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Revista Ferroviária Setembro/Outubro 2018

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evento<br />

Em busca de soluções<br />

Ideias para setor evoluir foram discutidas na 24ª Semana de Tecnologia Metroferroviária<br />

Lideranças<br />

do setor<br />

estiveram<br />

presentes no<br />

evento<br />

Divulgação/Aeamesp<br />

“<br />

OBrasil precisa rever sua matriz de transportes”,<br />

declarou o presidente da Associação dos<br />

Engenheiros e Arquitetos do Metrô (Aeamesp),<br />

Pedro Machado, durante a 24ª Semana<br />

de Tecnologia Metroferroviária, que aconteceu entre os<br />

dias 21 e 24 de agosto, em São Paulo. O evento reuniu<br />

cerca de 120 palestrantes e debatedores para discutir a necessidade<br />

de evolução do setor, principalmente após a greve<br />

dos caminhoneiros, no final de maio e início de junho,<br />

que gerou uma crise no sistema de transportes nacional.<br />

O secretário-geral da Associação Latino-Americana de<br />

Ferrovias (Alaf), Jean Pejo, disse que o setor se afastou<br />

da sociedade. “Não existe pressão popular por mais ferrovias.<br />

Quando se avalia o custo do frete, a solução em<br />

discussão é a compra de mais caminhões”.<br />

Para o gerente setorial de Transportes e Logística do<br />

BNDES, Dalmo Marchetti, setor ferroviário tem a ver<br />

com competitividade. “Esse é um tema caro ao banco",<br />

declarou. Entre os desafios colocados por ele estão inserir<br />

as ferrovias no universo da carga geral e o aumento do<br />

investimento setorial anual do banco para o patamar de<br />

R$ 19 bilhões. Além disso, Marchetti defendeu a devolução<br />

pelas concessionárias de trechos pouco utilizados ou<br />

abandonados.<br />

O tema da renovação antecipada das concessões ferroviárias<br />

esteve presente em diversos painéis. O diretor<br />

de Relações Institucionais da MRS, Gustavo Bambini,<br />

disse que pensar a prorrogação agora é antecipar os investimentos.<br />

“Não se trata de uma aventura regulatória.<br />

É uma grande responsabilidade que traz uma série de<br />

obrigações que vão garantir investimentos de bilhões”.<br />

Para Jean Pejo, além dos benefícios mais conhecidos,<br />

a renovação antecipada geraria a valorização das pessoas<br />

e do conhecimento adquirido na área. “Temos uma das<br />

maiores expertises do mundo no transporte de minério de<br />

ferro”, declarou.<br />

Mobilidade urbana<br />

O secretário dos Transportes Metropolitanos de São<br />

Paulo, Clodoaldo Pelissioni, colocou em sua palestra a<br />

necessidade de realizar cinco “enfrentamentos”. O primeiro<br />

deles é um ajuste fiscal, pois sem ele os investimentos<br />

serão “pífios”. “Empreendimentos de mobilidade<br />

não se pagam com receita própria, diferentemente de ro-<br />

24<br />

REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Setembro</strong>/<strong>Outubro</strong> DE <strong>2018</strong>

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