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Revista_Analytica Ed 97

Capa: A ciência se move rapidamente: atendimento ao cliente precisa manter o ritmo Artigos: - Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg - Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas com batom empregando método pour plate Análise de minerais A Importância da Validação de Métodos Analíticos Espectometria de massas A fonte de íons por impacto de elétrons na espectrometria de massas Microbiologia Dados sobre o Staphylococcus epidermidis E muito mais

Capa: A ciência se move rapidamente: atendimento ao cliente precisa manter o ritmo

Artigos:
- Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg
- Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas com batom empregando método pour plate

Análise de minerais
A Importância da Validação de Métodos Analíticos

Espectometria de massas
A fonte de íons por impacto de elétrons na espectrometria de massas

Microbiologia
Dados sobre o Staphylococcus epidermidis

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REVISTA<br />

Mídia oficial da Instrumentação e<br />

Controle de Qualidade Industrial<br />

Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />

ISSN 1677305-5<br />

R$25,00<br />

9 771677 305002 0 0 0 9 7<br />

A CIÊNCIA SE MOVE RAPIDAMENTE<br />

Atendimento ao cliente precisa manter o ritmo


REVISTA<br />

Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />

ÍNDICE<br />

Único Distribuidor<br />

USP Autorizado<br />

do Brasil<br />

Artigo 1 08<br />

04 <strong>Ed</strong>itorial<br />

05 Agenda<br />

Termogravimetria, calorimetria<br />

exploratória diferencial e estudo<br />

de degradação forçada do<br />

metronidazol insumo farmacêutico<br />

e comprimidos de 250 mg<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2,<br />

José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2,<br />

Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2,<br />

Janine Boniatti2<br />

Artigo 2 22<br />

Verificação da atividade microbiológica<br />

na regiao bucal recobertas com batom<br />

empregando método Pour Plate<br />

Autores:<br />

Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />

Alex Magalhães de Almeida2*,<br />

Ivani Pose Martins³.<br />

28<br />

Matéria de<br />

Capa<br />

www.lasdobrasil.com.br<br />

comercial@lasdobrasil.com.br<br />

Consulte nosso time de especialistas.<br />

Análise de Minerais 38<br />

32 Microbiologia<br />

40 Em foco<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

3


REVISTA<br />

Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />

agenda<br />

Agenda 2018<br />

EDITORIAL<br />

2019 vai ser melhor<br />

É inevitável dizer que, 2018 não foi um ano tranquilo. Longe disso, economicamente e politicamente<br />

falando, vivemos essa temporada como que num turbilhão. Apesar de se revelar certo<br />

otimismo, as eleições botaram fim na calmaria.<br />

Agora, com a mudança de poderes, há de se esperar, independente das políticas e ideologias,<br />

certa estabilidade - e com isso, a expectativa de novos investimentos e abertura para mais<br />

negócios. E isso é uma boa notícia para os leitores da <strong>Analytica</strong>, em especial os profissionais da<br />

indústria de controle de qualidade industrial. Afinal, espera-se que haja uma inferência econômica,<br />

o que atinge diretamente esses profissionais.<br />

Com o aumento da produção, a industrial em geral, terá necessidade de novos profissionais,<br />

além de investir em equipamentos para cobrir o controle de qualidade interno. Os laboratórios,<br />

nesse quesito, devem também se favorecer muito com isso.<br />

Diante disso, o momento agora é de otimismo. 2018 pode ter sido um ano traumático e difícil<br />

de superar, por isso, nunca se fez tanto sentido a esperança de um próspero ano novo.<br />

Boa leitura e boas festas<br />

ENAIQ 2018 - 23º Encontro Anual da Industria Química<br />

Data: 07/12/2018<br />

Local: Hotel Unique - São Paulo / SP<br />

Informações: enaiq.org.br<br />

FCE Pharma<br />

Data: 21 a 23/05/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: fcepharma.com.br<br />

V Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes<br />

Data: 26 a 28/11/2018<br />

Local: Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) - Rio de Janeiro / RJ<br />

Informações: cbmri.org.br<br />

BrMass 2018 | 7ª Conferência de Espectrometria de Massa<br />

Data: 08 a 12/12/2018<br />

Local: Hotel Windsor Barra - Rio de Janeiro / RJ<br />

Informações: congresso2018.brmass.com<br />

7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />

Data: 15 a 17/04/2019<br />

Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />

Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />

7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />

Data: 05 a 09/05/2019<br />

Local: Foz do Iguaçu / PR<br />

Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />

4<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Expediente<br />

Realização: DEN <strong>Ed</strong>itora<br />

Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />

Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />

Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />

Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />

Analitica Latin America<br />

Data: 24 a 26/09/2019<br />

Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />

Informações: analiticanet.com.br<br />

CURSOS<br />

Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />

23/11 a 06/12 - Validação de métodos de ensaios<br />

26/11 a 12/12 - Incerteza da medição<br />

03/12 a 07/12 - Indicadores de Desempenho da Qualidade<br />

03/12 a 17/12 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial NBR ISO/IEC 17025<br />

03/12 a 13/12 - Auditoria Interna<br />

03/12 a 13/12 - Controle de Instrumentos de medição<br />

03/12 a 19/12 - Gestão de riscos e oportunidades<br />

Mais informações em: metrologia.org.br 5<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18


REVISTA<br />

Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato<br />

com a redação.<br />

Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Analitica Lab 21<br />

Arena Técnica 51<br />

BCQ 56<br />

BRMASS 53<br />

Greiner 45<br />

Las do Brasil 2<br />

Anunciante<br />

pág<br />

Nova Analítica 33 | 41<br />

Prime Cargo 27<br />

Thermo Fisher 1<br />

Vacuubrand 19<br />

Veolia 54-55<br />

Waters 29<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />

publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />

casos educacionais, resumos<br />

de teses etc. Os editores levarão em<br />

consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação<br />

e o controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas<br />

e analisadas pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e<br />

qualquer conflito de interesse existente,<br />

em particular aqueles de natureza<br />

financeira relativo a companhias interessadas<br />

ou envolvidas em produtos<br />

ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito<br />

apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o<br />

termo de compromisso assinado por<br />

todos os autores, atestando a originalidade<br />

do artigo, bem como a participação<br />

de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos<br />

em português, mas com Abstract detalhado<br />

em inglês. O Resumo e o Abstract<br />

deverão conter as palavras-chave<br />

e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma<br />

original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-<br />

-mail, pedimos que a resolução do<br />

escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados<br />

e enviados por e-mail, ordenados<br />

em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição<br />

onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />

o nome do autor correspondente, com<br />

endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos<br />

por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais<br />

e Métodos, Parte Experimental,<br />

Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no<br />

texto com o sobrenome do devido autor,<br />

seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada<br />

referência citadas no texto devem vir<br />

listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela<br />

sigla do prenome. Ex.: sobrenome, siglas<br />

dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume,<br />

fascículo, página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências.<br />

Referências de contribuições ainda<br />

não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />

Isso se deve ao fato que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico<br />

-, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é<br />

bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma média de três<br />

artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem<br />

seu material em outras publicações.<br />

6<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />

Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />

Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />

de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />

Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />

Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />

Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />

Alex Magalhães de Almeida, Ana Lúcia Cerqueira, Claudio Kiyoshi Hirai, Diogo do Nascimento, <strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo, Ivani Pose Martins, Janine<br />

Boniatti, José Luiz de Aguiar, José Mauro Granjeiro, Juliana Medeiros, Lucas Regis, Luciana e Sá Alves, Margareth Gallo, Nelson Nunes, Oscar Vega Bustillos,<br />

Rafael Seiceira eVerônica de Castro Ferreira Palhares<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Paolo Enryco – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 412 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

7


artigo 1<br />

8<br />

Termogravimetria, calorimetria<br />

exploratória diferencial e estudo<br />

de degradação forçada do<br />

metronidazol insumo farmacêutico<br />

e comprimidos de 250 mg<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Resumo<br />

Metronidazol é um agente amebicida, bactericida e anti<br />

protozoários, além de ser empregado no tratamento da doença<br />

de Chron. Tanto a fotodegradação quanto a hidrólise alcalina<br />

do insumo farmacêutico ativo (IFA) metronidazol tem sido<br />

amplamente estudadas na literatura, no entanto existe uma<br />

lacuna em relação à obtenção de um estudo de degradação<br />

forçada levando-se em conta todas as reações preconizadas<br />

pela RDC 53/2015 da ANVISA. Logo, este trabalho obteve o<br />

perfil completo de degradação do metronidazol IFA e produto<br />

(PRO) conforme recomendado pela agência reguladora. Foi<br />

constatado que tanto o IFA quanto o PRO foram susceptíveis<br />

às reações com peróxido de hidrogênio e com íon cúprico,<br />

além das reações mencionadas acima. O método indicativo<br />

de estabilidade foi desenvolvido, mostrando ser capaz de detectar<br />

todos os produtos de degradação gerados durante o<br />

estudo de degradação forçada e de estabilidade do produto,<br />

sugerindo a extensão do seu prazo de validade. Somando-se<br />

a isto, análises de estéreo microscopia, termogravimetria e<br />

calorimetria exploratória diferencial mostraram modificações<br />

que corroboraram os resultados observados nos cromatogramas<br />

das respectivas amostras fotodegradadas, indicando<br />

mudança de cor e amorfização.<br />

Palavras-chave: Testes de estresse, Método Indicativo<br />

de Estabilidade, Produto de Degradação<br />

Imagem ilustrativa<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

1FIOCRUZ Ceará<br />

2Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos/<br />

FIOCRUZ-RJ<br />

3Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde -<br />

INCQS/FIOCRUZ-RJ<br />

*Correspondência. Tel: +55 085 32156488;<br />

margareth.gallo@gmail.com<br />

Abstract<br />

Metronidazole is an antiamoebic, antiprotozoal and<br />

antibacterial agent also used in the treatment of Chron Disease.<br />

Photodegradation and basic hydrolysis of Metronidazole drug<br />

substance (DS) and drug product (DP) are widely mentioned in<br />

the literature, but there is a gap in obtaining a forced degradation<br />

study according to ANVISA requirements. This work performed<br />

all the forced degradation reactions in line with RDC 53/2015<br />

and found DS and DP were susceptible to hydrogen peroxide<br />

and cupric metal ion in addition to the above-mentioned<br />

reactions. Thus, a complete degradation profile of Metronidazole<br />

DS and DP was obtained and the stability indicating method<br />

developed, which was able to detect the degradation products<br />

generated during the DP forced degradation and stability<br />

studies and suggested an extension of the DP shelf life period.<br />

Moreover, stereomicroscopic, thermogravimetric and differential<br />

scanning calorimetric analyses showed some modifications<br />

that corroborated the results observed in the photodegraded<br />

samples chromatograms, indicating color change and<br />

amorphization.<br />

Keywords: Stress tests, Stability Indicating Method,<br />

Degradation Product<br />

Introdução<br />

O metronidazol (1; Figura 1) é um<br />

derivado 5-nitroimidazólico preparado<br />

sinteticamente via rota Debus-<br />

-Radziszewski ou a partir de etilenodiamina<br />

e ácido acético, seguido<br />

de tratamento com cal e catalisação<br />

com níquel de Raney formando o<br />

2-metilimidazol (2; Figura 1). Este,<br />

posteriormente, sofre nitração originando<br />

o 2-methyl-4(5)-nitroimidazol<br />

(3 e 4; Figura 1), o qual é alquilado<br />

com óxido de etileno ou 2-cloroetanol<br />

originando o metronidazol (MTZ;<br />

KRAFT et al, 1989).<br />

O MTZ é um insumo farmacêutico<br />

ativo (IFA) contra bactérias como<br />

Clostridium difficile, Gardnerella vaginalis,<br />

contra protozoários anaeróbicos<br />

como o Trichomonas vaginalis,<br />

Entamoeba histolytica, e Giardia<br />

lamblia e usado no tratamento da<br />

Doença de Chron. A ativação biológica<br />

do MTZ depende da redução do<br />

grupo 5-nitro ligado ao anel imidazólico<br />

pela enzima nitro redutase. A<br />

forma reduzida interage com o DNA<br />

do microrganismo causando perda<br />

da estrutura helicoidal, quebra<br />

da fita dupla e eventual inibição da<br />

síntese de ácido nucleico e morte<br />

celular (NAVEED et al, 2014).<br />

A suscetibilidade do MTZ à luz<br />

tem sido principalmente estudada<br />

por meio de processos de oxidação<br />

avançada onde radicais livres são<br />

gerados por diferentes combinações<br />

de oxidantes como UV/H2O2,<br />

UV/O3, UV/H2O2/O3, variações da<br />

reação de Fenton e da exposição<br />

a raios ultravioleta em reatores solares,<br />

especialmente em solução<br />

aquosa, com o objetivo de descontaminação<br />

de águas residuais e do<br />

ambiente. Por exemplo, PÉREZ e<br />

colaboradores (2015) detectaram 5<br />

produtos de degradação (PDeg) heterocíclicos<br />

(4, 6, 10, 12, 13; Figura<br />

1) e 12 derivados hidroxilados, por<br />

cromatografia líquida acoplada a espectrometria<br />

de massas (CLAE/EM),<br />

ao submeterem o MTZ ao processo<br />

SPEF (Solar Photoelectro Fenton;<br />

Tabela 1). Já GODFREY & EDWAR-<br />

DS (1990) detectaram o composto<br />

11 decorrente de fotodegradação<br />

e posterior termodegradação em<br />

função do tempo de exposição à luz<br />

solar. O anel imidazólico do MTZ é<br />

propenso à auto oxidação quando<br />

submetido à reação de Fenton e<br />

pode ser atacado por espécies de<br />

oxigênio singleto via ciclo adição<br />

1,4 de Diels-Alder, formando um<br />

endoperóxido bicíclico como intermediário,<br />

o qual se decompõe numa<br />

imida que sofre posterior hidrólise<br />

e/ou isomerização originando a<br />

substância tóxica etanolamina como<br />

produto final (LI, 2012). A segunda<br />

reação de degradação mais estudada<br />

do MTZ é a hidrólise, com foco<br />

na cinética (WANG & YEH, 1993) e<br />

mecanismo, indicando que ocorre<br />

abertura do anel com formação do<br />

intermediário imidazolina e completa<br />

degradação em pH básico originando<br />

etilenodiamina (SALO et al,<br />

2003). As interações do MTZ com<br />

metais de transição também foram<br />

extensamente estudadas. Experimentos<br />

de ressonância magnética<br />

nuclear provaram que o MTZ forma<br />

complexos com o íon cúprico, através<br />

da doação de elétrons para o orbital<br />

híbrido mais externo do cobre,<br />

pelo alargamento produzido no pico<br />

referente ao hidrogênio olefínico adjacente<br />

ao N-3 quando cloreto cúprico<br />

foi misturado ao MTZ. A representação<br />

da interação formada foi<br />

dada pela fórmula [Cu-(MTZ)4]+2<br />

(CHIEN et al, 1<strong>97</strong>5). Além disto, o<br />

MTZ, quando aquecido em presença<br />

de sal cúprico, pode formar<br />

cristais verdes ou azuis de fórmulas<br />

diferentes dependendo se o sal é<br />

acetato ou cloreto (GÁLVAN-TEJADA<br />

et al, 2002) A Farmacopeia Europeia<br />

(2016) cita, ao todo, 7 impurezas do<br />

MTZ, a saber substância relacionada<br />

A (SRA), SRB, SRC, SRD, SRE,<br />

SRF e SRG (3, 5, 7, 8, 9, 12 e 14,<br />

respectivamente; Figura 1). A Farmacopeia<br />

Americana (USP 39) tem<br />

o limite especificado de apenas uma<br />

impureza, conhecida como SRA do<br />

tinidazol (4; Figura 1), que é uma<br />

impureza proveniente da síntese,<br />

conforme visto acima.<br />

Alguns estudos de degradação<br />

forçada do MTZ e compostos similares<br />

foram encontrados na literatura,<br />

assim como alguns métodos<br />

indicativos de estabilidade (MIE) ou<br />

somente métodos de análise de teor<br />

de impurezas, com os resultados<br />

mais expressivos relatados nas Tabelas<br />

1 e 2, porém nenhum deles<br />

foi realizado com todas as reações<br />

conforme preconizadas pela RDC<br />

53/2015 da ANVISA.<br />

Este trabalho visou desenvolver<br />

um MIE para o MTZ contemplando<br />

as reações químicas de hidrólise<br />

ácida e básica, fotodegradação, termodegradação<br />

a seco e úmida, oxidação<br />

com peróxido de hidrogênio<br />

e com sal cúprico e, somando-se a<br />

isto, analisar as amostras degradadas<br />

por termogravimetria (TG), estéreo<br />

microscopia (SM) e calorimetria<br />

exploratória diferencial (DSC) para<br />

verificar modificações físicas que<br />

pudessem comprometer a eficácia<br />

tanto do IFA quanto do produto.<br />

Figura 1. Estrutura química do metronidazol<br />

e suas impurezas de síntese e degradação<br />

2. R1=R3=R4= H, R2= CH3<br />

3. R1=R4= H, R2= CH3, R3= NO2<br />

2. R1=R3=R4= H, R2= CH<br />

4. R1=R3= H, R2= CH3, R4= 3<br />

NO2<br />

3. R1=R4= 5. R1=R2=R4= H, R2= H, CH R3= 3, R3= NO NO2 2<br />

4. 6. R1=R3= H, H, R2= CH3, R4= OH NO 2<br />

5. R1=R2=R4= 7. CH2-CH2-OH, H, R3= R2=R4= NO 2<br />

H, R3= NO2<br />

8. CH2-CH2-OH, R2=R3= H, R4=<br />

6. R1=R3= H, R2= CH 3,<br />

NO2<br />

R4= OH<br />

9. R1= CH2-CH2-OH, R2= CH3, R3= NO2, R4= H<br />

7. R1= 10. CH R1= 2-CH CH2-CH2-OH, 2-OH, R2=R4= CH3, H, R3= R3= H, R4= NOOH<br />

2<br />

8. R1= 11. CH R1= CH2-CH2-OH, 2-OH, R2=R3= CH3, H, R3= R4= OH, R4= NO 2 H<br />

9. R1= 12. CH R1= 2-CH CH2-COOH, 2-OH, R2= CH3, R3= 3, R3= H, R4= NONO2<br />

2, R4= H<br />

13. R1= CH2-COOH, R2= CH3, R3= H, R4= OH<br />

10. R1= CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= OH<br />

14. R1= (CH2)2-O-CH2-CH2-OH, R2= CH3, R3= H, R4= NO2<br />

11. R1= CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= OH, R4= H<br />

12. R1= CH 2-COOH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2 9<br />

Figura 1. 13. Estrutura R1= CH química 2-COOH, do metronidazol R2= CH 3, e R3= suas impurezas H, R4= OH de síntese e degradação<br />

14. R1= (CH 2) 2-O-CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2<br />

Tabela 1. Estudo do estado da arte sobre a degradação forçada do metronidazol (MTZ) e compostos<br />

estruturais similares como o secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />

BAKSHI &<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18


10<br />

artigo 1<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

Tabela Tabela 1. Estudo 1. Estudo estado estado da arte da sobre arte sobre a degradação a degradação forçada forçada do metronidazol do metronidazol (MTZ) e (MTZ) e compostos<br />

compostos estruturais similares estruturais como similares o secnidazol como (SDZ) o secnidazol e tinidazol (SDZ) (TNZ). e tinidazol (TNZ)<br />

Referência /<br />

Estudo de Degradação<br />

Oxidação (H2O2)<br />

Degradação<br />

Térmica (seca)<br />

Degradação Térmica<br />

(úmida)<br />

Fotólise<br />

Condição<br />

HABIB &<br />

ASKER, 1989<br />

KARIM et<br />

al, 1991<br />

TAUBER &<br />

CHIURCIU,<br />

2014<br />

H 2O 2 3%, 25 o C,<br />

90 min<br />

Degradação 2,51%<br />

Não fez Não fez<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

Condição<br />

Degradação<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

Condição<br />

Não identificou<br />

Não fez Não fez Não fez<br />

Em solução HCl<br />

0,01M, 60 o C, 1h<br />

BAKSHI &<br />

SINGH, 2004a e<br />

2004b<br />

(SDZ e TNZ)<br />

H 2O 2 3% por 6h e<br />

30% por 48h à<br />

temperatura<br />

ambiente<br />

Em H 2O 2 3%: 0<br />

Em H 2O 2 30%:<br />

SDZ: 75%<br />

TNZ: 80%<br />

SDZ: 1 pico no<br />

UV; 3 picos no<br />

EM.<br />

TNZ: 3 picos no<br />

UV e 1 no EM<br />

50ºC, 3 meses<br />

SDZ: 2%<br />

TNZ: 0%<br />

Não identificou<br />

VERMA et<br />

al, 2013<br />

H 2O 2 3%,<br />

48h<br />

0%<br />

6 picos no<br />

UV<br />

60ºC, 48h<br />

0%<br />

Não<br />

identificou<br />

NAVEED<br />

et al, 2014<br />

Não fez<br />

Não fez<br />

Em solução<br />

aquosa,<br />

50ºC, 30<br />

min<br />

Não fez Não fez<br />

Não fez Não fez<br />

Degradação 3,08% 0%<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

Condição<br />

Degradação<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

MTZ com/sem<br />

urato de sódio<br />

na câmara de<br />

fotoestabilidade<br />

, 10,5W/m 2<br />

para luz<br />

fluorescente,<br />

990 mW/cm 2<br />

para luz preta e<br />

6,4 W/m 2 para<br />

luz sol<br />

artificial. Sol<br />

MTZ 9,9 x 10 -5<br />

em tampão<br />

fosfato pH 7<br />

por 14h.<br />

Resultado<br />

dependente do<br />

tipo luz.<br />

Não identificou<br />

Luz solar por<br />

3 semanas<br />

Resultado<br />

dependente<br />

do pH,<br />

solvente e<br />

temperatura.<br />

Não depende<br />

da presença/<br />

ausência de<br />

O 2.<br />

3 manchas na<br />

CCD, sendo<br />

2<br />

fluorescentes<br />

(bandas em<br />

281 e 312<br />

nm). 4 picos<br />

na CG.<br />

Não identificou<br />

Luz UV em 253<br />

nm por 12h<br />

0,47%<br />

Não identificou<br />

Droga a 1mg/mL<br />

em HCl 0,1M,<br />

água ou tampão<br />

fosfato pH 10.<br />

7000 lx, 0,8 W/m 2<br />

a 40º C/75% UR,<br />

por 8 dias (SDZ) e<br />

12 dias (TNZ)<br />

SDZ: 87% em 4<br />

dias em meio<br />

ácido; 50% em<br />

neutro; 65% em<br />

meio alcalino<br />

TNZ: 95% em<br />

meio ácido<br />

SDZ: Nenhum<br />

pico detectado no<br />

UV e 2 picos no<br />

CL/EM.<br />

TNZ: 1 pico no<br />

UV e 3 no EM<br />

Não fez<br />

Não<br />

identificou<br />

Solução<br />

aquosa de<br />

MTZ<br />

submetida a<br />

Luz UV em<br />

320 nm por<br />

30min<br />

75%<br />

Não<br />

identificou<br />

CCD = Cromatografia de camada delgada; CG = Cromatografia gasosa; UV = Ultravioleta; EM = Espectrômetro de massas; CL/EM =<br />

Cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massas<br />

PÉREZ et<br />

al, 2015<br />

Não fez<br />

Não fez<br />

Não fez<br />

Solução de<br />

MTZ em<br />

Na 2SO 4<br />

0,05M pH<br />

3, 35ºC,<br />

300min,<br />

numa planta<br />

de fluxo<br />

solar<br />

(reação de<br />

Fenton<br />

fotoeletro<br />

solar) com<br />

irradiação<br />

solar UV<br />

(300-400<br />

nm) de<br />

32W/m 2 .<br />

100% após<br />

240 min<br />

17<br />

compostos<br />

por CL/EM<br />

Figura 1. Estrutura química do metronidazol e suas impurezas de síntese e degradação<br />

Tabela 1. Estudo do estado da arte sobre a degradação forçada do metronidazol (MTZ) e<br />

compostos<br />

Tabela<br />

estruturais<br />

1. Estudo do<br />

similares<br />

estado<br />

como<br />

da arte<br />

o secnidazol<br />

sobre a degradação<br />

(SDZ) e tinidazol<br />

forçada<br />

(TNZ).<br />

do metronidazol (MTZ) e compostos<br />

estruturais similares como o secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />

Referência /<br />

Estudo de Degradação<br />

Hidrólise Ácida<br />

Hidrólise Alcalina<br />

Condição<br />

HABIB &<br />

ASKER, 1989<br />

KARIM et<br />

al, 1991<br />

TAUBER &<br />

CHIURCIU,<br />

2014<br />

HCl 0,1M, 25 o C,<br />

90min<br />

Não fez Não fez<br />

Degradação 2,18%<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

Condição<br />

Não fez<br />

Não fez<br />

Não identificou<br />

NaOH 0,01M,<br />

25 o C, 90min<br />

Degradação 3,11%<br />

Produtos de<br />

Degradação<br />

Identificados<br />

13. R1= CH 2-COOH, R2= CH 3, R3= H, R4= OH<br />

14. R1= (CH 2) 2-O-CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2<br />

Não identificou<br />

BAKSHI &<br />

SINGH, 2004a e<br />

2004b<br />

(SDZ e TNZ)<br />

Droga a 1mg/mL<br />

HCl 0,1M, 80ºC,<br />

12h<br />

(Neutra: 80ºC, 5<br />

dias)<br />

SDZ: 8-10%<br />

(5-8%)<br />

TNZ: 20% (15%)<br />

Não detectou picos<br />

nem no UV nem<br />

CL/EM<br />

NaOH 0,1M, 80ºC<br />

por 8h (SDZ) ou<br />

10min (TNZ).<br />

Tampão fosfato<br />

pH 10 por 6h<br />

(TNZ)<br />

TNZ: 100% na<br />

base.<br />

O resto não<br />

informou<br />

SDZ: Liberação de<br />

amônia e ácido<br />

acético; 1 pico UV<br />

e 2 EM.<br />

TNZ: 3 picos no<br />

UV (tampão pH<br />

10), sendo um<br />

identificado como<br />

2-metil-5-<br />

nitroimidazol (4)<br />

VERMA et<br />

al, 2013<br />

HCl 0,5M,<br />

12h, 70ºC,<br />

ao abrigo<br />

da luz<br />

NAVEED<br />

et al, 2014<br />

Droga a 100<br />

ppm, HCl<br />

0,5M,<br />

30min<br />

0% 0%<br />

3 picos no<br />

UV<br />

NaOH<br />

0,5M, 12h,<br />

70ºC, ao<br />

abrigo da<br />

luz<br />

Nenhum<br />

pico<br />

NaOH<br />

0,5M,<br />

30min<br />

0% 0%<br />

5 picos no<br />

UV<br />

Não<br />

identificou<br />

PÉREZ et<br />

al, 2015<br />

Não fez<br />

Não fez<br />

Tabela 2. Estudo do estado da arte para métodos de análise de substâncias relacionadas de metronidazol<br />

Tabela 2. Estudo do estado da arte para métodos de análise de substâncias relacionadas de metronidazol<br />

(MTZ) ou compostos estruturalmente relacionados como secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />

(MTZ) ou compostos estruturalmente relacionados como secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />

Referência/<br />

Condições<br />

Equipamento/<br />

Método<br />

Coluna<br />

Fase Móvel<br />

Duração<br />

análise<br />

Fluxo<br />

(mL/min)<br />

Temperatura do<br />

forno ( o C)<br />

Detector UV<br />

(nm)<br />

Volume de<br />

Injeção (µL)<br />

Solução de<br />

adequabilidade<br />

BAKSHI & SINGH,<br />

2004a e 2004b**<br />

(SDZ / TNZ)<br />

Bomba LC-10ATVP,<br />

SPD-10AVVP UV-<br />

VIS, auto injetor SIL-<br />

10ADVP, modulo<br />

degaseificador DGU-<br />

14A da Shimadzu<br />

Spherisorb<br />

ODS2 C18 250 ×<br />

4.6mm, 5 µm<br />

H 2O/MeOH 85:15;<br />

tentou mesma<br />

proporção com ACN<br />

sem resolução<br />

TAUBER &<br />

CHIURCIU, 2014 VERMA et al, 2013<br />

Farmacopeia<br />

Europeia 8ª <strong>Ed</strong>.<br />

(IFA MTZ)<br />

USP 40<br />

(IFA e PRO<br />

MTZ)<br />

Farmacopeia<br />

Brasil.<br />

(IFA MTZ)<br />

CLAE JASCO HPLC-900 CLAE CLAE CCD<br />

Betasil C18 250 ×<br />

4.6 mm, 5 µm<br />

Tampão KH 2PO 4<br />

40 mM pH 7,5 e<br />

MeOH<br />

Eluição gradiente<br />

Phenyl SB 250 x 4.6<br />

mm, 5 μm<br />

H 2O/ACN 90:10<br />

(10μL of 10% H 3PO 4)<br />

C18 250 x 4.6<br />

mm, 5 μm<br />

0,01 M KH 2PO 4 /<br />

MeOH 70:30<br />

Tempo da corrida:<br />

3 x Tr MTZ<br />

C8 150 x<br />

4.6 mm, 5<br />

μm<br />

H 2O/MeOH<br />

80:20 por 30<br />

min<br />

Placa GF 254<br />

silica gel 0,25<br />

mm<br />

Clorofórmio /<br />

Dietilamina<br />

90:10<br />

1 1 1 1 1 NA<br />

Não informou 30 25 ambiente 30 ambiente<br />

310 (SDZ) 254 310 315 319 254<br />

10 10 20 10 30 5<br />

Não informou<br />

Não informou<br />

1 mg/mL e SR<br />

2-methyl-4-<br />

nitoimidazol e 4-<br />

nitroimidazol.<br />

Estabilidade IFA/SR à<br />

temperatura ambiente<br />

por 48h<br />

0,5 µg/mL de<br />

MTZ e 0,5 µg/mL<br />

SR A de MTZ<br />

1 µg/mL<br />

MTZ e 2<br />

µg/mL SR<br />

A de TNZ<br />

CCD = Cromatografia de camada delgada; IFA: Insumo farmacêutico ativo; PRO = Produto; MeOH = Metanol; CLAE = Cromatografia de alta<br />

eficiência; SR = substância relacionada; Tr = tempo de retenção; NA = não se aplica; ** São métodos indicativos de estabilidade.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

NA<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

11<br />

Reagentes


artigo 1<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

Métodos analíticos<br />

Todos os métodos aqui reportados usaram a coluna cromatográfica especificada em equipamentos. Os<br />

métodos de iniciação e limpeza da coluna foram executados à temperatura de 35ºC e comprimento de<br />

onda de 315 nm.<br />

O método preliminar: conforme Farmacopeia Americana (USP 39), solvente A: água; solvente C:<br />

metanol; modo de eluição isocrático usando solventes A/C na proporção 80:20 por 30 minutos ao fluxo<br />

de 1mL/min, temperatura da coluna de 30ºC, comprimento de onda 319 nm, volume injeção 30 µL<br />

(solução 1mg/mL).<br />

Método otimizado: solvente A: água, solvente B: acetato de amônio 10 mM pH 4, solvente C: metanol,<br />

volume de injeção 10 µL (solução 1mg/mL), temperatura 35ºC, comprimento de onda 315 nm. Eluição<br />

gradiente e fluxo conforme tabela 3.<br />

12<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Materiais e Métodos<br />

Reagentes<br />

MTZ do fabricante Aarti Drugs<br />

(Mumbai, India), lote 1070486.<br />

A mistura dos comprimidos,<br />

lote 1603EX031, o placebo, lote<br />

1603PL032, e comprimidos submetidos<br />

ao estudo de estabilidade<br />

de longo prazo (30º C, 75% UR),<br />

lote 13080736, foram preparados<br />

por Farmanguinhos (FIOCRUZ-RJ).<br />

Metanol grau HPLC, acetato cúprico<br />

e peróxido de hidrogênio 30%<br />

(Merck, Alemanha); ácido clorídrico,<br />

acetato de amônio, hidróxido<br />

de sódio e hidróxido de amônio<br />

(Sigma-Aldrich, EUA).<br />

Equipamentos<br />

Cromatógrafo líquido Elite Lachrom<br />

VWR/Hitach/Merck conectado<br />

ao dispositivo de diodo L-2450,<br />

gerenciador de amostra L-2200 e<br />

bomba L-2130. Coluna cromatográfica<br />

ACE C8 150 x 4,6 mm, tamanho<br />

de partícula 5µm, tamanho<br />

de poro 100Å e 9% de carbono.<br />

Câmara de fotoestabilidade Ethik<br />

modelo 424/CF (SP, Brasil).<br />

Reações de degradação<br />

forçada<br />

Os testes de estresse foram<br />

realizados de acordo com a RDC<br />

53/2015, a saber: hidrólises ácida<br />

e alcalina, oxidação com peróxido<br />

de hidrogênio, reação com íon<br />

metálico de transição (cobre II), degradação<br />

térmica seca e úmida e<br />

fotodegradação. Procurou-se obter<br />

degradação superior a 10% e inferior<br />

à degradação completa, conforme<br />

preconizado pela resolução.<br />

Para cada reação foram preparados<br />

um branco (diluente água/<br />

metanol 9:1 e/ou acetato de amônio<br />

10mM pH 4), um controle da<br />

reação (reagente + diluente), um<br />

material de referência (IFA, produto<br />

ou placebo na concentração final<br />

de 0,5 mg/mL de MTZ) e um material<br />

degradado (IFA, produto ou<br />

placebo na concentração final de<br />

0,5 mg/mL de MTZ + diluente +<br />

reagente). Todas as reações foram<br />

realizadas à temperatura ambiente<br />

e ao abrigo da luz (em balões volumétricos<br />

âmbar acondicionados<br />

dentro de um armário). Todas as<br />

amostras foram previamente filtradas<br />

em filtro de seringa de nylon<br />

25mm x 0,45µm (Sigma) antes de<br />

serem injetadas. Tanto o material<br />

de referência quanto o degradado<br />

foram injetados em duplicata e o<br />

restante somente uma vez.<br />

Na hidrólise ácida, usou-se HCl<br />

na concentração final de 1M, durante<br />

114 horas e, após o tempo<br />

preconizado, a reação foi neutralizada<br />

com NaOH 1M.<br />

Na hidrólise alcalina, usou-se<br />

NaOH na concentração final de 0,1<br />

e 0,01M, durante 70 horas e a reação<br />

foi neutralizada com HCl 0,1M.<br />

Na reação com peróxido de hidrogênio,<br />

usou-se H2O2 na concentração<br />

final de 15% por 70h e, ao final,<br />

a amostra não foi neutralizada.<br />

Na fotodegradação, IFA, medicamento<br />

e placebo foram expostos à<br />

incidência de luz visível, 1,2 milhões<br />

de lux/hora e energia integrada de<br />

UV de 200 w h/m2 por 24 e 220h, à<br />

temperatura de 25º C, em placas de<br />

Petri lacradas com fita transparente<br />

e em placas embrulhadas em papel<br />

alumínio (controle de ausência de<br />

luz) lado a lado no interior da câmara<br />

de fotoestabilidade.<br />

Na termodegradação a seco,<br />

IFA, medicamento e placebo foram<br />

acondicionados dentro de placas<br />

de Petri lacradas com fita transparente<br />

e embrulhadas em papel<br />

alumínio no interior de uma estufa<br />

com vácuo (1000 mbar = 1 kgf/<br />

cm2) a 105ºC por 24 horas.<br />

Na termodegradação úmida, as<br />

amostras foram acondicionadas<br />

em placas de Petri abertas, em<br />

estufa previamente saturada com<br />

vapor de água, a 105ºC por 24 horas.<br />

O vidro da porta da estufa foi<br />

coberto com papel alumínio para<br />

evitar incidência de luz sobre as<br />

amostras durante a exposição.<br />

A reação com íon metálico de<br />

transição foi realizada com acetato<br />

cúprico na concentração final de 3<br />

mM, o qual foi preparado em tampão<br />

acetato de amônio pH 4 para<br />

facilitar sua dissolução, por 114<br />

horas. Ao final, a solução foi neutralizada<br />

com EDTA 100 mM.<br />

Preparo do produto em estudo<br />

de estabilidade<br />

Vinte comprimidos do produto<br />

submetido ao estudo de estabilidade<br />

a longo prazo (30º C, 75% UR) foram<br />

triturados a pó fino em gral com pistilo.<br />

Foi pesada, em duplicata, quantidade<br />

de pó equivalente a 50 mg de<br />

MTZ e transferida para balão volumétrico<br />

âmbar de 100 ml (0,5 mg/<br />

mL de MTZ). Foram adicionados 80<br />

ml de H2O/metanol 9:1 e a mistura<br />

foi sonicada por 10 minutos e, após,<br />

completado o volume qsp.<br />

Métodos analíticos<br />

Todos os métodos aqui reportados<br />

usaram a coluna cromatográfica<br />

especificada em equipamentos.<br />

Os métodos de iniciação e limpeza<br />

da coluna foram executados à temperatura<br />

de 35ºC e comprimento<br />

de onda de 315 nm.<br />

O método preliminar: conforme<br />

Farmacopeia Americana (USP 39),<br />

solvente A: água; solvente C: metanol;<br />

modo de eluição isocrático<br />

usando solventes A/C na proporção<br />

80:20 por 30 minutos ao fluxo de<br />

1mL/min, temperatura da coluna<br />

de 30ºC, comprimento de onda<br />

319 nm, volume injeção 30 µL (solução<br />

1mg/mL).<br />

Método otimizado: solvente A:<br />

água, solvente B: acetato de amônio<br />

10 mM pH 4, solvente C: metanol,<br />

volume de injeção 10 µL (solução<br />

1mg/mL), temperatura 35ºC, comprimento<br />

de onda 315 nm. Eluição<br />

gradiente e fluxo conforme tabela 3.<br />

Tabela<br />

Tabela<br />

3. Métodos<br />

3. Métodos<br />

utilizados<br />

utilizados<br />

na análise<br />

na<br />

das<br />

análise<br />

amostras<br />

das amostras<br />

provenientes<br />

provenientes<br />

do estudo de<br />

do<br />

degradação<br />

estudo de<br />

forçada<br />

degradação forçada<br />

Método de iniciação da coluna<br />

Solvente B<br />

Solvente A<br />

Solvente C Fluxo<br />

Tempo (min)<br />

(%Acetato de amônia<br />

(%Água)<br />

(%Metanol) (mL/min)<br />

10 mM pH 4)<br />

0 10 0 90<br />

10 30 0 70<br />

20 60 0 40<br />

30 40 50 10<br />

30,1 0 99,5 0,5<br />

50 0 99,5 0,5<br />

Método otimizado para análise das amostras<br />

0-2 99,5 0 0,5 0,5<br />

2,1-3 3 92 5 0,5<br />

3,1 0 92 8 0,6<br />

16 0 91 9 0,6<br />

18-19 0 70 30 0,5<br />

19,1-28 99,5 0 0,5 0,5<br />

Método de limpeza da coluna<br />

0-5 90 0 10<br />

10 70 0 30<br />

60 50 0 50<br />

80 20 0 80<br />

90 10 0 90<br />

120 10 0 90<br />

Análises de TG, DSC e estéreo microscopia<br />

Análises de TG, DSC e estéreo dos experimentos.<br />

(cAD) foi comparada à razão entre<br />

Os ensaios de TG foram realizados em um analisador termogravimétrico Mettler Toledo modelo 851E,<br />

microscopia<br />

Todas as amostras foram analisadas<br />

em duplicata.<br />

degradada (AND) e sua concentra-<br />

a média das áreas da amostra não<br />

sob atmosfera dinâmica de nitrogênio com vazão de 50mL/min e razão de aquecimento de 10°C/min, no<br />

Os ensaios de TG foram realizados<br />

em um analisador termogra-<br />

As imagens foram obtidas em ção (cAND), de acordo com a se-<br />

intervalo de temperatura de 25 a 300°C. As amostras foram cuidadosamente pesadas, sendo a faixa de<br />

massa de 9,5 a 10,5mg, em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />

vimétrico Mettler Toledo modelo um estéreo microscópio Olympus guinte equação:<br />

Os ensaios de DSC foram realizados em um calorímetro exploratório diferencial Mettler Toledo modelo<br />

851E, sob atmosfera dinâmica de modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />

Olympus modelo OLY 220. cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />

% degradação = 100 – [(AD/<br />

822E, sob atmosfera dinâmica de nitrogênio com vazão de 80mL/min e razão de aquecimento de<br />

nitrogênio com vazão de 50mL/min<br />

10°C/min, no intervalo de temperatura de 25 a 200°C.<br />

e razão de aquecimento de 10°C/ Pequena quantidade das amostras<br />

A faixa de massa das amostras foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de alumínio de 40uL que foram<br />

min, no intervalo de temperatura foram gentilmente depositadas em Resultados e Discussão<br />

posteriormente lacrados com tampas de alumínio e perfuradas no momento dos experimentos.<br />

de 25 a 300°C. As amostras foram suporte específico do equipamento. Degradação forçada<br />

Todas as amostras foram analisadas em duplicata.<br />

cuidadosamente pesadas, sendo a Em seguida, o foco a magnificação Um método indicativo de estabilidade<br />

(MIE) desenvolvido tanto<br />

As imagens foram obtidas em um estéreo microscópio Olympus modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />

faixa de massa de 9,5 a 10,5mg, (6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />

para captura das imagens. para o IFA quanto para o PRO é<br />

Olympus modelo OLY 220. Pequena quantidade das amostras foram gentilmente depositadas em suporte<br />

em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />

específico do equipamento. Em seguida, o foco a magnificação (6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />

Os ensaios de DSC foram realizados<br />

em um calorímetro exploratório Cálculos<br />

tificar todos os produtos de degra-<br />

aquele capaz de detectar e quan-<br />

para a captura das imagens.<br />

diferencial Mettler Toledo modelo Para o cálculo da área percentual<br />

relativa de cada pico detecta-<br />

durante o período de validade dos<br />

dação (PDegs) que podem ocorrer<br />

Cálculos<br />

822E, sob atmosfera dinâmica de<br />

Para o cálculo da área percentual relativa de cada pico detectado, foi realizada a média das áreas<br />

nitrogênio com vazão de 80mL/min do, foi realizada a média das áreas mesmos. No entanto, amostras<br />

percentuais obtidas nas injeções em duplicata, cujo DPR foi igual ou menor que 2%.<br />

e razão de aquecimento de 10°C/ percentuais obtidas nas injeções do IFA ou do medicamento, ao final<br />

do estudo de estabilidade de<br />

Para o cálculo do percentual de degradação obtido, a razão entre a média das áreas obtidas nas injeções<br />

min, no intervalo de temperatura de em duplicata, cujo DPR foi igual ou<br />

em duplicata da amostra degradada (AD) e sua concentração (cAD) foi comparada à razão entre a média<br />

25 a 200°C.<br />

menor que 2%.<br />

longa duração (30º C, 75% UR,<br />

das áreas da amostra não degradada (AND) e sua concentração (cAND), de acordo com a seguinte<br />

A faixa de massa das amostras Para o cálculo do percentual de 24 meses), podem ou não apresentar<br />

alteração de teor aceitável<br />

equação:<br />

foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de degradação obtido, a razão entre a<br />

% degradação = 100 – [(AD/cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />

alumínio de 40uL que foram posteriormente<br />

lacrados com tampas de ções em duplicata da amostra de-<br />

detectados PDegs, o que poderia<br />

média das áreas obtidas nas inje-<br />

sem que necessariamente sejam<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

alumínio e perfuradas no momento gradada (AD) e sua concentração acarretar numa interpretação er<br />

Degradação forçada<br />

Um método indicativo de estabilidade (MIE) desenvolvido tanto para o IFA quanto para o PRO é aquele<br />

capaz de detectar e quantificar todos os produtos de degradação (PDegs) que podem ocorrer durante o<br />

período de validade dos mesmos. No entanto, amostras do IFA ou do medicamento, ao final do estudo de<br />

0,5<br />

1<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

13


artigo 1<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

14<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Análises de TG, DSC e estéreo<br />

microscopia<br />

Os ensaios de TG foram realizados<br />

em um analisador termogravimétrico<br />

Mettler Toledo modelo<br />

851E, sob atmosfera dinâmica de<br />

nitrogênio com vazão de 50mL/min<br />

e razão de aquecimento de 10°C/<br />

min, no intervalo de temperatura<br />

de 25 a 300°C. As amostras foram<br />

cuidadosamente pesadas, sendo a<br />

faixa de massa de 9,5 a 10,5mg,<br />

em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />

Os ensaios de DSC foram realizados<br />

em um calorímetro exploratório<br />

diferencial Mettler Toledo modelo<br />

822E, sob atmosfera dinâmica de<br />

nitrogênio com vazão de 80mL/min<br />

e razão de aquecimento de 10°C/<br />

min, no intervalo de temperatura de<br />

25 a 200°C.<br />

A faixa de massa das amostras<br />

foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de<br />

alumínio de 40uL que foram posteriormente<br />

lacrados com tampas de<br />

alumínio e perfuradas no momento<br />

dos experimentos.<br />

Todas as amostras foram analisadas<br />

em duplicata.<br />

As imagens foram obtidas em<br />

um estéreo microscópio Olympus<br />

modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />

Olympus modelo OLY 220.<br />

Pequena quantidade das amostras<br />

foram gentilmente depositadas em<br />

suporte específico do equipamento.<br />

Em seguida, o foco a magnificação<br />

(6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />

para a captura das imagens.<br />

Cálculos<br />

Para o cálculo da área percentual<br />

relativa de cada pico detectado,<br />

foi realizada a média das áreas<br />

percentuais obtidas nas injeções<br />

em duplicata, cujo DPR foi igual ou<br />

menor que 2%.<br />

Para o cálculo do percentual de<br />

degradação obtido, a razão entre a<br />

média das áreas obtidas nas injeções<br />

em duplicata da amostra degradada<br />

(AD) e sua concentração<br />

(cAD) foi comparada à razão entre<br />

a média das áreas da amostra não<br />

degradada (AND) e sua concentração<br />

(cAND), de acordo com a seguinte<br />

equação:<br />

% degradação = 100 – [(AD/<br />

cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />

Resultados e Discussão<br />

Degradação forçada<br />

Um método indicativo de estabilidade<br />

(MIE) desenvolvido tanto<br />

para o IFA quanto para o PRO é<br />

aquele capaz de detectar e quantificar<br />

todos os produtos de degradação<br />

(PDegs) que podem ocorrer<br />

durante o período de validade dos<br />

mesmos. No entanto, amostras<br />

do IFA ou do medicamento, ao final<br />

do estudo de estabilidade de<br />

longa duração (30º C, 75% UR,<br />

24 meses), podem ou não apresentar<br />

alteração de teor aceitável<br />

sem que necessariamente sejam<br />

detectados PDegs, o que poderia<br />

acarretar numa interpretação errônea<br />

do resultado. Por este motivo,<br />

a exposição do IFA e PRO a<br />

condições mais extremas do que<br />

as que ocorrem no estudo de estabilidade<br />

é recomendada para<br />

produzir degradação em maior<br />

escala e tornar o método analítico<br />

a ser utilizado mais confiável<br />

(Guia 04/2015). Baseando-se<br />

nesta premissa, o placebo, MTZ<br />

IFA e PRO foram submetidos a<br />

todos os agentes degradantes<br />

recomendados (RDC 53/2015). O<br />

placebo não apresentou degradação<br />

em nenhuma das condições<br />

testadas. IFA e PRO foram mais<br />

susceptíveis à hidrólise alcalina<br />

e oxidação com peróxido (Figura<br />

2), conforme pode ser observado<br />

na Tabela 4. As amostras de IFA<br />

e PRO submetidas à fotodegradação,<br />

tanto por 24 quanto 220h,<br />

ficaram com cor marrom intensa<br />

(Figura 4), porém, o percentual de<br />

degradação e quantidade de PDegs<br />

foram baixos (Figura 3; Tabela<br />

4); os controles de ausência de luz<br />

permaneceram com a cor original.<br />

O PRO apresentou cerca de 20%<br />

de degradação na reação com cobre,<br />

porém não foram detectados<br />

PDegs, provavelmente por serem<br />

voláteis ou porque o MTZ formou<br />

complexo com o acetato cúprico<br />

(GÁLVAN-TEJADA et al, 2002).<br />

Pdegs voláteis, logo não detectados,<br />

podem ter sido liberados na<br />

HA, HB e reação com peróxido, o<br />

que explica o balanço de massas<br />

obtido (Tabela 5). Ao todo, foram<br />

detectadas 18 impurezas e o perfil<br />

de degradação do produto foi<br />

delineado conforme descrito na<br />

Tabela 5. Na nomeação dos picos,<br />

as 3 impurezas sempre presentes<br />

no PRO e IFA referência, provavelmente<br />

as 3 impurezas de síntese,<br />

foram chamadas “impureza 1, 2 e<br />

3”. Os PDegs 13, 14 e 15 foram<br />

peculiares da reação de oxidação<br />

com peróxido, enquanto os PDegs<br />

16 e 17 foram característicos da<br />

fotodegradação. O PDeg de tempo<br />

de retenção em torno de 7,3<br />

minutos apareceu em todas as<br />

amostras, mas foi prevalente na<br />

hidrólise alcalina.<br />

Desenvolvimento do MIE<br />

O método da Farmacopeia<br />

Americana (USP 39) para análise<br />

de impurezas orgânicas de metronidazol<br />

comprimido, denominado<br />

aqui de método preliminar, foi escolhido<br />

inicialmente para analisar<br />

o IFA degradado com NaOH 0,1M,<br />

devido ser a reação que formou o<br />

maior número de PDegs. No entanto,<br />

foi constatado que o pico<br />

referente ao MTZ saiu em 3,4 minutos,<br />

e vários picos referentes a<br />

PDegs, mais polares que o MTZ,<br />

ficaram sobrepostos. Após várias<br />

mudanças, o método otimizado<br />

(Tabela 3) foi capaz de separar<br />

os PDegs formados em todas as<br />

reações de degradação, conforme<br />

visto nas Figuras 2 e 3. O tempo<br />

de retenção do MTZ ficou em cerca<br />

de 18 minutos e a pureza de<br />

pico igual a um. O tempo da corrida<br />

foi reduzido para 19 minutos,<br />

adicionando-se nove minutos para<br />

retorno à condição inicial e estabi-<br />

lização da coluna. Após o término<br />

das análises, a coluna foi estocada<br />

em metanol 90:10. Para a<br />

coluna ter um tempo de vida maior<br />

de retenção, foi criado um método<br />

de iniciação e um método de limpeza<br />

para a coluna (Tabela 3).<br />

A solução de metronidazol em<br />

dicionada em balão volumétrico<br />

âmbar mostrou ser estável por<br />

17 dias à temperatura ambiente,<br />

apresentando um DPR de 0,4%.<br />

e uma Tabela menor 4. Resultados variação nos obtidos tempos para diluente o IFA Metronidazol (água/metanol e o 9:1) produto acon-Metronidazol O volume Comprimido de injeção do 250 método mg<br />

no estudo de degradação forçada preliminar foi alterado de 30 para<br />

Tabela Tabela Reação 4. Resultados 4. Resultados de degradação obtidos obtidos para o para IFA Metronidazol o IFA Metronidazol % IFA e o degradado produto e o Metronidazol produto Metronidazol % Produto Comprimido degradado 250 mg<br />

Comprimido<br />

HA 1M, 114<br />

250<br />

h,<br />

mg<br />

ta<br />

no estudo de degradação no estudo forçada de degradação 1 forçada<br />

6<br />

HB 0,1M, Reação 70 h, de ta degradação % IFA 82,1 degradado % Produto NT degradado<br />

HA HB 0,01M, 11470 h, h, ta ta<br />

16<br />

2,5 6<br />

HB OxH0,1M, 2O 2 15%, 70 h, 76 ta h, ta<br />

HB TS 105 0,01M, C, 24 70 h h, sob ta vácuo<br />

16,4 82,1<br />

96<br />

22,6 NT<br />

2,5 *<br />

OxH TU 105 2O 2 C, 15%, 24 h, 76 ambiente h, ta sat. H 2O 16,4 5,8 22,6 13<br />

TS Foto 105 1,2 o C, milhões 24 h sob lux/h: vácuo 200 watts<br />

9 *<br />

TU h/m 2 105 , 220 o C, h 24 a 25 h, IFA: 6,2 / CFAL: 3,2 PRO: * / CFAL: *<br />

ambiente C sat. H 2O 5,8 13<br />

Foto OxCobre 1,2 milhões 3 mM, 114 lux/h: h, 200 ta watts<br />

0,6 19,6<br />

h/m 2 , 220 h a 25 o IFA: 6,2 / CFAL: 3,2 PRO: * / CFAL: *<br />

HA = hidrólise ácida; C HB = hidrólise básica; OxH 2O 2 = oxidação com peróxido de hidrogênio; TS =<br />

OxCobre termodegradação 3 mM, 114 a seco; h, ta TU = termodegradação úmida; 0,6 Foto = fotodegradação; OxCobre = oxidação 19,6 com íon<br />

HA cobre = II; hidrólise ta = temperatura ácida; HB ambiente; = hidrólise IFA: básica; insumo OxHfarmacêutico 2O 2 = oxidação ativo; com PRO: peróxido Metronidazol de hidrogênio; Comprimido TS = 250 mg;<br />

HA = hidrólise ácida; HB = hidrólise básica; OxH2O2 = oxidação com peróxido de hidrogênio; TS = termodegradação<br />

termodegradação CFAL = controle de a seco; ausência TU = de termodegradação luz da fotodegradação; úmida; NT Foto = = não fotodegradação; testado.<br />

a seco; TU = termodegradação úmida; Foto = fotodegradação; OxCobre = oxidação<br />

OxCobre<br />

com íon<br />

=<br />

cobre<br />

oxidação<br />

II; ta<br />

com<br />

= temperatura<br />

íon<br />

cobre *Estas II; amostras ta = temperatura apresentaram ambiente; resultado IFA: de insumo degradação farmacêutico negativo. ativo; PRO: Metronidazol Comprimido 250 mg;<br />

ambiente; IFA: insumo farmacêutico ativo; PRO: Metronidazol Comprimido 250 mg; CFAL = controle de ausência de luz da<br />

CFAL = controle de ausência de luz da fotodegradação; NT = não testado.<br />

fotodegradação; NT = não testado. *Estas amostras apresentaram resultado de degradação negativo.<br />

*Estas amostras apresentaram resultado de degradação negativo.<br />

Figura 2. Cromatogramas obtidos no estudo de degradação forçada<br />

Figura 2. Cromatogramas obtidos no estudo de degradação forçada<br />

IFAR<br />

IFAR<br />

= IFA<br />

= IFA<br />

referência;<br />

referência;<br />

PROR<br />

Figura PROR<br />

= produto<br />

2. = Cromatogramas produto<br />

referência;<br />

referência;<br />

PROHA<br />

obtidos PROHA<br />

= produto<br />

no produto estudo degradado<br />

degradado degradação por<br />

por<br />

hidrólise<br />

hidrólise<br />

forçada ácida;<br />

ácida;<br />

PROHB<br />

PROHB<br />

= produto<br />

= produto<br />

degradado degradado por por hidrólise básica com NaOH 0,01M; PROTU = produto submetido à termodegradação à termodegradação úmida; úmida; IFATS IFATS = IFA = IFA<br />

submetido IFAR = à<br />

IFA termodegradação<br />

referência; PROR seca; seca;<br />

= PROAc produto<br />

PROAc = referência; = submetido<br />

PROHA à reação à reação<br />

= com produto<br />

com acetato degradado<br />

acetato cúprico; cúprico;<br />

por IFAOP hidrólise<br />

IFAOP = ácida;<br />

= submetido IFA<br />

PROHB<br />

submetido à oxidação = produto<br />

à oxidação com<br />

com degradado peróxido por de hidrogênio hidrólise básica com NaOH 0,01M; peróxido PROTU de = hidrogênio produto submetido à termodegradação úmida; IFATS = IFA<br />

submetido à termodegradação seca; PROAc = submetido à reação com acetato cúprico; IFAOP = IFA submetido à oxidação com<br />

peróxido de hidrogênio<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

15


artigo 1<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />

Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />

Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />

16<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Figura 3. Cromatogramas obtidos no estudo de fotodegradação forçada por 220 horas<br />

Figura 3. Cromatogramas obtidos no estudo de fotodegradação forçada por 220 horas<br />

CPLAF CPLAF = placebo = Figura placebo referência; 3. Cromatogramas PLACFAL= obtidos controle no de estudo ausência de luz fotodegradação luz do placebo; do placebo; PLAF forçada PLAF = placebo = por placebo degradado; 220 horas degradado; CPROF = CPROF =<br />

produto<br />

CPLAF<br />

referência;<br />

= placebo<br />

PROCFAL=<br />

referência; PLACFAL=<br />

controle de ausência<br />

controle<br />

de<br />

de<br />

luz<br />

ausência<br />

do produto;<br />

de luz<br />

PROF=<br />

do placebo;<br />

produto<br />

PLAF<br />

degradado;<br />

= placebo<br />

CIFAF<br />

degradado;<br />

= IFA<br />

CPROF<br />

referência;<br />

produto referência; PROCFAL= =<br />

produto referência; PROCFAL=<br />

IFAF=<br />

controle IFA degradado;<br />

de ausência<br />

de ausência<br />

IFACFAL=<br />

de luz<br />

de luz do<br />

controle<br />

do produto;<br />

produto;<br />

de<br />

PROF=<br />

ausência<br />

PROF=<br />

produto<br />

de<br />

produto<br />

luz<br />

degradado;<br />

do IFA.<br />

degradado; CIFAF = IFA referência;<br />

IFAF= IFA degradado; IFACFAL= controle de ausência de luz do IFA.<br />

CIFAF = IFA referência;<br />

IFAF= IFA degradado; IFACFAL= controle de ausência de luz do IFA.<br />

Tabela 5. Perfil de degradação do Metronidazol Comprimido 250 mg e do produto em estudo de<br />

Tabela Tabela 5. Perfil 5. de Perfil degradação estabilidade degradação do Metronidazol prolongada do Metronidazol Comprimido expresso Comprimido 250 em mg área e percentual do 250 produto mg e relativa em do produto em estudo de<br />

estudo de estabilidade prolongada estabilidade expresso PRO prolongada em área expresso percentual Reações em relativa área de percentual Degradação relativa do Produto<br />

PDegs Tr PROR<br />

Estab. PRO HA HB Reações TS de Degradação TU FOTO do Produto OxH2O2 OxCo<br />

PDegs 3 3,95 Tr PROR<br />

Estab. HA 0,046 HB TS TU FOTO OxH2O2 OxCo<br />

35 3,95 5,09 0,008 0,025 0,046<br />

0,007<br />

56 5,09 5,33 0,008 0,025 0,002<br />

0,007<br />

67 5,33 5,66 0,002 0,008 0,001<br />

78 5,66 6,11 0,008 0,003 0,002 0,008 0,001<br />

Branco/PDeg 8 6,11 7,33 0,004 0,043 0,002 0,003 0,43 0,056 0,070 0,002 0,005 0,008 0,075<br />

Branco/PDeg 9 7,33 8,74 0,004 0,043 0,002 0,004 0,43 0,056 0,070 0,065 0,005 0,075<br />

10 9 8,74 9,37 0,005 0,004 0,065 0,003<br />

Impureza1 10 11,19 9,37 0,007 0,008 0,005 0,007 0,007 0,006 0,008 0,003 0,008 0,006 0,007<br />

Impureza1 11 11,89 11,19 0,007 0,008 0,007 0,007 0,006 0,008 0,010 0,008 0,003 0,006 0,007<br />

12 11 12,13 11,89 0,003 0,010 0,003<br />

Impureza2 12 12,79 12,13 0,004 0,004 0,004 0,004 0,003 0,003 0,003 0,001 0,003 0,218 0,004<br />

Impureza3 Impureza2 13,42 12,79 0,005 0,004 0,005 0,004 0,005 0,004 0,005 0,004 0,006 0,003 0,006 0,003 0,006 0,001 0,005 0,218 0,005 0,004<br />

Impureza3 13 14,13 13,42 0,005 0,005 0,005 0,005 0,006 0,006 0,006 0,005 0,14 0,005<br />

14 13 15,13 14,13 0,005 0,14<br />

15 14 15,44 15,13 0,056 0,005<br />

16 15 15,44 7,77 0,019 0,056<br />

17 16 9,05 7,77 0,004 0,019<br />

MTZ 17 17,84 9,05 99,965 99,932 99,121 <strong>97</strong>,03 99,927 99,913 99,868 0,004 96,62 95,539<br />

Balanço MTZ de 17,84 99,965 99,985 99,932 99,9<strong>97</strong> 99,121 99,147 <strong>97</strong>,567 <strong>97</strong>,03 99,927 99,998 100,000 99,913 99,998 99,868 96,62 <strong>97</strong>,14 95,539 95,555<br />

Balanço massas de<br />

PDegs 99,985 99,9<strong>97</strong> 99,147 <strong>97</strong>,567 99,998 100,000 99,998 <strong>97</strong>,14 95,555<br />

massas = produtos de degradação; Tr = tempo de retenção médio (n=2); PROR = produto referência; PRO Estab.:<br />

produto PDegs = em produtos estudo de de degradação; estabilidade Tr prolongado = tempo de (36 retenção meses, 30º médio C, 75% (n=2); UR); PROR HA = produto hidrólise referência; ácida; HB PRO = hidrólise<br />

PDegs<br />

Estab.:<br />

básica = produtos<br />

produto com em NaOH de<br />

estudo 0,01M; degradação;<br />

de estabilidade TS = termodegradação Tr = tempo de retenção<br />

prolongado (36 seca; meses, TU médio<br />

30º = termodegradação (n=2); PROR = produto<br />

C, 75% UR); HA úmida; referência;<br />

= hidrólise FOTO ácida; = fotodegradação<br />

PRO Estab.: produto<br />

HB = hidrólise<br />

em por estudo<br />

básica 220h; de<br />

com OxH estabilidade<br />

NaOH 2O 2 0,01M; = oxidação prolongado<br />

TS = com termodegradação peróxido; (36 meses, OxCo 30º<br />

seca; = oxidação C, 75% UR);<br />

TU = termodegradação com HA íon = cúprico hidrólise ácida; HB = hidrólise básica com<br />

úmida; FOTO fotodegradação<br />

NaOH<br />

por<br />

0,01M;<br />

220h; OxH<br />

TS = termodegradação 2O 2 = oxidação com<br />

seca;<br />

peróxido;<br />

TU =<br />

OxCo<br />

termodegradação<br />

= oxidação com<br />

úmida;<br />

íon cúprico<br />

FOTO = fotodegradação por 220h; OxH2O2 =<br />

oxidação com peróxido; OxCo = oxidação com íon cúprico<br />

Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />

Figura 5. Cromatogramas Figura referentes 5. Cromatogramas ao produto referentes Metronidazol ao produto Comprimido Metronidazol 250mg (PRO Estab.),<br />

submetido ao estudo Comprimido de estabilidade 250mg de longa (PRO duração Estab.), (30º submetido C, 75% UR, ao 36 estudo meses), de e ao produto<br />

referência (PROR)<br />

estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e<br />

Figura 5. Cromatogramas ao produto referência referentes ao (PROR) produto Metronidazol Comprimido 250mg (PRO Estab.),<br />

submetido ao estudo de estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e ao produto<br />

referência (PROR)<br />

Figura 5. Cromatogramas referentes ao produto Metronidazol Comprimido 250mg (PRO Estab.),<br />

submetido ao estudo de estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e ao produto<br />

referência (PROR)<br />

Figura 7. Curvas de DSC<br />

(A = IFA; B = Placebo; Figura C = Produto. 7. Curvas Referência, de DSC vermelho; controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />

(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho;<br />

controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />

Figura 6. Imagens de amostras referência e fotodegradadas obtidas por estéreo microscopia<br />

Figura 6. Imagens Figura de amostras 6. Imagens (Escala referência de de 2mm; amostras e magnificação fotodegradadas referência 6,3x; objetiva obtidas e 1,0x) fotodegradadas<br />

por estéreo microscopia<br />

(Escala de 2mm; magnificação de 6,3x; objetiva 1,0x)<br />

Figura 8. Curvas termogravimétricas (TG)<br />

obtidas por estéreo microscopia<br />

Figura 8. Curvas termogravimétricas (TG)<br />

(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho; controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />

(Escala de 2mm; magnificação de 6,3x; objetiva 1,0x)<br />

(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho;<br />

CONCLUSÕES controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />

O perfil de degradação do metronidazol apresentado neste trabalho foi o primeiro a ser obtido conforme 17<br />

recomendado pela ANVISA e indicou que o metronidazol IFA e PRO são principalmente susceptíveis às<br />

reações de hidrólise básica, fotodegradação e oxidação por peróxido, sugerindo cuidado na escolha dos<br />

excipientes e proteção contra a luz e agentes alcalinos e oxidantes durante o processo de produção para<br />

que suas características sejam bem preservadas. As análises de TG, DSC e SM mostraram-se úteis para<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18


artigo 1<br />

Autores:<br />

Margareth B. C. Gallo*1,<br />

Diogo D. do Nascimento2,<br />

Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />

Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />

Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />

Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />

18<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

lização da coluna. Após o término<br />

das análises, a coluna foi estocada<br />

em metanol 90:10. Para a coluna<br />

ter um tempo de vida maior e uma<br />

menor variação nos tempos de retenção,<br />

foi criado um método de<br />

iniciação e um método de limpeza<br />

para a coluna (Tabela 3).<br />

A solução de metronidazol em<br />

diluente (água/metanol 9:1) acondicionada<br />

em balão volumétrico<br />

âmbar mostrou ser estável por<br />

17 dias à temperatura ambiente,<br />

apresentando um DPR de 0,4%.<br />

O volume de injeção do método<br />

preliminar foi alterado de 30 para<br />

10µL, para se eliminar o efeito<br />

memória constatado ao se injetar<br />

um branco posteriormente à<br />

amostra. Além disto, o método foi<br />

desafiado com uma amostra do<br />

produto embalado em blister de<br />

alumínio submetido ao estudo de<br />

estabilidade prolongado que, após<br />

36 meses, apresentou praticamente<br />

o mesmo teor do IFA e dois<br />

PDegs (Figura 5), indicando que o<br />

prazo de validade poderia ser estendido<br />

de 2 para 3 anos.<br />

Análise de TG, DSC e estéreo<br />

microscopia<br />

Todas as amostras provenientes<br />

da fotodegradação, termodegradação<br />

seca e úmida foram<br />

submetidas à análise de TG, DSC<br />

e estéreo microscopia. A curva<br />

de DSC (Figura 7) do IFA referência<br />

apresentou um único evento<br />

endotérmico em torno de 154-<br />

168ºC, referente à sua fusão, conforme<br />

descrito na Farmacopeia<br />

Brasileira (2010), enquanto que<br />

no PRO referência observou-se<br />

um evento adicional entre 138-<br />

144ºC, associado à água de hidratação<br />

da lactose monoidratada<br />

presente na formulação. As amostras<br />

do placebo, IFA e PRO termodegradadas<br />

e fotodegradadas por<br />

24h não apresentaram mudança<br />

significativa em suas curvas, porém,<br />

nas amostras do IFA e PRO<br />

fotodegradadas por 220h o evento<br />

endotérmico referente à fusão do<br />

MTZ se iniciou em uma temperatura<br />

inferior (142ºC) à do material<br />

referência (154ºC), o que pode sugerir<br />

uma amorfização do IFA devido<br />

presença de impurezas (KISS<br />

et al, 2006).<br />

As curvas de TG (Figura 8) revelaram<br />

que o processo de degradação<br />

térmica do IFA referência se<br />

dá na faixa de 265-280ºC e que<br />

há uma perda de massa de 0,1%<br />

entre 25-190ºC, enquanto que o<br />

IFA fotodegradado por 220h apresentou<br />

menor estabilidade térmica<br />

(260-270ºC) e maior perda de<br />

massa (0,5%) no mesmo intervalo<br />

de temperatura. A curva do PRO<br />

referência apresentou 4 processos<br />

de degradação. De 25-125ºC<br />

houve perda de massa de 1,5%<br />

referente à água de adsorção;<br />

125-190ºC, perda de massa de<br />

1% referente à desidratação da<br />

lactose; de 190-220ºC, fusão/<br />

degradação da lactose; e de 230-<br />

270ºC, degradação do IFA. O PRO<br />

fotodegradado por 220h apresentou<br />

um perfil diferenciado com um<br />

único processo de degradação entre<br />

190-270ºC.<br />

Através da estéreo microscopia foi<br />

possível verificar que apenas as imagens<br />

obtidas para as amostras de<br />

IFA e PRO fotodegradados por 220h<br />

revelaram mudanças de aspecto na<br />

cor, e morfologia das partículas do<br />

IFA (Figura 6), corroborando os resultados<br />

das análises de TG e DSC.<br />

Conclusões<br />

O perfil de degradação do metronidazol<br />

apresentado neste trabalho<br />

foi o primeiro a ser obtido conforme<br />

recomendado pela ANVISA e indicou<br />

que o metronidazol IFA e PRO<br />

são principalmente susceptíveis às<br />

reações de hidrólise básica, fotodegradação<br />

e oxidação por peróxido,<br />

sugerindo cuidado na escolha dos<br />

excipientes e proteção contra a luz<br />

e agentes alcalinos e oxidantes durante<br />

o processo de produção para<br />

que suas características sejam bem<br />

preservadas. As análises de TG, DSC<br />

e SM mostraram-se úteis para comprovar<br />

a degradação física ocorrida<br />

nas amostras quimicamente fotodegradadas,<br />

fato extremamente<br />

importante visto que mudanças no<br />

estado sólido do IFA podem, em<br />

alguns casos, acarretar redução de<br />

sua biodisponibilidade e na estabilidade<br />

do produto. O MIE desenvolvido<br />

mostrou eficiência na detecção<br />

de todos os PDegs, podendo ser<br />

considerado um método indicativo<br />

de estabilidade a ser validado para<br />

este fim. Além disto, o teor de IFA<br />

e de impurezas do produto após 36<br />

meses em estudo de estabilidade<br />

não mostraram alterações significativas,<br />

indicando robustez da formulação,<br />

escolha da embalagem<br />

apropriada e extensão do prazo de<br />

validade para 3 anos.<br />

Referências<br />

Bakshi M., Singh S. HPLC and LC–MS<br />

studies on stress degradation behaviour<br />

of tinidazole and development of a validated<br />

specific stability-indicating HPLC<br />

assay method. Journal of Pharmaceutical<br />

and Biomedical Analysis, 34: 11–18,<br />

2004b.<br />

Bakshi M., Singh S. ICH guidance in<br />

practice: establishment of inherent stability<br />

of secnidazole and development<br />

of a validated stability-indicating high-<br />

-performance liquid chromatographic<br />

assay method. Journal of Pharmaceutical<br />

and Biomedical Analysis, 36: 769–775,<br />

2004a.<br />

Chien Y.W., Lambert H.J., Sanvordeker<br />

D.R. Interaction of metronidazole with<br />

metallic ions of biological importance.<br />

Journal of Pharmaceutical Sciences,<br />

64(6): 957–960, 1<strong>97</strong>5.<br />

Farmacopeia Brasileira, 5a <strong>Ed</strong>ição, vol.<br />

2, 2010.<br />

Farmacopeia dos Estados Unidos da<br />

América, USP versão on line 39, 2016.<br />

Farmacopeia Europeia, 8a <strong>Ed</strong>ição, versão<br />

on line 8.6, 2016.<br />

Galván-Tejada N., Bernès S., Castillo-<br />

-Blum S.E., Nöth H., Vicente R., Barba-<br />

-Behrens N. Supramolecular structures of<br />

metronidazole and its copper (II), cobalt<br />

(II) and zinc (II) coordination compounds.<br />

Journal of Inorganic Biochemistry,<br />

91(1):339-48, 2002.<br />

Guia 04/2015. Guia para obtenção do<br />

perfil de degradação, e identificação e<br />

qualificação de produtos de degradação<br />

em medicamentos. ANVISA, 4 de dezembro<br />

de 2015.<br />

Godfrey R., <strong>Ed</strong>wards R. A Chromatographic<br />

and spectroscopic study of photodegraded<br />

metronidazole in aqueous solution.<br />

Journal of Pharmaceutical Sciences,<br />

80(3): 212-218, 1991.<br />

Habib M.J., Asker A.F. Complex formation<br />

between metronidazole and sodium<br />

urate: effect of photodegradation of metronidazole.<br />

Pharmaceutical Research,<br />

6(1): 58-61, 1989.<br />

Karim E.I.A., Ibrahim K.E., Adam M.E.<br />

Studies on the photochemical decomposition<br />

of metronidazole. International<br />

Journal of Pharmaceutics, 76: 261-264,<br />

1991.<br />

Kiss D., Zelkó R., Novák Cs., Éhen Zs.<br />

Application of DSC and NIRS to study<br />

the compatibility of metronidazole with<br />

different pharmaceutical excipients. Journal<br />

of Thermal Analysis and Calorimetry,<br />

84 (2): 447–451, 2006.<br />

Kraft M.Y., Kochergin P.M., Tsyganova<br />

A.M., Shlikhunova V.S. Synthesis of metronidazole<br />

from ethylenediamine. Pharmaceutical<br />

Chemistry Journal, 23(10):<br />

861–863, 1989.<br />

Li M. Organic Chemistry of Drug Degradation.<br />

RSC Publishing, Cambridge, UK.<br />

307 p., 2012.<br />

Naveed S., Waheed N., Nazeer S. Degradation<br />

study of metronidazole in active<br />

and different formulation by UV spectroscopy.<br />

Journal of Bioequivalence and<br />

Bioavailability, 6(4): 124-127, 2014.<br />

Pérez T., Garcia-Segura S., El-Ghenymy<br />

A., Nava J.L., Brillas E. Solar photoelectro-<br />

-Fenton degradation of the antibiotic metronidazole<br />

using a flow plant with a Pt/<br />

air-diffusion cell and a CPC photoreactor.<br />

Electrochimica Acta 165: 173–181, 2015.<br />

RDC 53/2015. Resolução de Diretoria<br />

Colegiada da ANVISA – RDC no 53 de 4<br />

de dezembro de 2015. Estabelece parâmetros<br />

para a notificação, identificação<br />

e qualificação de produtos de degradação<br />

em medicamentos com substâncias ativas<br />

sintéticas e semissintéticas, classificados<br />

como novos, genéricos e similares,<br />

e dá outras providências. Diário Oficial da<br />

União no 233 de 7 de dezembro de 2015.<br />

Salo J-P. K., Yli-Kauhaluoma J., Salomies<br />

H. On the hydrolytic behavior of tinidazole,<br />

metronidazole, and ornidazole. Journal<br />

of Pharmaceutical Sciences, 92(4):<br />

739-746, 2003.<br />

Tauber (Giugiu) V., Chiurciu V. Forced<br />

degradation of metronidazole, oxytetracycline<br />

and furazolidone studies using<br />

high performance liquid chromatography.<br />

Veterinary Drug, 8(1): 73-79, 2014.<br />

Verma P., Namboodiry V., Mishra S.,<br />

Bhagwat A., Bhoir S. A stability indicating<br />

method for the determination of metronidazole<br />

using ecofriendly solvent as<br />

mobile phase component. International<br />

Journal of Pharmacy and Pharmaceutical<br />

Sciences, 5(Suppl 2): 496-501, 2013.<br />

Wang D-P, Yeh M-K. Degradation Kinetics<br />

of Metronidazole in Solution. Journal<br />

of Pharmaceutical Sciences, 82 (1): 95-98,<br />

1993.<br />

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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

19<br />

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Complemento Normativo<br />

280<br />

A RDC nº 234, de 20 de Junho<br />

de 2018 autoriza as Indústrias<br />

Farmacêuticas a terceirizarem as<br />

análises de MATÉRIAS-PRIMAS<br />

20<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Referente ao artigo:<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

ISO 10993-13<br />

Biological evaluation of medical devices -<br />

Part13: Identification and quantification of<br />

degradation products from polymeric medical devices<br />

Norma publicada em: 2010/06 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />

forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 10993 13:2010 provides general requirements for the design<br />

of tests in a simulated environment for identifying and quantifying degradation<br />

products from finished polymeric medical devices ready for clinical use.<br />

https://www.iso.org/standard/44050.html<br />

ISO 10993-9<br />

Biological evaluation of medical devices - Part 9: Framework for identification<br />

and quantification of potential degradation products<br />

Norma publicada em: 2009/12 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />

forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />

Entidade: ISO<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 10993-9:2008 provides general principles for the systematic<br />

evaluation of the potential and observed biodegradation of medical devices<br />

and for the design and performance of biodegradation studies. Information<br />

obtained from these studies can be used in the biological evaluation described<br />

in the ISO 10993 series. ISO 10993-9:2008 considers both non-resorbable<br />

and resorbable materials.<br />

https://www.iso.org/standard/44049.html<br />

ISO 10993-14<br />

Biological evaluation of medical devices - Part 14: Identification and<br />

quantification of degradation products from ceramics<br />

Norma publicada em: 2001/11 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />

forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

https://www.iso.org/standard/22693.html<br />

artigo 1<br />

ISO 10993-16<br />

Biological evaluation of medical devices -<br />

Part 16: Toxicokinetic study design for degradation<br />

products and leachables<br />

Norma publicada em: 2017/05 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />

forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça.<br />

Abstract: ISO 10993-16:2017 provides principles on designing and performing<br />

toxicokinetic studies relevant to medical devices. Annex A describes the<br />

considerations for inclusion of toxicokinetic studies in the biological evaluation<br />

of medical devices.<br />

https://www.iso.org/standard/64582.html<br />

ASTM E 2476<br />

Standard Guide for Risk Assessment and Risk Control as it Impacts<br />

the Design, Development, and Operation of PAT Processes for Pharmaceutical<br />

Manufacture<br />

Norma publicada em: 2016 / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Medicamentos.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />

forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />

Entidade: ASTM.<br />

Termogravimetria, calorimetria<br />

exploratória diferencial e estudo<br />

de degradação forçada do<br />

metronidazol insumo farmacêutico<br />

e comprimidos de 250 mg<br />

País de procedência/Região: EUA.<br />

Abstract: This document provides guidance on the assessment of risks to<br />

product quality within and related to PAT processes in the pharmaceutical<br />

industry. It addresses those risks to product quality arising from, associated<br />

with, identified by, or modified by the implementation of PAT in pharmaceutical<br />

development and manufacturing for primary, secondary, and biotech sectors<br />

of the industry. It does not replace those assessments of risk currently undertaken<br />

by pharmaceutical companies, but is, rather, an additional component<br />

focused specifically upon the evaluation and design of PAT processes. See<br />

Practice E2474, Guide E2500, and ICH Q8.<br />

https://www.astm.org/Standards/E2476.htm<br />

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artigo 2<br />

22<br />

Verificação da atividade<br />

microbiológica na região<br />

bucal recobertas com batom<br />

empregando método Pour Plate<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Resumo<br />

A microbiota humana normal é constituída por diversos microrganismos<br />

que apresentam características distintas entre si.<br />

O Staphylococcus aureus é um desses microrganismos que<br />

pode ser encontrado nos seres humanos, pois está presente<br />

em pelo menos 20% dos adultos da espécie, ocorrendo principalmente<br />

na pele e mucosas. Apesar do microrganismo viver<br />

em harmonia, sem causar danos, ele pode tornar-se patogênico<br />

devido a ocorrência de infecções, e quando isto ocorre o Staphylococcus<br />

aureus aproveita a oportunidade e expande sua<br />

atuação. Atualmente existe uma grande preocupação da indústria<br />

cosmética quanto à atividade microbiológica associada a<br />

seus produtos, e na tentativa de evitar este problema as empresas<br />

utilizam conservantes, que são utilizados em maquiagens<br />

com a função de aumentar a vida útil dos produtos, impedindo<br />

sua deterioração a partir do desenvolvimento de microrganismos<br />

que podem causar doenças aos usuários. Porém, a presença<br />

de elementos metálicos em maquiagens pode contribuir<br />

para a proliferação de microrganismos, mesmo na presença<br />

dos conservantes, visto que estes atuam como nutrientes para<br />

os referidos organismos. Este trabalho teve como objetivo estudar<br />

formas e procedimentos para processar as amostras e<br />

verificar o desenvolvimento de microrganismos, após o uso do<br />

batom pelo ser humano, empregando como referência a presença<br />

de elementos metálicos na constituição do batom.<br />

Imagem ilustrativa<br />

Palavras chave: Maquiagem, atividade microbiana e<br />

elementos metálicos.<br />

Autores:<br />

Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />

Alex Magalhães de Almeida2*,<br />

Ivani Pose Martins³.<br />

1 Acadêmica do curso de Bacharelado em Biomedicina, Centro<br />

Universitário de Formiga-MG, Brasil. Telefone: +55 37 99929342.<br />

E-mail: ve_palhares@hotmail.com<br />

2 Professor e pesquisador do Centro Universitário de Formiga-MG,<br />

E-mail: alex@uniformg.edu.br<br />

3 Professora e pesquisadora do Centro Universitário de Formiga-MG,<br />

E-mail: ivani@uniformg.edu.br<br />

*Coordenador responsável pelo desenvolvimento<br />

do projeto de pesquisa<br />

Abstract<br />

Verification Of Microbiological Activity In The Bucal Region<br />

Recobertas With Batom Employing Pour Plate Method<br />

The normal human microbiota consists of several<br />

microorganisms that have different characteristics.<br />

Staphylococcus aureus is one of these microorganisms<br />

that can be found in humans because it is present in at<br />

least 20% of adults of the species, occurring mainly in the<br />

skin and mucous membranes. Although the microorganism<br />

lives in harmony, without causing damage, it can become<br />

pathogenic due to the occurrence of infections, and when<br />

this occurs Staphylococcus aureus seizes the opportunity<br />

and expands its action. At present there is a great concern of<br />

the cosmetic industry regarding the microbiological activity<br />

associated with its products, and in an attempt to avoid<br />

this problem, the companies use preservatives, which are<br />

used in make-up with the function of increasing the useful<br />

life of the products, preventing their deterioration from the<br />

development of microorganisms that can cause disease to<br />

users. However, the presence of metallic elements in makeup<br />

can contribute to the proliferation of microorganisms, even<br />

in the presence of preservatives, since these act as nutrients<br />

for these organisms. The objective of this work was to study<br />

the forms and procedures to process the samples and verify<br />

the development of microorganisms, after the use of lipstick<br />

by the human being, using as reference the presence of<br />

metallic elements in the constitution of the lipstick.<br />

Keywords: Makeup, microbial activity and metallic<br />

elements.<br />

Introdução<br />

Várias são as ferramentas utilizadas<br />

pelo ser humano, para evidenciar<br />

os traços de beleza, e alguns<br />

desses instrumentos são denominados<br />

de maquiagens. Existem inúmeras<br />

evidências arqueológicas quanto<br />

ao uso de cosméticos para o embelezamento<br />

e proteção do usuário,<br />

sendo que, os primeiros registros do<br />

uso desses produtos são encontrados<br />

em hieróglifos do Egito antigo<br />

(GALEMBECK e CSORDAS, 2010).<br />

Segundo Ashcar (2001) e Oliveira<br />

(2008) a maquiagem é uma substância<br />

preparada especialmente<br />

para ser utilizada em partes externas<br />

do corpo humano com objetivo de<br />

alterar ou melhorar sua aparência,<br />

corrigir marcas, ou manter o rosto<br />

em estado de aparência mais jovem,<br />

visando obter uma melhor apresentação<br />

para outras pessoas.<br />

Atualmente existe uma grande<br />

preocupação da indústria cosmética<br />

quanto à atividade microbiológica<br />

associada a seus produtos. E na<br />

tentativa de evitar grandes complicações<br />

neste aspecto, as empresas<br />

utilizam conservantes, que têm<br />

como principal função, aumentar<br />

a vida útil dos produtos, e impedir<br />

a proliferação de microrganismos<br />

que possam vir a causar patologias,<br />

ou prejudicar o bom aspecto<br />

do produto final. A presença de<br />

microrganismos pode desagradar<br />

ao consumidor, pelo fato dos mesmos<br />

provocarem alterações de cor,<br />

odor e consistência, resultando no<br />

abandono do produto pelo consumidor,<br />

e como consequência perdas<br />

financeiras e de imagem da marca<br />

ou da empresa como um todo (GA-<br />

LEMBECK e CSORDAS, 2010). A<br />

conservação, porém, se apresenta<br />

como um problema complexo. As<br />

formulações cosméticas apresentam<br />

um ambiente ideal para a proliferação<br />

de microrganismos, como<br />

a presença de água e nutrientes,<br />

além de valores de temperatura e<br />

pH favoráveis. Um produto livre de<br />

agentes infecciosos é uma exigência,<br />

por parte dos consumidores e<br />

da ANVISA (ANVISA, 2008).<br />

A microbiota humana normal é<br />

constituída por vários microrganismos<br />

distintos, Staphylococcus aureus<br />

é um deles, sendo encontrado<br />

em cerca de 20% dos adultos, estando<br />

presente na pele e mucosas.<br />

Apesar de viver em harmonia com<br />

seu hospedeiro, sem causar danos,<br />

este pode se tornar patogênico<br />

quando o meio em que se encontra<br />

sofrer alterações que permitam ao<br />

microrganismo produzir infecções<br />

oportunistas, por exemplo, quando<br />

as barreiras de defesa sofrem<br />

uma redução. Índices de colonização<br />

por S. aureus, apresentam-se<br />

maiores em pacientes queimados,<br />

transplantados, em usuários de drogas<br />

injetáveis e em pessoas com a<br />

imunodeficiência adquirida, pois ou<br />

apresentam a barreira de defesa<br />

comprometida através de traumas,<br />

ou não exibem um sistema imunológico<br />

capaz de controlar a infecção<br />

(WINN, et al, 2014).<br />

Staphylococcus aureus é uma<br />

bactéria gram positiva que possui<br />

grupamentos em forma de cocos<br />

semelhante a cachos de uva. Apresenta<br />

aproximadamente 0,5 a 1,5<br />

μm de diâmetro, manifesta catalase<br />

positiva. Macroscopicamente,<br />

as colônias em meio de cultivo<br />

plate count agar, são relativamente<br />

grandes, com 1 a 2 mm de diâmetro,<br />

arredondadas, cremosas e com<br />

uma coloração amarelo-ouro. A coloração<br />

amarelo-dourada é devido à<br />

presença de pigmentos carotenóides<br />

na membrana citoplasmática,<br />

essa característica macroscópica<br />

e a prova da coagulase positiva,<br />

juntamente com o cultivo no meio<br />

seletivo e diferenciado sal manitol,<br />

apresentando a fermentação do<br />

manitol complementa a identificação<br />

dessa espécie. São microrganismos<br />

mesófilos com temperatura<br />

de crescimento entre 7 e 47,8ºC e<br />

tem a capacidade de se desenvolver<br />

e multiplicar em um ambiente com<br />

concentração de cloreto de sódio de<br />

até 15% (LIMA, et al, 2015).<br />

Um dos principais responsáveis<br />

pelas infecções hospitalares o Staphylococcus<br />

aureus, pode manifestar<br />

indicies elevados de mortalidade. No<br />

início da década de quarenta (século<br />

XX), a infecção acometida por S. aureus,<br />

era facilmente controlada, com<br />

a penicilina, pois apresentava uma<br />

boa resposta terapêutica, porém o<br />

uso continuo e sem monitoramento<br />

médico do antibiótico, ocasionou<br />

uma seleção de microrganismos<br />

resistentes a esse medicamento, se<br />

tornando assim os MRSA (do inglês<br />

“methicillin-resistant Staphylococcus<br />

aureus”). São bactérias resistentes<br />

a betalactâmicos. A princípio, infecções<br />

atribuídas ao MRSA, eram<br />

exclusivamente encontradas em<br />

ambiente hospitalar, porém infecções<br />

na comunidade, são documentadas<br />

em todo o mundo, isso se justifica,<br />

devido a portadores sadios, colonizados,<br />

principalmente profissionais de<br />

saúde e pacientes que foram internados<br />

e não apresentaram sintomas,<br />

induzindo assim a colonização na<br />

comunidade, podendo causar foliculites<br />

impetigos, furúnculos, celulites e<br />

erisipelas. O medicamento vancomicina<br />

tornou-se tratamento de escolha<br />

para infecções causadas por MRSA<br />

(CARAÇA, SISTI, 2016).<br />

Este trabalho teve como objetivo<br />

isolar Staphylococcus aureus na<br />

mucosa da região bucal, e estudar<br />

o seu comportamento nas seguintes<br />

situações: antes e após o uso de<br />

batom, utilizando o método de pour<br />

plate, para verificar a presença e a<br />

inibição/aceleração do crescimento<br />

dos microrganismos.<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

23


24<br />

artigo 2<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Metodologia<br />

Para simular a microbiota autóctone<br />

da região externa bucal,<br />

foram colhidas, com swabs estéreis,<br />

amostras de bocas de voluntários<br />

para detecção de S. aureus.<br />

O swab foi friccionado e rolado em<br />

toda a extensão da boca, colhendo-<br />

-se as amostras nos seguintes intervalos<br />

de tempo, antes de utilizar<br />

o batom, imediatamente após passarem<br />

o batom, meia hora e uma<br />

hora depois. Em seguida, às amostras<br />

coletadas foram depositadas<br />

em tubos de ensaio contendo 10,0<br />

mL de solução salina. Na sequência,<br />

o liquido salino foi distribuído<br />

em porções de 1,0 mL em placas<br />

de petri previamente esterilizadas<br />

pelo método de pour plate em meio<br />

PCA (Plate Count Ágar) conforme<br />

esquematizado na Figura-1. Posteriormente<br />

as placas foram incubadas<br />

a 37ºC durante um intervalo de<br />

tempo de 24 – 72 horas. As amostras<br />

típicas de S. aureus (amarela)<br />

foram replicadas para as placas de<br />

petri contendo Ágar manitol salgado<br />

e as colônias suspeitas foram<br />

selecionadas para a identificação.<br />

Utilizou-se a coloração de Gram e o<br />

teste de catalase e coagulase para<br />

a confirmação da espécie característica<br />

da microbiota.<br />

Figura-1: Esquema do método pour plate utilizado nos testes para<br />

quantificação Figura 1: Esquema e do identificação método pour plate do Staphylococcus utilizado nos testes para aureus. quantificação<br />

e identificação do Staphylococcus aureus.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO. DO TRABALHO.<br />

Autores:<br />

Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />

Alex Magalhães de Almeida2*,<br />

Ivani Pose Martins³.<br />

Resultados e Discussão<br />

Foi utilizada uma placa contendo<br />

apenas o meio de cultura PCA como<br />

referência (Figura-2), e comparou-<br />

-se os demais experimentos com<br />

esta placa, para verificar o grau de<br />

contaminação e crescimento do S.<br />

aureus. Nesta placa não ocorreu<br />

a proliferação de microrganismos,<br />

indicando assim que não houve<br />

contaminação proveniente do ambiente.<br />

Nas amostras onde a pessoa<br />

ainda não tinha feito uso do batom,<br />

foi observado a presença de<br />

5 a 10 colônias, que correspondem<br />

a valores aceitáveis, que são ocasionados<br />

devido à flora normal presente<br />

no corpo humano, E DISCUSSÃO que pro-<br />

nutrientes contribuem para a prolitação<br />

dos microrganismos, e estes<br />

RESULTADOS<br />

porcionar a presença da espécie feração e consequente aumento do<br />

que vive em harmonia sem causar número de colônias. Esses resultados<br />

podem ser melhor visualizados<br />

patologias. Este resultado pode ser<br />

Foi utilizada uma placa contendo apenas o meio de cultura PCA como<br />

visualizado na Figura-3. Nas amostras<br />

coletadas (Figura-2), imediatamente e comparou-se após valores os demais taxa experimentos de crescimento com são esta placa,<br />

no gráfico da Figura-7, onde os<br />

referência<br />

para o indivíduo verificar passar o grau o batom, de contaminação foram notadamente e crescimento significantes. do S. aureus. Nesta placa<br />

observadas 10 a 20 colônias, conforme<br />

O crescimento bacteriano pode<br />

não ocorreu<br />

é evidenciado<br />

a proliferação<br />

na Figura-4.<br />

de microrganismos,<br />

ser dividido<br />

indicando<br />

em quatro<br />

assim<br />

fases. Fase<br />

que não houve<br />

contaminação Aqui não foi observado proveniente uma grande do ambiente. lag onde Nas amostras organismos onde não a aumentam<br />

significativamente<br />

pessoa ainda não<br />

tinha<br />

diferença<br />

feito<br />

numérica<br />

uso do<br />

de<br />

batom,<br />

colônias,<br />

foi<br />

em<br />

observado a presença de<br />

em<br />

5 a<br />

número,<br />

10 colônias, que<br />

relação a primeira coleta. Porém, a pois os microrganismos estão se<br />

correspondem coleta realizada a meia valores hora aceitáveis, e uma que adaptando são ocasionados ao meio. Fase devido log, evidenciada<br />

pelo a presença fato de uma da vez espécie que que vive<br />

à flora normal<br />

presente hora depois, no corpo apresentou humano, crescimento<br />

numérico evidente. Sendo os organismos se adaptam ao meio,<br />

que proporcionar<br />

em harmonia sem causar patologias. Este resultado pode ser visualizado na<br />

a de 30 minutos com 70 colônias o crescimento populacional passa<br />

Figura-3. e na coleta Nas de após amostras 1 hora coletadas a contagem<br />

de colônias superou o valor Fase estacionária, a divisão celular<br />

imediatamente a ocorrer de forma após exponencial. o indivíduo passar o<br />

de 150, conforme pode ser observado,<br />

respectivamente nas Figuras vas células são produzidas com a<br />

decresce a um ponto em que no-<br />

5 e 6. Esse crescimento pode ser mesma velocidade em que as células<br />

antigas morrem. Finalmente a<br />

atribuído a composição do batom,<br />

pelo fato do mesmo conter vários fase em declínio, onde, na medida<br />

micronutrientes, como ferro, zinco que as condições do meio vão se<br />

e cobre, que são parte da alimen-<br />

tornando cada vez menos favoráveis<br />

Figura-2: Placa contendo o meio de cultura PCA. Sendo utilizada apenas<br />

para verificar uma possível contaminação. Figura número Nesta 3: placa A placa não nesta ocorreu foto representa as amostr<br />

Figura crescimento número de 4: Nesta microrganismos, placa é possível boca evidenciando, identificar sem a presença a presença que do não batom, de 10 houve a onde 20 pode ser observada<br />

colônias, contaminação evidencia-se do meio neste externo. caso, a coleta a 10 colônias da região de bucal microrganismos.<br />

imediatamente<br />

após o uso do batom pelo indivíduo.<br />

para a divisão celular, muitas células<br />

perdem a capacidade de se dividir e<br />

morrem (BLACK, 2013).<br />

Nos ensaios realizados, o teste de<br />

gram (Figura-8) revelou cocos em<br />

cachos, catalase (Figura-9) e coagulase<br />

positivo. Na presença de Sal<br />

manitol (Figura-10), algumas bactérias<br />

conseguiram fermentar o manitol,<br />

evidenciando assim presença de<br />

Staphylococcus aureus. O trabalho<br />

revelou que os componentes do<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TR<br />

batom podem contribuir para a proliferação<br />

do S. aureus, entretanto,<br />

Figura 2: Placa contendo o meio de Fonte: Figura AUTORES 3: A placa DO nesta TRABALHO. foto representa<br />

Figura<br />

cultura PCA. Sendo utilizada apenas para as amostras coletadas da boca sem<br />

a afirmativa número 6: quanto Nesta aos imagem elementos tem-se o resultado pertencente a coleta de<br />

verificar uma possível contaminação. a presença do batom, onde pode ser<br />

uma metálicos hora após que ser permitem empregado esse o uso aumento<br />

Figura<br />

do batom. Nesta placa Nota-se não ocorreu evidentemente crescimento de que observada a presença de 5 a 10 colônias<br />

o número de deve número<br />

colônias ser 4: melhor Nesta<br />

é superior estudada, placa<br />

a<br />

é<br />

150.<br />

possível Figura microrganismos, identificar número evidenciando, a presença 5: Nesta que de figura 10 não a 20 é de Figura possivel microrganismos. número observar 6: Nesta os imagem resultados tem-se o resultado pertenc<br />

Figura número 3: A placa nesta foto representa as amostras coletadas da<br />

visto colônias, que foi evidencia-se possível apenas neste evidenciar<br />

o fato, mas não quantifica-lo. boca sem a presença do batom, onde pode ser observada a presença de 5<br />

caso, a correspondentes coleta houve contaminação da região bucal a do coleta meio imediatamente<br />

externo. realizada meia uma hora hora após o ser uso empregado batom. Podese<br />

constatar a presença de cerca de 70 o colônias. número de colônias é superior a 150.<br />

o uso do batom. Nota-se evid<br />

após o uso do batom pelo indivíduo.<br />

a 10 colônias de microrganismos.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TR<br />

Figura 4: Nesta placa é possível Figura número 5: Nesta figura é possivel Fonte: Figura AUTORES 6: Nesta DO imagem TRABALHO. tem-se o<br />

Figura identificar número a 7: presença Gráfico de comparativo 10 a 20 para observar os resultados correspondentes<br />

dos valores de resultado pertencente a coleta de uma<br />

taxa colônias, evidencia-se neste caso, a a coleta realizada meia hora após o uso hora após ser empregado o uso do<br />

Figura de crescimento número e 5: sua Nesta significância.<br />

Figura número 8: Esta imagem exibe os resultados para o teste de<br />

figura é possivel observar os resultados Figura número 7: Gráfico comparativo para os resultados<br />

coleta da região bucal imediatamente do batom. Pode-se constatar a presença onde pode-se batom. ser Nota-se observado evidentemente em forma que de o cocos com agrupament<br />

correspondentes após o uso do batom a pelo coleta indivíduo. realizada meia de cerca hora de após 70 colônias. o uso do batom. Podese<br />

constatar a presença de cerca de 70<br />

número taxa de de crescimento colônias é superior e sua significância.<br />

a 150.<br />

aspecto de cachos de uva.<br />

colônias.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

Figura 8: Esta imagem exibe os resultados para o teste<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

Figura 7: Gráfico comparativo para os resultados dos valores de<br />

de gram, onde pode-se ser observado em forma de<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

taxa de crescimento e sua significância.<br />

cocos com agrupamento Fonte: AUTORES com aspecto DO TRABALHO.<br />

de cachos de uva.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

25<br />

Figura número 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catala<br />

colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina, e foi adic<br />

peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser observado a formaç<br />

bolhas, evidenciando assim, ser catalase positiva.


artigo 2<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

Autores:<br />

Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />

Alex Magalhães de Almeida2*,<br />

Ivani Pose Martins³.<br />

Figura número 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catalase, foi<br />

Figura número 10: A placa abaixo demonstra a cultura em Sal Manitol, pode<br />

colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina,<br />

ser observado<br />

e foi adicionado<br />

a coloração amarela, representando assim que o manitol foi<br />

peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser observado fermentado, a formação indicando de ser Sthapylococcus aureus.<br />

bolhas, evidenciando assim, ser catalase positiva.<br />

Figura 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catalase,<br />

foi colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina,<br />

e foi adicionado peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser<br />

observado a formação de bolhas, evidenciando assim, ser<br />

catalase positiva.<br />

Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

Figura número 10: A placa abaixo demonstra a cultura<br />

em Sal Manitol, pode ser observado a coloração amarela,<br />

representando assim que o manitol foi fermentado,<br />

indicando ser Sthapylococcus aureus.<br />

Conclusão Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />

O trabalho evidenciou de forma tácita que a maquiagem, que foi utilizada<br />

nos experimentos, contribuiu para a proliferação da atividade microbiana.<br />

26<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Conclusão<br />

O trabalho evidenciou de forma<br />

tácita que a maquiagem, que foi<br />

utilizada nos experimentos, contribuiu<br />

para a proliferação da atividade<br />

microbiana. Entretanto, por<br />

mais que o batom contenha os<br />

vários micronutrientes necessários<br />

para os microrganismos, ocorre de<br />

após um tempo, eles entrarem em<br />

fase de declínio e virem a óbito,<br />

não causando dano significativo,<br />

ao usuário. Porém, Staphylococcus<br />

aureus é um microrganismo oportunista,<br />

e por motivos delineados<br />

no trabalho, não é recomendado o<br />

compartilhamento dos batons entre<br />

usuários diferentes.<br />

Agradecimentos<br />

Os autores agradecem a FAPE-<br />

MIG pela bolsa de Iniciação conferida<br />

ao discente, ao Centro Univer-<br />

Entretanto, por mais que o batom contenha os vários micronutrientes<br />

sitário de Formiga Unifor-MG pelo<br />

php/eletronica/article/viewFile/5180/<br />

necessários<br />

pdf_118>.<br />

para<br />

Acesso<br />

os microrganismos,<br />

em 15-02-2018<br />

ocorre de após um tempo, eles entrarem<br />

uso dos laboratórios e por proporcionar<br />

as condições necessárias em fase de declínio e virem a óbito, não causando dano significativo, ao usuário.<br />

GALEMBECK, F., CSORDAS, Y. Cosméticos:<br />

a química da beleza, <strong>Ed</strong>. Sala de Leitura,<br />

Campinas, 2010. aureus é um microrganismo oportunista, e por motivos<br />

para o desenvolvimento da pesquisa,<br />

e ao CEPEP por proporcionar a<br />

Porém, Staphylococcus<br />

ligação dos pesquisadores com delineados no trabalho, não é recomendado o compartilhamento dos batons<br />

LIMA M. [ET AL] Staphylococcus aureus<br />

demais órgãos da Instituição. entre usuários e as infeccções diferentes. hospitalares revisão de literatura.<strong>Revista</strong><br />

UNINGA, 2015 Disponível<br />

em < https://www.mastereditora.com.<br />

br/periodico/20150101_115618.pdf><br />

Referências<br />

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância<br />

Sanitária, Guia de Controle de Qualidade<br />

de Produtos Cosméticos: Uma Abordagem<br />

sobre os Ensaios Físicos e Químicos.<br />

2ª ed. <strong>Ed</strong>itora Anvisa, Brasília, 2008.<br />

Agradecimentos<br />

Acesso em 15-02-2018<br />

OLIVEIRA C. Preservantes no segmento<br />

Os autores de cosméticos: agradecem Tendência a FAPEMIG e oportunidades<br />

ao de Centro negócios. Rio Universitário de Janeiro 2008. de Formiga Unifor-MG pelo uso dos<br />

pela bolsa de Iniciação conferida ao<br />

discente,<br />

BLACK, G, J. Microbiologia fundamentos Disponível em < http://www.h2cin.org.<br />

e perspectivas. 4.ed. Rio de Janeiro: laboratórios Guanabara<br />

Koogan, 2013.<br />

to-de-cosmeticos-tendencias-e-opor-<br />

br/download/preservantes-no-segmen-<br />

e por proporcionar as condições necessárias para o<br />

desenvolvimento da pesquisa, e ao CEPEP por proporcionar a ligação dos<br />

tunidades-de-negocios.pdf. Acesso em<br />

CARAÇA, A; SISTI, E. A relevância pesquisadores 15-02-2018. com Acesso os demais 15-02-2018 órgãos da Instituição.<br />

Sthaphylococcus aureus resistente á<br />

meticilina (MRSA) nas infecções hospitalares..2016<br />

Disponível em < http:// lógico. 6 ª ed. Rio de Janeiro: <strong>Ed</strong>itora Gua-<br />

WINN, W. [et al]. Diagnóstico Microbio-<br />

revistaeletronica.unicruz.edu.br/index. nabara Koogan, 2014.


Complemento Normativo<br />

Referente ao artigo:<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />

Arena Técnica<br />

artigo 2<br />

Verificação da atividade<br />

microbiológica na região<br />

bucal recobertas com batom<br />

empregando método Pour Plate<br />

28<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

ISO 11930<br />

Cosmetics - Microbiology - Evaluation of the antimicrobial protection<br />

of a cosmetic product<br />

Norma publicada em: 2012/04. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />

com batom empregando método Pour Plate<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça<br />

Abstract: ISO 11930:2012 comprises a preservation efficacy test and a procedure<br />

for evaluating the overall antimicrobial protection of a cosmetic product<br />

which is not considered low risk.<br />

https://www.iso.org/standard/51037.html<br />

ISO 29621<br />

Cosmetics -- Microbiology -- Guidelines for the risk assessment and<br />

identification of microbiologically low-risk products<br />

Norma publicada em: 2017/03. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />

com batom empregando método Pour Plate<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça<br />

Abstract: ISO 29621:2017 gives guidance to cosmetic manufacturers and<br />

regulatory bodies to help define those finished products that, based on a risk<br />

assessment, present a low risk of microbial contamination during production<br />

and/or intended use, and therefore, do not require the application of microbiological<br />

International Standards for cosmetics..<br />

https://www.iso.org/standard/68310.html<br />

ISO 18415<br />

Cosmetics - Microbiology - Detection of specified and non-specified<br />

microorganisms<br />

Norma publicada em: 2017/06. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />

com batom empregando método Pour Plate<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suíça<br />

Abstract: ISO 18415:2017 gives general guidelines for the detection and identification<br />

of specified microorganisms in cosmetic products as well as for the<br />

detection and identification of other kinds of aerobic mesophilic non-specified<br />

microorganisms in cosmetic products.<br />

https://www.iso.org/standard/72238.html<br />

ISO 22718<br />

Cosmetics - Microbiology - Detection of Staphylococcus aureus<br />

Norma publicada em: 2015/12. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada<br />

Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />

com batom empregando método Pour Plate<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: ISO 22718:2015 gives general guidelines for the detection and<br />

identification of the specified microorganism Staphylococcus aureus in cosmetic<br />

products. Microorganisms considered as specified in this International<br />

Standard might differ from country to country according to national practices<br />

or regulations.<br />

https://www.iso.org/standard/68313.html<br />

ISO 16212<br />

Cosmetics - Microbiology - Enumeration of yeast and mould<br />

Norma publicada em: 2017/06. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça<br />

Abstract: ISO 16212:2017 gives general guidelines for enumeration of<br />

yeast and mould present in cosmetics by counting the colonies on selective<br />

agar medium after aerobic incubation.<br />

https://www.iso.org/standard/72241.html<br />

BS EN ISO 21148<br />

Cosmetics - Microbiology - General instructions for microbiological<br />

examination<br />

Norma publicada em: 2017/09. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética / Cosméticos. Artigos de higiene<br />

corporal.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: Reino Unido.<br />

https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030348232<br />

BS EN ISO 18415<br />

Cosmetics - Microbiology - Detection of specified and non-specified<br />

microorganisms<br />

Norma publicada em: 2017/07. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética / Cosméticos. Artigos de higiene<br />

corporal / Outras normas relativas a microbiologia.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: Reino Unido.<br />

https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030348229<br />

BS EN ISO 29621<br />

Cosmetics - Microbiology - Guidelines for the risk assessment and<br />

identification of microbiologically low-risk products<br />

Norma publicada em: 2017/04. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: BSI.<br />

País de procedência/Região: Reino Unido.<br />

https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030337344<br />

ABNT NBR ISO 22718<br />

Cosméticos - Microbiologia - Detecção de Staphylococcus aureus<br />

Norma publicada em: 30/06/2008. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outras normas relacionadas à microbiologia.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma fornece orientação geral para a detecção e identificação<br />

de microorganismo Satphylococcus aureus em produtos cosméticos.<br />

Microorganismos abrangidos nesta Norma podem diferir de país para país de<br />

acordo com as práticas ou regulamentações locais.<br />

http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1156<br />

ABNT NBR ISO 21148<br />

Cosméticos - Microbiologia - Instruções gerais para pesquisa<br />

microbiológica<br />

Norma publicada em: 14/01/2008. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Outras normas relacionadas à microbiologia.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma fornece instruções gerais para realizar análises microbiológicas<br />

de produtos cosméticos, para garantir qualidade e segurança, de<br />

acordo com uma análise de risco apropriada (por exemplo, baixa atividade<br />

de água Aw, teor hidroalcoólico, valores extremos de pH).<br />

http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1198<br />

ABNT NBR 16160<br />

Bisnaga de alumínio para produtos cosméticos - Requisitos e<br />

métodos de ensaio<br />

Norma publicada em: 21/03/2013. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Cosméticos. Artigos de higiene pessoal / Produtos de<br />

alumínio.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Entidade: ABNT.<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Resumo: Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para bisnagas<br />

de alumínio utilizadas em indústrias cosméticas, abrangendo definições,<br />

condições de recebimento e métodos de ensaio.<br />

http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=196481<br />

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Matéria de Capa<br />

30<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Novas Diretrizes<br />

A ciência se move rapidamente<br />

Atendimento ao cliente precisa manter o ritmo<br />

Com 30 anos de experiência<br />

em diagnósticos, ciências da vida<br />

e instrumentação analítica, Denise<br />

Schwartz entende o ritmo<br />

da ciência, seja trabalhando com<br />

pesquisas, laboratórios de rotina,<br />

indústrias ou setores acadêmicos,<br />

ela reconhece que um serviço rápido<br />

e confiável é uma das maiores<br />

necessidades de todos os clientes.<br />

Quando se juntou à Thermo Fisher<br />

Scientific, líder mundial à serviço da<br />

ciência, como Business Sales Head<br />

Executive do grupo de Cromatografia<br />

e Espectrometria de Massas, ela<br />

imediatamente voltou sua atenção<br />

para as melhorias nos atendimentos<br />

aos clientes no Brasil.<br />

Schwartz explica, “Com uma<br />

empresa de US$21 bilhões anuais<br />

e 70.000 funcionários, a Thermo<br />

Fisher é conhecida por uma combinação<br />

incomparável de tecnologias<br />

inovadoras e serviços abrangentes.<br />

Quero garantir que as experiências<br />

de nossos clientes excedam ou<br />

correspondam aos altos níveis alcançados<br />

em outros lugares.”<br />

Com esse objetivo, Schwartz<br />

reestruturou as equipes de serviços<br />

e aplicações que agora estão<br />

alinhadas para abordarem os desafios<br />

dos clientes.<br />

“Assim, podemos ajudar os<br />

clientes a encontrar a melhor solução,<br />

não apenas do ponto de vista<br />

do instrumento, mas também do<br />

ponto de vista da metodologia analítica,”<br />

comenta Schwartz.<br />

Dentre várias ações realizadas<br />

recentemente priorizamos o foco<br />

em treinamentos, qualificação do<br />

inventário e pronta entrega de<br />

consumíveis.<br />

Além disso, há uma reestruturação<br />

no canal de distribuição para<br />

melhorar a cobertura nacional. A<br />

Thermo Fisher conta com a colaboração<br />

da Nova Analítica, EBIO, Interprise,<br />

Sens, Astro 34, entre outros.<br />

Schwartz comenta, “Trabalhar<br />

com nossos distribuidores não<br />

apenas garante uma cobertura<br />

geográfica do ponto de vista comercial,<br />

mas também nos permite<br />

alavancar seus recursos para auxiliar<br />

nossos clientes localmente.<br />

Os distribuidores podem ampliar o<br />

alcance dos clientes já que contam<br />

com acesso ao nosso suporte técnico<br />

e equipe de aplicações, bem<br />

como, aos treinamentos de nossos<br />

produtos. Isso nos permite oferecer<br />

melhores serviços nos atendimentos<br />

aos clientes em todo o país.”<br />

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da Thermo Fisher Scientific, na cidade<br />

de São Paulo é a mais perfeita<br />

tradução da missão da empresa:<br />

possibilitar que nossos clientes tornem<br />

o mundo mais saudável, mais<br />

limpo e mais seguro.<br />

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à disposição do mercado nacional<br />

e internacional as mais avançadas<br />

soluções e equipamentos. É neste<br />

espaço temos o prazer de receber<br />

nossos clientes apaixonados por<br />

ciência para compartilhar o vasto<br />

conhecimento científico que temos,<br />

para que tirem o máximo proveito de<br />

nossas tecnologias. Nós provemos<br />

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ciência, como você, possam realizar<br />

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ganhar mercado, mas ganhar a<br />

confiança dos clientes<br />

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nossassolucoes 31<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18


Microbiologia<br />

Distribuidor Autorizado<br />

Staphylococcus epidermidis<br />

32<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />

O Staphylococcus epidermidis<br />

é uma bactéria Gram positiva,<br />

coagulase negativa, que é<br />

parte da nossa flora normal. O<br />

microrganismo coloniza a pele<br />

humana e mucosas, notadamente as<br />

superfícies úmidas como as axilas,<br />

narinas, etc. Consequentemente, é<br />

um patógeno oportunista, sendo um<br />

dos patógenos mais comumente<br />

associado a infecções hospitalares.<br />

Os indivíduos mais suscetíveis<br />

a infecção são os pacientes<br />

submetidos a terapia intravenosa,<br />

recém-nascidos, idosos, aqueles que<br />

utilizam cateteres e outros produtos<br />

médicos como bolsas, respiradores,<br />

próteses etc. O microrganismo<br />

produz um biofilme que age como<br />

um revestimento ao material plástico<br />

e células, e também causa resistência<br />

a fagocitose e resistência a alguns<br />

antibióticos.<br />

O microrganismo produz um<br />

biofilme que é um filme hidrofóbico,<br />

adesivo aos biopolimeros de próteses,<br />

ponta de cateteres etc., favorecendo<br />

infecções como as endocardites.<br />

O biofilme do Staphylococcus<br />

epidermidis consiste de clusters de<br />

células que estão mergulhados na<br />

substância extracelular (filme) de ate<br />

160 micrometros de espessura.<br />

O biofilme age ainda como barreira<br />

a difusão dos antibióticos e defesa<br />

imune.<br />

As infecções estão associadas<br />

com os produtos médicos, tais<br />

como válvulas cardíacas, , próteses,<br />

cateteres e feridas.<br />

As infecções de ponta de<br />

cateteres levam a episódios sérios<br />

de inflamação e secreção de pus. A<br />

septicemia e endocardite são também<br />

associados com o S. epidermidis. A<br />

sintomatologia inclue febre, fadiga,<br />

dispneia e anorexia.<br />

A endocardite e uma infecção<br />

das válvulas cardíacas e partes da<br />

musculatura cardíaca.<br />

Muito frequentemente o S.<br />

epidermidis contamina equipamentos<br />

hospitalares e superfícies ambientais,<br />

explicando a alta incidência em<br />

ambientes hospitalares.<br />

Na indústria farmacêutica e<br />

cosmética, este microrganismo pode<br />

provocar a degradação do produto<br />

e representar um risco sério para os<br />

consumidores.<br />

A contaminação do produto final<br />

é rara, sendo que na literatura são<br />

poucos os relatos. Um artigo publicado<br />

por Campana e colaboradores, no qual<br />

foi estudado a contaminação de 91<br />

produtos cosméticos, o S. epidermidis<br />

apareceu em somente dois casos, o<br />

primeiro em uma espuma de banho e<br />

outro em um shampoo.<br />

Um outro artigo publicado por<br />

Almoffarreh e colaboradores,<br />

pesquisaram ambientes de ar<br />

condicionado sendo que o S.<br />

epidermidis encontrado em 20,7%<br />

das analises.<br />

As espécies de estafilococos<br />

podem ser identificadas com base<br />

em suas características fenotípicas.<br />

A maioria das colônias te um<br />

diâmetro entre 1 a 3mm, após 24<br />

horas de incubação e de 3 a 8mm<br />

após 72 horas de incubação. A<br />

colônia típica de S. epidermidis não<br />

apresenta pigmentação da colônia, é<br />

coagulase negativo, aparecem como<br />

cocos gram positivos (coloração roxa/<br />

azulada), dispostos em grupos ou<br />

como descrito didaticamente, em<br />

forma de “cachos de uvas”.<br />

Para a correta identificação do S.<br />

epidermidis é necessário um número<br />

reduzido de provas (sete testes),<br />

envolvendo fermentação da xilose,<br />

sacarose, trealose, maltose e manitol,<br />

produção de hemolisina, crescimento<br />

anaeróbico em tioglicolato.<br />

*Claudio Kiyoshi Hirai é<br />

farmacêutico bioquímico, diretor<br />

científico da BCQ consultoria e<br />

qualidade, membro da American<br />

Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da<br />

Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719<br />

E-mail: técnica@bcq.com.br<br />

Incorrect (interference)<br />

Quantitation peak<br />

Resolution 35 K<br />

Quantitation<br />

peak<br />

Resolution 70 K<br />

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Metrologia<br />

34<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Reflexões sobre a educação<br />

em metrologia e qualidade<br />

Luciana e Sá Alves1, José Mauro Granjeiro2;<br />

1 Diretoria de Metrologia Científica e Industrial/Divisão de Metrologia Óptica<br />

2 Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida<br />

Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia/Inmetro<br />

A ‘Metrologia’ é definida como<br />

ciência da medição e suas aplicações<br />

[1] e o artigo 'Metrology is key<br />

to reproducing results', publicado<br />

na revista Nature em julho de 2017<br />

[2], enfatiza a crise de reprodutibilidade<br />

da pesquisa científica como<br />

consequência da falta de pessoas<br />

habilitadas para realizar medições<br />

e com conhecimentos sobre as<br />

oportunidades de validar as medições<br />

apropriadamente. Nos anos de<br />

2005 e 2010, duas publicações de<br />

entidades científicas brasileiras já<br />

indicavam a importância da educação<br />

em metrologia para o país.<br />

O documento “Pensando o Futuro:<br />

o desenvolvimento da física e sua<br />

inserção na vida social e econômica<br />

do país” foi publicado pela Sociedade<br />

Brasileira de Física no ano de<br />

2005 [3], ressalta que a Metrologia<br />

é um dos desafios multidisciplinares<br />

para o desenvolvimento da física e<br />

que a maior necessidade brasileira<br />

na área é a atração de pessoal de<br />

alta qualificação científica e tecnológica.<br />

Conforme o documento, a área<br />

da metrologia está associada ao<br />

atendimento às exigências de uma<br />

sociedade que pretende se tornar<br />

plenamente industrializada, a um<br />

salto qualitativo na capacidade de<br />

conceber e realizar experimentos,<br />

a uma linguagem comum e padronizada,<br />

aos procedimentos que assegurem<br />

a confiança nos resultados<br />

de medições, à segurança e ao<br />

bem-estar e às barreiras técnicas<br />

ao comércio.<br />

No documento “Consolidação das<br />

recomendações da 4ª Conferência<br />

Nacional de Ciência e Tecnologia e<br />

Inovação para o Desenvolvimento<br />

Sustentável”, aparece, como uma<br />

das recomendações, o apoio a programas<br />

de capacitação para enfrentar<br />

os desafios da metrologia em<br />

novas áreas, como a biotecnologia,<br />

a nanotecnologia, as mudanças climáticas<br />

e as energias renováveis. [4]<br />

A educação em metrologia é o<br />

tema de um capítulo nas quatro<br />

edições quadrienais do documento<br />

“Diretrizes Estratégicas para a Metrologia<br />

Brasileira” desde o ano de<br />

2003. Este documento é aprovado<br />

pelo Conselho Nacional de Metrologia,<br />

Normalização e Qualidade<br />

Industrial - CONMETRO e descrito<br />

como instrumento da política metrológica<br />

brasileira, orientativo das<br />

ações das diversas instituições ligadas<br />

à metrologia e da aplicação<br />

de recursos governamentais para o<br />

efetivo desenvolvimento da metrologia<br />

no País. [5]<br />

Os capítulos, nos quatro documentos,<br />

descrevem o mesmo contexto<br />

para o ensino de metrologia:<br />

•É essencial para o aumento da<br />

qualidade dos produtos e processos,<br />

com consequente aumento da competitividade<br />

das indústrias e desenvolvimento<br />

industrial do país.<br />

•Há carência clara de conceitos<br />

fundamentais de metrologia em<br />

muitas áreas de formação.<br />

As onze diretrizes que estão em<br />

vigor para o quadriênio 2018-2022<br />

foram classificadas no quadro 1<br />

conforme as “formas de ensino” [6]<br />

ou “modos de educação” [7]: <strong>Ed</strong>ucação<br />

Formal, <strong>Ed</strong>ucação Não Formal<br />

e <strong>Ed</strong>ucação Informal.<br />

A <strong>Ed</strong>ucação Formal acontece<br />

nas instituições oficiais de ensino<br />

reconhecidas pela instância legal do<br />

país, como o Ministério da <strong>Ed</strong>ucação<br />

(MEC) do Brasil. É o sistema educativo<br />

hierárquico e cronologicamente<br />

estruturado, com todas as suas<br />

partes - burocráticas e curriculares<br />

- interconectadas e em mútua<br />

dependência. A <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal<br />

é qualquer atividade educacional<br />

organizada fora do sistema formal<br />

estabelecido, orientada a servir a<br />

usuários específicos e com objetivos<br />

de aprendizagem evidenciáveis.<br />

Algumas das características que a<br />

diferem da <strong>Ed</strong>ucação Formal são:<br />

menos hierarquia, menos burocracia,<br />

duração variável e atividades<br />

independentes, sem a necessidade<br />

de um sistema sequencial de<br />

progressão, de uma instituição oficial<br />

de ensino e do reconhecimento legal. É<br />

conhecida, também, como educação<br />

não-escolar ou extraescolar A<br />

<strong>Ed</strong>ucação Informal é o processo para<br />

aquisição de valores e conhecimentos<br />

e para o desenvolvimento de atitudes<br />

e habilidades que ocorre durante toda<br />

a vida graças à experiência diária de<br />

interação com o mundo – família,<br />

trabalho, lazer [6 a 9]. A experiência<br />

de educação informal não é dirigida<br />

para atingir a um público específico,<br />

o que impede que objetivos de<br />

aprendizagem sejam evidenciados<br />

e mensurados, inviabilizando a<br />

emissão de certificados que atestem<br />

Quadro 1: Classificação das diretrizes estratégicas para a educação em metrologia de<br />

acordo com as formas de ensino ou modos de educação:<br />

<strong>Ed</strong>ucação Formal <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal <strong>Ed</strong>ucação Informal<br />

I. intensificar as parcerias com<br />

as instituições de ensino brasileiras<br />

visando a inserção de conteúdos de<br />

metrologia nas disciplinas dos cursos<br />

de nível superior e profissionalizantes;<br />

VII. consolidar e expandir os<br />

programas de ensino técnico<br />

profissional e de Pós-Graduação<br />

do Inmetro, expandindo a oferta à<br />

sociedade de cursos relacionados à<br />

Metrologia, Qualidade e Tecnologia;<br />

VIII. incentivar a implantação<br />

de escolas e de cursos técnicos<br />

profissionalizantes de nível médio<br />

em todas as regiões do Brasil, em<br />

consonância com os programas de<br />

governo existentes”.<br />

Capacitação (<strong>Ed</strong>ucação Formal<br />

e <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal)<br />

III. promover uma política de<br />

apoio e incentivo à realização de<br />

cursos especializados, congressos,<br />

seminários, workshops e outros<br />

eventos de capacitação em metrologia,<br />

incluindo a consolidação e expansão<br />

dos eventos nacionais e internacionais<br />

de metrologia já existentes;<br />

VI. ampliar e aprimorar os programas<br />

de capacitação de recursos humanos<br />

para as operações e administração da<br />

metrologia legal, especialmente para<br />

os integrantes da RBMLQ-I e Redes<br />

Metrológicas Estaduais, bem como<br />

criar mecanismos para multiplicar o<br />

número de auditores e avaliadores<br />

qualificados no Brasil;<br />

IX. elaborar o programa de<br />

residência tecnológica em metrologia,<br />

avaliação da conformidade e<br />

tecnologias, visando à capacitação<br />

técnica associada ao treinamento<br />

especializado;<br />

XI. implementar programas para<br />

formação e certificação de pessoas<br />

com competências necessárias para<br />

exercer as funções de técnicos,<br />

especialistas e agentes em metrologia<br />

e avaliação da conformidade.<br />

X. promover a capacitação de<br />

docentes e a realização de cursos<br />

especializados em metrologia e<br />

avaliação da conformidade;<br />

Quadro 2: Levantamento das Atividades <strong>Ed</strong>ucacionais<br />

1094 treinamentos presenciais e<br />

64 a distância; 10 cursos técnicos,<br />

34 cursos de aperfeiçoamento/pósmédio;<br />

82 cursos de graduação, 99<br />

cursos de especialização presenciais,<br />

1 curso de especialização a distância,<br />

76 cursos de mestrado e 40 cursos<br />

de doutorado;<br />

Materiais<br />

(<strong>Ed</strong>ucação Informal)<br />

175 artigos, 9 revistas (247 ed),<br />

20 boletins (515 ed), 19 relatórios,<br />

12 manuais, 54 livros, 68 folder, 1<br />

Newsletter (4 ed), 29 cartilhas, 3<br />

Planos Estratégicos, 6 Memórias<br />

Institucionais (37 ed), 1 Relatório de<br />

Gestão; 795 vídeos, 334 áudios e<br />

4316 fotos (audiovisuais); 2 Poster, 1<br />

CD Rom; 2 Sequências Didáticas<br />

II. promover e estimular a produção<br />

e publicação de literatura, incluindo<br />

livros didáticos, teses, estudos e<br />

pesquisas no âmbito da metrologia;<br />

VI. promover, estimular e realizar<br />

programas e ações para conscientização<br />

e sensibilização dos<br />

poderes públicos, setores produtivos<br />

de ensino, consumidores e<br />

população em geral, sobre os aspectos<br />

estratégicos associados à<br />

metrologia legal;<br />

V. estimular a mobilização nas associações<br />

técnicas e científicas, bem<br />

como entidades de classe, para a<br />

difusão da cultura metrológica e da<br />

normalização técnica junto aos seus<br />

associados;<br />

Outros (atividades distintas<br />

daquilo classificado nas outras<br />

duas categorias)<br />

Seminários e Palestras, Prêmios e<br />

Concursos; Programas de Formação;<br />

Inscrição em Newsletter; Museu<br />

ou Espaço de divulgação; Museu<br />

virtual; Museu móvel; Projetos e sites<br />

especiais; Softwares; Jogos; Visitas<br />

guiadas; <strong>Ed</strong>itora; Programas de Rádio;<br />

Campus Virtual; Centros de Formação;<br />

Curso em planejamento; <strong>Revista</strong> “De<br />

Acuerdo” (interinstitucional).<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

35


Metrologia<br />

36<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Quadro 3: Número total de cursos relacionados com a educação em metrologia e qualidade<br />

Curso técnico<br />

Aperfeiçoamento<br />

(pós-médio)<br />

o desenvolvimento de competências.<br />

Quais são as atividades<br />

educacionais em metrologia que<br />

acontecem no Brasil e em países<br />

vizinhos?<br />

A pesquisa exploratória com<br />

abordagem qualitativa, feita no<br />

primeiro semestre de 2017, buscou<br />

atividades educacionais descritas nos<br />

sites das instituições participantes<br />

da infraestrutura da qualidade<br />

dos Estados membros do Bureau<br />

International des Poids et Mesures<br />

(BIPM) localizados na América do Sul<br />

(Argentina, Brasil, Chile, Colombia,<br />

Uruguai e Venezuela). Com exceção da<br />

Venezuela, ao clicar no nome de cada<br />

um dos países, uma das categorias de<br />

informação é “Quality Infrastructure”,<br />

onde há a lista de todas as instituições<br />

participantes. A partir da pesquisa<br />

nos sites dessas instituições, todas<br />

as atividades educacionais com<br />

informações disponíveis online foram<br />

contabilizadas e descritas. [10]<br />

Atividades educacionais foram<br />

identificadas em 24 instituições<br />

nos cinco países com infraestrutura<br />

da qualidade descrita no site do<br />

BIPM [11]. O quadro 2 organiza<br />

os resultados obtidos em três<br />

categorias - Capacitação (<strong>Ed</strong>ucação<br />

Formal e <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal);<br />

Materiais (<strong>Ed</strong>ucação Informal) e<br />

Outros (atividades distintas daquilo<br />

classificado nas outras duas<br />

Graduação<br />

categorias).<br />

Especialização<br />

Bases para um projeto sobre<br />

a educação em metrologia no<br />

Brasil<br />

A análise de todas as atividades<br />

permitiu identificar 16 materiais<br />

como estritamente associados à<br />

educação em metrologia, qualidade<br />

e avaliação da conformidade. Entre<br />

estes, dez materiais são publicados<br />

em língua espanhola e precisariam<br />

ser traduzidos para a língua<br />

portuguesa. [11]<br />

A oferta de cursos técnicos<br />

e pós-graduações acontece<br />

em oito instituições. Três delas<br />

também oferecem graduações<br />

[11]. O número total de cursos<br />

relacionados com a educação<br />

em metrologia e qualidade,<br />

classificados nas categorias curso<br />

técnico, aperfeiçoamento (pósmédio),<br />

graduação, especialização,<br />

mestrado e doutorado, é<br />

apresentado no quadro 3.<br />

A ocorrência de um único curso<br />

técnico em Metrologia, no Brasil<br />

(INMETRO), pode indicar que esse<br />

nível educacional não é adequado<br />

para a formação especializada<br />

fora do ensino superior, melhor<br />

desenvolvida, dada a quantidade de<br />

cursos, em nível de aperfeiçoamento<br />

(pós-médio). Nessa perspectiva,<br />

uma ação seria a extinção do curso<br />

Mestrado<br />

Doutorado<br />

01 26 02 06 04 02<br />

técnico em Metrologia do INMETRO<br />

e a organização de cursos de<br />

aperfeiçoamento (pós-médio). [11]<br />

No ensino superior, o nível<br />

educacional da graduação<br />

relacionado à metrologia e qualidade<br />

não é atendido no Brasil. O curso de<br />

“Ingeniería Industrial con orientación<br />

en eficiencia y calidad industrial”<br />

do Instituto Nacional de Tecnología<br />

Industrial (INTI/Argentina) poderia<br />

ser utilizado de dois modos - como<br />

modelo para uma nova habilitação<br />

em Engenharia e para inspirar o<br />

desenvolvimento de disciplinas<br />

que integrem os currículos de<br />

habilitações já existentes [11].<br />

No Brasil, todos cursos de<br />

pós-graduação oferecidos pelas<br />

instituições da infraestrutura da<br />

qualidade são em nível de mestrado<br />

e doutorado. A identificação de<br />

seis cursos de especialização<br />

para a educação em metrologia<br />

e qualidade, nos outros países,<br />

demonstram a viabilidade desse<br />

nível de formação e estimulam a<br />

reflexão para o planejamento de<br />

cursos de especialização no Brasil<br />

[11].<br />

Ações para a formação de<br />

professores apareceram nas<br />

instituições INTI, CNEA e INMETRO,<br />

mas os sites destas instituições não<br />

mostraram informações suficientes<br />

para compreender como as ações<br />

ocorrem. Do mesmo modo, há<br />

pouca informação sobre o curso de<br />

doutorado em “Calidad y Innovación<br />

Industrial” identificado no site do<br />

INTI/Argentina. Por serem as etapas<br />

inicial e terminal de uma trilha de<br />

educação formal em metrologia e<br />

qualidade, conhecer melhor essas<br />

iniciativas pode ser o primeiro passo<br />

para estabelecer o intercâmbio entre<br />

instituições congêneres e iniciar o<br />

projeto de educação em metrologia<br />

e qualidade para o Brasil [11].<br />

Referências<br />

[1] Brasil. Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio Exterior.<br />

INMETRO. Vocabulário Internacional<br />

de Metrologia: conceitos fundamentais<br />

e gerais de termos associados<br />

(VIM 2012). Duque de Caxias, RJ: 2012.<br />

http://www.inmetro.gov.br/inovacao/<br />

publicacoes/vim_2012.pdf Acesso em<br />

27 ago. 2018.<br />

[2] SENÉ, M. GILMORE, I. JANSSEN, J.T.<br />

Metrology is key to reproducing results.<br />

Nature. Vol 547. 27 July 2017. p. 3<strong>97</strong>-<br />

399. Disponível em < https://www.<br />

nature.com/news/metrology-is-key-<br />

-to-reproducing-results-1.22348><br />

Acesso em 27 ago. 2018.<br />

[3] A. CHAVES; R.C. SHELLARD. (editores).<br />

“Física para o Brasil: Pensando<br />

o Futuro.” São Paulo: Sociedade Brasileira<br />

de Física, 2005. Disponível em <<br />

http://www.sbfisica.org.br/v1/arquivos_diversos/publicacoes/FisicaBrasil_Dez05.pdf><br />

Acesso 27 ago. 2018.<br />

[4] Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

(MCT). Centro de Gestão e Estudos<br />

Estratégicos (CGEE). “Consolidação das<br />

recomendações da 4ª Conferência Nacional<br />

de Ciência e Tecnologia e Inovação<br />

para o Desenvolvimento Sustentável;<br />

Conferências Nacional, Regionais e<br />

Estaduais e Fórum Municipal de C,T&I.<br />

Brasília: 2010. Disponível em .<br />

Acesso 27 ago. 2018.<br />

[5] BRASIL. Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio Exterior<br />

(MDIC). Conselho Nacional de Metrologia,<br />

Normalização e Qualidade Industrial<br />

(CONMETRO). Comitê Brasileiro<br />

de Metrologia (CBM). Diretrizes Estratégicas<br />

para a Metrologia Brasileira<br />

2018-2022. Disponível em Acesso 27 Ago.<br />

2018.<br />

[6] Bianconi M L, Caruso F Cienc.<br />

Cult. <strong>Ed</strong>ucação não-formal. 57, n. 4,<br />

2005. http://cienciaecultura.bvs.br/<br />

scielo.php?script=sci_arttext&pid<br />

=S0009-67252005000400013 Acesso<br />

27 Ago. 2018.<br />

[7] Pastor Homs M I 2001 <strong>Revista</strong><br />

Española de Pedagogia Orígenes y evolución<br />

del concepto de educación no<br />

formal 220. https://dialnet.unirioja.<br />

es/descarga/articulo/23701.pdf Acesso<br />

27 ago. 2018<br />

[8] P. H. COOMBS; R.C. PROSSER; M.<br />

AHMED (1<strong>97</strong>3a) New Paths To Learning<br />

for Rural Children and Youth (International<br />

Council for <strong>Ed</strong>ucational Development<br />

for UNICEF). Apud PASTOR HOMS,<br />

M.I.. “Orígenes y evolución del concepto<br />

de educación no formal”, in <strong>Revista</strong><br />

Española de Pedagogia, año LIX, no<br />

220, septiembre-diciembre, 2001,<br />

p. 525-544. Disponível em <br />

Acesso 27 ago. 2018<br />

[9] M. GADOTTI. A questão da educação<br />

formal/não-formal. Institut international<br />

des droits de l’enfant (ide).<br />

Droit à l’éducation: solution à tous les<br />

problèmes ou problème sans solution?<br />

Sion (Suisse), 18 au 22 octubre 2005.<br />

Disponível em < http://www.ceap.br/<br />

material/MAT02102013190417.pdf><br />

Acesso 27 ago. 2018<br />

[10] Bureau International des Poids<br />

et Mesures (BIPM). Member States.<br />

<br />

[11] Alves, L.S.; Granjeiro, J.M.<br />

Thinking the Future: Development of<br />

Metrology <strong>Ed</strong>ucation in Brazil. IMEKO<br />

TC1-TC7-TC13 Symposium: “Measurement<br />

Science Challenges in Natural<br />

and Social Sciences”. Rio de Janeiro:<br />

2017. 2017 IMEKO TC1-TC7-TC13 Joint<br />

Symposium IOP Publishing. IOP Conf.<br />

Series: Journal of Physics: Conf. Series<br />

1044 (2018) 012071 Disponível<br />

em < http://iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-6596/1044/1/012071/<br />

pdf> Acesso em 27 Ago. 2018<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

37


38<br />

Espectrometria de Massa<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

A fonte de íons por impacto de elétrons na<br />

espectrometria de massas<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

Átomos e moléculas no estado<br />

gasoso são de difícil manipulação<br />

no laboratório, somente suas pressões<br />

podem ser variadas. Uma<br />

vez que estes átomos e moléculas<br />

são ionizados, os íons produzidos<br />

podem facilmente ser controlados<br />

por campos eletromagnéticos. A<br />

espectrometria de massas analisa a<br />

relação massa/carga destes átomos<br />

e moléculas por meio da manipulação<br />

de trajetórias iônicas dentro de<br />

campos eletromagnéticos.<br />

O compartimento físico onde é<br />

realizada a ionização das moléculas<br />

neutras do analito a ser estudado<br />

por espectrometria de massas é<br />

conhecido como “Fonte de íons”,<br />

que também qualifica o instrumento<br />

para sua finalidade analítica.<br />

Uma das técnicas para ionizar átomos<br />

e moléculas na espectrometria<br />

de massas pode ser por impacto de<br />

elétrons ou EI (Electron Ionization).<br />

A mesma requer que a fonte de<br />

íons esteja em alto vácuo para não<br />

ter interferência com as moléculas<br />

da atmosfera do laboratório. Nesta<br />

técnica, elétrons liberados por um<br />

filamento aquecido, colidem com<br />

moléculas gasosas que entram na<br />

fonte de íons. O produto da colisão<br />

elétron-molécula é um íon positivo<br />

ou negativo num estado eletrônico<br />

vibracional excitado.<br />

Os íons foram descobertos por<br />

Michel Faraday em 1830, quando<br />

trabalhava com células eletroquímicas.<br />

Ele verificou que um grupo<br />

de moléculas, carregadas negativamente,<br />

viajava em direção ao anodo<br />

da célula e outro grupo de moléculas,<br />

carregadas positivamente, viajava<br />

em direção ao catodo. Estas<br />

moléculas carregadas, positivamente<br />

ou negativamente, Faraday deu o<br />

nome de “íons”, que em grego significa<br />

“viajantes”.<br />

Curiosamente, quem descreveu<br />

o mecanismo dos íons foi o químico<br />

sueco Svante Arrehenius na sua<br />

tese de doutorado em 1884. Ele<br />

estudou as propriedades conduto-<br />

ras das dissoluções eletrolíticas; sua<br />

tese foi muito criticada pela banca<br />

examinadora e foi aprovada com<br />

a menor nota na Universidade de<br />

Uppsala. Em 1903 a mesma tese<br />

ganhou o Premio Nobel de química<br />

em reconhecimento aos extraordinários<br />

serviços prestados no avanço<br />

da química por meio de sua teoria<br />

da dissociação eletrolítica.<br />

Assim, o íon positivo é todo átomo<br />

ou molécula que perdeu um ou<br />

mais elétrons da sua camada eletrônica<br />

externa e o íon negativo é todo<br />

átomo ou molécula que ganhou um<br />

ou mais elétrons na sua camada<br />

eletrônica.<br />

O canadense-americano Arthur<br />

Dempster, em sua tese publicada<br />

em 1916, utilizou pela primeira vez<br />

a técnica de ionização por impacto<br />

de elétrons. Dempster explica como<br />

acontece este fenômeno: Quando<br />

uma corrente elétrica é aplicada a<br />

um filamento, o mesmo será aquecido<br />

pelo efeito Joule até a incandescência,<br />

emitindo elétrons como<br />

mostra a Fig.1A. Um potencial de<br />

aproximadamente 70 V é mantido<br />

entre o filamento e a placa colimadora<br />

de tal forma que os elétrons<br />

sejam acelerados com uma energia<br />

média de 70 eV. Estes elétrons interagem<br />

com as moléculas neutras<br />

do analito tornando-as íons positivos<br />

e negativos. Na fonte de íons são<br />

instalados dois imãs permanentes<br />

criando um caminho helicoidal dos<br />

elétrons energizados, aumentando<br />

a probabilidade de interação com<br />

as moléculas neutras, acrescendo<br />

assim o número de íons na fonte<br />

(Fig.1B).<br />

O valor de 70 eV é comum, porque<br />

a probabilidade de ionização, para<br />

muitos compostos, é maximizada<br />

próximo deste valor, como pode ser<br />

visto na Fig. 2A. A produção de íons<br />

diminui para valores maiores de 70<br />

eV devido às reações íon-molécula<br />

no interior da fonte de íons.<br />

Como exemplo, a ionização do<br />

gás nitrogênio (N2) por impacto do<br />

elétron primário, ep-, faz com que<br />

a molécula, em seu estado fundamental,<br />

seja elevada a energias<br />

maiores e escapando do poço de<br />

potencial da molécula neutra. Um<br />

elétron secundário es-, é também<br />

liberado pela molécula de nitrogênio,<br />

tal como é descrito na seguinte<br />

equação.<br />

interagem com as moléculas neutras do analito tornando-as íons positivos e negativos. Na<br />

fonte de íons são instalados dois imãs permanentes criando um caminho helicoidal dos<br />

elétrons energizados, aumentando a probabilidade de interação com as moléculas neutras,<br />

acrescendo assim o número de íons na fonte (Fig.1B).<br />

O valor de 70 eV é comum, porque a probabilidade de ionização, para muitos compostos, é<br />

maximizada próximo deste valor, como pode ser visto na Fig. 2A. A produção de íons diminui<br />

para valores maiores de 70 eV devido às reações íon-molécula no interior da fonte de íons.<br />

Como exemplo, a ionização do gás nitrogênio (N2) por impacto do elétron primário, ep - , faz<br />

com que a molécula, em seu estado fundamental, seja elevada a energias maiores e<br />

escapando do poço de potencial da molécula neutra. Um elétron secundário es - , é também<br />

liberado pela molécula de nitrogênio, tal como é descrito na seguinte equação.<br />

−<br />

+ . − −<br />

ep<br />

(70eV)<br />

+ N2 → N2<br />

+ es<br />

+ ep<br />

( 54.5eV)<br />

O impacto do elétron primário pode também aumentar a energia vibracional do cátion<br />

resultante, que tem uma função importante na espectrometria de massas. Na medida em que<br />

a razão de vibração e o alongamento da ligação aumentam, a probabilidade de rompimento da<br />

ligação também aumenta. A ruptura da ligação resulta na fragmentação do íon precursor,<br />

como se fosse uma taça de cristal que se quebra ao cair no chão. Na investigação de<br />

moléculas gasosas por espectrometria de massas, observa-se frequentemente que a<br />

magnitude dos fragmentos detectados é muito maior que a do íon precursor, conhecido como<br />

íon molécula. O padrão de fragmentação depende da composição do íon precursor e o exame<br />

do padrão de fragmentação leva a uma compreensão da estrutura e composição do íon<br />

precursor. Para o nitrogênio a única fragmentação possível é o íon N + . Neste ponto, a<br />

ionização por EI do analito nitrogênio esta completa e os íons N2 + , N + e a contribuição isotópica<br />

15<br />

N 14 N + devem ser agora direcionados para o espectrômetro de massas onde serão<br />

discriminados segundo a razão m/z (Fig.2B).<br />

O impacto do elétron primário<br />

pode também aumentar a energia<br />

vibracional do cátion resultante, que<br />

tem uma função importante na espectrometria<br />

de massas. Na medida<br />

em que a razão de vibração e o<br />

alongamento da ligação aumentam,<br />

a probabilidade de rompimento da<br />

ligação também aumenta. A ruptura<br />

da ligação resulta na fragmentação<br />

do íon precursor, como se fosse<br />

uma taça de cristal que se quebra<br />

ao cair no chão. Na investigação de<br />

moléculas gasosas por espectrometria<br />

de massas, observa-se frequentemente<br />

que a magnitude dos fragmentos<br />

detectados é muito maior<br />

que a do íon precursor, conhecido<br />

como íon molécula. O padrão de<br />

fragmentação depende da composição<br />

do íon precursor e o exame<br />

do padrão de fragmentação leva a<br />

uma compreensão da estrutura e<br />

composição do íon precursor. Para<br />

o nitrogênio a única fragmentação<br />

possível é o íon N+. Neste ponto, a<br />

ionização por EI do analito nitrogênio<br />

esta completa e os íons N2+, N+ e<br />

a contribuição isotópica 15N14N+<br />

devem ser agora direcionados para<br />

o espectrômetro de massas onde<br />

serão discriminados segundo a razão<br />

m/z (Fig.2B).<br />

Na fonte de ionização por impacto<br />

de elétrons produz 70% de<br />

íons positivos e o restante de íons<br />

negativos. Isso ocorre porque existe<br />

uma probabilidade maior de arrancar<br />

elétrons das moléculas neutras.<br />

Um pequeno percentual, menor que<br />

Na fonte de ionização por impacto de elétrons produz 70% de íons positivos e o restante de<br />

íons negativos. Isso ocorre porque existe uma probabilidade maior de arrancar elétrons das<br />

moléculas neutras. Um pequeno percentual, menor que 0,01%, dos íons positivos produzidos<br />

na fonte, são transferidos para dentro do analisador do espectrômetro de massas quadrupolar<br />

(Fig.2B).<br />

A ionização por EI geralmente é utilizada em interfases, como a da cromatografia a gás<br />

acoplada a espectrometria de massas GC/MS, ou na ionização de sondas com amostra sólida.<br />

As amostras podem ser sólidas, liquidas ou gasosas, a única condição, que sejam voláteis. Esta<br />

técnica de ionização é considerada uma ionização “forte” já que produz, além do íon molécula<br />

ou íon precursor, vários fragmentos iônicos conhecidos como íons produtos, que descrevem<br />

fielmente a estrutura molecular do analito em estudo.<br />

O espectro de massas, gerado pela ionização por impacto de elétrons das moléculas em<br />

estudo, é reprodutivo, equivalente à impressão digital molecular, condicionado somente pela<br />

energia dos elétrons de ionização de 70 eV. Graças a este fenômeno, no ano de 1969, foi<br />

gerado um banco de dados de espectros de massas da maioria das moléculas químicas voláteis<br />

0,01%, dos íons positivos produzidos<br />

na fonte, são transferidos para<br />

dentro do analisador do espectrômetro<br />

de massas quadrupolar<br />

(Fig.2B).<br />

A ionização por EI geralmente é<br />

utilizada em interfases, como a da<br />

cromatografia a gás acoplada a espectrometria<br />

de massas GC/MS, ou<br />

na ionização de sondas com amostra<br />

sólida. As amostras podem ser<br />

sólidas, liquidas ou gasosas, a única<br />

condição, que sejam voláteis. Esta<br />

técnica de ionização é considerada<br />

uma ionização “forte” já que produz,<br />

além do íon molécula ou íon precursor,<br />

vários fragmentos iônicos conhecidos<br />

como íons produtos, que<br />

descrevem fielmente a estrutura<br />

molecular do analito em estudo.<br />

O espectro de massas, gerado<br />

pela ionização por impacto de elétrons<br />

das moléculas em estudo, é<br />

reprodutivo, equivalente à impressão<br />

digital molecular, condicionado<br />

somente pela energia dos elétrons<br />

de ionização de 70 eV. Graças a<br />

este fenômeno, no ano de 1969, foi<br />

gerado um banco de dados de espectros<br />

de massas da maioria das<br />

moléculas químicas voláteis pela<br />

agencia americana NIST (National<br />

Institute of Standards and Technology).<br />

A maioria dos analisadores de<br />

GC/MS é comercializada com um<br />

banco de dados da NIST.<br />

As vantagens da ionização EI são:<br />

Análise reprodutiva. Alta eficiência<br />

de ionização. A ionização não é<br />

seletiva. Elevada fragmentação da<br />

molécula descrevendo a estrutura<br />

molecular do analito. Interfaceamento<br />

com o cromatógrafo a gás<br />

(GC). Banco de dados de espectros<br />

de massas que facilita a identificação<br />

e estrutura do analito.<br />

F 1<br />

A) F 1<br />

B)<br />

F 2<br />

A) F 2<br />

B)<br />

Figura 1: A) Um filamento emissor de elétrons com energia 70<br />

eV. B) Fonte de íons por impacto de elétrons gerando íons positivos<br />

e negativos. Em destaque os imãs permanentes utilizados<br />

para produzir maior número de íons.<br />

Figura 2. A) Energia de elétrons requerida para ionização de gases.<br />

Note que para a maioria dos gases, elétrons com energias<br />

de 70 eV produzem um número máximo de moléculas gasosas<br />

ionizadas. B) Espectro de massas do gás nitrogênio gerado via<br />

ionização de elétrons, apresentam os íons N+ (m/z=14), N2+<br />

(m/z=28) e a contribuição isotópica 15N14N+ (m/z=29).<br />

As desvantagens da ionização EI<br />

são: A amostra tem que ser volátil. A<br />

ionização cria alta energia interna na<br />

molécula do analito. Não pode ser<br />

interfaceada com a cromatografia líquida<br />

(LC). Os rearranjos iônicos dificultam<br />

a interpretação do espectro<br />

de massas. A análise é limitada para<br />

analitos com massas moleculares<br />

inferiores a 600 Daltons. Elevado<br />

fracionamento molecular complica<br />

a leitura do espectro de massas. É<br />

imprescindível um sistema de alto<br />

vácuo para geração de íons.<br />

Referências bibliográficas<br />

Stenhagen, E., Abrahamsson, S. e McLafferty,<br />

F.W. Atlas mass spectral data. Vol. 1, 2 e 3.<br />

John Wiley and Sons. New York. 1969.<br />

Bustillos, O.V., Sassine, A., March, R. A espectrometria<br />

de massas quadrupolar. 1ª. <strong>Ed</strong>ição.<br />

Scortecci editora, São Paulo. 2003.<br />

*Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química<br />

e Meio Ambiente CQMA do Instituto<br />

de Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />

IPEN/CNEN-SP<br />

55 11 3133 9343<br />

ovega@ipen.br<br />

www.vegascience.blogspot.com.br<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

39


Análise de Minerais<br />

A importância da validação de métodos<br />

analíticos em análises granulométricas<br />

Por <strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo*<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

O desenvolvimento de um novo<br />

método analítico ou a adaptação<br />

e implementação de um método<br />

já normalizado ou descrito na literatura<br />

técnica, envolve um processo<br />

de avaliação que estime<br />

sua eficiência na rotina do laboratório.<br />

À esse processo, habitualmente,<br />

denomina-se validação.<br />

O objetivo da validação consiste<br />

em demonstrar que um determinado<br />

método analítico proposto é<br />

adequado ao que se propõe; ou<br />

seja, garantir que a metodologia<br />

analítica seja exata e precisa, além<br />

de estável, reprodutível e flexível<br />

para uma faixa específica de uma<br />

substância que se espera identificar<br />

ou quantificar. Em suma, validar<br />

significa garantir que as análises<br />

de rotina reproduzam valores<br />

consistentes se comparadas a um<br />

valor de referência.<br />

Com isso, temos que o método<br />

é considerado validado quando o<br />

mesmo é avaliado segundo uma<br />

série de parâmetros estabelecidos,<br />

como: especificidade e seletividade,<br />

linearidade, intervalo ou<br />

faixa de trabalho, precisão, limite<br />

de detecção, limite de quantificação,<br />

exatidão e robustez (repetitividade)<br />

e apresenta o desempenho<br />

esperado.<br />

A validação de um método vai<br />

além de se obter resultados de<br />

exatidão idênticos para uma série<br />

de medidas realizadas. Ela inclui<br />

além dos parâmetros ditos anteriormente,<br />

uma completa análise<br />

considerando diferentes analistas,<br />

equipamentos de medição e ensaio,<br />

métodos de análise e quaisquer<br />

outras possíveis fontes de<br />

variação do processo analítico.<br />

Para auxiliar no processo de<br />

validação de um método, uma<br />

vasta literatura está disponível,<br />

dividindo-se entre os mais amplos<br />

campos, entre elas: ABNT<br />

NBR ISO/IEC 17025 que trata dos<br />

requisitos gerais para competência<br />

de laboratórios de calibração<br />

e ensaios; INMETRO DOQ-CG-<br />

CRE-008: orientação sobre validação<br />

de métodos analíticos; EU-<br />

RACHEM: The Fitness for Purpose<br />

of <strong>Analytica</strong>l Methods; ou ANVISA:<br />

Resolução 899.<br />

Em virtude da importância da validação<br />

de um método de análise,<br />

o primeiro passo e de todos o mais<br />

importante para se ter sucesso<br />

nesta empreitada é o planejamento<br />

do processo de validação do método<br />

desenvolvido ou adaptado. Um<br />

bom planejamento deve conter, minimamente,<br />

as etapas de:<br />

(i) Definição clara do objetivo do<br />

método analítico que se encontra<br />

em desenvolvimento e validação;<br />

(ii) Definição dos parâmetros<br />

de desempenho e critérios de<br />

aceitação a serem considerados<br />

como validadores do método;<br />

(iii) Quantos e quais experimentos<br />

preliminares serão realizados<br />

com o objetivo de se definir a<br />

conformidade do sistema de medição<br />

a ser utilizado nos ensaios<br />

de validação;<br />

(iv) O protocolo de avaliação ou<br />

plano mestre de validação que<br />

será utilizado e quais experimentos<br />

serão realizados para validar<br />

o método desenvolvido;<br />

(v) Relatório de validação com todos<br />

os detalhes dos testes e a análise<br />

estatística detalhada dos dados.<br />

Quanto melhor e mais detalhado<br />

for o planejamento, maiores<br />

são as chances de se ter sucesso<br />

na validação do novo método.<br />

Assim, dada à importância do<br />

tema validação associada às fortes<br />

regulamentações de alguns setores<br />

ou às necessidades de comerciais<br />

de tantos outros, os laboratórios<br />

de todos os âmbitos devem estar<br />

atentos aos seus métodos analíticos<br />

e sua adequada validação,<br />

sempre que o convier.<br />

Não se ater detalhadamente<br />

ao processo de validação, construindo<br />

um trabalho adequado e<br />

robusto que seja capaz de garantir<br />

a competência do método<br />

desenvolvido, pode transformar<br />

um trabalho digno de louvores<br />

em uma grande perda de esforço<br />

e comprometer a reputação do<br />

laboratório de análises.<br />

No próximo número descreveremos<br />

um pouco sobre o uso dos<br />

MRC (Materiais de Referência Certificados)<br />

na validação dos métodos.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

40<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

<strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo é Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN<br />

Mineração, MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e Especializado em<br />

Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para Amostragem e Preparação de Amostras em<br />

Minério de Ferro para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />

LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />

Telefone: 31 3749 1516<br />

E-mail: eduardo.melo@csn.com.br


em foco<br />

Anton Paar abre novos horizontes em análise de partículas<br />

A qualidade necessária<br />

A qualidade com a agilidade necessária<br />

A qualidade com desejada! a agilidade necessária<br />

com desejada! a agilidade<br />

desejada!<br />

<br />

<br />

42<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Com a mais recente aquisição dos<br />

instrumentos Quantachrome, a Anton<br />

Paar é agora a fornecedora do mais<br />

amplo portfólio de instrumentação de<br />

caracterização de partículas em todo<br />

o mundo: 29 instrumentos estão<br />

disponíveis para medir mais de 20<br />

parâmetros. Pesquisadores e controladores<br />

de qualidade podem, de forma<br />

holística, determinar o comportamento<br />

e as propriedades de todos os<br />

tipos de partículas.<br />

Conhecer o comportamento e as<br />

características das partículas é uma<br />

vantagem decisiva no desenvolvimento<br />

de materiais e produtos finais,<br />

na determinação de sua qualidade e<br />

na pesquisa de novos materiais. Graças<br />

a desenvolvimentos tecnológicos<br />

e investimentos cuidadosos, a Anton<br />

Paar oferece agora o maior portfólio<br />

para caracterização de partículas<br />

de um único fornecedor mundial,<br />

apoiando pesquisadores em universidades<br />

e na indústria:<br />

• 29 instrumentos estão disponíveis<br />

para determinar parâmetros como:<br />

• Tamanho e forma das partículas<br />

• Tamanho do poro<br />

• Área de superfície<br />

• Densidade de sólidos<br />

• Área reativa<br />

• Absorção de vapor<br />

• Porosidade de célula aberta<br />

• Potencial Zeta<br />

• Fluxo de pó<br />

• Capacidade de<br />

armazenamento de gás<br />

• E muito mais<br />

Alguns dos instrumentos do extenso<br />

portfólio foram os primeiros da<br />

linha. Por exemplo, o PSA - este analisador<br />

de tamanho de partícula foi<br />

inventado como o primeiro dispositivo<br />

de difração a laser em 1967. Os<br />

instrumentos Quantachrome, especialmente<br />

os analisadores de sorção<br />

de gás, também são baseados em<br />

décadas de experiência e desenvolvimento,<br />

além de amplo conhecimento<br />

de aplicação. O reômetro em pó da<br />

Anton Paar é o único sistema disponível<br />

que fornece valores absolutos<br />

em vez de relativos, levando a uma<br />

confiabilidade inigualável dos resultados.<br />

Em apenas alguns passos, pode<br />

ser transformado em um reômetro<br />

multifuncional com uma ampla faixa<br />

de acessórios.<br />

Mas há muito mais: em www.<br />

anton-paar.com/pc, a Anton Paar<br />

oferece uma visão geral do portfólio<br />

interativo, um abrangente banco de<br />

dados de conhecimento e webinars<br />

(ao vivo e gravados), mostrando as<br />

infinitas possibilidades de caracterização<br />

de partículas da Anton Paar.<br />

Sobre a Anton Paar<br />

A Anton Paar GmbH é uma empresa<br />

austríaca que desenvolve, produz<br />

e vende instrumentos analíticos,<br />

bem como soluções de automação<br />

e robótica. A sede da empresa em<br />

Graz é especializada na produção de<br />

instrumentos para medição de densidade<br />

e concentração, reometria e<br />

determinação de dióxido de carbono<br />

dissolvido.<br />

A empresa produz em Graz e em<br />

cinco filiais produtoras na Áustria,<br />

Bósnia, Alemanha e Suíça. A Anton<br />

Paar GmbH tem subsidiárias de vendas<br />

em todo o mundo e inúmeros<br />

parceiros de vendas internacionais. A<br />

empresa tem uma taxa de exportação<br />

de cerca de 90% e vende para<br />

mais de 110 países. O investimento<br />

em Pesquisa e Desenvolvimento<br />

representa cerca de 20% do faturamento<br />

anual da Anton Paar GmbH.<br />

Aqui você pode encontrar mais informações:<br />

https://www.anton-paar.com/corp-en/<br />

about-us/for-the-press/<br />

<br />

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<br />

<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />

Centro Analítico Reblas 131.<br />

Microbiológicas Ltda.<br />

Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />

R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Centro Analítico Reblas 131.<br />

Microbiológicas Ltda.<br />

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Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Fones +55 Analises (11) 4747-7485 Fisico-químicas e<br />

Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />

R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

Centro Analítico de Reblas Análises 131. e Estudos MAPA - Microbiológicas analitica@analiticalab.com.br<br />

Ltda.<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Licença Certificado SP-000545-2 de Acreditação CRL 1117.<br />

R. www.analiticalab.com.br<br />

Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />

EQFAR048<br />

Fones +55 (11) 4747-7485<br />

Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />

Centro Analítico de Análises e Estudos MAPA - analitica@analiticalab.com.br


em foco<br />

Pipetas Sapphire<br />

Greiner Bio-One inova com pipetas para os mais exigentes requisitos de ergonomia e precisão<br />

A Greiner Bio-One, conhecida<br />

pelas mais renomadas indústrias<br />

de diagnóstico, farmacêutica e<br />

centros de pesquisa pelo seu<br />

know-how tecnológico, apresenta<br />

as Pipetas Sapphire, uma<br />

combinação excepcional de ergonomia<br />

e desempenho no melhor<br />

e mais moderno instrumento<br />

para pipetagem de líquidos.<br />

Ergonomia e Praticidade<br />

As Pipetas Sapphire combinam<br />

tecnologia de ponta com design<br />

ultraleve, garantindo ergonomia<br />

e estabilidade ideais para uso<br />

no dia-a-dia. Seu exclusivo formato<br />

anatômico, com encaixe<br />

de dedo alongado, proporciona<br />

firmeza em seu manuseio, além<br />

das diferentes posições do botão<br />

ejetor que propiciam uma pipetagem<br />

confortável para usuários<br />

ambidestros. O portfólio oferece<br />

as melhores soluções às demandas<br />

laboratoriais ao disponibilizar<br />

modelos monocanal ou multicanal<br />

(8 canais e 12 canais).<br />

Uma característica adicional das<br />

pipetas multicanal é a possibilidade<br />

de rotação do corpo em<br />

360 graus, proporciona liberdade<br />

para ajustar a posição mais<br />

ergonômica durante a rotina de<br />

trabalho.<br />

O botão com código de cores<br />

utiliza-se da inovadora tecnologia<br />

soft-spring, que permite<br />

minimizar o esforço durante a<br />

pipetagem. Isso torna o trabalho<br />

mais leve, mesmo após longa<br />

rotina no laboratório. A pipeta,<br />

com ejetor de aço inoxidável é<br />

totalmente autoclavável. Preci-<br />

sas e confiáveis O volume é fácil<br />

de identificar, graças ao amplo<br />

display na lateral. O botão rotativo<br />

livre permite a configuração<br />

rápida do volume requerido e impede<br />

qualquer mudança de volume<br />

não intencional. As Pipetas<br />

Sapphire combinadas às ponteiras<br />

produzidas e comercializadas<br />

pela Greiner Bio-One One<br />

há mais de 30 anos, apresentam<br />

desempenho superior e atendem<br />

aos padrões da ISO 8655,<br />

além de vários requisitos da GLP<br />

(Boas Práticas de Laboratório).<br />

Assessoria de Imprensa<br />

Greiner Bio-One Brasil<br />

info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com<br />

Conheça o sistema de pesquisa REIMS (Rapid Evaporative Ionization<br />

Mass Spectrometry) com dispositivo de amostragem iKnife<br />

Pipetas Sapphire<br />

Alta performance para pipetagem de líquidos<br />

44<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

O inovador dispositivo portátil<br />

de amostragem iKnife produz vapor<br />

rico em informações diretamente<br />

da superfície da amostra,<br />

que quando analisado por um<br />

sistema do tipo tempo de vôo<br />

(Tof) MS, fornece aos analistas<br />

um perfil molecular preciso em<br />

segundos.<br />

• Nenhuma preparo de amostra<br />

ou cromatografia são necessários<br />

• Determinar rapidamente diferenças<br />

dentro e entre amostras<br />

• Identificar marcadores moleculares<br />

responsáveis por diferenças<br />

amostrais<br />

• Disponível para as plataformas<br />

de sistemas Tof-MS da Waters,<br />

Synapt HDMS e Xevo Q-Tof<br />

Mais informações acesse: www.<br />

waters.com/REIMS<br />

BrMass - Visite nosso stand no BrMass<br />

e conheça nossos sistemas LC e<br />

MS além de itens para preparo de<br />

amostras e colunas cromatográficas!<br />

• Design ergonômico, confortável e ultraleve<br />

• Mínimo esforço na pipetagem<br />

• Precisão e desempenho excepcional<br />

• Totalmente autoclavável<br />

• Robustez e durabilidade superior<br />

• Indicadas para uso com as ponteiras Greiner<br />

Bio-One e compatíveis com as demais ponteiras<br />

disponíveis no mercado<br />

• Escolha o modelo que melhor atende seu fluxo<br />

de trabalho: monocanal ou multicanal, com<br />

intervalos de volume de 0.5 μl até 300 μl<br />

Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | 13473-620 Americana/SP<br />

Telefone: (19) 3468-9600 | Fax: (19) 3468-9600 | E-mail: info@br.gbo.com<br />

www.gbo.com/bioscience


em foco<br />

em foco<br />

Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />

e garanta a qualidade de seus produtos.<br />

Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />

e garanta a qualidade de seus produtos.<br />

em foco<br />

PRESS RELEASE 07/2018<br />

Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />

Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />

46<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />

e garanta a qualidade de seus produtos.<br />

A qualidade na fabricação de um Autorização de Funcionamento (AFE)<br />

produto A qualidade inicia-se na fabricação na de um aquisição produto inicia-se insumos e produtos farmacêuticos, devem ser<br />

de e Autorização Especial (AE), para<br />

na aquisição de seus insumos até sua validação. A licenciadas pela ANVISA e possuir Autorização de<br />

seus<br />

importância<br />

insumos<br />

em adquirir<br />

até sua<br />

padrões<br />

validação.<br />

de referência<br />

A Funcionamento suas atividades (AFE) e em Autorização território Especial nacional. (AE),<br />

importância através de um fornecedor em adquirir qualificado padrões como a de LAS para Além suas destas atividades são em território necessárias nacional. licenças<br />

específicas de acordo com cada<br />

Além<br />

referência<br />

do Brasil garante<br />

através<br />

a<br />

de<br />

sua<br />

um<br />

empresa<br />

fornecedor<br />

produtos destas são necessárias licenças específicas de<br />

confiáveis.<br />

acordo com cada produto, tais como Licença da<br />

qualificado como a LAS do Brasil garante<br />

ENTENDA a sua O PORQUÊ? empresa produtos con-<br />

Federal e Exército.<br />

Polícia produto, Federal tais e Exército. como Licença da Polícia<br />

A qualidade na fabricação de um produto inicia-se UM insumos FORNECEDOR e produtos QUALIFICADO farmacêuticos, DEVE devem ser<br />

fiáveis. Redução no índice de reanálises e devoluções;<br />

na aquisição de seus insumos até sua validação. A POSSUIR: licenciadas Um pela fornecedor ANVISA e possuir qualificado<br />

Autorização de<br />

importância Entenda Diminuição em o de Porquê? adquirir reprovações; padrões de referência Funcionamento deve Carta de possuir: distribuição (AFE) e USP Autorização anual; Especial (AE),<br />

através • Segurança de Redução um fornecedor na qualificação no índice qualificado de de seu reanálises<br />

incidências e devoluções;<br />

não-conformidades.<br />

anual;<br />

produto; como a LAS para • suas Carta atividades de em distribuição território nacional. USP Além<br />

do Brasil garante a sua empresa produtos destas<br />

Autorização<br />

são necessárias<br />

de Funcionamento<br />

licenças<br />

(AFE)<br />

específicas<br />

e<br />

de<br />

Evita<br />

confiáveis.<br />

acordo<br />

autorização<br />

com cada<br />

Especial<br />

produto,<br />

(AE);<br />

tais como Licença da<br />

• Diminuição de reprovações; • Autorização de Funcionamento<br />

e Licença (AFE) da Polícia e autorização Federal;<br />

A ANVISA através da RDC 17 de 16/04/2010 Polícia Portaria Federal 344/1998; e Exército. Certificado de registro do<br />

ENTENDA<br />

estabelece • Segurança O<br />

os<br />

PORQUÊ?<br />

critérios na aplicáveis qualificação à Indústria de Exército<br />

UM FORNECEDOR QUALIFICADO DEVE<br />

Farmacêutica Redução seu no produto; exigindo índice de a reanálises qualificação e devoluções;<br />

seu<br />

POSSUIR:<br />

Nota Fiscal Especial emitida (AE); com os NCM´s específicos<br />

fornecedor<br />

• Diminuição Evita<br />

de Padrões<br />

de incidências reprovações;<br />

de Referência.<br />

de nãodas<br />

• substâncias*; Portaria 344/1998; Certificado<br />

de DEA registro para exportação do Exército de produtos e<br />

Carta de distribuição USP anual;<br />

De acordo<br />

Segurança -conformidades.<br />

com a RDC 16 de 01/04/2014, empresas<br />

fabricantes, importadoras e distribuidoras de controlados. Autorização de Funcionamento (AFE) e<br />

na qualificação de seu produto;<br />

Autorização<br />

A Evita ANVISA incidências através de não-conformidades.<br />

RDC 17 de autorização Licença Especial da (AE); Polícia Federal;<br />

16/04/2010 estabelece os critérios • Nota Fiscal emitida com<br />

A ANVISA através da RDC 17 de 16/04/2010<br />

Portaria 344/1998; Certificado de registro do<br />

aplicáveis à Indústria Farmacêutica os NCM´s específicos das<br />

estabelece os critérios aplicáveis à Indústria<br />

Exército e Licença da Polícia Federal;<br />

exigindo Farmacêutica a qualificação exigindo a qualificação de seu forne-<br />

de seu Nota Fiscal substâncias*; emitida com os NCM´s específicos<br />

fornecedor de de Padrões de Referência.<br />

das • substâncias*; Autorização DEA para<br />

De De acordo acordo com a RDC com 16 de a 01/04/2014, RDC 16 empresas<br />

fabricantes, importadoras e distribuidoras de controlados.<br />

de Autorização exportação DEA para de exportação produtos de produtos<br />

01/04/2014, Empoderando empresas fabricantes, um amanhã saudável controlados.<br />

importadoras A USP e se distribuidoras dedica a promover de insumos<br />

e produtos farmacêuticos, devem<br />

a saúde global. Por Suas que normas, escolher padrões de a referência Las Do e<br />

outras iniciativas buscam proporcionar boas Brasil práticas como farmacêuticas seu fornecedor?<br />

e proteger o público<br />

de produtos inseguros ou abaixo do padrão. • Único distribuidor USP autori-<br />

ser licenciadas pela ANVISA e possuir<br />

É com muito orgulho que a LAS completa uma rede mundial de distribuição da USP,<br />

preservando a segurança, uniformidade e a continuidade do fornecimento dos Padrões.<br />

Empoderando um amanhã saudável<br />

A USP se dedica a promover a saúde global. Suas normas, padrões de referência e<br />

outras iniciativas buscam proporcionar boas práticas farmacêuticas e proteger o público<br />

de produtos inseguros ou abaixo do padrão.<br />

É com muito orgulho que a LAS completa uma rede mundial de distribuição da USP,<br />

preservando a segurança, uniformidade e a continuidade do fornecimento dos Padrões.<br />

zado no Brasil;<br />

• Certificado de Autenticidade e<br />

Rastreabilidade dos padrões;<br />

• Autorização do DEA para<br />

exportação de produtos<br />

controlados;<br />

• Serviço Especializado de<br />

Atendimento ao consumidor<br />

e Sistema de Garantia da<br />

Único distribuidor USP autorizado no Brasil;<br />

Qualidade;<br />

Certificado de Autenticidade e Rastreabilidade<br />

• Estoque de mais de 5 mil<br />

dos padrões;<br />

itens USP.<br />

Autorização do DEA para exportação de<br />

produtos<br />

Para a<br />

controlados;<br />

indústria, a qualificação do<br />

fornecedor<br />

Serviço Especializado<br />

é a redução<br />

de Atendimento<br />

do risco<br />

ao<br />

para<br />

cono<br />

sumidor negócio.É e Sistema fundamental de Garantia ter da a Qualidade; preocupação<br />

Estoque de de contar mais de com 5 mil fontes itens USP. confiáveis<br />

para operar no fornecimento de insumos<br />

analíticos para o seu<br />

LAS<br />

laboratório.<br />

do Brasil<br />

+55 62 3085 1900<br />

*O CAPÍTULO www.lasdobrasil.com.br<br />

38220090 deve ser<br />

usado para Padrões de Referência<br />

apenas quando não encontrado seu<br />

NCM nos capítulos 28 e 29 da TEC.<br />

POR QUE ESCOLHER A LAS DO BRASIL COMO<br />

SEU FORNECEDOR?<br />

Único distribuidor USP autorizado no Brasil;<br />

Certificado de Autenticidade e Rastreabilidade<br />

dos padrões;<br />

Autorização do DEA para exportação de<br />

produtos controlados;<br />

POR QUE ESCOLHER A LAS DO BRASIL COMO<br />

SEU Serviço FORNECEDOR? Especializado de Atendimento ao consumidor<br />

e Sistema de Garantia da Qualidade;<br />

Estoque de mais de 5 mil itens USP.<br />

Para a indústria, a qualificação do fornecedor é a<br />

redução do risco para o negócio.É fundamental ter<br />

a preocupação de contar com fontes confiáveis<br />

para operar no fornecimento de insumos<br />

analíticos para o seu laboratório.<br />

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de Referência apenas quando não encontrado seu NCM<br />

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redução do risco para o negócio.É fundamental ter<br />

a preocupação de contar com fontes confiáveis<br />

para operar no fornecimento de insumos<br />

analíticos para o seu laboratório.<br />

*O CAPÍTULO 38220090 deve ser usado para Padrões<br />

de Referência apenas quando não encontrado seu NCM<br />

nos capítulos 28 e 29 da TEC.<br />

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+55 62 3085 1900<br />

www.lasdobrasil.com.br<br />

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VACUU·SELECT® - o novo controlador<br />

interativo da VACUUBRAND<br />

oferece um novo conceito de operação<br />

para todos os processos típicos<br />

de vácuo em laboratórios de química<br />

para resultados rápidos e garantidos,<br />

com economia de tempo. A interface<br />

gráfica com display moderno<br />

touchscreen permite a entrada de<br />

dados simples e intuitiva. Em combinação<br />

com fontes de vácuo novas<br />

vez.<br />

e existentes, o VACUU·SELECT é o<br />

parceiro perfeito para todas as suas<br />

aplicações de laboratório.<br />

Outra aplicação, outro<br />

ajuste de vácuo<br />

Dependendo do processo, as<br />

configurações de cada aplicação de<br />

vácuo podem ser muito diferentes.<br />

O VACUU·SELECT oferece procedimentos<br />

pré-definidos para todas<br />

integrados.<br />

as aplicações comuns de vácuo,<br />

que podem ser iniciadas ou ajustadas<br />

facilmente através da interface<br />

intuitiva com a tela touchscreen. O<br />

editor de aplicativos permite arrastar<br />

e soltar programas facilmente para<br />

VACUU·SELECT ® - o novo controlador interativo da<br />

VACUUBRAND oferece um novo conceito de operação para todos os<br />

processos típicos de vácuo em laboratórios de química para<br />

resultados rápidos e garantidos, com economia de tempo. A interface<br />

gráfica com display moderno touchscreen permite a entrada de dados<br />

simples e intuitiva. Em combinação com fontes de vácuo novas e<br />

personalização e ainda inclui uma<br />

ferramenta útil, permitindo que você<br />

salve seus processos favoritos para<br />

que você não precise começar do<br />

início toda vez.<br />

Robusto, mas sensível<br />

A operação com produtos químicos<br />

agressivos é o trabalho diário<br />

das bombas de vácuo com resistência<br />

química. O VACUU·SELECT<br />

possui materiais resistentes a produtos<br />

químicos, ainda assim, a tela<br />

touchscreen de vidro é sensível o<br />

suficiente para ser operada no laboratório<br />

com luvas de segurança.<br />

existentes, o VACUU·SELECT é o parceiro perfeito para todas as<br />

suas aplicações de laboratório.<br />

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Dependendo do processo, as configurações de cada aplicação de<br />

vácuo podem ser muito diferentes. O VACUU·SELECT oferece<br />

procedimentos pré-definidos para todas as aplicações comuns de<br />

vácuo, que podem ser iniciadas ou ajustadas facilmente através da<br />

interface intuitiva com a tela touchscreen. O editor de aplicativos<br />

permite arrastar e soltar programas facilmente para personalização e<br />

ainda inclui uma ferramenta útil, permitindo que você salve seus<br />

processos favoritos para que você não precise começar do início toda<br />

Robusto, mas sensível<br />

A operação com produtos químicos agressivos é o trabalho diário das<br />

bombas de vácuo com resistência química. O VACUU·SELECT possui<br />

materiais resistentes a produtos químicos, ainda assim, a tela<br />

touchscreen de vidro é sensível o suficiente para ser operada no<br />

laboratório com luvas de segurança.<br />

Uma solução que<br />

sempre funciona<br />

O VACUU·SELECT está disponível<br />

em várias configurações projetadas<br />

para atender a todas as situações<br />

de laboratório:<br />

- O controlador autônomo completo<br />

tem todas as conexões necessárias<br />

para trabalhar imediatamente<br />

com suas fontes de vácuo existentes<br />

- A versão fornecida com uma<br />

unidade de bombeamento é uma<br />

Uma solução que sempre funciona<br />

solução completa que inclui uma<br />

das nossas bombas de diafragma<br />

VACUUBRAND com resistência química<br />

em conjunto com um controlador<br />

e sensor integrados.<br />

- A combinação mais eficaz,<br />

no entanto, é o novo controle<br />

VACUU·SELECT em conjunto com<br />

nossa bomba VARIO de velocidade<br />

controlada, oferecendo evaporações<br />

totalmente automáticas, com o toque<br />

de um botão, e os menores tempos<br />

de processo sem formação de espuma.<br />

Também não há necessidade de<br />

qualquer ajuste manual ou supervisão<br />

constante. Além disso, a bomba<br />

com velocidade controlada significa<br />

menor emissão sonora, menor con-<br />

O VACUU·SELECT está disponível em várias configurações<br />

projetadas para atender a todas as situações de laboratório:<br />

- O controlador autônomo completo tem todas as conexões necessárias para trabalhar imediatamente com<br />

suas fontes de vácuo existentes<br />

- A versão fornecida com uma unidade de bombeamento é uma solução completa que inclui uma das nossas<br />

bombas de diafragma VACUUBRAND com resistência química em conjunto com um controlador e sensor<br />

sumo de energia e intervalos de manutenção<br />

mais longos.<br />

O VACUU·SELECT não trabalha<br />

exclusivamente com bombas de<br />

diafragma, mas com todas as fontes<br />

de vácuo. Para aplicações como<br />

liofilização ou linhas Schlenk, que<br />

precisam de um vácuo superior a 1<br />

mbar, existem soluções de pacotes<br />

disponíveis para controle de vácuo<br />

fino. Quer seja portátil ou instalado<br />

no mobiliário de laboratório, o versátil<br />

VACUU·SELECT oferece todas as<br />

possibilidades para um espaço de<br />

trabalho prático e ergonômico.<br />

O novo controlador VACUU·SELECT<br />

da VACUUBRAND também está preparado<br />

e pronto para o futuro para<br />

a integração em redes modernas<br />

de laboratório e sistemas de geren-<br />

- A combinação mais eficaz, no entanto, é o novo controle VACUU·SELECT em conjunto com nossa bomba<br />

VARIO de velocidade controlada, oferecendo evaporações totalmente automáticas, com o toque de um<br />

botão, e os menores tempos de processo sem formação de espuma. Também não há necessidade de<br />

qualquer ajuste manual ou supervisão constante. Além disso, a bomba com velocidade controlada significa<br />

menor emissão sonora, menor consumo de energia e intervalos de manutenção mais longos.<br />

O VACUU·SELECT não trabalha exclusivamente com bombas de<br />

diafragma, mas com todas as fontes de vácuo. Para aplicações<br />

como liofilização ou linhas Schlenk, que precisam de um vácuo<br />

superior a 1 mbar, existem soluções de pacotes disponíveis para<br />

controle de vácuo fino. Quer seja portátil ou instalado no mobiliário<br />

de laboratório, o versátil VACUU·SELECT oferece todas as<br />

possibilidades para um espaço de trabalho prático e ergonômico.<br />

O novo controlador VACUU·SELECT da VACUUBRAND também<br />

está preparado e pronto para o futuro para a integração em redes<br />

modernas de laboratório e sistemas de gerenciamento de dados.<br />

Bem-vindo ao futuro do controle de vácuo.<br />

VACUUBRAND GMBH + CO KG T +49 9342 808-5550<br />

Vakuumtechnik im System F +49 9342 808-5555<br />

Alfred-Zippe-Straße 4<br />

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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

47


em foco<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas<br />

em Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

48<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

GC-MS é uma técnica amplamente<br />

empregada em vários laboratórios<br />

de análise de resíduos de pesticidas,<br />

oferecendo boa eficiência<br />

de separação e a possibilidade de<br />

escolha de detectores quadrupolo<br />

ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />

quadrupolo são seletivos, sensíveis<br />

e custo-efetivos, operando em resolução<br />

de nominal de massa. Utilizando<br />

esta tecnologia, a seletividade<br />

necessária para separar os pesticidas<br />

alvos do background da matriz<br />

é obtida pelo uso de varreduras de<br />

íon selecionado (SIM) ou varreduras<br />

de monitoramento selecionado de<br />

reações (SRM). Tanto SIM quanto<br />

SRM são utilizados em experimentos<br />

de compostos-alvos nos quais<br />

o espectrômetro de massa é pré-<br />

-programado utilizando uma lista de<br />

performance quantitativa.<br />

pesticidas selecionados antes das<br />

injeções. Contudo, a busca de compostos<br />

alvos pré-definidos limita o<br />

escopo da análise e pode resultar<br />

em falsos-negativos (não detecção)<br />

tanto de compostos não conhecidos<br />

quanto de compostos fora da lista<br />

inicial de alvos, o que pode ser preocupante<br />

numa análise de segurança<br />

alimentar. Essa limitação tem levado<br />

aumento do interesse em desenvolver<br />

métodos de análise utilizando<br />

sistemas de MS que operem em<br />

Full Scan MS com uma resolução<br />

de massa superior ao de sistemas<br />

triplo-quadrupolo, propiciando níveis<br />

equivalentes de seletividade e performance<br />

quantitativa.<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap<br />

possui um escopo quase ilimitado<br />

de análise através de varreduras Full<br />

Scan com alta resolução, atingindo<br />

seletividade e capacidade de quantificação<br />

equivalentes aos sistemas<br />

triplo-quadrupolo, e em conformidade<br />

com as orientações de órgãos<br />

internacionais como SANCO e FDA.<br />

Para a maioria dos pesticidas,<br />

o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10<br />

ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS<br />

Orbitrap são equivalentes àqueles<br />

obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo<br />

(90% com IDL < 2 ng/g)<br />

O sistema GC-MS Orbitrap propicia<br />

alta performance quantitativa<br />

em Full Scan para uma análise mais<br />

ampla de resíduos de pesticida,<br />

mesmo com separações de Fast-<br />

-GC. Sua alta velocidade de varredura,<br />

alta resolução e excelente<br />

exatidão de massa, aliada à elevada<br />

sensibilidade em Full Scan permite<br />

a quantificação acurada e reprodutível<br />

de pesticidas em concentrações<br />

muito baixas.<br />

Aquisição rotineira a 60.000 de resolução<br />

FWHM em m/z 200 elimina<br />

as interferências isobáricas, aumentando<br />

a confiabilidade dos resultados<br />

da triagem de pesticidas em matrizes<br />

complexas. A exatidão de massa da<br />

ordem de sub-ppm para todos os picos<br />

assegura a identificação correta<br />

dos compostos.<br />

https://assets.thermofisher.com/<br />

TFS-Assets/CMD/Application-No-<br />

tes/AN-10449-GC-MS-Orbitrap-<br />

-Pesticides-Baby-Food-AN10449-<br />

-EN.pdf<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />

Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />

Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />

GC-MS é uma técnica amplamente empregada em vários laboratórios de análise de resíduos de pesticidas, oferecendo boa<br />

eficiência de separação e a possibilidade de escolha de detectores quadrupolo ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />

quadrupolo são seletivos, sensíveis e custo-efetivos, operando em resolução de nominal de massa. Utilizando esta<br />

GC-MS é tecnologia, uma técnica amplamente a seletividade empregada necessária em para vários separar laboratórios os pesticidas de análise de alvos resíduos do background de pesticidas, da oferecendo matriz é boa obtida pelo uso de<br />

eficiência varreduras de separação de íon e a selecionado possibilidade (SIM) de escolha ou varreduras de detectores monitoramento quadrupolo ou selecionado triplo-quadrupolo. de reações Analisadores (SRM). Tanto SIM quanto<br />

quadrupolo SRM são são seletivos, utilizados sensíveis em experimentos e custo-efetivos, de compostos-alvos operando em nos resolução quais o de espectrômetro nominal de massa. de massa Utilizando é pré-programado esta utilizando<br />

tecnologia, uma a seletividade lista de pesticidas necessária selecionados para separar antes os das pesticidas injeções. alvos Contudo, background a busca de da compostos matriz é obtida alvos pré-definidos pelo uso limita o escopo<br />

varreduras da de análise íon selecionado e pode resultar (SIM) ou em varreduras falsos-negativos de monitoramento (não detecção) selecionado tanto de de compostos reações (SRM). não conhecidos Tanto SIM quanto de compostos<br />

SRM são utilizados fora da lista em inicial experimentos de alvos, de o compostos-alvos que pode ser preocupante nos quais o espectrômetro numa análise de de massa segurança é pré-programado alimentar. Essa utilizando limitação tem levado<br />

uma lista aumento de pesticidas do selecionados interesse em antes desenvolver das injeções. métodos Contudo, de a análise busca de utilizando compostos sistemas alvos pré-definidos MS que limita operem o escopo em Full Scan MS com<br />

da análise uma e pode resolução resultar de em massa falsos-negativos superior (não ao de detecção) sistemas tanto triplo-quadrupolo, de compostos não propiciando conhecidos níveis quanto equivalentes de compostos de seletividade e<br />

fora da lista inicial de alvos, o que pode ser preocupante numa análise de segurança alimentar. Essa limitação tem levado<br />

aumento do interesse em desenvolver métodos de análise utilizando sistemas de MS que operem em Full Scan MS com<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />

uma resolução de massa superior ao de sistemas triplo-quadrupolo, propiciando níveis equivalentes de seletividade e<br />

resolução, atingindo seletividade e capacidade de quantificação equivalentes aos sistemas triplo-quadrupolo, e em<br />

performance quantitativa.<br />

conformidade com as orientações de órgãos internacionais como SANCO e FDA.<br />

O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />

resolução, Para atingindo a maioria seletividade dos pesticidas, e capacidade o MRL de atual quantificação é < 0,01 equivalentes mg/Kg (10 aos ng/g). sistemas Os IDLs triplo-quadrupolo, obtidos com o e GC-MS em Orbitrap são<br />

conformidade equivalentes com as orientações àqueles obtidos de órgãos com internacionais os sistemas triplo-quadrupolo como SANCO e FDA. (90% com IDL < 2 ng/g)<br />

Para a maioria dos pesticidas, o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10 ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS Orbitrap são<br />

equivalentes àqueles obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo (90% com IDL < 2 ng/g)<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas<br />

a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-<br />

-MS Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo<br />

TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />

Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />

Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />

Figura 2. Desvios<br />

Figura<br />

da<br />

2. Desvios<br />

massa exata<br />

da massa<br />

(média<br />

exata<br />

de 10<br />

(média<br />

medições)<br />

de 10<br />

para<br />

medições)<br />

os pesticidas<br />

para<br />

identificados<br />

os pesticidas<br />

em<br />

identificados<br />

5 (ou 10) ng/g<br />

em<br />

em<br />

5<br />

alimentos<br />

(ou 10) ng/g<br />

de bebê.<br />

em alimentos de bebê.<br />

Figura 2. Desvios da massa exata (média de<br />

10 medições) para os pesticidas identificados<br />

em 5 (ou 10) ng/g em alimentos de bebê.<br />

Figura 3. Terbutilazina a 0,5 pg (on column) mostrando o XIC sobreposto para o íon de quantificação<br />

e três fragmentos adicionais de confirmação (esquerda). A medida de massa para cada<br />

Nova Analítica Imp. Exp. Ltda<br />

Rua Assungui, 432<br />

Figura íon 3. e Terbutilazina o erro de massa a 0,5 (em pg ppm) (on estão column) anotados. mostrando O espectro o XIC sobreposto de massa (direita) para o indicando íon de quantificação os íons e três fragmentos adicionais de<br />

confirmação (esquerda). A medida de massa para cada íon e o erro de massa (em ppm) estão anotados. Bosque O espectro da Saúde - massa São Paulo-SP<br />

usados para quantificação e confirmação. A área ampliada mostra o fragmento menos intenso<br />

(direita)<br />

indicando (m/z 138.07737) os íons usados medido para com quantificação uma exatidão e confirmação. de massa de A 0,3 área ppm. ampliada mostra o fragmento menos intenso (m/z Fone: 138.07737) (11) 2162-8080 medido<br />

com uma exatidão de massa de 0,3 ppm.<br />

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O sistema GC-MS Orbitrap propicia alta performance quantitativa em Full Scan para uma análise mais ampla de resíduos de<br />

pesticida, mesmo com separações de Fast-GC. Sua alta velocidade de varredura, alta resolução e excelente exatidão de<br />

massa, aliada à elevada sensibilidade em Full Scan permite a quantificação acurada e reprodutível de pesticidas em<br />

concentrações muito baixas.<br />

Homogeneizador por esferas Bead Ruptor 24 Elite<br />

Aquisição rotineira a 60.000 de resolução FWHM em m/z 200 elimina as interferências isobáricas, aumentando a<br />

confiabilidade dos resultados da triagem de pesticidas em matrizes complexas. A exatidão de massa da ordem de sub-ppm<br />

para todos os picos assegura a identificação correta dos compostos.<br />

https://assets.thermofisher.com/TFS-Assets/CMD/Application-Notes/AN-10449-GC-MS-Orbitrap-Pesticides-Baby-Food-<br />

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de homogeneização de amostras.<br />

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2. Tenha versatilidade para utilizar<br />

amostras de volumes<br />

variados (0,5 mL até 45 mL);<br />

3. Amplitude de velocidade para<br />

processamento de amostras<br />

mais frágeis como células até<br />

as mais robustas como sementes,<br />

ossos e cabelo;<br />

4. Para altas demandas, existe a<br />

opção de um modelo especial.<br />

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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

49


em foco<br />

Culturas de Células<br />

Culturas de células<br />

50<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

A A Cultura de de Células Células é uma é técnica uma de técnica laboratório, de amplamente laboratório, utilizada, amplamente onde as células utilizada, se desenvolvem onde sob as<br />

células condições controladas, se desenvolvem tipicamente fora sob do seu condições ambiente natural. controladas, tipicamente fora do seu<br />

ambiente A Cultura de natural. Células é parte importante<br />

na Biologia Celular e Moletajosa<br />

para resultados consistentes. de contaminantes provenientes de<br />

mostra como uma ferramenta van-<br />

garantir que as células estão livres<br />

cular, A Cultura bem como de dentro Células da indústria é parte importante na Biologia Celular bactérias, e Molecular, de leveduras bem e de como virús.<br />

farmacêutica, dentro da pois indústria é uma ferramenta<br />

efeitos muito útil de de drogas estudo dos e substâncias efeitos Culturas tóxicas contaminadas em células. e a morte Essa característica las por íons metálicos, garante endotoxinas, que a<br />

farmacêutica, O Impacto pois da é Água uma ferramenta A muito contaminação útil de da cultura estudo de célu-<br />

dos<br />

de<br />

cultura<br />

drogas e<br />

de<br />

substâncias<br />

células<br />

tóxicas<br />

também<br />

em<br />

desempenha<br />

celular, são os<br />

um<br />

maiores<br />

papel<br />

problemas<br />

vital no desenvolvimento<br />

bactérias ou fungos, podem<br />

de vacinas<br />

impactar<br />

direta ou indiretamente a cultura,<br />

células. Essa característica garante que podem impactar em experimentos<br />

downstream. Por ser utiliza-<br />

por exemplo, alterações no pH.<br />

virais e no sreening e desenvolvimento de novas drogas. Estudos sobre mutagênese e<br />

que a cultura de células também<br />

desempenha desenvolvimento um papel de vital tumores, no desenvolvimento<br />

de vacinas virais e da água desempenha um importan-<br />

Requisitos de<br />

da também em todo o são processo, possíveis a qualidade através dessa técnica.<br />

no Devido sreening aos e desenvolvimento requisitos críticos de te papel de nos acurácia, resultados confiabilidade dos experimentos<br />

pesquisa, com cultura a cultura celular. Não de só é células Tenha se certeza mostra que você como está uma utili-<br />

Qualidade e reprodutibilidade de Água de<br />

novas resultados drogas. Estudos nessas sobre linhas muta-dgênese ferramenta e desenvolvimento vantajosa de tumo-<br />

para resultados o principal componente consistentes. de tampões zando a água com o grau de pureza<br />

res, também são possíveis através e meios, mas também é utilizada na correto para sua aplicação. Aqui estão<br />

os requisitos de qualidade para<br />

dessa técnica.<br />

dissolução de suplementos, drogas,<br />

O Impacto da Água<br />

Devido aos requisitos críticos de entre outros.<br />

diversas aplicações de cultura celular.<br />

acurácia, confiabilidade e reprodutibilidade<br />

Culturas de resultados contaminadas nessas linhas e a morte nios (Tipo celular, I), deve ser são utilizada os maiores no problemas Para mais que informações podem<br />

A água ultrapura livre de pirogê-<br />

de impactar pesquisa, a em cultura experimentos de células se downstream. preparo de meios Por e tampões ser utilizada para em todo contate nossos o processo, especialistas: a<br />

qualidade da água desempenha um importante papel nos resultados watertech.marcom.latam@veolia.com<br />

dos experimentos<br />

com cultura celular. Não só é o principal componente de tampões e meios, mas<br />

também é utilizada na dissolução de suplementos, drogas, Bactérias entre outros.<br />

Cultura de<br />

Sensibilidade Resistividade<br />

(MΩ.cm)<br />

A água ultrapura Células - livre Média de pirogênios >1 (Tipo


Complemento Normativo<br />

Acreditação para Laboratórios<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong><br />

Arena Técnica<br />

ISO 11930NIT-DIOIS-019 (Revisão 14)<br />

Critérios Específicos para a Acreditação de Organismos de Inspeção.<br />

Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta norma aplica-se à Diois.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=OIA<br />

7<br />

o<br />

BrMASS<br />

& 4<br />

o<br />

BrProt<br />

DOQ-CGCRE-018 (Revisão 2)<br />

Orientação para calibração de instrumentos analógicos e digitais de medição na área de eletricidade.<br />

Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Este documento aplica-se à Dicla, aos laboratórios de calibração acreditados e postulantes<br />

à acreditação na área de eletricidade e aos avaliadores e especialistas que atuam nos processos de acreditação<br />

de laboratórios nesta área.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

NIT-DICLA-077<br />

Requisitos Específicos de Acreditação de Laboratórios Voltados ao Controle de Doping de Atletas (Programa Wada).<br />

Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma nova<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicla, aos laboratórios acreditados e postulantes à acreditação pela<br />

WADA, e aos avaliadores e especialistas da Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação), que atuam nas avaliações<br />

destes laboratórios.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

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52<br />

REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />

NIT-DICLA-029 (Revisão 8)<br />

Condução da Avaliação de Organismos da Avaliação de Conformidade.<br />

Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Alteração de revisão<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicla, aos avaliadores e especialistas como diretriz de condução da<br />

avaliação.<br />

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />

FOR-CGCRE-426<br />

Relação de Documentos a serem Entregues na Reavaliação de Produtores de Materiais de Referência de Acordo<br />

com a Norma ABNT NBR ISO 17034.<br />

Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Norma nova<br />

Entidade: Inmetro<br />

País de procedência/Região: Brasil. http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />

asp?tOrganismo=PMR<br />

DRA. LÍVIA EBERLIN<br />

University of Texas<br />

agricultura análises clínicas novas tecnologias forense toxicologia multiômicas<br />

combustíveis alternativos petroleômica metabolômica espectroscopia de íons<br />

meio ambiente produtos naturais proteômica instrumentação esportômica<br />

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Université Paris Sud<br />

DR. GIANCARLO MARCA<br />

Univeristà di Firenze<br />

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