Revista_Analytica Ed 97
Capa: A ciência se move rapidamente: atendimento ao cliente precisa manter o ritmo Artigos: - Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg - Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas com batom empregando método pour plate Análise de minerais A Importância da Validação de Métodos Analíticos Espectometria de massas A fonte de íons por impacto de elétrons na espectrometria de massas Microbiologia Dados sobre o Staphylococcus epidermidis E muito mais
Capa: A ciência se move rapidamente: atendimento ao cliente precisa manter o ritmo
Artigos:
- Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg
- Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas com batom empregando método pour plate
Análise de minerais
A Importância da Validação de Métodos Analíticos
Espectometria de massas
A fonte de íons por impacto de elétrons na espectrometria de massas
Microbiologia
Dados sobre o Staphylococcus epidermidis
E muito mais
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REVISTA<br />
Mídia oficial da Instrumentação e<br />
Controle de Qualidade Industrial<br />
Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />
ISSN 1677305-5<br />
R$25,00<br />
9 771677 305002 0 0 0 9 7<br />
A CIÊNCIA SE MOVE RAPIDAMENTE<br />
Atendimento ao cliente precisa manter o ritmo
REVISTA<br />
Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />
ÍNDICE<br />
Único Distribuidor<br />
USP Autorizado<br />
do Brasil<br />
Artigo 1 08<br />
04 <strong>Ed</strong>itorial<br />
05 Agenda<br />
Termogravimetria, calorimetria<br />
exploratória diferencial e estudo<br />
de degradação forçada do<br />
metronidazol insumo farmacêutico<br />
e comprimidos de 250 mg<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2,<br />
José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2,<br />
Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2,<br />
Janine Boniatti2<br />
Artigo 2 22<br />
Verificação da atividade microbiológica<br />
na regiao bucal recobertas com batom<br />
empregando método Pour Plate<br />
Autores:<br />
Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />
Alex Magalhães de Almeida2*,<br />
Ivani Pose Martins³.<br />
28<br />
Matéria de<br />
Capa<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
comercial@lasdobrasil.com.br<br />
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Análise de Minerais 38<br />
32 Microbiologia<br />
40 Em foco<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
3
REVISTA<br />
Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />
agenda<br />
Agenda 2018<br />
EDITORIAL<br />
2019 vai ser melhor<br />
É inevitável dizer que, 2018 não foi um ano tranquilo. Longe disso, economicamente e politicamente<br />
falando, vivemos essa temporada como que num turbilhão. Apesar de se revelar certo<br />
otimismo, as eleições botaram fim na calmaria.<br />
Agora, com a mudança de poderes, há de se esperar, independente das políticas e ideologias,<br />
certa estabilidade - e com isso, a expectativa de novos investimentos e abertura para mais<br />
negócios. E isso é uma boa notícia para os leitores da <strong>Analytica</strong>, em especial os profissionais da<br />
indústria de controle de qualidade industrial. Afinal, espera-se que haja uma inferência econômica,<br />
o que atinge diretamente esses profissionais.<br />
Com o aumento da produção, a industrial em geral, terá necessidade de novos profissionais,<br />
além de investir em equipamentos para cobrir o controle de qualidade interno. Os laboratórios,<br />
nesse quesito, devem também se favorecer muito com isso.<br />
Diante disso, o momento agora é de otimismo. 2018 pode ter sido um ano traumático e difícil<br />
de superar, por isso, nunca se fez tanto sentido a esperança de um próspero ano novo.<br />
Boa leitura e boas festas<br />
ENAIQ 2018 - 23º Encontro Anual da Industria Química<br />
Data: 07/12/2018<br />
Local: Hotel Unique - São Paulo / SP<br />
Informações: enaiq.org.br<br />
FCE Pharma<br />
Data: 21 a 23/05/2019<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: fcepharma.com.br<br />
V Congresso Brasileiro de Metrologia das Radiações Ionizantes<br />
Data: 26 a 28/11/2018<br />
Local: Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) - Rio de Janeiro / RJ<br />
Informações: cbmri.org.br<br />
BrMass 2018 | 7ª Conferência de Espectrometria de Massa<br />
Data: 08 a 12/12/2018<br />
Local: Hotel Windsor Barra - Rio de Janeiro / RJ<br />
Informações: congresso2018.brmass.com<br />
7º Simpósio Internacional de Mecânica dos Sólidos<br />
Data: 15 a 17/04/2019<br />
Local: Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP - São Carlos / SP<br />
Informações: eventos.abcm.org.br/mecsol2019/<br />
7th Latin American Pesticide Residue Workshop (LAPRW)<br />
Data: 05 a 09/05/2019<br />
Local: Foz do Iguaçu / PR<br />
Informações: contato@laprw2019.com.br | (55) 3220 9458<br />
4<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | MÉDICO | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da <strong>Ed</strong>itora.<br />
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Expediente<br />
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Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Paolo Enryco - MTB nº. 0082159/SP | redação@newslab.com.br<br />
Coordenação de Arte: HDesign - arte@hdesign.com.br<br />
Produção de conteúdo: Hdesign Comunicação - arte@hdesign.com.br<br />
Impressão: Vox Gráfica | Periodicidade: Bimestral<br />
Analitica Latin America<br />
Data: 24 a 26/09/2019<br />
Local: São Paulo Expo - São Paulo / SP<br />
Informações: analiticanet.com.br<br />
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Sociedade Brasileira de Metrologia - Cursos EAD<br />
23/11 a 06/12 - Validação de métodos de ensaios<br />
26/11 a 12/12 - Incerteza da medição<br />
03/12 a 07/12 - Indicadores de Desempenho da Qualidade<br />
03/12 a 17/12 - Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial NBR ISO/IEC 17025<br />
03/12 a 13/12 - Auditoria Interna<br />
03/12 a 13/12 - Controle de Instrumentos de medição<br />
03/12 a 19/12 - Gestão de riscos e oportunidades<br />
Mais informações em: metrologia.org.br 5<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18
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Ano 16 - <strong>Ed</strong>ição <strong>97</strong> - Out/Nov 18<br />
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
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com a redação.<br />
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Analitica Lab 21<br />
Arena Técnica 51<br />
BCQ 56<br />
BRMASS 53<br />
Greiner 45<br />
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Anunciante<br />
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Nova Analítica 33 | 41<br />
Prime Cargo 27<br />
Thermo Fisher 1<br />
Vacuubrand 19<br />
Veolia 54-55<br />
Waters 29<br />
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Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong><br />
publica editoriais, artigos originais, revisões,<br />
casos educacionais, resumos<br />
de teses etc. Os editores levarão em<br />
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qualquer contribuição que possua correlação<br />
com as análises industriais, instrumentação<br />
e o controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas<br />
e analisadas pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e<br />
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financeira relativo a companhias interessadas<br />
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ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito<br />
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Acompanhando o artigo deve vir o<br />
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todos os autores, atestando a originalidade<br />
do artigo, bem como a participação<br />
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e enviados por e-mail, ordenados<br />
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dos autores e nome da instituição<br />
onde o estudo foi realizado. Além disso,<br />
o nome do autor correspondente, com<br />
endereço completo fone/fax e e-mail<br />
também deverão constar. Seguidos<br />
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e Métodos, Parte Experimental,<br />
Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
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referência citadas no texto devem vir<br />
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dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
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Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado.<br />
Isso se deve ao fato que, tendo em vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico<br />
-, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além disso, por questões estratégicas, a revista é<br />
bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma média de três<br />
artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem<br />
seu material em outras publicações.<br />
6<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da<br />
Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de<br />
Cromatografia (CROMA) do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos Eberlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria<br />
de Massas e Sociedade Internacional de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S<br />
Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley<br />
Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação<br />
Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />
Alex Magalhães de Almeida, Ana Lúcia Cerqueira, Claudio Kiyoshi Hirai, Diogo do Nascimento, <strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo, Ivani Pose Martins, Janine<br />
Boniatti, José Luiz de Aguiar, José Mauro Granjeiro, Juliana Medeiros, Lucas Regis, Luciana e Sá Alves, Margareth Gallo, Nelson Nunes, Oscar Vega Bustillos,<br />
Rafael Seiceira eVerônica de Castro Ferreira Palhares<br />
ENVIE SEU TRABALHO<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
A/C: Paolo Enryco – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 412 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Para outras informações acesse: http://www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
7
artigo 1<br />
8<br />
Termogravimetria, calorimetria<br />
exploratória diferencial e estudo<br />
de degradação forçada do<br />
metronidazol insumo farmacêutico<br />
e comprimidos de 250 mg<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Resumo<br />
Metronidazol é um agente amebicida, bactericida e anti<br />
protozoários, além de ser empregado no tratamento da doença<br />
de Chron. Tanto a fotodegradação quanto a hidrólise alcalina<br />
do insumo farmacêutico ativo (IFA) metronidazol tem sido<br />
amplamente estudadas na literatura, no entanto existe uma<br />
lacuna em relação à obtenção de um estudo de degradação<br />
forçada levando-se em conta todas as reações preconizadas<br />
pela RDC 53/2015 da ANVISA. Logo, este trabalho obteve o<br />
perfil completo de degradação do metronidazol IFA e produto<br />
(PRO) conforme recomendado pela agência reguladora. Foi<br />
constatado que tanto o IFA quanto o PRO foram susceptíveis<br />
às reações com peróxido de hidrogênio e com íon cúprico,<br />
além das reações mencionadas acima. O método indicativo<br />
de estabilidade foi desenvolvido, mostrando ser capaz de detectar<br />
todos os produtos de degradação gerados durante o<br />
estudo de degradação forçada e de estabilidade do produto,<br />
sugerindo a extensão do seu prazo de validade. Somando-se<br />
a isto, análises de estéreo microscopia, termogravimetria e<br />
calorimetria exploratória diferencial mostraram modificações<br />
que corroboraram os resultados observados nos cromatogramas<br />
das respectivas amostras fotodegradadas, indicando<br />
mudança de cor e amorfização.<br />
Palavras-chave: Testes de estresse, Método Indicativo<br />
de Estabilidade, Produto de Degradação<br />
Imagem ilustrativa<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
1FIOCRUZ Ceará<br />
2Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos/<br />
FIOCRUZ-RJ<br />
3Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde -<br />
INCQS/FIOCRUZ-RJ<br />
*Correspondência. Tel: +55 085 32156488;<br />
margareth.gallo@gmail.com<br />
Abstract<br />
Metronidazole is an antiamoebic, antiprotozoal and<br />
antibacterial agent also used in the treatment of Chron Disease.<br />
Photodegradation and basic hydrolysis of Metronidazole drug<br />
substance (DS) and drug product (DP) are widely mentioned in<br />
the literature, but there is a gap in obtaining a forced degradation<br />
study according to ANVISA requirements. This work performed<br />
all the forced degradation reactions in line with RDC 53/2015<br />
and found DS and DP were susceptible to hydrogen peroxide<br />
and cupric metal ion in addition to the above-mentioned<br />
reactions. Thus, a complete degradation profile of Metronidazole<br />
DS and DP was obtained and the stability indicating method<br />
developed, which was able to detect the degradation products<br />
generated during the DP forced degradation and stability<br />
studies and suggested an extension of the DP shelf life period.<br />
Moreover, stereomicroscopic, thermogravimetric and differential<br />
scanning calorimetric analyses showed some modifications<br />
that corroborated the results observed in the photodegraded<br />
samples chromatograms, indicating color change and<br />
amorphization.<br />
Keywords: Stress tests, Stability Indicating Method,<br />
Degradation Product<br />
Introdução<br />
O metronidazol (1; Figura 1) é um<br />
derivado 5-nitroimidazólico preparado<br />
sinteticamente via rota Debus-<br />
-Radziszewski ou a partir de etilenodiamina<br />
e ácido acético, seguido<br />
de tratamento com cal e catalisação<br />
com níquel de Raney formando o<br />
2-metilimidazol (2; Figura 1). Este,<br />
posteriormente, sofre nitração originando<br />
o 2-methyl-4(5)-nitroimidazol<br />
(3 e 4; Figura 1), o qual é alquilado<br />
com óxido de etileno ou 2-cloroetanol<br />
originando o metronidazol (MTZ;<br />
KRAFT et al, 1989).<br />
O MTZ é um insumo farmacêutico<br />
ativo (IFA) contra bactérias como<br />
Clostridium difficile, Gardnerella vaginalis,<br />
contra protozoários anaeróbicos<br />
como o Trichomonas vaginalis,<br />
Entamoeba histolytica, e Giardia<br />
lamblia e usado no tratamento da<br />
Doença de Chron. A ativação biológica<br />
do MTZ depende da redução do<br />
grupo 5-nitro ligado ao anel imidazólico<br />
pela enzima nitro redutase. A<br />
forma reduzida interage com o DNA<br />
do microrganismo causando perda<br />
da estrutura helicoidal, quebra<br />
da fita dupla e eventual inibição da<br />
síntese de ácido nucleico e morte<br />
celular (NAVEED et al, 2014).<br />
A suscetibilidade do MTZ à luz<br />
tem sido principalmente estudada<br />
por meio de processos de oxidação<br />
avançada onde radicais livres são<br />
gerados por diferentes combinações<br />
de oxidantes como UV/H2O2,<br />
UV/O3, UV/H2O2/O3, variações da<br />
reação de Fenton e da exposição<br />
a raios ultravioleta em reatores solares,<br />
especialmente em solução<br />
aquosa, com o objetivo de descontaminação<br />
de águas residuais e do<br />
ambiente. Por exemplo, PÉREZ e<br />
colaboradores (2015) detectaram 5<br />
produtos de degradação (PDeg) heterocíclicos<br />
(4, 6, 10, 12, 13; Figura<br />
1) e 12 derivados hidroxilados, por<br />
cromatografia líquida acoplada a espectrometria<br />
de massas (CLAE/EM),<br />
ao submeterem o MTZ ao processo<br />
SPEF (Solar Photoelectro Fenton;<br />
Tabela 1). Já GODFREY & EDWAR-<br />
DS (1990) detectaram o composto<br />
11 decorrente de fotodegradação<br />
e posterior termodegradação em<br />
função do tempo de exposição à luz<br />
solar. O anel imidazólico do MTZ é<br />
propenso à auto oxidação quando<br />
submetido à reação de Fenton e<br />
pode ser atacado por espécies de<br />
oxigênio singleto via ciclo adição<br />
1,4 de Diels-Alder, formando um<br />
endoperóxido bicíclico como intermediário,<br />
o qual se decompõe numa<br />
imida que sofre posterior hidrólise<br />
e/ou isomerização originando a<br />
substância tóxica etanolamina como<br />
produto final (LI, 2012). A segunda<br />
reação de degradação mais estudada<br />
do MTZ é a hidrólise, com foco<br />
na cinética (WANG & YEH, 1993) e<br />
mecanismo, indicando que ocorre<br />
abertura do anel com formação do<br />
intermediário imidazolina e completa<br />
degradação em pH básico originando<br />
etilenodiamina (SALO et al,<br />
2003). As interações do MTZ com<br />
metais de transição também foram<br />
extensamente estudadas. Experimentos<br />
de ressonância magnética<br />
nuclear provaram que o MTZ forma<br />
complexos com o íon cúprico, através<br />
da doação de elétrons para o orbital<br />
híbrido mais externo do cobre,<br />
pelo alargamento produzido no pico<br />
referente ao hidrogênio olefínico adjacente<br />
ao N-3 quando cloreto cúprico<br />
foi misturado ao MTZ. A representação<br />
da interação formada foi<br />
dada pela fórmula [Cu-(MTZ)4]+2<br />
(CHIEN et al, 1<strong>97</strong>5). Além disto, o<br />
MTZ, quando aquecido em presença<br />
de sal cúprico, pode formar<br />
cristais verdes ou azuis de fórmulas<br />
diferentes dependendo se o sal é<br />
acetato ou cloreto (GÁLVAN-TEJADA<br />
et al, 2002) A Farmacopeia Europeia<br />
(2016) cita, ao todo, 7 impurezas do<br />
MTZ, a saber substância relacionada<br />
A (SRA), SRB, SRC, SRD, SRE,<br />
SRF e SRG (3, 5, 7, 8, 9, 12 e 14,<br />
respectivamente; Figura 1). A Farmacopeia<br />
Americana (USP 39) tem<br />
o limite especificado de apenas uma<br />
impureza, conhecida como SRA do<br />
tinidazol (4; Figura 1), que é uma<br />
impureza proveniente da síntese,<br />
conforme visto acima.<br />
Alguns estudos de degradação<br />
forçada do MTZ e compostos similares<br />
foram encontrados na literatura,<br />
assim como alguns métodos<br />
indicativos de estabilidade (MIE) ou<br />
somente métodos de análise de teor<br />
de impurezas, com os resultados<br />
mais expressivos relatados nas Tabelas<br />
1 e 2, porém nenhum deles<br />
foi realizado com todas as reações<br />
conforme preconizadas pela RDC<br />
53/2015 da ANVISA.<br />
Este trabalho visou desenvolver<br />
um MIE para o MTZ contemplando<br />
as reações químicas de hidrólise<br />
ácida e básica, fotodegradação, termodegradação<br />
a seco e úmida, oxidação<br />
com peróxido de hidrogênio<br />
e com sal cúprico e, somando-se a<br />
isto, analisar as amostras degradadas<br />
por termogravimetria (TG), estéreo<br />
microscopia (SM) e calorimetria<br />
exploratória diferencial (DSC) para<br />
verificar modificações físicas que<br />
pudessem comprometer a eficácia<br />
tanto do IFA quanto do produto.<br />
Figura 1. Estrutura química do metronidazol<br />
e suas impurezas de síntese e degradação<br />
2. R1=R3=R4= H, R2= CH3<br />
3. R1=R4= H, R2= CH3, R3= NO2<br />
2. R1=R3=R4= H, R2= CH<br />
4. R1=R3= H, R2= CH3, R4= 3<br />
NO2<br />
3. R1=R4= 5. R1=R2=R4= H, R2= H, CH R3= 3, R3= NO NO2 2<br />
4. 6. R1=R3= H, H, R2= CH3, R4= OH NO 2<br />
5. R1=R2=R4= 7. CH2-CH2-OH, H, R3= R2=R4= NO 2<br />
H, R3= NO2<br />
8. CH2-CH2-OH, R2=R3= H, R4=<br />
6. R1=R3= H, R2= CH 3,<br />
NO2<br />
R4= OH<br />
9. R1= CH2-CH2-OH, R2= CH3, R3= NO2, R4= H<br />
7. R1= 10. CH R1= 2-CH CH2-CH2-OH, 2-OH, R2=R4= CH3, H, R3= R3= H, R4= NOOH<br />
2<br />
8. R1= 11. CH R1= CH2-CH2-OH, 2-OH, R2=R3= CH3, H, R3= R4= OH, R4= NO 2 H<br />
9. R1= 12. CH R1= 2-CH CH2-COOH, 2-OH, R2= CH3, R3= 3, R3= H, R4= NONO2<br />
2, R4= H<br />
13. R1= CH2-COOH, R2= CH3, R3= H, R4= OH<br />
10. R1= CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= OH<br />
14. R1= (CH2)2-O-CH2-CH2-OH, R2= CH3, R3= H, R4= NO2<br />
11. R1= CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= OH, R4= H<br />
12. R1= CH 2-COOH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2 9<br />
Figura 1. 13. Estrutura R1= CH química 2-COOH, do metronidazol R2= CH 3, e R3= suas impurezas H, R4= OH de síntese e degradação<br />
14. R1= (CH 2) 2-O-CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2<br />
Tabela 1. Estudo do estado da arte sobre a degradação forçada do metronidazol (MTZ) e compostos<br />
estruturais similares como o secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />
BAKSHI &<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18
10<br />
artigo 1<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
Tabela Tabela 1. Estudo 1. Estudo estado estado da arte da sobre arte sobre a degradação a degradação forçada forçada do metronidazol do metronidazol (MTZ) e (MTZ) e compostos<br />
compostos estruturais similares estruturais como similares o secnidazol como (SDZ) o secnidazol e tinidazol (SDZ) (TNZ). e tinidazol (TNZ)<br />
Referência /<br />
Estudo de Degradação<br />
Oxidação (H2O2)<br />
Degradação<br />
Térmica (seca)<br />
Degradação Térmica<br />
(úmida)<br />
Fotólise<br />
Condição<br />
HABIB &<br />
ASKER, 1989<br />
KARIM et<br />
al, 1991<br />
TAUBER &<br />
CHIURCIU,<br />
2014<br />
H 2O 2 3%, 25 o C,<br />
90 min<br />
Degradação 2,51%<br />
Não fez Não fez<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
Condição<br />
Degradação<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
Condição<br />
Não identificou<br />
Não fez Não fez Não fez<br />
Em solução HCl<br />
0,01M, 60 o C, 1h<br />
BAKSHI &<br />
SINGH, 2004a e<br />
2004b<br />
(SDZ e TNZ)<br />
H 2O 2 3% por 6h e<br />
30% por 48h à<br />
temperatura<br />
ambiente<br />
Em H 2O 2 3%: 0<br />
Em H 2O 2 30%:<br />
SDZ: 75%<br />
TNZ: 80%<br />
SDZ: 1 pico no<br />
UV; 3 picos no<br />
EM.<br />
TNZ: 3 picos no<br />
UV e 1 no EM<br />
50ºC, 3 meses<br />
SDZ: 2%<br />
TNZ: 0%<br />
Não identificou<br />
VERMA et<br />
al, 2013<br />
H 2O 2 3%,<br />
48h<br />
0%<br />
6 picos no<br />
UV<br />
60ºC, 48h<br />
0%<br />
Não<br />
identificou<br />
NAVEED<br />
et al, 2014<br />
Não fez<br />
Não fez<br />
Em solução<br />
aquosa,<br />
50ºC, 30<br />
min<br />
Não fez Não fez<br />
Não fez Não fez<br />
Degradação 3,08% 0%<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
Condição<br />
Degradação<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
MTZ com/sem<br />
urato de sódio<br />
na câmara de<br />
fotoestabilidade<br />
, 10,5W/m 2<br />
para luz<br />
fluorescente,<br />
990 mW/cm 2<br />
para luz preta e<br />
6,4 W/m 2 para<br />
luz sol<br />
artificial. Sol<br />
MTZ 9,9 x 10 -5<br />
em tampão<br />
fosfato pH 7<br />
por 14h.<br />
Resultado<br />
dependente do<br />
tipo luz.<br />
Não identificou<br />
Luz solar por<br />
3 semanas<br />
Resultado<br />
dependente<br />
do pH,<br />
solvente e<br />
temperatura.<br />
Não depende<br />
da presença/<br />
ausência de<br />
O 2.<br />
3 manchas na<br />
CCD, sendo<br />
2<br />
fluorescentes<br />
(bandas em<br />
281 e 312<br />
nm). 4 picos<br />
na CG.<br />
Não identificou<br />
Luz UV em 253<br />
nm por 12h<br />
0,47%<br />
Não identificou<br />
Droga a 1mg/mL<br />
em HCl 0,1M,<br />
água ou tampão<br />
fosfato pH 10.<br />
7000 lx, 0,8 W/m 2<br />
a 40º C/75% UR,<br />
por 8 dias (SDZ) e<br />
12 dias (TNZ)<br />
SDZ: 87% em 4<br />
dias em meio<br />
ácido; 50% em<br />
neutro; 65% em<br />
meio alcalino<br />
TNZ: 95% em<br />
meio ácido<br />
SDZ: Nenhum<br />
pico detectado no<br />
UV e 2 picos no<br />
CL/EM.<br />
TNZ: 1 pico no<br />
UV e 3 no EM<br />
Não fez<br />
Não<br />
identificou<br />
Solução<br />
aquosa de<br />
MTZ<br />
submetida a<br />
Luz UV em<br />
320 nm por<br />
30min<br />
75%<br />
Não<br />
identificou<br />
CCD = Cromatografia de camada delgada; CG = Cromatografia gasosa; UV = Ultravioleta; EM = Espectrômetro de massas; CL/EM =<br />
Cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massas<br />
PÉREZ et<br />
al, 2015<br />
Não fez<br />
Não fez<br />
Não fez<br />
Solução de<br />
MTZ em<br />
Na 2SO 4<br />
0,05M pH<br />
3, 35ºC,<br />
300min,<br />
numa planta<br />
de fluxo<br />
solar<br />
(reação de<br />
Fenton<br />
fotoeletro<br />
solar) com<br />
irradiação<br />
solar UV<br />
(300-400<br />
nm) de<br />
32W/m 2 .<br />
100% após<br />
240 min<br />
17<br />
compostos<br />
por CL/EM<br />
Figura 1. Estrutura química do metronidazol e suas impurezas de síntese e degradação<br />
Tabela 1. Estudo do estado da arte sobre a degradação forçada do metronidazol (MTZ) e<br />
compostos<br />
Tabela<br />
estruturais<br />
1. Estudo do<br />
similares<br />
estado<br />
como<br />
da arte<br />
o secnidazol<br />
sobre a degradação<br />
(SDZ) e tinidazol<br />
forçada<br />
(TNZ).<br />
do metronidazol (MTZ) e compostos<br />
estruturais similares como o secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />
Referência /<br />
Estudo de Degradação<br />
Hidrólise Ácida<br />
Hidrólise Alcalina<br />
Condição<br />
HABIB &<br />
ASKER, 1989<br />
KARIM et<br />
al, 1991<br />
TAUBER &<br />
CHIURCIU,<br />
2014<br />
HCl 0,1M, 25 o C,<br />
90min<br />
Não fez Não fez<br />
Degradação 2,18%<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
Condição<br />
Não fez<br />
Não fez<br />
Não identificou<br />
NaOH 0,01M,<br />
25 o C, 90min<br />
Degradação 3,11%<br />
Produtos de<br />
Degradação<br />
Identificados<br />
13. R1= CH 2-COOH, R2= CH 3, R3= H, R4= OH<br />
14. R1= (CH 2) 2-O-CH 2-CH 2-OH, R2= CH 3, R3= H, R4= NO 2<br />
Não identificou<br />
BAKSHI &<br />
SINGH, 2004a e<br />
2004b<br />
(SDZ e TNZ)<br />
Droga a 1mg/mL<br />
HCl 0,1M, 80ºC,<br />
12h<br />
(Neutra: 80ºC, 5<br />
dias)<br />
SDZ: 8-10%<br />
(5-8%)<br />
TNZ: 20% (15%)<br />
Não detectou picos<br />
nem no UV nem<br />
CL/EM<br />
NaOH 0,1M, 80ºC<br />
por 8h (SDZ) ou<br />
10min (TNZ).<br />
Tampão fosfato<br />
pH 10 por 6h<br />
(TNZ)<br />
TNZ: 100% na<br />
base.<br />
O resto não<br />
informou<br />
SDZ: Liberação de<br />
amônia e ácido<br />
acético; 1 pico UV<br />
e 2 EM.<br />
TNZ: 3 picos no<br />
UV (tampão pH<br />
10), sendo um<br />
identificado como<br />
2-metil-5-<br />
nitroimidazol (4)<br />
VERMA et<br />
al, 2013<br />
HCl 0,5M,<br />
12h, 70ºC,<br />
ao abrigo<br />
da luz<br />
NAVEED<br />
et al, 2014<br />
Droga a 100<br />
ppm, HCl<br />
0,5M,<br />
30min<br />
0% 0%<br />
3 picos no<br />
UV<br />
NaOH<br />
0,5M, 12h,<br />
70ºC, ao<br />
abrigo da<br />
luz<br />
Nenhum<br />
pico<br />
NaOH<br />
0,5M,<br />
30min<br />
0% 0%<br />
5 picos no<br />
UV<br />
Não<br />
identificou<br />
PÉREZ et<br />
al, 2015<br />
Não fez<br />
Não fez<br />
Tabela 2. Estudo do estado da arte para métodos de análise de substâncias relacionadas de metronidazol<br />
Tabela 2. Estudo do estado da arte para métodos de análise de substâncias relacionadas de metronidazol<br />
(MTZ) ou compostos estruturalmente relacionados como secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />
(MTZ) ou compostos estruturalmente relacionados como secnidazol (SDZ) e tinidazol (TNZ)<br />
Referência/<br />
Condições<br />
Equipamento/<br />
Método<br />
Coluna<br />
Fase Móvel<br />
Duração<br />
análise<br />
Fluxo<br />
(mL/min)<br />
Temperatura do<br />
forno ( o C)<br />
Detector UV<br />
(nm)<br />
Volume de<br />
Injeção (µL)<br />
Solução de<br />
adequabilidade<br />
BAKSHI & SINGH,<br />
2004a e 2004b**<br />
(SDZ / TNZ)<br />
Bomba LC-10ATVP,<br />
SPD-10AVVP UV-<br />
VIS, auto injetor SIL-<br />
10ADVP, modulo<br />
degaseificador DGU-<br />
14A da Shimadzu<br />
Spherisorb<br />
ODS2 C18 250 ×<br />
4.6mm, 5 µm<br />
H 2O/MeOH 85:15;<br />
tentou mesma<br />
proporção com ACN<br />
sem resolução<br />
TAUBER &<br />
CHIURCIU, 2014 VERMA et al, 2013<br />
Farmacopeia<br />
Europeia 8ª <strong>Ed</strong>.<br />
(IFA MTZ)<br />
USP 40<br />
(IFA e PRO<br />
MTZ)<br />
Farmacopeia<br />
Brasil.<br />
(IFA MTZ)<br />
CLAE JASCO HPLC-900 CLAE CLAE CCD<br />
Betasil C18 250 ×<br />
4.6 mm, 5 µm<br />
Tampão KH 2PO 4<br />
40 mM pH 7,5 e<br />
MeOH<br />
Eluição gradiente<br />
Phenyl SB 250 x 4.6<br />
mm, 5 μm<br />
H 2O/ACN 90:10<br />
(10μL of 10% H 3PO 4)<br />
C18 250 x 4.6<br />
mm, 5 μm<br />
0,01 M KH 2PO 4 /<br />
MeOH 70:30<br />
Tempo da corrida:<br />
3 x Tr MTZ<br />
C8 150 x<br />
4.6 mm, 5<br />
μm<br />
H 2O/MeOH<br />
80:20 por 30<br />
min<br />
Placa GF 254<br />
silica gel 0,25<br />
mm<br />
Clorofórmio /<br />
Dietilamina<br />
90:10<br />
1 1 1 1 1 NA<br />
Não informou 30 25 ambiente 30 ambiente<br />
310 (SDZ) 254 310 315 319 254<br />
10 10 20 10 30 5<br />
Não informou<br />
Não informou<br />
1 mg/mL e SR<br />
2-methyl-4-<br />
nitoimidazol e 4-<br />
nitroimidazol.<br />
Estabilidade IFA/SR à<br />
temperatura ambiente<br />
por 48h<br />
0,5 µg/mL de<br />
MTZ e 0,5 µg/mL<br />
SR A de MTZ<br />
1 µg/mL<br />
MTZ e 2<br />
µg/mL SR<br />
A de TNZ<br />
CCD = Cromatografia de camada delgada; IFA: Insumo farmacêutico ativo; PRO = Produto; MeOH = Metanol; CLAE = Cromatografia de alta<br />
eficiência; SR = substância relacionada; Tr = tempo de retenção; NA = não se aplica; ** São métodos indicativos de estabilidade.<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
NA<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
11<br />
Reagentes
artigo 1<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
Métodos analíticos<br />
Todos os métodos aqui reportados usaram a coluna cromatográfica especificada em equipamentos. Os<br />
métodos de iniciação e limpeza da coluna foram executados à temperatura de 35ºC e comprimento de<br />
onda de 315 nm.<br />
O método preliminar: conforme Farmacopeia Americana (USP 39), solvente A: água; solvente C:<br />
metanol; modo de eluição isocrático usando solventes A/C na proporção 80:20 por 30 minutos ao fluxo<br />
de 1mL/min, temperatura da coluna de 30ºC, comprimento de onda 319 nm, volume injeção 30 µL<br />
(solução 1mg/mL).<br />
Método otimizado: solvente A: água, solvente B: acetato de amônio 10 mM pH 4, solvente C: metanol,<br />
volume de injeção 10 µL (solução 1mg/mL), temperatura 35ºC, comprimento de onda 315 nm. Eluição<br />
gradiente e fluxo conforme tabela 3.<br />
12<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Materiais e Métodos<br />
Reagentes<br />
MTZ do fabricante Aarti Drugs<br />
(Mumbai, India), lote 1070486.<br />
A mistura dos comprimidos,<br />
lote 1603EX031, o placebo, lote<br />
1603PL032, e comprimidos submetidos<br />
ao estudo de estabilidade<br />
de longo prazo (30º C, 75% UR),<br />
lote 13080736, foram preparados<br />
por Farmanguinhos (FIOCRUZ-RJ).<br />
Metanol grau HPLC, acetato cúprico<br />
e peróxido de hidrogênio 30%<br />
(Merck, Alemanha); ácido clorídrico,<br />
acetato de amônio, hidróxido<br />
de sódio e hidróxido de amônio<br />
(Sigma-Aldrich, EUA).<br />
Equipamentos<br />
Cromatógrafo líquido Elite Lachrom<br />
VWR/Hitach/Merck conectado<br />
ao dispositivo de diodo L-2450,<br />
gerenciador de amostra L-2200 e<br />
bomba L-2130. Coluna cromatográfica<br />
ACE C8 150 x 4,6 mm, tamanho<br />
de partícula 5µm, tamanho<br />
de poro 100Å e 9% de carbono.<br />
Câmara de fotoestabilidade Ethik<br />
modelo 424/CF (SP, Brasil).<br />
Reações de degradação<br />
forçada<br />
Os testes de estresse foram<br />
realizados de acordo com a RDC<br />
53/2015, a saber: hidrólises ácida<br />
e alcalina, oxidação com peróxido<br />
de hidrogênio, reação com íon<br />
metálico de transição (cobre II), degradação<br />
térmica seca e úmida e<br />
fotodegradação. Procurou-se obter<br />
degradação superior a 10% e inferior<br />
à degradação completa, conforme<br />
preconizado pela resolução.<br />
Para cada reação foram preparados<br />
um branco (diluente água/<br />
metanol 9:1 e/ou acetato de amônio<br />
10mM pH 4), um controle da<br />
reação (reagente + diluente), um<br />
material de referência (IFA, produto<br />
ou placebo na concentração final<br />
de 0,5 mg/mL de MTZ) e um material<br />
degradado (IFA, produto ou<br />
placebo na concentração final de<br />
0,5 mg/mL de MTZ + diluente +<br />
reagente). Todas as reações foram<br />
realizadas à temperatura ambiente<br />
e ao abrigo da luz (em balões volumétricos<br />
âmbar acondicionados<br />
dentro de um armário). Todas as<br />
amostras foram previamente filtradas<br />
em filtro de seringa de nylon<br />
25mm x 0,45µm (Sigma) antes de<br />
serem injetadas. Tanto o material<br />
de referência quanto o degradado<br />
foram injetados em duplicata e o<br />
restante somente uma vez.<br />
Na hidrólise ácida, usou-se HCl<br />
na concentração final de 1M, durante<br />
114 horas e, após o tempo<br />
preconizado, a reação foi neutralizada<br />
com NaOH 1M.<br />
Na hidrólise alcalina, usou-se<br />
NaOH na concentração final de 0,1<br />
e 0,01M, durante 70 horas e a reação<br />
foi neutralizada com HCl 0,1M.<br />
Na reação com peróxido de hidrogênio,<br />
usou-se H2O2 na concentração<br />
final de 15% por 70h e, ao final,<br />
a amostra não foi neutralizada.<br />
Na fotodegradação, IFA, medicamento<br />
e placebo foram expostos à<br />
incidência de luz visível, 1,2 milhões<br />
de lux/hora e energia integrada de<br />
UV de 200 w h/m2 por 24 e 220h, à<br />
temperatura de 25º C, em placas de<br />
Petri lacradas com fita transparente<br />
e em placas embrulhadas em papel<br />
alumínio (controle de ausência de<br />
luz) lado a lado no interior da câmara<br />
de fotoestabilidade.<br />
Na termodegradação a seco,<br />
IFA, medicamento e placebo foram<br />
acondicionados dentro de placas<br />
de Petri lacradas com fita transparente<br />
e embrulhadas em papel<br />
alumínio no interior de uma estufa<br />
com vácuo (1000 mbar = 1 kgf/<br />
cm2) a 105ºC por 24 horas.<br />
Na termodegradação úmida, as<br />
amostras foram acondicionadas<br />
em placas de Petri abertas, em<br />
estufa previamente saturada com<br />
vapor de água, a 105ºC por 24 horas.<br />
O vidro da porta da estufa foi<br />
coberto com papel alumínio para<br />
evitar incidência de luz sobre as<br />
amostras durante a exposição.<br />
A reação com íon metálico de<br />
transição foi realizada com acetato<br />
cúprico na concentração final de 3<br />
mM, o qual foi preparado em tampão<br />
acetato de amônio pH 4 para<br />
facilitar sua dissolução, por 114<br />
horas. Ao final, a solução foi neutralizada<br />
com EDTA 100 mM.<br />
Preparo do produto em estudo<br />
de estabilidade<br />
Vinte comprimidos do produto<br />
submetido ao estudo de estabilidade<br />
a longo prazo (30º C, 75% UR) foram<br />
triturados a pó fino em gral com pistilo.<br />
Foi pesada, em duplicata, quantidade<br />
de pó equivalente a 50 mg de<br />
MTZ e transferida para balão volumétrico<br />
âmbar de 100 ml (0,5 mg/<br />
mL de MTZ). Foram adicionados 80<br />
ml de H2O/metanol 9:1 e a mistura<br />
foi sonicada por 10 minutos e, após,<br />
completado o volume qsp.<br />
Métodos analíticos<br />
Todos os métodos aqui reportados<br />
usaram a coluna cromatográfica<br />
especificada em equipamentos.<br />
Os métodos de iniciação e limpeza<br />
da coluna foram executados à temperatura<br />
de 35ºC e comprimento<br />
de onda de 315 nm.<br />
O método preliminar: conforme<br />
Farmacopeia Americana (USP 39),<br />
solvente A: água; solvente C: metanol;<br />
modo de eluição isocrático<br />
usando solventes A/C na proporção<br />
80:20 por 30 minutos ao fluxo de<br />
1mL/min, temperatura da coluna<br />
de 30ºC, comprimento de onda<br />
319 nm, volume injeção 30 µL (solução<br />
1mg/mL).<br />
Método otimizado: solvente A:<br />
água, solvente B: acetato de amônio<br />
10 mM pH 4, solvente C: metanol,<br />
volume de injeção 10 µL (solução<br />
1mg/mL), temperatura 35ºC, comprimento<br />
de onda 315 nm. Eluição<br />
gradiente e fluxo conforme tabela 3.<br />
Tabela<br />
Tabela<br />
3. Métodos<br />
3. Métodos<br />
utilizados<br />
utilizados<br />
na análise<br />
na<br />
das<br />
análise<br />
amostras<br />
das amostras<br />
provenientes<br />
provenientes<br />
do estudo de<br />
do<br />
degradação<br />
estudo de<br />
forçada<br />
degradação forçada<br />
Método de iniciação da coluna<br />
Solvente B<br />
Solvente A<br />
Solvente C Fluxo<br />
Tempo (min)<br />
(%Acetato de amônia<br />
(%Água)<br />
(%Metanol) (mL/min)<br />
10 mM pH 4)<br />
0 10 0 90<br />
10 30 0 70<br />
20 60 0 40<br />
30 40 50 10<br />
30,1 0 99,5 0,5<br />
50 0 99,5 0,5<br />
Método otimizado para análise das amostras<br />
0-2 99,5 0 0,5 0,5<br />
2,1-3 3 92 5 0,5<br />
3,1 0 92 8 0,6<br />
16 0 91 9 0,6<br />
18-19 0 70 30 0,5<br />
19,1-28 99,5 0 0,5 0,5<br />
Método de limpeza da coluna<br />
0-5 90 0 10<br />
10 70 0 30<br />
60 50 0 50<br />
80 20 0 80<br />
90 10 0 90<br />
120 10 0 90<br />
Análises de TG, DSC e estéreo microscopia<br />
Análises de TG, DSC e estéreo dos experimentos.<br />
(cAD) foi comparada à razão entre<br />
Os ensaios de TG foram realizados em um analisador termogravimétrico Mettler Toledo modelo 851E,<br />
microscopia<br />
Todas as amostras foram analisadas<br />
em duplicata.<br />
degradada (AND) e sua concentra-<br />
a média das áreas da amostra não<br />
sob atmosfera dinâmica de nitrogênio com vazão de 50mL/min e razão de aquecimento de 10°C/min, no<br />
Os ensaios de TG foram realizados<br />
em um analisador termogra-<br />
As imagens foram obtidas em ção (cAND), de acordo com a se-<br />
intervalo de temperatura de 25 a 300°C. As amostras foram cuidadosamente pesadas, sendo a faixa de<br />
massa de 9,5 a 10,5mg, em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />
vimétrico Mettler Toledo modelo um estéreo microscópio Olympus guinte equação:<br />
Os ensaios de DSC foram realizados em um calorímetro exploratório diferencial Mettler Toledo modelo<br />
851E, sob atmosfera dinâmica de modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />
Olympus modelo OLY 220. cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />
% degradação = 100 – [(AD/<br />
822E, sob atmosfera dinâmica de nitrogênio com vazão de 80mL/min e razão de aquecimento de<br />
nitrogênio com vazão de 50mL/min<br />
10°C/min, no intervalo de temperatura de 25 a 200°C.<br />
e razão de aquecimento de 10°C/ Pequena quantidade das amostras<br />
A faixa de massa das amostras foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de alumínio de 40uL que foram<br />
min, no intervalo de temperatura foram gentilmente depositadas em Resultados e Discussão<br />
posteriormente lacrados com tampas de alumínio e perfuradas no momento dos experimentos.<br />
de 25 a 300°C. As amostras foram suporte específico do equipamento. Degradação forçada<br />
Todas as amostras foram analisadas em duplicata.<br />
cuidadosamente pesadas, sendo a Em seguida, o foco a magnificação Um método indicativo de estabilidade<br />
(MIE) desenvolvido tanto<br />
As imagens foram obtidas em um estéreo microscópio Olympus modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />
faixa de massa de 9,5 a 10,5mg, (6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />
para captura das imagens. para o IFA quanto para o PRO é<br />
Olympus modelo OLY 220. Pequena quantidade das amostras foram gentilmente depositadas em suporte<br />
em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />
específico do equipamento. Em seguida, o foco a magnificação (6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />
Os ensaios de DSC foram realizados<br />
em um calorímetro exploratório Cálculos<br />
tificar todos os produtos de degra-<br />
aquele capaz de detectar e quan-<br />
para a captura das imagens.<br />
diferencial Mettler Toledo modelo Para o cálculo da área percentual<br />
relativa de cada pico detecta-<br />
durante o período de validade dos<br />
dação (PDegs) que podem ocorrer<br />
Cálculos<br />
822E, sob atmosfera dinâmica de<br />
Para o cálculo da área percentual relativa de cada pico detectado, foi realizada a média das áreas<br />
nitrogênio com vazão de 80mL/min do, foi realizada a média das áreas mesmos. No entanto, amostras<br />
percentuais obtidas nas injeções em duplicata, cujo DPR foi igual ou menor que 2%.<br />
e razão de aquecimento de 10°C/ percentuais obtidas nas injeções do IFA ou do medicamento, ao final<br />
do estudo de estabilidade de<br />
Para o cálculo do percentual de degradação obtido, a razão entre a média das áreas obtidas nas injeções<br />
min, no intervalo de temperatura de em duplicata, cujo DPR foi igual ou<br />
em duplicata da amostra degradada (AD) e sua concentração (cAD) foi comparada à razão entre a média<br />
25 a 200°C.<br />
menor que 2%.<br />
longa duração (30º C, 75% UR,<br />
das áreas da amostra não degradada (AND) e sua concentração (cAND), de acordo com a seguinte<br />
A faixa de massa das amostras Para o cálculo do percentual de 24 meses), podem ou não apresentar<br />
alteração de teor aceitável<br />
equação:<br />
foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de degradação obtido, a razão entre a<br />
% degradação = 100 – [(AD/cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />
alumínio de 40uL que foram posteriormente<br />
lacrados com tampas de ções em duplicata da amostra de-<br />
detectados PDegs, o que poderia<br />
média das áreas obtidas nas inje-<br />
sem que necessariamente sejam<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
alumínio e perfuradas no momento gradada (AD) e sua concentração acarretar numa interpretação er<br />
Degradação forçada<br />
Um método indicativo de estabilidade (MIE) desenvolvido tanto para o IFA quanto para o PRO é aquele<br />
capaz de detectar e quantificar todos os produtos de degradação (PDegs) que podem ocorrer durante o<br />
período de validade dos mesmos. No entanto, amostras do IFA ou do medicamento, ao final do estudo de<br />
0,5<br />
1<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
13
artigo 1<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
14<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Análises de TG, DSC e estéreo<br />
microscopia<br />
Os ensaios de TG foram realizados<br />
em um analisador termogravimétrico<br />
Mettler Toledo modelo<br />
851E, sob atmosfera dinâmica de<br />
nitrogênio com vazão de 50mL/min<br />
e razão de aquecimento de 10°C/<br />
min, no intervalo de temperatura<br />
de 25 a 300°C. As amostras foram<br />
cuidadosamente pesadas, sendo a<br />
faixa de massa de 9,5 a 10,5mg,<br />
em cadinhos de alumínio de 100uL.<br />
Os ensaios de DSC foram realizados<br />
em um calorímetro exploratório<br />
diferencial Mettler Toledo modelo<br />
822E, sob atmosfera dinâmica de<br />
nitrogênio com vazão de 80mL/min<br />
e razão de aquecimento de 10°C/<br />
min, no intervalo de temperatura de<br />
25 a 200°C.<br />
A faixa de massa das amostras<br />
foi de 3 a 3,5 mg, em cadinhos de<br />
alumínio de 40uL que foram posteriormente<br />
lacrados com tampas de<br />
alumínio e perfuradas no momento<br />
dos experimentos.<br />
Todas as amostras foram analisadas<br />
em duplicata.<br />
As imagens foram obtidas em<br />
um estéreo microscópio Olympus<br />
modelo SZX9 acoplado a uma câmera<br />
Olympus modelo OLY 220.<br />
Pequena quantidade das amostras<br />
foram gentilmente depositadas em<br />
suporte específico do equipamento.<br />
Em seguida, o foco a magnificação<br />
(6,3) e a objetiva (1x) foram ajustados<br />
para a captura das imagens.<br />
Cálculos<br />
Para o cálculo da área percentual<br />
relativa de cada pico detectado,<br />
foi realizada a média das áreas<br />
percentuais obtidas nas injeções<br />
em duplicata, cujo DPR foi igual ou<br />
menor que 2%.<br />
Para o cálculo do percentual de<br />
degradação obtido, a razão entre a<br />
média das áreas obtidas nas injeções<br />
em duplicata da amostra degradada<br />
(AD) e sua concentração<br />
(cAD) foi comparada à razão entre<br />
a média das áreas da amostra não<br />
degradada (AND) e sua concentração<br />
(cAND), de acordo com a seguinte<br />
equação:<br />
% degradação = 100 – [(AD/<br />
cAD)/(AND/cAND)] * 100<br />
Resultados e Discussão<br />
Degradação forçada<br />
Um método indicativo de estabilidade<br />
(MIE) desenvolvido tanto<br />
para o IFA quanto para o PRO é<br />
aquele capaz de detectar e quantificar<br />
todos os produtos de degradação<br />
(PDegs) que podem ocorrer<br />
durante o período de validade dos<br />
mesmos. No entanto, amostras<br />
do IFA ou do medicamento, ao final<br />
do estudo de estabilidade de<br />
longa duração (30º C, 75% UR,<br />
24 meses), podem ou não apresentar<br />
alteração de teor aceitável<br />
sem que necessariamente sejam<br />
detectados PDegs, o que poderia<br />
acarretar numa interpretação errônea<br />
do resultado. Por este motivo,<br />
a exposição do IFA e PRO a<br />
condições mais extremas do que<br />
as que ocorrem no estudo de estabilidade<br />
é recomendada para<br />
produzir degradação em maior<br />
escala e tornar o método analítico<br />
a ser utilizado mais confiável<br />
(Guia 04/2015). Baseando-se<br />
nesta premissa, o placebo, MTZ<br />
IFA e PRO foram submetidos a<br />
todos os agentes degradantes<br />
recomendados (RDC 53/2015). O<br />
placebo não apresentou degradação<br />
em nenhuma das condições<br />
testadas. IFA e PRO foram mais<br />
susceptíveis à hidrólise alcalina<br />
e oxidação com peróxido (Figura<br />
2), conforme pode ser observado<br />
na Tabela 4. As amostras de IFA<br />
e PRO submetidas à fotodegradação,<br />
tanto por 24 quanto 220h,<br />
ficaram com cor marrom intensa<br />
(Figura 4), porém, o percentual de<br />
degradação e quantidade de PDegs<br />
foram baixos (Figura 3; Tabela<br />
4); os controles de ausência de luz<br />
permaneceram com a cor original.<br />
O PRO apresentou cerca de 20%<br />
de degradação na reação com cobre,<br />
porém não foram detectados<br />
PDegs, provavelmente por serem<br />
voláteis ou porque o MTZ formou<br />
complexo com o acetato cúprico<br />
(GÁLVAN-TEJADA et al, 2002).<br />
Pdegs voláteis, logo não detectados,<br />
podem ter sido liberados na<br />
HA, HB e reação com peróxido, o<br />
que explica o balanço de massas<br />
obtido (Tabela 5). Ao todo, foram<br />
detectadas 18 impurezas e o perfil<br />
de degradação do produto foi<br />
delineado conforme descrito na<br />
Tabela 5. Na nomeação dos picos,<br />
as 3 impurezas sempre presentes<br />
no PRO e IFA referência, provavelmente<br />
as 3 impurezas de síntese,<br />
foram chamadas “impureza 1, 2 e<br />
3”. Os PDegs 13, 14 e 15 foram<br />
peculiares da reação de oxidação<br />
com peróxido, enquanto os PDegs<br />
16 e 17 foram característicos da<br />
fotodegradação. O PDeg de tempo<br />
de retenção em torno de 7,3<br />
minutos apareceu em todas as<br />
amostras, mas foi prevalente na<br />
hidrólise alcalina.<br />
Desenvolvimento do MIE<br />
O método da Farmacopeia<br />
Americana (USP 39) para análise<br />
de impurezas orgânicas de metronidazol<br />
comprimido, denominado<br />
aqui de método preliminar, foi escolhido<br />
inicialmente para analisar<br />
o IFA degradado com NaOH 0,1M,<br />
devido ser a reação que formou o<br />
maior número de PDegs. No entanto,<br />
foi constatado que o pico<br />
referente ao MTZ saiu em 3,4 minutos,<br />
e vários picos referentes a<br />
PDegs, mais polares que o MTZ,<br />
ficaram sobrepostos. Após várias<br />
mudanças, o método otimizado<br />
(Tabela 3) foi capaz de separar<br />
os PDegs formados em todas as<br />
reações de degradação, conforme<br />
visto nas Figuras 2 e 3. O tempo<br />
de retenção do MTZ ficou em cerca<br />
de 18 minutos e a pureza de<br />
pico igual a um. O tempo da corrida<br />
foi reduzido para 19 minutos,<br />
adicionando-se nove minutos para<br />
retorno à condição inicial e estabi-<br />
lização da coluna. Após o término<br />
das análises, a coluna foi estocada<br />
em metanol 90:10. Para a<br />
coluna ter um tempo de vida maior<br />
de retenção, foi criado um método<br />
de iniciação e um método de limpeza<br />
para a coluna (Tabela 3).<br />
A solução de metronidazol em<br />
dicionada em balão volumétrico<br />
âmbar mostrou ser estável por<br />
17 dias à temperatura ambiente,<br />
apresentando um DPR de 0,4%.<br />
e uma Tabela menor 4. Resultados variação nos obtidos tempos para diluente o IFA Metronidazol (água/metanol e o 9:1) produto acon-Metronidazol O volume Comprimido de injeção do 250 método mg<br />
no estudo de degradação forçada preliminar foi alterado de 30 para<br />
Tabela Tabela Reação 4. Resultados 4. Resultados de degradação obtidos obtidos para o para IFA Metronidazol o IFA Metronidazol % IFA e o degradado produto e o Metronidazol produto Metronidazol % Produto Comprimido degradado 250 mg<br />
Comprimido<br />
HA 1M, 114<br />
250<br />
h,<br />
mg<br />
ta<br />
no estudo de degradação no estudo forçada de degradação 1 forçada<br />
6<br />
HB 0,1M, Reação 70 h, de ta degradação % IFA 82,1 degradado % Produto NT degradado<br />
HA HB 0,01M, 11470 h, h, ta ta<br />
16<br />
2,5 6<br />
HB OxH0,1M, 2O 2 15%, 70 h, 76 ta h, ta<br />
HB TS 105 0,01M, C, 24 70 h h, sob ta vácuo<br />
16,4 82,1<br />
96<br />
22,6 NT<br />
2,5 *<br />
OxH TU 105 2O 2 C, 15%, 24 h, 76 ambiente h, ta sat. H 2O 16,4 5,8 22,6 13<br />
TS Foto 105 1,2 o C, milhões 24 h sob lux/h: vácuo 200 watts<br />
9 *<br />
TU h/m 2 105 , 220 o C, h 24 a 25 h, IFA: 6,2 / CFAL: 3,2 PRO: * / CFAL: *<br />
ambiente C sat. H 2O 5,8 13<br />
Foto OxCobre 1,2 milhões 3 mM, 114 lux/h: h, 200 ta watts<br />
0,6 19,6<br />
h/m 2 , 220 h a 25 o IFA: 6,2 / CFAL: 3,2 PRO: * / CFAL: *<br />
HA = hidrólise ácida; C HB = hidrólise básica; OxH 2O 2 = oxidação com peróxido de hidrogênio; TS =<br />
OxCobre termodegradação 3 mM, 114 a seco; h, ta TU = termodegradação úmida; 0,6 Foto = fotodegradação; OxCobre = oxidação 19,6 com íon<br />
HA cobre = II; hidrólise ta = temperatura ácida; HB ambiente; = hidrólise IFA: básica; insumo OxHfarmacêutico 2O 2 = oxidação ativo; com PRO: peróxido Metronidazol de hidrogênio; Comprimido TS = 250 mg;<br />
HA = hidrólise ácida; HB = hidrólise básica; OxH2O2 = oxidação com peróxido de hidrogênio; TS = termodegradação<br />
termodegradação CFAL = controle de a seco; ausência TU = de termodegradação luz da fotodegradação; úmida; NT Foto = = não fotodegradação; testado.<br />
a seco; TU = termodegradação úmida; Foto = fotodegradação; OxCobre = oxidação<br />
OxCobre<br />
com íon<br />
=<br />
cobre<br />
oxidação<br />
II; ta<br />
com<br />
= temperatura<br />
íon<br />
cobre *Estas II; amostras ta = temperatura apresentaram ambiente; resultado IFA: de insumo degradação farmacêutico negativo. ativo; PRO: Metronidazol Comprimido 250 mg;<br />
ambiente; IFA: insumo farmacêutico ativo; PRO: Metronidazol Comprimido 250 mg; CFAL = controle de ausência de luz da<br />
CFAL = controle de ausência de luz da fotodegradação; NT = não testado.<br />
fotodegradação; NT = não testado. *Estas amostras apresentaram resultado de degradação negativo.<br />
*Estas amostras apresentaram resultado de degradação negativo.<br />
Figura 2. Cromatogramas obtidos no estudo de degradação forçada<br />
Figura 2. Cromatogramas obtidos no estudo de degradação forçada<br />
IFAR<br />
IFAR<br />
= IFA<br />
= IFA<br />
referência;<br />
referência;<br />
PROR<br />
Figura PROR<br />
= produto<br />
2. = Cromatogramas produto<br />
referência;<br />
referência;<br />
PROHA<br />
obtidos PROHA<br />
= produto<br />
no produto estudo degradado<br />
degradado degradação por<br />
por<br />
hidrólise<br />
hidrólise<br />
forçada ácida;<br />
ácida;<br />
PROHB<br />
PROHB<br />
= produto<br />
= produto<br />
degradado degradado por por hidrólise básica com NaOH 0,01M; PROTU = produto submetido à termodegradação à termodegradação úmida; úmida; IFATS IFATS = IFA = IFA<br />
submetido IFAR = à<br />
IFA termodegradação<br />
referência; PROR seca; seca;<br />
= PROAc produto<br />
PROAc = referência; = submetido<br />
PROHA à reação à reação<br />
= com produto<br />
com acetato degradado<br />
acetato cúprico; cúprico;<br />
por IFAOP hidrólise<br />
IFAOP = ácida;<br />
= submetido IFA<br />
PROHB<br />
submetido à oxidação = produto<br />
à oxidação com<br />
com degradado peróxido por de hidrogênio hidrólise básica com NaOH 0,01M; peróxido PROTU de = hidrogênio produto submetido à termodegradação úmida; IFATS = IFA<br />
submetido à termodegradação seca; PROAc = submetido à reação com acetato cúprico; IFAOP = IFA submetido à oxidação com<br />
peróxido de hidrogênio<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
15
artigo 1<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />
Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />
Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />
16<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Figura 3. Cromatogramas obtidos no estudo de fotodegradação forçada por 220 horas<br />
Figura 3. Cromatogramas obtidos no estudo de fotodegradação forçada por 220 horas<br />
CPLAF CPLAF = placebo = Figura placebo referência; 3. Cromatogramas PLACFAL= obtidos controle no de estudo ausência de luz fotodegradação luz do placebo; do placebo; PLAF forçada PLAF = placebo = por placebo degradado; 220 horas degradado; CPROF = CPROF =<br />
produto<br />
CPLAF<br />
referência;<br />
= placebo<br />
PROCFAL=<br />
referência; PLACFAL=<br />
controle de ausência<br />
controle<br />
de<br />
de<br />
luz<br />
ausência<br />
do produto;<br />
de luz<br />
PROF=<br />
do placebo;<br />
produto<br />
PLAF<br />
degradado;<br />
= placebo<br />
CIFAF<br />
degradado;<br />
= IFA<br />
CPROF<br />
referência;<br />
produto referência; PROCFAL= =<br />
produto referência; PROCFAL=<br />
IFAF=<br />
controle IFA degradado;<br />
de ausência<br />
de ausência<br />
IFACFAL=<br />
de luz<br />
de luz do<br />
controle<br />
do produto;<br />
produto;<br />
de<br />
PROF=<br />
ausência<br />
PROF=<br />
produto<br />
de<br />
produto<br />
luz<br />
degradado;<br />
do IFA.<br />
degradado; CIFAF = IFA referência;<br />
IFAF= IFA degradado; IFACFAL= controle de ausência de luz do IFA.<br />
CIFAF = IFA referência;<br />
IFAF= IFA degradado; IFACFAL= controle de ausência de luz do IFA.<br />
Tabela 5. Perfil de degradação do Metronidazol Comprimido 250 mg e do produto em estudo de<br />
Tabela Tabela 5. Perfil 5. de Perfil degradação estabilidade degradação do Metronidazol prolongada do Metronidazol Comprimido expresso Comprimido 250 em mg área e percentual do 250 produto mg e relativa em do produto em estudo de<br />
estudo de estabilidade prolongada estabilidade expresso PRO prolongada em área expresso percentual Reações em relativa área de percentual Degradação relativa do Produto<br />
PDegs Tr PROR<br />
Estab. PRO HA HB Reações TS de Degradação TU FOTO do Produto OxH2O2 OxCo<br />
PDegs 3 3,95 Tr PROR<br />
Estab. HA 0,046 HB TS TU FOTO OxH2O2 OxCo<br />
35 3,95 5,09 0,008 0,025 0,046<br />
0,007<br />
56 5,09 5,33 0,008 0,025 0,002<br />
0,007<br />
67 5,33 5,66 0,002 0,008 0,001<br />
78 5,66 6,11 0,008 0,003 0,002 0,008 0,001<br />
Branco/PDeg 8 6,11 7,33 0,004 0,043 0,002 0,003 0,43 0,056 0,070 0,002 0,005 0,008 0,075<br />
Branco/PDeg 9 7,33 8,74 0,004 0,043 0,002 0,004 0,43 0,056 0,070 0,065 0,005 0,075<br />
10 9 8,74 9,37 0,005 0,004 0,065 0,003<br />
Impureza1 10 11,19 9,37 0,007 0,008 0,005 0,007 0,007 0,006 0,008 0,003 0,008 0,006 0,007<br />
Impureza1 11 11,89 11,19 0,007 0,008 0,007 0,007 0,006 0,008 0,010 0,008 0,003 0,006 0,007<br />
12 11 12,13 11,89 0,003 0,010 0,003<br />
Impureza2 12 12,79 12,13 0,004 0,004 0,004 0,004 0,003 0,003 0,003 0,001 0,003 0,218 0,004<br />
Impureza3 Impureza2 13,42 12,79 0,005 0,004 0,005 0,004 0,005 0,004 0,005 0,004 0,006 0,003 0,006 0,003 0,006 0,001 0,005 0,218 0,005 0,004<br />
Impureza3 13 14,13 13,42 0,005 0,005 0,005 0,005 0,006 0,006 0,006 0,005 0,14 0,005<br />
14 13 15,13 14,13 0,005 0,14<br />
15 14 15,44 15,13 0,056 0,005<br />
16 15 15,44 7,77 0,019 0,056<br />
17 16 9,05 7,77 0,004 0,019<br />
MTZ 17 17,84 9,05 99,965 99,932 99,121 <strong>97</strong>,03 99,927 99,913 99,868 0,004 96,62 95,539<br />
Balanço MTZ de 17,84 99,965 99,985 99,932 99,9<strong>97</strong> 99,121 99,147 <strong>97</strong>,567 <strong>97</strong>,03 99,927 99,998 100,000 99,913 99,998 99,868 96,62 <strong>97</strong>,14 95,539 95,555<br />
Balanço massas de<br />
PDegs 99,985 99,9<strong>97</strong> 99,147 <strong>97</strong>,567 99,998 100,000 99,998 <strong>97</strong>,14 95,555<br />
massas = produtos de degradação; Tr = tempo de retenção médio (n=2); PROR = produto referência; PRO Estab.:<br />
produto PDegs = em produtos estudo de de degradação; estabilidade Tr prolongado = tempo de (36 retenção meses, 30º médio C, 75% (n=2); UR); PROR HA = produto hidrólise referência; ácida; HB PRO = hidrólise<br />
PDegs<br />
Estab.:<br />
básica = produtos<br />
produto com em NaOH de<br />
estudo 0,01M; degradação;<br />
de estabilidade TS = termodegradação Tr = tempo de retenção<br />
prolongado (36 seca; meses, TU médio<br />
30º = termodegradação (n=2); PROR = produto<br />
C, 75% UR); HA úmida; referência;<br />
= hidrólise FOTO ácida; = fotodegradação<br />
PRO Estab.: produto<br />
HB = hidrólise<br />
em por estudo<br />
básica 220h; de<br />
com OxH estabilidade<br />
NaOH 2O 2 0,01M; = oxidação prolongado<br />
TS = com termodegradação peróxido; (36 meses, OxCo 30º<br />
seca; = oxidação C, 75% UR);<br />
TU = termodegradação com HA íon = cúprico hidrólise ácida; HB = hidrólise básica com<br />
úmida; FOTO fotodegradação<br />
NaOH<br />
por<br />
0,01M;<br />
220h; OxH<br />
TS = termodegradação 2O 2 = oxidação com<br />
seca;<br />
peróxido;<br />
TU =<br />
OxCo<br />
termodegradação<br />
= oxidação com<br />
úmida;<br />
íon cúprico<br />
FOTO = fotodegradação por 220h; OxH2O2 =<br />
oxidação com peróxido; OxCo = oxidação com íon cúprico<br />
Figura 4. Amostra fotodegradada (220h) do metronidazol<br />
Figura 5. Cromatogramas Figura referentes 5. Cromatogramas ao produto referentes Metronidazol ao produto Comprimido Metronidazol 250mg (PRO Estab.),<br />
submetido ao estudo Comprimido de estabilidade 250mg de longa (PRO duração Estab.), (30º submetido C, 75% UR, ao 36 estudo meses), de e ao produto<br />
referência (PROR)<br />
estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e<br />
Figura 5. Cromatogramas ao produto referência referentes ao (PROR) produto Metronidazol Comprimido 250mg (PRO Estab.),<br />
submetido ao estudo de estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e ao produto<br />
referência (PROR)<br />
Figura 5. Cromatogramas referentes ao produto Metronidazol Comprimido 250mg (PRO Estab.),<br />
submetido ao estudo de estabilidade de longa duração (30º C, 75% UR, 36 meses), e ao produto<br />
referência (PROR)<br />
Figura 7. Curvas de DSC<br />
(A = IFA; B = Placebo; Figura C = Produto. 7. Curvas Referência, de DSC vermelho; controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />
(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho;<br />
controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />
Figura 6. Imagens de amostras referência e fotodegradadas obtidas por estéreo microscopia<br />
Figura 6. Imagens Figura de amostras 6. Imagens (Escala referência de de 2mm; amostras e magnificação fotodegradadas referência 6,3x; objetiva obtidas e 1,0x) fotodegradadas<br />
por estéreo microscopia<br />
(Escala de 2mm; magnificação de 6,3x; objetiva 1,0x)<br />
Figura 8. Curvas termogravimétricas (TG)<br />
obtidas por estéreo microscopia<br />
Figura 8. Curvas termogravimétricas (TG)<br />
(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho; controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />
(Escala de 2mm; magnificação de 6,3x; objetiva 1,0x)<br />
(A = IFA; B = Placebo; C = Produto. Referência, vermelho;<br />
CONCLUSÕES controle de ausência de luz, verde; fotodegradado, azul)<br />
O perfil de degradação do metronidazol apresentado neste trabalho foi o primeiro a ser obtido conforme 17<br />
recomendado pela ANVISA e indicou que o metronidazol IFA e PRO são principalmente susceptíveis às<br />
reações de hidrólise básica, fotodegradação e oxidação por peróxido, sugerindo cuidado na escolha dos<br />
excipientes e proteção contra a luz e agentes alcalinos e oxidantes durante o processo de produção para<br />
que suas características sejam bem preservadas. As análises de TG, DSC e SM mostraram-se úteis para<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18
artigo 1<br />
Autores:<br />
Margareth B. C. Gallo*1,<br />
Diogo D. do Nascimento2,<br />
Nelson M. Nunes2, José Luiz N. de Aguiar3,<br />
Ana Lúcia P. Cerqueira2,<br />
Juliana J. S. Medeiros2, Lucas G. I. Regis2,<br />
Rafael C. Seiceira2, Janine Boniatti2<br />
18<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
lização da coluna. Após o término<br />
das análises, a coluna foi estocada<br />
em metanol 90:10. Para a coluna<br />
ter um tempo de vida maior e uma<br />
menor variação nos tempos de retenção,<br />
foi criado um método de<br />
iniciação e um método de limpeza<br />
para a coluna (Tabela 3).<br />
A solução de metronidazol em<br />
diluente (água/metanol 9:1) acondicionada<br />
em balão volumétrico<br />
âmbar mostrou ser estável por<br />
17 dias à temperatura ambiente,<br />
apresentando um DPR de 0,4%.<br />
O volume de injeção do método<br />
preliminar foi alterado de 30 para<br />
10µL, para se eliminar o efeito<br />
memória constatado ao se injetar<br />
um branco posteriormente à<br />
amostra. Além disto, o método foi<br />
desafiado com uma amostra do<br />
produto embalado em blister de<br />
alumínio submetido ao estudo de<br />
estabilidade prolongado que, após<br />
36 meses, apresentou praticamente<br />
o mesmo teor do IFA e dois<br />
PDegs (Figura 5), indicando que o<br />
prazo de validade poderia ser estendido<br />
de 2 para 3 anos.<br />
Análise de TG, DSC e estéreo<br />
microscopia<br />
Todas as amostras provenientes<br />
da fotodegradação, termodegradação<br />
seca e úmida foram<br />
submetidas à análise de TG, DSC<br />
e estéreo microscopia. A curva<br />
de DSC (Figura 7) do IFA referência<br />
apresentou um único evento<br />
endotérmico em torno de 154-<br />
168ºC, referente à sua fusão, conforme<br />
descrito na Farmacopeia<br />
Brasileira (2010), enquanto que<br />
no PRO referência observou-se<br />
um evento adicional entre 138-<br />
144ºC, associado à água de hidratação<br />
da lactose monoidratada<br />
presente na formulação. As amostras<br />
do placebo, IFA e PRO termodegradadas<br />
e fotodegradadas por<br />
24h não apresentaram mudança<br />
significativa em suas curvas, porém,<br />
nas amostras do IFA e PRO<br />
fotodegradadas por 220h o evento<br />
endotérmico referente à fusão do<br />
MTZ se iniciou em uma temperatura<br />
inferior (142ºC) à do material<br />
referência (154ºC), o que pode sugerir<br />
uma amorfização do IFA devido<br />
presença de impurezas (KISS<br />
et al, 2006).<br />
As curvas de TG (Figura 8) revelaram<br />
que o processo de degradação<br />
térmica do IFA referência se<br />
dá na faixa de 265-280ºC e que<br />
há uma perda de massa de 0,1%<br />
entre 25-190ºC, enquanto que o<br />
IFA fotodegradado por 220h apresentou<br />
menor estabilidade térmica<br />
(260-270ºC) e maior perda de<br />
massa (0,5%) no mesmo intervalo<br />
de temperatura. A curva do PRO<br />
referência apresentou 4 processos<br />
de degradação. De 25-125ºC<br />
houve perda de massa de 1,5%<br />
referente à água de adsorção;<br />
125-190ºC, perda de massa de<br />
1% referente à desidratação da<br />
lactose; de 190-220ºC, fusão/<br />
degradação da lactose; e de 230-<br />
270ºC, degradação do IFA. O PRO<br />
fotodegradado por 220h apresentou<br />
um perfil diferenciado com um<br />
único processo de degradação entre<br />
190-270ºC.<br />
Através da estéreo microscopia foi<br />
possível verificar que apenas as imagens<br />
obtidas para as amostras de<br />
IFA e PRO fotodegradados por 220h<br />
revelaram mudanças de aspecto na<br />
cor, e morfologia das partículas do<br />
IFA (Figura 6), corroborando os resultados<br />
das análises de TG e DSC.<br />
Conclusões<br />
O perfil de degradação do metronidazol<br />
apresentado neste trabalho<br />
foi o primeiro a ser obtido conforme<br />
recomendado pela ANVISA e indicou<br />
que o metronidazol IFA e PRO<br />
são principalmente susceptíveis às<br />
reações de hidrólise básica, fotodegradação<br />
e oxidação por peróxido,<br />
sugerindo cuidado na escolha dos<br />
excipientes e proteção contra a luz<br />
e agentes alcalinos e oxidantes durante<br />
o processo de produção para<br />
que suas características sejam bem<br />
preservadas. As análises de TG, DSC<br />
e SM mostraram-se úteis para comprovar<br />
a degradação física ocorrida<br />
nas amostras quimicamente fotodegradadas,<br />
fato extremamente<br />
importante visto que mudanças no<br />
estado sólido do IFA podem, em<br />
alguns casos, acarretar redução de<br />
sua biodisponibilidade e na estabilidade<br />
do produto. O MIE desenvolvido<br />
mostrou eficiência na detecção<br />
de todos os PDegs, podendo ser<br />
considerado um método indicativo<br />
de estabilidade a ser validado para<br />
este fim. Além disto, o teor de IFA<br />
e de impurezas do produto após 36<br />
meses em estudo de estabilidade<br />
não mostraram alterações significativas,<br />
indicando robustez da formulação,<br />
escolha da embalagem<br />
apropriada e extensão do prazo de<br />
validade para 3 anos.<br />
Referências<br />
Bakshi M., Singh S. HPLC and LC–MS<br />
studies on stress degradation behaviour<br />
of tinidazole and development of a validated<br />
specific stability-indicating HPLC<br />
assay method. Journal of Pharmaceutical<br />
and Biomedical Analysis, 34: 11–18,<br />
2004b.<br />
Bakshi M., Singh S. ICH guidance in<br />
practice: establishment of inherent stability<br />
of secnidazole and development<br />
of a validated stability-indicating high-<br />
-performance liquid chromatographic<br />
assay method. Journal of Pharmaceutical<br />
and Biomedical Analysis, 36: 769–775,<br />
2004a.<br />
Chien Y.W., Lambert H.J., Sanvordeker<br />
D.R. Interaction of metronidazole with<br />
metallic ions of biological importance.<br />
Journal of Pharmaceutical Sciences,<br />
64(6): 957–960, 1<strong>97</strong>5.<br />
Farmacopeia Brasileira, 5a <strong>Ed</strong>ição, vol.<br />
2, 2010.<br />
Farmacopeia dos Estados Unidos da<br />
América, USP versão on line 39, 2016.<br />
Farmacopeia Europeia, 8a <strong>Ed</strong>ição, versão<br />
on line 8.6, 2016.<br />
Galván-Tejada N., Bernès S., Castillo-<br />
-Blum S.E., Nöth H., Vicente R., Barba-<br />
-Behrens N. Supramolecular structures of<br />
metronidazole and its copper (II), cobalt<br />
(II) and zinc (II) coordination compounds.<br />
Journal of Inorganic Biochemistry,<br />
91(1):339-48, 2002.<br />
Guia 04/2015. Guia para obtenção do<br />
perfil de degradação, e identificação e<br />
qualificação de produtos de degradação<br />
em medicamentos. ANVISA, 4 de dezembro<br />
de 2015.<br />
Godfrey R., <strong>Ed</strong>wards R. A Chromatographic<br />
and spectroscopic study of photodegraded<br />
metronidazole in aqueous solution.<br />
Journal of Pharmaceutical Sciences,<br />
80(3): 212-218, 1991.<br />
Habib M.J., Asker A.F. Complex formation<br />
between metronidazole and sodium<br />
urate: effect of photodegradation of metronidazole.<br />
Pharmaceutical Research,<br />
6(1): 58-61, 1989.<br />
Karim E.I.A., Ibrahim K.E., Adam M.E.<br />
Studies on the photochemical decomposition<br />
of metronidazole. International<br />
Journal of Pharmaceutics, 76: 261-264,<br />
1991.<br />
Kiss D., Zelkó R., Novák Cs., Éhen Zs.<br />
Application of DSC and NIRS to study<br />
the compatibility of metronidazole with<br />
different pharmaceutical excipients. Journal<br />
of Thermal Analysis and Calorimetry,<br />
84 (2): 447–451, 2006.<br />
Kraft M.Y., Kochergin P.M., Tsyganova<br />
A.M., Shlikhunova V.S. Synthesis of metronidazole<br />
from ethylenediamine. Pharmaceutical<br />
Chemistry Journal, 23(10):<br />
861–863, 1989.<br />
Li M. Organic Chemistry of Drug Degradation.<br />
RSC Publishing, Cambridge, UK.<br />
307 p., 2012.<br />
Naveed S., Waheed N., Nazeer S. Degradation<br />
study of metronidazole in active<br />
and different formulation by UV spectroscopy.<br />
Journal of Bioequivalence and<br />
Bioavailability, 6(4): 124-127, 2014.<br />
Pérez T., Garcia-Segura S., El-Ghenymy<br />
A., Nava J.L., Brillas E. Solar photoelectro-<br />
-Fenton degradation of the antibiotic metronidazole<br />
using a flow plant with a Pt/<br />
air-diffusion cell and a CPC photoreactor.<br />
Electrochimica Acta 165: 173–181, 2015.<br />
RDC 53/2015. Resolução de Diretoria<br />
Colegiada da ANVISA – RDC no 53 de 4<br />
de dezembro de 2015. Estabelece parâmetros<br />
para a notificação, identificação<br />
e qualificação de produtos de degradação<br />
em medicamentos com substâncias ativas<br />
sintéticas e semissintéticas, classificados<br />
como novos, genéricos e similares,<br />
e dá outras providências. Diário Oficial da<br />
União no 233 de 7 de dezembro de 2015.<br />
Salo J-P. K., Yli-Kauhaluoma J., Salomies<br />
H. On the hydrolytic behavior of tinidazole,<br />
metronidazole, and ornidazole. Journal<br />
of Pharmaceutical Sciences, 92(4):<br />
739-746, 2003.<br />
Tauber (Giugiu) V., Chiurciu V. Forced<br />
degradation of metronidazole, oxytetracycline<br />
and furazolidone studies using<br />
high performance liquid chromatography.<br />
Veterinary Drug, 8(1): 73-79, 2014.<br />
Verma P., Namboodiry V., Mishra S.,<br />
Bhagwat A., Bhoir S. A stability indicating<br />
method for the determination of metronidazole<br />
using ecofriendly solvent as<br />
mobile phase component. International<br />
Journal of Pharmacy and Pharmaceutical<br />
Sciences, 5(Suppl 2): 496-501, 2013.<br />
Wang D-P, Yeh M-K. Degradation Kinetics<br />
of Metronidazole in Solution. Journal<br />
of Pharmaceutical Sciences, 82 (1): 95-98,<br />
1993.<br />
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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
19<br />
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Complemento Normativo<br />
280<br />
A RDC nº 234, de 20 de Junho<br />
de 2018 autoriza as Indústrias<br />
Farmacêuticas a terceirizarem as<br />
análises de MATÉRIAS-PRIMAS<br />
20<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Referente ao artigo:<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />
Arena Técnica<br />
ISO 10993-13<br />
Biological evaluation of medical devices -<br />
Part13: Identification and quantification of<br />
degradation products from polymeric medical devices<br />
Norma publicada em: 2010/06 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />
forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
Abstract: ISO 10993 13:2010 provides general requirements for the design<br />
of tests in a simulated environment for identifying and quantifying degradation<br />
products from finished polymeric medical devices ready for clinical use.<br />
https://www.iso.org/standard/44050.html<br />
ISO 10993-9<br />
Biological evaluation of medical devices - Part 9: Framework for identification<br />
and quantification of potential degradation products<br />
Norma publicada em: 2009/12 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />
forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />
Entidade: ISO<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
Abstract: ISO 10993-9:2008 provides general principles for the systematic<br />
evaluation of the potential and observed biodegradation of medical devices<br />
and for the design and performance of biodegradation studies. Information<br />
obtained from these studies can be used in the biological evaluation described<br />
in the ISO 10993 series. ISO 10993-9:2008 considers both non-resorbable<br />
and resorbable materials.<br />
https://www.iso.org/standard/44049.html<br />
ISO 10993-14<br />
Biological evaluation of medical devices - Part 14: Identification and<br />
quantification of degradation products from ceramics<br />
Norma publicada em: 2001/11 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />
forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
https://www.iso.org/standard/22693.html<br />
artigo 1<br />
ISO 10993-16<br />
Biological evaluation of medical devices -<br />
Part 16: Toxicokinetic study design for degradation<br />
products and leachables<br />
Norma publicada em: 2017/05 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Avaliação biológica de dispositivos médicos.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />
forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça.<br />
Abstract: ISO 10993-16:2017 provides principles on designing and performing<br />
toxicokinetic studies relevant to medical devices. Annex A describes the<br />
considerations for inclusion of toxicokinetic studies in the biological evaluation<br />
of medical devices.<br />
https://www.iso.org/standard/64582.html<br />
ASTM E 2476<br />
Standard Guide for Risk Assessment and Risk Control as it Impacts<br />
the Design, Development, and Operation of PAT Processes for Pharmaceutical<br />
Manufacture<br />
Norma publicada em: 2016 / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Medicamentos.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Termogravimetria, calorimetria exploratória diferencial e estudo de degradação<br />
forçada do metronidazol insumo farmacêutico e comprimidos de 250 mg<br />
Entidade: ASTM.<br />
Termogravimetria, calorimetria<br />
exploratória diferencial e estudo<br />
de degradação forçada do<br />
metronidazol insumo farmacêutico<br />
e comprimidos de 250 mg<br />
País de procedência/Região: EUA.<br />
Abstract: This document provides guidance on the assessment of risks to<br />
product quality within and related to PAT processes in the pharmaceutical<br />
industry. It addresses those risks to product quality arising from, associated<br />
with, identified by, or modified by the implementation of PAT in pharmaceutical<br />
development and manufacturing for primary, secondary, and biotech sectors<br />
of the industry. It does not replace those assessments of risk currently undertaken<br />
by pharmaceutical companies, but is, rather, an additional component<br />
focused specifically upon the evaluation and design of PAT processes. See<br />
Practice E2474, Guide E2500, and ICH Q8.<br />
https://www.astm.org/Standards/E2476.htm<br />
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artigo 2<br />
22<br />
Verificação da atividade<br />
microbiológica na região<br />
bucal recobertas com batom<br />
empregando método Pour Plate<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Resumo<br />
A microbiota humana normal é constituída por diversos microrganismos<br />
que apresentam características distintas entre si.<br />
O Staphylococcus aureus é um desses microrganismos que<br />
pode ser encontrado nos seres humanos, pois está presente<br />
em pelo menos 20% dos adultos da espécie, ocorrendo principalmente<br />
na pele e mucosas. Apesar do microrganismo viver<br />
em harmonia, sem causar danos, ele pode tornar-se patogênico<br />
devido a ocorrência de infecções, e quando isto ocorre o Staphylococcus<br />
aureus aproveita a oportunidade e expande sua<br />
atuação. Atualmente existe uma grande preocupação da indústria<br />
cosmética quanto à atividade microbiológica associada a<br />
seus produtos, e na tentativa de evitar este problema as empresas<br />
utilizam conservantes, que são utilizados em maquiagens<br />
com a função de aumentar a vida útil dos produtos, impedindo<br />
sua deterioração a partir do desenvolvimento de microrganismos<br />
que podem causar doenças aos usuários. Porém, a presença<br />
de elementos metálicos em maquiagens pode contribuir<br />
para a proliferação de microrganismos, mesmo na presença<br />
dos conservantes, visto que estes atuam como nutrientes para<br />
os referidos organismos. Este trabalho teve como objetivo estudar<br />
formas e procedimentos para processar as amostras e<br />
verificar o desenvolvimento de microrganismos, após o uso do<br />
batom pelo ser humano, empregando como referência a presença<br />
de elementos metálicos na constituição do batom.<br />
Imagem ilustrativa<br />
Palavras chave: Maquiagem, atividade microbiana e<br />
elementos metálicos.<br />
Autores:<br />
Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />
Alex Magalhães de Almeida2*,<br />
Ivani Pose Martins³.<br />
1 Acadêmica do curso de Bacharelado em Biomedicina, Centro<br />
Universitário de Formiga-MG, Brasil. Telefone: +55 37 99929342.<br />
E-mail: ve_palhares@hotmail.com<br />
2 Professor e pesquisador do Centro Universitário de Formiga-MG,<br />
E-mail: alex@uniformg.edu.br<br />
3 Professora e pesquisadora do Centro Universitário de Formiga-MG,<br />
E-mail: ivani@uniformg.edu.br<br />
*Coordenador responsável pelo desenvolvimento<br />
do projeto de pesquisa<br />
Abstract<br />
Verification Of Microbiological Activity In The Bucal Region<br />
Recobertas With Batom Employing Pour Plate Method<br />
The normal human microbiota consists of several<br />
microorganisms that have different characteristics.<br />
Staphylococcus aureus is one of these microorganisms<br />
that can be found in humans because it is present in at<br />
least 20% of adults of the species, occurring mainly in the<br />
skin and mucous membranes. Although the microorganism<br />
lives in harmony, without causing damage, it can become<br />
pathogenic due to the occurrence of infections, and when<br />
this occurs Staphylococcus aureus seizes the opportunity<br />
and expands its action. At present there is a great concern of<br />
the cosmetic industry regarding the microbiological activity<br />
associated with its products, and in an attempt to avoid<br />
this problem, the companies use preservatives, which are<br />
used in make-up with the function of increasing the useful<br />
life of the products, preventing their deterioration from the<br />
development of microorganisms that can cause disease to<br />
users. However, the presence of metallic elements in makeup<br />
can contribute to the proliferation of microorganisms, even<br />
in the presence of preservatives, since these act as nutrients<br />
for these organisms. The objective of this work was to study<br />
the forms and procedures to process the samples and verify<br />
the development of microorganisms, after the use of lipstick<br />
by the human being, using as reference the presence of<br />
metallic elements in the constitution of the lipstick.<br />
Keywords: Makeup, microbial activity and metallic<br />
elements.<br />
Introdução<br />
Várias são as ferramentas utilizadas<br />
pelo ser humano, para evidenciar<br />
os traços de beleza, e alguns<br />
desses instrumentos são denominados<br />
de maquiagens. Existem inúmeras<br />
evidências arqueológicas quanto<br />
ao uso de cosméticos para o embelezamento<br />
e proteção do usuário,<br />
sendo que, os primeiros registros do<br />
uso desses produtos são encontrados<br />
em hieróglifos do Egito antigo<br />
(GALEMBECK e CSORDAS, 2010).<br />
Segundo Ashcar (2001) e Oliveira<br />
(2008) a maquiagem é uma substância<br />
preparada especialmente<br />
para ser utilizada em partes externas<br />
do corpo humano com objetivo de<br />
alterar ou melhorar sua aparência,<br />
corrigir marcas, ou manter o rosto<br />
em estado de aparência mais jovem,<br />
visando obter uma melhor apresentação<br />
para outras pessoas.<br />
Atualmente existe uma grande<br />
preocupação da indústria cosmética<br />
quanto à atividade microbiológica<br />
associada a seus produtos. E na<br />
tentativa de evitar grandes complicações<br />
neste aspecto, as empresas<br />
utilizam conservantes, que têm<br />
como principal função, aumentar<br />
a vida útil dos produtos, e impedir<br />
a proliferação de microrganismos<br />
que possam vir a causar patologias,<br />
ou prejudicar o bom aspecto<br />
do produto final. A presença de<br />
microrganismos pode desagradar<br />
ao consumidor, pelo fato dos mesmos<br />
provocarem alterações de cor,<br />
odor e consistência, resultando no<br />
abandono do produto pelo consumidor,<br />
e como consequência perdas<br />
financeiras e de imagem da marca<br />
ou da empresa como um todo (GA-<br />
LEMBECK e CSORDAS, 2010). A<br />
conservação, porém, se apresenta<br />
como um problema complexo. As<br />
formulações cosméticas apresentam<br />
um ambiente ideal para a proliferação<br />
de microrganismos, como<br />
a presença de água e nutrientes,<br />
além de valores de temperatura e<br />
pH favoráveis. Um produto livre de<br />
agentes infecciosos é uma exigência,<br />
por parte dos consumidores e<br />
da ANVISA (ANVISA, 2008).<br />
A microbiota humana normal é<br />
constituída por vários microrganismos<br />
distintos, Staphylococcus aureus<br />
é um deles, sendo encontrado<br />
em cerca de 20% dos adultos, estando<br />
presente na pele e mucosas.<br />
Apesar de viver em harmonia com<br />
seu hospedeiro, sem causar danos,<br />
este pode se tornar patogênico<br />
quando o meio em que se encontra<br />
sofrer alterações que permitam ao<br />
microrganismo produzir infecções<br />
oportunistas, por exemplo, quando<br />
as barreiras de defesa sofrem<br />
uma redução. Índices de colonização<br />
por S. aureus, apresentam-se<br />
maiores em pacientes queimados,<br />
transplantados, em usuários de drogas<br />
injetáveis e em pessoas com a<br />
imunodeficiência adquirida, pois ou<br />
apresentam a barreira de defesa<br />
comprometida através de traumas,<br />
ou não exibem um sistema imunológico<br />
capaz de controlar a infecção<br />
(WINN, et al, 2014).<br />
Staphylococcus aureus é uma<br />
bactéria gram positiva que possui<br />
grupamentos em forma de cocos<br />
semelhante a cachos de uva. Apresenta<br />
aproximadamente 0,5 a 1,5<br />
μm de diâmetro, manifesta catalase<br />
positiva. Macroscopicamente,<br />
as colônias em meio de cultivo<br />
plate count agar, são relativamente<br />
grandes, com 1 a 2 mm de diâmetro,<br />
arredondadas, cremosas e com<br />
uma coloração amarelo-ouro. A coloração<br />
amarelo-dourada é devido à<br />
presença de pigmentos carotenóides<br />
na membrana citoplasmática,<br />
essa característica macroscópica<br />
e a prova da coagulase positiva,<br />
juntamente com o cultivo no meio<br />
seletivo e diferenciado sal manitol,<br />
apresentando a fermentação do<br />
manitol complementa a identificação<br />
dessa espécie. São microrganismos<br />
mesófilos com temperatura<br />
de crescimento entre 7 e 47,8ºC e<br />
tem a capacidade de se desenvolver<br />
e multiplicar em um ambiente com<br />
concentração de cloreto de sódio de<br />
até 15% (LIMA, et al, 2015).<br />
Um dos principais responsáveis<br />
pelas infecções hospitalares o Staphylococcus<br />
aureus, pode manifestar<br />
indicies elevados de mortalidade. No<br />
início da década de quarenta (século<br />
XX), a infecção acometida por S. aureus,<br />
era facilmente controlada, com<br />
a penicilina, pois apresentava uma<br />
boa resposta terapêutica, porém o<br />
uso continuo e sem monitoramento<br />
médico do antibiótico, ocasionou<br />
uma seleção de microrganismos<br />
resistentes a esse medicamento, se<br />
tornando assim os MRSA (do inglês<br />
“methicillin-resistant Staphylococcus<br />
aureus”). São bactérias resistentes<br />
a betalactâmicos. A princípio, infecções<br />
atribuídas ao MRSA, eram<br />
exclusivamente encontradas em<br />
ambiente hospitalar, porém infecções<br />
na comunidade, são documentadas<br />
em todo o mundo, isso se justifica,<br />
devido a portadores sadios, colonizados,<br />
principalmente profissionais de<br />
saúde e pacientes que foram internados<br />
e não apresentaram sintomas,<br />
induzindo assim a colonização na<br />
comunidade, podendo causar foliculites<br />
impetigos, furúnculos, celulites e<br />
erisipelas. O medicamento vancomicina<br />
tornou-se tratamento de escolha<br />
para infecções causadas por MRSA<br />
(CARAÇA, SISTI, 2016).<br />
Este trabalho teve como objetivo<br />
isolar Staphylococcus aureus na<br />
mucosa da região bucal, e estudar<br />
o seu comportamento nas seguintes<br />
situações: antes e após o uso de<br />
batom, utilizando o método de pour<br />
plate, para verificar a presença e a<br />
inibição/aceleração do crescimento<br />
dos microrganismos.<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
23
24<br />
artigo 2<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Metodologia<br />
Para simular a microbiota autóctone<br />
da região externa bucal,<br />
foram colhidas, com swabs estéreis,<br />
amostras de bocas de voluntários<br />
para detecção de S. aureus.<br />
O swab foi friccionado e rolado em<br />
toda a extensão da boca, colhendo-<br />
-se as amostras nos seguintes intervalos<br />
de tempo, antes de utilizar<br />
o batom, imediatamente após passarem<br />
o batom, meia hora e uma<br />
hora depois. Em seguida, às amostras<br />
coletadas foram depositadas<br />
em tubos de ensaio contendo 10,0<br />
mL de solução salina. Na sequência,<br />
o liquido salino foi distribuído<br />
em porções de 1,0 mL em placas<br />
de petri previamente esterilizadas<br />
pelo método de pour plate em meio<br />
PCA (Plate Count Ágar) conforme<br />
esquematizado na Figura-1. Posteriormente<br />
as placas foram incubadas<br />
a 37ºC durante um intervalo de<br />
tempo de 24 – 72 horas. As amostras<br />
típicas de S. aureus (amarela)<br />
foram replicadas para as placas de<br />
petri contendo Ágar manitol salgado<br />
e as colônias suspeitas foram<br />
selecionadas para a identificação.<br />
Utilizou-se a coloração de Gram e o<br />
teste de catalase e coagulase para<br />
a confirmação da espécie característica<br />
da microbiota.<br />
Figura-1: Esquema do método pour plate utilizado nos testes para<br />
quantificação Figura 1: Esquema e do identificação método pour plate do Staphylococcus utilizado nos testes para aureus. quantificação<br />
e identificação do Staphylococcus aureus.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO. DO TRABALHO.<br />
Autores:<br />
Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />
Alex Magalhães de Almeida2*,<br />
Ivani Pose Martins³.<br />
Resultados e Discussão<br />
Foi utilizada uma placa contendo<br />
apenas o meio de cultura PCA como<br />
referência (Figura-2), e comparou-<br />
-se os demais experimentos com<br />
esta placa, para verificar o grau de<br />
contaminação e crescimento do S.<br />
aureus. Nesta placa não ocorreu<br />
a proliferação de microrganismos,<br />
indicando assim que não houve<br />
contaminação proveniente do ambiente.<br />
Nas amostras onde a pessoa<br />
ainda não tinha feito uso do batom,<br />
foi observado a presença de<br />
5 a 10 colônias, que correspondem<br />
a valores aceitáveis, que são ocasionados<br />
devido à flora normal presente<br />
no corpo humano, E DISCUSSÃO que pro-<br />
nutrientes contribuem para a prolitação<br />
dos microrganismos, e estes<br />
RESULTADOS<br />
porcionar a presença da espécie feração e consequente aumento do<br />
que vive em harmonia sem causar número de colônias. Esses resultados<br />
podem ser melhor visualizados<br />
patologias. Este resultado pode ser<br />
Foi utilizada uma placa contendo apenas o meio de cultura PCA como<br />
visualizado na Figura-3. Nas amostras<br />
coletadas (Figura-2), imediatamente e comparou-se após valores os demais taxa experimentos de crescimento com são esta placa,<br />
no gráfico da Figura-7, onde os<br />
referência<br />
para o indivíduo verificar passar o grau o batom, de contaminação foram notadamente e crescimento significantes. do S. aureus. Nesta placa<br />
observadas 10 a 20 colônias, conforme<br />
O crescimento bacteriano pode<br />
não ocorreu<br />
é evidenciado<br />
a proliferação<br />
na Figura-4.<br />
de microrganismos,<br />
ser dividido<br />
indicando<br />
em quatro<br />
assim<br />
fases. Fase<br />
que não houve<br />
contaminação Aqui não foi observado proveniente uma grande do ambiente. lag onde Nas amostras organismos onde não a aumentam<br />
significativamente<br />
pessoa ainda não<br />
tinha<br />
diferença<br />
feito<br />
numérica<br />
uso do<br />
de<br />
batom,<br />
colônias,<br />
foi<br />
em<br />
observado a presença de<br />
em<br />
5 a<br />
número,<br />
10 colônias, que<br />
relação a primeira coleta. Porém, a pois os microrganismos estão se<br />
correspondem coleta realizada a meia valores hora aceitáveis, e uma que adaptando são ocasionados ao meio. Fase devido log, evidenciada<br />
pelo a presença fato de uma da vez espécie que que vive<br />
à flora normal<br />
presente hora depois, no corpo apresentou humano, crescimento<br />
numérico evidente. Sendo os organismos se adaptam ao meio,<br />
que proporcionar<br />
em harmonia sem causar patologias. Este resultado pode ser visualizado na<br />
a de 30 minutos com 70 colônias o crescimento populacional passa<br />
Figura-3. e na coleta Nas de após amostras 1 hora coletadas a contagem<br />
de colônias superou o valor Fase estacionária, a divisão celular<br />
imediatamente a ocorrer de forma após exponencial. o indivíduo passar o<br />
de 150, conforme pode ser observado,<br />
respectivamente nas Figuras vas células são produzidas com a<br />
decresce a um ponto em que no-<br />
5 e 6. Esse crescimento pode ser mesma velocidade em que as células<br />
antigas morrem. Finalmente a<br />
atribuído a composição do batom,<br />
pelo fato do mesmo conter vários fase em declínio, onde, na medida<br />
micronutrientes, como ferro, zinco que as condições do meio vão se<br />
e cobre, que são parte da alimen-<br />
tornando cada vez menos favoráveis<br />
Figura-2: Placa contendo o meio de cultura PCA. Sendo utilizada apenas<br />
para verificar uma possível contaminação. Figura número Nesta 3: placa A placa não nesta ocorreu foto representa as amostr<br />
Figura crescimento número de 4: Nesta microrganismos, placa é possível boca evidenciando, identificar sem a presença a presença que do não batom, de 10 houve a onde 20 pode ser observada<br />
colônias, contaminação evidencia-se do meio neste externo. caso, a coleta a 10 colônias da região de bucal microrganismos.<br />
imediatamente<br />
após o uso do batom pelo indivíduo.<br />
para a divisão celular, muitas células<br />
perdem a capacidade de se dividir e<br />
morrem (BLACK, 2013).<br />
Nos ensaios realizados, o teste de<br />
gram (Figura-8) revelou cocos em<br />
cachos, catalase (Figura-9) e coagulase<br />
positivo. Na presença de Sal<br />
manitol (Figura-10), algumas bactérias<br />
conseguiram fermentar o manitol,<br />
evidenciando assim presença de<br />
Staphylococcus aureus. O trabalho<br />
revelou que os componentes do<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TR<br />
batom podem contribuir para a proliferação<br />
do S. aureus, entretanto,<br />
Figura 2: Placa contendo o meio de Fonte: Figura AUTORES 3: A placa DO nesta TRABALHO. foto representa<br />
Figura<br />
cultura PCA. Sendo utilizada apenas para as amostras coletadas da boca sem<br />
a afirmativa número 6: quanto Nesta aos imagem elementos tem-se o resultado pertencente a coleta de<br />
verificar uma possível contaminação. a presença do batom, onde pode ser<br />
uma metálicos hora após que ser permitem empregado esse o uso aumento<br />
Figura<br />
do batom. Nesta placa Nota-se não ocorreu evidentemente crescimento de que observada a presença de 5 a 10 colônias<br />
o número de deve número<br />
colônias ser 4: melhor Nesta<br />
é superior estudada, placa<br />
a<br />
é<br />
150.<br />
possível Figura microrganismos, identificar número evidenciando, a presença 5: Nesta que de figura 10 não a 20 é de Figura possivel microrganismos. número observar 6: Nesta os imagem resultados tem-se o resultado pertenc<br />
Figura número 3: A placa nesta foto representa as amostras coletadas da<br />
visto colônias, que foi evidencia-se possível apenas neste evidenciar<br />
o fato, mas não quantifica-lo. boca sem a presença do batom, onde pode ser observada a presença de 5<br />
caso, a correspondentes coleta houve contaminação da região bucal a do coleta meio imediatamente<br />
externo. realizada meia uma hora hora após o ser uso empregado batom. Podese<br />
constatar a presença de cerca de 70 o colônias. número de colônias é superior a 150.<br />
o uso do batom. Nota-se evid<br />
após o uso do batom pelo indivíduo.<br />
a 10 colônias de microrganismos.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TR<br />
Figura 4: Nesta placa é possível Figura número 5: Nesta figura é possivel Fonte: Figura AUTORES 6: Nesta DO imagem TRABALHO. tem-se o<br />
Figura identificar número a 7: presença Gráfico de comparativo 10 a 20 para observar os resultados correspondentes<br />
dos valores de resultado pertencente a coleta de uma<br />
taxa colônias, evidencia-se neste caso, a a coleta realizada meia hora após o uso hora após ser empregado o uso do<br />
Figura de crescimento número e 5: sua Nesta significância.<br />
Figura número 8: Esta imagem exibe os resultados para o teste de<br />
figura é possivel observar os resultados Figura número 7: Gráfico comparativo para os resultados<br />
coleta da região bucal imediatamente do batom. Pode-se constatar a presença onde pode-se batom. ser Nota-se observado evidentemente em forma que de o cocos com agrupament<br />
correspondentes após o uso do batom a pelo coleta indivíduo. realizada meia de cerca hora de após 70 colônias. o uso do batom. Podese<br />
constatar a presença de cerca de 70<br />
número taxa de de crescimento colônias é superior e sua significância.<br />
a 150.<br />
aspecto de cachos de uva.<br />
colônias.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
Figura 8: Esta imagem exibe os resultados para o teste<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
Figura 7: Gráfico comparativo para os resultados dos valores de<br />
de gram, onde pode-se ser observado em forma de<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
taxa de crescimento e sua significância.<br />
cocos com agrupamento Fonte: AUTORES com aspecto DO TRABALHO.<br />
de cachos de uva.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
25<br />
Figura número 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catala<br />
colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina, e foi adic<br />
peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser observado a formaç<br />
bolhas, evidenciando assim, ser catalase positiva.
artigo 2<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
Autores:<br />
Verônica de Castro Ferreira Palhares1,<br />
Alex Magalhães de Almeida2*,<br />
Ivani Pose Martins³.<br />
Figura número 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catalase, foi<br />
Figura número 10: A placa abaixo demonstra a cultura em Sal Manitol, pode<br />
colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina,<br />
ser observado<br />
e foi adicionado<br />
a coloração amarela, representando assim que o manitol foi<br />
peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser observado fermentado, a formação indicando de ser Sthapylococcus aureus.<br />
bolhas, evidenciando assim, ser catalase positiva.<br />
Figura 9: A figura abaixo exibe o resultado do teste de catalase,<br />
foi colocado uma porção do isolado de cultura na lâmina,<br />
e foi adicionado peróxido de hidrogênio a 3%. Aqui pode ser<br />
observado a formação de bolhas, evidenciando assim, ser<br />
catalase positiva.<br />
Fonte: AUTORES DO TRABALHO. Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
Figura número 10: A placa abaixo demonstra a cultura<br />
em Sal Manitol, pode ser observado a coloração amarela,<br />
representando assim que o manitol foi fermentado,<br />
indicando ser Sthapylococcus aureus.<br />
Conclusão Fonte: AUTORES DO TRABALHO.<br />
O trabalho evidenciou de forma tácita que a maquiagem, que foi utilizada<br />
nos experimentos, contribuiu para a proliferação da atividade microbiana.<br />
26<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Conclusão<br />
O trabalho evidenciou de forma<br />
tácita que a maquiagem, que foi<br />
utilizada nos experimentos, contribuiu<br />
para a proliferação da atividade<br />
microbiana. Entretanto, por<br />
mais que o batom contenha os<br />
vários micronutrientes necessários<br />
para os microrganismos, ocorre de<br />
após um tempo, eles entrarem em<br />
fase de declínio e virem a óbito,<br />
não causando dano significativo,<br />
ao usuário. Porém, Staphylococcus<br />
aureus é um microrganismo oportunista,<br />
e por motivos delineados<br />
no trabalho, não é recomendado o<br />
compartilhamento dos batons entre<br />
usuários diferentes.<br />
Agradecimentos<br />
Os autores agradecem a FAPE-<br />
MIG pela bolsa de Iniciação conferida<br />
ao discente, ao Centro Univer-<br />
Entretanto, por mais que o batom contenha os vários micronutrientes<br />
sitário de Formiga Unifor-MG pelo<br />
php/eletronica/article/viewFile/5180/<br />
necessários<br />
pdf_118>.<br />
para<br />
Acesso<br />
os microrganismos,<br />
em 15-02-2018<br />
ocorre de após um tempo, eles entrarem<br />
uso dos laboratórios e por proporcionar<br />
as condições necessárias em fase de declínio e virem a óbito, não causando dano significativo, ao usuário.<br />
GALEMBECK, F., CSORDAS, Y. Cosméticos:<br />
a química da beleza, <strong>Ed</strong>. Sala de Leitura,<br />
Campinas, 2010. aureus é um microrganismo oportunista, e por motivos<br />
para o desenvolvimento da pesquisa,<br />
e ao CEPEP por proporcionar a<br />
Porém, Staphylococcus<br />
ligação dos pesquisadores com delineados no trabalho, não é recomendado o compartilhamento dos batons<br />
LIMA M. [ET AL] Staphylococcus aureus<br />
demais órgãos da Instituição. entre usuários e as infeccções diferentes. hospitalares revisão de literatura.<strong>Revista</strong><br />
UNINGA, 2015 Disponível<br />
em < https://www.mastereditora.com.<br />
br/periodico/20150101_115618.pdf><br />
Referências<br />
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária, Guia de Controle de Qualidade<br />
de Produtos Cosméticos: Uma Abordagem<br />
sobre os Ensaios Físicos e Químicos.<br />
2ª ed. <strong>Ed</strong>itora Anvisa, Brasília, 2008.<br />
Agradecimentos<br />
Acesso em 15-02-2018<br />
OLIVEIRA C. Preservantes no segmento<br />
Os autores de cosméticos: agradecem Tendência a FAPEMIG e oportunidades<br />
ao de Centro negócios. Rio Universitário de Janeiro 2008. de Formiga Unifor-MG pelo uso dos<br />
pela bolsa de Iniciação conferida ao<br />
discente,<br />
BLACK, G, J. Microbiologia fundamentos Disponível em < http://www.h2cin.org.<br />
e perspectivas. 4.ed. Rio de Janeiro: laboratórios Guanabara<br />
Koogan, 2013.<br />
to-de-cosmeticos-tendencias-e-opor-<br />
br/download/preservantes-no-segmen-<br />
e por proporcionar as condições necessárias para o<br />
desenvolvimento da pesquisa, e ao CEPEP por proporcionar a ligação dos<br />
tunidades-de-negocios.pdf. Acesso em<br />
CARAÇA, A; SISTI, E. A relevância pesquisadores 15-02-2018. com Acesso os demais 15-02-2018 órgãos da Instituição.<br />
Sthaphylococcus aureus resistente á<br />
meticilina (MRSA) nas infecções hospitalares..2016<br />
Disponível em < http:// lógico. 6 ª ed. Rio de Janeiro: <strong>Ed</strong>itora Gua-<br />
WINN, W. [et al]. Diagnóstico Microbio-<br />
revistaeletronica.unicruz.edu.br/index. nabara Koogan, 2014.
Complemento Normativo<br />
Referente ao artigo:<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com<br />
Arena Técnica<br />
artigo 2<br />
Verificação da atividade<br />
microbiológica na região<br />
bucal recobertas com batom<br />
empregando método Pour Plate<br />
28<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
ISO 11930<br />
Cosmetics - Microbiology - Evaluation of the antimicrobial protection<br />
of a cosmetic product<br />
Norma publicada em: 2012/04. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />
com batom empregando método Pour Plate<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça<br />
Abstract: ISO 11930:2012 comprises a preservation efficacy test and a procedure<br />
for evaluating the overall antimicrobial protection of a cosmetic product<br />
which is not considered low risk.<br />
https://www.iso.org/standard/51037.html<br />
ISO 29621<br />
Cosmetics -- Microbiology -- Guidelines for the risk assessment and<br />
identification of microbiologically low-risk products<br />
Norma publicada em: 2017/03. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />
com batom empregando método Pour Plate<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça<br />
Abstract: ISO 29621:2017 gives guidance to cosmetic manufacturers and<br />
regulatory bodies to help define those finished products that, based on a risk<br />
assessment, present a low risk of microbial contamination during production<br />
and/or intended use, and therefore, do not require the application of microbiological<br />
International Standards for cosmetics..<br />
https://www.iso.org/standard/68310.html<br />
ISO 18415<br />
Cosmetics - Microbiology - Detection of specified and non-specified<br />
microorganisms<br />
Norma publicada em: 2017/06. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />
com batom empregando método Pour Plate<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suíça<br />
Abstract: ISO 18415:2017 gives general guidelines for the detection and identification<br />
of specified microorganisms in cosmetic products as well as for the<br />
detection and identification of other kinds of aerobic mesophilic non-specified<br />
microorganisms in cosmetic products.<br />
https://www.iso.org/standard/72238.html<br />
ISO 22718<br />
Cosmetics - Microbiology - Detection of Staphylococcus aureus<br />
Norma publicada em: 2015/12. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada<br />
Artigo: Verificação da atividade microbiológica na região bucal recobertas<br />
com batom empregando método Pour Plate<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: ISO 22718:2015 gives general guidelines for the detection and<br />
identification of the specified microorganism Staphylococcus aureus in cosmetic<br />
products. Microorganisms considered as specified in this International<br />
Standard might differ from country to country according to national practices<br />
or regulations.<br />
https://www.iso.org/standard/68313.html<br />
ISO 16212<br />
Cosmetics - Microbiology - Enumeration of yeast and mould<br />
Norma publicada em: 2017/06. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça<br />
Abstract: ISO 16212:2017 gives general guidelines for enumeration of<br />
yeast and mould present in cosmetics by counting the colonies on selective<br />
agar medium after aerobic incubation.<br />
https://www.iso.org/standard/72241.html<br />
BS EN ISO 21148<br />
Cosmetics - Microbiology - General instructions for microbiological<br />
examination<br />
Norma publicada em: 2017/09. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética / Cosméticos. Artigos de higiene<br />
corporal.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: BSI.<br />
País de procedência/Região: Reino Unido.<br />
https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030348232<br />
BS EN ISO 18415<br />
Cosmetics - Microbiology - Detection of specified and non-specified<br />
microorganisms<br />
Norma publicada em: 2017/07. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética / Cosméticos. Artigos de higiene<br />
corporal / Outras normas relativas a microbiologia.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: BSI.<br />
País de procedência/Região: Reino Unido.<br />
https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030348229<br />
BS EN ISO 29621<br />
Cosmetics - Microbiology - Guidelines for the risk assessment and<br />
identification of microbiologically low-risk products<br />
Norma publicada em: 2017/04. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Microbiologia Cosmética.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: BSI.<br />
País de procedência/Região: Reino Unido.<br />
https://shop.bsigroup.com/ProductDetail?pid=000000000030337344<br />
ABNT NBR ISO 22718<br />
Cosméticos - Microbiologia - Detecção de Staphylococcus aureus<br />
Norma publicada em: 30/06/2008. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Outras normas relacionadas à microbiologia.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Resumo: Esta Norma fornece orientação geral para a detecção e identificação<br />
de microorganismo Satphylococcus aureus em produtos cosméticos.<br />
Microorganismos abrangidos nesta Norma podem diferir de país para país de<br />
acordo com as práticas ou regulamentações locais.<br />
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1156<br />
ABNT NBR ISO 21148<br />
Cosméticos - Microbiologia - Instruções gerais para pesquisa<br />
microbiológica<br />
Norma publicada em: 14/01/2008. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Outras normas relacionadas à microbiologia.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Resumo: Esta Norma fornece instruções gerais para realizar análises microbiológicas<br />
de produtos cosméticos, para garantir qualidade e segurança, de<br />
acordo com uma análise de risco apropriada (por exemplo, baixa atividade<br />
de água Aw, teor hidroalcoólico, valores extremos de pH).<br />
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1198<br />
ABNT NBR 16160<br />
Bisnaga de alumínio para produtos cosméticos - Requisitos e<br />
métodos de ensaio<br />
Norma publicada em: 21/03/2013. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Cosméticos. Artigos de higiene pessoal / Produtos de<br />
alumínio.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Entidade: ABNT.<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Resumo: Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para bisnagas<br />
de alumínio utilizadas em indústrias cosméticas, abrangendo definições,<br />
condições de recebimento e métodos de ensaio.<br />
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=196481<br />
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©2017 Waters Corporation. Waters and The Science of What’s Possible are registered trademarks of Waters Corporation.
Matéria de Capa<br />
30<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Novas Diretrizes<br />
A ciência se move rapidamente<br />
Atendimento ao cliente precisa manter o ritmo<br />
Com 30 anos de experiência<br />
em diagnósticos, ciências da vida<br />
e instrumentação analítica, Denise<br />
Schwartz entende o ritmo<br />
da ciência, seja trabalhando com<br />
pesquisas, laboratórios de rotina,<br />
indústrias ou setores acadêmicos,<br />
ela reconhece que um serviço rápido<br />
e confiável é uma das maiores<br />
necessidades de todos os clientes.<br />
Quando se juntou à Thermo Fisher<br />
Scientific, líder mundial à serviço da<br />
ciência, como Business Sales Head<br />
Executive do grupo de Cromatografia<br />
e Espectrometria de Massas, ela<br />
imediatamente voltou sua atenção<br />
para as melhorias nos atendimentos<br />
aos clientes no Brasil.<br />
Schwartz explica, “Com uma<br />
empresa de US$21 bilhões anuais<br />
e 70.000 funcionários, a Thermo<br />
Fisher é conhecida por uma combinação<br />
incomparável de tecnologias<br />
inovadoras e serviços abrangentes.<br />
Quero garantir que as experiências<br />
de nossos clientes excedam ou<br />
correspondam aos altos níveis alcançados<br />
em outros lugares.”<br />
Com esse objetivo, Schwartz<br />
reestruturou as equipes de serviços<br />
e aplicações que agora estão<br />
alinhadas para abordarem os desafios<br />
dos clientes.<br />
“Assim, podemos ajudar os<br />
clientes a encontrar a melhor solução,<br />
não apenas do ponto de vista<br />
do instrumento, mas também do<br />
ponto de vista da metodologia analítica,”<br />
comenta Schwartz.<br />
Dentre várias ações realizadas<br />
recentemente priorizamos o foco<br />
em treinamentos, qualificação do<br />
inventário e pronta entrega de<br />
consumíveis.<br />
Além disso, há uma reestruturação<br />
no canal de distribuição para<br />
melhorar a cobertura nacional. A<br />
Thermo Fisher conta com a colaboração<br />
da Nova Analítica, EBIO, Interprise,<br />
Sens, Astro 34, entre outros.<br />
Schwartz comenta, “Trabalhar<br />
com nossos distribuidores não<br />
apenas garante uma cobertura<br />
geográfica do ponto de vista comercial,<br />
mas também nos permite<br />
alavancar seus recursos para auxiliar<br />
nossos clientes localmente.<br />
Os distribuidores podem ampliar o<br />
alcance dos clientes já que contam<br />
com acesso ao nosso suporte técnico<br />
e equipe de aplicações, bem<br />
como, aos treinamentos de nossos<br />
produtos. Isso nos permite oferecer<br />
melhores serviços nos atendimentos<br />
aos clientes em todo o país.”<br />
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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18
Microbiologia<br />
Distribuidor Autorizado<br />
Staphylococcus epidermidis<br />
32<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Por Claudio Kiyoshi Hirai*<br />
O Staphylococcus epidermidis<br />
é uma bactéria Gram positiva,<br />
coagulase negativa, que é<br />
parte da nossa flora normal. O<br />
microrganismo coloniza a pele<br />
humana e mucosas, notadamente as<br />
superfícies úmidas como as axilas,<br />
narinas, etc. Consequentemente, é<br />
um patógeno oportunista, sendo um<br />
dos patógenos mais comumente<br />
associado a infecções hospitalares.<br />
Os indivíduos mais suscetíveis<br />
a infecção são os pacientes<br />
submetidos a terapia intravenosa,<br />
recém-nascidos, idosos, aqueles que<br />
utilizam cateteres e outros produtos<br />
médicos como bolsas, respiradores,<br />
próteses etc. O microrganismo<br />
produz um biofilme que age como<br />
um revestimento ao material plástico<br />
e células, e também causa resistência<br />
a fagocitose e resistência a alguns<br />
antibióticos.<br />
O microrganismo produz um<br />
biofilme que é um filme hidrofóbico,<br />
adesivo aos biopolimeros de próteses,<br />
ponta de cateteres etc., favorecendo<br />
infecções como as endocardites.<br />
O biofilme do Staphylococcus<br />
epidermidis consiste de clusters de<br />
células que estão mergulhados na<br />
substância extracelular (filme) de ate<br />
160 micrometros de espessura.<br />
O biofilme age ainda como barreira<br />
a difusão dos antibióticos e defesa<br />
imune.<br />
As infecções estão associadas<br />
com os produtos médicos, tais<br />
como válvulas cardíacas, , próteses,<br />
cateteres e feridas.<br />
As infecções de ponta de<br />
cateteres levam a episódios sérios<br />
de inflamação e secreção de pus. A<br />
septicemia e endocardite são também<br />
associados com o S. epidermidis. A<br />
sintomatologia inclue febre, fadiga,<br />
dispneia e anorexia.<br />
A endocardite e uma infecção<br />
das válvulas cardíacas e partes da<br />
musculatura cardíaca.<br />
Muito frequentemente o S.<br />
epidermidis contamina equipamentos<br />
hospitalares e superfícies ambientais,<br />
explicando a alta incidência em<br />
ambientes hospitalares.<br />
Na indústria farmacêutica e<br />
cosmética, este microrganismo pode<br />
provocar a degradação do produto<br />
e representar um risco sério para os<br />
consumidores.<br />
A contaminação do produto final<br />
é rara, sendo que na literatura são<br />
poucos os relatos. Um artigo publicado<br />
por Campana e colaboradores, no qual<br />
foi estudado a contaminação de 91<br />
produtos cosméticos, o S. epidermidis<br />
apareceu em somente dois casos, o<br />
primeiro em uma espuma de banho e<br />
outro em um shampoo.<br />
Um outro artigo publicado por<br />
Almoffarreh e colaboradores,<br />
pesquisaram ambientes de ar<br />
condicionado sendo que o S.<br />
epidermidis encontrado em 20,7%<br />
das analises.<br />
As espécies de estafilococos<br />
podem ser identificadas com base<br />
em suas características fenotípicas.<br />
A maioria das colônias te um<br />
diâmetro entre 1 a 3mm, após 24<br />
horas de incubação e de 3 a 8mm<br />
após 72 horas de incubação. A<br />
colônia típica de S. epidermidis não<br />
apresenta pigmentação da colônia, é<br />
coagulase negativo, aparecem como<br />
cocos gram positivos (coloração roxa/<br />
azulada), dispostos em grupos ou<br />
como descrito didaticamente, em<br />
forma de “cachos de uvas”.<br />
Para a correta identificação do S.<br />
epidermidis é necessário um número<br />
reduzido de provas (sete testes),<br />
envolvendo fermentação da xilose,<br />
sacarose, trealose, maltose e manitol,<br />
produção de hemolisina, crescimento<br />
anaeróbico em tioglicolato.<br />
*Claudio Kiyoshi Hirai é<br />
farmacêutico bioquímico, diretor<br />
científico da BCQ consultoria e<br />
qualidade, membro da American<br />
Society of Microbiology e membro<br />
do CTT de microbiologia da<br />
Farmacopeia Brasileira.<br />
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Metrologia<br />
34<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Reflexões sobre a educação<br />
em metrologia e qualidade<br />
Luciana e Sá Alves1, José Mauro Granjeiro2;<br />
1 Diretoria de Metrologia Científica e Industrial/Divisão de Metrologia Óptica<br />
2 Diretoria de Metrologia Aplicada às Ciências da Vida<br />
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia/Inmetro<br />
A ‘Metrologia’ é definida como<br />
ciência da medição e suas aplicações<br />
[1] e o artigo 'Metrology is key<br />
to reproducing results', publicado<br />
na revista Nature em julho de 2017<br />
[2], enfatiza a crise de reprodutibilidade<br />
da pesquisa científica como<br />
consequência da falta de pessoas<br />
habilitadas para realizar medições<br />
e com conhecimentos sobre as<br />
oportunidades de validar as medições<br />
apropriadamente. Nos anos de<br />
2005 e 2010, duas publicações de<br />
entidades científicas brasileiras já<br />
indicavam a importância da educação<br />
em metrologia para o país.<br />
O documento “Pensando o Futuro:<br />
o desenvolvimento da física e sua<br />
inserção na vida social e econômica<br />
do país” foi publicado pela Sociedade<br />
Brasileira de Física no ano de<br />
2005 [3], ressalta que a Metrologia<br />
é um dos desafios multidisciplinares<br />
para o desenvolvimento da física e<br />
que a maior necessidade brasileira<br />
na área é a atração de pessoal de<br />
alta qualificação científica e tecnológica.<br />
Conforme o documento, a área<br />
da metrologia está associada ao<br />
atendimento às exigências de uma<br />
sociedade que pretende se tornar<br />
plenamente industrializada, a um<br />
salto qualitativo na capacidade de<br />
conceber e realizar experimentos,<br />
a uma linguagem comum e padronizada,<br />
aos procedimentos que assegurem<br />
a confiança nos resultados<br />
de medições, à segurança e ao<br />
bem-estar e às barreiras técnicas<br />
ao comércio.<br />
No documento “Consolidação das<br />
recomendações da 4ª Conferência<br />
Nacional de Ciência e Tecnologia e<br />
Inovação para o Desenvolvimento<br />
Sustentável”, aparece, como uma<br />
das recomendações, o apoio a programas<br />
de capacitação para enfrentar<br />
os desafios da metrologia em<br />
novas áreas, como a biotecnologia,<br />
a nanotecnologia, as mudanças climáticas<br />
e as energias renováveis. [4]<br />
A educação em metrologia é o<br />
tema de um capítulo nas quatro<br />
edições quadrienais do documento<br />
“Diretrizes Estratégicas para a Metrologia<br />
Brasileira” desde o ano de<br />
2003. Este documento é aprovado<br />
pelo Conselho Nacional de Metrologia,<br />
Normalização e Qualidade<br />
Industrial - CONMETRO e descrito<br />
como instrumento da política metrológica<br />
brasileira, orientativo das<br />
ações das diversas instituições ligadas<br />
à metrologia e da aplicação<br />
de recursos governamentais para o<br />
efetivo desenvolvimento da metrologia<br />
no País. [5]<br />
Os capítulos, nos quatro documentos,<br />
descrevem o mesmo contexto<br />
para o ensino de metrologia:<br />
•É essencial para o aumento da<br />
qualidade dos produtos e processos,<br />
com consequente aumento da competitividade<br />
das indústrias e desenvolvimento<br />
industrial do país.<br />
•Há carência clara de conceitos<br />
fundamentais de metrologia em<br />
muitas áreas de formação.<br />
As onze diretrizes que estão em<br />
vigor para o quadriênio 2018-2022<br />
foram classificadas no quadro 1<br />
conforme as “formas de ensino” [6]<br />
ou “modos de educação” [7]: <strong>Ed</strong>ucação<br />
Formal, <strong>Ed</strong>ucação Não Formal<br />
e <strong>Ed</strong>ucação Informal.<br />
A <strong>Ed</strong>ucação Formal acontece<br />
nas instituições oficiais de ensino<br />
reconhecidas pela instância legal do<br />
país, como o Ministério da <strong>Ed</strong>ucação<br />
(MEC) do Brasil. É o sistema educativo<br />
hierárquico e cronologicamente<br />
estruturado, com todas as suas<br />
partes - burocráticas e curriculares<br />
- interconectadas e em mútua<br />
dependência. A <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal<br />
é qualquer atividade educacional<br />
organizada fora do sistema formal<br />
estabelecido, orientada a servir a<br />
usuários específicos e com objetivos<br />
de aprendizagem evidenciáveis.<br />
Algumas das características que a<br />
diferem da <strong>Ed</strong>ucação Formal são:<br />
menos hierarquia, menos burocracia,<br />
duração variável e atividades<br />
independentes, sem a necessidade<br />
de um sistema sequencial de<br />
progressão, de uma instituição oficial<br />
de ensino e do reconhecimento legal. É<br />
conhecida, também, como educação<br />
não-escolar ou extraescolar A<br />
<strong>Ed</strong>ucação Informal é o processo para<br />
aquisição de valores e conhecimentos<br />
e para o desenvolvimento de atitudes<br />
e habilidades que ocorre durante toda<br />
a vida graças à experiência diária de<br />
interação com o mundo – família,<br />
trabalho, lazer [6 a 9]. A experiência<br />
de educação informal não é dirigida<br />
para atingir a um público específico,<br />
o que impede que objetivos de<br />
aprendizagem sejam evidenciados<br />
e mensurados, inviabilizando a<br />
emissão de certificados que atestem<br />
Quadro 1: Classificação das diretrizes estratégicas para a educação em metrologia de<br />
acordo com as formas de ensino ou modos de educação:<br />
<strong>Ed</strong>ucação Formal <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal <strong>Ed</strong>ucação Informal<br />
I. intensificar as parcerias com<br />
as instituições de ensino brasileiras<br />
visando a inserção de conteúdos de<br />
metrologia nas disciplinas dos cursos<br />
de nível superior e profissionalizantes;<br />
VII. consolidar e expandir os<br />
programas de ensino técnico<br />
profissional e de Pós-Graduação<br />
do Inmetro, expandindo a oferta à<br />
sociedade de cursos relacionados à<br />
Metrologia, Qualidade e Tecnologia;<br />
VIII. incentivar a implantação<br />
de escolas e de cursos técnicos<br />
profissionalizantes de nível médio<br />
em todas as regiões do Brasil, em<br />
consonância com os programas de<br />
governo existentes”.<br />
Capacitação (<strong>Ed</strong>ucação Formal<br />
e <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal)<br />
III. promover uma política de<br />
apoio e incentivo à realização de<br />
cursos especializados, congressos,<br />
seminários, workshops e outros<br />
eventos de capacitação em metrologia,<br />
incluindo a consolidação e expansão<br />
dos eventos nacionais e internacionais<br />
de metrologia já existentes;<br />
VI. ampliar e aprimorar os programas<br />
de capacitação de recursos humanos<br />
para as operações e administração da<br />
metrologia legal, especialmente para<br />
os integrantes da RBMLQ-I e Redes<br />
Metrológicas Estaduais, bem como<br />
criar mecanismos para multiplicar o<br />
número de auditores e avaliadores<br />
qualificados no Brasil;<br />
IX. elaborar o programa de<br />
residência tecnológica em metrologia,<br />
avaliação da conformidade e<br />
tecnologias, visando à capacitação<br />
técnica associada ao treinamento<br />
especializado;<br />
XI. implementar programas para<br />
formação e certificação de pessoas<br />
com competências necessárias para<br />
exercer as funções de técnicos,<br />
especialistas e agentes em metrologia<br />
e avaliação da conformidade.<br />
X. promover a capacitação de<br />
docentes e a realização de cursos<br />
especializados em metrologia e<br />
avaliação da conformidade;<br />
Quadro 2: Levantamento das Atividades <strong>Ed</strong>ucacionais<br />
1094 treinamentos presenciais e<br />
64 a distância; 10 cursos técnicos,<br />
34 cursos de aperfeiçoamento/pósmédio;<br />
82 cursos de graduação, 99<br />
cursos de especialização presenciais,<br />
1 curso de especialização a distância,<br />
76 cursos de mestrado e 40 cursos<br />
de doutorado;<br />
Materiais<br />
(<strong>Ed</strong>ucação Informal)<br />
175 artigos, 9 revistas (247 ed),<br />
20 boletins (515 ed), 19 relatórios,<br />
12 manuais, 54 livros, 68 folder, 1<br />
Newsletter (4 ed), 29 cartilhas, 3<br />
Planos Estratégicos, 6 Memórias<br />
Institucionais (37 ed), 1 Relatório de<br />
Gestão; 795 vídeos, 334 áudios e<br />
4316 fotos (audiovisuais); 2 Poster, 1<br />
CD Rom; 2 Sequências Didáticas<br />
II. promover e estimular a produção<br />
e publicação de literatura, incluindo<br />
livros didáticos, teses, estudos e<br />
pesquisas no âmbito da metrologia;<br />
VI. promover, estimular e realizar<br />
programas e ações para conscientização<br />
e sensibilização dos<br />
poderes públicos, setores produtivos<br />
de ensino, consumidores e<br />
população em geral, sobre os aspectos<br />
estratégicos associados à<br />
metrologia legal;<br />
V. estimular a mobilização nas associações<br />
técnicas e científicas, bem<br />
como entidades de classe, para a<br />
difusão da cultura metrológica e da<br />
normalização técnica junto aos seus<br />
associados;<br />
Outros (atividades distintas<br />
daquilo classificado nas outras<br />
duas categorias)<br />
Seminários e Palestras, Prêmios e<br />
Concursos; Programas de Formação;<br />
Inscrição em Newsletter; Museu<br />
ou Espaço de divulgação; Museu<br />
virtual; Museu móvel; Projetos e sites<br />
especiais; Softwares; Jogos; Visitas<br />
guiadas; <strong>Ed</strong>itora; Programas de Rádio;<br />
Campus Virtual; Centros de Formação;<br />
Curso em planejamento; <strong>Revista</strong> “De<br />
Acuerdo” (interinstitucional).<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
35
Metrologia<br />
36<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Quadro 3: Número total de cursos relacionados com a educação em metrologia e qualidade<br />
Curso técnico<br />
Aperfeiçoamento<br />
(pós-médio)<br />
o desenvolvimento de competências.<br />
Quais são as atividades<br />
educacionais em metrologia que<br />
acontecem no Brasil e em países<br />
vizinhos?<br />
A pesquisa exploratória com<br />
abordagem qualitativa, feita no<br />
primeiro semestre de 2017, buscou<br />
atividades educacionais descritas nos<br />
sites das instituições participantes<br />
da infraestrutura da qualidade<br />
dos Estados membros do Bureau<br />
International des Poids et Mesures<br />
(BIPM) localizados na América do Sul<br />
(Argentina, Brasil, Chile, Colombia,<br />
Uruguai e Venezuela). Com exceção da<br />
Venezuela, ao clicar no nome de cada<br />
um dos países, uma das categorias de<br />
informação é “Quality Infrastructure”,<br />
onde há a lista de todas as instituições<br />
participantes. A partir da pesquisa<br />
nos sites dessas instituições, todas<br />
as atividades educacionais com<br />
informações disponíveis online foram<br />
contabilizadas e descritas. [10]<br />
Atividades educacionais foram<br />
identificadas em 24 instituições<br />
nos cinco países com infraestrutura<br />
da qualidade descrita no site do<br />
BIPM [11]. O quadro 2 organiza<br />
os resultados obtidos em três<br />
categorias - Capacitação (<strong>Ed</strong>ucação<br />
Formal e <strong>Ed</strong>ucação Não-Formal);<br />
Materiais (<strong>Ed</strong>ucação Informal) e<br />
Outros (atividades distintas daquilo<br />
classificado nas outras duas<br />
Graduação<br />
categorias).<br />
Especialização<br />
Bases para um projeto sobre<br />
a educação em metrologia no<br />
Brasil<br />
A análise de todas as atividades<br />
permitiu identificar 16 materiais<br />
como estritamente associados à<br />
educação em metrologia, qualidade<br />
e avaliação da conformidade. Entre<br />
estes, dez materiais são publicados<br />
em língua espanhola e precisariam<br />
ser traduzidos para a língua<br />
portuguesa. [11]<br />
A oferta de cursos técnicos<br />
e pós-graduações acontece<br />
em oito instituições. Três delas<br />
também oferecem graduações<br />
[11]. O número total de cursos<br />
relacionados com a educação<br />
em metrologia e qualidade,<br />
classificados nas categorias curso<br />
técnico, aperfeiçoamento (pósmédio),<br />
graduação, especialização,<br />
mestrado e doutorado, é<br />
apresentado no quadro 3.<br />
A ocorrência de um único curso<br />
técnico em Metrologia, no Brasil<br />
(INMETRO), pode indicar que esse<br />
nível educacional não é adequado<br />
para a formação especializada<br />
fora do ensino superior, melhor<br />
desenvolvida, dada a quantidade de<br />
cursos, em nível de aperfeiçoamento<br />
(pós-médio). Nessa perspectiva,<br />
uma ação seria a extinção do curso<br />
Mestrado<br />
Doutorado<br />
01 26 02 06 04 02<br />
técnico em Metrologia do INMETRO<br />
e a organização de cursos de<br />
aperfeiçoamento (pós-médio). [11]<br />
No ensino superior, o nível<br />
educacional da graduação<br />
relacionado à metrologia e qualidade<br />
não é atendido no Brasil. O curso de<br />
“Ingeniería Industrial con orientación<br />
en eficiencia y calidad industrial”<br />
do Instituto Nacional de Tecnología<br />
Industrial (INTI/Argentina) poderia<br />
ser utilizado de dois modos - como<br />
modelo para uma nova habilitação<br />
em Engenharia e para inspirar o<br />
desenvolvimento de disciplinas<br />
que integrem os currículos de<br />
habilitações já existentes [11].<br />
No Brasil, todos cursos de<br />
pós-graduação oferecidos pelas<br />
instituições da infraestrutura da<br />
qualidade são em nível de mestrado<br />
e doutorado. A identificação de<br />
seis cursos de especialização<br />
para a educação em metrologia<br />
e qualidade, nos outros países,<br />
demonstram a viabilidade desse<br />
nível de formação e estimulam a<br />
reflexão para o planejamento de<br />
cursos de especialização no Brasil<br />
[11].<br />
Ações para a formação de<br />
professores apareceram nas<br />
instituições INTI, CNEA e INMETRO,<br />
mas os sites destas instituições não<br />
mostraram informações suficientes<br />
para compreender como as ações<br />
ocorrem. Do mesmo modo, há<br />
pouca informação sobre o curso de<br />
doutorado em “Calidad y Innovación<br />
Industrial” identificado no site do<br />
INTI/Argentina. Por serem as etapas<br />
inicial e terminal de uma trilha de<br />
educação formal em metrologia e<br />
qualidade, conhecer melhor essas<br />
iniciativas pode ser o primeiro passo<br />
para estabelecer o intercâmbio entre<br />
instituições congêneres e iniciar o<br />
projeto de educação em metrologia<br />
e qualidade para o Brasil [11].<br />
Referências<br />
[1] Brasil. Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria e Comércio Exterior.<br />
INMETRO. Vocabulário Internacional<br />
de Metrologia: conceitos fundamentais<br />
e gerais de termos associados<br />
(VIM 2012). Duque de Caxias, RJ: 2012.<br />
http://www.inmetro.gov.br/inovacao/<br />
publicacoes/vim_2012.pdf Acesso em<br />
27 ago. 2018.<br />
[2] SENÉ, M. GILMORE, I. JANSSEN, J.T.<br />
Metrology is key to reproducing results.<br />
Nature. Vol 547. 27 July 2017. p. 3<strong>97</strong>-<br />
399. Disponível em < https://www.<br />
nature.com/news/metrology-is-key-<br />
-to-reproducing-results-1.22348><br />
Acesso em 27 ago. 2018.<br />
[3] A. CHAVES; R.C. SHELLARD. (editores).<br />
“Física para o Brasil: Pensando<br />
o Futuro.” São Paulo: Sociedade Brasileira<br />
de Física, 2005. Disponível em <<br />
http://www.sbfisica.org.br/v1/arquivos_diversos/publicacoes/FisicaBrasil_Dez05.pdf><br />
Acesso 27 ago. 2018.<br />
[4] Ministério da Ciência e Tecnologia<br />
(MCT). Centro de Gestão e Estudos<br />
Estratégicos (CGEE). “Consolidação das<br />
recomendações da 4ª Conferência Nacional<br />
de Ciência e Tecnologia e Inovação<br />
para o Desenvolvimento Sustentável;<br />
Conferências Nacional, Regionais e<br />
Estaduais e Fórum Municipal de C,T&I.<br />
Brasília: 2010. Disponível em .<br />
Acesso 27 ago. 2018.<br />
[5] BRASIL. Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria e Comércio Exterior<br />
(MDIC). Conselho Nacional de Metrologia,<br />
Normalização e Qualidade Industrial<br />
(CONMETRO). Comitê Brasileiro<br />
de Metrologia (CBM). Diretrizes Estratégicas<br />
para a Metrologia Brasileira<br />
2018-2022. Disponível em Acesso 27 Ago.<br />
2018.<br />
[6] Bianconi M L, Caruso F Cienc.<br />
Cult. <strong>Ed</strong>ucação não-formal. 57, n. 4,<br />
2005. http://cienciaecultura.bvs.br/<br />
scielo.php?script=sci_arttext&pid<br />
=S0009-67252005000400013 Acesso<br />
27 Ago. 2018.<br />
[7] Pastor Homs M I 2001 <strong>Revista</strong><br />
Española de Pedagogia Orígenes y evolución<br />
del concepto de educación no<br />
formal 220. https://dialnet.unirioja.<br />
es/descarga/articulo/23701.pdf Acesso<br />
27 ago. 2018<br />
[8] P. H. COOMBS; R.C. PROSSER; M.<br />
AHMED (1<strong>97</strong>3a) New Paths To Learning<br />
for Rural Children and Youth (International<br />
Council for <strong>Ed</strong>ucational Development<br />
for UNICEF). Apud PASTOR HOMS,<br />
M.I.. “Orígenes y evolución del concepto<br />
de educación no formal”, in <strong>Revista</strong><br />
Española de Pedagogia, año LIX, no<br />
220, septiembre-diciembre, 2001,<br />
p. 525-544. Disponível em <br />
Acesso 27 ago. 2018<br />
[9] M. GADOTTI. A questão da educação<br />
formal/não-formal. Institut international<br />
des droits de l’enfant (ide).<br />
Droit à l’éducation: solution à tous les<br />
problèmes ou problème sans solution?<br />
Sion (Suisse), 18 au 22 octubre 2005.<br />
Disponível em < http://www.ceap.br/<br />
material/MAT02102013190417.pdf><br />
Acesso 27 ago. 2018<br />
[10] Bureau International des Poids<br />
et Mesures (BIPM). Member States.<br />
<br />
[11] Alves, L.S.; Granjeiro, J.M.<br />
Thinking the Future: Development of<br />
Metrology <strong>Ed</strong>ucation in Brazil. IMEKO<br />
TC1-TC7-TC13 Symposium: “Measurement<br />
Science Challenges in Natural<br />
and Social Sciences”. Rio de Janeiro:<br />
2017. 2017 IMEKO TC1-TC7-TC13 Joint<br />
Symposium IOP Publishing. IOP Conf.<br />
Series: Journal of Physics: Conf. Series<br />
1044 (2018) 012071 Disponível<br />
em < http://iopscience.iop.org/article/10.1088/1742-6596/1044/1/012071/<br />
pdf> Acesso em 27 Ago. 2018<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
37
38<br />
Espectrometria de Massa<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
A fonte de íons por impacto de elétrons na<br />
espectrometria de massas<br />
Por Oscar Vega Bustillos*<br />
Átomos e moléculas no estado<br />
gasoso são de difícil manipulação<br />
no laboratório, somente suas pressões<br />
podem ser variadas. Uma<br />
vez que estes átomos e moléculas<br />
são ionizados, os íons produzidos<br />
podem facilmente ser controlados<br />
por campos eletromagnéticos. A<br />
espectrometria de massas analisa a<br />
relação massa/carga destes átomos<br />
e moléculas por meio da manipulação<br />
de trajetórias iônicas dentro de<br />
campos eletromagnéticos.<br />
O compartimento físico onde é<br />
realizada a ionização das moléculas<br />
neutras do analito a ser estudado<br />
por espectrometria de massas é<br />
conhecido como “Fonte de íons”,<br />
que também qualifica o instrumento<br />
para sua finalidade analítica.<br />
Uma das técnicas para ionizar átomos<br />
e moléculas na espectrometria<br />
de massas pode ser por impacto de<br />
elétrons ou EI (Electron Ionization).<br />
A mesma requer que a fonte de<br />
íons esteja em alto vácuo para não<br />
ter interferência com as moléculas<br />
da atmosfera do laboratório. Nesta<br />
técnica, elétrons liberados por um<br />
filamento aquecido, colidem com<br />
moléculas gasosas que entram na<br />
fonte de íons. O produto da colisão<br />
elétron-molécula é um íon positivo<br />
ou negativo num estado eletrônico<br />
vibracional excitado.<br />
Os íons foram descobertos por<br />
Michel Faraday em 1830, quando<br />
trabalhava com células eletroquímicas.<br />
Ele verificou que um grupo<br />
de moléculas, carregadas negativamente,<br />
viajava em direção ao anodo<br />
da célula e outro grupo de moléculas,<br />
carregadas positivamente, viajava<br />
em direção ao catodo. Estas<br />
moléculas carregadas, positivamente<br />
ou negativamente, Faraday deu o<br />
nome de “íons”, que em grego significa<br />
“viajantes”.<br />
Curiosamente, quem descreveu<br />
o mecanismo dos íons foi o químico<br />
sueco Svante Arrehenius na sua<br />
tese de doutorado em 1884. Ele<br />
estudou as propriedades conduto-<br />
ras das dissoluções eletrolíticas; sua<br />
tese foi muito criticada pela banca<br />
examinadora e foi aprovada com<br />
a menor nota na Universidade de<br />
Uppsala. Em 1903 a mesma tese<br />
ganhou o Premio Nobel de química<br />
em reconhecimento aos extraordinários<br />
serviços prestados no avanço<br />
da química por meio de sua teoria<br />
da dissociação eletrolítica.<br />
Assim, o íon positivo é todo átomo<br />
ou molécula que perdeu um ou<br />
mais elétrons da sua camada eletrônica<br />
externa e o íon negativo é todo<br />
átomo ou molécula que ganhou um<br />
ou mais elétrons na sua camada<br />
eletrônica.<br />
O canadense-americano Arthur<br />
Dempster, em sua tese publicada<br />
em 1916, utilizou pela primeira vez<br />
a técnica de ionização por impacto<br />
de elétrons. Dempster explica como<br />
acontece este fenômeno: Quando<br />
uma corrente elétrica é aplicada a<br />
um filamento, o mesmo será aquecido<br />
pelo efeito Joule até a incandescência,<br />
emitindo elétrons como<br />
mostra a Fig.1A. Um potencial de<br />
aproximadamente 70 V é mantido<br />
entre o filamento e a placa colimadora<br />
de tal forma que os elétrons<br />
sejam acelerados com uma energia<br />
média de 70 eV. Estes elétrons interagem<br />
com as moléculas neutras<br />
do analito tornando-as íons positivos<br />
e negativos. Na fonte de íons são<br />
instalados dois imãs permanentes<br />
criando um caminho helicoidal dos<br />
elétrons energizados, aumentando<br />
a probabilidade de interação com<br />
as moléculas neutras, acrescendo<br />
assim o número de íons na fonte<br />
(Fig.1B).<br />
O valor de 70 eV é comum, porque<br />
a probabilidade de ionização, para<br />
muitos compostos, é maximizada<br />
próximo deste valor, como pode ser<br />
visto na Fig. 2A. A produção de íons<br />
diminui para valores maiores de 70<br />
eV devido às reações íon-molécula<br />
no interior da fonte de íons.<br />
Como exemplo, a ionização do<br />
gás nitrogênio (N2) por impacto do<br />
elétron primário, ep-, faz com que<br />
a molécula, em seu estado fundamental,<br />
seja elevada a energias<br />
maiores e escapando do poço de<br />
potencial da molécula neutra. Um<br />
elétron secundário es-, é também<br />
liberado pela molécula de nitrogênio,<br />
tal como é descrito na seguinte<br />
equação.<br />
interagem com as moléculas neutras do analito tornando-as íons positivos e negativos. Na<br />
fonte de íons são instalados dois imãs permanentes criando um caminho helicoidal dos<br />
elétrons energizados, aumentando a probabilidade de interação com as moléculas neutras,<br />
acrescendo assim o número de íons na fonte (Fig.1B).<br />
O valor de 70 eV é comum, porque a probabilidade de ionização, para muitos compostos, é<br />
maximizada próximo deste valor, como pode ser visto na Fig. 2A. A produção de íons diminui<br />
para valores maiores de 70 eV devido às reações íon-molécula no interior da fonte de íons.<br />
Como exemplo, a ionização do gás nitrogênio (N2) por impacto do elétron primário, ep - , faz<br />
com que a molécula, em seu estado fundamental, seja elevada a energias maiores e<br />
escapando do poço de potencial da molécula neutra. Um elétron secundário es - , é também<br />
liberado pela molécula de nitrogênio, tal como é descrito na seguinte equação.<br />
−<br />
+ . − −<br />
ep<br />
(70eV)<br />
+ N2 → N2<br />
+ es<br />
+ ep<br />
( 54.5eV)<br />
O impacto do elétron primário pode também aumentar a energia vibracional do cátion<br />
resultante, que tem uma função importante na espectrometria de massas. Na medida em que<br />
a razão de vibração e o alongamento da ligação aumentam, a probabilidade de rompimento da<br />
ligação também aumenta. A ruptura da ligação resulta na fragmentação do íon precursor,<br />
como se fosse uma taça de cristal que se quebra ao cair no chão. Na investigação de<br />
moléculas gasosas por espectrometria de massas, observa-se frequentemente que a<br />
magnitude dos fragmentos detectados é muito maior que a do íon precursor, conhecido como<br />
íon molécula. O padrão de fragmentação depende da composição do íon precursor e o exame<br />
do padrão de fragmentação leva a uma compreensão da estrutura e composição do íon<br />
precursor. Para o nitrogênio a única fragmentação possível é o íon N + . Neste ponto, a<br />
ionização por EI do analito nitrogênio esta completa e os íons N2 + , N + e a contribuição isotópica<br />
15<br />
N 14 N + devem ser agora direcionados para o espectrômetro de massas onde serão<br />
discriminados segundo a razão m/z (Fig.2B).<br />
O impacto do elétron primário<br />
pode também aumentar a energia<br />
vibracional do cátion resultante, que<br />
tem uma função importante na espectrometria<br />
de massas. Na medida<br />
em que a razão de vibração e o<br />
alongamento da ligação aumentam,<br />
a probabilidade de rompimento da<br />
ligação também aumenta. A ruptura<br />
da ligação resulta na fragmentação<br />
do íon precursor, como se fosse<br />
uma taça de cristal que se quebra<br />
ao cair no chão. Na investigação de<br />
moléculas gasosas por espectrometria<br />
de massas, observa-se frequentemente<br />
que a magnitude dos fragmentos<br />
detectados é muito maior<br />
que a do íon precursor, conhecido<br />
como íon molécula. O padrão de<br />
fragmentação depende da composição<br />
do íon precursor e o exame<br />
do padrão de fragmentação leva a<br />
uma compreensão da estrutura e<br />
composição do íon precursor. Para<br />
o nitrogênio a única fragmentação<br />
possível é o íon N+. Neste ponto, a<br />
ionização por EI do analito nitrogênio<br />
esta completa e os íons N2+, N+ e<br />
a contribuição isotópica 15N14N+<br />
devem ser agora direcionados para<br />
o espectrômetro de massas onde<br />
serão discriminados segundo a razão<br />
m/z (Fig.2B).<br />
Na fonte de ionização por impacto<br />
de elétrons produz 70% de<br />
íons positivos e o restante de íons<br />
negativos. Isso ocorre porque existe<br />
uma probabilidade maior de arrancar<br />
elétrons das moléculas neutras.<br />
Um pequeno percentual, menor que<br />
Na fonte de ionização por impacto de elétrons produz 70% de íons positivos e o restante de<br />
íons negativos. Isso ocorre porque existe uma probabilidade maior de arrancar elétrons das<br />
moléculas neutras. Um pequeno percentual, menor que 0,01%, dos íons positivos produzidos<br />
na fonte, são transferidos para dentro do analisador do espectrômetro de massas quadrupolar<br />
(Fig.2B).<br />
A ionização por EI geralmente é utilizada em interfases, como a da cromatografia a gás<br />
acoplada a espectrometria de massas GC/MS, ou na ionização de sondas com amostra sólida.<br />
As amostras podem ser sólidas, liquidas ou gasosas, a única condição, que sejam voláteis. Esta<br />
técnica de ionização é considerada uma ionização “forte” já que produz, além do íon molécula<br />
ou íon precursor, vários fragmentos iônicos conhecidos como íons produtos, que descrevem<br />
fielmente a estrutura molecular do analito em estudo.<br />
O espectro de massas, gerado pela ionização por impacto de elétrons das moléculas em<br />
estudo, é reprodutivo, equivalente à impressão digital molecular, condicionado somente pela<br />
energia dos elétrons de ionização de 70 eV. Graças a este fenômeno, no ano de 1969, foi<br />
gerado um banco de dados de espectros de massas da maioria das moléculas químicas voláteis<br />
0,01%, dos íons positivos produzidos<br />
na fonte, são transferidos para<br />
dentro do analisador do espectrômetro<br />
de massas quadrupolar<br />
(Fig.2B).<br />
A ionização por EI geralmente é<br />
utilizada em interfases, como a da<br />
cromatografia a gás acoplada a espectrometria<br />
de massas GC/MS, ou<br />
na ionização de sondas com amostra<br />
sólida. As amostras podem ser<br />
sólidas, liquidas ou gasosas, a única<br />
condição, que sejam voláteis. Esta<br />
técnica de ionização é considerada<br />
uma ionização “forte” já que produz,<br />
além do íon molécula ou íon precursor,<br />
vários fragmentos iônicos conhecidos<br />
como íons produtos, que<br />
descrevem fielmente a estrutura<br />
molecular do analito em estudo.<br />
O espectro de massas, gerado<br />
pela ionização por impacto de elétrons<br />
das moléculas em estudo, é<br />
reprodutivo, equivalente à impressão<br />
digital molecular, condicionado<br />
somente pela energia dos elétrons<br />
de ionização de 70 eV. Graças a<br />
este fenômeno, no ano de 1969, foi<br />
gerado um banco de dados de espectros<br />
de massas da maioria das<br />
moléculas químicas voláteis pela<br />
agencia americana NIST (National<br />
Institute of Standards and Technology).<br />
A maioria dos analisadores de<br />
GC/MS é comercializada com um<br />
banco de dados da NIST.<br />
As vantagens da ionização EI são:<br />
Análise reprodutiva. Alta eficiência<br />
de ionização. A ionização não é<br />
seletiva. Elevada fragmentação da<br />
molécula descrevendo a estrutura<br />
molecular do analito. Interfaceamento<br />
com o cromatógrafo a gás<br />
(GC). Banco de dados de espectros<br />
de massas que facilita a identificação<br />
e estrutura do analito.<br />
F 1<br />
A) F 1<br />
B)<br />
F 2<br />
A) F 2<br />
B)<br />
Figura 1: A) Um filamento emissor de elétrons com energia 70<br />
eV. B) Fonte de íons por impacto de elétrons gerando íons positivos<br />
e negativos. Em destaque os imãs permanentes utilizados<br />
para produzir maior número de íons.<br />
Figura 2. A) Energia de elétrons requerida para ionização de gases.<br />
Note que para a maioria dos gases, elétrons com energias<br />
de 70 eV produzem um número máximo de moléculas gasosas<br />
ionizadas. B) Espectro de massas do gás nitrogênio gerado via<br />
ionização de elétrons, apresentam os íons N+ (m/z=14), N2+<br />
(m/z=28) e a contribuição isotópica 15N14N+ (m/z=29).<br />
As desvantagens da ionização EI<br />
são: A amostra tem que ser volátil. A<br />
ionização cria alta energia interna na<br />
molécula do analito. Não pode ser<br />
interfaceada com a cromatografia líquida<br />
(LC). Os rearranjos iônicos dificultam<br />
a interpretação do espectro<br />
de massas. A análise é limitada para<br />
analitos com massas moleculares<br />
inferiores a 600 Daltons. Elevado<br />
fracionamento molecular complica<br />
a leitura do espectro de massas. É<br />
imprescindível um sistema de alto<br />
vácuo para geração de íons.<br />
Referências bibliográficas<br />
Stenhagen, E., Abrahamsson, S. e McLafferty,<br />
F.W. Atlas mass spectral data. Vol. 1, 2 e 3.<br />
John Wiley and Sons. New York. 1969.<br />
Bustillos, O.V., Sassine, A., March, R. A espectrometria<br />
de massas quadrupolar. 1ª. <strong>Ed</strong>ição.<br />
Scortecci editora, São Paulo. 2003.<br />
*Oscar Vega Bustillos<br />
Pesquisador do Centro de Química<br />
e Meio Ambiente CQMA do Instituto<br />
de Pesquisas Energéticas e Nucleares<br />
IPEN/CNEN-SP<br />
55 11 3133 9343<br />
ovega@ipen.br<br />
www.vegascience.blogspot.com.br<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
39
Análise de Minerais<br />
A importância da validação de métodos<br />
analíticos em análises granulométricas<br />
Por <strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo*<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O desenvolvimento de um novo<br />
método analítico ou a adaptação<br />
e implementação de um método<br />
já normalizado ou descrito na literatura<br />
técnica, envolve um processo<br />
de avaliação que estime<br />
sua eficiência na rotina do laboratório.<br />
À esse processo, habitualmente,<br />
denomina-se validação.<br />
O objetivo da validação consiste<br />
em demonstrar que um determinado<br />
método analítico proposto é<br />
adequado ao que se propõe; ou<br />
seja, garantir que a metodologia<br />
analítica seja exata e precisa, além<br />
de estável, reprodutível e flexível<br />
para uma faixa específica de uma<br />
substância que se espera identificar<br />
ou quantificar. Em suma, validar<br />
significa garantir que as análises<br />
de rotina reproduzam valores<br />
consistentes se comparadas a um<br />
valor de referência.<br />
Com isso, temos que o método<br />
é considerado validado quando o<br />
mesmo é avaliado segundo uma<br />
série de parâmetros estabelecidos,<br />
como: especificidade e seletividade,<br />
linearidade, intervalo ou<br />
faixa de trabalho, precisão, limite<br />
de detecção, limite de quantificação,<br />
exatidão e robustez (repetitividade)<br />
e apresenta o desempenho<br />
esperado.<br />
A validação de um método vai<br />
além de se obter resultados de<br />
exatidão idênticos para uma série<br />
de medidas realizadas. Ela inclui<br />
além dos parâmetros ditos anteriormente,<br />
uma completa análise<br />
considerando diferentes analistas,<br />
equipamentos de medição e ensaio,<br />
métodos de análise e quaisquer<br />
outras possíveis fontes de<br />
variação do processo analítico.<br />
Para auxiliar no processo de<br />
validação de um método, uma<br />
vasta literatura está disponível,<br />
dividindo-se entre os mais amplos<br />
campos, entre elas: ABNT<br />
NBR ISO/IEC 17025 que trata dos<br />
requisitos gerais para competência<br />
de laboratórios de calibração<br />
e ensaios; INMETRO DOQ-CG-<br />
CRE-008: orientação sobre validação<br />
de métodos analíticos; EU-<br />
RACHEM: The Fitness for Purpose<br />
of <strong>Analytica</strong>l Methods; ou ANVISA:<br />
Resolução 899.<br />
Em virtude da importância da validação<br />
de um método de análise,<br />
o primeiro passo e de todos o mais<br />
importante para se ter sucesso<br />
nesta empreitada é o planejamento<br />
do processo de validação do método<br />
desenvolvido ou adaptado. Um<br />
bom planejamento deve conter, minimamente,<br />
as etapas de:<br />
(i) Definição clara do objetivo do<br />
método analítico que se encontra<br />
em desenvolvimento e validação;<br />
(ii) Definição dos parâmetros<br />
de desempenho e critérios de<br />
aceitação a serem considerados<br />
como validadores do método;<br />
(iii) Quantos e quais experimentos<br />
preliminares serão realizados<br />
com o objetivo de se definir a<br />
conformidade do sistema de medição<br />
a ser utilizado nos ensaios<br />
de validação;<br />
(iv) O protocolo de avaliação ou<br />
plano mestre de validação que<br />
será utilizado e quais experimentos<br />
serão realizados para validar<br />
o método desenvolvido;<br />
(v) Relatório de validação com todos<br />
os detalhes dos testes e a análise<br />
estatística detalhada dos dados.<br />
Quanto melhor e mais detalhado<br />
for o planejamento, maiores<br />
são as chances de se ter sucesso<br />
na validação do novo método.<br />
Assim, dada à importância do<br />
tema validação associada às fortes<br />
regulamentações de alguns setores<br />
ou às necessidades de comerciais<br />
de tantos outros, os laboratórios<br />
de todos os âmbitos devem estar<br />
atentos aos seus métodos analíticos<br />
e sua adequada validação,<br />
sempre que o convier.<br />
Não se ater detalhadamente<br />
ao processo de validação, construindo<br />
um trabalho adequado e<br />
robusto que seja capaz de garantir<br />
a competência do método<br />
desenvolvido, pode transformar<br />
um trabalho digno de louvores<br />
em uma grande perda de esforço<br />
e comprometer a reputação do<br />
laboratório de análises.<br />
No próximo número descreveremos<br />
um pouco sobre o uso dos<br />
MRC (Materiais de Referência Certificados)<br />
na validação dos métodos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
40<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
<strong>Ed</strong>uardo Pimenta de Almeida Melo é Engenheiro Químico, Gerente de Laboratórios da CSN<br />
Mineração, MBA em Gestão Empresarial, Pós–Graduado em Gestão de Laboratórios e Especializado em<br />
Data Science. Coordenador da Comissão de Estudos para Amostragem e Preparação de Amostras em<br />
Minério de Ferro para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.<br />
LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/eduardo-melo-16b22722<br />
Telefone: 31 3749 1516<br />
E-mail: eduardo.melo@csn.com.br
em foco<br />
Anton Paar abre novos horizontes em análise de partículas<br />
A qualidade necessária<br />
A qualidade com a agilidade necessária<br />
A qualidade com desejada! a agilidade necessária<br />
com desejada! a agilidade<br />
desejada!<br />
<br />
<br />
42<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Com a mais recente aquisição dos<br />
instrumentos Quantachrome, a Anton<br />
Paar é agora a fornecedora do mais<br />
amplo portfólio de instrumentação de<br />
caracterização de partículas em todo<br />
o mundo: 29 instrumentos estão<br />
disponíveis para medir mais de 20<br />
parâmetros. Pesquisadores e controladores<br />
de qualidade podem, de forma<br />
holística, determinar o comportamento<br />
e as propriedades de todos os<br />
tipos de partículas.<br />
Conhecer o comportamento e as<br />
características das partículas é uma<br />
vantagem decisiva no desenvolvimento<br />
de materiais e produtos finais,<br />
na determinação de sua qualidade e<br />
na pesquisa de novos materiais. Graças<br />
a desenvolvimentos tecnológicos<br />
e investimentos cuidadosos, a Anton<br />
Paar oferece agora o maior portfólio<br />
para caracterização de partículas<br />
de um único fornecedor mundial,<br />
apoiando pesquisadores em universidades<br />
e na indústria:<br />
• 29 instrumentos estão disponíveis<br />
para determinar parâmetros como:<br />
• Tamanho e forma das partículas<br />
• Tamanho do poro<br />
• Área de superfície<br />
• Densidade de sólidos<br />
• Área reativa<br />
• Absorção de vapor<br />
• Porosidade de célula aberta<br />
• Potencial Zeta<br />
• Fluxo de pó<br />
• Capacidade de<br />
armazenamento de gás<br />
• E muito mais<br />
Alguns dos instrumentos do extenso<br />
portfólio foram os primeiros da<br />
linha. Por exemplo, o PSA - este analisador<br />
de tamanho de partícula foi<br />
inventado como o primeiro dispositivo<br />
de difração a laser em 1967. Os<br />
instrumentos Quantachrome, especialmente<br />
os analisadores de sorção<br />
de gás, também são baseados em<br />
décadas de experiência e desenvolvimento,<br />
além de amplo conhecimento<br />
de aplicação. O reômetro em pó da<br />
Anton Paar é o único sistema disponível<br />
que fornece valores absolutos<br />
em vez de relativos, levando a uma<br />
confiabilidade inigualável dos resultados.<br />
Em apenas alguns passos, pode<br />
ser transformado em um reômetro<br />
multifuncional com uma ampla faixa<br />
de acessórios.<br />
Mas há muito mais: em www.<br />
anton-paar.com/pc, a Anton Paar<br />
oferece uma visão geral do portfólio<br />
interativo, um abrangente banco de<br />
dados de conhecimento e webinars<br />
(ao vivo e gravados), mostrando as<br />
infinitas possibilidades de caracterização<br />
de partículas da Anton Paar.<br />
Sobre a Anton Paar<br />
A Anton Paar GmbH é uma empresa<br />
austríaca que desenvolve, produz<br />
e vende instrumentos analíticos,<br />
bem como soluções de automação<br />
e robótica. A sede da empresa em<br />
Graz é especializada na produção de<br />
instrumentos para medição de densidade<br />
e concentração, reometria e<br />
determinação de dióxido de carbono<br />
dissolvido.<br />
A empresa produz em Graz e em<br />
cinco filiais produtoras na Áustria,<br />
Bósnia, Alemanha e Suíça. A Anton<br />
Paar GmbH tem subsidiárias de vendas<br />
em todo o mundo e inúmeros<br />
parceiros de vendas internacionais. A<br />
empresa tem uma taxa de exportação<br />
de cerca de 90% e vende para<br />
mais de 110 países. O investimento<br />
em Pesquisa e Desenvolvimento<br />
representa cerca de 20% do faturamento<br />
anual da Anton Paar GmbH.<br />
Aqui você pode encontrar mais informações:<br />
https://www.anton-paar.com/corp-en/<br />
about-us/for-the-press/<br />
<br />
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<br />
<br />
Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />
Centro Analítico Reblas 131.<br />
Microbiológicas Ltda.<br />
Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />
R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />
Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Analises Fisico-químicas e<br />
Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />
Centro Analítico Reblas 131.<br />
Microbiológicas Ltda.<br />
EQFAR048<br />
Laboratório Habilitado pela ANVISA desde 2004 Analítica Fones +55 Analises (11) 4747-7485 Fisico-químicas e<br />
Certificado de Acreditação CRL 1117.<br />
R. Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />
Centro Analítico de Reblas Análises 131. e Estudos MAPA - Microbiológicas analitica@analiticalab.com.br<br />
Ltda.<br />
Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />
Licença Certificado SP-000545-2 de Acreditação CRL 1117.<br />
R. www.analiticalab.com.br<br />
Giovanni Batista Raffo nº 120 - Bairro Raffo<br />
EQFAR048<br />
Fones +55 (11) 4747-7485<br />
Centro de Estudos de Equivalência Farmacêutica - Suzano - São Paulo - CEP 08653-005<br />
Centro Analítico de Análises e Estudos MAPA - analitica@analiticalab.com.br
em foco<br />
Pipetas Sapphire<br />
Greiner Bio-One inova com pipetas para os mais exigentes requisitos de ergonomia e precisão<br />
A Greiner Bio-One, conhecida<br />
pelas mais renomadas indústrias<br />
de diagnóstico, farmacêutica e<br />
centros de pesquisa pelo seu<br />
know-how tecnológico, apresenta<br />
as Pipetas Sapphire, uma<br />
combinação excepcional de ergonomia<br />
e desempenho no melhor<br />
e mais moderno instrumento<br />
para pipetagem de líquidos.<br />
Ergonomia e Praticidade<br />
As Pipetas Sapphire combinam<br />
tecnologia de ponta com design<br />
ultraleve, garantindo ergonomia<br />
e estabilidade ideais para uso<br />
no dia-a-dia. Seu exclusivo formato<br />
anatômico, com encaixe<br />
de dedo alongado, proporciona<br />
firmeza em seu manuseio, além<br />
das diferentes posições do botão<br />
ejetor que propiciam uma pipetagem<br />
confortável para usuários<br />
ambidestros. O portfólio oferece<br />
as melhores soluções às demandas<br />
laboratoriais ao disponibilizar<br />
modelos monocanal ou multicanal<br />
(8 canais e 12 canais).<br />
Uma característica adicional das<br />
pipetas multicanal é a possibilidade<br />
de rotação do corpo em<br />
360 graus, proporciona liberdade<br />
para ajustar a posição mais<br />
ergonômica durante a rotina de<br />
trabalho.<br />
O botão com código de cores<br />
utiliza-se da inovadora tecnologia<br />
soft-spring, que permite<br />
minimizar o esforço durante a<br />
pipetagem. Isso torna o trabalho<br />
mais leve, mesmo após longa<br />
rotina no laboratório. A pipeta,<br />
com ejetor de aço inoxidável é<br />
totalmente autoclavável. Preci-<br />
sas e confiáveis O volume é fácil<br />
de identificar, graças ao amplo<br />
display na lateral. O botão rotativo<br />
livre permite a configuração<br />
rápida do volume requerido e impede<br />
qualquer mudança de volume<br />
não intencional. As Pipetas<br />
Sapphire combinadas às ponteiras<br />
produzidas e comercializadas<br />
pela Greiner Bio-One One<br />
há mais de 30 anos, apresentam<br />
desempenho superior e atendem<br />
aos padrões da ISO 8655,<br />
além de vários requisitos da GLP<br />
(Boas Práticas de Laboratório).<br />
Assessoria de Imprensa<br />
Greiner Bio-One Brasil<br />
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Conheça o sistema de pesquisa REIMS (Rapid Evaporative Ionization<br />
Mass Spectrometry) com dispositivo de amostragem iKnife<br />
Pipetas Sapphire<br />
Alta performance para pipetagem de líquidos<br />
44<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
O inovador dispositivo portátil<br />
de amostragem iKnife produz vapor<br />
rico em informações diretamente<br />
da superfície da amostra,<br />
que quando analisado por um<br />
sistema do tipo tempo de vôo<br />
(Tof) MS, fornece aos analistas<br />
um perfil molecular preciso em<br />
segundos.<br />
• Nenhuma preparo de amostra<br />
ou cromatografia são necessários<br />
• Determinar rapidamente diferenças<br />
dentro e entre amostras<br />
• Identificar marcadores moleculares<br />
responsáveis por diferenças<br />
amostrais<br />
• Disponível para as plataformas<br />
de sistemas Tof-MS da Waters,<br />
Synapt HDMS e Xevo Q-Tof<br />
Mais informações acesse: www.<br />
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MS além de itens para preparo de<br />
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• Design ergonômico, confortável e ultraleve<br />
• Mínimo esforço na pipetagem<br />
• Precisão e desempenho excepcional<br />
• Totalmente autoclavável<br />
• Robustez e durabilidade superior<br />
• Indicadas para uso com as ponteiras Greiner<br />
Bio-One e compatíveis com as demais ponteiras<br />
disponíveis no mercado<br />
• Escolha o modelo que melhor atende seu fluxo<br />
de trabalho: monocanal ou multicanal, com<br />
intervalos de volume de 0.5 μl até 300 μl<br />
Greiner Bio-One Brasil | Avenida Affonso Pansan, 1967 | 13473-620 Americana/SP<br />
Telefone: (19) 3468-9600 | Fax: (19) 3468-9600 | E-mail: info@br.gbo.com<br />
www.gbo.com/bioscience
em foco<br />
em foco<br />
Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />
e garanta a qualidade de seus produtos.<br />
Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />
e garanta a qualidade de seus produtos.<br />
em foco<br />
PRESS RELEASE 07/2018<br />
Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />
Vácuo? – Simplesmente sob controle!<br />
46<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
Qualifique seu fornecedor de PADRÃO de REFERÊNCIA<br />
e garanta a qualidade de seus produtos.<br />
A qualidade na fabricação de um Autorização de Funcionamento (AFE)<br />
produto A qualidade inicia-se na fabricação na de um aquisição produto inicia-se insumos e produtos farmacêuticos, devem ser<br />
de e Autorização Especial (AE), para<br />
na aquisição de seus insumos até sua validação. A licenciadas pela ANVISA e possuir Autorização de<br />
seus<br />
importância<br />
insumos<br />
em adquirir<br />
até sua<br />
padrões<br />
validação.<br />
de referência<br />
A Funcionamento suas atividades (AFE) e em Autorização território Especial nacional. (AE),<br />
importância através de um fornecedor em adquirir qualificado padrões como a de LAS para Além suas destas atividades são em território necessárias nacional. licenças<br />
específicas de acordo com cada<br />
Além<br />
referência<br />
do Brasil garante<br />
através<br />
a<br />
de<br />
sua<br />
um<br />
empresa<br />
fornecedor<br />
produtos destas são necessárias licenças específicas de<br />
confiáveis.<br />
acordo com cada produto, tais como Licença da<br />
qualificado como a LAS do Brasil garante<br />
ENTENDA a sua O PORQUÊ? empresa produtos con-<br />
Federal e Exército.<br />
Polícia produto, Federal tais e Exército. como Licença da Polícia<br />
A qualidade na fabricação de um produto inicia-se UM insumos FORNECEDOR e produtos QUALIFICADO farmacêuticos, DEVE devem ser<br />
fiáveis. Redução no índice de reanálises e devoluções;<br />
na aquisição de seus insumos até sua validação. A POSSUIR: licenciadas Um pela fornecedor ANVISA e possuir qualificado<br />
Autorização de<br />
importância Entenda Diminuição em o de Porquê? adquirir reprovações; padrões de referência Funcionamento deve Carta de possuir: distribuição (AFE) e USP Autorização anual; Especial (AE),<br />
através • Segurança de Redução um fornecedor na qualificação no índice qualificado de de seu reanálises<br />
incidências e devoluções;<br />
não-conformidades.<br />
anual;<br />
produto; como a LAS para • suas Carta atividades de em distribuição território nacional. USP Além<br />
do Brasil garante a sua empresa produtos destas<br />
Autorização<br />
são necessárias<br />
de Funcionamento<br />
licenças<br />
(AFE)<br />
específicas<br />
e<br />
de<br />
Evita<br />
confiáveis.<br />
acordo<br />
autorização<br />
com cada<br />
Especial<br />
produto,<br />
(AE);<br />
tais como Licença da<br />
• Diminuição de reprovações; • Autorização de Funcionamento<br />
e Licença (AFE) da Polícia e autorização Federal;<br />
A ANVISA através da RDC 17 de 16/04/2010 Polícia Portaria Federal 344/1998; e Exército. Certificado de registro do<br />
ENTENDA<br />
estabelece • Segurança O<br />
os<br />
PORQUÊ?<br />
critérios na aplicáveis qualificação à Indústria de Exército<br />
UM FORNECEDOR QUALIFICADO DEVE<br />
Farmacêutica Redução seu no produto; exigindo índice de a reanálises qualificação e devoluções;<br />
seu<br />
POSSUIR:<br />
Nota Fiscal Especial emitida (AE); com os NCM´s específicos<br />
fornecedor<br />
• Diminuição Evita<br />
de Padrões<br />
de incidências reprovações;<br />
de Referência.<br />
de nãodas<br />
• substâncias*; Portaria 344/1998; Certificado<br />
de DEA registro para exportação do Exército de produtos e<br />
Carta de distribuição USP anual;<br />
De acordo<br />
Segurança -conformidades.<br />
com a RDC 16 de 01/04/2014, empresas<br />
fabricantes, importadoras e distribuidoras de controlados. Autorização de Funcionamento (AFE) e<br />
na qualificação de seu produto;<br />
Autorização<br />
A Evita ANVISA incidências através de não-conformidades.<br />
RDC 17 de autorização Licença Especial da (AE); Polícia Federal;<br />
16/04/2010 estabelece os critérios • Nota Fiscal emitida com<br />
A ANVISA através da RDC 17 de 16/04/2010<br />
Portaria 344/1998; Certificado de registro do<br />
aplicáveis à Indústria Farmacêutica os NCM´s específicos das<br />
estabelece os critérios aplicáveis à Indústria<br />
Exército e Licença da Polícia Federal;<br />
exigindo Farmacêutica a qualificação exigindo a qualificação de seu forne-<br />
de seu Nota Fiscal substâncias*; emitida com os NCM´s específicos<br />
fornecedor de de Padrões de Referência.<br />
das • substâncias*; Autorização DEA para<br />
De De acordo acordo com a RDC com 16 de a 01/04/2014, RDC 16 empresas<br />
fabricantes, importadoras e distribuidoras de controlados.<br />
de Autorização exportação DEA para de exportação produtos de produtos<br />
01/04/2014, Empoderando empresas fabricantes, um amanhã saudável controlados.<br />
importadoras A USP e se distribuidoras dedica a promover de insumos<br />
e produtos farmacêuticos, devem<br />
a saúde global. Por Suas que normas, escolher padrões de a referência Las Do e<br />
outras iniciativas buscam proporcionar boas Brasil práticas como farmacêuticas seu fornecedor?<br />
e proteger o público<br />
de produtos inseguros ou abaixo do padrão. • Único distribuidor USP autori-<br />
ser licenciadas pela ANVISA e possuir<br />
É com muito orgulho que a LAS completa uma rede mundial de distribuição da USP,<br />
preservando a segurança, uniformidade e a continuidade do fornecimento dos Padrões.<br />
Empoderando um amanhã saudável<br />
A USP se dedica a promover a saúde global. Suas normas, padrões de referência e<br />
outras iniciativas buscam proporcionar boas práticas farmacêuticas e proteger o público<br />
de produtos inseguros ou abaixo do padrão.<br />
É com muito orgulho que a LAS completa uma rede mundial de distribuição da USP,<br />
preservando a segurança, uniformidade e a continuidade do fornecimento dos Padrões.<br />
zado no Brasil;<br />
• Certificado de Autenticidade e<br />
Rastreabilidade dos padrões;<br />
• Autorização do DEA para<br />
exportação de produtos<br />
controlados;<br />
• Serviço Especializado de<br />
Atendimento ao consumidor<br />
e Sistema de Garantia da<br />
Único distribuidor USP autorizado no Brasil;<br />
Qualidade;<br />
Certificado de Autenticidade e Rastreabilidade<br />
• Estoque de mais de 5 mil<br />
dos padrões;<br />
itens USP.<br />
Autorização do DEA para exportação de<br />
produtos<br />
Para a<br />
controlados;<br />
indústria, a qualificação do<br />
fornecedor<br />
Serviço Especializado<br />
é a redução<br />
de Atendimento<br />
do risco<br />
ao<br />
para<br />
cono<br />
sumidor negócio.É e Sistema fundamental de Garantia ter da a Qualidade; preocupação<br />
Estoque de de contar mais de com 5 mil fontes itens USP. confiáveis<br />
para operar no fornecimento de insumos<br />
analíticos para o seu<br />
LAS<br />
laboratório.<br />
do Brasil<br />
+55 62 3085 1900<br />
*O CAPÍTULO www.lasdobrasil.com.br<br />
38220090 deve ser<br />
usado para Padrões de Referência<br />
apenas quando não encontrado seu<br />
NCM nos capítulos 28 e 29 da TEC.<br />
POR QUE ESCOLHER A LAS DO BRASIL COMO<br />
SEU FORNECEDOR?<br />
Único distribuidor USP autorizado no Brasil;<br />
Certificado de Autenticidade e Rastreabilidade<br />
dos padrões;<br />
Autorização do DEA para exportação de<br />
produtos controlados;<br />
POR QUE ESCOLHER A LAS DO BRASIL COMO<br />
SEU Serviço FORNECEDOR? Especializado de Atendimento ao consumidor<br />
e Sistema de Garantia da Qualidade;<br />
Estoque de mais de 5 mil itens USP.<br />
Para a indústria, a qualificação do fornecedor é a<br />
redução do risco para o negócio.É fundamental ter<br />
a preocupação de contar com fontes confiáveis<br />
para operar no fornecimento de insumos<br />
analíticos para o seu laboratório.<br />
*O CAPÍTULO 38220090 deve ser usado para Padrões<br />
de Referência apenas quando não encontrado seu NCM<br />
nos capítulos 28 e 29 da TEC.<br />
Para a indústria, a qualificação do fornecedor é a<br />
redução do risco para o negócio.É fundamental ter<br />
a preocupação de contar com fontes confiáveis<br />
para operar no fornecimento de insumos<br />
analíticos para o seu laboratório.<br />
*O CAPÍTULO 38220090 deve ser usado para Padrões<br />
de Referência apenas quando não encontrado seu NCM<br />
nos capítulos 28 e 29 da TEC.<br />
LAS do Brasil<br />
+55 62 3085 1900<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
www.lasdobrasil.com.br<br />
VACUU·SELECT® - o novo controlador<br />
interativo da VACUUBRAND<br />
oferece um novo conceito de operação<br />
para todos os processos típicos<br />
de vácuo em laboratórios de química<br />
para resultados rápidos e garantidos,<br />
com economia de tempo. A interface<br />
gráfica com display moderno<br />
touchscreen permite a entrada de<br />
dados simples e intuitiva. Em combinação<br />
com fontes de vácuo novas<br />
vez.<br />
e existentes, o VACUU·SELECT é o<br />
parceiro perfeito para todas as suas<br />
aplicações de laboratório.<br />
Outra aplicação, outro<br />
ajuste de vácuo<br />
Dependendo do processo, as<br />
configurações de cada aplicação de<br />
vácuo podem ser muito diferentes.<br />
O VACUU·SELECT oferece procedimentos<br />
pré-definidos para todas<br />
integrados.<br />
as aplicações comuns de vácuo,<br />
que podem ser iniciadas ou ajustadas<br />
facilmente através da interface<br />
intuitiva com a tela touchscreen. O<br />
editor de aplicativos permite arrastar<br />
e soltar programas facilmente para<br />
VACUU·SELECT ® - o novo controlador interativo da<br />
VACUUBRAND oferece um novo conceito de operação para todos os<br />
processos típicos de vácuo em laboratórios de química para<br />
resultados rápidos e garantidos, com economia de tempo. A interface<br />
gráfica com display moderno touchscreen permite a entrada de dados<br />
simples e intuitiva. Em combinação com fontes de vácuo novas e<br />
personalização e ainda inclui uma<br />
ferramenta útil, permitindo que você<br />
salve seus processos favoritos para<br />
que você não precise começar do<br />
início toda vez.<br />
Robusto, mas sensível<br />
A operação com produtos químicos<br />
agressivos é o trabalho diário<br />
das bombas de vácuo com resistência<br />
química. O VACUU·SELECT<br />
possui materiais resistentes a produtos<br />
químicos, ainda assim, a tela<br />
touchscreen de vidro é sensível o<br />
suficiente para ser operada no laboratório<br />
com luvas de segurança.<br />
existentes, o VACUU·SELECT é o parceiro perfeito para todas as<br />
suas aplicações de laboratório.<br />
Outra aplicação, outro ajuste de vácuo<br />
Dependendo do processo, as configurações de cada aplicação de<br />
vácuo podem ser muito diferentes. O VACUU·SELECT oferece<br />
procedimentos pré-definidos para todas as aplicações comuns de<br />
vácuo, que podem ser iniciadas ou ajustadas facilmente através da<br />
interface intuitiva com a tela touchscreen. O editor de aplicativos<br />
permite arrastar e soltar programas facilmente para personalização e<br />
ainda inclui uma ferramenta útil, permitindo que você salve seus<br />
processos favoritos para que você não precise começar do início toda<br />
Robusto, mas sensível<br />
A operação com produtos químicos agressivos é o trabalho diário das<br />
bombas de vácuo com resistência química. O VACUU·SELECT possui<br />
materiais resistentes a produtos químicos, ainda assim, a tela<br />
touchscreen de vidro é sensível o suficiente para ser operada no<br />
laboratório com luvas de segurança.<br />
Uma solução que<br />
sempre funciona<br />
O VACUU·SELECT está disponível<br />
em várias configurações projetadas<br />
para atender a todas as situações<br />
de laboratório:<br />
- O controlador autônomo completo<br />
tem todas as conexões necessárias<br />
para trabalhar imediatamente<br />
com suas fontes de vácuo existentes<br />
- A versão fornecida com uma<br />
unidade de bombeamento é uma<br />
Uma solução que sempre funciona<br />
solução completa que inclui uma<br />
das nossas bombas de diafragma<br />
VACUUBRAND com resistência química<br />
em conjunto com um controlador<br />
e sensor integrados.<br />
- A combinação mais eficaz,<br />
no entanto, é o novo controle<br />
VACUU·SELECT em conjunto com<br />
nossa bomba VARIO de velocidade<br />
controlada, oferecendo evaporações<br />
totalmente automáticas, com o toque<br />
de um botão, e os menores tempos<br />
de processo sem formação de espuma.<br />
Também não há necessidade de<br />
qualquer ajuste manual ou supervisão<br />
constante. Além disso, a bomba<br />
com velocidade controlada significa<br />
menor emissão sonora, menor con-<br />
O VACUU·SELECT está disponível em várias configurações<br />
projetadas para atender a todas as situações de laboratório:<br />
- O controlador autônomo completo tem todas as conexões necessárias para trabalhar imediatamente com<br />
suas fontes de vácuo existentes<br />
- A versão fornecida com uma unidade de bombeamento é uma solução completa que inclui uma das nossas<br />
bombas de diafragma VACUUBRAND com resistência química em conjunto com um controlador e sensor<br />
sumo de energia e intervalos de manutenção<br />
mais longos.<br />
O VACUU·SELECT não trabalha<br />
exclusivamente com bombas de<br />
diafragma, mas com todas as fontes<br />
de vácuo. Para aplicações como<br />
liofilização ou linhas Schlenk, que<br />
precisam de um vácuo superior a 1<br />
mbar, existem soluções de pacotes<br />
disponíveis para controle de vácuo<br />
fino. Quer seja portátil ou instalado<br />
no mobiliário de laboratório, o versátil<br />
VACUU·SELECT oferece todas as<br />
possibilidades para um espaço de<br />
trabalho prático e ergonômico.<br />
O novo controlador VACUU·SELECT<br />
da VACUUBRAND também está preparado<br />
e pronto para o futuro para<br />
a integração em redes modernas<br />
de laboratório e sistemas de geren-<br />
- A combinação mais eficaz, no entanto, é o novo controle VACUU·SELECT em conjunto com nossa bomba<br />
VARIO de velocidade controlada, oferecendo evaporações totalmente automáticas, com o toque de um<br />
botão, e os menores tempos de processo sem formação de espuma. Também não há necessidade de<br />
qualquer ajuste manual ou supervisão constante. Além disso, a bomba com velocidade controlada significa<br />
menor emissão sonora, menor consumo de energia e intervalos de manutenção mais longos.<br />
O VACUU·SELECT não trabalha exclusivamente com bombas de<br />
diafragma, mas com todas as fontes de vácuo. Para aplicações<br />
como liofilização ou linhas Schlenk, que precisam de um vácuo<br />
superior a 1 mbar, existem soluções de pacotes disponíveis para<br />
controle de vácuo fino. Quer seja portátil ou instalado no mobiliário<br />
de laboratório, o versátil VACUU·SELECT oferece todas as<br />
possibilidades para um espaço de trabalho prático e ergonômico.<br />
O novo controlador VACUU·SELECT da VACUUBRAND também<br />
está preparado e pronto para o futuro para a integração em redes<br />
modernas de laboratório e sistemas de gerenciamento de dados.<br />
Bem-vindo ao futuro do controle de vácuo.<br />
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Vakuumtechnik im System F +49 9342 808-5555<br />
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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
47
em foco<br />
Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas<br />
em Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />
48<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
GC-MS é uma técnica amplamente<br />
empregada em vários laboratórios<br />
de análise de resíduos de pesticidas,<br />
oferecendo boa eficiência<br />
de separação e a possibilidade de<br />
escolha de detectores quadrupolo<br />
ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />
quadrupolo são seletivos, sensíveis<br />
e custo-efetivos, operando em resolução<br />
de nominal de massa. Utilizando<br />
esta tecnologia, a seletividade<br />
necessária para separar os pesticidas<br />
alvos do background da matriz<br />
é obtida pelo uso de varreduras de<br />
íon selecionado (SIM) ou varreduras<br />
de monitoramento selecionado de<br />
reações (SRM). Tanto SIM quanto<br />
SRM são utilizados em experimentos<br />
de compostos-alvos nos quais<br />
o espectrômetro de massa é pré-<br />
-programado utilizando uma lista de<br />
performance quantitativa.<br />
pesticidas selecionados antes das<br />
injeções. Contudo, a busca de compostos<br />
alvos pré-definidos limita o<br />
escopo da análise e pode resultar<br />
em falsos-negativos (não detecção)<br />
tanto de compostos não conhecidos<br />
quanto de compostos fora da lista<br />
inicial de alvos, o que pode ser preocupante<br />
numa análise de segurança<br />
alimentar. Essa limitação tem levado<br />
aumento do interesse em desenvolver<br />
métodos de análise utilizando<br />
sistemas de MS que operem em<br />
Full Scan MS com uma resolução<br />
de massa superior ao de sistemas<br />
triplo-quadrupolo, propiciando níveis<br />
equivalentes de seletividade e performance<br />
quantitativa.<br />
O sistema de GC-MS Orbitrap<br />
possui um escopo quase ilimitado<br />
de análise através de varreduras Full<br />
Scan com alta resolução, atingindo<br />
seletividade e capacidade de quantificação<br />
equivalentes aos sistemas<br />
triplo-quadrupolo, e em conformidade<br />
com as orientações de órgãos<br />
internacionais como SANCO e FDA.<br />
Para a maioria dos pesticidas,<br />
o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10<br />
ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS<br />
Orbitrap são equivalentes àqueles<br />
obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo<br />
(90% com IDL < 2 ng/g)<br />
O sistema GC-MS Orbitrap propicia<br />
alta performance quantitativa<br />
em Full Scan para uma análise mais<br />
ampla de resíduos de pesticida,<br />
mesmo com separações de Fast-<br />
-GC. Sua alta velocidade de varredura,<br />
alta resolução e excelente<br />
exatidão de massa, aliada à elevada<br />
sensibilidade em Full Scan permite<br />
a quantificação acurada e reprodutível<br />
de pesticidas em concentrações<br />
muito baixas.<br />
Aquisição rotineira a 60.000 de resolução<br />
FWHM em m/z 200 elimina<br />
as interferências isobáricas, aumentando<br />
a confiabilidade dos resultados<br />
da triagem de pesticidas em matrizes<br />
complexas. A exatidão de massa da<br />
ordem de sub-ppm para todos os picos<br />
assegura a identificação correta<br />
dos compostos.<br />
https://assets.thermofisher.com/<br />
TFS-Assets/CMD/Application-No-<br />
tes/AN-10449-GC-MS-Orbitrap-<br />
-Pesticides-Baby-Food-AN10449-<br />
-EN.pdf<br />
Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />
Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />
Rápida Triagem, Identificação e Quantificação de Resíduos de Pesticidas em<br />
Alimentos Utilizando a Tecnologia GC-MS Orbitrap<br />
GC-MS é uma técnica amplamente empregada em vários laboratórios de análise de resíduos de pesticidas, oferecendo boa<br />
eficiência de separação e a possibilidade de escolha de detectores quadrupolo ou triplo-quadrupolo. Analisadores<br />
quadrupolo são seletivos, sensíveis e custo-efetivos, operando em resolução de nominal de massa. Utilizando esta<br />
GC-MS é tecnologia, uma técnica amplamente a seletividade empregada necessária em para vários separar laboratórios os pesticidas de análise de alvos resíduos do background de pesticidas, da oferecendo matriz é boa obtida pelo uso de<br />
eficiência varreduras de separação de íon e a selecionado possibilidade (SIM) de escolha ou varreduras de detectores monitoramento quadrupolo ou selecionado triplo-quadrupolo. de reações Analisadores (SRM). Tanto SIM quanto<br />
quadrupolo SRM são são seletivos, utilizados sensíveis em experimentos e custo-efetivos, de compostos-alvos operando em nos resolução quais o de espectrômetro nominal de massa. de massa Utilizando é pré-programado esta utilizando<br />
tecnologia, uma a seletividade lista de pesticidas necessária selecionados para separar antes os das pesticidas injeções. alvos Contudo, background a busca de da compostos matriz é obtida alvos pré-definidos pelo uso limita o escopo<br />
varreduras da de análise íon selecionado e pode resultar (SIM) ou em varreduras falsos-negativos de monitoramento (não detecção) selecionado tanto de de compostos reações (SRM). não conhecidos Tanto SIM quanto de compostos<br />
SRM são utilizados fora da lista em inicial experimentos de alvos, de o compostos-alvos que pode ser preocupante nos quais o espectrômetro numa análise de de massa segurança é pré-programado alimentar. Essa utilizando limitação tem levado<br />
uma lista aumento de pesticidas do selecionados interesse em antes desenvolver das injeções. métodos Contudo, de a análise busca de utilizando compostos sistemas alvos pré-definidos MS que limita operem o escopo em Full Scan MS com<br />
da análise uma e pode resolução resultar de em massa falsos-negativos superior (não ao de detecção) sistemas tanto triplo-quadrupolo, de compostos não propiciando conhecidos níveis quanto equivalentes de compostos de seletividade e<br />
fora da lista inicial de alvos, o que pode ser preocupante numa análise de segurança alimentar. Essa limitação tem levado<br />
aumento do interesse em desenvolver métodos de análise utilizando sistemas de MS que operem em Full Scan MS com<br />
O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />
uma resolução de massa superior ao de sistemas triplo-quadrupolo, propiciando níveis equivalentes de seletividade e<br />
resolução, atingindo seletividade e capacidade de quantificação equivalentes aos sistemas triplo-quadrupolo, e em<br />
performance quantitativa.<br />
conformidade com as orientações de órgãos internacionais como SANCO e FDA.<br />
O sistema de GC-MS Orbitrap possui um escopo quase ilimitado de análise através de varreduras Full Scan com alta<br />
resolução, Para atingindo a maioria seletividade dos pesticidas, e capacidade o MRL de atual quantificação é < 0,01 equivalentes mg/Kg (10 aos ng/g). sistemas Os IDLs triplo-quadrupolo, obtidos com o e GC-MS em Orbitrap são<br />
conformidade equivalentes com as orientações àqueles obtidos de órgãos com internacionais os sistemas triplo-quadrupolo como SANCO e FDA. (90% com IDL < 2 ng/g)<br />
Para a maioria dos pesticidas, o MRL atual é < 0,01 mg/Kg (10 ng/g). Os IDLs obtidos com o GC-MS Orbitrap são<br />
equivalentes àqueles obtidos com os sistemas triplo-quadrupolo (90% com IDL < 2 ng/g)<br />
Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas<br />
a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-<br />
-MS Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo<br />
TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />
Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />
Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />
Figura 1 – Comparação do IDL99 (ng/g) calculado para 132pesticidas a partir de um padrão em matriz de 5 ng/g, utilizando o GC-MS<br />
Orbitrap (esquerda) em Full Scan MS e o Triplo-quadrupolo TSQ 8000 (direita) em SRM.<br />
Figura 2. Desvios<br />
Figura<br />
da<br />
2. Desvios<br />
massa exata<br />
da massa<br />
(média<br />
exata<br />
de 10<br />
(média<br />
medições)<br />
de 10<br />
para<br />
medições)<br />
os pesticidas<br />
para<br />
identificados<br />
os pesticidas<br />
em<br />
identificados<br />
5 (ou 10) ng/g<br />
em<br />
em<br />
5<br />
alimentos<br />
(ou 10) ng/g<br />
de bebê.<br />
em alimentos de bebê.<br />
Figura 2. Desvios da massa exata (média de<br />
10 medições) para os pesticidas identificados<br />
em 5 (ou 10) ng/g em alimentos de bebê.<br />
Figura 3. Terbutilazina a 0,5 pg (on column) mostrando o XIC sobreposto para o íon de quantificação<br />
e três fragmentos adicionais de confirmação (esquerda). A medida de massa para cada<br />
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Rua Assungui, 432<br />
Figura íon 3. e Terbutilazina o erro de massa a 0,5 (em pg ppm) (on estão column) anotados. mostrando O espectro o XIC sobreposto de massa (direita) para o indicando íon de quantificação os íons e três fragmentos adicionais de<br />
confirmação (esquerda). A medida de massa para cada íon e o erro de massa (em ppm) estão anotados. Bosque O espectro da Saúde - massa São Paulo-SP<br />
usados para quantificação e confirmação. A área ampliada mostra o fragmento menos intenso<br />
(direita)<br />
indicando (m/z 138.07737) os íons usados medido para com quantificação uma exatidão e confirmação. de massa de A 0,3 área ppm. ampliada mostra o fragmento menos intenso (m/z Fone: 138.07737) (11) 2162-8080 medido<br />
com uma exatidão de massa de 0,3 ppm.<br />
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O sistema GC-MS Orbitrap propicia alta performance quantitativa em Full Scan para uma análise mais ampla de resíduos de<br />
pesticida, mesmo com separações de Fast-GC. Sua alta velocidade de varredura, alta resolução e excelente exatidão de<br />
massa, aliada à elevada sensibilidade em Full Scan permite a quantificação acurada e reprodutível de pesticidas em<br />
concentrações muito baixas.<br />
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confiabilidade dos resultados da triagem de pesticidas em matrizes complexas. A exatidão de massa da ordem de sub-ppm<br />
para todos os picos assegura a identificação correta dos compostos.<br />
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REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
49
em foco<br />
Culturas de Células<br />
Culturas de células<br />
50<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
A A Cultura de de Células Células é uma é técnica uma de técnica laboratório, de amplamente laboratório, utilizada, amplamente onde as células utilizada, se desenvolvem onde sob as<br />
células condições controladas, se desenvolvem tipicamente fora sob do seu condições ambiente natural. controladas, tipicamente fora do seu<br />
ambiente A Cultura de natural. Células é parte importante<br />
na Biologia Celular e Moletajosa<br />
para resultados consistentes. de contaminantes provenientes de<br />
mostra como uma ferramenta van-<br />
garantir que as células estão livres<br />
cular, A Cultura bem como de dentro Células da indústria é parte importante na Biologia Celular bactérias, e Molecular, de leveduras bem e de como virús.<br />
farmacêutica, dentro da pois indústria é uma ferramenta<br />
efeitos muito útil de de drogas estudo dos e substâncias efeitos Culturas tóxicas contaminadas em células. e a morte Essa característica las por íons metálicos, garante endotoxinas, que a<br />
farmacêutica, O Impacto pois da é Água uma ferramenta A muito contaminação útil de da cultura estudo de célu-<br />
dos<br />
de<br />
cultura<br />
drogas e<br />
de<br />
substâncias<br />
células<br />
tóxicas<br />
também<br />
em<br />
desempenha<br />
celular, são os<br />
um<br />
maiores<br />
papel<br />
problemas<br />
vital no desenvolvimento<br />
bactérias ou fungos, podem<br />
de vacinas<br />
impactar<br />
direta ou indiretamente a cultura,<br />
células. Essa característica garante que podem impactar em experimentos<br />
downstream. Por ser utiliza-<br />
por exemplo, alterações no pH.<br />
virais e no sreening e desenvolvimento de novas drogas. Estudos sobre mutagênese e<br />
que a cultura de células também<br />
desempenha desenvolvimento um papel de vital tumores, no desenvolvimento<br />
de vacinas virais e da água desempenha um importan-<br />
Requisitos de<br />
da também em todo o são processo, possíveis a qualidade através dessa técnica.<br />
no Devido sreening aos e desenvolvimento requisitos críticos de te papel de nos acurácia, resultados confiabilidade dos experimentos<br />
pesquisa, com cultura a cultura celular. Não de só é células Tenha se certeza mostra que você como está uma utili-<br />
Qualidade e reprodutibilidade de Água de<br />
novas resultados drogas. Estudos nessas sobre linhas muta-dgênese ferramenta e desenvolvimento vantajosa de tumo-<br />
para resultados o principal componente consistentes. de tampões zando a água com o grau de pureza<br />
res, também são possíveis através e meios, mas também é utilizada na correto para sua aplicação. Aqui estão<br />
os requisitos de qualidade para<br />
dessa técnica.<br />
dissolução de suplementos, drogas,<br />
O Impacto da Água<br />
Devido aos requisitos críticos de entre outros.<br />
diversas aplicações de cultura celular.<br />
acurácia, confiabilidade e reprodutibilidade<br />
Culturas de resultados contaminadas nessas linhas e a morte nios (Tipo celular, I), deve ser são utilizada os maiores no problemas Para mais que informações podem<br />
A água ultrapura livre de pirogê-<br />
de impactar pesquisa, a em cultura experimentos de células se downstream. preparo de meios Por e tampões ser utilizada para em todo contate nossos o processo, especialistas: a<br />
qualidade da água desempenha um importante papel nos resultados watertech.marcom.latam@veolia.com<br />
dos experimentos<br />
com cultura celular. Não só é o principal componente de tampões e meios, mas<br />
também é utilizada na dissolução de suplementos, drogas, Bactérias entre outros.<br />
Cultura de<br />
Sensibilidade Resistividade<br />
(MΩ.cm)<br />
A água ultrapura Células - livre Média de pirogênios >1 (Tipo
Complemento Normativo<br />
Acreditação para Laboratórios<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong><br />
Arena Técnica<br />
ISO 11930NIT-DIOIS-019 (Revisão 14)<br />
Critérios Específicos para a Acreditação de Organismos de Inspeção.<br />
Norma publicada em: 07/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Alteração de revisão<br />
Entidade: Inmetro<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Campo de Aplicação: Esta norma aplica-se à Diois.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=OIA<br />
7<br />
o<br />
BrMASS<br />
& 4<br />
o<br />
BrProt<br />
DOQ-CGCRE-018 (Revisão 2)<br />
Orientação para calibração de instrumentos analógicos e digitais de medição na área de eletricidade.<br />
Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Alteração de revisão<br />
Entidade: Inmetro<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Campo de Aplicação: Este documento aplica-se à Dicla, aos laboratórios de calibração acreditados e postulantes<br />
à acreditação na área de eletricidade e aos avaliadores e especialistas que atuam nos processos de acreditação<br />
de laboratórios nesta área.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />
NIT-DICLA-077<br />
Requisitos Específicos de Acreditação de Laboratórios Voltados ao Controle de Doping de Atletas (Programa Wada).<br />
Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma nova<br />
Entidade: Inmetro<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicla, aos laboratórios acreditados e postulantes à acreditação pela<br />
WADA, e aos avaliadores e especialistas da Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação), que atuam nas avaliações<br />
destes laboratórios.<br />
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52<br />
REVISTA ANALYTICA - OUT/NOV 18<br />
NIT-DICLA-029 (Revisão 8)<br />
Condução da Avaliação de Organismos da Avaliação de Conformidade.<br />
Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Alteração de revisão<br />
Entidade: Inmetro<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
Campo de Aplicação: Esta Norma aplica-se à Dicla, aos avaliadores e especialistas como diretriz de condução da<br />
avaliação.<br />
http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios<br />
FOR-CGCRE-426<br />
Relação de Documentos a serem Entregues na Reavaliação de Produtores de Materiais de Referência de Acordo<br />
com a Norma ABNT NBR ISO 17034.<br />
Norma publicada em: 09/2018. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Norma nova<br />
Entidade: Inmetro<br />
País de procedência/Região: Brasil. http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.<br />
asp?tOrganismo=PMR<br />
DRA. LÍVIA EBERLIN<br />
University of Texas<br />
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combustíveis alternativos petroleômica metabolômica espectroscopia de íons<br />
meio ambiente produtos naturais proteômica instrumentação esportômica<br />
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DR. PHILIPPE MAÎTRE<br />
Université Paris Sud<br />
DR. GIANCARLO MARCA<br />
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