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transportes<br />
❙❙<br />
Paulo Robson Alves, da Axa XL<br />
só pela variação na emissão de prêmio,<br />
mas também no índice de sinistralidade,<br />
que em momentos de crise crescem em<br />
função do aumento dos roubos de carga.<br />
“Se há uma recessão, menos cargas<br />
são transportadas e, portanto, menos seguros<br />
são contratados. Houve crescimento<br />
dos prêmios de seguros de transportes,<br />
mas esse crescimento foi causado muito<br />
mais por causa dos reajustes de tarifas,<br />
devido ao aumento de sinistros, do que<br />
pela elevação de movimento e transporte<br />
de carga, uma vez que 2018 tem seguido<br />
a tendência de mercado que vem desde<br />
2017”, opina Paulo Robson Alves, Head<br />
of Marine – Brazil da Axa XL.<br />
A Tokio Marine, por sua vez, registra<br />
neste ano uma recuperação no<br />
desempenho da carteira de transportes,<br />
fato que segundo o diretor executivo de<br />
Produtos Pessoa Jurídica, Felipe Smith,<br />
Novo marco regulatório e Certificação<br />
Fernando Ferreira, da Transbroker,<br />
acredita que o novo Marco Regulatório<br />
do Transporte Rodoviário de Cargas,<br />
que se encontra para aprovação junto<br />
ao Senado Federal, irá trazer os benéficos<br />
perdidos na questão dos seguros.<br />
Um dos pleitos dos caminhoneiros<br />
grevistas para o fim da paralisação, o<br />
marco regulatório estabelece regras<br />
de segurança nas estradas, infrações e<br />
condições de contratação de transportadores,<br />
como pagamento, seguros e<br />
vale-pedágio. As determinações valem<br />
para caminhoneiros autônomos, empresas<br />
de operação logística, transportadores<br />
de carga própria, cooperativas<br />
e empresas transportadoras de cargas<br />
e de valores, que ficam divididos de<br />
acordo com o número de veículos de<br />
carga e a capacidade de transporte em<br />
toneladas.<br />
“Acredito que foi a maior perda<br />
financeira do setor nas últimas décadas,<br />
além dos aumentos das ações judiciais<br />
feitas pelas seguradoras e embarcadores<br />
em sinistros envolvendo a responsabilidade<br />
dos transportadores”, declara.<br />
Para o executivo, a aprovação da Lei<br />
passará a colocar cada qual em seu<br />
devido lugar, ou seja, com suas responsabilidades<br />
definidas nas contratações<br />
de seus seguros para as mercadorias<br />
em trânsito, seja pelo embarcador ou<br />
transportador.<br />
Outro ponto que merece destaque<br />
é a questão do Programa Brasileiro<br />
de Operador Econômico Autorizado<br />
(OEA), certificação da Receita Federal<br />
para aumentar a segurança e a confiabilidade<br />
brasileira nos processos de<br />
exportação e importação. As empresas<br />
certificadas cumprem voluntariamente<br />
os critérios de segurança aplicados<br />
à cadeia logística ou das obrigações<br />
tributárias e aduaneiras, de acordo<br />
com a modalidade de certificação e<br />
demonstram atendimento aos níveis de<br />
conformidade e confiabilidade exigidos<br />
pelo Programa. A organização com certificação<br />
de OAE é considerada de baixo<br />
risco, confiável e conta com benefícios<br />
oferecidos pela Aduana, relacionados<br />
à maior agilidade e previsibilidade nos<br />
fluxos do comércio internacional.<br />
A OEA pode ser concedida à importadores,<br />
exportadores, transportadores<br />
e agentes de carga e visa trazer alguns<br />
benefícios, como proporcionar maior<br />
agilidade e previsibilidade no fluxo do<br />
comércio internacional.<br />
❙❙Felipe Smith, da Tokio Marine<br />
28<br />
está relacionado a uma melhora nos índices<br />
de sinistralidade. Na companhia, a<br />
sinistralidade na carteira de transporte<br />
rodoviários em 2017 foi de 68,3%. Este<br />
ano, considerando os dados de janeiro<br />
até agora, esse número caiu para 56,5%.<br />
“Atribuímos essa queda a uma maior<br />
conscientização dos clientes sobre a<br />
importância da contratação da proteção<br />
adequada e ao intenso trabalho de gerenciamento<br />
de riscos que realizamos junto<br />
aos corretores e segurados”, afirma.. “O<br />
desempenho da Tokio Marine nos deixa<br />
muito otimistas quanto aos resultados<br />
de 2018 e nos motiva a trabalhar para<br />
oferecer soluções cada vez melhores para<br />
corretores e clientes”.<br />
O cenário é promissor em todos os<br />
aspectos: a sociedade brasileira sentiu<br />
na pele a necessidade de modernizar os<br />
meios de transporte, e hoje conta meios<br />
ferroviários, aquaviários, de cabotagem<br />
e até mesmo estradas melhor pavimentadas.<br />
O próximo governo deverá investir<br />
fortemente nestas obras de infraestrutura,<br />
independentemente do viés ideológico.