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*Fevereiro/2019 Revista Florestal 204

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ENTREVISTA Carlos Alberto Junior, gerente geral de Planejamento e Competitividade da Eldorado<br />

GENÉTICA<br />

PERFEITA<br />

PESQUISA CRIA CLONES<br />

DE EUCALIPTO DE RÁPIDO<br />

CRESCIMENTO, IDEAIS<br />

PARA INDÚSTRIA DE<br />

BENEFICIAMENTO<br />

PERFECT<br />

GENETICS<br />

RESEARCH CREATES RAPID<br />

GROWTH EUCALYPTUS CLONES,<br />

IDEAL FOR THE PROCESSING INDUSTRY


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SUMÁRIO<br />

FEVEREIRO <strong>2019</strong><br />

32<br />

POTENCIALIZANDO<br />

A NATUREZA<br />

08 Editorial<br />

10 Cartas<br />

12 Bastidores<br />

14 Coluna Ivan Tomaselli<br />

16 Notas<br />

24 Biomassa<br />

25 Frases<br />

26 Entrevista<br />

32 Principal<br />

38 Especial<br />

44 Madeira Nativa<br />

48 Mercado<br />

52 Evento<br />

56 Feira<br />

58 Artigo<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

38<br />

44<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

07 Agroceres<br />

15 Carrocerias Bachiega<br />

63 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

04 Emex Brasil<br />

17 Engeforest<br />

41 J de Souza<br />

09 Liebherr Brasil<br />

43 Lion Equipamentos<br />

63 Master Brasil<br />

51 Mill Indústrias<br />

61 Mill Indústrias<br />

13 Nordtech<br />

31 Planflora<br />

55 Potenza<br />

11 Raptor <strong>Florestal</strong><br />

65 Reflorestamento e Cia<br />

19 Sergomel<br />

67 TMO<br />

47 Rotor Equipamentos<br />

21 Unibrás<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Competência<br />

traz sorte<br />

COMPETENCE BRINGS GOOD LUCK<br />

A expectativa com <strong>2019</strong> está excelente. Claro, a economia não<br />

vai se ajustar em um curto prazo de tempo, não haverá crescimento<br />

extraordinário assim do dia para a noite. Mas sem dúvida, é<br />

muito grande a chance de ampliarmos a retomada observada em<br />

2018, que representou o primeiro passo na direção a tempos de<br />

mais fartura. Para acompanhar este novo ambiente é essencial que<br />

a indústria também faça o dever de casa. As empresas precisam<br />

investir em inovação e ampliar mercados. Falando em avanços, a<br />

reportagem de capa desta edição, que é a primeira do ano, mostra<br />

a pesquisa que resultou em um clone de eucalipto ideal à indústria<br />

moveleira. Foram anos de estudo, testes e aplicações práticas até<br />

chegar ao resultado final. Com este espírito inovador e otimismo<br />

nas veias, desejamos um excepcional <strong>2019</strong>, com a certeza que iremos<br />

trazer ótimas notícias ao longo do ano. Ótima leitura!<br />

The expectation for <strong>2019</strong> is excellent. Of course, the economy<br />

won’t fully turn around in a year, and as such there will be no extraordinary<br />

growth overnight. But without a doubt, there is a very<br />

big chance that will be increased economic activity over that seen<br />

in 2018, which represented the first step towards better times. To<br />

accompany this new environment, it is also essential that the industry<br />

does its homework. Companies need to invest in innovation and<br />

expanding their markets. Speaking of advances, the cover story of<br />

this issue, which is the first of the year, tells of the research that resulted<br />

in an ideal eucalyptus clone for the furniture industry. It took<br />

years of study, testing, and practical application until the desired<br />

result was obtained. With this innovative spirit and optimism in its<br />

veins, we wish the industry an exceptional <strong>2019</strong>, with the certainty<br />

that we will be able to bring great news stories throughout the<br />

year. Pleasant reading!<br />

2<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

Para quem quer colocar a cabeça no travesseiro e dormir bem.<br />

A alta tecnologia, produtividade, confiabilidade e baixa manutenção,<br />

fazendo o seu investimento render muito mais!<br />

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Entrevista com<br />

Carlos Alberto<br />

Justo da Silva Junior<br />

DENISCIMAF.com<br />

1<br />

A alta tecnologia da<br />

silvicultura brasileira é<br />

mostrada nesta edição por<br />

meio do clone de Eucalyptus<br />

grandis Planflora GP23<br />

O setor florestal ganha<br />

mais espaço na Fimma Brasil<br />

A <strong>Revista</strong> da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXI • N°<strong>204</strong> • Fevereiro <strong>2019</strong><br />

ENTREVISTA Carlos Alberto Junior, gerente geral de Planejamento e Competitividade da Eldorado<br />

GENÉTICA<br />

PERFEITA<br />

PESQUISA CRIA CLONES<br />

DE EUCALIPTO DE RÁPIDO<br />

CRESCIMENTO, IDEAIS<br />

PARA INDÚSTRIA DE<br />

BENEFICIAMENTO<br />

PERFECT<br />

GENETICS<br />

RESEARCH CREATES RAPID<br />

GROWTH EUCALYPTUS CLONES,<br />

IDEAL FOR THE PROCESSING INDUSTRY<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>204</strong> - FEVEREIRO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colaboração / Colaboration<br />

Patricia Munhoz<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Supervisão - Cassiele Ferreira<br />

Aline Landarin<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

<strong>Revista</strong> REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

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ANOS<br />

CARTAS<br />

ENTREVISTA Alexandre Di Ciero, gerente de Gestão da Sustentabilidade da Suzano Papel e Celulose<br />

A segurança que o seu desafio<br />

será cumprido e produtivo.<br />

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A <strong>Revista</strong> da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

Capa da Edição 203 da<br />

<strong>Revista</strong> REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de dezembro de 2018<br />

19 3802.2742<br />

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Ano XX • N°203 • Dezembro 2018<br />

LEVEZA E<br />

RESISTÊNCIA<br />

NO TRANSPORTE<br />

DE MADEIRA<br />

FUEIROS LEVES DE ALTA<br />

PERFORMANCE CONFEREM<br />

MAIS GANHOS<br />

A CADA VIAGEM<br />

Governo Bolsonaro<br />

O que o setor pode esperar<br />

LIGHTNESS AND RESISTANCE<br />

IN TIMBER TRANSPORT<br />

LIGHTWEIGHT, HIGH PERFORMANCE STAKES<br />

YIELD ADDITIONAL GAINS ON EACH TRIP<br />

SAUDAÇÕES FLORESTAIS<br />

Por Marcelo Fernandes Camargo - Santarém (PA)<br />

Ao fundo da foto que tirei em Santarém, o encontro das águas escuras do Rio Amazonas<br />

e águas claras do Rio Tapajós. Até um navio carregado de contêiner subindo para<br />

Manaus saiu na foto. Estava em férias e levei a <strong>Revista</strong> para as horas de descanso e,<br />

assim, ficar inteirado do mundo florestal. A <strong>Revista</strong> REFERÊNCIA está de parabéns,<br />

sempre com as novidades quentinhas para seu leitor, que mesmo em locais distantes<br />

pode ficar ligado no mundo florestal.<br />

PLANTA FLORESTAS<br />

Por Cristiane Abreu - Indaiatuba (SP)<br />

Estou colocando muita esperança que o programa do governo federal<br />

PlantarFloresta será implementado com sucesso<br />

O QUE ESPERAR?<br />

Por Marcos Batista - Colombo (PR)<br />

A primeira REFERÊNCIA do ano sempre tem uma reportagem sobre as<br />

perspectivas de mercado e em <strong>2019</strong> com a troca de presidente está ainda mais<br />

especial. Aguardo ansiosamente para saber o que os especialistas têm a dizer.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a <strong>Revista</strong><br />

REFERÊNCIA FLORESTAL ou a<br />

respeito de reportagem produzida<br />

pelo veículo.<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

CUNHO SOCIAL<br />

Por Julia Assunção - Blumenau (SC)<br />

Parabéns à NP Transporte e Biomassa<br />

pela iniciativa da Codornada <strong>Florestal</strong>.<br />

Além de movimentar o setor tem uma<br />

ação social linda por trás. Que nos próximos<br />

anos esse evento continue a existir.<br />

referenciamadeira<br />

A TODO VAPOR<br />

Por Antônio de Souza - Piracicaba (SP)<br />

Começando o ano renovado e com muita expectativa que seja<br />

produtivo para o setor florestal. Força e vamos à luta.<br />

Foto: divulgação Foto: Jefferson Rudy Foto: Rodrigo Fernandes<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


BASTIDORES<br />

Charge<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

<strong>Revista</strong><br />

CONFRATERNIZAÇÃO<br />

A animação tomou conta da festa de final de ano dos colaboradores da JOTA EDITORA, responsável pelas<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL E INDUSTRIAL. A confraternização foi realizada na Laggus um espaço de eventos em Campo<br />

Largo (PR) às margens da Represa Passaúna. O cardápio do dia foi o churrasco regado com muito chope da Cervejaria<br />

Klein. Um dos pontos altos da festa foi a revelação do amigo secreto, tradição na empresa, seguida pelo sorteio dos<br />

presentes, gentilmente oferecidos pelos fornecedores.<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

A bebida ficou<br />

por conta da<br />

Cervejaria Klein<br />

com o saboroso<br />

chope artesanal<br />

Colaboradores reunidos na Laggus: cenário<br />

de cinema perto de Curitiba (PR)<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE<br />

PRODUTOS DE MADEIRA SÓLIDA<br />

EM 2018<br />

Os números melhoraram, porém as vendas<br />

externas do setor estão centralizadas em<br />

poucos países que compram produtos<br />

primários<br />

A indústria<br />

florestal<br />

brasileira está<br />

deixando de<br />

investir em<br />

operações<br />

para ofertar<br />

ao mercado<br />

internacional<br />

produtos<br />

competitivos<br />

de valor<br />

agregado, e se<br />

concentrando<br />

em produtos<br />

primários<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br<br />

R<br />

ecentemente, nesta coluna, foi discutido<br />

a evolução das exportações<br />

brasileiras de produtos de valor<br />

agregado. O foco principal foram os<br />

riscos associados à concentração em<br />

poucos mercados.<br />

Vale a pena, neste início de um novo ano, ampliar<br />

a análise, envolvendo as exportações brasileiras<br />

dos principais produtos de madeira sólida em<br />

2018. O ano de 2018 inicia com um dólar norte-americano<br />

valendo R$ 3,2 atingindo a cotação de R$<br />

4,2 (em setembro), e termina com um câmbio de<br />

R$ 3,9. No ano, o real desvalorizou cerca de 30%,<br />

e o esperado seria de que isto teria favorecido as<br />

exportações. O ano de 2018 foi também positivo<br />

para o comércio internacional em geral, como resultado<br />

do crescimento da economia global.<br />

A figura mostra a evolução das exportações<br />

brasileiras de produtos florestais primários de madeira<br />

sólida em 2018. Houve crescimento significativo<br />

das exportações de todos os produtos (exceto<br />

compensado tropical).<br />

A exportação de alguns produtos cresceu<br />

em torno de 60% (toras de folhosas e lâminas de<br />

pinus). As exportações de serrados tropicais, serrados<br />

e compensado de pinus aumentaram em 10%<br />

ou mais.<br />

De uma forma geral, o resultado foi positivo.<br />

Vale a pena, no entanto, analisar alguns detalhes,<br />

em especial à alta concentração das exportações<br />

em poucos mercados. As exportações de toras de<br />

folhosas, que cresceram 63% atingindo 429 mil t<br />

(toneladas), foram altamente concentradas (99%<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

-10<br />

TORAS<br />

FOLH.<br />

PRODUTOS FLORESTAIS PRIMÁRIOS<br />

SERRAD.<br />

TROP.<br />

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES (%)<br />

2017 - 2017<br />

SERRAD. LAM.<br />

PINUS FOLHOSA<br />

LAM.<br />

PINUS<br />

COMP.<br />

TROP.<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

COMP.<br />

PINUS<br />

Foto: divulgação<br />

são destinados à Índia, Vietnã e China). Quase 70%<br />

das exportações de lâminas de pinus (165 mil m³)<br />

foram para Malásia, que também foi o maior importador<br />

de lâminas de folhosas (32%). Mais de 70%<br />

das exportações de serrados de pinus (2,56 milhões<br />

de m³) foram para quatro países: EUA (Estados Unidos<br />

da América), México, China e Arábia Saudita. O<br />

mesmo ocorre com o mercado de compensado de<br />

pinus, com os EUA, Alemanha e Reino Unido participando<br />

com 55%.<br />

Nas exportações, em 2018, de produtos de valor<br />

agregado, o impacto da desvalorização do real,<br />

juntamente com o cenário positivo do comércio<br />

internacional, teve impacto pífio: portas cresceram<br />

1,5%, e as de perfilados de coníferas 4%. Outros<br />

produtos como pisos engenheirados tiveram uma<br />

redução nas exportações (-2%) Além disto, as exportações<br />

são ainda mais concentradas: 71% das<br />

portas, 78% dos pisos engenheirados e 96 % dos<br />

perfilados tiveram como destino os EUA.<br />

Esta análise mostra que o impacto da desvalorização<br />

do real foi positiva para as exportações, mas<br />

não pode ser esquecido a contribuição da melhoria<br />

no mercado internacional e outros fatores que afetam<br />

a competitividade do produto brasileiro.<br />

É importante notar que o impacto foi maior na<br />

exportação de produtos primários. Isto indica que a<br />

indústria florestal brasileira está deixando de investir<br />

em operações para ofertar ao mercado internacional<br />

produtos competitivos de valor agregado, e<br />

se concentrando em produtos primários. Fica claro<br />

também a concentração das exportações em poucos<br />

países, o que é um fator de risco.<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

PRODUTOS DE VALOR AGREGADO<br />

PORTAS<br />

EVOLUÇÃO DA EXPORTAÇÃO (%)<br />

2017 - 2018<br />

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NOTAS<br />

Tendência das exportações<br />

As exportações de produtos brasileiros<br />

de madeira em 2018 mostram<br />

uma tendência de crescimento iniciada<br />

há cinco anos. O compensado de pinus<br />

registrou um volume total exportado<br />

de 2.272.067 m³ (metros cúbicos) no<br />

ano passado, ou seja, um aumento<br />

de 10% quando comparado a 2017.<br />

Outro produto que registrou crescimento<br />

no volume total exportado foi<br />

a madeira serrada de pinus, com 12%<br />

de elevação em 2018. Enquanto isso<br />

há itens que se mantiveram estáveis<br />

nas vendas internacionais, como a<br />

madeira perfilada de pinus que totalizaram<br />

144.410.593 kg (quilograma),<br />

praticamente repetindo o volume do<br />

ano anterior.<br />

Foto: divulgação<br />

Nova lei em Mato Grosso do Sul<br />

Nova legislação sobre o consumo de produtos<br />

florestais no Estado de Mato Grosso do Sul disciplina a<br />

exploração de florestas e vegetações nativas, além da<br />

utilização da matéria-prima florestal e cria dispositivos<br />

para reposição florestal e proteção ambiental. A lei,<br />

de autoria do deputado Junior Mochi (MDB), amplia o<br />

consumo, para o setor industrial, do material lenhoso<br />

proveniente do desmate autorizado. Segundo o deputado,<br />

um dos problemas pelo acúmulo desse material não<br />

utilizado é que a disposição dos resíduos de madeira<br />

de forma inadequada contribui para a degradação da<br />

qualidade ambiental. Agora, para as grandes empresas<br />

realizarem a retirada de materiais lenhosos é preciso seguir<br />

com o PSS (Plano de Suprimento Sustentável), que<br />

é a forma de reequilibrar o ambiente depois da retirada<br />

das florestas e da vegetação. O Plano estabelece regras<br />

para o reflorestamento, com cronograma de plantio,<br />

área e volume, ao determinar manutenção de florestas<br />

próprias ou de terceiros, sendo que o prazo é de cinco a<br />

10 anos para cumprir com a obrigação.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Novo<br />

sistema<br />

O licenciamento ambiental pode<br />

ficar mais fácil agora, devido ao sistema<br />

que a EPL (Empresa de Planejamento<br />

Logístico), que atualmente<br />

integra o Ministério da Infraestrutura,<br />

planeja criar. A ideia com esse sistema<br />

é que ao invés de realizar obrigatoriamente<br />

estudos a cada novo empreendimento,<br />

o governo utiliza informações<br />

já existentes. Dessa forma, o<br />

tempo para conseguir a aprovação<br />

do licenciamento ambiental deve diminuir,<br />

sendo que hoje o empresário<br />

leva quase dois anos nesse processo.<br />

Foto: divulgação<br />

Atividade<br />

florestal<br />

Foto: divulgação<br />

O custo da atividade florestal no Brasil fica<br />

acima da inflação em 2018. A variação do Incaf<br />

(Índice Nacional de Custos da Atividade <strong>Florestal</strong>)<br />

foi de 0,8% no quarto trimestre de 2018,<br />

ou seja, duas vezes acima da inflação medida<br />

pelo Ipca (Índice Nacional de Preço ao Consumidor<br />

Amplo). No ano, o Incaf acumulou alta<br />

de 7,2% para uma inflação de 3,7%. Domingue<br />

Duly, gerente de consultoria em Energia<br />

Agroindústria da Poyry no Brasil, afirma que,<br />

no curto prazo, a evolução do Incaf nem sempre<br />

repercute nos preços de madeira pagos<br />

pelas indústrias, que dependem muito mais<br />

do balanço entre a oferta e a demanda ou de<br />

alguns fatores exógenos, como o dinamismo<br />

do mercado de construção americano.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Denis Cimaf é<br />

adquirida pela Morbark<br />

Representantes da Morbark, LLC e Denis Cimaf celebraram acordo de compra da Denis Cimaf em 18 de dezembro<br />

de 2018. Com a aquisição da Denis Cimaf, fabricante canadense de implementos florestais para limpeza de área, a Morbark<br />

completa o portfólio de produtos de manejo de áreas e vegetação com trituradores florestais hidráulicos industriais<br />

de alta vazão para escavadeiras e veículos frontais. A empresa Stellex Capital Management LP (Stellex) adquiriu a<br />

Morbark em 2016 e a Rayco em 2017. “Morbark, Rayco e Denis Cimaf cobrem partes distintas do negócio de gestão de<br />

áreas de vegetação e estamos muito felizes em poder oferecer uma gama maior de produtos para ajudar no crescimento<br />

de negócios dos nossos clientes”, afirma em nota oficial divulgada à imprensa especializada. O texto garante também<br />

que a Denis Cimaf manterá foco no desenvolvimento e fabricação de trituradores florestais de alta performance para<br />

escavadeiras e veículos frontais. “A Morbark, LLC reconhece que o sucesso da Denis Cimaf reside na sua paixão em<br />

projetar e oferecer o melhor triturador hidráulico de alto fluxo disponível no mercado e, como tal, toda a equipe de administração,<br />

design, técnica e fabricação da Denis Cimaf permanecerá e continuará crescendo em Roxton Falls, Quebec,<br />

Canadá.” Os trituradores, a marca e o logotipo permanecerão os mesmos. A filial brasileira, Denis Cimaf Brasil continuará<br />

suas operações visando a expansão no mercado. “A equipe da Denis Cimaf está entusiasmada em se unir à família<br />

Morbark, essa aquisição significa a continuidade de poder trabalhar e avançar na nossa paixão; mantendo sempre os<br />

equipamentos no mais alto nível técnico.” A Denis Cimaf planeja ampliar a capacidade de produção e reduzir o prazo de<br />

entrega. “Com Benjamin-Pierre Denis e Simon Denis no comando e suporte da Morbark, esses objetivos estarão mais<br />

próximos do que nunca”, finaliza a nota.<br />

Foto: divulgação<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Plano Estadual de Florestas<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

O Plano Estadual de Florestas Plantadas do Paraná<br />

institui atribuições e define conceitos e ações que<br />

vão possibilitar a participação de todos os envolvidos<br />

na cadeia produtiva no desenvolvimento do setor.<br />

Uma das mudanças principais é o fato de que volta<br />

a ser atribuição da Seab (Secretaria da Agricultura e<br />

Abastecimento do Paraná) a função administrativa<br />

Autoridade de Florestas Plantadas, o que até a aprovação<br />

dessa nova regra cabia ao IAP (Instituto Ambiental<br />

do Paraná). Portanto, a partir de agora cabe<br />

ao Seab exercer as funções de controle, monitoramento<br />

e fomento, além de apoiar atividades e atuar<br />

em cooperação com os órgãos estaduais de pesquisa<br />

agropecuária e de extensão rural. Outra novidade é<br />

o cadastro único de produtores e consumidores de<br />

matéria-prima florestal, com a intenção de reduzir a<br />

burocracia e facilitar o controle.<br />

ALTA<br />

INSTRUMENTOS DE MADEIRA<br />

O luthier e músico Lucas Mortart Montysuma produziu<br />

uma guitarra feita de madeira amazônica. O instrumento<br />

de cordas foi feito a partir dos restos não<br />

utilizados de madeira da empresa Agrocortex, e por<br />

isto recebeu certificação FSC (Conselho de Manejo <strong>Florestal</strong>)<br />

para cadeia de custódia. “Quando participei da<br />

Feira Internacional de Música, em São Paulo, vi que havia<br />

uma grande procura pelos instrumentos de madeira<br />

tropical fora do Brasil e que a certificação atestando a<br />

origem da madeira, sem desmatamento, agregava valor<br />

maior ao meu produto”, conta o luthier, que faz cerca<br />

de dois instrumentos por mês. Com o selo, ele planeja<br />

em entrar no mercado europeu.<br />

FEVEREIRO <strong>2019</strong><br />

CRIME AMBIENTAL DE<br />

BRUMADINHO<br />

A tragédia de Brumadinho (MG) causou a morte de<br />

várias pessoas, sendo que os números aumentam<br />

a cada dia. A área onde ocorreu o rompimento de<br />

barragens de contenção de rejeitos de mineração em<br />

Brumadinho é de formação florestal de Mata Atlântica<br />

em transição para Cerrado, portanto o rompimento<br />

também provocou a perda de 125 ha (hectares) de<br />

florestas, o que equivale a mais de 1 milhão de m2<br />

(metros quadrados). A vida aquática acaba nos locais<br />

onde a lama se acumula e isso, também afeta a fauna<br />

terrestre que depende do curso do rio.<br />

BAIXA<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


Os conteúdos de nossas revistas<br />

vão além da primeira impressão<br />

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do Mundo REFERÊNCIA<br />

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BIOMASSA<br />

Biomassa<br />

EM TRÊS<br />

LAGOAS<br />

Pellets é mais<br />

ECONÔMICO<br />

D<br />

ados da Avebiom (Associação Espanhola de<br />

Valorização Energética da Biomassa) confirmam<br />

que o uso da biomassa como combustível<br />

para aquecimento, como os pellets, pode<br />

obter economia de aproximadamente 50% no<br />

custo de combustível. As informações foram obtidas a partir<br />

da análise do consumo de várias fontes de energia e o custo<br />

de cada uma delas em relação à evolução dos preços do combustível<br />

a biomassa. Um dos exemplos do presidente da Avebiom,<br />

Javier Díaz, foi o gasóleo. Ele recordou que para encher<br />

o depósito de gasóleo há um ano o custo era de 0.488 euros/<br />

litro e que atualmente o preço do L (litro) é de 0.7333 euros,<br />

ou seja, aumentou quase 50% em apenas um ano.<br />

Foto: divulgação<br />

M<br />

ato Grosso do Sul terá a primeira usina geradora<br />

de energia a partir de biomassa de<br />

eucalipto. A empresa Eldorado Brasil, do<br />

Grupo J&F, recebeu licença ambiental do<br />

Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato<br />

Grosso do Sul) para a instalação da usina de biomassa, que<br />

produzirá energia com a queima de cavacos de madeira em<br />

Três Lagoas. A capacidade de geração da usina será de 50<br />

MW (Megawatts) de energia. O investimento será de R$ 320<br />

milhões e a estimativa é gerar mil empregos diretos no município.<br />

O projeto é importante para a base de diversificação de<br />

uso dos restos florestais, como folhas, raízes, cascas e demais<br />

subprodutos da madeira.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

24 www.referenciaflorestal.com.br


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

O objetivo é incentivar a inclusão de<br />

pequenos e médios produtores no<br />

plantio, manejo e processamento da<br />

madeira de florestas comerciais para<br />

usos múltiplos. Com isso, visa atender<br />

também a demanda por móveis, peças e<br />

partes de madeira para construção civil<br />

na Bahia - hoje atendida, na sua maior<br />

parte, por outros Estados brasileiros<br />

Explica o diretor executivo da Abaf (Associação Baiana das<br />

Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Wilson Andrade, em palestra<br />

realizada na II Seaflor (II Semana Acadêmica de Engenharia do<br />

Recôncavo Baiano) sobre o Programa Mais Árvores Bahia<br />

“Fazemos a seleção de árvores<br />

que serão colhidas, mantendo<br />

ao mesmo tempo a floresta. São<br />

gerados 73 empregos diretos e<br />

recursos de R$ 10 milhões ao ano<br />

para a economia local, além dos<br />

empregos indiretos. É uma escala<br />

pequena de manejo, mas que<br />

movimenta bem a economia local”<br />

Patrick Reydams, gerente de operações da Amata,<br />

concessionária de floresta pública em Rondônia<br />

“Mais ou menos 30% da matriz<br />

energética do Estado depende do<br />

recurso florestal. Vemos indústrias<br />

importantes para Pernambuco que<br />

tem na floresta sua fonte de energia.<br />

Sendo feito de forma adequada,<br />

podemos ter energia renovável,<br />

sustentável e de baixo custo”<br />

Afirma a diretora de Sustentabilidade e<br />

Clima da Semas (Secretaria Estadual de Meio<br />

Ambiente e Sustentabilidade), Samanta Della<br />

Bella, sobre a reserva florestal de Pernambuco<br />

“A Floresta Amazônica é de extrema importância,<br />

principalmente por ser um bioma único no mundo, em região<br />

tropical. É a maior extensão de floresta tropical e o único<br />

lugar onde a própria floresta tem mecanismos de controle de<br />

seu clima interno, impactando muito nosso planeta”<br />

Paulo Artaxo, professor titular<br />

no Instituto de Ifusp (Física da<br />

Universidade de São Paulo)<br />

e membro do Ipcc (Painel<br />

Intergovernamental sobre<br />

Mudanças Climáticas)<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

25


ENTREVISTA<br />

Sede por<br />

INOVAÇÃO<br />

Thirst for innovation<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

N<br />

ovas tecnologias causam tanto fascínio quanto<br />

medo da mudança. Mudar conceitos não é<br />

tarefa fácil, por isto a introdução do novo na<br />

rotina florestal tem que ser feito com critério e<br />

exige dos gestores coragem para mudar padrões. Desta forma,<br />

Carlos Justo, gerente geral de Planejamento e Competitividade<br />

da Eldorado Brasil conduziu os drones na empresa, algo que<br />

hoje parece corriqueiro, e avança na conectividade da floresta.<br />

Para ele, é importante estar à frente, buscar novas tecnologias,<br />

algo que deve ser feito com muito estudo, mas que naquele<br />

momento decisivo requer também uma ponta de intuição.<br />

N<br />

ew technologies create as much fascination<br />

as fear of change. Concept change is no easy<br />

task, so the introduction of anything new in<br />

routine forest activities has to be carried out<br />

with discretion and requires managers to be courageous in<br />

changing patterns. In this way, Carlos Justo, General Manager<br />

of Planning and Competitiveness for Eldorado Brasil introduced<br />

the use of drones in the Company, something that today seems<br />

very unexceptional. Searching out new technologies, something<br />

like this takes much study, but that at the decisive moment<br />

requires a bit of intuition.<br />

Carlos Alberto Justo<br />

da Silva Junior<br />

DATA E LOCAL DE NASCIMENTO<br />

15/04/1979 – Florianópolis (SC)<br />

April 15, 1979, Florianópolis (SC)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Gerente Geral de Planejamento e Competitividade<br />

General Manager of Planning and Competitiveness<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Administrador, MBA em Finanças<br />

Business Administration, MBA in Finance<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2019</strong> 27


28 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2019</strong> 29


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PRINCIPAL<br />

Potencializando<br />

A NATUREZA<br />

Fotos: Planflora Mudas Florestais<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


Empresa desenvolve o<br />

clone Eucalyptus grandis<br />

Planflora GPC23 que amplia<br />

produtividade no campo e<br />

fornece madeira maciça ideal<br />

para a indústria de produtos<br />

de alto valor agregado<br />

Making use of<br />

nature’s potential<br />

A company develops a Eucalyptus<br />

grandis clone, Planflora GPC23, that<br />

extends productivity in the field and<br />

provides a solid wood ideal for the<br />

higher value-added products industry<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

33


PRINCIPAL<br />

As qualidades edafoclimáticas do Brasil estão entre<br />

os motivos que tornam o país tão competitivo na<br />

área florestal. Agora, imagine potencializar esta<br />

vocação natural por meio de pesquisa para criar<br />

um clone ideal. Foi o que o engenheiro florestal<br />

com 41 anos de experiência, Laurindo Salante, proprietário da<br />

Planflora Mudas Florestais fez. Do intenso trabalho surgiu o clone<br />

de Eucalyptus grandis GPC23, que reúne características perfeitas<br />

para o plantio nas regiões sul e sudeste, orientados, em particular,<br />

para a indústria de produtos de madeira maciça.<br />

Tudo começou em fevereiro de 2004. Dois objetivos principais<br />

motivaram a iniciativa de desenvolver o novo clone: oportunidade<br />

de mercado e a necessidade das indústrias em contar com<br />

matéria-prima orientada para suas necessidades. “O eucalipto<br />

é uma espécie com excelente crescimento no sul e sudeste do<br />

Brasil, onde estão localizados os principais polos moveleiros”,<br />

explica Laurindo. “Mas na industrialização da madeira de eucalipto,<br />

proveniente de florestas seminais, ocorrem muitas perdas<br />

por rachaduras, empenamentos, e outros defeitos intrínsecos<br />

à secagem ou às distintas propriedades tecnológicas de cada<br />

árvore”, pondera. Assim a intenção com o melhoramento, era<br />

disponibilizar uma abundante fonte de matéria-prima renovável<br />

de qualidade, com baixo custo de produção, devido ao curto ciclo<br />

de produção. Assim nascia o GPC23.<br />

O desenvolvimento de um clone que reuniu características<br />

que beneficiam a silvicultura, como o rápido crescimento, a boa<br />

resistência à ferrugem, e o excelente aproveitamento na industrialização<br />

da madeira, exigiu muito estudo. O clone foi obtido<br />

por meio da seleção entre 38 matrizes avaliadas em laboratório<br />

de tecnologia da madeira, segundo as normas técnicas da Abnt<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas). De cada matriz, foram<br />

enviados 10 pranchões de 2,5 m (metros) de comprimento<br />

e 10 discos para laboratórios confeccionarem os corpos de prova<br />

para as avaliações das propriedades físico-mecânicas. Na serraria<br />

foram medidas todas as rachaduras dos topos das toras e das<br />

tábuas, arqueamento das tábuas, e realizada a secagem natural<br />

de tábuas em galpão coberto, para confrontar com os resultados<br />

laboratoriais.<br />

T<br />

he edaphic-climatic qualities in Brazil are amongst<br />

the reasons that have made the Country so competitive<br />

in the forest area. Now, imagine making use<br />

of this natural vocation through research to create<br />

an ideal clone. It was what Laurindo Salante, a forestry<br />

engineer with 41 years of experience, owner of Planflora<br />

Mudas Florestais did. From his intense work, came GPC23, a<br />

Eucalyptus grandis clone that unites the perfect characteristics<br />

for planting in the Southern and Southeastern Regions of Brazil,<br />

oriented, in particular, to the solid wood products industry.<br />

It all started in February 2004. Two primary objectives motivated<br />

the initiative for him to develop the new clone: market<br />

opportunity and the need for industries to be able to rely on a<br />

raw material geared to their needs. “Eucalyptus is a species with<br />

excellent growth in Southern and Southeastern Brazil, where<br />

the main Furniture Making Centers are located,” explains Laurindo.<br />

“But in the processing of Eucalyptus wood from seminal<br />

forests, many losses can occur due to cracking, warping, and<br />

other defects intrinsic to drying or the different technological<br />

properties of each tree,” he considers. Thus, the intention with<br />

the improvement was to provide an abundant source of quality<br />

renewable raw material with a low production cost, due to the<br />

short production cycle. As such, GPC23 was born.<br />

The development of a clone that brought together the characteristics<br />

that benefit forestry, such as rapid growth, good resistance<br />

to rust, and excellent use in timber processing, required<br />

a lot of study. The clone was obtained through the selection of 38<br />

matrices evaluated in a wood technology laboratory, according<br />

to the Brazilian Association of Technical Standards (Abnt). From<br />

each matrix, ten 2.5 m long samples and ten discs were sent to<br />

laboratories to make the specimens for physical-mechanical<br />

EUCALYPTUS GRANDIS<br />

PLANFLORA GPC23 AOS 4<br />

ANOS DE IDADE, EM TUNAS<br />

(PR), VOLUME – 76M³/HA/ANO<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br<br />

LOCALIZADA EM CONCÓRDIA (SC), A PLANFLORA<br />

FOI FUNDADA NO DIA 2 DE JANEIRO DE 1998


Fevereiro <strong>2019</strong> 35


36 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2019</strong> 37


ESPECIAL<br />

Setor acredita em<br />

CRESCIMENTO<br />

PARA <strong>2019</strong><br />

Fotos: divulgação<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Depois da leve recuperação na economia em 2018,<br />

representantes da atividade florestal mostram<br />

otimismo para o ano que se inicia<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

39


ESPECIAL<br />

O<br />

ano de recuperação pós-crise econômica<br />

brasileira foi 2018, agora é momento de<br />

crescer. Este é o pensamento do setor produtivo,<br />

que espera bons resultados com a<br />

implementação do PlantarFlorestas (Plano<br />

Nacional de Florestas Plantadas), capitaneado pelo Mapa<br />

(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), lançado<br />

no final do ano passado. O desempenho da indústria<br />

de base florestal foi positivo em 2018, e à medida que os<br />

dados do acumulado do ano estão sendo fechados observa-<br />

-se boa recuperação em relação a 2017. Por isto, a expectativa<br />

com <strong>2019</strong> é excelente.<br />

De acordo com os resultados mais recentes divulgados<br />

pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), as exportações até<br />

novembro de 2018 acumularam US$ 9,6 bilhões, superando<br />

em um milhão todo o valor negociado em 2017. Ainda<br />

levando em conta os 11 meses do ano passado, o saldo<br />

da balança comercial fechou em US$ 8,6 bilhões, também<br />

acima de todo o ano anterior (US$ 7,5 bilhões). Na comparação<br />

entre o mesmo período, houve alta nas exportações<br />

de celulose (+31,1%), painel de madeira (+7,1%) e papel<br />

(+5,0%).<br />

A representatividade da balança do setor seguiu com<br />

avanços no acumulado até novembro de 2018, representou<br />

4,4% do total de exportações brasileiras e 10,3% das exportações<br />

do agronegócio.<br />

A China continua sendo o principal mercado externo<br />

para comercialização da celulose e até novembro adquiriu<br />

US$ 3,2 bilhões do produto brasileiro, aumento de 42,1%<br />

em relação ao mesmo período de 2017. O segmento papel<br />

manteve o foco de comercialização externa na América Latina,<br />

que apresentou avanço de 8,3% no valor negociado. A<br />

região também é o principal destino dos painéis de madeira<br />

e consumiu US$ 161 milhões do produto em 2018, alta de<br />

15,8%.<br />

A produção de celulose segue em alta no acumulado do<br />

ano, com variação positiva de 9,6% e total de 19,3 milhões<br />

de t (toneladas) fabricadas. Os painéis de madeira mantiveram<br />

o crescimento, com variação positiva de 4,3% em<br />

relação ao acumulado do ano. Até o décimo primeiro mês<br />

do ano, foram 6,2 milhões de m³ (metros cúbicos) negociados<br />

com o mercado interno. Papel, por sua vez, manteve o<br />

mesmo volume de vendas domésticas, com 5,0 milhões de<br />

t comercializadas (+0,9%)<br />

FLORESTA PLANTADA<br />

Entre os Estados mais otimistas com o desempenho do<br />

negócio florestal está a Bahia. “Existem perspectivas, na<br />

Bahia, de novos investimentos em florestas plantadas para<br />

os principais segmentos da cadeia produtiva atuantes na<br />

região”, destaca Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf<br />

(Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>). Ele<br />

avalia que a liberação da compra de terras por empresas<br />

de capital estrangeiro no Brasil deverá provocar um grande<br />

fluxo de investimentos no país, principalmente por parte de<br />

fundos internacionais em busca de rentabilidade segura e<br />

de longo prazo. Estima-se a possibilidade de investimentos<br />

no setor florestal na ordem de R$ 50 bilhões nos próximos<br />

“Existem perspectivas, na<br />

Bahia, de novos investimentos<br />

em florestas plantadas para os<br />

principais segmentos da cadeia<br />

produtiva atuantes na região”<br />

Wilson Andrade,<br />

diretor executivo da Abaf<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


EQUIPAMENTOS QUE SUPORTAM<br />

O RIGOR DA FLORESTA.<br />

GARRAS<br />

TRAÇADORAS<br />

A MAIOR LINHA<br />

DE GARRAS<br />

TRAÇADORAS<br />

DO MUNDO.<br />

CABEÇOTES<br />

MULTIFUNCIONAIS<br />

CABEÇOTE 3 EM 1:<br />

DERRUBADA,<br />

TRAÇAMENTO<br />

E CARREGAMENTO.<br />

GARRAS<br />

COMPLETA<br />

LINHA DE GARRAS,<br />

ESCAVADEIRAS,<br />

RETROESCAVADEIRAS,<br />

CARREGADORES<br />

FLORESTAIS E<br />

TRICICLOS,<br />

ENTRE OUTROS.<br />

TRITURADORES<br />

E ROÇADEIRAS<br />

DISTRIBUIDOR<br />

EXCLUSIVO NO<br />

BRASIL DE<br />

ROÇADEIRA<br />

FLORESTAL E<br />

MULCHER<br />

DE DISCO.<br />

MINI- SKIDDER<br />

EQUIPAMENTO<br />

PARA ARRASTE<br />

DO FEIXE DE TORAS,<br />

ACOPLADO<br />

EM TRATORES DE<br />

PEQUENO,<br />

MÉDIO E<br />

GRANDE PORTE.<br />

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DE TESOURA<br />

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Fevereiro <strong>2019</strong> 43


MADEIRA NATIVA<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Exportações<br />

de madeira<br />

tropical<br />

PATINA<br />

Brasil não consegue ampliar<br />

vendas internacionais do produto,<br />

mas o embate entre EUA e China<br />

pode ajudar, mesmo que de forma<br />

tímida, exportadores brasileiros<br />

Fotos: divulgação<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

45


MADEIRA NATIVA<br />

E<br />

nquanto as exportações dos produtos de madeira<br />

plantada apresentaram crescimento no<br />

último ano, com tendência de ampliar ainda<br />

mais o ritmo de alta, as vendas externas dos<br />

produtos a base de espécies nativas permanecem<br />

ruins.<br />

Na contramão do crescimento constante, os produtos<br />

industrializados a partir de espécies tropicais têm perdido<br />

força no mercado internacional. O compensado tropical<br />

atingiu a marca de 61.016 m³ (metros cúbicos) exportados<br />

em 2018, mantendo o nível do volume exportado no ano<br />

anterior, resultando na média mensal de pouco mais de<br />

5.000 m³ (metros cúbicos), apontam números da Abimci<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente). O mesmo acontece com as lâminas<br />

tropicais. Em 2018, foram embarcados apenas 13.424 m³,<br />

permanecendo em um nível baixo e estável nos últimos<br />

três anos. “É um volume muito abaixo do belo histórico<br />

das exportações brasileiras em décadas passadas e da<br />

dimensão de nossas florestas tropicais, o que demonstra a<br />

falta de políticas públicas de incentivo ao uso e produção<br />

sustentável da floresta Amazônica”, afirma José Carlos Januário<br />

, presidente da Abimci.<br />

A madeira perfilada tropical registrou um pequeno recuo<br />

do volume em comparação com o ano passado, apesar<br />

de a série histórica mostrar uma média estável dos volumes<br />

exportados nos últimos cinco anos.<br />

O único item da pauta produzido a partir de espécies<br />

tropicais que teve aumento nas exportações foi a madeira<br />

serrada. O volume total exportado em 2018 totalizou<br />

556.441 m³, aumento de 18% em relação a 2017. De<br />

acordo com a Abimci, ainda são volumes muitos baixos<br />

e distantes do que o Brasil exportava na década passada,<br />

quando embarcava mais de 1 milhão de m³/ano.<br />

CHINA X EUA<br />

Um embate entre China e EUA (Estados Unidos da<br />

América) pode beneficiar os brasileiros. Recentemente, a<br />

guerra comercial entre o país norte-americano e o asiático<br />

teve mais um capítulo. Desta vez, o governo chinês aumentou<br />

o imposto de importação de produtos de madeira<br />

dura dos EUA, o que naturalmente encareceu o preço final<br />

de compensados, madeira serrada, decks, entre outros.<br />

Os importadores também reclamam que está levando<br />

muito mais tempo para o desembaraço das mercadorias<br />

pela aduana nos portos, ampliando a estadia dos contêineres<br />

e tornando o custo da mercadoria ainda mais alto. A<br />

maioria dos traders cortaram as compras de madeira dos<br />

EUA, o que resultou em queda de 50% das importações da<br />

China em 2018 na comparação com o ano anterior.<br />

Embate entre China<br />

e EUA pode beneficiar<br />

os brasileiros<br />

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Fevereiro <strong>2019</strong><br />

47


MERCADO<br />

SIMPLESMENTE<br />

SUZANO<br />

Fotos: divulgação<br />

A gigante nascida da compra<br />

da Fibria pela Suzano Papel e<br />

Celulose tem nome enxuto e<br />

números superlativos<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


Afusão foi celebrada oficialmente no dia 14<br />

de janeiro, mas o processo vem sendo realizado<br />

por etapas desde março de 2018. A<br />

Suzano é resultado da fusão entre a Suzano<br />

Papel e Celulose e a Fibria, e já está em<br />

operação. A companhia nasce líder global na produção<br />

de celulose de eucalipto, além de ser uma das maiores<br />

fabricantes de papéis da América Latina. Na última etapa<br />

da operação a Suzano Papel e Celulose efetuou o pagamento<br />

de R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria, que se<br />

tornam acionistas da Suzano, nova marca da empresa.<br />

A nova empresa tem capacidade de produção de 11<br />

milhões de t (toneladas) de celulose de mercado e de 1,4<br />

milhão de t de papel por ano. A competitividade da Suzano<br />

pode ser medida pela presença global, com vendas<br />

para mais de 90 países e exportações de R$ 26 bilhões<br />

ao ano. A soma dos investimentos da Suzano nos últimos<br />

três anos é de R$ 22 bilhões. Com 11 fábricas distribuídas<br />

pelo país e cerca de 37 mil colaboradores diretos e<br />

indiretos.<br />

“Concluímos com êxito a realização de um sonho. A<br />

jornada que começa agora é movida pelo desejo de sermos<br />

protagonistas na evolução da sociedade e referência<br />

no uso sustentável de recursos renováveis e, a partir<br />

disso, contribuir para a construção de um mundo melhor,<br />

agora e no futuro”, afirma Walter Schalka, presidente da<br />

Suzano.<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

49


MERCADO<br />

Dentro desse processo de integração das duas empresas,<br />

a união das melhores práticas operacionais com<br />

pessoas engajadas que, transformam, geram e compartilham<br />

valor, e com fornecedores, clientes, acionistas e<br />

todos os demais públicos será fundamental.<br />

“Uniremos a tecnologia ao espírito empreendedor<br />

para irmos além. É assim que faremos a diferença para<br />

a sociedade ao impactar positivamente desde as comunidades<br />

nas quais estamos presentes até bilhões de<br />

pessoas que usam diariamente produtos fabricados com<br />

nossa celulose em todo o mundo”, ressalta Schalka.<br />

A companhia também entende que inovação e sustentabilidade<br />

andam lado a lado. Por isso, a soma de<br />

tecnologia, empreendedorismo e agricultura responsável<br />

continuará a garantir o crescimento e a perenidade dos<br />

negócios.<br />

A fusão obteve as aprovações necessárias de autoridades<br />

concorrenciais dos EUA (Estados Unidos da América)<br />

(31/05), da China (31/08), da Turquia (06/09), da<br />

Europa (29/11) e do Brasil (CADE - Conselho Administrativo<br />

de Defesa Econômica - 11/10 - e da Antaq - Agência<br />

Nacional de Transportes Aquaviários - 14/11).<br />

“A jornada que começa agora é<br />

movida pelo desejo de sermos<br />

protagonistas na evolução<br />

da sociedade e referência no<br />

uso sustentável de recursos<br />

renováveis”<br />

Walter Schalka,<br />

presidente da Suzano<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2019</strong> 51


EVENTO<br />

Setor florestal<br />

se reuniu<br />

NA BAHIA<br />

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Para fechar o calendário<br />

de encontro de 2018, a Abaf<br />

organizou encontro que<br />

contou com representantes<br />

do governo para tratar do<br />

PlantarFloresta, além de outras<br />

políticas para o segmento<br />

Fotos: divulgação<br />

R<br />

epresentantes de diversos órgãos governamentais<br />

da Bahia e Brasil, empresários,<br />

agentes financeiros e da academia estiveram<br />

reunidos em Salvador (BA) nos dias 28 e 29<br />

de novembro para uma série de eventos<br />

promovidos pela Abaf (Associação Baiana das Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>) em paralelo à participação na Fenagro 2018<br />

(28ª edição da Feira Internacional da Agropecuária), que<br />

aconteceu no Parque de Exposições da capital baiana.<br />

“Interessa às entidades governamentais e empresariais<br />

da Bahia a atração de investimento nas boas oportunidades<br />

que o Estado oferece, devido às suas condições de<br />

solo, clima, espaço e oferta de terra. Também interessa a<br />

todos a promoção, em nível nacional e internacional, de<br />

um dos cinco mais importantes eventos agropecuários do<br />

Brasil, a Fenagro”, explica o diretor executivo da Abaf, Wilson<br />

Andrade.<br />

Na manhã do primeiro dia de evento, a Abaf coordenou<br />

a reunião das Associações das Estaduais Florestais. O<br />

grupo é composto por nove entidades que representam o<br />

setor florestal nos seus Estados: Rio Grande do Sul, Santa<br />

Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul,<br />

Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia – todos associados da<br />

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) que os representa junto<br />

às instituições mundiais que tratam do conhecimento,<br />

das tendências e das políticas públicas para o setor de florestas<br />

plantadas no mundo.<br />

Também foi realizada a primeira reunião presencial do<br />

GT (Grupo de Trabalho) de Comunicação das associadas<br />

estaduais. Com a proposta de delimitar o plano estratégico<br />

para <strong>2019</strong>, o objetivo será combater mitos do setor com<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

53


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Fevereiro <strong>2019</strong> 55


FEIRA<br />

Setor florestal ganha<br />

mais espaço na<br />

FIMMA BRASIL<br />

Fotos: Carlos Ferrari e Desirée Ferreira<br />

Feira tradicionalmente voltada para<br />

marcenaria e movelaria destina área<br />

exclusiva para empresas da cadeia florestal<br />

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Fevereiro <strong>2019</strong> 57


ARTIGO<br />

MODELAGEM DO<br />

INCREMENTO DIAMÉTRICO<br />

PARA ÁRVORES<br />

INDIVIDUAIS DE<br />

ARAUCARIA<br />

ANGUSTIFOLIA<br />

(BERTOL.) KUNTZE<br />

TATIANE CHASSOT<br />

PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL<br />

FREDERICO DIMAS FLEIG<br />

PROFESSOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL,<br />

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


Foto: divulgação<br />

ERESUMO<br />

ste trabalho teve como objetivo formular modelos<br />

de incremento diâmetrico para árvores individuais<br />

de Araucaria angustifolia. Foram utilizadas medições<br />

de 262 indivíduos de araucária amostrados<br />

nas parcelas permanentes do Projeto Ecológico<br />

de Longa Duração - “Conservação e Manejo Sustentável de<br />

Ecossistemas Florestais - Bioma Araucária e suas Transições”<br />

(Peld - Cnpq). Utilizando análise de correlação, covariância e regressão,<br />

foram ajustados modelos de incremento, estratificados<br />

em função da classe de diâmetro, variável de maior correlação<br />

com o incremento em diâmetro. Foi utilizado o incremento periódico<br />

anual, calculado com base no incremento em diâmetro<br />

dos indivíduos no período analisado. Os modelos resultaram<br />

em boas estimativas do incremento, no entanto, apresentaram<br />

resíduos com forte tendência.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As florestas nativas têm como característica a complexidade<br />

em sua composição, ou seja, um grande número de espécies<br />

com as mais diferentes características silviculturais, ecológicas<br />

e tecnológicas (Scolforo et al., 1996).<br />

Estudos em florestas nativas têm sido intensificados nos últimos<br />

anos, procurando-se descrever sua composição florística<br />

e estrutura fitossociológica, bem como entender a dinâmica<br />

desses ecossistemas inequiâneos. No entanto, percebe-se a falta<br />

de informações sobre o crescimento individual das espécies<br />

dessas florestas.<br />

Uma das maneiras de se obter conhecimentos sobre o crescimento<br />

das espécies é por meio de modelos de crescimento.<br />

Esses modelos auxiliam as pesquisas e manejo das florestas de<br />

várias formas. Um dos importantes usos inclui a possibilidade<br />

da predição de produção em tempos futuros, partindo das condições<br />

atuais.<br />

Em florestas nativas, devido a sua complexidade em número<br />

de espécies, com as mais variadas dimensões e distribuição<br />

irregular dentro do povoamento, os estudos de crescimento<br />

não podem ser realizados com base em valores médios.<br />

Segundo Vanclay (1994), para se determinar o crescimento<br />

e incremento de espécies que compõem as florestas inequiâneas<br />

e de múltiplas espécies deve-se lançar mão de técnicas de<br />

modelagem de crescimento considerando as árvores de forma<br />

individual, pois cada espécie apresenta um conjunto de características<br />

singulares, como: ritmo de crescimento, necessidades<br />

por nutrientes, luz e espaço para crescimento.<br />

De acordo com Vanclay (1991), o desenvolvimento de<br />

funções de crescimento para árvores individuais somente terá<br />

sucesso, dispondo-se de um grande número de informações e<br />

se a espécie estudada ocorrer em grande frequência na área de<br />

estudo.<br />

A maioria dos modelos adequados para florestas mistas<br />

predizem, explicitamente, o crescimento de árvores individuais,<br />

na maioria das vezes, com equações para estimar o crescimento<br />

em diâmetro a partir do diâmetro das árvores e outras<br />

variáveis. Devido à facilidade de medição, sensibilidade às mudanças<br />

ambientais e densidade do povoamento, relação com<br />

o tamanho da copa, massa da árvore ou volume do tronco, o<br />

diâmetro está diretamente relacionado com o incremento das<br />

árvores (Zeide, 1989).<br />

Este trabalho teve como objetivo formular modelos de<br />

incremento diamétrico para árvores individuais de Araucaria<br />

angustifolia, ocorrentes na Floresta Ombrófila Mista da Floresta<br />

Nacional de São Francisco de Paula (RS).<br />

Fevereiro <strong>2019</strong><br />

59


60 www.referenciaflorestal.com.br


Fevereiro <strong>2019</strong> 61


62 www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

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utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

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conforme modelo ou amostra<br />

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atender o mercado de suprimentos industriais na linha de automação<br />

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Cultivamos a experiência e expertise em manutenção de equipamentos<br />

Florestais como Picadores, HARVESTERS e FORWARDERS<br />

de diversas marcas como Komatsu, John Deere, Caterpillar,<br />

Tigercat, Ponsse, Peterson Pacific e Morbark. Atendemos ainda<br />

equipamentos como caminhões betoneiras, bombas de concreto,<br />

colheitadeiras de cana e grãos, rolos compactadores, frezadoras de<br />

asfalto, vibro acabadoras, escavadeiras, carregadeiras, guindastes<br />

de solo,centrífugas, injetoras, reatores e extrusoras.<br />

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Fevereiro <strong>2019</strong><br />

63


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2019</strong><br />

MARÇO<br />

<strong>2019</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

Workshop Empresa Florestas/Apre<br />

19 a 20<br />

Colombo (PR)<br />

www.apreflorestas.com.br/evento/6oworkshop-embrapa-florestas-apre<br />

MARÇO<br />

<strong>2019</strong><br />

MAR<br />

<strong>2019</strong><br />

WORKSHOP EMPRESA<br />

FLORESTAS/APRE<br />

O intuito da VI edição do evento é discutir a qualidade e<br />

a utilização de produtos de florestas de pinus e eucalipto.<br />

A Apre (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>) e a Embrapa Florestas vão realizar o workshop<br />

nos dias 19 e 20 de março na sede da Embrapa Florestas,<br />

em Colombo (PR). Sendo que no primeiro dia o tema será<br />

Manejo e Avaliação Econômica, no dia 20 serão discutidos<br />

multiprodutos.<br />

Fimma Brasil <strong>2019</strong><br />

26 a 29<br />

Bento Gonçalves (RS)<br />

www.fimma.com.br<br />

MAIO<br />

<strong>2019</strong><br />

JUN<br />

<strong>2019</strong><br />

CIBIO<br />

Imagem: reprodução<br />

Ligna Hannover<br />

27 a 31<br />

Hannover (Alemanha)<br />

www.ligna.de<br />

O Congresso Internacional de Biomassa é um evento<br />

anual e a IV edição ocorrerá entre os dias 25 a 27<br />

de junho, em Curitiba (PR). O congresso tem papel<br />

fundamental nesta fase da Matriz Energética Brasileira,<br />

em que a busca por tecnologias limpas para geração de<br />

energia é urgente. Logo, tem como objetivo discutir o<br />

atual cenário do país e no mundo; apresentar soluções,<br />

tecnologias e informações que ajudem no crescimento<br />

da biomassa na matriz energética brasileira.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Nós reflorestamos<br />

AGENDA<strong>2019</strong><br />

JUNHO<br />

<strong>2019</strong><br />

Asturforesta<br />

20 a 22<br />

Monte Armayán (Espanha)<br />

www.asturforesta.es<br />

Produzimos e comercializamos mudas de várias espécies, tais<br />

como:árvores nativas, erva mate, ciprestes, palmeiras,<br />

pinus, eucaliptos e grama para pastagem tifton e jiggs<br />

JUNHO<br />

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www.viveiroreflorestamento.com.br<br />

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Fones: (54) 3242.4208 / 3242.2651<br />

Cel.: (54) 9 8435.2651<br />

Reflorestamento & Cia.<br />

Cibio<br />

25 a 27<br />

Curitiba (PR)<br />

www.congressobiomassa.com<br />

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REVISTAS DO SETOR<br />

SETEMBRO<br />

<strong>2019</strong><br />

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11 a 13<br />

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Fevereiro <strong>2019</strong><br />

65


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

A difícil tarefa de<br />

lidar com clientes<br />

mal-humorados no<br />

ATENDIMENTO<br />

Por Robson Costa,<br />

CEO da Encanto Design de Experiências<br />

Mesmo quando estão<br />

errados, eles permanecem<br />

irredutíveis, o que gera uma<br />

relação conflituosa<br />

As profissões relacionadas ao atendimento se tornam<br />

cada vez mais fundamentais em diferentes segmentos<br />

da economia e dos negócios. Porém, quem lida diariamente<br />

nessa área sabe que “nem tudo são flores”<br />

e tem muitas histórias para contar, tanto de situações<br />

cômicas como de momentos estressantes e desagradáveis. É necessário<br />

realmente ter muito jogo de cintura para enfrentar situações<br />

imprevisíveis e inusitadas!<br />

Uma das circunstâncias mais difíceis de lidar é quando os<br />

clientes mal-humorados se estressam ao telefone e ainda, mesmo<br />

quando estão errados, permanecem irredutíveis em suas posições.<br />

Mesmo com tudo isso, as companhias não podem abrir mão desses<br />

consumidores e correr o risco de perdê-los para os concorrentes.<br />

Por isso, cabe ao profissional de atendimento usar de muita<br />

sabedoria e paciência para tentar contornar a situação da melhor<br />

maneira possível. Para sair dessa saia justa há algumas maneiras de<br />

facilitar a negociação com os mal-humorados:<br />

1. APERFEIÇOE A COMUNICAÇÃO<br />

A boa comunicação é sempre a principal arma em qualquer<br />

tipo de situação constrangedora. Mas, diferentemente do que a<br />

maioria das pessoas pensa, em momentos de estresse é necessário<br />

saber escutar — ainda que o discurso seja irrelevante — e só intervir<br />

quando houver oportunidade. Procure não demonstrar irritação<br />

na tonalidade da voz, seja empático e busque se colocar no lugar<br />

do cliente. Procure contornar a situação, tirando as dúvidas e apresentando<br />

soluções, sem, porém, falar demais.<br />

2. NÃO LEVE PARA O LADO PESSOAL<br />

Os profissionais de atendimento não devem ser sensíveis demais<br />

e achar o tempo todo que o interlocutor está lidando com ele<br />

de forma pessoal, rejeitando, menosprezando ou sendo preconceituoso.<br />

Para lidar com o público é fundamental ter a capacidade<br />

de administrar situações onde as pessoas estão mal-humoradas e<br />

estressadas. Se colocar no lugar do outro é um bom exercício, pois<br />

o outro pode estar em um dia difícil e cheio de problemas e inseguranças.<br />

Tente criar sintonia, encontrar afinidades e somente então<br />

parta para o cumprimento do atendimento.<br />

3. LINGUAGEM CORPORAL<br />

O corpo e o tom de voz falam por si só, e ser um bom observador<br />

pode ajudar a antecipar-se aos problemas. Quando a pessoa já<br />

demonstra pressa ou impaciência no início da comunicação, isso é<br />

um sinal de que deverá ter mais tato no atendimento. Se perceber<br />

que ele está apressado, seja mais objetivo e direto.<br />

4. DEMONSTRE REAL INTERESSE<br />

Infelizmente, vivemos numa época em que a maioria das pessoas<br />

estão mais frias, por isso é fundamental demonstrar cordialidade<br />

e interesse no que o outro está falando. Evidenciar compreensão<br />

e desejo real de ajudar são bons sinais de que está atento à<br />

necessidade do consumidor.<br />

5. EQUILÍBRIO EMOCIONAL<br />

Quem exercita o equilíbrio emocional não disputa com o interlocutor<br />

falando mais alto ou usando de aspereza. Se o cliente está<br />

irritado e nervoso, o atendente deve se diferenciar e demonstrar<br />

calma e serenidade. É inteligente não se deixar contaminar!<br />

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