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Revista Apólice #238

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transportes<br />

❙❙<br />

Paulo Robson Alves, da Axa XL<br />

só pela variação na emissão de prêmio,<br />

mas também no índice de sinistralidade,<br />

que em momentos de crise crescem em<br />

função do aumento dos roubos de carga.<br />

“Se há uma recessão, menos cargas<br />

são transportadas e, portanto, menos seguros<br />

são contratados. Houve crescimento<br />

dos prêmios de seguros de transportes,<br />

mas esse crescimento foi causado muito<br />

mais por causa dos reajustes de tarifas,<br />

devido ao aumento de sinistros, do que<br />

pela elevação de movimento e transporte<br />

de carga, uma vez que 2018 tem seguido<br />

a tendência de mercado que vem desde<br />

2017”, opina Paulo Robson Alves, Head<br />

of Marine – Brazil da Axa XL.<br />

A Tokio Marine, por sua vez, registra<br />

neste ano uma recuperação no<br />

desempenho da carteira de transportes,<br />

fato que segundo o diretor executivo de<br />

Produtos Pessoa Jurídica, Felipe Smith,<br />

Novo marco regulatório e Certificação<br />

Fernando Ferreira, da Transbroker,<br />

acredita que o novo Marco Regulatório<br />

do Transporte Rodoviário de Cargas,<br />

que se encontra para aprovação junto<br />

ao Senado Federal, irá trazer os benéficos<br />

perdidos na questão dos seguros.<br />

Um dos pleitos dos caminhoneiros<br />

grevistas para o fim da paralisação, o<br />

marco regulatório estabelece regras<br />

de segurança nas estradas, infrações e<br />

condições de contratação de transportadores,<br />

como pagamento, seguros e<br />

vale-pedágio. As determinações valem<br />

para caminhoneiros autônomos, empresas<br />

de operação logística, transportadores<br />

de carga própria, cooperativas<br />

e empresas transportadoras de cargas<br />

e de valores, que ficam divididos de<br />

acordo com o número de veículos de<br />

carga e a capacidade de transporte em<br />

toneladas.<br />

“Acredito que foi a maior perda<br />

financeira do setor nas últimas décadas,<br />

além dos aumentos das ações judiciais<br />

feitas pelas seguradoras e embarcadores<br />

em sinistros envolvendo a responsabilidade<br />

dos transportadores”, declara.<br />

Para o executivo, a aprovação da Lei<br />

passará a colocar cada qual em seu<br />

devido lugar, ou seja, com suas responsabilidades<br />

definidas nas contratações<br />

de seus seguros para as mercadorias<br />

em trânsito, seja pelo embarcador ou<br />

transportador.<br />

Outro ponto que merece destaque<br />

é a questão do Programa Brasileiro<br />

de Operador Econômico Autorizado<br />

(OEA), certificação da Receita Federal<br />

para aumentar a segurança e a confiabilidade<br />

brasileira nos processos de<br />

exportação e importação. As empresas<br />

certificadas cumprem voluntariamente<br />

os critérios de segurança aplicados<br />

à cadeia logística ou das obrigações<br />

tributárias e aduaneiras, de acordo<br />

com a modalidade de certificação e<br />

demonstram atendimento aos níveis de<br />

conformidade e confiabilidade exigidos<br />

pelo Programa. A organização com certificação<br />

de OAE é considerada de baixo<br />

risco, confiável e conta com benefícios<br />

oferecidos pela Aduana, relacionados<br />

à maior agilidade e previsibilidade nos<br />

fluxos do comércio internacional.<br />

A OEA pode ser concedida à importadores,<br />

exportadores, transportadores<br />

e agentes de carga e visa trazer alguns<br />

benefícios, como proporcionar maior<br />

agilidade e previsibilidade no fluxo do<br />

comércio internacional.<br />

❙❙Felipe Smith, da Tokio Marine<br />

28<br />

está relacionado a uma melhora nos índices<br />

de sinistralidade. Na companhia, a<br />

sinistralidade na carteira de transporte<br />

rodoviários em 2017 foi de 68,3%. Este<br />

ano, considerando os dados de janeiro<br />

até agora, esse número caiu para 56,5%.<br />

“Atribuímos essa queda a uma maior<br />

conscientização dos clientes sobre a<br />

importância da contratação da proteção<br />

adequada e ao intenso trabalho de gerenciamento<br />

de riscos que realizamos junto<br />

aos corretores e segurados”, afirma.. “O<br />

desempenho da Tokio Marine nos deixa<br />

muito otimistas quanto aos resultados<br />

de 2018 e nos motiva a trabalhar para<br />

oferecer soluções cada vez melhores para<br />

corretores e clientes”.<br />

O cenário é promissor em todos os<br />

aspectos: a sociedade brasileira sentiu<br />

na pele a necessidade de modernizar os<br />

meios de transporte, e hoje conta meios<br />

ferroviários, aquaviários, de cabotagem<br />

e até mesmo estradas melhor pavimentadas.<br />

O próximo governo deverá investir<br />

fortemente nestas obras de infraestrutura,<br />

independentemente do viés ideológico.

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