22.01.2019 Views

AMA_Diagrama_6

Agência para a Modernização Administrativa, I.P. 65 - Junho 2018

Agência para a Modernização Administrativa, I.P.
65 - Junho 2018

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Diagrama</strong> • junho 2018 29<br />

de divulgação deverão já estar incluídas<br />

estratégias potenciadoras da reutilização.<br />

Criação de valor<br />

Toda esta dinâmica poderá traduzir-se<br />

num ciclo virtuoso de criação de valor:<br />

valor para os cidadãos e para a sociedade<br />

globalmente considerada, que acederão a mais<br />

e melhor informação; valor para as empresas,<br />

que poderão explorar comercialmente os<br />

dados disponibilizados; valor para a própria<br />

Administração Pública, que passará a ter<br />

uma perceção dos dados mais valorizados,<br />

desenvolvendo melhores estratégias<br />

de divulgação.<br />

Os ganhos resultam evidentes no domínio<br />

da transparência: existindo a possibilidade<br />

de um maior e mais diversificado escrutínio<br />

da informação pública, as autoridades<br />

públicas terão consciência de que também<br />

a possibilidade de responsabilização e de<br />

exigência de transparência por parte da<br />

sociedade civil aumenta exponencialmente.<br />

Por outro lado, esse conhecimento<br />

acrescido e mais informado da realidade<br />

pública poderá conduzir a uma maior<br />

participação dos cidadãos nos assuntos<br />

públicos. Todo um conjunto de elos de uma<br />

cadeia que se completa no desígnio maior<br />

da Administração Aberta.<br />

Qualidade dos dados<br />

Não basta abrir e divulgar dados ou<br />

promover a sua reutilização. É relevante<br />

que os passos atrás descritos se integrem<br />

numa genuína estratégia de abertura e<br />

de reutilização de dados.<br />

Para esse efeito, os fornecedores públicos<br />

de dados abertos, e o próprio portal público<br />

que os disponibiliza, terão de depositar o<br />

maior cuidado em determinadas caraterísticas<br />

dos conjuntos de dados que disponibilizam.<br />

O primeiro passo é o da seleção de<br />

dados, ao qual se seguirá a sua agregação<br />

em conjuntos de dados relacionáveis. Para<br />

esse efeito, não basta proceder à abertura<br />

de dados indiscriminadamente e sem<br />

critério. Haverá que ter em conta, entre<br />

outros aspetos, os formatos em que serão<br />

disponibilizados, o público a que se destinam<br />

ou as tipologias de reutilizações de que<br />

poderão ser alvo. Por exemplo, a inclusão<br />

de dados de georreferenciação permitirá<br />

desenvolver diversas aplicações e formatos de<br />

apresentação, como sejam mapas interativos.<br />

Ainda que os conjuntos ou catálogos de<br />

dados devam idealmente ser integrados no<br />

portal nacional de dados abertos, na medida<br />

em que isso nem sempre sucederá, é também<br />

importante que sejam concebidos em fonte<br />

aberta e em conformidade com normas<br />

abertas, tendo em conta que tais cuidados<br />

facilitarão a indexação por parte do referido<br />

portal nacional.<br />

Também a metainformação assume a<br />

maior relevância, na medida em que poderá<br />

incentivar e enriquecer futuras realizações,<br />

promovendo a criação de valor dos dados<br />

publicados.<br />

Em Portugal, não existe ainda um<br />

grande conjunto de reutilizações ligadas a<br />

dados abertos. Ou, pelo menos, de grande<br />

visibilidade pública, se excetuarmos os<br />

cruzamentos e reagregações publicados em<br />

trabalhos académicos, como sejam séries<br />

temporais ou representações gráficas que<br />

possam incluir indicadores e informações<br />

provenientes de fontes distintas.<br />

Todavia, sendo o cruzamento e reagregação<br />

de dados uma das principais funções das<br />

reutilizações, poderá considerar-se que<br />

essa função tem vindo a ser suprida por<br />

diversas soluções de visualização de dados<br />

disponibilizadas por distintos portais<br />

públicos.<br />

Como exemplos, poderão ser referidos<br />

os portais partilha.justiça.gov, o Portal da<br />

Transparência Municipal, o portal Lisboa<br />

Aberta ou o próprio Mapa do Cidadão.<br />

Já a área das contas públicas é uma daquelas<br />

em que, por múltiplas razões, recai uma<br />

maior exigência e um dever acrescido de<br />

transparência. A Direção-Geral do Orçamento<br />

(DGO) tem vindo a apresentar soluções

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!