*Fevereiro/2019 Revista Florestal 204
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ESPECIAL<br />
O<br />
ano de recuperação pós-crise econômica<br />
brasileira foi 2018, agora é momento de<br />
crescer. Este é o pensamento do setor produtivo,<br />
que espera bons resultados com a<br />
implementação do PlantarFlorestas (Plano<br />
Nacional de Florestas Plantadas), capitaneado pelo Mapa<br />
(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), lançado<br />
no final do ano passado. O desempenho da indústria<br />
de base florestal foi positivo em 2018, e à medida que os<br />
dados do acumulado do ano estão sendo fechados observa-<br />
-se boa recuperação em relação a 2017. Por isto, a expectativa<br />
com <strong>2019</strong> é excelente.<br />
De acordo com os resultados mais recentes divulgados<br />
pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), as exportações até<br />
novembro de 2018 acumularam US$ 9,6 bilhões, superando<br />
em um milhão todo o valor negociado em 2017. Ainda<br />
levando em conta os 11 meses do ano passado, o saldo<br />
da balança comercial fechou em US$ 8,6 bilhões, também<br />
acima de todo o ano anterior (US$ 7,5 bilhões). Na comparação<br />
entre o mesmo período, houve alta nas exportações<br />
de celulose (+31,1%), painel de madeira (+7,1%) e papel<br />
(+5,0%).<br />
A representatividade da balança do setor seguiu com<br />
avanços no acumulado até novembro de 2018, representou<br />
4,4% do total de exportações brasileiras e 10,3% das exportações<br />
do agronegócio.<br />
A China continua sendo o principal mercado externo<br />
para comercialização da celulose e até novembro adquiriu<br />
US$ 3,2 bilhões do produto brasileiro, aumento de 42,1%<br />
em relação ao mesmo período de 2017. O segmento papel<br />
manteve o foco de comercialização externa na América Latina,<br />
que apresentou avanço de 8,3% no valor negociado. A<br />
região também é o principal destino dos painéis de madeira<br />
e consumiu US$ 161 milhões do produto em 2018, alta de<br />
15,8%.<br />
A produção de celulose segue em alta no acumulado do<br />
ano, com variação positiva de 9,6% e total de 19,3 milhões<br />
de t (toneladas) fabricadas. Os painéis de madeira mantiveram<br />
o crescimento, com variação positiva de 4,3% em<br />
relação ao acumulado do ano. Até o décimo primeiro mês<br />
do ano, foram 6,2 milhões de m³ (metros cúbicos) negociados<br />
com o mercado interno. Papel, por sua vez, manteve o<br />
mesmo volume de vendas domésticas, com 5,0 milhões de<br />
t comercializadas (+0,9%)<br />
FLORESTA PLANTADA<br />
Entre os Estados mais otimistas com o desempenho do<br />
negócio florestal está a Bahia. “Existem perspectivas, na<br />
Bahia, de novos investimentos em florestas plantadas para<br />
os principais segmentos da cadeia produtiva atuantes na<br />
região”, destaca Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf<br />
(Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>). Ele<br />
avalia que a liberação da compra de terras por empresas<br />
de capital estrangeiro no Brasil deverá provocar um grande<br />
fluxo de investimentos no país, principalmente por parte de<br />
fundos internacionais em busca de rentabilidade segura e<br />
de longo prazo. Estima-se a possibilidade de investimentos<br />
no setor florestal na ordem de R$ 50 bilhões nos próximos<br />
“Existem perspectivas, na<br />
Bahia, de novos investimentos<br />
em florestas plantadas para os<br />
principais segmentos da cadeia<br />
produtiva atuantes na região”<br />
Wilson Andrade,<br />
diretor executivo da Abaf<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br