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EMPREENDA REVISTA - Ed. 24 - Maio 2019

Edição Especial de aniversário da Empreenda Revista. Revista de negócios focada em conteúdo empreendedor

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40<br />

EDUCAÇÃO<br />

CHINA, FÁBRICA DE STARTUPS<br />

Há anos que a China vem se desenvolvendo a galope.<br />

Com altas taxas de crescimento (mesmo isso podendo<br />

ser um risco), o país mais populoso do mundo se mostra<br />

competitivo em diversos setores.<br />

Na área de tecnologia, os chineses se tornaram vanguardistas<br />

em inovação. Por lá, o número de startups cresce<br />

exponencialmente e o ecossistema já é muito maior,<br />

por exemplo, que o do Vale do Silício. O país já é líder<br />

mundial em startups financeiras (fintechs), educacionais<br />

(edtechs) e varejistas.<br />

É da China, por exemplo, a atual startup mais valiosa do<br />

mundo: a Bytedance foi avaliada, em 2018, em US$ 75<br />

bilhões, superando a Uber, que ficou na casa dos US$<br />

72 bi. Logo em seguida, na terceira colocação, mais uma<br />

chinesa, a Didi Chuxing, plataforma de transporte privado,<br />

com valor de mercado de US$ 56 bilhões.<br />

Para se ter uma ideia, enquanto, no Brasil, há apenas<br />

cinco startups unicórnios (as que passam o valor de US$<br />

1 bilhão: 99, PagSeguro, Nubank, Stone e iFood), a China<br />

já registra mais de 160 delas.<br />

Essa pujança das techs chinesas se deve a um plano de<br />

investimentos forte empreendido pelo próprio governo:<br />

só em 2015, foram US$ 230 bilhões aportados.<br />

As startups locais recebem financiamento direto e isenção<br />

de impostos, principalmente para iniciativas na área<br />

de inteligência artificial.<br />

O acelerado crescimento da economia chinesa contribui<br />

para esse salto da tecnologia. Por lá, por exemplo,<br />

já quase não se usa mais dinheiro para pagamentos e<br />

o cartão de crédito está perdendo força; a maioria das<br />

transações são feitas por pagamento digital, por meio<br />

de smartphones.<br />

O crescimento do mercado de tecnologia chinês também<br />

pode ser proveitoso para o Brasil, já que as startups<br />

desenvolvidas aqui podem receber investimentos<br />

de empresas ou fundos maiores de lá. E isso já vem<br />

ocorrendo.<br />

A brasileira 99 alcançou a marca de unicórnio após<br />

aporte de US$ 100 milhões da chinesa Didi Chuxing. Já<br />

a Nubank recebeu investimento de US$ 200 milhões da<br />

Tencent. Cabe agora, ao Brasil, saber aproveitar essa relação.<br />

Temos muito a aprender com o país asiático, um dos<br />

nossos principais parceiros comerciais e que vem demonstrando<br />

estar muito à frente em diversos setores.<br />

É verdade que, atualmente, nossa principal exportação<br />

à China é a soja, mas, com as medidas e os investimentos<br />

corretos, podemos ir muito além e fazer desenvolver<br />

ainda mais o ecossistema de inovação nacional.<br />

Janguiê Diniz<br />

Mestre e Doutor em Direito<br />

Fundador e Presidente do Conselho<br />

de Administração do Grupo Ser<br />

<strong>Ed</strong>ucacional.

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