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*Junho/2019 - Revista Biomais 33

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Diversificação necessária: especialista defende ampliação da matriz energética<br />

9 7 7 2 35 9 4 58 0 6 1 0 0 0 3 3<br />

EM EXPANSÃO<br />

MERCADO DE BIOMASSA<br />

CRESCE NO BRASIL<br />

ENERGIA LIMPA<br />

MARROCOS FOCA<br />

EM SUSTENTABILIDADE<br />

RESÍDUO DE MADEIRA<br />

PELLETS GANHAM MERCADO


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SUMÁRIO<br />

04 | EDITORIAL<br />

Pequenos grandes passos<br />

06 | CARTAS<br />

08 | NOTAS<br />

14 | ENTREVISTA<br />

18 | PRINCIPAL<br />

24| PELO MUNDO<br />

Marrocos quer ser exemplo sustentável<br />

30| TECNOLOGIA<br />

Escola que gera conhecimento<br />

e energia limpa<br />

34| CASE<br />

Energia limpa<br />

40 | ECONOMIA<br />

46 | EVENTO<br />

Evento destaca setor de bioenergia<br />

50 | ARTIGO<br />

56 | AGENDA<br />

58| OPINIÃO<br />

Energia solar fotovoltaica: a próxima<br />

onda do mercado livre de energia<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

03


EDITORIAL<br />

A imagem de capa da edição<br />

ilustra a variedade de combustíveis<br />

sustentáveis que está à disposição<br />

do mercado brasileiro<br />

PEQUENOS<br />

GRANDES PASSOS<br />

A<br />

pesar de ter demorado a investir no setor das energias limpas, o Brasil tem mostrado grande<br />

potencial para implementar práticas sustentáveis no mercado energético. Nesta edição, a<br />

REVISTA BIOMAIS traz na reportagem principal o panorama do atual cenário de biomassa no<br />

Brasil - a crescente promessa de um negócio lucrativo para os próximos anos. Já a entrevista<br />

deste mês, aborda o projeto do pesquisador da Embrapa, Bruno Laviola, que criou um sistema que<br />

mapeia e organiza as informações das biomassas no agronegócio brasileiro. Além disso, contamos com<br />

reportagens especiais nas editorias de Tecnologia, Economia e Pelo Mundo. Ótima leitura!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO VI - EDIÇÃO <strong>33</strong> - JUNHO <strong>2019</strong><br />

Diretor Comercial<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />

Dep. de Criação<br />

Fabiana Tokarski - Fabiano Mendes - Supervisão<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Dep. Comercial<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão (comercial@revistabiomais.com.br)<br />

Fone: +55 (41) <strong>33</strong><strong>33</strong>-1023<br />

Dep. de Assinaturas<br />

Cassiele Ferreira - Supervisão<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br)<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da<br />

JOTA Editora - Rua Maranhão, 502 - Água Verde -<br />

Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) <strong>33</strong><strong>33</strong>-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

Veículo filiado a:<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e independente, dirigida aos<br />

produtores e consumidores de energias limpas e alternativas, produtores de resíduos<br />

para geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa, estudantes universitários,<br />

órgãos governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/<br />

ou indiretamente ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos, anúncios ou colunas assinadas, por entender<br />

serem estes materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução,<br />

apropriação, armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />

proibídas sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins<br />

didáticos.<br />

REVISTA BIOMAIS is a bimonthly and independent publication, directed at clean alternative<br />

energy producers and consumers, producers of residues used for energy generation and<br />

cogeneration, research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class<br />

and other entities, directly and/or indirectly linked to the Segment. REVISTA BIOMAIS does<br />

not hold itself responsible for concepts contained in materials, articles, ads or columns signed<br />

by others; these are the responsibility of their authors. The use, reproduction, appropriation,<br />

databank storage, in any form or means, of the text, photos and other intellectual property<br />

of REVISTA BIOMAIS are strictly forbidden without written authorization of the holder of the<br />

authorial rights, except for educational purposes.<br />

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Caldeiras Alfa Laval Aalborg para<br />

queima de biomassa


CARTAS<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

A utilização do gás natural traz benefícios relevantes para o meio ambiente. Parabéns por<br />

abordarem o tema!<br />

Vitor Bastos – Niterói (RJ)<br />

Foto: divulgação<br />

CASE<br />

Excelente reportagem sobre a primeira usina termelétrica movida a biomassa de madeira no Mato Grosso do Sul (MS).<br />

Continuem retratando iniciativas como essa!<br />

Gabriel Oliveira – Rondonópolis (MT)<br />

PARCERIAS<br />

Ótima entrevista com o professor Leonardo Gomes Tavares, mostrando que a universidade pode ser parceira no<br />

desenvolvimento de iniciativas sustentáveis.<br />

Rafael Baltazar – Betim (MG)<br />

INOVAÇÃO<br />

Tecnologias como a do veículo movido a biometano retratadas na REVISTA BIOMAIS são<br />

essenciais para que o setor continue crescendo.<br />

Felipe Farah – Santos (SP)<br />

Foto: divulgação<br />

Publicações Técnicas da JOTA EDITORA<br />

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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NOTAS<br />

BIOTECNOLOGIA NO<br />

PARANÁ<br />

O Fiep (Sistema Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná) lançou um estudo para analisar o desenvolvimento<br />

da biotecnologia no Paraná e as transformações<br />

socioeconômicas e tecnológicas. Lançado como<br />

parte do programa Rotas Estratégicas para o Futuro da<br />

Indústria Paranaense, o estudo Roadmap Biotecnologia<br />

2031 prevê o desenvolvimento de estratégias para<br />

o setor de biotecnologia do Paraná. O trabalho analisou<br />

questões voltadas para a economia, tecnologia,<br />

sociedade, de acordo com acontecimentos voltados<br />

para a biotecnologia no estado. Dentre os resultados,<br />

destaca-se que a maior parte das atividades biotecnológicas<br />

do Brasil estão localizadas nas regiões Sul<br />

e Sudeste. Quanto ao número de empresas voltadas<br />

para o setor, o Paraná ocupa o quinto lugar, sendo 80%<br />

das empresas voltadas para a área alimentar.<br />

Foto: divulgação<br />

ONU E ITAIPU<br />

Uma parceria firmada entre a Itaipu Binacional e o programa<br />

de desenvolvimento da ONU (Organização das Nações<br />

Unidas) visa desenvolver a região Oeste do Paraná de forma<br />

sustentável. O objetivo da iniciativa é promover o cumprimento<br />

dos objetivos de desenvolvimento sustentável no oeste do<br />

Paraná. O projeto abrange 54 municípios da região. O objetivo<br />

é desenvolver metas para eliminar a pobreza, a fome e as<br />

desigualdades da região, além de fortalecer o desenvolvimento<br />

econômico, preservar o meio ambiente e combater as mudanças<br />

climáticas. A iniciativa contempla projetos de desenvolvimento<br />

sustentável em diversas áreas, como a produção de<br />

biofertilizante e biogás por meio de dejetos da pecuária e o<br />

terraceamento de áreas agrícolas, processo que faz a drenagem<br />

correta das chuvas e aumenta a retenção de água no solo.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

PARCERIA PARA<br />

BIOMETANO<br />

Uma parceria entre a iniciativa privada e os municípios de<br />

Presidente Prudente (SP) e Pirapozinho (SP) pretende aumentar a<br />

produção e distribuição de biometano no Estado. A parceria é parte<br />

de um projeto pioneiro nos sistemas de distribuição do biogás. De<br />

acordo com o governo do Estado de São Paulo, a expectativa é que<br />

230 mil pessoas sejam beneficiadas com a medida. A produção será<br />

feita a partir dos resíduos como bagaço, vinhaça e palha da cana-de-<br />

-açúcar. A GasBrasiliano, responsável pela distribuição de gás natural<br />

na região noroeste paulista, investirá R$ 30 milhões e a Usina Cocal<br />

investirá outros R$ 130 milhões para a produção de combustível.<br />

08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


BIOGÁS EM CORRIDAS<br />

O biogás passou a ser utilizado no Honda Indy Grant Prix do Alabama,<br />

nos EUA (Estados Unidos da América). A competição conta com duas equipes<br />

abastecidas com biogás, utilizado como substituto aos combustíveis convencionais,<br />

inclusive o gás natural. O combustível renovável utilizado pelas duas<br />

equipes é produzido pela empresa American Biogas Council e Gess International,<br />

uma das maiores empresas de biogás dos EUA. Segundo o representante<br />

da Associação Comercial que representa a indústria do biogás nos EUA, Patrick<br />

Serfass, a adoção do biogás traz benefícios de sustentabilidade para o planeta.<br />

A produção de biogás compreende a reciclagem de restos de comidas<br />

e resíduos agrícolas que podem ser retirados do meio ambiente, reduzindo o<br />

acúmulo de resíduos e de emissões de gases do efeito estufa.<br />

Foto: divulgação<br />

BIOMASSA<br />

LENHOSA<br />

Estudo desenvolvido pelo Utia (Instituto<br />

de Agricultura da Universidade de Tennessee),<br />

nos EUA (Estados Unidos da América),<br />

pretende favorecer a logística da biomassa<br />

lenhosa para produção de biocombustível<br />

nos EUA. O principal objetivo em longo<br />

prazo é acelerar o ritmo de desenvolvimento<br />

do setor de biocombustível celulósico<br />

norte-americano. A pesquisa pretende focar<br />

em parâmetros-chave para sistemas de<br />

logística de matéria-prima para a produção<br />

de biomassa lenhosa de alta qualidade para<br />

biorrefinarias na região sudeste dos EUA. A<br />

equipe responsável pelo estudo determinará<br />

a qualidade da biomassa lenhosa no<br />

sudeste do país e identificará a relação com<br />

o desempenho de conversão. Com subsídio<br />

de quase um milhão de dólares, a pesquisa<br />

levará três anos para ser concluída.<br />

MAIS EMPREGOS<br />

A construção da nova usina da Eldorado, a Usina Termoelétrica Onça Pintada,<br />

em Três Lagoas (MS), deverá gerar mais de 1,5 mil empregos. As contratações vão<br />

ocorrer de acordo com o andamento da obra, e o número é corresponde ao pico<br />

da construção, que está prevista para o final deste ano. A previsão de conclusão<br />

das obras é para o segundo semestre de 2020, e as atividades deverão ser<br />

iniciadas em janeiro de 2021. Com investimento de R$ 328 milhões, a usina vai<br />

disponibilizar 50 MWh de energia elétrica para o sistema nacional. O volume é<br />

suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 300 mil habitantes.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

09


NOTAS<br />

SOLAR MAIS BARATA<br />

Um projeto apresentado pelo primeiro-secretário da Assembleia Legislativa<br />

do Mato Grosso, deputado estadual Max Russi (PSB), pretende reduzir a taxa<br />

para energia solar e beneficiar a população de baixa renda no Mato Grosso.<br />

O objetivo é estimular a produção própria de energia limpa e renovável no<br />

Estado, além de viabilizar a economia nos gastos com eletricidade. “Com essa<br />

medida, a aquisição fica mais viável para o consumidor”, garante o deputado.<br />

Segundo ele, o uso desta fonte renovável também contribui para anular o<br />

problema da degradação ambiental. “Tem a questão da escassez de água e mudanças<br />

climáticas e, por isso, a energia solar é a melhor alternativa. As pessoas<br />

de baixa renda precisam ter esse acesso mais facilitado”, afirma.<br />

Foto: divulgação<br />

DESCARBONIZAÇÃO<br />

DE BIOENERGIA<br />

Uma iniciativa da empresa de energia britânica<br />

Drax pretende tornar a empresa negativa<br />

em relação à emissão de gases poluentes. O<br />

método para isso será a captação do dióxido<br />

de carbono através de um armazenamento<br />

de bioenergia. Chamado de Beccs, o projeto é<br />

pioneiro no mundo e contou com investimento<br />

de 400 mil libras. A tecnologia desenvolvida pela<br />

Escola de Química da Universidade de Leeds usa<br />

um solvente orgânico para capturar carbono dos<br />

gases de combustão da usina. O desenvolvimento<br />

da tecnologia pelos especialistas ocorreu em<br />

conjunto com a Drax. A parceria permitiu que o<br />

solvente desenvolvido fosse compatível com o<br />

gás de combustão da biomassa na estação. Os<br />

planos da usina incluem a captura de 10 mil t<br />

(toneladas) de CO2 por dia de cada uma das suas<br />

quatro unidades espalhadas pela Europa.<br />

SUCROENERGIA NA FRENTE<br />

Em 2018, a biomassa produzida pelo setor sucroenergético foi responsável<br />

por 82% da bioeletricidade ofertada no Brasil. O volume corresponde<br />

a biomassa de bagaço de cana-de-açúcar que alimentou a geração de<br />

bioeletricidade no país, segundo o Boletim Mensal de Energia, divulgado<br />

pelo Ministério de Minas e Energia. De acordo com o boletim, a energia hidrelétrica<br />

permanece em primeiro lugar, com 67% do total da Oferta Interna<br />

de Energia Elétrica no Brasil, seguida pelo gás natural com 8,5%, e a fonte<br />

biomassa aparecendo na terceira posição, que gerou 52,5 TWh. Do total de<br />

biomassa, o bagaço de cana-de-açúcar corresponde a 82% do volume.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

Participe do m<br />

de Biomassa<br />

Presença dos prin<br />

BIOMASSA DE SORGO<br />

O sorgo de seis metros é uma alternativa O maior na geração de encontro<br />

energia a partir de biomassa, segundo a Embrapa. As vantagens<br />

da planta incluem o rápido crescimento e o alto potencial<br />

Mais de 1000 con<br />

produtivo, podendo alcançar 150 toneladas por hectares de<br />

www.congressob<br />

massa verde e cerca de 35 toneladas por hectares de massa<br />

seca por semestre, de acordo com pesquisadores da entidade.<br />

O período de semeio do sorgo é restrito aos meses de outubro<br />

a dezembro. A sensibilidade da planta à luz solar reduz sua<br />

produtividade nos plantios de janeiro. Devido ao seu ciclo de<br />

produtividade, o sorgo pode fornecer matéria prima entre os<br />

meses de março a abril, quando há falta de bagaço de cana-de-<br />

-açúcar, suprindo a demanda das usinas que ficam paradas ou<br />

estão em início de safra no período.<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA DE<br />

RESÍDUOS<br />

O Paraná terá a primeira estação do Brasil a gerar<br />

energia através de esgoto e resíduos orgânicos. Com<br />

capacidade de produzir 2,8 MW (megawatts) de eletricidade,<br />

a usina de biogás transformará resíduos em<br />

eletricidade para abastecer cerca de 2 mil residências<br />

na região. A licença para a empresa CS Bioenergia foi<br />

concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná. Além<br />

do biogás, a usina também produzirá biofertilizante.<br />

A matéria-prima será proveniente de estações de<br />

tratamento de esgoto e coleta de lixo. A estimativa é<br />

que este uso desvie 1000 m³ (metros cúbicos) de lodo<br />

de esgoto e 300 toneladas de lixo orgânico dos aterros<br />

sanitários.<br />

25,26 e 27<br />

de junho de<br />

<strong>2019</strong><br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br<br />

SOLAR PARA AGROPECUÁRIA<br />

A Coopercitrus (Cooperativa de Produtores Rurais) inaugurou em<br />

Bebedouro (SP) a maior usina de geração de energia solar voltada<br />

ao setor agropecuário no Estado de São Paulo. A usina abastecerá<br />

integralmente 28 unidades do grupo e deverá reduzir em mais de<br />

50% os gastos com energia elétrica na cooperativa. Com investimento<br />

inicial de R$ 5 milhões, o complexo conta com 3,6 mil placas fotovoltaicas<br />

espalhadas por uma área de 10 mil m2 (metros quadrados)<br />

próximo à Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326). Hoje, a produção<br />

anual da usina pode chegar a quase 2 GW (gigawatts). A expectativa<br />

é triplicar a capacidade de geração do complexo em até dois anos.


aior Participe evento do do maior setor evento do setor<br />

e Energias de Biomassa Renováveis e Energias Renováveis<br />

cipais<br />

Presença<br />

Players<br />

dos<br />

do<br />

principais<br />

setor.<br />

Players do setor.<br />

O maior encontro do setor na América Latina.<br />

do setor na América Latina.<br />

Mais de 1000 congressistas.<br />

gressistas.<br />

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iomassa.com<br />

Save<br />

25,26 e 27<br />

de junho de<br />

the Date<br />

<strong>2019</strong><br />

Save<br />

the Date<br />

<br />

feira internacional de biomassa e energia<br />

<br />

feira internacional de biomassa e energia<br />

O setor de Biomassa e<br />

O setor de Biomassa Energias e renováveis<br />

Energias renováveis tem encontro marcado<br />

tem encontro <br />

marcado<br />

<br />

www.expobiomassa.com<br />

www.expobiomassa.com<br />

ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO<br />

ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO


ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

JOSÉ<br />

FREDERICO<br />

REHME<br />

Formação: Engenheiro Eletricista e Mestre<br />

em Ciências (Msc), ambos pela Utfpr<br />

(Universidade Tecnológica Federal do<br />

Paraná)<br />

Cargo: Professor dos cursos de Engenharia<br />

de Energia e Engenharia Elétrica da<br />

Universidade Positivo (UP) e sócio diretor<br />

da empresa de projetos e instalações GTD<br />

Global<br />

DIVERSIFICAR FONTES<br />

EVITARIA NOVOS<br />

APAGÕES<br />

T<br />

ornar a eficiência energética uma prática comum em todos os setores da economia é um<br />

grande desafio. Por isso, é preciso uma participação cada vez mais relevante das fontes<br />

renováveis na matriz energética; a estabilidade do sistema elétrico demanda a adoção de<br />

novas tecnologias e a diversificação das fontes. Em entrevista à REVISTA BIOMAIS, o professor<br />

José Frederico Rehme aborda possibilidades de crescimento e a importância de demanda e<br />

capacidade instalada andarem lado a lado para evitar novos apagões. Confira:<br />

14 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

15


16 www.REVISTABIOMAIS.com.br


PRINCIPAL<br />

DE PATINHO FEIO<br />

À PROTAGONISTA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

18 www.REVISTABIOMAIS.com.br


TRATADA COMO<br />

TABU DURANTE<br />

MUITO TEMPO,<br />

A PRODUÇÃO<br />

DE BIOMASSA<br />

NO BRASIL JÁ SE<br />

TRANSFORMOU<br />

NA TERCEIRA<br />

MAIOR FONTE DE<br />

ENERGIA NO PAÍS<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

19


PRINCIPAL<br />

C<br />

om grande extensão territorial, o Brasil é<br />

um país de contrastes que também estão<br />

presentes na infraestrutura e na matriz<br />

energética brasileira. Apesar do crescimento<br />

e diversificação da matriz energética brasileira,<br />

muitas cidades, principalmente no interior do país,<br />

ainda sofrem com a carência de energia elétrica. Nesse<br />

cenário, a energia gerada a partir de biomassa é uma<br />

alternativa para acabar com a carência de energia.<br />

“A biomassa é uma saída muito interessante para a<br />

carência energética”, explica o analista de Produtividade<br />

e Inovação da Abdi (Agência Brasileira de Desenvolvimento<br />

Industrial), Antônio Tafuri, em entrevista<br />

ao Diário do Comércio. “Com os resíduos é possível<br />

fazer energia própria, que pode aumentar a rentabilidade<br />

da empresa e da região como um todo, inclusive<br />

criando mais empregos.”<br />

Essa fonte de geração de energia segue uma<br />

tendência de crescimento no país. A potência instalada<br />

em usinas de biomassa de cana atingiu 10 GW<br />

(gigawatts) no ano passado, segundo dados da Aneel<br />

(Agência Nacional de Energia Elétrica). O número representa<br />

cerca de 7% da capacidade total instalada no<br />

país, posicionando a biomassa como terceira maior<br />

fonte de energia do Brasil, atrás de energia hidrelétrica<br />

(62%) e gás natural (9%).<br />

Nos últimos anos, a biomassa superou em 250%<br />

a capacidade instalada média de térmicas a base<br />

de óleo combustível e diesel, e é cerca de três vezes<br />

maior que a do carvão, segundo informações de Zilmar<br />

de Souza, gerente da Unica (União das Indústrias<br />

de Cana-de-Açúcar).<br />

Segundo a Unica, se considerar as diversas biomassas,<br />

a produção de bioeletricidade para a rede<br />

20<br />

www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 21


22 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

23


PELO MUNDO<br />

MARROCOS QUER SER<br />

EXEMPLO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

24 www.REVISTABIOMAIS.com.br


PAÍS AFRICANO<br />

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DESTACAR<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

25


PELO MUNDO<br />

C<br />

onhecido por suas grandes extensões de<br />

desertos, o Marrocos está prestes a se tornar<br />

reconhecido também pela sustentabilidade.<br />

O país é o segundo mais sustentável<br />

do mundo, segundo o Climate Change Performance<br />

Index de <strong>2019</strong>, índice que classifica os esforços de um<br />

país para prevenir as mudanças climáticas analisando<br />

uma combinação de fatores, como emissões de gases<br />

de efeito estufa, energia renovável, uso de energia e<br />

política climática. O país ficou atrás apenas da Suécia e<br />

é o único da África a entrar para o ranking.<br />

A classificação é resultado da urgência com que<br />

o governo assumiu a redução das emissões e adaptação<br />

às mudanças climáticas. Por não possuir recursos<br />

naturais de petróleo, o Marrocos tem o terceiro menor<br />

PIB (Produto Interno Bruto) per capita do Oriente Médio<br />

e norte da África e importa quase 95% de sua energia.<br />

Sua região também é a mais vulnerável a secas e outros<br />

desastres associados à escassez de água.<br />

Considerando estes aspectos, o governo do país<br />

introduziu uma política de desenvolvimento sustentável<br />

que compartilha um papel na estratégia ambiental<br />

de longo prazo pela proteção do meio ambiente e<br />

os recursos naturais do país, o controle constante do<br />

governo sobre a natureza no nível local e o desenvolvimento<br />

das operações destinado a melhorar o ambiente<br />

natural dos cidadãos.<br />

Uma das medidas principais é o estabelecimento de<br />

meta para energia renovável. O objetivo é ter 52% da<br />

capacidade energética do país proveniente de fontes<br />

renováveis até 2030. E o país já está no caminho certo:<br />

um novo estudo mostra que todo o país poderia ser<br />

movido a energia renovável até 2050 - a média global<br />

para o período é entre 10 e 20%.<br />

A meta é parte de uma ambiciosa Estratégia<br />

Energética desempenhada desde 2009, que também<br />

pretende aumentar a produção de energia solar, eólica<br />

e hidroelétrica em 2 GW (gigawatts) cada, bem como<br />

um programa de eficiência energética que visa alcançar<br />

12% de economia de energia até 2020.<br />

26 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

27


28 www.REVISTABIOMAIS.com.br


precisão<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

29


TECNOLOGIA<br />

ESCOLA QUE GERA CONHECIMENTO<br />

E ENERGIA LIMPA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

30 www.REVISTABIOMAIS.com.br


A PARTIR DE PARCERIAS COM A INICIATIVA<br />

PRIVADA, UNIVERSITÁRIOS PRETENDEM ADAPTAR<br />

UMA ESCOLA MUNICIPAL QUE INTEGRARÁ<br />

ENERGIA RENOVÁVEL, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E<br />

MODERNOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS<br />

U<br />

ma tecnologia inédita pretende tornar uma<br />

escola em Piraquara (PR) mais sustentável e<br />

mais confortável para os usuários. O projeto<br />

desenvolvido por professores e estudantes<br />

da Ufpr (Universidade Federal do Paraná) ficou entre<br />

os finalistas de uma competição internacional nos EUA<br />

(Estados Unidos da América). A construção da escola<br />

deverá começar no fim deste ano, com apoio de uma<br />

empresa de São José dos Pinhais (PR).<br />

A construção gera a própria energia elétrica, reaproveita<br />

a água das chuvas e garante conforto térmico<br />

por meio de uma tecnologia inédita desenvolvida<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

31


TECNOLOGIA<br />

por pesquisadores da Ufpr. A tecnologia, batizada de<br />

capacidade térmica remota, faz o ar externo circular<br />

no subsolo, usando ventiladores para enviá-lo para<br />

dentro do edifício por cavidades nas paredes, explica<br />

o coordenador da equipe que desenvolveu o projeto,<br />

Aloísio Leoni Schmid, professor do Departamento de<br />

Arquitetura e Urbanismo da Ufpr.<br />

“Os tubos de ar ainda passam por dentro de uma<br />

piscina de contenção de cheias, o que acelera o processo.<br />

Esse ar é previamente filtrado e desbacterizado<br />

e tem doses certas e locais estratégicos para ser insuflado<br />

na construção de modo a trazer a temperatura<br />

dos ambientes para a faixa desejada sem necessidade<br />

de ar-condicionado ou aquecedor”, destaca Schmid.<br />

O professor explica ainda que a sustentabilidade do<br />

projeto também fica por conta da construção: utiliza<br />

uma estrutura de madeira laminada colada, tecnologia<br />

que está crescendo e reduz o impacto ambiental de<br />

escolas convencionais.<br />

A construção gera a<br />

própria energia elétrica,<br />

reaproveita a água<br />

das chuvas e garante<br />

conforto térmico por<br />

meio de uma tecnologia<br />

inédita desenvolvida por<br />

pesquisadores da Ufpr<br />

A escola projetada é capaz de gerar a própria<br />

energia elétrica por meio de painéis fotovoltaicos,<br />

que aproveitam a radiação solar, distribuídos no pátio<br />

e nas janelas. Além disso, o projeto leva em conta o<br />

entorno da escola e suas características específicas.<br />

“A estrutura também foi pensada para uma região<br />

com problemas de violência, buscando integrar a<br />

comunidade. A ideia apresentada foi disponibilizar<br />

equipamentos ao público aos fins de semana, como<br />

auditório, biblioteca e refeitório, criando um sentimento<br />

de pertencimento e responsabilidade pela escola”,<br />

explica o professor.<br />

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL<br />

O trabalho foi destaque no Solar Decathlon Design<br />

Challenge, nos EUA (Estados Unidos da América). A<br />

equipe de professores e alunos de pós-graduação da<br />

Ufpr responsável pelo projeto ficou entre finalistas da<br />

competição internacional, com o primeiro lugar na<br />

votação de júri popular na categoria Escolas.<br />

O objetivo do evento é explorar a eficiência<br />

energética, isto é, reunir soluções para a economia<br />

de energia sem prejuízo dos serviços energéticos, e<br />

o fornecimento de energia de fontes renováveis para<br />

tornar os edifícios autônomos em energia. Os jurados<br />

avaliaram dez desafios principais, entre eles, o desempenho<br />

energético da construção, inovações para<br />

a construção civil, estrutura, arquitetura e viabilidade<br />

financeira. Para o evento, os pesquisadores criaram e<br />

apresentaram um modelo em realidade virtual.<br />

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RECEBERÁ CENTRAL DE GERAÇÃO<br />

DE ENERGIA HIDRELÉTRICA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA 35


CASE<br />

O<br />

Parque Barigui, em Curitiba (PR), está se<br />

tornando símbolo de energia limpa e<br />

renovável na região. O parque receberá<br />

a CGH (Central Geradora Hidrelétrica) Nicolau<br />

Klüppel, que já está em fase final de construção<br />

e deverá começar a operar no começo do segundo<br />

semestre. A usina é localizada no vertedouro do lago<br />

do parque e deverá gerar energia para o uso de todas<br />

as suas instalações.<br />

“Vamos economizar dinheiro e iluminar as pistas<br />

do parque com a eletricidade grátis deste rio que<br />

verte em direção ao Rio Iguaçu. Essa turbina é um<br />

símbolo para gerar consciência no Brasil”, projetou o<br />

prefeito do município, Rafael Greca.<br />

Quando entrar em operação, a usina terá capacidade<br />

de gerar cerca de 21.600 kwh/mês (kilowatts/<br />

hora). O volume corresponde à metade da energia<br />

consumida em todo o Parque Barigui mensalmente. A<br />

mesma quantidade seria capaz de atender ao consumo<br />

de 135 residências médias.<br />

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39


ECONOMIA<br />

PELLETS<br />

GANHAM ESPAÇO<br />

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UTILIZAÇÃO DE PELLETS TEM<br />

IMPULSIONADO MERCADO DAS ENERGIAS<br />

RENOVÁVEIS NO BRASIL E NO MUNDO<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

41


ECONOMIA<br />

U<br />

ma das principais alternativas para geração<br />

de energia limpa, os pellets de madeira<br />

passam por um momento favorável no<br />

mercado mundial: o aumento nas vendas e<br />

na participação para a geração de energia limpa estão<br />

consolidando estes produtos provenientes de resíduos<br />

florestais no contexto global da sustentabilidade.<br />

A indústria de pellets começou no Brasil há cerca<br />

de 15 anos, mas agora parece viver o seu momento<br />

mais promissor. Os cilindros de biomassa vegetal,<br />

altamente compactados para concentrar o máximo de<br />

poder calorífico, possuem entre 6 e 8 mm (milímetros)<br />

de diâmetro e entre 4 e 40 mm de comprimento. Por<br />

seu alto potencial energético sustentável, o bioproduto<br />

está ganhando terreno na substituição da lenha e<br />

do carvão como fonte de energia renovável.<br />

Um dos pontos principais para o crescimento dos<br />

pellets é a sustentabilidade. Os produtos são 100%<br />

sustentáveis e permitem a redução da emissão de<br />

gases de efeito estufa. De acordo com a Abipel (Associação<br />

Brasileira das Indústrias de Pellets de Madeira),<br />

a utilização de pellets é favorável ao meio ambiente,<br />

pois o produto é neutro em carbono, além de serem<br />

derivados de resíduos de madeira que constituem um<br />

passivo ambiental.<br />

As vantagens já são percebidas pelo mercado internacional:<br />

a participação dos pellets brasileiros vem<br />

crescendo em todo o mundo, sobretudo na Europa.<br />

A estimativa é de crescimento para os próximos anos,<br />

tanto no mercado internacional quanto no mercado<br />

doméstico. Uma pesquisa recente da Grand View Research<br />

aponta que o mercado mundial de pellet está<br />

projetado para chegar a US$ 15,47 bilhões até 2025.<br />

Segundo a engenheira florestal madeireira Vivian<br />

Takahashi, consultora da empresa Vale do Tibagi, o<br />

consumo de pellets cresce na Europa porque os países<br />

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EVENTO<br />

EVENTO DESTACA<br />

SETOR DE<br />

BIOENERGIA<br />

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mundo exclusivamente voltada ao setor<br />

sucroenergético, acontecerá de 20 a 23<br />

de agosto em Sertãozinho (SP) - um dos<br />

principais polos da indústria sucroenergética e de<br />

produção de cana-de-açúcar. Em sua 27ª edição, o<br />

evento se consolida também como vitrine do setor de<br />

bioenergia, seguindo a tendência mundial de sustentabilidade.<br />

Além da vocação na geração de conhecimento e<br />

oportunidade de atualização para os profissionais do<br />

mercado, o evento apresentará soluções e conteúdos<br />

voltados para bioenergia. Através do tema “Renovando<br />

seus negócios”, a feira mostra como o setor<br />

oferece diversas possibilidades dentro de sua cadeia<br />

de produção.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

47


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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

49


ARTIGO<br />

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MINSKY E A<br />

FRAGILIDADE<br />

FINANCEIRA<br />

DAS DISTRIBUIDORAS DO<br />

SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

ERNANI TEIXEIRA TORRES FILHO<br />

Doutor em Economia e Professor do Instituto de<br />

Economia da UFRJ<br />

CAROLINE MIAGUTI<br />

Mestre em Economia Política Internacional pelo<br />

Instituto de Economia da UFRJ<br />

NORBERTO MARTINS<br />

Estudante do Doutorado em Economia pelo<br />

Instituto de Economia da UFRJ, Bolsista da Faperj<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

51


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

risco de mercado, que é associado a flutuações imprevistas<br />

nas receitas esperadas do devedor e, portanto, inerente a<br />

qualquer empréstimo.<br />

Para avaliar a relevância do risco financeiro na economia,<br />

Misnky (1986) recomenda que as unidades econômicas<br />

de qualquer tipo - famílias, empresas ou governo<br />

- sejam classificadas em três tipos: hedge, quando o risco<br />

financeiro apresentado em seu balanço é muito baixo, relacionado<br />

apenas a frustrações muito fortes e inesperadas<br />

na demanda; especulativo, quando o risco financeiro da<br />

renegociação já prevista de passivos é considerado baixo; e<br />

Ponzi, quando a situação financeira da empresa é insus-<br />

E<br />

ste trabalho apresenta os resultados da aplicação<br />

da TIF (Teoria da Fragilidade Financeira) de Minsky<br />

ao setor de distribuição de energia elétrica no<br />

Brasil. Essa teoria permite identificar o risco de as<br />

empresas conseguirem saldar de forma sustentada suas<br />

dívidas em condições adversas de mercado. A TIF disponibiliza<br />

uma taxonomia que classifica as firmas conforme<br />

o nível de seu risco financeiro. Este trabalho adapta os<br />

indicadores e a taxonomia da TIF às condições do setor de<br />

distribuição de energia elétrica e os aplica aos dados da<br />

contabilidade regulatória de mais de 60 empresas entre<br />

2007 e 2015. Constitui uma iniciativa original pela sua<br />

aplicação a um setor específico da economia e também a<br />

um setor regulado pelo governo. Há estudos que contemplam<br />

essa mesma linha aplicada de pesquisa, entretanto<br />

essa literatura tem predominantemente uma preocupação<br />

diferente, de natureza macroeconômica. Os resultados<br />

mostram um aumento substantivo da fragilidade financeira<br />

das distribuidoras do setor elétrico brasileiro ao longo<br />

do período analisado.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A TIF foi desenvolvida pelo economista americano<br />

Hyman Minsky a partir de ideias de Keynes, com o objetivo<br />

de lidar com a recorrência de graves crises financeiras nos<br />

países capitalistas. A visão do autor contrasta com a interpretação<br />

dos economistas neoclássicos, que atribui esses<br />

eventos disruptivos a fatores exógenos ao sistema econômico.<br />

Na visão desses outros autores, o sistema econômico<br />

tenderia inexoravelmente ao equilíbrio, não fossem os<br />

erros de política econômica ou choques imprevistos.<br />

Para Minsky, em uma economia monetária em que<br />

existe um sistema financeiro razoavelmente desenvolvido,<br />

há uma tendência a que empresas e bancos especulem<br />

com seus fluxos de caixa futuros. Assim, são concedidos<br />

empréstimos no presente em troca da expectativa do<br />

recebimento de um fluxo de pagamentos (juros e amortizações)<br />

no futuro.<br />

Muitos financiamentos são efetivados mesmo quando<br />

a previsão de receitas operacionais líquidas do credor se<br />

mostra insuficiente para garantir o repagamento da dívida.<br />

Nesses casos, já se prevê o refinanciamento do empréstimo<br />

antes do fim do prazo contratado. Quando isso acontece,<br />

as empresas e seus bancos passam a estar sujeitos a um<br />

risco maior relacionado às condições de preço e prazo em<br />

que essa renegociação se dará no futuro. Esse fator estritamente<br />

financeiro dá lugar a um componente de cálculo<br />

da taxa de juros da operação que será adicional ao do<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

53


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55


AGENDA<br />

JUNHO <strong>2019</strong><br />

CIBIO <strong>2019</strong><br />

Data: 25 a 27<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações: www.congressobiomassa.com<br />

DESTAQUE<br />

JULHO <strong>2019</strong><br />

FIEE (FEIRA INTERNACIONAL<br />

DA INDÚSTRIA ELÉTRICA)<br />

Data: 23 a 26<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.fiee.com.br<br />

POWER & ENERGY AFRICA <strong>2019</strong><br />

Data: 25 a 27<br />

Local: Nairobi (Kenia)<br />

Informações: http://expogr.com/kenyaenergy<br />

Imagem: divulgação<br />

AUSTRALIAN CLEAN ENERGY SUMMIT<br />

Data: 30 a 31<br />

Local: Sydney (Austrália)<br />

Informações: www.cleanenergysummit.com.au<br />

CIBIO<br />

Data: 25 a 27<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

www.congressobiomassa.com/<br />

AGOSTO <strong>2019</strong><br />

AUSTRALIAN UTILITY WEEK <strong>2019</strong><br />

Data: 14 e 15<br />

Local: Melbourne (Austrália)<br />

Informações: www.australian-utility-week.com<br />

EXPO EFICIENCIA ENERGÉTICA <strong>2019</strong><br />

Data: 21 a 23<br />

Local: Monterrey (México)<br />

Informações: http://expoeficienciaenergetica.com<br />

O Congresso Internacional de Biomassa é um<br />

evento anual que conta com o apoio das principais<br />

associações e entidades ligadas ao setor da biomassa<br />

no Brasil e exterior, estando já em sua 4ª edição. O<br />

congresso tem papel fundamental nesta nova fase<br />

da matriz energética brasileira, onde a busca por<br />

tecnologias limpas para geração de energia, se faz<br />

urgente para garantir o futuro e o crescimento do<br />

país. No meio desta busca por novas alternativas para<br />

gerar energia, temos acordos e compromissos firmados<br />

pelo Brasil com outros países, com o objetivo<br />

de diminuir as emissões de gases do efeito estufa na<br />

atmosfera.<br />

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OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA SOLAR<br />

FOTOVOLTAICA: A<br />

PRÓXIMA ONDA DO<br />

MERCADO LIVRE DE<br />

ENERGIA<br />

D<br />

esde o início de <strong>2019</strong>, o mercado de energia solar<br />

fotovoltaica apresenta uma trajetória animadora<br />

tendo ultrapassado a energia nuclear e assumido<br />

a posição de sétima fonte mais representativa<br />

na matriz energética brasileira, superando a marca de 2.000<br />

megawatts (MW) de potência operacional.<br />

A estimativa é de que a fonte ultrapasse a marca de 3.000<br />

MW ainda em <strong>2019</strong>, atraindo ao Brasil mais de R$ 5,2 bilhões<br />

em novos investimentos privados, com a instalação de mais<br />

de 1.000 MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e<br />

grande portes, segundo projeções da Associação Brasileira<br />

de Energia Solar Fotovoltaica. Os prognósticos são bons, mas<br />

ainda estão longe de representar o verdadeiro potencial que<br />

a energia solar fotovoltaica tem a oferecer ao Brasil, país com<br />

um dos maiores potenciais de geração desta fonte renovável<br />

no mundo.<br />

Atualmente, o crescimento da energia solar fotovoltaica<br />

ainda está fortemente dependente de projetos desenvolvidos<br />

no Ambiente de Contratação Regulada, ou seja, no chamado<br />

“mercado cativo”, composto por leilões de energia elétrica<br />

organizados pelo Governo Federal, como os A-4 e A-6 que<br />

ocorrerão neste ano, bem como por projetos de geração<br />

distribuída atendendo os consumidores cativos na baixa e<br />

média tensão.<br />

No entanto, há um outro universo ainda pouco explorado<br />

e de grande potencial de expansão para a fonte: o ACL<br />

(Ambiente de Contratação Livre), ou seja, o chamado mercado<br />

livre de energia. A fonte solar fotovoltaica oferece preços cada<br />

vez mais competitivos e já inferiores aos de outras fontes renováveis,<br />

como CGHs, PCHs e biomassa, resultado da redução<br />

de preços de equipamentos e da acirrada competição entre<br />

empreendedores. Com isso, a energia solar fotovoltaica tem<br />

todas as características necessárias para se tornar a mola propulsora<br />

do próximo grande salto do dinâmico mercado livre<br />

de energia no curto, médio e longo prazos.<br />

Adicionalmente, as transformações em andamento no<br />

setor elétrico contribuirão de maneira positiva para um<br />

cenário promissor da fonte solar fotovoltaica. A primeira delas<br />

é a nova configuração dos patamares de carga do setor, que<br />

entrou em vigor neste ano, trazendo uma importante valorização<br />

do preço da fonte, dado o seu pico de geração nos momentos<br />

de patamar de carga pesada, que passará de 3 para 12<br />

horas de vigência, do meio da manhã até o início da noite.<br />

Neste cenário, a fonte solar fotovoltaica terá nova valorização<br />

significativa, pois as simulações atuais de preços e horários<br />

apontam que a fonte oferta a maior parte de sua geração<br />

em horários nos quais a energia elétrica é mais demandada e,<br />

consequentemente, mais valiosa e com preço mais elevado.<br />

Dessa forma, além de ajudar o sistema, a fonte proporcionará<br />

uma maior economia aos consumidores e rentabilidade aos<br />

investidores, quando comparada com fontes que têm a maior<br />

parte de sua geração nos horários da noite e madrugada.<br />

Muito em breve, projetos de energia solar fotovoltaica no<br />

ACL representarão um novo mar de oportunidades e contribuirão<br />

para a competitividade de segmentos importantes da<br />

nossa economia, como shopping centers, supermercados,<br />

fábricas, entre outros. Isso será possível por meio da estruturação<br />

de produtos customizados, adequados especificamente<br />

às necessidades de consumidores com maior consumo de<br />

energia elétrica no período diurno, em horário comercial,<br />

quando a geração solar fotovoltaica mais se destaca. E a sua<br />

empresa, já está preparada para surfar esta nova onda do<br />

setor?<br />

Por Ronaldo Koloszuk<br />

Presidente do Conselho de Administração da Absolar<br />

Foto: divulgação<br />

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