e um<br />

outro constituído pelo complexo<br />

do metal e o complexante, obteve-<br />

-se valores de absorbância que<br />

permitiram a obtenção do gráfico<br />

que evidencia o comportamento<br />

dos compostos em relação a absorvância.<br />

Este delineamento é<br />

exibido na Figura 3.<br />

O gráfico exibido na Figura 3,<br />

apresenta a curva descrita pelo<br />

reagente complexante sem o elemento<br />

metálico no sistema água-<br />

-acetona-álcool n-butílico, e com a<br />

presença do elemento cádmio no<br />

mesmo. Os comprimentos de onda<br />

abordados foram entre 320 e 600<br />

nm. Neste intervalo é possível observar<br />

que o λ característico para o<br />

complexo formado ocorre por volta<br />

de 370 nm. Neste comprimento de<br />

onda realizaram se todos os demais<br />

estudos envolvidos na determinação<br />

do elemento cádmio.<br />

Construção da curva de calibração<br />

Elaborou-se uma curva de calibração<br />

para o complexo metálico,<br />

utilizando-se os valores de zero a<br />

vinte mg/L do metal. A leitura das<br />

soluções foi realizada em triplicata<br />

no comprimento de onda de 370<br />

nm em espectrofotômetro UV-VIS.<br />

Forma obtidos valores de absorbância<br />

que permitiram confeccionar<br />

a seguinte curva ilustrada na<br />

Figura 4.<br />

Pela Figura 4, é possível notar<br />

que, a curva apresenta linearidade<br />

até 20 mg/L, sendo esta consistente<br />

para valores nesta faixa de<br />

determinação e excede as expectativas<br />

relativas ao trabalho<br />

em andamento. O coeficiente de<br />

correlação (r2), descreve quanto<br />

o conjunto de dados obtidos se<br />

aproxima de uma linha reta perfeita,<br />

sendo o seu intervalo de 0 a 1<br />

(VOGEL et al, 2002).<br />

Estudo dos Interferentes<br />

Empregando um planejamento<br />

estatístico do tipo fatorial estrela,<br />

Figura 3<br />

Figura Figura 4<br />

Complexo Cd-8HQ em n-butilico<br />

Absorvância<br />

2<br />

1,75<br />

1,5<br />

1,25<br />

1<br />

0,75<br />

0,5<br />

0,25<br />

Complexo Cd-8HQ em n-butilico<br />

0<br />

300 350 400 450 500 550 600<br />

comp onda<br />

Figura 3 - Sobreposição do espectro<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

da 8-hidroxiquinolina com o<br />

espectro do complexo formado<br />

no sistema água-acetona-álcool<br />

n-butílico.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Curva de Calibração [Cd]<br />

Absorvância<br />

Curva de Calibração [Cd]<br />

Curva de Calibração [Cd]<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Figura 4 - Curva Fonte: de calibração Autores do trabalho, para 2018.<br />

o elemento cádmio complexado com<br />

8-hidroxiquinolina no sistema águaacetona-álcool<br />

n-butílico.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

com duas variáveis em dois níveis<br />

e replicata no pronto central, verificou-se<br />

a interferência dos elementos<br />

cobre e chumbo na determinação<br />

do cádmio. As medidas<br />

realizadas forneceram resultados<br />

que permitiram modelar estatisticamente<br />

o planejamento e obter<br />

uma superfície de resposta para<br />

o estudo. Através desta superfície<br />

foi possível verificar as potenciais<br />

interferências dos elementos cobre<br />

e chumbo e suas associações.<br />

O modelo matemático obtido está<br />

descrito na Equação 1.<br />

ABS= 2,262+0,4626×[Cu]-<br />

0,3598×[Pb] (Equação 1)<br />

ABS S/metal<br />

ABS C/metal<br />

1,4<br />

1,4<br />

1,2<br />

ABS = 0,0572[Cd] + 0,059<br />

ABS = 0,0572[Cd] R² = 0,9859+ 0,059<br />

1,2<br />

R² = 0,9859<br />

1<br />

1<br />

0,8<br />

0,8<br />

0,6<br />

Abs<br />

0,6<br />

Abs<br />

Linear (Abs)<br />

0,4<br />

Linear (Abs)<br />

0,4<br />

0,2<br />

0,2<br />

0<br />

0 0 5 10 15 20 25<br />

0 5 10 15<br />

[Cd]<br />

20 25<br />

[Cd]<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

13


artigo 1<br />

Autores:<br />

Karina da Silva Alves1<br />

Alex Magalhães de Almeida2<br />

Frederico de Oliveira Silva3<br />

Anísio Claudio Rios Fonseca4<br />

14<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Observando os contornos da<br />

superfície, verificou-se que em<br />

função da variação das concentrações<br />

dos metais cobre e chumbo,<br />

ocorreram alterações nas leituras<br />

do cádmio nas condições estudadas.<br />

Nota-se que a determinação<br />

de cádmio foi mais prejudicada na<br />

presença de cobre em relação a<br />

presença de chumbo, como pode<br />

ser visualizado nas Figura 5.<br />

Figura Fonte: Autores 5 – Superfície do trabalho, de resposta 2018.<br />

obtida a partir do planejamento<br />

fatorial utilizado no estudo de<br />

interferência dos elementos cobre e<br />

chumbo na determinação de cádmio.<br />

Fonte: Autores do trabalho, 2018.<br />

Análise das amostras<br />

de rocha<br />

As determinações realizadas<br />

nas rochas forneceram valores<br />

de absorbância que possibilitaram<br />

o cálculo do teor de cádmio nas<br />

mesmas. Para tanto utilizou-se<br />

o valor da média das massas de<br />

rocha submetidas a análise e os<br />

dados da curva de calibração.<br />

A porcentagem de cádmio encontrada<br />

em amostras de rochas<br />

galena é da ordem de 1,26%<br />

(m/v). O valor encontrado é condizente<br />

com outros estudos realizados<br />

e evidenciados na literatura<br />

(MACHADO, 2018), onde estudos<br />

demostraram que o mineral Galena<br />

é um minério de chumbo,<br />

porém é associado a sulfetos de<br />

zinco, prata, ferro, cobre e outros,<br />

que podem interferir nas determinações,<br />

como mostrou o nosso<br />

estudo de interferência.<br />

Considerações finais<br />

Atualmente busca-se desenvolver<br />

métodos analíticos economicamente<br />

viáveis e eficientes, para<br />

elementos considerados tóxicos.<br />

Na análise do cádmio, foram obtidos<br />

resultados que atendem aos<br />

anseios mencionados, pois o método<br />

utilizado é eficaz e de baixo<br />

custo. O emprego da mistura homogênea<br />

de solventes água-acetona-n-butanol<br />

(4,0:6,0:6.0 v/v) e<br />

8-hidroxiquinolina com detecção<br />

espectrofotométrica UV-VIS pode<br />

ser empregado para a determinação<br />

de íons cádmio em rochas.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem à FAPE-<br />

MIG pela concessão da bolsa de Iniciação<br />

Científica, ao UNIFOR-MG e<br />

ao CEPEP pelo uso dos laboratórios.<br />

Referências<br />

ALMEIDA, A. M. Determinação voltamétrica<br />

de molibdênio(vi) utilizando um sistema<br />

ternário homogêneo de solventes. 2003. Tese<br />

(Doutorado em Química) -Universidade Estadual<br />

de Campinas, Campinas, 2003.<br />

CHAGAS, J. O.; CORRÊA, S.; ALMEIDA, A. M.<br />

Uso de sistema ternário homogêneo de solventes<br />

e espectrofotometria uv-vis no desenvolvimento<br />

de método para a determinação<br />

de cobre em amostras de açúcar. Conexão ciência,<br />

2014. Disponível em: .<br />

Acesso em: 09 Jan. 2018.<br />

ROCHA, L. Galena. 2012. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso<br />

em: 17 Jan. 2018<br />

ROSA, G. N. Cádmio, suas aplicações e risco.<br />

2013. Disponível em: < http://biotera.<br />

blogspot.com.br/2013/11/cadmio-suas-<br />

-aplicacoes-e-riscos_117.html>. Acesso em:<br />

08 Jan. 2018.<br />

HIGSON, S. P. J. Química analítica. São Paulo:<br />

McGraw-Hill, 2009.<br />

MACHADO, F. B. Galena. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em: 23<br />

Jan. 2018.<br />

SAPELLI, E. Parâmetros físico-químicos das<br />

reações de Zn2+ e Cd2+ com 8-hidroxiquinolina<br />

acompanhado por espectrofluorimetria<br />

em meio micelar. 2006. 60 f. Dissertação<br />

(Mestrado em Química) - Universidade Federal<br />

de Santa Catarina-UFSC, Florianópolis,<br />

2006.<br />

VOGEL, A. I. Química analítica qualitativa. 5°<br />

Edição. São Paulo: Mestre Jou,1981.<br />

VOGEL, A. I. et al. Analise química quantitativa.<br />

6. ed. São Paulo: LTC, 2002.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

15


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo:<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 1<br />

Determinação de cádmio<br />

em rochas utilizando um sistema<br />

homogêneo de solventes e<br />

espectrofotometria UV-VIS<br />

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ISO 4620<br />

Cadmium pigments - Specifications and methods of test<br />

Norma publicada em: 1986/05. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Pigmentos e extensores.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Determinação de cádmio em rochas utilizando UM SISTEMA HOMO-<br />

GENEO de solventes e espectrofotometria UV-VIS.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

Abstract: Specifies three types of pigment consisting predominantly of cadmium<br />

sulfide or of mixed crystals of cadmium sulfide and cadmium selenide;<br />

the cadmium may be partially replaced by zinc. Type 1, concentrated<br />

pigments, contain not more than 30 % (m/m) of extenders: type 2, extended<br />

pigments, contain not more than 70 % (m/m) of extenders: type 3, these are<br />

essentially pure and do not contain any extenders and are mainly suitable for<br />

use in ceramics.<br />

https://www.iso.org/standard/10567.html<br />

16<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

BS ISO 19976-2 (DRAFT)<br />

Copper, lead, and zinc sulfide concentrates. Determination of cadmium.<br />

Part 2. Acid digestion and inductively coupled plasma atomic<br />

emission spectrometric method<br />

Projeto publicado em: 24/04/2018 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outros minerais metálicos.<br />

Classificação 2: DRAFT publicado recentemente; em andamento.<br />

Artigo: Determinação de cádmio em rochas utilizando UM SISTEMA HOMO-<br />

GENEO de solventes e espectrofotometria UV-VIS.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: Reino Unido.<br />

https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030327557<br />

ISO 19976-1 (DRAFT)<br />

Copper, lead and zinc sulfide concentrates -- Determination of cadmium<br />

-- Part 1: Flame atomic absorption spectrometric method<br />

Projeto publicado em: 2018/03 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outros minerais metálicos.<br />

Classificação 2: DRAFT publicado recentemente; em andamento.<br />

Artigo: Determinação de cádmio em rochas utilizando UM SISTEMA HOMO-<br />

GENEO de solventes e espectrofotometria UV-VIS.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/66779.html<br />

ISO 19976-2 (DRAFT)<br />

Copper, lead, and zinc sulfide concentrates - Determination of cadmium<br />

-- Part 2: Acid digestion and inductively coupled plasma atomic<br />

emission spectrometric method<br />

Projeto publicado em: 2018/03 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outros minerais metálicos.<br />

Classificação 2: DRAFT publicado recentemente; em andamento.<br />

Artigo: Determinação de cádmio em rochas utilizando UM SISTEMA HOMO-<br />

GENEO de solventes e espectrofotometria UV-VIS.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/69334.html<br />

DIN 38406-16<br />

German standard methods for the examination of water, waste water<br />

and sludge; cations (group E); determination of zinc, cadmium, lead,<br />

copper, thallium, nickel, cobalt by voltammetry (E 16).<br />

Norma publicada em: 1990/03. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Exame de água para substâncias químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Determinação de cádmio em rochas utilizando UM SISTEMA HOMO-<br />

GENEO de solventes e espectrofotometria UV-VIS.<br />

Entidade: Beuth.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-38406-16/1527764<br />

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artigo 2<br />

18<br />

Florações de cianobactérias e<br />

cianotoxinas: levantamento de<br />

risco à saúde<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Resumo<br />

Objetivo: Indicar os principais riscos de intoxicação por meio<br />

das cianobactérias produtoras de toxinas em reservatórios de<br />

abastecimento de águas para consumo humano, relacionando<br />

as principais toxinas e suas cepas. Métodos: Estudo elaborado<br />

a partir de uma revisão bibliográfica de pesquisas relacionadas<br />

às cepas de algumas cianotoxinas que representam<br />

risco à saúde pública, baseados em livros, artigos científicos,<br />

dissertações, teses, portarias e resoluções de órgãos públicos<br />

de regulamentação e controle da qualidade de água, nas bases<br />

de dados eletrônicas. Desenvolvimento: As cianobactérias<br />

são microrganismos aeróbicos fotoautotróficos e fotossintetizantes,<br />

crescendo nos mais diferentes meios ou habitats,<br />

entretanto, ambientes de água doce são os mais favoráveis<br />

para o crescimento devido à alta concentração de nutrientes,<br />

principalmente nitrogênio e fósforo. Eutrofização é a principal<br />

fonte desse enriquecimento, identificadas como as descargas<br />

de esgotos domésticos e industriais dos centros urbanos e a<br />

poluição difusa originada nas regiões agricultáveis. As toxinas<br />

possuem potencial hepatotoxicos e neurotoxicos, de ação rápida,<br />

por possuírem mecanismo especifico intracelular causando<br />

a morte ou promovem uma desorganização do citoesqueleto<br />

dos hepatócitos, causando lesões. Conclusão: Conscientizar da<br />

importância da monitoração desses mananciais para promover<br />

uma saúde da população e ou minimizar os riscos decorrentes<br />

de intoxicação, adotando medidas e metodologias para reduzir<br />

ao máximo a quantidade de toxinas e promover pesquisas no<br />

que diz respeito ao tema para uma qualidade de vida de uma<br />

população em risco eminente.<br />

Palavras chave: cianobactérias, cianotoxinas, microcistinas,<br />

eutrofização, saúde pública e controle de água.<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

1- Acadêmico do curso de Biomedicina da<br />

Universidade Estácio de Sá.<br />

2- Biólogo, Doutor em Ciências– Universidade Federal do Rio de<br />

Janeiro. Docente da Universidade Estácio de Sá e Coordenador do<br />

Laboratório de Corrosão Microbiana.<br />

3- Biomédica, Doutora em Química Biológica –Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro. Docente da Universidade Estácio de Sá.<br />

Abstract<br />

Objective: To indicate the main risks of intoxication through<br />

the toxin-producing cyanobacteria in water supply reservoirs for<br />

human consumption, relating the main toxins and their strains.<br />

Methods: A study was carried out based on a bibliographic<br />

review of studies related to the strains of some cyanotoxins<br />

that represent a risk to public health, based on books, scientific<br />

articles, dissertations, theses, ordinances and resolutions of<br />

public agencies regulating and controlling water quality, in the<br />

electronic databases. Development: Cyanobacteria are aerobic<br />

photoautotrophic and photosynthetic organisms, growing in the<br />

most different environments or habitats; however, freshwater<br />

environments are the most favorable for growth due to the high<br />

concentration of nutrients, mainly nitrogen and phosphorus.<br />

Eutrophication is the main source of this enrichment, identified<br />

as domestic and industrial sewage discharges from urban<br />

centers and diffuse pollution originating in agricultural regions.<br />

The toxins have potential hepatotoxic and neurotoxic, of fast<br />

action, by possessing specific mechanism intracellular causing<br />

the death or promote a disorganization of the cytoskeleton of the<br />

hepatocytes, causing injuries. Conclusion: To raise awareness<br />

of the importance of monitoring these sources to promote<br />

the health of the population and / or minimize the risks of<br />

intoxication, adopting measures and methodologies to reduce<br />

the amount of toxins to the maximum and promote research on<br />

the subject for a quality of life of a population at eminent risk.<br />

Keywords: cyanobacteria, cyanotoxins, microsystems,<br />

eutrophication, public health and water control.<br />

Imagem ilustrativa<br />

Introdução<br />

A utilização de fertilizantes na<br />

agricultura, a descarga de esgotos<br />

industriais e domésticos sem<br />

tratamento adequado, a destruição<br />

da mata ciliar dos mananciais, a<br />

alta taxa de urbanização e a falta<br />

de saneamento básico provocam<br />

o enriquecimento artificial de nutrientes<br />

como nitrogênio e fósforo<br />

encontrados abundantemente em<br />

fezes de humanos, nos ecossistemas<br />

aquáticos, processo conhecido<br />

como eutrofização. A água<br />

enriquecida faz com que proliferem<br />

bactérias, grande parte delas<br />

produtoras de toxinas, dentre elas<br />

as cianobactérias, microrganismos<br />

procariontes, capazes de fixar carbono<br />

através da fotossíntese (ZA-<br />

GATTO et al,1997).<br />

As florações de cianobactérias<br />

estão relacionadas com eventos<br />

de eutrofização e alteração no<br />

equilíbrio entre os nutrientes da<br />

água. A ocorrência de florações<br />

de cianobactérias em mananciais<br />

de abastecimento para consumo<br />

humano tem sido frequente devido<br />

aos inúmeros fatores associados<br />

(CARVALHO et al., 2013).<br />

A eutrofização é o principal processo<br />

que altera a qualidade da<br />

água e aumenta a incidência de<br />

florações de algas e cianobactérias,<br />

que representam sérios riscos à<br />

saúde da população devido a produção<br />

e liberação de toxinas hidrossolúveis<br />

(CARVALHO et al., 2013).<br />

O efeito tóxico ocorre pelo bloqueio<br />

dos canais de sódio eletro-dependente,<br />

interrompendo a formação do<br />

potencial de ação nas membranas<br />

dos axônios e, consequentemente, a<br />

atividade neuronal. Dependendo da<br />

dose e do organismo, podem causar<br />

a morte por parada respiratória<br />

após poucos minutos de exposição.<br />

Os níveis de atenção devem ser<br />

prioridade de órgãos competente,<br />

para se ter um monitoramento dessas<br />

florações de cianobactérias e<br />

cianotoxinas (ARAOZ et al., 2010;<br />

CARMICHAEL, 1994).<br />

Os dados mostram que esta região<br />

vem apresentando intensas<br />

florações de cianobactérias, principalmente<br />

da espécie Microcystis<br />

aeruginosa, e que há presença<br />

no pescado. Os valores encontrados<br />

no pescado excederam, em<br />

até cinco vezes, o limite máximo<br />

recomendado pela Organização<br />

Mundial de Saúde (BRASIL, 2004).<br />

Estes dados levaram à tomada de<br />

decisão da Secretaria Estadual de<br />

Meio Ambiente em proibir a pesca<br />

e a comercialização de peixes<br />

oriundos do complexo lagunar de<br />

Jacarepaguá no início do ano de<br />

2007 devido aos riscos potenciais<br />

das microcistinas para a saúde da<br />

população (GOMES et al, 2009).<br />

Vários estudos demostraram que<br />

as tecnologias de tratamento de<br />

água são adequadas para remoção<br />

de cianobactérias, mas sem<br />

a remoção completa das toxinas.<br />

Por isso, destaca-se a importante<br />

tarefa conjunta entre diversos órgãos<br />

para se monitorar e fiscalizar<br />

as tecnologias adequadas no tratamento<br />

e remoção dessas toxinas,<br />

objetivando uma qualidade de vida<br />

da população tendo em vista que a<br />

água é o solvente natural que compõe<br />

90% dos seres vivos, também<br />

maior responsável pela homeostase<br />

celular, inclusive utilizada em<br />

tratamentos de doentes crônicos<br />

renais. Para tanto espera-se que as<br />

águas disponibilizadas para consumo<br />

humano atendam requisitos<br />

primordiais de qualidade para tais<br />

fins (FERRÃO- FILHO, 2009).<br />

Dos 3.220 municípios que captam<br />

água de mananciais superficiais<br />

(57,8% dos municípios do<br />

país), 1.222 municípios (37,9%)<br />

monitoraram a ocorrência de cianobactérias,<br />

no ano de 2012, segundo<br />

dados inseridos no Sisagua (SECRE-<br />

TARIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE-<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).<br />

De um modo geral, é demonstrada<br />

a necessidade de maior atuação<br />

dos responsáveis pelos sistemas<br />

de abastecimento de água<br />

em diversos municípios do país,<br />

visando à implementação das diretrizes<br />

preconizadas pela legislação<br />

vigente (PORTARIA GM/MS nº<br />

2.914/2011). Dessa forma é uma<br />

questão prioritária de atenção dos<br />

órgãos competentes de vigilância<br />

dos municípios brasileiros garantir<br />

uma qualidade dessa água a quem<br />

se destina.<br />

Toda água fornecida coletivamente<br />

deve ser submetida ao processo<br />

de desinfecção, concebido<br />

e operado de forma a garantir o<br />

atendimento ao padrão microbiológico<br />

desta norma. Toda água<br />

para consumo humana suprida<br />

por manancial superficial e distribuída<br />

por meio de canalização<br />

deve incluir tratamento por filtração<br />

(Art.21, 22,23 PORTARIA MINIS-<br />

TÉRIO DA SAÚDE,2004). Nota-se<br />

que o monitoramento e tratamento<br />

adequado de mananciais são medidas<br />

preventivas ao crescimento<br />

de cianobactérias produtoras de<br />

toxinas que tem potencial de ação<br />

hepatotóxicas e neurotóxicas (LEAL<br />

et al, 2004).<br />

No Brasil, a Portaria 2914/2011<br />

do Ministério da Saúde dispõe os<br />

procedimentos e responsabilidades<br />

relativos ao controle e à vigilância<br />

da qualidade da água para consumo<br />

humano e seu padrão de potabilidade<br />

estabelecendo os limites<br />

para as diferentes cianotoxinas,<br />

sendo 3,0 µg/L a concentração<br />

máxima permitida para as saxitoxinas.<br />

A Resolução CONAMA n° 357<br />

contempla o monitoramento destes<br />

organismos.<br />

Esse levantamento bibliográfico<br />

foi elaborado com o objetivo de<br />

apresentar alguns dos estudos toxicológicos<br />

como importante ferramenta<br />

na avaliação dos riscos das<br />

toxinas para a população humana.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

19


20<br />

artigo 2<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Objetivando demostrar que essas<br />

bactérias e suas cepas produtoras<br />

de toxinas presentes nos<br />

reservatórios de água para consumo<br />

de populações são encontradas<br />

com frequência após análise de<br />

água, pois além de ser utilizada no<br />

consumo via oral que é a principal<br />

fonte de contaminação, também<br />

é utilizada em tratamentos de pacientes<br />

que fazem hemodiálise, outra<br />

ocorrente via de contaminação<br />

como relatado pelo centro de documentação<br />

e informação da FAPESP<br />

( CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E<br />

INFORMAÇÃO DA- FAPESP, 19<strong>96</strong>).<br />

Metodologia<br />

Este estudo constitui-se de uma<br />

revisão de literatura, baseada em<br />

livros, artigos científicos, dissertações,<br />

teses, portarias e resoluções<br />

de órgãos públicos de regulamentação<br />

e controle da qualidade de<br />

água, nas bases de dados eletrônicas<br />

Scientific Eletronic Library<br />

online Brasil (SciELO, PubMed,<br />

Google Acadêmico), no período de<br />

junho de 2017 a janeiro 2018, com<br />

publicações de no mínimo 5 anos,<br />

exceto algumas publicações cujo<br />

objetivo fora apontar dados históricos<br />

de prevalência. Utilizando-se<br />

como palavras chaves: “Cianobactérias”,<br />

“Cianotoxinas”, “microcistina”<br />

e “Cianobactérias toxinas na<br />

água para consumo Humano”.<br />

Desenvolvimento<br />

As cianobactérias são microrganismos<br />

aeróbicos fotoautotróficos,<br />

organismos fotossintetizantes que,<br />

portanto, obtêm energia para suas<br />

atividades metabólicas a partir de<br />

matéria orgânica sintetizada por<br />

esse processo (SILVA et al, 2014;<br />

CARVALHO, et al.,2013). Seus processos<br />

vitais requerem somente<br />

água, dióxido de carbono, substâncias<br />

inorgânicas e luz. A fotossíntese<br />

é seu principal modo de obtenção<br />

de energia para o metabolismo.<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

Entretanto, sua organização celular<br />

demonstra que esses microrganismos<br />

são procariontes e, portanto,<br />

suas cepas são semelhantes bioquimicamente<br />

e estruturalmente.<br />

(SILVA et al, 2014). A capacidade<br />

de crescimento nos mais diferentes<br />

meios é uma das características<br />

marcantes das cianobactérias,<br />

que caracteriza o desenvolvimento<br />

adaptado nos ambientes aquáticos,<br />

explicando que se desenvolvem<br />

em diversos habitats, resultando<br />

em várias cepas ou tipos existentes.<br />

Entretanto, ambientes de água<br />

doce são os mais favoráveis para<br />

o crescimento de cianobactérias,<br />

visto que a maioria das espécies<br />

apresenta um melhor crescimento<br />

em águas neutroalcalinas (pH 6-9),<br />

temperatura entre 15ºC a 30ºC<br />

(mesófilas) e alta concentração de<br />

nutrientes, principalmente nitrogênio<br />

e fósforo (SILVA, 2012).<br />

A crescente eutrofização, por resíduos<br />

orgânicos por meio de avanços<br />

industriais, do crescimento de<br />

grandes cidades e do aumento do<br />

agronegócio propicia naturalmente<br />

ou artificialmente, com o aumento<br />

da concentração de nutrientes<br />

orgânicos e inorgânicos e consequentes<br />

alterações nas comunidades<br />

aquáticas, ou seja, causando<br />

um enriquecimento artificial desses<br />

ecossistemas (FREITAS et al<br />

2014). As principais fontes desse<br />

enriquecimento têm sido identificadas<br />

como as descargas de esgotos<br />

domésticos e industriais dos<br />

centros urbanos e a poluição difusa<br />

originada nas regiões agricultáveis.<br />

Essa eutrofização artificial produz<br />

drasticamente várias mudanças<br />

na qualidade da água incluindo:<br />

a redução de oxigênio dissolvido,<br />

ou morte progressiva de peixes e<br />

o aumento da incidência de florações<br />

de microalgas e cianobactérias,<br />

com consequências negativas<br />

sobre a eficiência e custo de tratamento<br />

da água em algumas regiões<br />

do país, quando se trata de<br />

manancial de abastecimento público<br />

(REBOLÇAS et al 2006; BARRE-<br />

TO et al, 2013; FAPERJ, 2018).<br />

De acordo com NOGUEIRA et al<br />

(2011), a espécie Microcystis aeruginosa<br />

apresenta a distribuição<br />

mais ampla no Brasil e Anabaena<br />

é o gênero com o maior número de<br />

espécies potencialmente tóxicas.<br />

Vários gêneros e espécies de cianobactérias<br />

que formam florações<br />

produzem toxinas. De acordo com<br />

a literatura, grande parte delas<br />

são potencialmente nocivas para<br />

os seres humanos. As toxinas de<br />

cianobactérias, que são conhecidas<br />

como Cianotoxinas, constituem<br />

uma grande fonte de produtos naturais<br />

tóxicos produzidos por esses<br />

microrganismos, embora ainda não<br />

estejam devidamente esclarecidas<br />

as causas dessa produção (COLVA-<br />

RA, 2012).<br />

Valores de referências<br />

aceitável para consumo<br />

oral humano<br />

Os valores de referência de dosagem<br />

de cianotoxinas foram estabelecidas<br />

mundialmente conforme<br />

tabela 1. De tal maneira o Brasil<br />

foi um dos primeiros países a estabelecer<br />

um valor de referência<br />

no limite de 1,0 µg/l como concentração<br />

máxima aceitável para<br />

consumo oral humano diário das<br />

cianotoxinas (BRASIL, 2004).<br />

As instituições fiscalizadoras<br />

dentre elas as Secretarias Municipais<br />

e Estaduais de Vigilância<br />

Sanitária, Agencia Nacional de Vigilância<br />

Sanitária e Agencia Nacional<br />

de Águas são responsáveis pela realização<br />

do monitoramento de cianobactérias<br />

nas águas de mananciais.<br />

Segundo o capítulo VI (dos<br />

planos de amostragem), artigo 40º,<br />

§1º, o monitoramento de cianobactérias<br />

deve identificar os diferentes<br />

gêneros no ponto de captação<br />

e segundo o Anexo XI, do mesmo<br />

texto, deve obedecer à frequência<br />

mensal quando o número de cianobactérias<br />

não exceder 10.000<br />

células/mL e semanal quando o<br />

número de cianobactérias exceder<br />

este valor, acompanhadas de análises<br />

de cianotoxinas. O capítulo V<br />

(do padrão e potabilidade) do artigo<br />

37°, define que a água potável<br />

deve estar em conformidade com<br />

o padrão de substâncias químicas<br />

que representam risco à saúde<br />

(BRASIL, 2011).<br />

Cepas de Cianobactérias<br />

toxigêncicas<br />

As cianotoxinas produzidas pelas<br />

cepas: Microcystis, Anabaena,<br />

Planktothrix, Nostoc, Hapalosiphon,<br />

Synechocystis, Aphanocapsa, Oscillatoria<br />

Aphanizomenon, Lyngbya,<br />

Cylindrospermopsis e também<br />

algumas espécies de dinoflagelados:<br />

Oscillatoria, Cylindrospermum,<br />

Aphanizomenon, Microcystis. Têm<br />

ação rápida, por possuírem mecanismo<br />

especifico intracelular causando<br />

a morte de mamíferos por<br />

parada respiratória após poucos<br />

minutos de exposição. Elas têm sido<br />

identificadas como alcaloides ou organofosforados<br />

neurotóxicos, sendo<br />

chamadas de neurotoxinas. Outras<br />

atuam mais lentamente e são identificadas<br />

como peptídeos ou alcaloides<br />

hepatotóxicas (CARMICHAEL,<br />

1992; REBOLÇAS et al 2006). De<br />

acordo com as cianotoxinas, suas<br />

ações farmacológicas produzidas<br />

podem-se classificar em: neurotoxinas<br />

e hepatotoxinas (OLIVEIRA-FI-<br />

LHO et al, 2013; VIEIRA et al, 2015;<br />

BRENTANO et al, 2016).<br />

Além dessas cianobactérias,<br />

existem alguns subtipos ou gêneros<br />

que também podem produzir<br />

toxinas irritantes ao contato. Essas<br />

toxinas são classificadas e identificadas<br />

simultaneamente em membranas<br />

fosfolipídicas de parede celular<br />

de bactérias Gram negativas.<br />

São endotoxinas pirogênicas, como<br />

lipopolissacarídeos que através<br />

de estudos confirmam que são<br />

conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco à saúde (BRASIL,<br />

2011).<br />

Tabela 1: Valores das concentrações de diferentes cianotoxinas adotados<br />

Tabela 1: Valores das concentrações de diferentes cianotoxinas adotados para o monitoramento em diversos países (BRASIL,<br />

para o monitoramento em diversos países (BRASIL, 2011).<br />

2011).<br />

Brasil<br />

África do Sul<br />

Austrália<br />

Canadá<br />

País<br />

MC<br />

Fonte:<br />

–<br />

BORTOLI<br />

microcistina;<br />

& PINTO. Laboratório<br />

MCs – microcistinas<br />

de Toxinas e Produtos<br />

(refere-se<br />

Naturais de Algas,<br />

à<br />

Faculdade<br />

somatória<br />

de Ciências<br />

das<br />

Farmacêuticas,<br />

variantes<br />

encontradas); Universidade de São Paulo, STX São - saxitoxina<br />

Paulo, Brasil. 2015.<br />

Fonte: BORTOLI & PINTO. Laboratório de Toxinas e Produtos Naturais de Algas,<br />

Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo,<br />

Brasil. Cepas de 2015. Cianobactérias toxigêncicas:<br />

menos tóxicas que os de outras<br />

bactérias como, por exemplo, na<br />

Salmonella. (SAMPAIO et al, 2011).<br />

Anatoxina-a<br />

É um alcaloide neurotóxico que<br />

age como um potente bloqueador<br />

neuromuscular pós-sináptico de<br />

receptores nicotínicos e colinérgicos.<br />

Esta ação se dá porque a anatoxina-a<br />

liga-se irreversivelmente<br />

aos receptores de acetilcolina, por<br />

não ser degradada pela acetilcolinesterase<br />

(ARAOZ et al., 2010).<br />

Estudos experimentais mostram<br />

que a DL50 o valor da dose de toxina<br />

letal a 50% dos animais expostos.<br />

Representada por µg de toxina/Kg de<br />

peso corpóreo por injeção intraperitoneal<br />

em camundongos, para a toxina<br />

purificada, é de 200µg/Kg de peso<br />

corpóreo, com um tempo de sobrevivência<br />

de 1 a 20 minutos (CARMI-<br />

CHAEL, 1992). Os sinais de envenenamento<br />

por esta toxina, em animais<br />

selvagens e domésticos, incluem:<br />

desequilíbrio, fasciculação muscular,<br />

respiração ofegante e convulsões. A<br />

morte é devida a parada respiratória<br />

e ocorre de poucos minutos à poucas<br />

horas, dependendo da dosagem e<br />

consumo prévio de alimento. Doses<br />

orais produzem letalidade aguda em<br />

Cianotoxina<br />

1 µg/L MCs<br />

3 µg de equivalente de STX/L<br />

0 – 0,8 µg/L MC<br />

1,3 µg/L MC-LR ou equivalente<br />

1,5 µg/L MC-LR<br />

China, Coréia, França, Japão, Noruega, Polônia e República 1 µg/L MC-LR<br />

Tcheca<br />

1 µg/L MCs<br />

Espanha<br />

0,84 µg/L MCs<br />

Itália<br />

6 µg/L anatoxina; 1 µg/L anatoxina-a (S);<br />

Nova Zelândia<br />

1 µg/L cilindrospermopsina; 2 µg/L homoanatoxina-a; 1<br />

µg/L MC-LR ou equivalente; 1 µg/L nodularina e 3 µg/L<br />

STX ou equivalente.<br />

MC – microcistina; MCs – microcistinas (refere-se à somatória das variantes encontradas); STX - saxitoxina<br />

concentrações muito maiores, mas a<br />

toxicidade das células mesmo assim<br />

é alta o suficiente para que os animais<br />

precisem ingerir de poucos mililitros a<br />

poucos litros de água da superfície<br />

das florações para receber uma dose<br />

letal, conforme tabela 2 (CARMICHA-<br />

EL, 1994; ARAOZ et al, 2010).<br />

As cianotoxinas produzidas pelas cepas: Microcystis, Anabaena, Planktothrix, Nostoc,<br />

Hapalosiphon, Synechocystis, Aphanocapsa, Oscillatoria Aphanizomenon, Lyngbya,<br />

Cylindrospermopsis e também algumas espécies de dinoflagelados: Oscillatoria,<br />

Cylindrospermum, Aphanizomenon, Microcystis. Têm ação rápida, por possuírem mecanismo<br />

especifico intracelular causando a morte de mamíferos por parada respiratória após poucos<br />

minutos de exposição. Elas têm sido identificadas como alcaloides ou organofosforados<br />

neurotóxicos, sendo chamadas de neurotoxinas. Outras atuam mais lentamente e são<br />

identificadas como peptídeos ou alcaloides hepatotóxicas (CARMICHAEL, 1992;<br />

REBOLÇAS et al 2006). De acordo com as cianotoxinas, suas ações farmacológicas<br />

Anatoxina a (s)<br />

produzidas podem-se classificar em: neurotoxinas e hepatotoxinas (OLIVEIRA-FILHO et al,<br />

2013; VIEIRA et al, 2015; BRENTANO et al, 2016).<br />

É um organofosforado natural<br />

(N-hidroxiguanidina fosfato de metila)<br />

e tem um mecanismo de ação<br />

semelhante à anatoxina a, pois<br />

inibe a ação da acetilcolinesterase,<br />

impedindo a degradação da<br />

acetilcolina ligada aos receptores.<br />

Em virtude da intensa salivação<br />

observada em animais intoxicados<br />

por esta neurotoxina, ela foi denominada<br />

Anatoxina-a (s).<br />

Essas neurotoxinas inibem a<br />

condução nervosa por bloqueamento<br />

dos canais de sódio, afetando<br />

ou a permeabilidade ao potássio<br />

ou a resistência das membranas.<br />

Os sinais clínicos de intoxicação<br />

humana incluem tontura, adormecimento<br />

da boca e de extremidades,<br />

fraqueza muscular, náusea,<br />

vômito, sede e taquicardia. Os<br />

sintomas podem começar cinco<br />

minutos após a ingestão e a mor-<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

21


artigo 2<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

22<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

te pode ocorrer entre 2 a 12 horas.<br />

Em casos de intoxicação com<br />

dose não letal, geralmente os sintomas<br />

desaparecem de um a seis<br />

dias conforme demonstra tabela 2<br />

(CARMICHAEL, 1994).<br />

Toxinas produzidas pelas<br />

Saxitoxinas<br />

A síndrome de PSP (Paralisia Supranuclear<br />

Progressiva) é causada<br />

por um grupo com mais de vinte<br />

substâncias hidrossolúveis, tais<br />

como: saxitoxina (STX), neosaxitoxina<br />

(neoSTX), goniautotoxina-1, 2,<br />

3, e 4 (GTX-1, 2, 3 e 4) e substâncias<br />

análogas, sendo causadoras<br />

de uma síndrome de intoxicação<br />

extremamente perigosa, por inibir a<br />

condução nervosa, bloqueando os<br />

canais de sódio sem afetar a permeabilidade<br />

para o potássio, assim<br />

como permeabilidade ou bloqueio<br />

do potencial transmenbranar ou<br />

a resistência da mesma. (CARMI-<br />

CHAEL, 1992).<br />

Hepatotóxicas<br />

Essas hepatotoxinas chegam aos<br />

hepatócitos por meio de receptores<br />

dos ácidos biliares e promovem<br />

uma desorganização do seu citoesqueleto.<br />

Como consequência,<br />

o fígado perde sua arquitetura e<br />

desenvolve graves lesões internas<br />

(REBOLÇAS et al, 2006).<br />

A perda de contato entre as células<br />

cria espaços internos que são<br />

preenchidos pelo sangue que passa<br />

a fluir dos capilares para esses locais,<br />

provocando uma hemorragia intra-<br />

-hepática. Seu mecanismo de ação<br />

se dá por inibição da síntese proteica<br />

e já têm sido observados danos<br />

severos também em células renais,<br />

pulmonares e cardíacas dos animais<br />

testados. (REBOLÇAS et al, 2006).<br />

Toxinas produzidas pelas<br />

microcistinas<br />

Muitos espécies de cianobactérias<br />

produtoras de cianotoxinas,<br />

incluídas nos gêneros Microcystis,<br />

Anabaena, Aphanizomena, Nodularia,<br />

Nostoc, Oscíliatoria, Cylindrospermopsis,<br />

Coelosphaeriuni,<br />

Fisóherella, Gloeotrichia, Gomphosphaeria,<br />

Hapaiosiphon, Microcoleus,<br />

Schizothrix, Scytonema, Symploca,<br />

Tolypothrix e Trichodesmium,<br />

são responsáveis pelo aparecimento<br />

de intensas florações tóxicas<br />

em corpos d’água eutrofizados em<br />

várias regiões do país, causando<br />

muitos casos de envenenamento<br />

animal e mesmo humano, quando<br />

não adotados métodos de fiscalização<br />

e tratamento adequado para<br />

esses mananciais de abastecimento<br />

público, ocorridos após a ingestão<br />

de água ou alimentos contendo<br />

células tóxicas ou toxinas por elas<br />

liberadas (CARVALHO et al, 2013).<br />

Essas cianotoxinas também podem<br />

ser separadas em dois grupos:<br />

neurotoxinas que afetam o sistema<br />

nervoso, atuando como fatores de<br />

morte rápida e hepatotoxinas que<br />

afetam o sistema hepático, atuando<br />

como fatores de morte lenta<br />

(CARMICHAEL, 1992).<br />

Influencias das florações<br />

de cianobactérias na<br />

saúde pública<br />

A toxicidade de florações de cianobactérias<br />

pode apresentar uma<br />

variação temporal, desde intervalos<br />

curtos de tempo até diferenças<br />

sazonais e também espaciais,<br />

provavelmente decorrentes de<br />

alterações na proporção de cepas<br />

tóxicas e não tóxicas na população<br />

(OLIVER&RIBEIRO, 2014).<br />

Medidas de prevenção<br />

e controle da toxicidade<br />

das cianobactérias<br />

A Organização Mundial de Saúde<br />

determina que seja adotada uma<br />

gestão de qualidade incorporando<br />

metodologias de prevenção e controle<br />

de florações potencialmente<br />

tóxicas para garantir uma eficácia<br />

na proteção de saúde pública. A<br />

gestão das causas de contaminação<br />

implicará na minimização de<br />

floração de cianotoxinas em fontes<br />

naturais de abastecimento público<br />

e investimento em processos de<br />

tratamento (COMPANHIA AMBIEN-<br />

TAL DO ESTADO DE SÃO PAULO-<br />

CETESP, 2013).<br />

Sabendo que o processo de eutrofização<br />

é a principal causa de<br />

contaminação de mananciais de<br />

água doce para consumo humano,<br />

destacam-se várias ações de<br />

prevenção que irão diminuir o enriquecimento<br />

artificial nos corpos<br />

d’agua: regulamentação do uso e<br />

ocupação do solo na bacia hidrográfica;<br />

ordenamento da ocupação<br />

territorial; Adoção de boas práticas<br />

na agricultura e pecuária; Controle<br />

da erosão e do uso de fertilizantes<br />

e herbicidas; Preservação das matas<br />

ciliares; Tratamento em nível<br />

terciário do esgoto doméstico e<br />

efluentes industriais brutos; Avaliação<br />

do regime de operação de<br />

reservatórios, como o tempo de<br />

residência e o fluxo da água, que<br />

podem influenciar as condições<br />

hidrodinâmicas (COMPANHIA AM-<br />

BIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAU-<br />

LO- CETESP, 2013).<br />

Vide Tabela 2 na página 24.<br />

O monitoramento preventivo de<br />

cianobactérias e cianotoxinas deve<br />

ser avaliados por órgãos competentes<br />

dentre eles: Secretarias Municipais<br />

e Estaduais de Vigilância<br />

Sanitária, Agencia Nacional de Vigilância<br />

Sanitária e Agencia Nacional<br />

de Águas mas também seu importante<br />

papel na estrutura e funcionamento<br />

dos ecossistemas aquáticos<br />

como produtores primários,<br />

fixadores de nitrogênio atmosférico<br />

e bioindicadores de qualidade da<br />

água, tais ações tem importância,


artigo 2<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

24<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Tabela 2: Relação das cianotoxinas, sua classe química, organismos 10<br />

Tabela 2: Relação das cianotoxinas, sua classe química, organismos produtores, mecanismo de ação, toxicidade e<br />

sintomatologia da exposição aguda (CHORUS; BARTRAM, 1998; FALCONER, 2005; VAN APELDOORN et al., 2007;<br />

2007; JAMES et al., 2008; PEGRAM et al., 2008)<br />

JAMES et al., 2008; PEGRAM et al., 2008)<br />

Toxina<br />

Microcistinas<br />

Saxitoxinas (PSPs)<br />

Anatoxina–a<br />

produtores, mecanismo de ação, toxicidade e sintomatologia da exposição<br />

aguda (CHORUS; BARTRAM, 1998; FALCONER, 2005; VAN APELDOORN et al.,<br />

Organismos<br />

Produtores<br />

(Gêneros)<br />

pois estes organismos se multiplicam<br />

no ambiente e podem concentrar-se<br />

em determinadas porções<br />

de lagos e reservatórios pela ação<br />

do vento. Os programas de monitoramento<br />

podem incluir: avaliação<br />

dos perigos à saúde causados por<br />

cianobactérias/cianotoxinas; identificação<br />

de áreas suscetíveis; desenvolvimento<br />

de regulamentações<br />

em relação aos locais destinados<br />

Mecanismo de ação DL50 * Sintomatologia a<br />

exposição aguda<br />

Inibição das proteínas<br />

fosfatases 1 e 2ª<br />

Bloqueio dos canais de<br />

sódio<br />

Agonista nicotínico<br />

irreversível.<br />

50 - >1200 μg/Kg i.p.<br />

ratos<br />

10 μg/Kg i.p. rato<br />

200 – 250 µg/Kg i.p.<br />

ratos.<br />

Prostração ao, pilo<br />

ereção, anorexia,<br />

vômitos, dor<br />

abdominal, diarreia,<br />

choque hipovolêmico<br />

e hemorragia intrahepática.<br />

Paralisia progressiva<br />

dos músculos,<br />

diminuição dos<br />

movimentos,<br />

exagerada respiração<br />

abdominal, cianose,<br />

convulsão, parada<br />

respiratória e morte.<br />

Paralisia progressiva,<br />

forte respiração<br />

abdominal, cianose,<br />

convulsão, morte por<br />

asfixia.<br />

Anatoxina-a (S)<br />

Inibição<br />

da 20 μg/Kg i.p. ratos Paralisia progressiva,<br />

acetilcolinesterase<br />

fraqueza muscular,<br />

diminuição da<br />

frequência respiratória<br />

e convulsões.<br />

Salivação intensa.<br />

Morte ocorre por<br />

falência respiratória.<br />

* A DL50 representa o valor da dose de toxina letal a 50% dos animais expostos. Representada por µg de toxina/Kg de peso<br />

corpóreo. (i.p. – via de administração intra peritoneal).<br />

Fonte: BORTOLI & PINTO. Laboratório de Toxinas e Produtos Naturais de Algas, Faculdade de Ciências<br />

Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2015.<br />

* A DL50 representa o valor da dose de toxina letal a 50% dos animais expostos. Representada<br />

por µg de toxina/Kg de peso corpóreo. (i.p. – via de administração intra peritoneal).<br />

Fonte: BORTOLI & PINTO. Laboratório de Toxinas e Produtos Naturais de Algas, Faculdade de<br />

Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2015.<br />

ao abastecimento e recreação;<br />

Informação e educação para o público;<br />

Desenvolvimento de um programa<br />

de controle de poluição por<br />

nutrientes, entre outros (COMPA-<br />

NHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE<br />

SÃO PAULO- CETESP, 2013).<br />

Os relatos clínicos dos danos<br />

para a população humana, pelo<br />

consumo oral de toxinas de cianobactérias<br />

em águas de abastecimento,<br />

indicam que eles acontecem<br />

como consequência de acidentes,<br />

desconhecimento ou deficiência<br />

na operação dos sistemas de tratamento<br />

da água, como resultado,<br />

são parcialmente estimados e as<br />

circunstâncias originais são frequentemente<br />

de difícil definição.<br />

Em muitos casos, as cianobactérias<br />

causadoras dos danos desaparecem<br />

do reservatório antes que<br />

as autoridades de saúde pública<br />

considerem uma floração como o<br />

possível risco, pois são geralmente<br />

desconhecedoras dos danos possíveis<br />

resultantes da ocorrência de<br />

florações de cianobactérias e, portanto,<br />

assumem que os processos<br />

de tratamento da água usuais são<br />

capazes de remover qualquer problema<br />

potencial (MEREL, 2014).<br />

Entretanto, várias toxinas de cianobactérias,<br />

quando em solução,<br />

são dificilmente removidas por um<br />

processo convencional de tratamento,<br />

sendo inclusive resistentes<br />

à fervura. Essa exposição prolongada<br />

deve ser considerada como<br />

um sério risco à saúde uma vez<br />

que, como já descrito anteriormente,<br />

as microcistinas, que são o tipo<br />

mais comum de toxinas de cianobactérias,<br />

são potentes promotoras<br />

de tumores e, portanto, este consumo<br />

continuado de pequenas doses<br />

de hepatotoxinas pode levar a uma<br />

maior incidência de câncer hepático<br />

na população exposta. Como<br />

consequência, é importante que os<br />

efeitos crônicos de exposições prolongadas<br />

por ingestão oral de baixas<br />

concentrações de cianotoxinas<br />

sejam avaliados tanto do ponto de<br />

vista epidemiológico, como toxicológico<br />

(SANCHES, 2012).<br />

No que diz respeito às cianotoxinas<br />

propriamente ditas, também<br />

referenciada como cianotoxina dissolvida<br />

ou cianotoxina extracelular,<br />

o que se observa, a partir dos<br />

dados levantados na literatura, é<br />

que os processos que envolvem a<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

25


artigo 2<br />

280<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

A RDC nº 234, de 20 de Junho<br />

de 2018 autoriza as Indústrias<br />

Farmacêuticas a terceirizarem as<br />

análises de MATÉRIAS-PRIMAS<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

coagulação química não são capazes<br />

de efetivamente removerem<br />

esses compostos isso porque os<br />

coagulantes não são eficazes na<br />

desestabilização e precipitação das<br />

cianotoxinas, não sendo possível a<br />

separação das mesmas nos processos<br />

de separação sólido-líquido<br />

que se seguem. Assim, pode-se<br />

concluir que a sequência convencional<br />

de tratamento, que consiste<br />

na coagulação, floculação, sedimentação<br />

e filtração rápida, não é<br />

eficaz na remoção de cianotoxinas<br />

(CAMACHO, 2012). Similarmente,<br />

a adoção de uma etapa de flotação<br />

no lugar da sedimentação pode<br />

acarretar a melhoria da eficiência<br />

de remoção de microalgas e cianobactérias,<br />

porém não deve ter efeito<br />

positivo na remoção de toxinas<br />

dissolvidas. A pós-ozonização pode<br />

apresentar eficiências de remoção<br />

de toxinas muito elevadas, chegando<br />

à completa destruição desses<br />

compostos. A dosagem necessária<br />

dependerá da concentração e tipo<br />

de cianotoxina e da presença de<br />

outros compostos orgânicos (CA-<br />

MACHO, 2012).<br />

São apresentadas várias maneiras<br />

de remoção de cianobactérias,<br />

porém a maior preocupação é a<br />

remoção das toxinas, com base em<br />

estudos experimentais nos quais a<br />

dosagem, tempo de contato e, principalmente,<br />

o pH foram otimizados.<br />

No processo de pós-cloração, os<br />

resultados apresentados sugerem<br />

que há uma interação envolvida<br />

com o pH, da concentração de<br />

cloro livre e do tempo de contato.<br />

Importante lembrar que a oxidação<br />

com cloroaminas, com peróxido<br />

de hidrogênio e com radiação ultravioleta<br />

não se mostrou efetiva<br />

na remoção de cianotoxinas. Dois<br />

processos são considerados efetivos<br />

na remoção de cianotoxinas:<br />

a adsorção em carvão ativado e a<br />

pós-oxidação, ou seja, a oxidação<br />

realizada após a remoção das células<br />

viáveis de cianobactérias. Dos<br />

pontos levantados, verifica-se que<br />

a questão de remoção de cianobactérias<br />

e cianotoxinas é complexa<br />

(CARVALHO, 2010).<br />

Apesar de haver essa complexidade<br />

em relação as cianobactérias<br />

às cianotoxinas, a adesão de medidas<br />

preventivas e de avaliação<br />

revelam eficiência para o controle,<br />

dentre elas:<br />

I. Medidas de monitoramento<br />

- intensificando o monitoramento,<br />

com frequência semanal de coleta<br />

de amostragem; - avaliação<br />

de amostras adicionais para estabilizar<br />

a variabilidade; - coletar<br />

amostras da água bruta para testes<br />

de toxicidade por bioensaios;<br />

- confirmar a identificação das<br />

cianobactérias em laboratório de<br />

referência.(fomentando pesquisas<br />

científicas) - Coletar amostras<br />

da água tratada para análise<br />

química de cianotoxinas, caso os<br />

testes de toxicidade tenham apresentado<br />

resultados positivos.<br />

II. Medidas de prevenção de<br />

risco à saúde - promover reunião<br />

entre o responsável pela operação<br />

do sistema e autoridades de<br />

saúde pública, para informação<br />

de riscos potenciais à saúde; -<br />

informar outras instituições, se<br />

apropriado (MORAES, 2012).<br />

Segundo Benhardt e Clasen<br />

(1991), a remoção de alguns tipos<br />

de cianobactérias pode alcançar até<br />

99,9% quando o tratamento é realizado<br />

pelos processos de floculação-<br />

-flotação-filtração; porém, caso a<br />

água tratada apresente concentração<br />

de 105 -106 células por ml<br />

(cel/ml). No entanto esse processo<br />

mostra-se eficaz em remover as<br />

cianobactérias, porém não se mostra<br />

a mesma eficiência na remoção<br />

de cianotoxinas neste caso acredita-<br />

-se que as melhores vias são a utilização<br />

de outras tecnologias incorporadas<br />

ao tratamento.<br />

No experimento desenvolvido<br />

por Hart et al. (1998), verificou-se<br />

que, para remover 85% de toxinas<br />

presentes na água, era necessário<br />

adicionar 20 mg/L de CAP (carvão<br />

ativado em pó). Entretanto, para<br />

calcular a dose de CAP, deve-se<br />

verificar a concentração de compostos<br />

orgânicos na água, pois<br />

estes são competidores pelos sítios<br />

de adsorção dos CAPs, ou seja, reduzem<br />

a eficiência da adsorção. A<br />

adsorção utilizando carvão ativado<br />

em pó (CAP) pode ser uma outra<br />

opção incorporada ao tratamento.<br />

Mas ainda é uma resposta desfavorável<br />

85% tendo em vista que<br />

não são todas as variações de toxinas<br />

iguais em seu peso molecular<br />

(ALMEIDA et al, 2015)<br />

Um marco histórico, ocorrido<br />

no ano de 19<strong>96</strong>, em decorrência<br />

de intoxicação por cianotoxinas<br />

exemplifica um desses casos, que,<br />

embora menos frequentes, têm<br />

grande importância na saúde pública.<br />

Em uma clínica da cidade de<br />

Caruaru (PE), 110 pacientes renais<br />

crônicos, após terem sido submetidos<br />

a sessões de hemodiálise<br />

passaram a apresentar um quadro<br />

clínico compatível com uma grave<br />

hepatotoxicose. Destes, 54 vieram<br />

a falecer até cinco meses após o<br />

início dos sintomas, as análises<br />

laboratoriais possibilitaram o isolamento<br />

e a detecção da cianotoxina<br />

Microscitina-LR no sistema<br />

de purificação de água da clínica,<br />

bem como amostras de sangue e<br />

fígado dos pacientes intoxicados<br />

(CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E<br />

INFORMAÇÃO DA FAPESP, 19<strong>96</strong>).<br />

A referente revisão priorizará uma<br />

análise sistemática do controle das<br />

cianobactérias e suas variações,<br />

com objetivo de prevenir toda uma<br />

população de níveis de intoxicação<br />

como descrevem os dados analisados<br />

posteriormente. A falta de<br />

padrões de calibração coerentes<br />

com a realidade, tem dificultado a<br />

Terceirize suas análises com o laboratório Reblas<br />

de maior escopo de ensaios específicos em<br />

matérias-primas do país.<br />

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Análises Físico-químicas e Microbiológicas:<br />

- Efluentes e águas tratadas.<br />

- Alimentos.<br />

- Ambientais.<br />

- Cosméticos.<br />

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REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

27<br />

75<br />

50<br />

100<br />

95<br />

75<br />

0<br />

25<br />

5<br />

0<br />

100<br />

100 95<br />

95 75<br />

75<br />

100<br />

25<br />

25 5<br />

95


artigo 2<br />

Autores:<br />

Marcelo da Luz Santos¹,<br />

Luciano Procópio da Silva²,<br />

Renata Cristine Manfrinato Reis³<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

implementação destas técnicas em<br />

monitoramento de rotina das cianotoxinas<br />

(WATANABE, et al, 2011;<br />

RUBIO, et al, 2015).<br />

É importante observar que, de<br />

acordo com o Artigo 18, Parágrafo<br />

5°, da Portaria MS n. 1.469/2000,<br />

sempre que o número de cianobactérias<br />

na água do manancial,<br />

no ponto de captação, exceder<br />

20.000 células/ml (2mm3 /L de<br />

biovolume), durante o monitoramento<br />

que trata o § 1º do artigo 19,<br />

será exigida a análise semanal de<br />

cianotoxinas na água na saída do<br />

tratamento e nas entradas (hidrômetros)<br />

das clínicas de hemodiálise<br />

e indústrias de injetáveis. Esta análise<br />

pode ser dispensada quando<br />

não houver comprovação de toxicidade<br />

na água bruta por meio da realização<br />

semanal de bioensaios em<br />

camundongos. Em outras palavras,<br />

se o bioensaio em camundongo<br />

revelar toxicidade ou se o responsável<br />

pelo controle da qualidade da<br />

água não tiver condições ou não<br />

desejar realizar os bioensaios em<br />

camundongos, ele obrigatoriamente<br />

deverá fazer a análise semanal<br />

de cianotoxinas na água tratada.<br />

Caso o número de células mostre<br />

uma tendência de aumento em<br />

três coletas sucessivas, os testes<br />

de toxicidade indiquem a presença<br />

de cianotoxinas e o tratamento<br />

utilizado não seja suficiente para<br />

remoção dessas toxinas, então<br />

se deve assumir o nível de alerta.<br />

Essas condições indicam um risco<br />

acentuado para a saúde pública<br />

caso o sistema de tratamento de<br />

água seja ineficiente para a remoção<br />

de cianotoxinas. (PORTARIA DO<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).<br />

Conclusão<br />

O presente estudo demonstrou<br />

as principais causas da eutrofização<br />

de rios, lagos e reservatórios,<br />

em muitas regiões brasileiras,<br />

principalmente pela ação humana,<br />

pela constante descarga de esgoto,<br />

efluentes industriais e chorume de<br />

fertilizantes agrícolas favorecendo<br />

o alto crescimento e prevalência<br />

de cianobactérias e toxinas liberadas<br />

por estas, que também são<br />

conhecidas como cianotoxinas.<br />

Logo, pode-se observar que várias<br />

espécies ou cepas são produtoras<br />

de toxinas como descritos anteriormente,<br />

apresentando um potencial<br />

neurotóxicos e hepatológicos. Para<br />

quê observa-se que essas cianobactérias<br />

possuem grande preferência<br />

por água doce, o que deixa<br />

os órgãos de vigilância em estado<br />

de alerta quanto o monitoramento<br />

em reservatórios ou mananciais de<br />

abastecimento público.<br />

Fomentar um conhecimento<br />

aprofundado do assunto e suas<br />

implicações na saúde pública para<br />

que os gestores municipais, estaduais<br />

e federais comecem a planejar<br />

um plano de monitoração e<br />

preservação de reservatórios que<br />

capitam água para consumo público.<br />

E para reduzir a quantidade de<br />

lagos e rios eutrofização buscar recursos<br />

para o saneamento básico,<br />

e buscar formas tecnologias para<br />

tratar dejetos de esgotamento doméstico<br />

e industriais.<br />

Atualmente os métodos convencionais<br />

de tratamento removem<br />

as cianobactérias, porém não removem<br />

as toxinas, necessitando<br />

portanto buscar os métodos que<br />

possam ser acoplados com os<br />

preexistentes para ampliação da<br />

eficiência na remoção de grande<br />

parte de toxinas, também fomentar<br />

uma conscientização dos<br />

gestores municipais, estaduais e<br />

federais(Secretarias Municipais e<br />

Estaduais de Vigilância Sanitária,<br />

Agencia Nacional de Vigilância<br />

Sanitária e Agencia Nacional de<br />

Águas) sobre a importância de monitoração<br />

desses mananciais para<br />

promover uma saúde da população<br />

e ou minimizar os riscos decorrentes<br />

de intoxicação, adotando medidas<br />

e metodologias para reduzir<br />

ao máximo a quantidade de toxinas<br />

em mananciais superficiais de<br />

abastecimento público.<br />

Referências<br />

ALMEIDA, L.C; JORGE, T.B.F; PINTO, R.; CANEVARI,<br />

G.C. Cianobactérias e cianotoxinas fatores de risco<br />

para o abastecimento de água. Revista Científica<br />

Univiçosa - Volume 7 - n. 1. Faculdade de Ciências Biológicas<br />

e da Saúde – UNIVIÇOSA. Viçosa – MG. 2015<br />

AZEVEDO, F.A.; CHASIN, A.A.M. As bases toxicológicas<br />

da Ecotoxicologia. Ed. Rima. São Paulo: InterTox.<br />

2003.<br />

ARAOZ, R.; MOLGÓ, J.; TANDEAU DE MARSAC, N.<br />

Neurotoxic cyanobacterial toxins. Revista Elsevier. V.<br />

56. Paris- França. 2010.<br />

BRENTANO, D. M.; HETTWERGIEHL, E.L.; PETRUCIO,<br />

M.M. Abiotic variables affect STX concentration in a<br />

meso-oligotrophic subtropical coastal lake dominated<br />

by Cylindrospermopsis raciborskii (Cyanophyceae).<br />

Revista Elsevier V 56. Florianópolis –SC. 2016.<br />

BORTOLI, S. & PINTO, E. Cianotoxinas: Características<br />

gerais, histórico, legislação e métodos de análise.<br />

Laboratório de Toxinas e Produtos Naturais de Algas.<br />

Capitulo 21. Faculdade de Ciências Farmacêuticas,<br />

Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. 2015.<br />

BENHARDT, H.; CLASEN, J. Flocculation of microorganisms.<br />

Journal Water SRT–Aqua; v.40. 1991.<br />

BARRETO, L. V.; BARROS, F.M.; BONOMO, P.; ROCHA,<br />

F.A.; AMORIM, J.S. Eutrofização em Rios Brasileiros.<br />

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer<br />

– Goiânia- GO. v.9. Universidade Estadual do Sudoeste<br />

da Bahia, UESB, Itapetinga-BA, Brasil.2013.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 518/2004,<br />

de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos<br />

e responsabilidades relativas ao controle de vigilância<br />

da qualidade da água para o consumo humano e<br />

seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.<br />

Diário Oficial da União, nº 59, 26 de março de 2005.<br />

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2914 de 12<br />

de dezembro de 2011. Brasília: Ministério da Saúde,<br />

Brasília, 2011.<br />

CARVALHO, M.C; AGUJARO, L.F; PIRES, D.A; PICOLI,<br />

C. Manual de Cianobactérias Planctônicas: Legislação,<br />

Orientações para o Monitoramento e Aspectos Ambientais.<br />

CETESB – Companhia Ambiental do Estado<br />

de São Paulo. São Paulo- SP. 2013. Disponível em:<br />

http://cetesb.sp.gov.br/laboratorios/wp-content/<br />

uploads/sites/24/2015/01/manual-cianobacterias-2013.pdf.<br />

Acesso em: 25/05/2018.<br />

COLVARA, W.A. Purificação de saxitoxinas partir de<br />

extratos da cepa de Cylindrospermopsis sp. isoladas<br />

no Brasil-RS, (Ciências Exatas da Terra), Revista Thema,<br />

v. 13. Rio Grande do Sul-RS.2016.<br />

CARVALHO, M. C.; AGUJARO, L. F.; PIRES, D. A.; PI-<br />

COLI, C. Manual de Cianobactérias Planctônicas Legislação:<br />

Legislação, Orientações para Monitoramento e<br />

Aspectos Ambientais. São Paulo. CETESB, 2013.<br />

CAMACHO, F. P.; STROHER, A. P.; MORETI, L.; SILVA,<br />

F. A.; WURZLER, G. T.; NISHI, L.; BERGAMASCO, R. Remoção<br />

de cianobactérias e cianotoxinas em aguas de<br />

abastecimento pela associação de flotação de ar dissolvido<br />

e nanofiltração. E-xacta, v. 5. Editora UniBH.<br />

Belo Horizonte. 2012.<br />

CARVALHO, R. P. M. Remoção de saxitoxinas por<br />

meio de oxidação com cloro.2010. Dissertação (Doutorado<br />

em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos).<br />

Faculdade de Tecnologia- Departamento de Engenharia<br />

civil e Ambiental. Universidade de Brasília. (UnB).<br />

2010.<br />

CARMICHAEL, W.W. Cyanobacteria secondary metabolites-<br />

the cyanotoxins. Journal of Applied Bacteriology.<br />

V. 72. Department of Biological Sciences, Wright<br />

State University, Dayton, Ohio, USA. 1992.<br />

CARMICHAEL, S.T.; PRINCE, J. L. Architectonic Subdivision<br />

of the orbital and Medial Prefrontal Cortex in<br />

the Macaque Monkey. THE JOURNAL OF COMPARATIVE<br />

NEUROLOGY Department of Anatomy and Neurobiology,<br />

Washington University School of Medicine, St.<br />

Louis, USA. 1994.<br />

COLVARA, W.A. Estudo de florações de cianobactérias<br />

paralisantes e desenvolvimento de metodologias<br />

de purificação das toxinas. 2012. Dissertação (doutorado<br />

em oceanografia física, química e geológica)<br />

Instituto de oceanografia. Universidade Federal do<br />

Rio Grande (FURG). Rio Grande-RS. 2012.<br />

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO DA FA-<br />

PESP. Toxina causou a tragédia da hemodiálise. Publicado<br />

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Disponível em: http://www.bv.fapesp.br/namidia/<br />

noticia/20945/toxina-causou-tragedia-hemodialise.<br />

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FERRÃO-FILHO, A.S.; SOARES, M.C.; ROCHA, M.I.A.;<br />

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ZAGATTO P.A. Manual de Orientação em Casos de<br />

Florações de Algas Tóxicas: um problema ambiental<br />

e de saúde pública. Série Manuais, Cetesb, São Paulo.<br />

1997.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

29


Complemento Normativo<br />

artigo 2<br />

EM FOCO CIENTÍFICO<br />

Referente ao artigo:<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

Florações de cianobactérias e<br />

cianotoxinas: levantamento de<br />

risco à saúde.<br />

30<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

ABNT NBR 15784<br />

Produtos químicos utilizados no tratamento de água para consumo<br />

humano — Efeitos à saúde — Requisitos.<br />

Norma publicada em: 07/04/2017. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Produtos químicos para a purificação da água.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à<br />

saúde. Entidade: ABNT. País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma estabelece os requisitos para o controle de qualidade<br />

dos produtos químicos utilizados em sistemas de tratamento de água para<br />

consumo humano e os limites das impurezas nas dosagens máximas de uso<br />

indicadas pelo fornecedor do produto, de forma a não causar prejuízo à saúde<br />

humana. - http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=369144<br />

ABNT NBR 16570<br />

Isocianuratos clorados - Aplicação em saneamento básico - Especificação<br />

técnica, amostragem, métodos de ensaio e requisitos.<br />

Norma publicada em: 16/01/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Produtos químicos para a purificação da água.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Artigo: florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à<br />

saúde. Entidade: ABNT. País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma estabelece a especificação técnica, amostragem,<br />

metodos de ensaio e requisitos toxico¬lógicos dos produtos de isocianuratos<br />

clorados para utilização no tratamento de água para consumo humano e<br />

efluentes. http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=384573<br />

ABNT NBR 12216<br />

Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento<br />

público – Procedimento.<br />

Norma publicada em: 30/04/1992. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Sistemas públicos de abastecimento de água / Sistemas<br />

de abastecimento de água. Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à<br />

saúde. Entidade: ABNT. País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma fixa as condições exigíveis na elaboração de projeto de<br />

estação de tratamento de água destinada à produção de água potável para<br />

abastecimento público. http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2898<br />

ISO 5667-5<br />

Water quality -- Sampling -- Part 5: Guidance on sampling of<br />

drinking water from treatment works and piped distribution systems.<br />

Norma publicada em: 2006/04. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análise da água em geral / Água potável.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à<br />

saúde. Entidade: ISO. País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 5667-5:2006 establishes principles to be applied to the techniques<br />

of sampling water intended for human consumption. For the purposes<br />

of ISO 5667-5:2006, water intended for human consumption comprises:<br />

all water either in its original state or after treatment, intended for drinking,<br />

cooking, food preparation, or other domestic purposes, regardless of its<br />

origin, plus all water used in any production undertaking for the manufacture,<br />

processing, preservation or marketing of products or substances intended for<br />

human consumption unless the competent national authorities are satisfied<br />

that the quality of the water cannot affect the wholesomeness of the foodstuff<br />

in its finished form. https://www.iso.org/standard/36694.html<br />

ISO 24523<br />

Service activities relating to drinking water supply systems and wastewater<br />

systems -- Guidelines for benchmarking of water utilities.<br />

Norma publicada em: 2017/02. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Serviços para consumidores / Água potável.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Florações de cianobactérias e cianotoxinas: levantamento de risco à<br />

saúde. Entidade: ISO. País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 24523:2017 provides guidelines on good benchmarking<br />

practice of drinking water and wastewater utilities. It describes the basic<br />

framework and methods associated with benchmarking in the water sector.<br />

The guidelines are intended primarily for voluntary benchmarking. Specific<br />

objectives set forth by the authorities and which are to be achieved by the<br />

water utility are not covered by this document.<br />

https://www.iso.org/standard/59814.html<br />

ISO 14592-1<br />

Water quality -- Evaluation of the aerobic biodegradability of organic<br />

compounds at low concentrations -- Part 1: Shake-flask batch test<br />

with surface water or surface water/sediment suspensions.<br />

Norma publicada em: 2002/11. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análise das propriedades biológicas da água.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS: LEVANTAMEN-<br />

TO DE RISCO À SAÚDE.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 14592-1:2002 specifies a test method for evaluating the biodegradability<br />

of organic test compounds by aerobic microorganisms in surface<br />

waters by means of a shake-flask batch test with suspended biomass. It is<br />

applicable to natural surface water, free from coarse particles to simulate a<br />

pelagic environment (pelagic test) or to surface water with suspended solids<br />

or sediments added to obtain a level of 0,1 g/l to 1 g/l dry mass (suspended<br />

sediment test) to simulate a water-to-sediment interface or a water body with<br />

resuspended sediment material.<br />

https://www.iso.org/standard/24870.html<br />

ISO 19250<br />

Water quality -- Detection of Salmonella spp.<br />

Norma publicada em: 2010/07. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia da água.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS: LEVANTAMEN-<br />

TO DE RISCO À SAÚDE.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 19250:2010 specifies a method for the detection of Salmonella<br />

spp. (presumptive or confirmed) in water samples. It is possible that,<br />

for epidemiological purposes or during outbreak investigations, other media<br />

are also required.<br />

https://www.iso.org/standard/43448.html<br />

BS EN ISO 5667-3<br />

Water quality. Sampling. Preservation and handling of water samples.<br />

Norma publicada em: 26/06/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análise da água em geral.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Artigo: FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS: LEVANTAMEN-<br />

TO DE RISCO À SAÚDE.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: Reino Unido.<br />

https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030349850<br />

ISO 20950-1<br />

Water quality -- Determination of available weak and dissociable<br />

(WAD) cyanide -- Part 1: Method using ligand exchange, flow injection<br />

analysis (FIA), gas-diffusion and amperometric detection.<br />

Norma publicada em: 2018/05. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Determinação das propriedades químicas da água.<br />

Classificação 2: Norma publicada recentemente.<br />

Artigo: FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS: LEVANTAMEN-<br />

TO DE RISCO À SAÚDE.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: This document specifies operationally defined methods for the<br />

determination of available WAD cyanide in various types of water such as<br />

drinking, ground, and surface, waters, and metallurgical processing tailings<br />

reclaim, heap leach barren, mill slurry tailings and leaching solutions, with<br />

cyanide concentrations from 5 µg/l to 2 000 mg/l expressed as cyanide ions<br />

in the undiluted sample. The range of application can be changed by varying<br />

the operation conditions, e.g. by using a different injection volume, thicker<br />

membrane, detector response, etc.<br />

https://www.iso.org/standard/69533.html<br />

DIN 1<strong>96</strong>06<br />

Chlorinators for water treatment - Equipment, installation and operation.<br />

Norma publicada em: 2010/09. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Água Potável / Água de Esgoto.<br />

Classificação 2: DRAFT em andamento<br />

Artigo: FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS E CIANOTOXINAS: LEVANTAMENTO<br />

DE RISCO À SAÚDE.<br />

Entidade: Beuth.<br />

País de procedência/Região: Alemanha.<br />

Abstract: This standard is a new edition. It applies to chlorinators for the treatment<br />

of water intended for human consumption (drinking water, swimming<br />

pool water and service water) and for the treatment of cooling water and waste<br />

water. The standard is only applicable to chlorinators operating by the indirect<br />

method. For chlorinators with chlorine evaporators it is applicable from<br />

the regulator in connection with the evaporator assembly. Information has<br />

been specified regarding the installation of chlorinators, chlorine withdrawal,<br />

material and operation. The revision has become necessary because some<br />

specifications in DIN 1<strong>96</strong>06:2006-06 were proved to be too rigid or specific.<br />

The standard has been prepared by Working Committee NA 119-04-02 AA<br />

"Wasseraufbereitung" ("Water treatment") of NAW.<br />

https://www.beuth.de/en/standard/din-1<strong>96</strong>06/132448680<br />

Confiabilidade e qualidade<br />

no processo produtivo das<br />

indústrias utilizando misturas de<br />

gases especiais de alto padrão<br />

Por Murilo G. Dallaqua¹<br />

Revisão: Nícia Vofchuk²<br />

Precisão e nível de incerteza definem<br />

a qualidade de uma medição<br />

e permitem que os usuários de uma<br />

mistura de gases avaliem a confiabilidade<br />

de suas análises a partir de<br />

um padrão declarado.<br />

Misturas de gases são caracterizadas<br />

pela mistura de dois ou mais<br />

componentes, podendo estes estarem<br />

na forma líquida ou gasosa,<br />

e são amplamente utilizadas nos<br />

processos produtivos, controle de<br />

qualidade de produtos e matérias<br />

primas das indústrias químicas,<br />

petroquímicas, automotivas, farmacêuticas<br />

e prestadores de serviço.<br />

São aplicadas como padrões de calibração<br />

de sensores e analisadores<br />

e em equipamentos analíticos como<br />

por exemplo na cromatografia.<br />

O processo de fabricação das<br />

misturas de gases é composto por<br />

diversas etapas que necessitam<br />

seguir padrões específicos que garantam<br />

a estabilidade e qualidade<br />

dessas misturas. Para cada mistura<br />

produzida, é necessário considerar<br />

cilindro e válvula ideais, os melhores<br />

tratamentos de superfície e técnicas<br />

de preparação de cilindros. A medição<br />

correta de cada componente é<br />

feita por gravimetria, e a adição dos<br />

balanços com gases de alta pureza<br />

se torna fundamental para que não<br />

seja adicionado níveis de contaminantes<br />

que danifiquem a composição<br />

necessária para a mistura.<br />

Após o enchimento do cilindro são<br />

realizadas análises específicas de<br />

produtos para garantia do processo.<br />

A estabilidade de uma mistura de<br />

gases é definida de acordo com o<br />

tempo que ela pode ser usada com<br />

confiança após certificação do fabricante.<br />

Tanto a informação de tempo<br />

de validade da mistura como dos<br />

componentes, nível de incerteza,<br />

método de fabricação, data de fabricação<br />

e demais itens devem estar<br />

presentes no certificado de análise<br />

que é feito individualmente para<br />

cada cilindro e entregue ao consumidor.<br />

Sempre que possuir dúvidas<br />

quanto a composição da mistura é<br />

importante consultar o certificado<br />

ou até mesmo o fabricante.<br />

A excelência de qualidade das<br />

misturas é um ponto primordial<br />

para que se obtenha uma análise<br />

e calibração confiáveis, porém não<br />

somente ela é responsável por este<br />

processo. Ao realizar uma análise é<br />

necessário que se verifique o cenário<br />

como um todo, desde o cilindro<br />

até o método de transferência do<br />

gás, material utilizado, conectores,<br />

inertização adequada da linha e<br />

especificações do próprio equipamento.<br />

Além da entrada de contaminantes<br />

que podem alterar seu<br />

resultado analítico, muitas misturas<br />

são consideradas reativas contendo<br />

componentes enxofrados, NOx e CO<br />

que são suscetíveis a reação com<br />

oxigênio e outros elementos.<br />

A realização de uma boa análise<br />

envolvendo gases depende de um<br />

conjunto de componentes, e a indústria<br />

de gases responsável pela<br />

fabricação das misturas analíticas<br />

com toda certeza tem grande participação<br />

nela. Por isso, conte sempre<br />

com um fornecedor confiável que<br />

possua um time técnico de apoio<br />

e um excelente processo de fabricação<br />

para te auxiliar em qualquer<br />

necessidade.<br />

Murilo G. Dallaqua<br />

é engenheiro de Aplicações<br />

de Gases Especiais –<br />

Air Products Brasil<br />

Nícia Vofchuk é Supervisora<br />

de Gases Especiais -<br />

Air Products Brasil<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

31


Microbiologia<br />

Cronobacter<br />

O Cronobacter e um bacilo Gram negativo que pertence à família Enterobacteriaceae. Este microrganismo<br />

era conhecido como o Enterobacter cloacae produtor de pigmento amarelo. Posteriormente, em 1980<br />

a bactéria foi reclassificada como Enterobacter sakazakii.<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Bacilo Gram negativo Enterobacter sakazakii<br />

Esta reclassificação foi o resultado<br />

de vários estudos, aonde as cepas<br />

de E. sakazakii foram separadas em<br />

grupos a partir de perfis obtidos por<br />

amplificação de fragmentos polimórficos<br />

fluorescentes de DNA, perfis de<br />

ribotipagem, análises de sequências<br />

gênicas completas de 16S RNA e hibridização<br />

DNA-DNA.<br />

Desta forma foi proposto a sua<br />

reclassificação, dentro da família Enterobacteriaceae,<br />

como um novo gênero,<br />

Cronobacter spp., com quatro<br />

espécies, duas subespécies, e uma<br />

genomoespecie, que são:<br />

• Cronobacter sakazakii subsp.<br />

sakazakii,<br />

• Cronobacter sakazakii subsp.<br />

Malonaticus,<br />

• Cronobacter muytejensii,<br />

• Cronobacter dublinensis,<br />

• Cronobacter turicensis e;<br />

• Cronobacter genomoespecies 1.<br />

Em virtude de outros estudos que<br />

foram publicados, atualmente o gênero<br />

Cronobacter é composto de 7<br />

espécies:<br />

• C. sakazakii,<br />

• C. malonaticus,<br />

• C. dublinensis,<br />

• C. turicensis,<br />

• C. muytjensii,<br />

• C. universalis e;<br />

• C. condimenti.<br />

Inicialmente foi reconhecido como<br />

um patógeno oportunista devido ao<br />

consumo de formulas infantis desidratadas.<br />

E foi apontado como<br />

causador de meningite e septicemia<br />

neonatal.<br />

Em 1<strong>96</strong>1, foram descritos na literatura<br />

os dois primeiros casos de<br />

meningite causados pela bactéria.<br />

Após esta data foram descritos,<br />

novos casos de meningite, septicemia<br />

e enterocolite necrotizante.<br />

Muito embora a maioria dos casos<br />

envolvam crianças, existem na literatura,<br />

casos que descrevem infecções<br />

em adultos idosos, sendo que<br />

a maioria dos casos sejam devido a<br />

infecção urinaria.<br />

De maneira geral, a taxa de mortalidade<br />

está na casa de 80%.<br />

Muito embora a fonte do E. sakazakii<br />

seja ainda desconhecida, o numero<br />

crescente de relatos na literatura sugerem<br />

que as formulas infantis desidratadas<br />

sejam o veiculo para a infecção.<br />

No Brasil, existem poucos relatos<br />

de contaminação em formulas infantis<br />

desidratadas comercializadas pelo<br />

microrganismo, sendo que o primeiro<br />

relato de surto ocorreu em 1997 na<br />

Unidade de Neonatologia do hospital<br />

de Clinicas da Universidade Federal<br />

de Minas Gerais.<br />

As amostras positivas para o Cronobacter<br />

foram: Queijo Minas Frescal,<br />

Queijo Prato, Alimento infantil a<br />

base de Cereal de aveia, Alimento<br />

infantil a base de cereais de milho,<br />

Alimento infantil de cereais de arroz,<br />

farinhas, temperos e condimentos,<br />

formulas lácteas em pó, formulas<br />

infantis, aveia em flocos, leite UHT,<br />

amido em pó.<br />

Os métodos atuais de detecção<br />

e isolamento do Cronobacter spp.<br />

utilizam o PCR e também metodologia<br />

tradicional com o uso de meios<br />

cromogenicos, para isolar e detectar<br />

a bactéria, visto que o PCR ainda e<br />

pouco utilizado pelos laboratórios.<br />

A pesquisa de Cronobacter nas<br />

formulas infantis em pó pode ser realizada<br />

com alíquotas de 100 g. da<br />

amostra, diluição em tampão peptonado,<br />

centrifugação da amostra e<br />

semeadura em um meio comercial<br />

cromogênico (Agar R&F ou Agar<br />

DFI), incubar as placas a 35 +/- 2 C<br />

durante 18 a 24 horas verificando o<br />

aparecimento de colônias características.<br />

Realizar a confirmação bioquímica<br />

utilizando os kits bioquímico scomo a<br />

o API, Crystal ou outros ou ainda automatizados<br />

como o Vitek, Biolog etc.<br />

Referências bibliográficas:<br />

• BAM Bacteriological <strong>Analytica</strong>l Manual<br />

Chapter 29 Cronobacter.<br />

• Freitas, L. G., Risori, C.A., Jakabi, M., de Paula, A.,<br />

M.,R., Rowlands, R,E.,G.. Ocorrência de Cronobacter spp.,<br />

(Enterobcter sakazakii) em alimentos infantis adquiridos<br />

em um hospital público.<br />

Ver. Inst. Adolfo Lutz. 2011;70(4); 548-53.<br />

• Hunter, C.,J.,Petrosvan, M., Ford, H.,R., Prasadarao,<br />

N., Enterobacter sakazakii: A Emerging Pathogen in<br />

Infants and Neonates, Sur. Infec, 2008Oct; 9(5):533-539.<br />

*Claudio Kiyoshi Hirai é<br />

farmacêutico bioquímico, diretor<br />

científico da BCQ consultoria e<br />

qualidade, membro da American<br />

Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da<br />

Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719<br />

E-mail: técnica@bcq.com.br<br />

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REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

33


METROLOGIA<br />

Inmetro<br />

debate<br />

Indústria 4.0<br />

Indústria 4.0 é o nome<br />

usado para marcar a<br />

4ª Revolução Industrial<br />

que está por vir.<br />

Indústria 4.0 é uma expressão que<br />

engloba algumas tecnologias para automação<br />

e troca de dados e utiliza conceitos de<br />

sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e<br />

Computação em Nuvem.<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Em comemoração ao Dia Mundial<br />

da Acreditação, a Coordenação Geral<br />

de Acreditação do Inmetro, realizou<br />

no dia 18 de julho de 2018 um<br />

evento para se debater e apresentar<br />

as perspectivas da instituição em<br />

relação ao novo tema: Indústria 4.0<br />

O evento foi realizado Centro de<br />

Convenções da Firjan – Rio de Janeiro,<br />

e teve como programação algumas<br />

palestras que apresentaram<br />

situações onde já se aplicam tecnologias<br />

de automação aderentes<br />

ao conceito da Indústria 4.0. Houve<br />

uma participação de mais de 250<br />

pessoas, representantes de organismos<br />

de avaliação da conformidade,<br />

órgãos regulamentadores, profissionais<br />

independentes e associações<br />

de avaliação da conformidade.<br />

Cabe destacar a apresentação<br />

do prof. James H. Lambert, P.E.,<br />

F.IEEE, F.ASCE, F.SRA, D.WRE,<br />

Ph.D – University of Virginia, com<br />

o tema Compliance and Risk Management<br />

in the 4th Revolution,<br />

onde foi abordada a utilização das<br />

ferramentas baseadas em sistemas<br />

ciber-físicos, Internet das<br />

Coisas e Computação em Nuvem<br />

em análise riscos.<br />

Seguiram-se as apresentações<br />

Automação e Sociedade na Revolução<br />

4.0: Um olhar para o Brasil<br />

- Prof. Eduardo Mario Dias – USP e<br />

Dr. Vidal Melo – GAESI/POLI Coordenador<br />

do GAESI – Gestão em Automação<br />

& TI; onde foi visto como as<br />

tecnologias para automação podem<br />

auxiliar na redução de acidentes; no<br />

aumento da produtividade; na redução<br />

de custos, na eliminação de<br />

processos, entre outros.<br />

A Fiat Chrysler Automobiles (FCA)<br />

apresentou a palestra sobre Manufatura<br />

Automotiva 4.0 – Experiência da<br />

FCA - Marcelo Mendes Lima – Coordenador<br />

de Engenharia de Manufatura<br />

da FCA, onde foram apresentadas<br />

as tecnologias atuais utilizadas na<br />

FCA, onde se combinam a realidade<br />

virtual e o real para adicionar informações<br />

em tempo real; a existência das<br />

fábricas conectadas e inteligentes, entre<br />

outras coisas, isto proporciona que<br />

as metas de qualidade alcançadas antes<br />

do tempo e lançamento com zero<br />

desperdícios e perdas.<br />

Situação Atual da Indústria 4.0 na<br />

Cadeia de Têxtil e Confecção, foi exposta<br />

pelo SENAI/CETIQT - Robson<br />

Wanka – Gerente de Educação, que<br />

mostrou a 1ª Fábrica de Confecção<br />

4.0 do Brasil –CETIQT/RJ, onde<br />

foram apresentadas as principais<br />

tecnologias adotadas: Manufatura<br />

Acionada pelo Consumidor; Robótica,<br />

Automação e Virtualização; Realidade<br />

Aumentada; Realidade Virtual; Sistemas<br />

de Visão; Sensores, Atuadores<br />

e Interfaces Homem Máquina –IHM;<br />

IoT(Internet das Coisas) & CloudComputing;<br />

Big Data & Analytics; AI -Inteligência<br />

Artificial; e Sistemas de<br />

Integração Horizontal e Vertical.<br />

Foi também apresentado um<br />

Programa de Fortalecimento Têxtil<br />

e Confecção, trabalho em conjunto<br />

do SENAI CETIQT e ABIT (Associação<br />

Brasileira da Indústria Têxtil e<br />

de Confecção), que prevê um foco<br />

no aumento da competitividade das<br />

empresas dos setores têxtil e de<br />

confecção, por meio de soluções<br />

customizadas de Educação e Tecnologia,<br />

com apoio da Rede de Institutos<br />

SENAI Tecnologia.<br />

A Agência Nacional de Transportes<br />

Terrestres – ANTT, apresentou<br />

ANTT 4.0 – Desburocratizando a regulação<br />

de transporte - Thiago Martorelly<br />

Quirino de Aragão – Especialista<br />

em Regulação de Transportes,<br />

onde a Agência expôs as ações que<br />

estão em curso utilizando as tecnologias<br />

para automação e troca de<br />

dados on-line, que são as seguintes:<br />

Fiscalização Eletrônica e Canal<br />

Verde Brasil;<br />

Documento de Transporte Eletrônico<br />

(DTE);<br />

Processo e Habilitação Eletrônica<br />

do Transportador;<br />

Compartilhamento eletrônico<br />

de informações.<br />

Estas ações propiciaram um aumento<br />

de 11.000% na fiscalização<br />

de veículos de cargas através do<br />

CANAL VERDE BRASIL; além de<br />

aumentar a eficiência no transporte<br />

multimodal, com melhor gestão de<br />

acessos portuários.<br />

O Inmetro também apresentou<br />

sua visão e ações para acompanhar<br />

a necessidade de adequação<br />

aos novos conceitos na atividade<br />

de acreditação. As iniciativas do Inmetro<br />

para esta área são chamadas<br />

Acreditação 4.0.<br />

O Coordenador Geral de Acreditação,<br />

Marcos Aurélio Lima de Oliveira,<br />

apresentou as iniciativas já<br />

existentes na área de acreditação<br />

utilizando-se de tecnologias como a<br />

internet móvel, inteligência artificial,<br />

automação de processos.<br />

As principais iniciativas apresentadas<br />

foram:<br />

Validação de relatórios de avaliação<br />

realizados por softwares utilizando<br />

algoritmo validador;<br />

Leitura de relatório de avaliação<br />

realizado por inteligência artificial<br />

(software com algoritmos que<br />

aprende as palavras-chave de cada<br />

requisito normativo);<br />

Avaliação de organismos de<br />

avaliação da conformidade de forma<br />

remota.<br />

“Acreditação é confiança e se não<br />

acompanhar o dinamismo do mundo<br />

sua confiança será inócua. ”, declarou<br />

o Coordenador Geral de Acreditação<br />

do Inmetro demonstrando<br />

que se a acreditação não estiver<br />

emparelhada com as tendências<br />

mundiais não conseguirá cumprir<br />

seu papel com a eficiência que a<br />

sociedade exige de nossa atividade,<br />

que é proporcionar confiança aos<br />

serviços de avaliação da conformidade<br />

oferecidos pelos organismos<br />

acreditados.<br />

Aldoney Freire Costa é<br />

Pesquisador-Tecnologista do<br />

Instituto Nacional de<br />

Metrologia, Qualidade e<br />

Tecnologia (Inmetro),<br />

atuando como Coordenador<br />

de Operações de Acreditação.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

35


Espectrometria de Massas<br />

A espectrometria de massas<br />

e a química analítica<br />

36<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

A espectrometria de massas é<br />

uma técnica analítica que qualifica<br />

e quantifica a matéria presente no<br />

universo. Consiste em analisar os<br />

átomos e moléculas por meio da relação<br />

massa/carga (m/z) dos íons de<br />

analitos no estado gasoso. A ciência<br />

que explora a espectrometria de<br />

massas é conhecida como “físico-<br />

-química dos íons na fase gasosa”.<br />

O estudo da espectrometria de<br />

massas envolve três itens principais:<br />

o instrumento analisador, denominado<br />

“espectrômetro de massas”,<br />

os resultados deste analisador, representados<br />

pelos “espectros de<br />

massas” e as “aplicações” em diferentes<br />

áreas da ciência que este<br />

analisador é utilizado.<br />

O espectrômetro de massas é o<br />

instrumento analítico composto de<br />

um compartimento fechado à vácuo<br />

para não ter interferência com a atmosfera.<br />

Dentro do compartimento<br />

existem três seções que caracterizam<br />

o espectrômetro de massas: A<br />

“Fonte de íons” em que a amostra<br />

gasosa a ser analisada e convertida<br />

em íons. O “Analisador” em que os<br />

íons são separados e discriminados<br />

em função da sua razão massa/<br />

carga (m/z) e o “Detector de íons”<br />

em que os íons são detectados e<br />

transmitidos para um sistema de<br />

processamento de dados, resultando<br />

o espectro de massas. A Figura<br />

1 apresenta as diferentes alternativas<br />

utilizadas no espectrômetro de<br />

massas. Estas alternativas dão a<br />

característica de aplicabilidade do<br />

espectrômetro de massas.<br />

O espectro de massas consiste<br />

em um gráfico bidimensional, cujas<br />

coordenadas representam a razão<br />

(m/z) na abscissa, com unidade Dalton<br />

(Da), e na ordenada o número<br />

de íons detectados, representada<br />

em porcentagem (%) relativa ao íon<br />

mais intenso do espectro, conhecido<br />

como íon base. Por meio da leitura<br />

correta dos íons fragmentos do espectro<br />

de massas é possível deduzir<br />

a molécula em estudo.<br />

A técnica pode ser aplicada em<br />

diversas áreas da ciência. Historicamente,<br />

a descoberta da estrutura da<br />

matéria, tais como a existência dos<br />

elétrons e dos isótopos da maioria<br />

dos elementos químicos da tabela<br />

periódica, foi possível graças à sua<br />

aplicação na ciência física e química,<br />

analisando algumas centenas de<br />

Daltons. Logo, com o desenvolvimento<br />

de novos instrumentos, a sua<br />

aplicação passou a ser explorada<br />

na ciência biológica, especialmente<br />

na medicina, analisando proteínas e<br />

outras moléculas de massa molecular<br />

acima de milhares de Daltons.<br />

O desenvolvimento da espectrometria<br />

de massas é interessante e<br />

acompanha a evolução da inteligência<br />

humana. Quem inventou este<br />

analisador foi o físico inglês Joseph<br />

John Thomson (1856-1940) no ano<br />

de 1897. Certamente ele “subiu<br />

nos ombros dos gigantes”, tal como<br />

Newton sugere, para descobrir novos<br />

avanços na ciência. Os gigantes<br />

que J.J. Thomson “subiu” foram:<br />

Otto von Guericke (1602-1686) físico<br />

alemão que em 1650 descobre<br />

novas maquinas para gerar vácuo.<br />

Michael Faraday (1791-1867) e<br />

James Maxwell (1831-1879) foram<br />

outros gigantes que abriram o caminho<br />

para compreensão do eletromagnetismo.<br />

Faraday desenvolveu<br />

a eletroquímica e definiu termos<br />

importantes na espectrometria de<br />

massas, tais como ânodo, cátodo e<br />

íons positivos e negativos. Maxwell<br />

formulou a teoria do eletromagnetismo,<br />

fornecendo base da espectrometria<br />

de massas, onde os íons,<br />

no interior do analisador de massas,<br />

são separados e discriminados em<br />

função a sua razão m/z.<br />

Mas um dos gigantes que impulsionou<br />

o descobrimento da espectrometria<br />

de massas foi o físico britânico<br />

William Crookes (1832-1919)<br />

Figura 1: Diagrama das diferentes técnicas alternativas<br />

Figura 1: Diagrama das diferentes técnicas alternativas utilizadas no<br />

utilizadas no espectrômetro de massas.<br />

espectrômetro de massas.<br />

que desenvolveu o “Tubo de Raios<br />

Catódicos”. Este instrumento era<br />

um tubo de vidro fechado à vácuo<br />

com dois eletrodos metálicos, onde<br />

era aplicada correntes elétricas positivas<br />

e negativas. O efeito produzia<br />

um feixe de luz visível esverdeada.<br />

Várias experiências foram realizadas<br />

pelos pesquisadores com este tubo.<br />

Uma delas foi realizada pelos físicos<br />

alemães Johann Hittorf e Julius Plucker,<br />

em 1869, conseguindo deslocar<br />

o feixe de luz visível esverdeada<br />

por meio de um imã externo ao tubo<br />

de vácuo.<br />

Esta experiência com o Tubo de<br />

Raios Catódicos empolgou o pesquisador<br />

J.J. Thomson que, ao<br />

modificar a geometria deste tubo,<br />

desenvolveu o primeiro espectrômetro<br />

de massas. As partes do<br />

primeiro espectrômetro são equivalentes<br />

às já enunciadas anteriormente:<br />

fonte de íons, analisador e<br />

detector. Como detector foi utilizado<br />

uma placa fotográfica para registrar<br />

o caminho ótico dos íons, obtendo<br />

geometrias parabólicas. A matemática<br />

na espectrometria de massas<br />

está presente já que a geometria<br />

do caminho dos íons é de suma<br />

importância para interpretação dos<br />

espectros de massas. Por meio do<br />

primeiro espectrômetro de massas,<br />

J.J. Thomson consegue medir<br />

a relação massa/carga do elétron<br />

que, então, não era conhecido, denominando<br />

“partícula corpuscular”.<br />

Naquela época, acreditava-se que o<br />

átomo era uma partícula indivisível,<br />

tal como o grego Demócrito formulou<br />

no ano 400 a.C. (“a” significa<br />

“sem” e “tomo” significa “divisão”<br />

em grego). O físico inglês John Dalton<br />

(1766-1844) reforçou esta teoria<br />

postulando em 1803 que “Toda<br />

matéria, sólida, líquida ou gasosa<br />

consiste Referências de bibliográficas um grande número de<br />

pequenas partículas denominadas<br />

átomos. Nenhum processo químico<br />

poderá criar ou aniquilar os átomos”.<br />

Em homenagem a esta teoria<br />

a unidade da razão massa/carga é<br />

responde que o átomo era como um<br />

pudim inglês, onde as uvas passas<br />

estão localizadas no lado externo e<br />

ao redor do pudim. Certamente a<br />

resposta de Thomson foi pronunciada<br />

Lopes; antes Fábio da hora Cesar do Gozzo; banquete Felipe<br />

Ricardo Vessecchi; Norberto Peporine<br />

da academia influenciando, desta<br />

Augusto Dörr; Michael Murgu; Daniel Temponi Lebre; Renato Abreu; Oscar<br />

forma, no primeiro modelo atômico.<br />

Vega Bustillos; José Manuel Riveros. Pela “Nomenclaturas descoberta de dos espectrometria elétrons, J.J. de<br />

chamada massas de em Daltons. língua portuguesa”. Quím. Nova Thomson vol.34 recebeu no.10 São o Paulo premio 2011. Nobel<br />

Além do elétron, J.J. Thomson de Física de 1906.<br />

e seu aluno Francis William Aston<br />

(1877-1945) descobrem os isóto-<br />

Referências bibliográficas<br />

• Ricardo Vessecchi; Norberto Peporine Lo-<br />

pos *Oscar 20Ne Vega e Bustillos 22Ne do gás Neônio.<br />

Foi assim que na reunião da Real pes; Fábio Cesar Gozzo; Felipe Augusto Dörr;<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio<br />

Academia de Ciência na Inglaterra<br />

Pesquisas no ano Energéticas de 1897, e J.J. Nucleares Thomson IPEN/CNEN-SP nato Abreu; Oscar Vega Bustillos; José Manuel<br />

Michael Ambiente Murgu; CQMA Daniel do Temponi Instituto Lebre; de Re-<br />

anuncia que o átomo é uma partícula<br />

55 divisível. 11 3133 9343 Ele chegou a esta con-<br />

Riveros. “Nomenclaturas de espectrometria<br />

de massas em língua portuguesa”. Quím.<br />

Nova vol.34 no.10 São Paulo 2011.<br />

clusão após verificar que a massa<br />

da partícula corpuscular descoberta<br />

ovega@ipen.br<br />

(elétron) era menor que a massa do<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

elemento www.vegascience.blogspot.com.br<br />

mais leve da tabela periódica,<br />

o Hidrogênio. Esta descoberta e Meio Ambiente CQMA do Instituto de<br />

Pesquisador do Centro de Química<br />

deixou eufórica à comunidade científica.<br />

A primeira pergunta da plateia<br />

IPEN/CNEN-SP<br />

Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />

para o Professor Thomson foi: Como<br />

55 11 3133 9343<br />

ovega@ipen.br<br />

ele concebia o modelo atômico? Ele<br />

www.vegascience.blogspot.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

37


Arena Técnica<br />

Gestão integrada e inteligente<br />

Conheça o I.CONTROL, o mais novo produto da Arena Técnica, único sistema de gestão SGQ/SGI<br />

do mercado que monitora automaticamente a atualização de normas técnicas referenciadas nos<br />

documentos ou instruções internas.<br />

O I.CONTROL permite a interatividade<br />

entre os usuários na<br />

própria plataforma, nos moldes<br />

de uma rede social, agilizando<br />

a comunicação entre equipes e<br />

também o desígnio de funções e<br />

tarefas. Além disso, também avisa<br />

sobre prazos de validade de documentos<br />

internos e de certificados<br />

e licenças - documentos quase<br />

sempre indispensáveis para o funcionamento<br />

da empresa, evitando<br />

a correria e gastos extras para renovação<br />

de última hora.<br />

38<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Ferramenta praticamente indispensável<br />

para empresas conscientes<br />

e comprometidas com<br />

seus clientes. Em um mundo<br />

cada vez mais dinâmico e globalizado,<br />

os sistemas de gestão da<br />

qualidade (SGQ) e integrado (SGI)<br />

eliminam os riscos de utilização<br />

indevida de normas, organizam e<br />

facilitam a implementação do controle<br />

efetivo de políticas, objetivos,<br />

procedimentos e instruções de<br />

trabalho (práticas) - aumentando a<br />

eficiência de suas operações.<br />

No entanto, quando esses processos<br />

internos estão vinculados<br />

a normas técnicas de entidades<br />

normalizadoras, existe a necessidade<br />

constante de checagem por<br />

atualizações – que, hoje, normalmente<br />

é um processo manual e<br />

ineficiente. Apesar disso, é um<br />

trabalho fundamental, já que o<br />

descompasso com a regulamentação<br />

vigente pode ter implicações<br />

legais que podem comprometer<br />

a imagem da empresa, sua<br />

produção e a comercialização de<br />

seus produtos e serviços, chegando<br />

até a gerar significativos<br />

prejuízos financeiros.<br />

Gestão Inteligente<br />

O I.CONTROL possui a solução<br />

que realiza, concomitantemente,<br />

a gestão unificada de documentos<br />

do SGQ/SGI da sua empresa<br />

e o monitoramento automático de<br />

normas e regulamentos de entidades<br />

externas, vinculadas ao seu<br />

sistema. É o único SGI que oferece<br />

esta funcionalidade no mercado.<br />

Na criação de novos procedimentos,<br />

o I.CONTROL informa<br />

qual norma ou regulamento deve<br />

ser utilizado, a versão mais re-<br />

cente e os adendos e/ou erratas<br />

que estão disponíveis. E, para os<br />

documentos internos já existentes,<br />

são emitidos alertas sistemáticos,<br />

avisando os usuários designados<br />

quando há procedimentos<br />

ou instruções que precisam ser<br />

atualizados naquele mês, devido<br />

a alterações.<br />

Dessa forma, os gestores têm<br />

sempre a certeza de estarem utilizando<br />

a norma correta, devidamente<br />

atualizada.<br />

A eficiência dos funcionários também<br />

é maximizada, uma vez que<br />

a checagem manual não é mais<br />

necessária e a atuação nos documentos<br />

internos acontece somente<br />

quando há, de fato, uma atualização<br />

externa. Além disso, relatórios de<br />

uso interno e/ou para auditorias são<br />

gerados em poucos cliques, de forma<br />

rápida e automática.<br />

Como funciona<br />

É no processo de cadastramento<br />

dos documentos internos que<br />

é feito o relacionamento com as<br />

normas e regulamentos externos<br />

- que a partir daí passam a ser<br />

monitorados automaticamente. A<br />

Arena Técnica coleta dados das<br />

principais entidades para acompanhamento<br />

da atualização de<br />

seus acervos.<br />

São mais de um milhão de normas<br />

indexadas de entidades normalizadoras<br />

e/ou regulamentadoras<br />

como ABNT, ASTM, ASME,<br />

BSI, CEN CENELEC, DIN, INME-<br />

TRO, ISO, MTPS, NFPA, SAE, PE-<br />

TROBRÁS, UNECE WP29 e muitas<br />

outras. Além disso, também faz o<br />

monitoramento sob demanda de<br />

normas que não constem na sua<br />

base de dados.<br />

O cliente pode optar por gerenciar<br />

e alimentar a plataforma<br />

ou contratar também o serviço<br />

de gestão do sistema, com o suporte<br />

total durante todo o período<br />

de contrato. Com essa opção, a<br />

empresa não precisa se preocupar<br />

em cadastrar normas, regulamentos<br />

e procedimentos no<br />

sistema - tudo será feito pelo administrador<br />

da ARENA TÉCNICA.<br />

Toda a organização do sistema,<br />

de modo a possibilitar a geração<br />

de relatórios para auditorias, pode<br />

ser feito em até uma semana.<br />

Sobre a Arena Técnica<br />

Startup fomentada com o apoio<br />

do Centro de Inovação, Empreendedorismo<br />

e Tecnologia da Universidade<br />

de São Paulo (Cietec<br />

- USP), a Arena Técnica<br />

(www.arenatecnica.com.br)<br />

tem como missão prover informação<br />

atualizada à indústria e<br />

seus agentes para aumentar a<br />

qualidade, segurança e competitividade<br />

do seu produto final.<br />

A <strong>Analytica</strong> e a Arena Técnica<br />

firmaram uma parceria que tem<br />

por objetivo informar, aos leitores,<br />

as opções de normas ou projetos<br />

de normas que possam estar<br />

vinculados aos artigos publicados<br />

- além de entregar opções<br />

com mudanças muito recentes e<br />

outras com recomendações que<br />

manterão o leitor sempre informado<br />

e em dia.<br />

Entre em contato conosco, sem<br />

qualquer compromisso, que será<br />

um prazer nos reunirmos com<br />

você e detalharmos todas as vantagens<br />

que a nossa solução pode<br />

trazer para a sua empresa.<br />

Arena Técnica<br />

+55 11 3862 1033<br />

www.arenatecnica.com<br />

info@arenatecnica.com<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

39


Análise de Minerais<br />

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS) em nível n<br />

(INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION) em nível<br />

de produtos comercializados no mercado externo. Nesta norma estão presente<br />

massa máxima que pode ser retida em uma peneira, sendo essa variável depen<br />

densidade do material processado, além da área e abertura da peneira utilizada<br />

Autores<br />

Alisson Cruz1; Eduardo Melo2; Bruno Castro3<br />

1- Estagiário de Engenharia Química, CSN Mineração;<br />

2- Gerente de Desenvolvimento e Laboratório, CSN Mineração;<br />

3- Analista de Garantia da Qualidade, CSN Mineração;<br />

Para aberturas superiores ou iguais à 22,4 mm é utilizada a seguinte relaçã<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET JUN/JUL 18<br />

Minério de Ferro<br />

Análise da influência da densidade para<br />

cálculos de massa máxima<br />

retida em aberturas de<br />

peneiras inferiores a 4 mm<br />

em análises granulométricas<br />

Resumo<br />

Ter conhecimento a respeito da quantidade de massa<br />

a ser utilizada em uma análise granulométrica é fundamental<br />

para se obter uma melhor precisão e eficiência<br />

na mesma, além de evitar sobrecargas de peso no equipamento<br />

de peneiramento utilizado.<br />

Um método para se estabelecer a massa a ser utilizada<br />

é por meio do conhecimento da massa máxima<br />

que pode ficar retida em uma peneira após a realização<br />

do ensaio de peneiramento. Atualmente, a metodologia<br />

de referência que define os parâmetros relacionados ao<br />

ensaio granulométrico por peneiramento para minério<br />

de ferro é a ABNT NBR ISO 4701:2008, sendo nela demonstrada<br />

a forma de cálculo de massa máxima retida<br />

em uma peneira após cessado o peneiramento, utilizando<br />

relações que dependem do valor de abertura da tela,<br />

o diâmetro da peneira utilizada e a densidade do material<br />

processado.<br />

Este estudo objetivou a análise do cálculo de massa<br />

máxima retida para aberturas de peneiras inferiores à<br />

4 mm, no qual, conforme a norma em vigor, as massas<br />

são fixadas para uma densidade de 2300 kg/m³ e variam<br />

com o tamanho de abertura da peneira. Este trabalho<br />

avalia o efeito do uso desta para minérios com densidades<br />

diferentes, tendo sido encontradas variações de até<br />

38,48% ao utilizar densidades de minérios usualmente<br />

encontrados no mercado.<br />

Concluiu-se que a densidade do material possui grande<br />

interferência nos cálculos de massa máxima retida<br />

em peneiramento, e que um fator de correção de densidade<br />

deve ser utilizado, principalmente, em análises granulométricas<br />

de “sinter feed”. Desta forma, propõe-se o<br />

uso de um fator de correção de forma a adequar a influência<br />

da densidade na quantidade de massa utilizada na<br />

análise granulométrica por peneiramento.<br />

Palavras chaves: peneiramento, massa, densidade.<br />

Abstract<br />

Knowing the amount of mass to be used in a granulometric<br />

analysis is fundamental to obtain better accuracy<br />

and efficiency in the same and avoiding overloading of<br />

weight in the screening equipment used.<br />

A method of establishing the mass to be used is by<br />

knowing the maximum mass that can be retained in a<br />

sieve after the sieve test has been carried out. Currently,<br />

the reference methodology that defines the parameters<br />

related to the granulometric test by sieving for iron ore is<br />

ABNT NBR ISO 4701: 2008, and it is demonstrated the<br />

form of calculation of maximum mass retained in a sieve<br />

after sieving ceased, using relations which depend on<br />

the aperture value of the screen, the sieve diameter used<br />

and the density of the material processed.<br />

This study aimed at the analysis of the calculation<br />

of the maximum mass retained for openings of sieves<br />

below 4 mm, in which, according to the current norm,<br />

the masses are fixed to a density of 2300 kg / m³ and<br />

vary with the sieve opening size. This work evaluates the<br />

effect of its use on ores with different densities, and variations<br />

of up to 38.48% were found when using mineral<br />

densities usually found in the market.<br />

It was concluded that the density of the material has<br />

great interference in the calculations of the maximum<br />

mass retained in sieving, and that a density correction<br />

factor should be used, mainly, in grain size analyzes of<br />

sinter feed. Therefore, it is proposed to use a correction<br />

factor in order to adjust the influence of the density on<br />

the amount of mass used in the granulometric analysis<br />

by sieving.<br />

Key Words: sieve, mass, density.<br />

Imagem ilustrativa<br />

1. Introdução<br />

m = 0,005+0,0004W*ρ b<br />

*A<br />

máxima que pode No ser caso retida de aberturas em Onde: inferiores a 22,4 mm e superiores ou iguais à 4 mm<br />

uma peneira utilizada: após o processo de m é a massa máxima possível na<br />

Conhecer o tamanho e a distribuição<br />

de tamanhos das partículas<br />

classificação granulométrica, a fim peneira, em gramas.<br />

de determinar qual a massa de alimentação<br />

do equipamento de pe-<br />

b<br />

W é a abertura da peneira, em mm.<br />

m = 0,0007*W*ρ<br />

é um pré-requisito necessário em<br />

*A<br />

é a densidade aparente do material<br />

em kg/m³, determinada de<br />

muitos processos industriais. Para<br />

neiramento, tendo garantido, assim,<br />

isso, o método comumente utilizado<br />

a máxima eficiência Onde: para análise acordo com a ISO 3852.<br />

é o peneiramento. O peneiramento<br />

granulométrica.<br />

A é a área da peneira, em m².<br />

ou a classificação granulométrica é<br />

O conhecimento • da m massa é a massa máxima<br />

retida, além • de W ter é relevância a abertura da Para peneira, o caso em de mm. aberturas infe-<br />

máxima possível na peneira, em gramas.<br />

o estudo do comportamento de um<br />

conjunto de partículas com diferentes<br />

tamanhos, utilizando uma série<br />

na análise de eficiência de peneiramento,<br />

contribui<br />

riores à 4 mm, o cálculo de massa<br />

•<br />

no<br />

ρ cuidado<br />

é a densidade<br />

do máxima<br />

aparente<br />

é estabelecido<br />

do material<br />

com<br />

em<br />

valores<br />

kg/m³, determinada de acord<br />

de aberturas padronizadas, nas<br />

equipamento utilizado • A é por a área evitar da peneira, fixos para em cada m². abertura, em uma<br />

quais uma determinada classe de<br />

sobrecargas de materiais e por densidade de referência (2300<br />

tamanho passa ou fica retida.<br />

contribuir na significativa Para o caso melhora de aberturas kg/m³). inferiores Para outras à densidades, 4 mm, o cálculo a de massa máxim<br />

Portanto, o peneiramento é a técnica<br />

utilizada para a determinação<br />

da precisão valores do ensaio fixos de análise para cada referida abertura, norma em cita uma que os densidade valores de referência (2300<br />

granulométrica.<br />

devem ser alterados proporcionalmente,<br />

da massa que cada faixa especificada<br />

de tamanho de partículas<br />

Atualmente,<br />

densidades,<br />

a metodologia<br />

a referida<br />

de<br />

norma cita<br />

o qual<br />

que<br />

não<br />

os<br />

está<br />

valores<br />

claramente<br />

na descrito mesma. na Tais mesma. dados Tais estão dados presentes no anexo C da<br />

devem ser alterados proporci<br />

referência que está analisa claramente os fatores descrito<br />

representa na massa total ensaiada,<br />

fornecendo informações como<br />

relacionados ao peneiramento para estão presentes no anexo C da<br />

análise granulométrica 2. JUSTIFICATIVA é a ABNT norma.<br />

tamanho máximo, mínimo e médio<br />

NBR ISO 4701:2008, que é o método<br />

aprovado pela Foi ABNT observado (ASSO- que em 2. faixas Justificativa de abertura com valores maiores que 4 mm h<br />

das partículas, distribuição de frequência<br />

e acumulativa destas. A<br />

CIAÇÃO BRASILEIRA da densidade DE NORMAS no cálculo de Foi massa observado máxima, que em o que faixas pode ser observado por m<br />

partir de tais informações, pode-<br />

TÉCNICAS) em nível nacional; e<br />

-se efetuar o ajuste de modelos de<br />

pela ISO (INTERNATIONAL<br />

(2). Para aberturas<br />

ORGAinferiores<br />

de abertura a mm com não valores há uma maiores<br />

que 4 mm há uma influência<br />

relação que demonstra isso<br />

distribuição granulométrica a partir<br />

NIZATION FOR apenas STANDARTIZATION) mencionado que<br />

clara<br />

os valores<br />

da densidade<br />

tabelados<br />

no cálculo<br />

no anexo<br />

de<br />

C da norma utilizada<br />

de uma amostra, nos quais os parâmetros<br />

são utilizados no projeto de<br />

em nível internacional, proporcionalmente. no caso de massa máxima, o que pode ser<br />

produtos comercializados no mercado<br />

externo. Nesta Portanto, norma este estão estudo (1) objetivou e (2). Para a aberturas análise da inferiores influência de alterações de de<br />

observado por meio das relações<br />

diversos equipamentos de classificação<br />

e separação, como peneiras<br />

presentes formas de se obter a<br />

Atualmente,<br />

industriais, separadores magnéticos,<br />

ciclones e hidrociclones.<br />

massa máxima<br />

a de metodologia valores de massa<br />

que pode ser<br />

de<br />

retida<br />

referência máxima a 4 mm que não analisa pode há uma ficar os relação retida fatores em que relacionados uma peneira ao em peneiram abertur<br />

para análise Atualmente, em uma granulométrica peneira, estabelecer a metodologia sendo é essa a adequação<br />

demonstra<br />

ABNT vari-<br />

referência NBR do ISO uso que por<br />

isso<br />

4701:2008, analisa meio<br />

de<br />

do<br />

forma<br />

os que emprego<br />

direta,<br />

fatores é o método relacionados de um aprovado fator (razão) ao peneira pela par<br />

sendo apenas mencionado que os<br />

A<br />

Um importante fator a ser analisado<br />

em um processo de penei-<br />

(INTERNATIONAL<br />

(ASSOCIAÇÃO para ável análise dependente granulométrica correções. BRASILEIRA de fatores Para é a como ABNT DE isso, NORMAS foram valores NBR realizadas ISO tabelados TÉCNICAS) 4701:2008, no análises anexo que em granulométricas C é da o nível método nacional; aprovado utilizando e pela<br />

densidade do material<br />

ORGANIZATION<br />

processado,<br />

(ASSOCIAÇÃO comumente FOR STANDARTIZATION) internacional, no<br />

ramento é a eficiência da análise<br />

além da área e abertura<br />

BRASILEIRA encontradas<br />

da peneira<br />

DE norma NORMAS nos produtos utilizada TÉCNICAS) deverão disponíveis ser alterados<br />

em comercialmente nível nacional; (“sinter e pelf<br />

de (INTERNATIONAL produtos<br />

granulométrica, sendo ela influenciada<br />

por diversos fatores, tais de produtos comercializados no mercado externo. Nesta norma estão presentes formas de se<br />

utilizada, comercializados como<br />

fixando<br />

a seguir: ORGANIZATION valores no mercado de diâmetro FOR externo. da proporcionalmente.<br />

STANDARTIZATION) peneira Nesta norma utilizada. estão presentes em nível internacional, formas de se ob<br />

Portanto, este estudo objetivou a<br />

n<br />

massa máxima que pode ser retida em uma peneira, sendo essa variável dependente de fatores c<br />

como: escolha adequada do tipo densidade massa<br />

Para<br />

máxima do material aberturas 3. METODOLOGIA análise da influência de alterações<br />

que pode processado, superiores<br />

ser retida além ou<br />

em da uma de área densidades peneira, e abertura sendo nos cálculos da essa peneira variável de valores<br />

utilizada, dependente como a de seguir: fatores<br />

e meio de peneiramento, o tempo<br />

iguais à 22,4 mm é utilizada a seguinte<br />

aberturas relação: do material processado, além densidade<br />

em que as partículas estão submetidas<br />

aos meios de peneiramento, a Para aberturas superiores granulométrica; ou iguais à<br />

Para<br />

da área<br />

de massa<br />

e abertura<br />

máxima<br />

da<br />

que<br />

peneira<br />

pode<br />

utilizada, como a seguir<br />

superiores 3.1. Seleção ou iguais de minérios à 22,4 ficar mm retida a é serem utilizada em uma analisados a peneira seguinte em e relação: identificação de malh<br />

aberturas<br />

22,4 mm<br />

inferiores<br />

é utilizada<br />

a 4 mm<br />

a seguinte<br />

e estabelecer<br />

a adequação do uso por<br />

relação:<br />

quantidade de massa de material a m = 0,005+0,0004W*ρ b<br />

*A<br />

ser processado, o tipo e dimensões<br />

meio do emprego de um fator (razão)<br />

(1) m = 0,005+0,0004W*ρ<br />

do equipamento utilizado, a limpeza<br />

b<br />

*A<br />

No caso de aberturas inferiores a 22,4 mm<br />

para<br />

e superiores<br />

se realizar eventuais<br />

ou iguais<br />

correções.<br />

Para isso, foram realizadas<br />

à 4 mm, a seguinte relaç<br />

adequada dos meios de peneiramento,<br />

entre outros. Como citado,<br />

utilizada: No caso de a<br />

a No caso de aberturas inferiores a 22,4 análises mm granulométricas e superiores ou utilizando iguais à 4 mm, a seguinte rel<br />

22,4 mm e superiores ou iguais à 4<br />

massa de minério a ser processado utilizada:<br />

valores de densidades comumente<br />

mm,<br />

por ensaio é uma variável de processo<br />

extremamente importante de m = 0,0007*W*ρ b<br />

m = a 0,0007*W*ρ seguinte relação b<br />

*A é utilizada: encontradas nos produtos disponíveis<br />

comercialmente (“sinter feed”<br />

*A<br />

ser analisada. Nesse intuito, surge Onde:<br />

e “pellet feed”), fixando valores de<br />

(2)<br />

o interesse em identificar a massa Onde:<br />

diâmetro da peneira utilizada.<br />

• m é a massa máxima possível na peneira, em gramas.<br />

• • W m é a é abertura a massa máxima da peneira, possível em mm. na peneira, em gramas.<br />

41<br />

• • ρ W é a é densidade a abertura aparente da peneira, do em material mm. em kg/m³, determinada de acordo com a ISO 3852<br />

• • A ρé a é área a densidade da peneira, aparente em m². do material em kg/m³, determinada de acordo com a ISO 38<br />

• A é a área da peneira, em m².<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18


Análise de Minerais<br />

Na tabela 2 estão presentes densidades desses produtos, no qual foram selecionados os valores<br />

máximos, mínimos e médios dos valores de densidades catalogados. Essa forma de análise foi objetivou demonstrar a influência<br />

adotada com o objetivo de estudar toda a faixa de densidades da utilização desse fator para uma<br />

Após a identificação possível desses das densidades materiais. comuns para os produtos<br />

ampla<br />

de interesse<br />

faixa de densidades.<br />

de análise,<br />

Como<br />

foram<br />

calculadas as massas máximas alterando proporcionalmente para o cálculo esses de valores massa de máxima densidades,<br />

Tabela 2 – Valores de Densidades para o “sinter feed” e o “pellet feed”<br />

possui<br />

3. Metodologia<br />

Tabela 2 – Valores de Densidades para conforme o “sinter feed” mencionado e o “pellet feed” na norma, tendo como referência os valores influência para direta a densidade da densidade 2300 do<br />

kg/m³. Após a identificação das densidades comuns para os produtos material, de interesse área e abertura de análise, de peneiramento,<br />

fixaram-se tamanhos Informações calculadas “Sinter as feed” massas “Pellet máximas feed" alterando proporcionalmente para esses valores de densidades,<br />

foram<br />

3.1 Seleção de minérios a<br />

serem analisados e identificação<br />

de malhas usadas na aná-<br />

proporcional entre massa e densidade e com isto, criou-se um fator calculados de correção para casos que de efetuasse 200 mm a<br />

Para análise da influência da densidade, admitiu-se uma diâmetros relação de linear peneira, e diretamente tendo sido<br />

conforme mencionado na norma, tendo como referência os valores para a densidade de 2300<br />

lise granulométrica;<br />

Densidade máxima (Kg/m³) kg/m³.<br />

alteração Após 3185<br />

proporcional a identificação 2478 das massa densidades máxima para comuns qualquer para os valor produtos de e densidade. 300 interesse mm para de peneiras análise, redondas,<br />

que são informados na norma<br />

foram<br />

Buscando atingir resultados para<br />

calculadas<br />

situações reais, primeiramente,<br />

Para análise as massas da influência máximas alterando<br />

Densidade mínima (Kg/m³) 2098 2225<br />

ρ<br />

da densidade, proporcionalmente admitiu-se uma para relação esses valores linear de e diretamente densidades,<br />

foram identificados minérios que<br />

conforme Fator de correção = b<br />

ABNT NBR ISO 4701:2008. Os<br />

proporcional mencionado entre massa na<br />

2300 e norma,<br />

kg/m³ densidade tendo e com como isto, referência criou-se os um valores<br />

resultados fator de para correção a densidade<br />

obtidos foram que efetuasse de 2300 (3)<br />

relaciona-dos<br />

densidade.<br />

possuem em sua análise granulométrica<br />

peneiras com aberturas<br />

Onde 2655 ρ 2352<br />

alteração kg/m³. proporcional de massa máxima para qualquer valor de<br />

Densidade média (Kg/m³) em tabelas.<br />

b<br />

é a densidade aparente do produto de interesse. Na segunda etapa, foi analisada<br />

inferiores a 4 mm. Com isso, foram<br />

Para análise da influência ρ da densidade, admitiu-se uma relação linear e diretamente<br />

Fator de correção = b<br />

a influência das densidades em (3)<br />

selecionadas amostras de minérios,<br />

proporcional Dessa forma, entre os massa<br />

2300<br />

valores e densidade<br />

kg/m³<br />

massa e com máxima isto, criou-se para cada um abertura<br />

comercialmente conhecidos como<br />

cado de mineração, objetivando<br />

situações fator de de correção com peneira valores que são reais, efetuasse obtidos utili-zando<br />

densidade. os na valores norma encontrados para a densidade para<br />

ingir resultados para situações reais, 3.3. primeiramente, Realização de foram cálculos identificados<br />

massa máxima<br />

“sinter feed” e o “pellet feed”, de<br />

a análise da influência desta para multiplicando alteração retida fator de correção (3) pelos valores de<br />

Onde<br />

proporcional<br />

ρ<br />

o fator de de correção massa máxima (3) pelos para valores qualquer de massa valor fixados de<br />

suem em sua análise granulométrica peneiras com aberturas<br />

diferentes minas do Quadrilátero<br />

cálculo inferiores de massa a máxima 4 mm. retida. massa fixados b<br />

é a densidade aparente do produto de interesse.<br />

de referência (2300 na norma kg/m³). para a densidade<br />

Fator de referência correção (2300 = kg/m³). b<br />

o “sinter feed” e “pellet feed”. Também<br />

se utilizou somente o valor de<br />

ρ<br />

selecionadas amostras<br />

Ferrífero<br />

de minérios,<br />

para realização<br />

comercialmente<br />

do estudo.<br />

conhecidos Na tabela como 2 “sinter estão presentes Dessa forma, os valores 2300 kg/m³ de massa máxima para cada abertura de peneira são obtidos<br />

(3)<br />

feed”, de diferentes minas do Quadrilátero Ferrífero para densidades realização do desses estudo. produtos, no<br />

multiplicando m' = fator de o fator correção*m de correção (2300(3) kg<br />

diâmetro de peneira de 200 mm,<br />

qual foram selecionados os valores<br />

) m 3 pelos valores de massa fixados na norma para a densidade<br />

por ser esse o mais utilizado em<br />

(4)<br />

Tabela 1 – Valores de abertura de<br />

máximos, mínimos e médios dos<br />

de (4) referência<br />

Onde ρ b<br />

é<br />

(2300<br />

a densidade<br />

kg/m³).<br />

aparente do produto de interesse.<br />

s de abertura de peneiras ensaios de análise granulométrica.<br />

peneiras (mm) utilizados (mm) utilizados na análise na análise granulométrica de “sinter feed” e<br />

Sendo:<br />

valores de densidades catalogados. Sendo:<br />

o granulométrica “pellet feed” de “sinter feed” e o<br />

Dessa forma, os valores de massa máxima para cada abertura de peneira são obtidos<br />

Essa forma de análise foi adotada m': = massa fator de máxima correção*m na densidade (2300 kg<br />

3.4 Realização de teste de<br />

“pellet feed”<br />

• multiplicando m': massa máxima<br />

com o objetivo de estudar toda a aparente do<br />

o<br />

material<br />

fator de na correção densidade<br />

usado em<br />

(3) aparente pelos ) valores do material de massa usado fixados em gramas na norma (g). para a densidade<br />

(4)<br />

m 3 análise granulométrica para o<br />

Valores de abertura (mm)<br />

faixa de densidades possível desses • de gramas referência m<br />

Sendo:<br />

(2300 (g). kg/m³): (2300 kg/m³). massa máxima na densidade de 2300 kg/m³ “sinter em gramas feed”. (g).<br />

“Sinter feed” “Pellet feed” materiais.<br />

m (2300 kg/m³): massa máxima<br />

Foram obtidas informações de Figura 1 - Tabela com valores de massa máxima para um material com densidade de 2300 kg/m³<br />

na<br />

Também densidade = fator foram de correção*m realizados<br />

2300 kg/m³ (2300 cálculos<br />

em<br />

kg de diferenças matemáticas entre os valores de massa com<br />

12,500 1,00<br />

massa retida em peneiras no ensaio<br />

de análise granulométrica de<br />

3.3 Realização de cálculos e sem gramas a aplicação (g). do fator de correção<br />

) (4)<br />

presente na ABNT NBR ISO 4701:2008 (Parte 1).<br />

• m': massa máxima na densidade<br />

maparente 3 do material usado em gramas (g).<br />

6,300 0,500<br />

• m (2300 kg/m³): massa máxima na densidade de 2300 kg/m³ em gramas (g).<br />

de massa máxima retida Sendo: Também foram realizados cálculos<br />

∆m Também de = diferenças m ' - foram m 2300 matemáticas realizados kg<br />

en-<br />

comparados com valores de massa<br />

“sinter feed”. Os valores foram<br />

4,750 0,150<br />

Após a identificação das densidades<br />

comuns para os produtos de • e sem<br />

m3 cálculos de diferenças matemáticas entre os valores de massa com (5)<br />

3,350 0,106<br />

tre m': os<br />

a massa aplicação<br />

valores máxima de<br />

do<br />

massa<br />

fator na com densidade e<br />

correção<br />

sem aparente do material usado máxima em gramas retida (g). analisando as diferenças<br />

em de gramas massa resultantes com (g). da a utilização influência da do<br />

2,000 0,075<br />

interesse de análise, foram calculadas<br />

as massas máximas alteran-<br />

densidade.<br />

• a Com m aplicação (2300 os valores kg/m³): do fator obtidos, massa de correção máxima foi calculada na densidade a variação de 2300 percentual kg/m³<br />

1,000 0,053<br />

fator<br />

do proporcionalmente para esses<br />

∆m de = correção. m ' - m 2300 Para isso, kg utilizou-se a seguinte relação:<br />

Também foram realizados m3 (5)<br />

cálculos de diferenças matemáticas entre os valores de massa com<br />

0,500 0,045<br />

valores de densidades, conforme<br />

e sem (5)<br />

%m = ∆m *100% (6)<br />

0,300 -<br />

mencionado na norma, tendo como Com<br />

a aplicação<br />

os m valores<br />

do<br />

obtidos,<br />

fator de<br />

foi<br />

correção<br />

calculada a variação percentual 4. de Resultados massa com a e utilização do<br />

0,212 -<br />

referência os valores para a densidade<br />

de 2300 kg/m³.<br />

culada<br />

fator Com de correção. os valores obtidos, foi cal-<br />

Discussão<br />

Objetivando ∆m = m<br />

a ' Para isso,<br />

- m 2300<br />

variação<br />

estudar kg utilizou-se a seguinte relação:<br />

percentual<br />

a influência da densidade em cálculos de massa máxima em cada<br />

0,150 -<br />

Após a identificação das densidades comuns para os produtos de m3 (5)<br />

interesse de análise, foram<br />

Após a identificação das densidades calculadas<br />

Após Para comuns a<br />

as<br />

identificação análise para massas os da produtos máximas<br />

das influência densidades alterando interesse da comuns peneira<br />

proporcionalmente de massa %m análise, para = com ∆m os foram aberturas *100% produtos a utilização para<br />

de<br />

esses<br />

inferiores interesse do valores fator de a<br />

de<br />

4 análise, mm,<br />

densidades,<br />

foram a análise foi realizada 4.1 em Influência duas etapas: da densidade. inicialmente, (6)<br />

0,106 calculadas as massas - máximas alterando calculadas<br />

conforme densidade, proporcionalmente mencionado<br />

as massas admitiu-se máximas norma, para uma esses alterando relação tendo valores utilizou-se proporcionalmente correção. Com<br />

como de referência densidades,<br />

os m<br />

valores valores Para para isso, de obtidos, esses densidades utilizou-se valores foi calculada a teóricos de densidades, a entre variação os valores percentual máximos Como de massa e citado, mínimos com estão a dos presentes utilização produtos na do<br />

os valores para a densidade de 2300<br />

conforme mencionado na norma, tendo kg/m³.<br />

conforme linear como e mencionado referência diretamente os na valores norma, proporcional para tendo a encontrados. como fator densidade seguinte Objetivando referência correção. de relação: 2300 Essa os estudar valores Para análise isso, para a objetivou influência utilizou-se a densidade demonstrar da a seguinte densidade 2300 a relação: influência em cálculos da norma utilização de as massa massas desse máximas fator para em retidas uma cada<br />

Como aberturas com valores de<br />

kg/m³.<br />

kg/m³. entre massa e densidade e com<br />

para uma densidade de 2300 kg/<br />

com valores de 12,500, 12,500, 6,300 6,300 e 4,750 e 4,750 mm mm são superiores são<br />

ampla peneira faixa para de densidades. Como o cálculo de massa máxima possui influência direta da<br />

isto, Para a criou-se análise 4,000 um da mm, influência fator seus de correção da densidade, admitiu-se uma relação linear e diretamente<br />

m³, com diâmetros de peneira de<br />

áxima retida são realizados<br />

superiores<br />

utilizando<br />

a 4,000 mm,<br />

a relação<br />

seus cálculos<br />

proporcional de massa entre máxima massa retida e densidade são proporcional<br />

Para análise da influência da densidade, densidade<br />

%m = ∆m aberturas inferiores a 4 mm, a análise foi realizada em duas etapas: inicialmente,<br />

admitiu-se do<br />

*100%<br />

material, uma relação área e linear abertura e diretamente de peneiramento, fixaram-se tamanhos de diâmetros<br />

(6)<br />

Para análise da influência de<br />

(2), da proporcional densidade, e, que portanto, efetuasse entre admitiu-se não massa a alteração foram uma e densidade relação proporcional<br />

e com proporcional de isto, massa criou-se máxima de um massa fator para máxima qual-<br />

correção peneira, para encontrados. isto, que qualquer efetuasse criou-se tendo valor Essa sido um a de análise fator calculados densidade.<br />

e linear com utilizou-se<br />

(6) isto, e diretamente m<br />

criou-se valores um fator de densidades de correção que teóricos efetuasse entre a os valores máximos e mínimos dos produtos<br />

200 mm 300 mm.<br />

alteração<br />

entre massa e densidade e com<br />

do.<br />

de correção objetivou para que casos demonstrar efetuasse 200 a a mm influência e 300 mm da para utilização Figura<br />

peneiras<br />

1 e desse Figura<br />

redondas, fator 2 para que uma são<br />

realizados alteração utilizando proporcional a relação de massa (2),<br />

Objetivando estudar a influência da densidade em cálculos de massa máxima em cada<br />

máxima alteração proporcional massa máxima<br />

quer para valor qualquer de densidade. valor densidade. informados para ampla qualquer<br />

Objetivando faixa na valor de norma densidades. densidade.<br />

estudar ABNT a influência<br />

tabelas. da densidade em cálculos de (3)<br />

Como NBR ISO o cálculo 4701:2008. de massa Os resultados máxima A partir obtidos possui de valores influência foram de relacionados<br />

ρ massa direta máxima<br />

retida na densidade de 2300<br />

da<br />

e, portanto, não foram analisados Fator de correção = b peneira para aberturas inferiores a 4 mm, a<br />

ρ<br />

de densidades comuns nesse dos estudo. produtos “sinter feed” e “pellet feed”<br />

2300 kg/m³ em<br />

análise foi realizada em duas etapas: inicialmente,<br />

ρ<br />

Fator de correção = b<br />

Fator de correção = b<br />

densidade do material, área e abertura de peneiramento,<br />

(3)<br />

fixaram-se tamanhos diâmetros de<br />

utilizou-se valores<br />

2300 kg/m³<br />

2300 kg/m³<br />

(3) de densidades teóricos entre os valores máximos e mínimos dos produtos<br />

peneira, massa tendo máxima sido em calculados cada peneira para casos de 200 mm e 300 mm kg/m³, para peneiras foram calculadas redondas, massas que são<br />

Onde ρ<br />

das as densidades de “sinter 3.2. feed” Identificação e “pellet de feed” densidades<br />

comuns b<br />

comumente b<br />

é a densidade aparente do produto encontrados.<br />

encontradas no<br />

para Na de segunda interesse. aberturas<br />

Essa etapa, inferiores<br />

análise foi analisada objetivou<br />

a 4 mm, a demonstrar influência das a influência densidades da máximas em utilização situações para desse densidades com fator valores para abaixo reais, uma e<br />

Onde ρ Onde ρ b<br />

é a densidade aparente do produto de interesse.<br />

é a densidade aparente do produto de interesse.<br />

informados na norma ABNT NBR ISO 4701:2008. Os resultados obtidos foram relacionados<br />

dos produtos<br />

utilizando ampla a análise faixa os foi de valores realizada densidades. encontrados em Como duas para o cálculo o “sinter de feed” massa e máxima “pellet acima feed”. possui desse Também influência valor. Os se resultados direta utilizou da<br />

ão, objetivando a análise influência desta para cálculo Dessa<br />

“sinter feed” e “pellet feed” (4)<br />

de forma, massa os máxima valores de massa em máxima tabelas. para cada abertura de peneira são obtidos<br />

Dessa forma, os valores de massa Dessa forma, os valores de massa somente densidade máxima etapas: para o inicialmente, valor do cada material, de abertura diâmetro utilizou-se área de e de peneira abertura va-<br />

são de obtidos peneiramento, 200 mm, por ser fixaram-se esse foram o mais tamanhos agrupados utilizado de nas em diâmetros ensaios tabelas 3 de<br />

multiplicando máxima o para fator cada de correção abertura (3) de pelos peneira valores são de obtidos massa fixados na norma para a densidade<br />

Foram identificadas as densidades<br />

de “sinter feed” e “pellet feed” de referência sa máxima (2300 para kg/m³). cada abertura de os valores máximos e mínimos dos<br />

de 200 mm e 300 mm, respecti-<br />

multiplicando Dessa forma, o fator os de valores correção de (3) mas-<br />

multiplicando o fator de correção (3) pelos análise valores granulométrica.<br />

densidades massa fixados teóricos na norma entre para a densidade<br />

e 4 para os diâmetros de peneira<br />

de pelos referência valores (2300 de massa kg/m³). fixados na norma peneira, para Na a segunda densidade tendo sido etapa, calculados foi analisada para casos a influência 200 das mm densidades e 300 mm em para situações peneiras com redondas, valores que reais, são<br />

presentes densidades<br />

comumente<br />

desses referência produtos, (2300<br />

encontradas<br />

no kg/m³).<br />

informados na norma ABNT NBR ISO 4701:2008. Os resultados obtidos foram relacionados Figura 2 - Tabela com valores de massa máxima retida para um material com densidade de 2300 kg/m³<br />

qual<br />

no mer-<br />

foram selecionados peneira são obtidos os valores multiplicando o<br />

utilizando os valores encontrados para o “sinter feed” e “pellet feed”. Também se utilizou<br />

m' = fator de correção*m (2300 produtos encontrados. Essa análise<br />

vamente.<br />

e médios dos valores de densidades catalogados. Essa m' forma = fator de correção*m análise foi (2300<br />

42<br />

kg<br />

m kg3<br />

) ) em tabelas.<br />

(4)<br />

(4)<br />

presente na ABNT NBR ISO 4701:2008 (Parte 2).<br />

m' = fator de correção*m (2300 kg<br />

) somente o valor<br />

m m<br />

ivo de estudar toda a faixa de densidades possível desses 3 materiais.<br />

3 (4) de diâmetro de peneira de 200 mm, por ser esse o mais utilizado em ensaios de<br />

Sendo:<br />

análise granulométrica.<br />

A partir de valores de massa máxima retida na densidade de 2300 kg/m³, foram calculadas<br />

Na segunda etapa, foi analisada a influência das densidades em situações com valores reais, as massas máximas para densidades abaixo e acima desse valor. Os resultados foram agrupados<br />

Sendo:<br />

Sendo:<br />

utilizando os valores encontrados para o “sinter feed” e “pellet feed”. Também se utilizou nas tabelas 3 e 4 para os diâmetros de peneira de 200 mm e 300 mm, respectivamente.<br />

abela 2 – Valores de Densidades para o “sinter feed” e • o “pellet m': massa feed” máxima na densidade aparente do material usado em gramas (g).<br />

• m': massa máxima na densidade • aparente m':<br />

m (2300<br />

massa do kg/m³): material máxima<br />

massa usado na densidade<br />

máxima em gramas na<br />

aparente<br />

densidade (g). somente do material<br />

de<br />

o<br />

2300<br />

valor usado<br />

kg/m³<br />

de em diâmetro<br />

em<br />

gramas<br />

gramas<br />

de (g).<br />

(g).<br />

peneira de 200 mm, por ser esse o mais utilizado em ensaios de<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Foram identificadas as densidades de “sinter feed” e “pellet feed” comumente encontradas no<br />

mercado de mineração, objetivando a análise da influência desta para cálculo de massa máxima<br />

retida.<br />

Como citado, estão presentes na norma as massas máximas retidas para uma densidade de<br />

2300 kg/m³, com diâmetros de peneira de 200 mm e 300 mm.


Análise de Minerais<br />

Tabela Tabela 3 – Valores Valores de de massa massa máxima máxima para para valores valores de de aberturas aberturas de de peneiras peneiras e e ampla ampla faixa faixa de de<br />

densidades densidades aparentes. aparentes. Peneira Peneira com com diâmetro diâmetro de de 200 200 mm. mm.<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Tabela 4 – Valores de massa máxima para valores de de aberturas de de peneiras e e ampla faixa de de<br />

densidades aparentes. Peneira com diâmetro de de 300 mm.<br />

4.2.<br />

4.2.<br />

Análise<br />

Análise<br />

aplicada<br />

aplicada 4.2. aos<br />

aos Análise produtos<br />

produtos aplicada “Sinter<br />

“Sinter<br />

feed” aos feed” produtos<br />

“Sinter feed” e “Pellet para ambos os produtos.<br />

e<br />

e<br />

“Pellet<br />

“Pellet norma, feed”.<br />

feed”. e representada na tabela 5,<br />

feed”.<br />

sidera o efeito da densidade sobre<br />

Utilizando<br />

Utilizando<br />

as<br />

as<br />

relações<br />

relações<br />

(3)<br />

(3) e<br />

(4),<br />

(4),<br />

calculou-se<br />

calculou-se<br />

a<br />

a<br />

massa<br />

massa<br />

máxima<br />

máxima Tabela retida<br />

retida 5 utilizando<br />

utilizando<br />

os<br />

os<br />

valores<br />

valores<br />

de<br />

de a massa, nos casos das peneiras<br />

densidades presentes na tabela 2. Os resultados foram representados graficamente, onde a<br />

densidades presentes Utilizando na tabela as relações 2. Os resultados (3) e (4), foram Essa representados variação de graficamente, massa também onde a de 3,35 e 0,150 mm, a massa<br />

visualização da alteração de massa é perceptível pelos posicionamentos das curvas.<br />

visualização da alteração calculou-se de a massa massa é perceptível máxima retida pelos posicionamentos foi representada das em curvas. termos de porcentagem:<br />

utilizando os valores de densidades<br />

presentes na tabela 2. Os resultados<br />

foram representados graficamente,<br />

onde a visualização da alteração<br />

de massa é perceptível pelos<br />

posicionamentos das curvas.<br />

Figura 3<br />

Foi realizada a análise quantitativa<br />

da variação de massa em relação<br />

à densidade de referência da<br />

Tabela 6 (página seguinte)<br />

Por meio do cálculo das variações<br />

percentuais de massa máxima<br />

para cada densidade, verificou-se<br />

que essa alteração é independente<br />

de dois fatores: abertura e área da<br />

peneira, sendo, portanto, influenciados<br />

pela densidade aparente do<br />

material. Quanto maior a densidade,<br />

maior o aumento percentual de<br />

massa em relação a 2300 kg/m³,<br />

assim como, para o caso de diminuição<br />

de densidade em relação à<br />

de referência, também ocorre diminuição<br />

percentual de variação de<br />

massa.<br />

Para o ”pellet feed”, observou-se<br />

que a densidade média desse tipo<br />

de material é 2352 kg/m³, possuindo<br />

densidades máximas e mínimas<br />

de 2478 e 2225 kg/m³, respectivamente.<br />

Como esses valores não<br />

diferem de forma acentuada do<br />

valor de densidade de referência<br />

da norma, a variação causada pela<br />

influência da densidade no cálculo<br />

de massa máxima retida é desprezível,<br />

portanto, não cabendo maiores<br />

detalhamentos.<br />

4.3. Realização da análise<br />

granulométrica de “sinter<br />

feed”.<br />

Tabela 7 (página seguinte)<br />

Observou-se que sem a utilização<br />

do fator de correção, que con-<br />

máxima retida foi ultrapassada,<br />

algo que interfere na eficiência do<br />

peneiramento. Com a utilização do<br />

fator de correção para uma densidade<br />

de 2900 kg/m³, observou-se<br />

que a massa máxima não foi ultrapassada.<br />

No caso, seria útil instalar<br />

uma peneira de 4,000 mm e outra<br />

e 0,180 mm, por apresentarem valores<br />

de massa máxima retida após<br />

peneiramento de 200 e 70 g para<br />

esse caso, respectivamente.<br />

Considerando a utilização do fator<br />

de correção, o limite de massa<br />

não é ultrapassado em nenhum<br />

caso, não sendo necessário, portanto,<br />

a adição de peneiras, mantendo<br />

a combinação atual. Em<br />

termos práticos, isso significa que,<br />

para o caso da não utilização do<br />

fator de correção pela densidade,<br />

objetivando manter a eficiência<br />

da análise granulométrica, seria<br />

necessário, mantendo a massa<br />

de alimentação, utilizar mais peneiras<br />

com capacidades maiores<br />

de massa máxima, o que gera um<br />

maior custo relacionado a material<br />

e energia, além de um tempo maior<br />

de peneiramento. Isto posto, tal fato<br />

pode, inclusive, levar a resultados<br />

inconsistentes com os resultados<br />

reais a serem obtidos.<br />

5. Conclusões<br />

Verificou-se que a densidade<br />

possui grande influência nos cálculos<br />

de massa máxima retida em<br />

aberturas de peneira inferiores a<br />

4 mm. Como o aumento na massa<br />

máxima que pode ser retida<br />

na peneira também possibilita um<br />

aumento na massa de alimentação<br />

ou uma diminuição do número de<br />

peneiras utilizadas em um processo<br />

de análise granulométrica,<br />

percebe-se que o emprego do fator<br />

de correção pela densidade do<br />

minério de ferro possui extrema<br />

importância em termos de aumento<br />

de produtividade e qualidade do<br />

peneiramento laboratorial. Como<br />

observado nas análises realizadas,<br />

ocorrem alterações significativas<br />

de massa máxima para cálculos<br />

Figura 3 – Representação gráfica do cálculo de massa máxima retida aplicando o fator de correção para<br />

densidades de “sinter feed” e “pellet feed”.<br />

Foi realizada a análise quantitativa da variação de massa em relação à densidade de<br />

referência da norma, e representada na tabela 5, para ambos os produtos.<br />

Tabela 5 - Valores de variação de massa (g) com a utilização do fator de correção para valores de<br />

densidades comuns de “sinter feed” e “pellet feed”.<br />

Essa variação de massa também foi representada em termos de porcentagem:<br />

Tabela 6 - Variação percentual de massa máxima retida com a aplicação do fator de correção para as<br />

densidades de “sinter feed” e “pellet feed”.<br />

utilizando o fator de correção em<br />

densidades reais, especialmente<br />

para o caso do “sinter feed”, o<br />

que leva a um peneiramento mais<br />

eficiente e por consequência mais<br />

preciso.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

45


densidades comuns de “sinter feed” e “pellet feed”.<br />

Análise de Minerais<br />

SEUS MÉTODOS EXISTENTES.<br />

SEUS OBJETIVOS FUTUROS.<br />

CHEGAR EM QUALQUER LUGAR,<br />

A PARTIR DAQUI.<br />

Essa variação de massa também foi representada em termos de porcentagem:<br />

Tabela 6 - Variação percentual de massa máxima retida com a aplicação do fator de correção para as<br />

densidades de “sinter feed” e “pellet feed”.<br />

sada pela influência da densidade no cálculo de massa máxima retida é desprezível, portanto,<br />

o cabendo causada pela maiores influência detalhamentos. da densidade no cálculo de massa máxima retida é desprezível, portanto,<br />

não cabendo maiores detalhamentos.<br />

4.3. Realização da análise granulométrica de “sinter feed”.<br />

4.3. Realização da análise granulométrica de “sinter feed”.<br />

Por meio do cálculo das variações percentuais de massa máxima para cada densidade, verificouse<br />

Tabela que essa 7 alteração – Valores é independente Massa máxima de dois e fatores: massa abertura retida em e área cada da peneira, no sendo, processo portanto, de análise<br />

Tabela 7 – Valores de Massa máxima e massa retida em cada peneira no processo de análise<br />

influenciados pela densidade granulométrica<br />

aparente<br />

de de do<br />

“sinter “sinter material.<br />

feed”, feed”, Quanto<br />

para para um<br />

maior um diâmetro diâmetro a densidade,<br />

de 200 mm. 200 maior mm. o aumento<br />

percentual de massa em relação a 2300 kg/m³, assim como, para o caso de diminuição de densidade<br />

em relação à de referência, também ocorre diminuição percentual de variação de massa.<br />

Para o ”pellet feed”, observou-se que a densidade média desse tipo de material é 2352 kg/m³,<br />

possuindo densidades máximas e mínimas de 2478 e 2225 kg/m³, respectivamente. Como esses<br />

valores não diferem de forma acentuada do valor de densidade de referência da norma, a variação<br />

Referências<br />

Bibliográficas<br />

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-<br />

NICAS – ABNT NBR ISSO 4701-1995 – Minérios<br />

de ferro - Determinação da distribuição<br />

granulométrica por peneiramento.<br />

Apresentando o novo ACQUITY ® ARC , um sistema LC moderno e quarternário<br />

para cientistas que trabalham com métodos estabelecidos e que buscam<br />

versatilidade e robustez necessárias para preencher a lacuna entre os<br />

métodos HPLC e UPLC. Aonde essa versatilidade pode levá-lo?<br />

Escolha seu caminho em waters.com/arc<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-<br />

NICAS - ABNT NBR ISO 4701:2008 - Minérios<br />

de ferro e pré-reduzidos – Determinação da<br />

distribuição granulométrica por peneiramento.<br />

3 NUNES DA COSTA, Evair. – Peneiramento de<br />

Partículas Finas e Ultrafinas com Adição de<br />

Dipersantes. Universidade Federal de Goiás<br />

Observou-se que sem a utilização do fator de correção, que considera o efeito da densidade<br />

–UFG, Catalão, 2014.<br />

sobre a massa, nos casos das peneiras de 3,35 e 0,150 mm, a massa máxima retida foi ultrapassada,<br />

algo 46 que interfere na eficiência do peneiramento. Com a utilização do fator de correção para uma<br />

Observou-se densidade de 2900 que kg/m³, sem a observou-se utilização que do a fator massa de máxima correção, não foi que ultrapassada. considera No o caso, efeito seria da útil densidade<br />

re instalar a massa, uma nos peneira casos de 4,000 das peneiras mm e outra de 3,35 e 0,180 e 0,150 mm, por mm, apresentarem a massa máxima valores de retida massa foi máxima ultrapassada,<br />

o retida que interfere após peneiramento na eficiência de 200 do e 70 peneiramento. g para esse caso, Com respectivamente. a utilização do fator de correção para uma<br />

PHARMACEUTICAL<br />

n<br />

HEALTH SCIENCES<br />

n<br />

FOOD<br />

n<br />

ENVIRONMENTAL<br />

n<br />

CHEMICAL MATERIALS<br />

©2015 Waters Corporation. Waters, The Science of What’s Possible e ACQUITY UPLC são marcas registradas da Waters Corporation. Arc é marca registrada da Waters Corporation.<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

47


em foco<br />

em Validação foco de limpeza - desafios e importância<br />

VALIDAÇÃO DE LIMPEZA - DESAFIOS E IMPORTÂNCIA<br />

48<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

A história A história da indústria da indústria farmacêutica farmacêutica<br />

mundial<br />

mundial<br />

apresenta diversos<br />

apresenta<br />

casos de desvios<br />

diversos<br />

na qualidade<br />

casos<br />

do produto final em decorrência de contaminações<br />

de desvios<br />

cruzadas<br />

na<br />

durante<br />

qualidade<br />

o processo<br />

do<br />

de<br />

produto<br />

produção.<br />

Um final exemplo em decorrência foi o caso ocorrido de contaminações<br />

no cruzadas qual 20 pacientes durante vieram o a processo óbito após o<br />

em Goiânia,<br />

Goiás,<br />

consumo de produção. do medicamento Um exemplo Celobar®, foi que o caso estava<br />

contaminado com o subproduto carbonato de<br />

ocorrido em Goiânia, Goiás, no qual<br />

bário formado durante a síntese desse contraste,<br />

e 20 que pacientes não foi removido vieram corretamente a óbito dos após equipamentos<br />

consumo da linha do de medicamento produção. Em casos Celo-<br />

como<br />

o<br />

este, bar®, nota-se que estava que a higienização contaminado de áreas com e<br />

equipamentos é crítica para se evitar contaminações<br />

e realizar a remoção de resíduos, garantindo<br />

o subproduto carbonato de bário<br />

assim formado a qualidade durante do produto a síntese final. desse<br />

Atualmente contraste, um e que dos não maiores foi desafios removido das<br />

indústrias corretamente brasileiras dos trata-se equipamentos do desenvolvimento da<br />

de linha um procedimento de produção. padrão Em de casos limpeza como que seja<br />

altamente<br />

este, nota-se<br />

eficiente<br />

que<br />

utilizando<br />

a higienização<br />

produtos<br />

de<br />

que<br />

tragam bom custo benefício ao processo. Baseada<br />

nas<br />

áreas<br />

normas<br />

e equipamentos<br />

da ANVISA e nas<br />

é<br />

Boas<br />

crítica<br />

Práticas<br />

para<br />

de<br />

Fabricação se evitar (BPF), contaminações a validação de limpeza e realizar consiste<br />

em a remoção procedimentos de e resíduos, metodologias garantindo documentadas<br />

que assim comprovam a qualidade a eficácia do da produto limpeza industrial. final.<br />

Ao se criar tal metodologia deve-se considerar<br />

Atualmente um dos maiores desafios<br />

fatores como volume produzido no lote, dosagem,<br />

dados das indústrias toxicológicos, brasileiras solubilidade trata-se e a área do de<br />

contato desenvolvimento do equipamento de um para procedimento<br />

padrão de resíduos de limpeza presentes que nas seja superfícies alta-<br />

verificar se a<br />

remoção<br />

encontra-se dentro de níveis pré-estabelecidos.<br />

mente eficiente utilizando produtos<br />

que tragam bom custo benefício ao<br />

processo. Baseada nas normas da<br />

ANVISA e nas Boas Práticas de Fabricação<br />

(BPF), a validação de limpeza<br />

consiste em procedimentos e metodologias<br />

documentadas que comprovam<br />

a eficácia da limpeza industrial.<br />

Ao se criar tal metodologia deve-<br />

-se considerar fatores como volume<br />

produzido no lote, dosagem, dados<br />

toxicológicos, solubilidade e a área<br />

de contato do equipamento para verificar<br />

se a remoção de resíduos pre-<br />

As sentes impurezas, nas tanto superfícies químicas quanto encontra-se microbiológicas,<br />

dentro são problemas de níveis continuamente pré-estabelecidos. encontrados<br />

nas linhas de produção de indústrias farmacêuticas<br />

e afins. Todos os produtos fármacos e seus<br />

As impurezas, tanto químicas quanto<br />

componentes, microbiológicas, ativos são e insumos, problemas podem continuamente<br />

contaminações encontrados através dos nas reagentes linhas e<br />

vir a<br />

sofrer<br />

solventes de produção utilizados, de pelos indústrias agentes farmacêuticas<br />

e afins. Todos os produtos fár-<br />

de limpeza,<br />

microrganismos encontrados no ambiente, por<br />

produtos degradados e até mesmo por subprodutomacos<br />

formados e seus durante componentes, o processo de fabricação. ativos<br />

Visando e insumos, a minimização podem desses vir a tipos sofrer de contami-<br />

contaminações<br />

e a qualidade através do medicamento dos reagentes produzido, e<br />

a<br />

solventes<br />

ANVISA exige<br />

utilizados,<br />

o desenvolvimento<br />

pelos agentes<br />

de processos<br />

de<br />

de limpeza robustos e validados que deem foco na<br />

eliminação<br />

limpeza,<br />

de<br />

microrganismos<br />

todo e qualquer resíduo<br />

encontrados<br />

indesejado.<br />

A validação<br />

no ambiente,<br />

de limpeza<br />

por<br />

garante<br />

produtos<br />

que todos<br />

de-ogradados<br />

de lotes e até produtivos mesmo anteriores por subpro-<br />

sejam<br />

resíduos<br />

minimizados dutos formados a níveis aceitáveis, durante no o entanto, processo para<br />

comprovar de fabricação. a real Visando eficiência dos a minimização procedimentos<br />

realizados deve-se efetuar o monitoramento<br />

desses tipos de contaminações e a<br />

analítico. Tal monitoramento irá verificar a porcentagem<br />

qualidade remanescente do medicamento de produtos produzido,<br />

a ANVISA de degradação, exige o excipientes, desenvolvimen-<br />

conservan-<br />

residuais,<br />

produtos<br />

tes, to de agentes processos de limpeza de e demais limpeza contaminantes, robustos<br />

e então compará-los aos limites aceitáveis. Caso<br />

e validados que deem foco na eliminação<br />

de todo o lote e do qualquer produto deve resíduo ser enviado in-<br />

quaisquer residuais ultrapassem os limites<br />

estabelecidos,<br />

para desejado. quarentena, A validação onde será reanalisado de limpeza e terá garante<br />

decidido. que todos os resíduos de lotes<br />

seu<br />

destino<br />

Tendo produtivos em vista anteriores a importância sejam do estabelecimento minimizados<br />

a níveis aceitáveis, no entanto,<br />

para comprovar a real eficiência dos<br />

procedimentos realizados deve-se<br />

efetuar o monitoramento analítico. Tal<br />

monitoramento irá verificar a porcentagem<br />

remanescente de produtos<br />

residuais, produtos de degradação,<br />

excipientes, conservantes, agentes<br />

de limpeza e demais contaminantes,<br />

e então compará-los aos limites aceitáveis.<br />

Caso<br />

quaisquer residuais ultrapassem<br />

os limites estabelecidos, o lote do<br />

produto deve ser enviado para quarentena,<br />

onde será reanalisado e terá<br />

seu destino decidido. Tendo em vista<br />

a importância do estabelecimento de<br />

uma metodologia confiável para garantir<br />

um produto final de qualidade,<br />

a cobrança dos órgãos regulamentadores<br />

vem crescendo nos últimos<br />

anos, tornando cada vez mais este<br />

processo complexo, robusto e com<br />

custos consideravelmente elevados.<br />

A revisão dos processos submetidos<br />

a ANVISA é cada vez mais rigorosa,<br />

desta forma, é crucial que os solventes,<br />

reagentes e agentes de limpeza<br />

envolvidos possuam alta qualidade e<br />

confiabilidade. O descontinuamento<br />

de um detergente ou sanitizante<br />

pode levar a uma revalidação forçada<br />

e emergencial de todo o procedimento,<br />

visto que a ANVISA não permiti<br />

simples substituições de produtos na<br />

metodologia de validação<br />

LAS<br />

de<br />

do<br />

limpeza.<br />

Pelo exposto, nota-se +55 62 que 3085 é 1900 de<br />

Brasil<br />

fundamental importância www.lasdobrasil.com.br o emprego<br />

de um método de limpeza validado<br />

perante a ANVISA e que esteja de<br />

acordo com as BPF para garantir a<br />

qualidade do processo em si e bem<br />

como a dos produtos finais. Assim<br />

sendo, o departamento da Garantia<br />

da Qualidade, Validação e Produção<br />

devem atuar em conjunto para diminuir<br />

os riscos, consequentemente<br />

problemas relacionados a contaminações<br />

químicas e microbiológicas.<br />

LAS do Brasil<br />

+55 62 3085 1900<br />

www.lasdobrasil.com.br<br />

de uma metodologia confiável para garantir um<br />

produto final de qualidade, a cobrança dos órgãos<br />

regulamentadores vem crescendo nos últimos<br />

anos, tornando cada vez mais este processo<br />

complexo, robusto e com custos consideravelmente<br />

elevados. A revisão dos processos submetidos<br />

a ANVISA é cada vez mais rigorosa, desta<br />

forma, é crucial que os solventes, reagentes e<br />

agentes de limpeza envolvidos possuam alta<br />

qualidade e confiabilidade. O descontinuamento<br />

de um detergente ou sanitizante pode levar a uma<br />

revalidação forçada e emergencial de todo o<br />

procedimento, visto que a ANVISA não permiti<br />

simples substituições de produtos na metodologia<br />

de validação de limpeza.<br />

Pelo exposto, nota-se que é de fundamental<br />

importância o emprego de um método de limpeza<br />

validado perante a ANVISA e que esteja de acordo<br />

com as BPF para garantir a qualidade do processo<br />

em si e bem como a dos produtos finais. Assim<br />

sendo, o departamento da Garantia da Qualidade,<br />

Validação e Produção devem atuar em conjunto<br />

para diminuir os riscos, consequentemente<br />

problemas relacionados a contaminações<br />

químicas e microbiológicas.<br />

DETERGENTE ALCALINO CIP 100<br />

AGENTE PARA LIMPEZA DE PROCESSOS<br />

Detergente alcalino composto em sua<br />

maioria por hidróxido de potássio, agentes<br />

tensoativos, quelantes;<br />

Disponíveis metodologias de teste de<br />

remoção de resíduos por HPLC, TOC,<br />

entre outros;<br />

Penetra, dissolve e remove um largo<br />

espectro de sujidades, orgânicas e oleosas,<br />

utilizando de múltiplos mecanismos;<br />

Baixa formação de espuma;<br />

Atende grau farmacêutico.<br />

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em foco<br />

Venha se inventar e com o mais moderno espectrômetro de FTIR no<br />

mundo: INVENIO®<br />

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2018! De 1 a 4/10 em Ouro<br />

Preto (MG)<br />

O INVENIO®, como o nome indica,<br />

acompanhará os usuários para<br />

“inventar” e “descobrir” em exigentes<br />

campos de aplicação analítica<br />

e de pesquisa e desenvolvimento.<br />

A tecnologia inovadora, design<br />

inteligente e elegante estabelece<br />

padrões para a próxima geração de<br />

espectrômetros FTIR. O novo caminho<br />

do feixe óptico fornece excelente<br />

SNR (relação sinal-ruído), ampla<br />

faixa espectral, abrangendo FIR<br />

para UV / VIS e maior flexibilidade<br />

para configurações experimentais<br />

sofisticadas.<br />

O painel de toque integrado opcional<br />

permite um fluxo de trabalho<br />

fácil e uma operação confortável. A<br />

tecnologia exclusiva e pioneira do<br />

detector MultiTect suporta até 5<br />

detectores de temperatura ambiente<br />

totalmente automatizados. Juntamente<br />

com a posição do detector<br />

DigiTect mais disponível e com<br />

o canal Transit para medições<br />

MIR rápidas, o INVENIO® pode ser<br />

equipado com 7 detectores internos<br />

automatizados para tornar o<br />

seu trabalho diário mais agradável.<br />

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Fone: (11) 2119-1750<br />

Fax: (11) 2119-1772<br />

Endereço eletrônico:<br />

optics.br@bruker.com<br />

www.bruker.com/invenio<br />

Cultivo Celular em ampla escala<br />

O sistema de cultura celular CELLdisc oferece até 10.000cm2 de área para cultivo e crescimento<br />

de células, aumentando o rendimento da cultura<br />

50<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

O CELLdiscTM é um sistema<br />

multicamada desenvolvido para o<br />

cultivo celular. Com uma ampla possibilidade<br />

de superfície para crescimento,<br />

que varia dos 250 cm2<br />

até os 10.000 cm2, é ideal tanto<br />

para pesquisa básica quanto para<br />

o cultivo em escala industrial. Para<br />

atender as diferentes demandas,<br />

apresenta opções com 1, 4, 8, 16<br />

ou 40 camadas.<br />

O design inovador do CELLdisc,<br />

em formato cilíndrico e único<br />

no mercado, simplifica o fluxo de<br />

trabalho e reduz o risco de contaminação<br />

da amostra. A troca gasosa é<br />

feita por um canal integrado e com<br />

filtro, que possibilita a ventilação em<br />

todas as camadas.<br />

O sistema multicamada pode ser<br />

utilizado no cultivo da cultura celular<br />

em massa, como para produção de<br />

anticorpos e vacinas e também na<br />

produção de células para fins terapêuticos.<br />

Para adequar-se à necessidade<br />

da cultura celular, a superfície<br />

do CELLdisc pode receber<br />

diferentes tratamentos, como o TC<br />

(para cultivo de células aderentes)<br />

e o Advanced TCTM (para o cultivo<br />

de células aderentes sensíveis ou<br />

na ausência de soro fetal bovino no<br />

meio de cultura).<br />

O CELLdisc é de fácil manuseio,<br />

basta preenchê-lo com a<br />

suspensão celular, incliná-lo 90<br />

graus, aguardar até que o fluido se<br />

distribua uniformemente pelas camadas<br />

através do canal de conexão,<br />

retorná-lo para a posição original e<br />

colocá-lo na incubadora.<br />

Para saber mais sobre os produtos<br />

de cultura celular da Linha<br />

BioScience da Greiner Bio-One,<br />

visite-nos na IMMUNO 2018 que<br />

acontecerá de 1 a 4 de outubro em<br />

Ouro Preto (MG).<br />

Assessoria de Imprensa<br />

Greiner Bio-One Brasil<br />

info@br.gbo.com<br />

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CELLdisc TM<br />

Cultura celular em ampla escala<br />

Ideal para pesquisa básica e produção industrial<br />

Disponível com 1, 4, 8, 16 e 40 camadas<br />

Compacto, oferece de 250 cm 2 até 10.000 cm 2 de<br />

área para cultivo de células<br />

Superfície tratada para otimizar a adesão celular (TC<br />

e Advanced TC TM )<br />

Ventilação através de um único canal integrado e<br />

com filtro de ar<br />

Fácil manuseio devido formato cilíndrico<br />

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Tel: +55 (19) 3468-<strong>96</strong>00 | Fax: +55 (19) 3468-3601 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/bioscience


em foco<br />

52<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

PRESS RELEASE 07/2018<br />

Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />

VACUU·SELECT® - o novo controlador<br />

interativo da VACUUBRAND<br />

oferece um novo conceito de operação<br />

para todos os processos típicos<br />

de vácuo em laboratórios de química<br />

para resultados rápidos e garantidos,<br />

com economia de tempo. A interface<br />

gráfica com display moderno<br />

touchscreen permite a entrada de<br />

dados simples e intuitiva. Em combinação<br />

com fontes de vácuo novas<br />

vez.<br />

e existentes, o VACUU·SELECT é o<br />

parceiro perfeito para todas as suas<br />

aplicações de laboratório.<br />

Outra aplicação, outro<br />

ajuste de vácuo<br />

Dependendo do processo, as<br />

configurações de cada aplicação de<br />

vácuo podem ser muito diferentes.<br />

O VACUU·SELECT oferece procedimentos<br />

pré-definidos para todas<br />

integrados.<br />

as aplicações comuns de vácuo,<br />

que podem ser iniciadas ou ajustadas<br />

facilmente através da interface<br />

intuitiva com a tela touchscreen. O<br />

editor de aplicativos permite arrastar<br />

e soltar programas facilmente para<br />

Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />

VACUU·SELECT ® - o novo controlador interativo da<br />

VACUUBRAND oferece um novo conceito de operação para todos os<br />

processos típicos de vácuo em laboratórios de química para<br />

resultados rápidos e garantidos, com economia de tempo. A interface<br />

gráfica com display moderno touchscreen permite a entrada de dados<br />

simples e intuitiva. Em combinação com fontes de vácuo novas e<br />

personalização e ainda inclui uma<br />

ferramenta útil, permitindo que você<br />

salve seus processos favoritos para<br />

que você não precise começar do<br />

início toda vez.<br />

Robusto, mas sensível<br />

A operação com produtos químicos<br />

agressivos é o trabalho diário<br />

das bombas de vácuo com resistência<br />

química. O VACUU·SELECT<br />

possui materiais resistentes a produtos<br />

químicos, ainda assim, a tela<br />

touchscreen de vidro é sensível o<br />

suficiente para ser operada no laboratório<br />

com luvas de segurança.<br />

existentes, o VACUU·SELECT é o parceiro perfeito para todas as<br />

suas aplicações de laboratório.<br />

Outra aplicação, outro ajuste de vácuo<br />

Dependendo do processo, as configurações de cada aplicação de<br />

vácuo podem ser muito diferentes. O VACUU·SELECT oferece<br />

procedimentos pré-definidos para todas as aplicações comuns de<br />

vácuo, que podem ser iniciadas ou ajustadas facilmente através da<br />

interface intuitiva com a tela touchscreen. O editor de aplicativos<br />

permite arrastar e soltar programas facilmente para personalização e<br />

ainda inclui uma ferramenta útil, permitindo que você salve seus<br />

processos favoritos para que você não precise começar do início toda<br />

Robusto, mas sensível<br />

A operação com produtos químicos agressivos é o trabalho diário das<br />

bombas de vácuo com resistência química. O VACUU·SELECT possui<br />

materiais resistentes a produtos químicos, ainda assim, a tela<br />

touchscreen de vidro é sensível o suficiente para ser operada no<br />

laboratório com luvas de segurança.<br />

Uma solução que<br />

sempre funciona<br />

O VACUU·SELECT está disponível<br />

em várias configurações projetadas<br />

para atender a todas as situações<br />

de laboratório:<br />

- O controlador autônomo completo<br />

tem todas as conexões necessárias<br />

para trabalhar imediatamente<br />

com suas fontes de vácuo existentes<br />

- A versão fornecida com uma<br />

unidade de bombeamento é uma<br />

Uma solução que sempre funciona<br />

solução completa que inclui uma<br />

das nossas bombas de diafragma<br />

VACUUBRAND com resistência química<br />

em conjunto com um controlador<br />

e sensor integrados.<br />

- A combinação mais eficaz,<br />

no entanto, é o novo controle<br />

VACUU·SELECT em conjunto com<br />

nossa bomba VARIO de velocidade<br />

controlada, oferecendo evaporações<br />

totalmente automáticas, com o toque<br />

de um botão, e os menores tempos<br />

de processo sem formação de espuma.<br />

Também não há necessidade de<br />

qualquer ajuste manual ou supervisão<br />

constante. Além disso, a bomba<br />

com velocidade controlada significa<br />

menor emissão sonora, menor con-<br />

O VACUU·SELECT está disponível em várias configurações<br />

projetadas para atender a todas as situações de laboratório:<br />

- O controlador autônomo completo tem todas as conexões necessárias para trabalhar imediatamente com<br />

suas fontes de vácuo existentes<br />

- A versão fornecida com uma unidade de bombeamento é uma solução completa que inclui uma das nossas<br />

bombas de diafragma VACUUBRAND com resistência química em conjunto com um controlador e sensor<br />

sumo de energia e intervalos de manutenção<br />

mais longos.<br />

O VACUU·SELECT não trabalha<br />

exclusivamente com bombas de<br />

diafragma, mas com todas as fontes<br />

de vácuo. Para aplicações como<br />

liofilização ou linhas Schlenk, que<br />

precisam de um vácuo superior a 1<br />

mbar, existem soluções de pacotes<br />

disponíveis para controle de vácuo<br />

fino. Quer seja portátil ou instalado<br />

no mobiliário de laboratório, o versátil<br />

VACUU·SELECT oferece todas as<br />

possibilidades para um espaço de<br />

trabalho prático e ergonômico.<br />

O novo controlador VACUU·SELECT<br />

da VACUUBRAND também está preparado<br />

e pronto para o futuro para<br />

a integração em redes modernas<br />

de laboratório e sistemas de geren-<br />

- A combinação mais eficaz, no entanto, é o novo controle VACUU·SELECT em conjunto com nossa bomba<br />

VARIO de velocidade controlada, oferecendo evaporações totalmente automáticas, com o toque de um<br />

botão, e os menores tempos de processo sem formação de espuma. Também não há necessidade de<br />

qualquer ajuste manual ou supervisão constante. Além disso, a bomba com velocidade controlada significa<br />

menor emissão sonora, menor consumo de energia e intervalos de manutenção mais longos.<br />

O VACUU·SELECT não trabalha exclusivamente com bombas de<br />

diafragma, mas com todas as fontes de vácuo. Para aplicações<br />

como liofilização ou linhas Schlenk, que precisam de um vácuo<br />

superior a 1 mbar, existem soluções de pacotes disponíveis para<br />

controle de vácuo fino. Quer seja portátil ou instalado no mobiliário<br />

de laboratório, o versátil VACUU·SELECT oferece todas as<br />

possibilidades para um espaço de trabalho prático e ergonômico.<br />

O novo controlador VACUU·SELECT da VACUUBRAND também<br />

está preparado e pronto para o futuro para a integração em redes<br />

modernas de laboratório e sistemas de gerenciamento de dados.<br />

Bem-vindo ao futuro do controle de vácuo.<br />

VACUUBRAND GMBH + CO KG T +49 9342 808-5550<br />

Vakuumtechnik im System F +49 9342 808-5555<br />

Alfred-Zippe-Straße 4<br />

info@vacuubrand.com<br />

97877 Wertheim www.vacuubrand.com 04.07.2018<br />

ciamento de dados. Bem-vindo ao<br />

futuro do controle de vácuo.<br />

Vácuo? - Simplesmente sob<br />

controle com VACUU·SELECT®!<br />

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Biofilme em sistemas de água pura<br />

Biofilme é o termo genérico atribuído<br />

a uma comunidade de microrganismos<br />

delimitados por uma matriz<br />

que se adere a uma superfície.<br />

Podemos encontrar em qualquer<br />

face em que esteja presente umidade,<br />

mesmo em ambientes com condições<br />

difíceis, em que os nutrientes<br />

sejam extremamente limitados.<br />

Surge um biofilme quando bactérias<br />

livres (planctônicas) aderem<br />

a uma superfície. Inicialmente pode<br />

existir uma ampla variedade de<br />

espécies bacterianas e a adesão à<br />

superfície é fraca. É nesta ocasião<br />

que a remoção pode ser feita facilmente.<br />

Quando a colônia começa a<br />

se estabelecer e a crescer, produz<br />

estruturas de adesão celular, semelhantes<br />

a pilosidades e torna-se<br />

muito mais difícil de separá-las. Um<br />

biofilme estável pode continuar a<br />

desenvolver-se ao longo de vários<br />

anos, durante os quais são libertadas<br />

microcolônias e bactérias livres<br />

para o ambiente.<br />

Efeitos do biofilme em sistemas<br />

de água pura<br />

A presença de biofilme nos sistemas<br />

de água laboratorial resulta<br />

na contaminação contínua por bactérias<br />

planctônicas. A libertação de<br />

bactérias é esporádica e imprevisível,<br />

levando a variações consideráveis<br />

na potencial contaminação<br />

bacteriana da água. A presença<br />

de biofilme e de bactérias também<br />

contribui para um aumento nas<br />

partículas, produtos de eliminação<br />

e fragmentos produzidos pelo metabolismo<br />

e morte celular. Como<br />

resultado, os níveis TOC podem<br />

aumentar, assim como os níveis de<br />

RNase e endotoxinas.<br />

A chave da minimização da formação<br />

e crescimento de biofilme<br />

dá-se nas primeiras fases de desenvolvimento,<br />

momento em que as<br />

células estão mais vulneráveis a tratamento<br />

químico e que os elos mais<br />

frágeis podem ser quebrados ou enfraquecidos.<br />

A sanitização regular<br />

e a manutenção de um sistema em<br />

recirculação ajudam a prolongar as<br />

fases iniciais de desenvolvimento de<br />

biofilme, momento em que o controle<br />

pode ser mantido. A utilização<br />

de filtros e UV contribui para manter<br />

níveis mais baixos de bactérias sendo,<br />

contudo, a contaminação dos<br />

sistemas de água inevitável sem<br />

um regime de sanitização completa<br />

para retirar diretamente o biofilme.<br />

Para mais informações<br />

no e-mail:<br />

watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

VÁCUO?<br />

SIMPLESMENTE<br />

SOB<br />

CONTROLE!<br />

O novo<br />

controlador de vácuo<br />

VACUU·SELECT ®<br />

conhece suas aplicações.<br />

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em foco<br />

Pipetas Rainin<br />

Simpósio Internacional marca 10 anos da United States Pharmacopeia<br />

no Brasil<br />

54<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

A Rainin, marca do grupo Mettler-<br />

-Toledo, é líder no mercado de pipetas<br />

nos Estados Unidos e, há mais<br />

de 50 anos, referência no fornecimento<br />

de soluções avançadas e<br />

completas para movimentação de<br />

líquidos, em todo o mundo.<br />

As pipetas XLS+, nas versões<br />

manuais ou eletrônicas, além do desempenho<br />

preciso e exato na transferência<br />

de volumes, oferecem ergonomia,<br />

robustez e características<br />

únicas para o cumprimento das normas<br />

de BPL e BPF, indispensáveis<br />

para laboratórios regulamentados.<br />

Os 11 modelos manuais de diferentes<br />

volumes, cobrem a faixa de<br />

0,1 µL a 20 mL, e estão disponíveis<br />

a para uso com as ponteiras Universais<br />

ou ponteiras LTS, que reduzem<br />

em 85% a força necessária para<br />

ejeção das ponteiras, reduzindo o<br />

risco de lesão por esforço repetitivo<br />

e resultados imprecisos por fadiga<br />

do operador.<br />

A E4-XLS+ oferece muita versatilidade<br />

e flexibilidade para aumentar<br />

a produtividade de maneira muito<br />

simples e intuitiva. Os diversos modos<br />

de pipetagem e seus opcionais<br />

tornam as rotinas complexas muito<br />

mais rápidas, sem riscos para os<br />

resultados.<br />

A partir de outubro de 2017 a<br />

Analítica passou a representar com<br />

exclusividade a Rainin no Brasil,<br />

assumindo a responsabilidade de<br />

distribuir os produtos e prestar o<br />

suporte técnico e de serviços, como<br />

tem por objetivo principal nestes 26<br />

anos de empresa.<br />

Contate a Analítica<br />

para solicitação de propostas e<br />

outras informações<br />

rainin@novanalitica.com.br<br />

Waters ACQUITY Arc: Compatibilidade em métodos HPLC e UHPLC<br />

O Sistema ACQUITY Arc é um<br />

sistema LC quaternário para cientistas<br />

que trabalham com métodos<br />

estabelecidos e que buscam a versatilidade<br />

e a robustez necessárias<br />

para preencher a lacuna entre os<br />

métodos HPLC e UHPLC e, ao mesmo<br />

tempo, continuar oferecendo<br />

suporte a métodos validados.<br />

• Verdadeira compatibilidade<br />

para alternar entre separações<br />

HPLC e UHPLC com o pressionar<br />

de um botão por meio da tecnologia<br />

Arc Multi-Flow Path<br />

• Obtenha detecção de massas<br />

sem alterar a rotina do seu laboratório<br />

com o Detector ACQUITY QDa<br />

• Implemente os benefícios das<br />

colunas de partículas de 2 μm para<br />

impulsionar o desempenho cromatográfico<br />

de seus métodos<br />

• Preparo da fase móvel com a<br />

tecnologia Auto●Blend Plus, eliminando<br />

a abordagem complicada<br />

e suscetível a erros da preparação<br />

manual.<br />

Obtenha transferências, ajustes<br />

ou aprimoramentos perfeitos e<br />

eficientes dos métodos a partir de<br />

qualquer plataforma LC sem comprometer<br />

a integridade do método<br />

ou as alterações feitas nas tabelas<br />

de gradientes validadas.<br />

Saiba mais em:<br />

www.waters.com/arc<br />

Evento realizado em São Paulo<br />

teve a participação de cerca de 250<br />

pessoas e contou com a presença<br />

de representantes da indústria, universidades<br />

e agência regulatória<br />

O Simpósio Internacional – Empowering<br />

a healthy tomorrow, realizado<br />

pela U. S. Pharmacopeia (USP)<br />

Brasil, marcou a comemoração de<br />

10 anos da organização no País. O<br />

evento, realizado no Sheraton WTC,<br />

em São Paulo/SP, contou com a<br />

presença de cerca de 250 pessoas<br />

e representantes internacionais e<br />

regionais da área de saúde pública,<br />

como a Anvisa, indústria farmacêutica<br />

e universidades.<br />

Em 3 dias de evento, foram abordados<br />

temas que tiveram foco na<br />

importância dos padrões farmacopeicos<br />

para garantir a saúde pública<br />

global. Na oportunidade, a USP também<br />

apresentou a campanha “Meds<br />

We Can Trust”, patrocinada pela organização<br />

e por outros parceiros de<br />

todo o mundo, que tem como principal<br />

objetivo conscientizar o público<br />

sobre a importância da qualidade<br />

de medicamentos para a saúde das<br />

pessoas.<br />

O resultado do Simpósio foi considerado<br />

um sucesso. “No evento<br />

ficou muito clara a principal visão<br />

da USP, que é proteger a saúde das<br />

pessoas e possibilitar o acesso a<br />

medicamentos seguros e de qualidade”,<br />

destacou a Profa. Dra. Maria<br />

Inês Rocha Miritello Santoro, da Faculdade<br />

de Ciências Farmacêuticas,<br />

da Universidade de São Paulo.<br />

“O Simpósio Internacional da<br />

USP pôde apresentar à sociedade<br />

questões atuais e de preocupação<br />

internacional, quais as medidas que<br />

os órgãos governamentais têm adotado<br />

e como as farmacopeias estão<br />

inseridas nesse contexto”, comentou<br />

Thiago Novotný, Coordenador do<br />

Núcleo Técnico de Medicamentos,<br />

Instituto Nacional de Controle de<br />

Qualidade em Saúde (INCQS).<br />

Para Nilton Tojar, diretor-geral da<br />

USP, a realização do Simpósio foi<br />

um marco importante na história de<br />

10 anos da organização. “Estamos<br />

contribuindo com a formação de<br />

profissionais do setor durante esse<br />

tempo. Para o futuro, vamos continuar<br />

investindo nessa capacitação e<br />

na importância do papel da parceria<br />

com as agências regulatórias e com<br />

os stakeholders, sempre comprometidos<br />

com a melhoria da saúde<br />

pública”, destacou.<br />

O evento contou com apoio de<br />

Sindusfarma, Anvisa - Agência Nacional<br />

de Vigilância Sanitária, USP<br />

- Universidade de São Paulo, ABIAD<br />

- Associação Brasileira da Indústria<br />

de Alimentos para Fins Especiais<br />

e Congêneres, INCQS - Instituto<br />

Nacional de Controle de Qualidade<br />

em Saúde e ABIFISA - Associação<br />

Brasileira das Empresas do Setor<br />

Fitoterápico, Suplemento Alimentar<br />

e de Promoção da Saúde.<br />

U.S. Pharmacopeia<br />

http://www.usp.org/usp-brazil<br />

Avenida Ceci, 1600 –<br />

Tamboré – Barueri/SP<br />

(11) 3245.6400<br />

uspbrasil@usp<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

55


em foco<br />

8 -12 DECEMBER 2018 RIO DE JANEIRO<br />

HOTEL WINDSOR OCEANICO<br />

TH<br />

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BRAZILIAN CONFERENCE<br />

ON MASS SPECTROMETRY<br />

Novos Espectrofotômetros UV-Visível GENESYS da Thermo Scientific<br />

A Analitica apresenta a nova linha de espectrofotômetros GENESYS da Thermo Scientific,<br />

projetados para os laboratórios modernos e a nova geração de analistas.<br />

Five days of Conference, more than 20 courses,<br />

05 Plenary and 20 Keynote lectures. 50<br />

Invited Guests.<br />

Your chance to strengthen your networks and<br />

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beautiful landscapes.<br />

56<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

Técnicos do controle de qualidade<br />

industriais, instrutores e pesquisadores<br />

universitários que buscam<br />

um espectrofotômetro UV-Visível<br />

robusto, automatizado, pronto para<br />

uso em rede Wi-Fi e com custo<br />

acessível agora podem escolher<br />

entre uma ampla variedade de opções<br />

com a chegada da nova série<br />

de espectrofotômetros GENESYS<br />

da Thermo Scientific. Reconhecidos<br />

mundialmente por sua confiabilidade,<br />

precisão e reprodutibilidade, os<br />

novos GENESYS foram projetados<br />

para atender às expectativas de<br />

tecnologias avançadas da era moderna<br />

em um pacote compacto e<br />

robusto.<br />

GENESYS 50: espectrofotômetro<br />

UV-Vis que apresenta uma interface<br />

ao usuário simplificada, com<br />

ampla tela sensível ao toque colorida<br />

e de alta resolução. A carcaça<br />

externa é muito robusta, projetada<br />

para ambientes que requerem uso<br />

repetitivo e pesado, apresentando<br />

superfícies inclinadas para prevenir<br />

infiltrações e respingos. Possui<br />

compartimento de amostras para<br />

uma única cubeta, atendendo a<br />

demanda de laboratórios que não<br />

exigem alta produtividade, mas não<br />

abrem mão da qualidade.<br />

GENESYS 150: O espectrofotômetro<br />

UV-Vis que inclui os mesmos<br />

recursos do GENESYS 50,<br />

acrescentando opção de uso com<br />

carrossel automatizado para leitura<br />

de até 8 cubetas e capacidade de<br />

operação com a tampa do compartimento<br />

de amostras aberto,<br />

para medições com maior rapidez<br />

e comodidade comparado aos instrumentos<br />

da geração anterior.<br />

GENESYS 180: O espectrofotômetro<br />

UV-Vis GENESYS 180 inclui<br />

todos os recursos do espectrofotômetro<br />

GENESYS 150. Também<br />

inclui um trocador automatizado<br />

de 8 cubetas para ambientes de<br />

maior produtividade e sistema óptico<br />

de duplo feixe para experimentos<br />

avançados com uma referência<br />

variável.<br />

Biomate 160: O espectrofotômetro<br />

UV-Vis BioMate 160 também<br />

inclui todos os benefícios do espectrofotômetro<br />

GENESYS 150 com<br />

adição de métodos pré-programados<br />

para ajudar os pesquisadores<br />

da área de Biociências a obter suas<br />

respostas mais rapidamente.<br />

Uma variada linha de acessórios<br />

supermodernos, incluindo trocadores<br />

de cubetas automatizados,<br />

suporte termostatizado por Peltier,<br />

acessório sipper para sucção semiautomática<br />

das amostras e sonda<br />

de fibra óptica, estão disponíveis<br />

para simplificar a amostragem e<br />

atender às necessidades dos mais<br />

exigentes laboratórios.<br />

Interessado em conhecer esses<br />

novos instrumentos? Contate a<br />

Nova Analitica.<br />

Saiba mais:<br />

www.analiticaweb.com.br<br />

11 2162-8080<br />

revista@novaanalitica.com.br<br />

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CONGRESSO2018.BRMASS.COM


Complemento Normativo<br />

Acreditação para Laboratórios<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

DOQ-CGCRE-008 (Revisão 7)<br />

Orientação sobre validação de métodos analíticos.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro - País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Este documento aplica-se à Dicla, aos laboratórios acreditados ou postulantes à<br />

acreditação e aos avaliadores e especialistas na área de laboratórios de ensaios.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

NIT-DICLA-058 (Revisão 4)<br />

Aplicação dos Requisitos da ABNT NBR ISO 17034.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro - País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicla, aos produtores de materiais de referência (PMR) acreditados<br />

e aos postulantes à acreditação, bem como aos avaliadores/especialistas qualificados pela Cgcre para essa modalidade.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=PMR<br />

NIE-CGCRE-140 (Revisão 21)<br />

Preços dos Serviços de Acreditação de Organismos de Certificação e de Inspeção.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1:Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro - País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicor, Diois e Sesad.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=OVV<br />

NIT-DICAP-001 (Revisão 3)<br />

Advertência, suspensão e cancelamento do credenciamento de especialistas e avaliadores inspetores<br />

BPL da Cgcre.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro - País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta norma aplica-se à Dicap e aos avaliadores, especialistas e inspetores BPL da Cgcre.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=AvalLAB<br />

58<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

FOR-CGCRE-004 (Revisão 12)<br />

Relação detalhada dos estudos conduzidos pela instalação de teste.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=BPL<br />

REVISTA ANALYTICA - AGO/SET 18<br />

59


DESDE 2000<br />

Conceito de qualidade em Microbiologia<br />

Novas e modernas instalações<br />

Equipe capacitada e comprometida<br />

Acreditações: REBLAS / INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444

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