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Revista Ferroviária Setembro/Outubro 2018

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eportagem<br />

A Linha Leste do Metrofor foi dividida<br />

em duas fases. A primeira tem<br />

7,5 km entre as estações Tirol-Moura<br />

Brasil e Papicu, com quatro estações<br />

subterrâneas e uma de superfície.<br />

Nesta etapa está prevista também a<br />

integração com as linhas Oeste (Tirol-Moura<br />

Brasil) e Sul (Chico da<br />

Silva), com o VLT Parangaba/Mucuripe e com terminal<br />

de ônibus (Papicu). A expectativa para a primeira etapa<br />

do projeto é transportar 150 mil pessoas por dia, em viagens<br />

de 15 minutos entre o centro e o Papicu. Já a segunda<br />

fase, com 5,2 km e oito estações, não tem previsão de<br />

início das obras. Para a nova linha está prevista a compra<br />

de 20 trens, cuja licitação ainda não tem previsão de ser<br />

realizada, segundo o governo do estado.<br />

O imbróglio<br />

As empresas Acciona Infraestructura e Construtora<br />

Marquise, que compunham o consórcio da primeira licitação,<br />

em outubro de 2013, argumentavam que havia<br />

“diversas cláusulas restritivas” no edital que teriam<br />

levado apenas um consórcio a apresentar proposta comercial.<br />

As empresas também questionaram na Justiça<br />

a capacidade do consórcio FTS Linha Leste de atender<br />

alguns itens do edital, como índice de liquidez geral,<br />

autorização do poder executivo para empresa internacional<br />

atuar no Brasil e comprovação da qualificação<br />

técnico-operacional dos profissionais estrangeiros –<br />

que não estariam habilitados pelo Conselho Regional<br />

"A Linha Leste do Metrofor<br />

foi dividida em duas fases.<br />

A primeira tem 7,5 km entre<br />

as estações Tirol-Moura<br />

Brasil e Papicu"<br />

de Engenharia e Agronomia (Crea).<br />

O consórcio teria apresentado profissionais<br />

formados em engenharia<br />

elétrica para atuar em serviços relativos<br />

a engenharia civil e mecânica.<br />

Sobre os questionamentos, o TCU<br />

afirmou no acórdão (emitido no dia<br />

31 de outubro) que não há obrigação<br />

legal de registro prévio no Crea dos atestados emitidos<br />

em nome da Sacyr Construcción e dos profissionais da<br />

empresa. O TCU ressalta que no edital da concorrência<br />

foi pedido a empresas internacionais a apresentação<br />

dos documentos correspondentes do país de origem de<br />

habilitação dos profissionais estrangeiros, desde que<br />

traduzidos para o português por tradutor juramentado.<br />

“Como não há órgão equivalente ao Crea em território<br />

espanhol, foi apresentada certidão de equivalência<br />

emitida pela embaixada espanhola no Brasil”, disse<br />

o TCU no acórdão em relação aos documentos apresentados<br />

pela Sacyr Construcción. Quanto à questão<br />

dos engenheiros elétricos, o Tribunal afirmou que os<br />

documentos apresentados demonstram que o consórcio<br />

habilitado “possui profissionais qualificados para todos<br />

os serviços questionados, não havendo dúvida de que<br />

realizam serviços de complexidade semelhante aos descritos<br />

no edital”.<br />

Financiamento<br />

Para a execução da primeira fase da Linha Leste do<br />

Metrô de Fortaleza, a Seinfra-CE informou que serão<br />

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REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Setembro</strong>/<strong>Outubro</strong> DE <strong>2018</strong>

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