Revista Ferroviária Setembro/Outubro 2018
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InnoTrans<br />
Ferrovia 4.0<br />
Maior feira<br />
ferroviária do<br />
mundo aconteceu<br />
em setembro, na<br />
Alemanha<br />
InnoTrans <strong>2018</strong> expôs o que há de novo e o<br />
que está por vir no setor ferroviário mundial<br />
Por Bianca Rocha*<br />
* Enviada especial<br />
No espaço de 200 mil metros quadrados, que<br />
abrigou 27 pavilhões e recebeu mais de 160<br />
mil visitantes em quatro dias de exposição,<br />
uma mensagem ficou clara: o futuro digital é<br />
o único caminho viável para o crescimento da indústria<br />
ferroviária e maior eficiência do transporte sobre trilhos.<br />
O recado foi dado na InnoTrans <strong>2018</strong>, que aconteceu entre<br />
os dias 18 e 21 de setembro, em Berlim, capital da Alemanha.<br />
O evento expôs o que há de mais moderno em termos<br />
de produtos e serviços, reforçando que inteligência artificial,<br />
Big Data, conectividade, autonomia e aplicativos são<br />
as ferramentas que pautam a inovação tecnológica no setor.<br />
É a ferrovia 4.0 pegando carona no conceito da indústria,<br />
para se tornar cada vez mais inteligente e precisa.<br />
A inovação tecnológica foi destacada pelas autoridades<br />
que estiveram presentes na cerimônia de abertura do<br />
evento. O ministro federal dos Transportes da Alemanha,<br />
Andreas Scheuer, referiu-se à InnoTrans como “Innovation<br />
Trans”. "A Alemanha precisa das ferrovias para poder<br />
atingir seus objetivos climáticos", disse ele, referindo-se<br />
também à questão da sustentabilidade e redução de<br />
emissão de poluentes, outro assunto em pauta no evento.<br />
A digitalização também faz parte desse processo de tornar<br />
a ferrovia mais sustentável , segundo Scheuer, "por<br />
meio do uso de aplicativos, da manutenção preditiva dos<br />
trilhos e do material rodante com o auxílio de tecnologias<br />
digitais", completou.<br />
Assim como as edições anteriores, a deste ano foi repleta<br />
de superlativos, a começar pelo recorde do número<br />
de empresas expositoras: 3.062, vindas de 61 países. No<br />
total, 146 delas foram estreantes. Na área externa, mais<br />
um dado impressionou: 155 veículos expostos, entre locomotivas,<br />
vagões, trens urbanos, de metrô e VLTs, estacionados<br />
sobre trilhos especialmente fixados para a apresentação<br />
ao vivo e a cores do material rodante. Algumas<br />
empresas ofereceram a possibilidade de test drive no local.<br />
Nos estandes<br />
As empresas foram divididas nos pavilhões de acordo<br />
com a sua área de atuação (tecnologia ferroviária; infraestrutura<br />
ferroviária; transporte público; interiores; e construção<br />
de túneis). O espaço que reuniu os fabricantes de<br />
trens de passageiros foi um dos mais concorridos pelo público.<br />
A CRRC, por exemplo, chegou disposta a mostrar<br />
ao mundo a inovação made in China. Entre outros produtos,<br />
a empresa exibiu um carro de metrô, modelo Cetrovo,<br />
o primeiro do mundo a ser fabricado com fibra carbono.<br />
Segundo executivos da chinesa, o material proporciona<br />
redução de 13% do peso da composição comparado<br />
com carros tradicionais de metrô, o que impacta na ve-<br />
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REVISTA FERROVIÁRIA | <strong>Setembro</strong>/<strong>Outubro</strong> DE <strong>2018</strong>