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*Julho/2019 - Referência Industrial 209

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ACORDOS COMERCIAIS - abertura econômica e parcerias devem alavancar o setor industrial<br />

QUALITY AND<br />

CONFIDENCE<br />

A COMPANY OFFERS HIGH<br />

STANDARD SOLUTIONS<br />

QUALIDADE<br />

E CONFIANÇA<br />

EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES<br />

DE ALTO PADRÃO<br />

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Chegou no Brasil<br />

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INDUSTRIAL<br />

58<br />

<strong>2019</strong><br />

32<br />

48<br />

SUMÁRIO<br />

38<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 02<br />

Cerumaq 31<br />

Dallabona Máquinas 69<br />

DRV Ferramentas 21<br />

Engecass 19<br />

Fenasucro 29<br />

Fezer 43<br />

Fort House 65<br />

Gaidzinski 09<br />

Impacto 51<br />

Lignum 27<br />

Linck 15<br />

Máquinas Águia 75<br />

Mendes Máquinas 07<br />

Metalcava 57<br />

Mill Indústrias 23<br />

Mill Indústrias 71<br />

Mill Indústrias 76<br />

MSM Química 11<br />

Omil 47<br />

Rotteng 53<br />

Siempelkamp 05<br />

Unesa Máquinas 41<br />

Vantec 17<br />

SUMÁRIO<br />

04 Editorial<br />

06 Cartas<br />

08 Bastidores<br />

10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

12 Notas<br />

20 Aplicação<br />

22 Frases<br />

24 Entrevista<br />

30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />

32 Principal Qualidade e confiança<br />

38 Construção Civil<br />

44 Marcenaria<br />

48 Economia Passaporte para o mundo<br />

54 Madeira Tratada<br />

58 Evento<br />

66 Artigo<br />

72 Agenda<br />

74 Espaço Aberto<br />

JULHO <strong>2019</strong> 03


0 0 2 0<br />

EDITORIAL<br />

MATERIAL<br />

DO FUTURO<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

ACORDOS COMERCIAIS - abertura econômica e parcerias devem alavancar o setor industrial<br />

QUALITY AND<br />

CONFIDENCE<br />

A COMPANY OFFERS HIGH<br />

STANDARD SOLUTIONS<br />

QUALIDADE<br />

E CONFIANÇA<br />

EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES<br />

DE ALTO PADRÃO<br />

A<br />

madeira é o material do futuro. Com o<br />

desenvolvimento das novas tecnologias<br />

nas indústrias madeireira e construção civil,<br />

o material voltou a ser a ‘bola da vez’ em<br />

diversos setores industriais. Prova disso é<br />

que o número de casas de madeira construídas nos EUA<br />

(Estados Unidos da América) e na Europa tem crescido a<br />

cada ano. Pensando nisso, na editoria Construção Civil,<br />

trazemos as vantagens e características do uso da madeira<br />

nas mais diversas residências. Já na entrevista desta<br />

edição, conversamos com o professor José Portocarrero,<br />

que contou sobre a disciplina de Arquitetura em Madeira<br />

que ministra na Ufmt (Universidade Federal do Mato<br />

Grosso). Além disso, trazemos reportagens exclusivas<br />

nas tradicionais editorias de Marcenaria e Madeira Tratada.<br />

Tenha uma ótima leitura!<br />

A CAPA DESTA EDIÇÃO<br />

TRAZ EQUIPAMENTO PARA<br />

MANIPULAÇÃO DE MADEIRA<br />

PRODUZIDO PELA CERUMAQ<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXI - EDIÇÃO <strong>209</strong> - JULHO <strong>2019</strong><br />

Ano XXI • N°<strong>209</strong> • Julho <strong>2019</strong><br />

9 77 2 3 5 9 4 6 6 0 7 3 9<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

W<br />

ood is the material of the future. With<br />

the development of new technologies<br />

in the forest product and building<br />

construction industries, wood has once<br />

again become the “with-it” material in<br />

various industrial sectors. Proof of this is that the number<br />

of wood houses built in the United States and Europe<br />

has grown each year. With that in mind, in the Building<br />

Construction Section, we provide you with the advantages<br />

and characteristics of the various uses of wood in<br />

homes. In this issue’s interview, we speak with Professor<br />

José Portocarrero, who tells us about the Wood in Architecture<br />

discipline that he teaches at the Federal University<br />

of Mato Grosso (Ufmt). Also, we have exclusive stories<br />

in our traditional Woodworking and Treated Wood Sections.<br />

Pleasant reading!<br />

04<br />

THE MATERIAL OF<br />

THE FUTURE<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong><br />

Redação / Writing - Rafael Macedo / Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cassiele Ferreira - Supervisão<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


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AFTER CONQUERING THE BRAZILIAN<br />

MARKET, A COMPANY FROM THE<br />

STATE OF SANTA CATARINA TAKES<br />

AIM AT THE EUROPEAN MARKET<br />

IMPOSTOS - Reforma tributária é fundamental para que o setor industrial retome crescimento<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

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APÓS CONQUISTAR MERCADO BRASILEIRO,<br />

EMPRESA CATARINENSE AGORA MIRA NA EUROPA<br />

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CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 208 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JUNHO DE <strong>2019</strong><br />

CONSTRUÇÃO<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXI • N°208 • Junho <strong>2019</strong><br />

MARCENARIA<br />

Por Luciana Linhares -<br />

Registro (SP)<br />

Por Odete Miranda -<br />

Londrina (PR)<br />

Incrível a iniciativa da empresa canadense em<br />

construir um edifício com madeira. Materiais<br />

renováveis como esse precisam ser melhor<br />

explorados por esse setor. Excelente reportagem!<br />

Muito interessante o<br />

texto sobre os desafios<br />

para se vencer como<br />

empreendedor. Meu<br />

marido possui uma<br />

marcenaria e é um<br />

desafio diário, com<br />

preços muito altos de<br />

materiais e as margens<br />

de lucro cada vez mais<br />

baixas.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

IMPOSTOS<br />

Por Fábio Malaquias -<br />

Poços de Caldas (MG)<br />

QUALIDADE<br />

Por José Carlos Vidor -<br />

São Miguel do Oeste (SC)<br />

Parabéns pela matéria<br />

sobre os impasses da<br />

Reforma Tributária no<br />

Brasil. Esse é um assunto<br />

fundamental para o<br />

país, que não tem sido<br />

tratado da forma com<br />

que merece. Vamos torcer<br />

para que isso mude nos<br />

próximos anos!<br />

Parabenizo a reportagem sobre a Contraco,<br />

empresa que sempre forneceu produtos<br />

de qualidade, publicada na edição 207 da<br />

revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA referenciamadeira<br />

06<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


Mendes Máquinas, representante exclusivo<br />

Nicholson no Brasil, Uruguai e Argentina<br />

A Nicholson sempre foi a nossa referência mundial no desenvolvimento e fabricação de<br />

descascadores e por esse motivo sempre buscamos levar seus produtos juntos às nossas linhas<br />

de serrarias. Nossa empresa compartilha princípios como: qualidade superior e foco total no cliente.<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

ENCAPP <strong>2019</strong><br />

A REFERÊNCIA INDUSTRIAL PARTICIPOU DA IV EDIÇÃO DO ENCAPP<br />

(ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA DE PORTAS), EM CURITIBA (PR).<br />

CONFIRA A COBERTURA COMPLETA NESTA EDIÇÃO.<br />

Caetano Balvedi Neto, Valeria Brizola,<br />

Daniel Pscheidt e Fábio Machado<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Tainá Brandão do departamento de marketing da<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL, ao lado da equipe da Hagga:<br />

Leandro Campos Hottz, Cleo Finetto e Ronaldo Frottê<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

CONFIANÇA INDUSTRIAL<br />

A confiança dos empresários na indústria<br />

da construção apresentou melhora em<br />

junho, após cinco meses de queda. De<br />

acordo com levantamento recentemente<br />

pela CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria), o Icei-Construção (Índice de<br />

Confiança do Empresário da Construção)<br />

subiu para 57 pontos. Com a alta de 1,2<br />

ponto em relação a maio, o índice está<br />

3,7 pontos acima da média histórica, que<br />

é de 53,3 pontos. Os dados constam<br />

da Sondagem Indústria da Construção.<br />

Com indicadores de confiança que variam<br />

de zero a 100 pontos, esse índice,<br />

quando acima de 50 pontos, demonstra<br />

confiança por parte do empresariado. Na<br />

avaliação da CNI, o aumento do otimismo<br />

se deve à melhora das perspectivas<br />

dos empresários em relação ao desempenho<br />

das empresas e da economia nos<br />

próximos 6 meses.<br />

BAIXA<br />

GÁS NATURAL<br />

Amplamente debatido pelo<br />

governo Jair Bolsonaro, o preço<br />

do gás natural tem emperrado o<br />

desenvolvimento da indústria nacional<br />

na última década. O atual<br />

valor do produto é o mais alto dos<br />

últimos seis anos, quando o MME<br />

(Ministério de Minas e Energia)<br />

começou a definir valores para a<br />

venda do combustível por parte<br />

de distribuidoras. O crescimento<br />

do preço do gás natural se deu<br />

pela alta variação do câmbio, fator<br />

preponderante também para o<br />

valor da gasolina e do diesel. Mas,<br />

no caso do gás, os reajustes são<br />

trimestrais e baseados na variação<br />

de trimestres anteriores, comprometendo<br />

ainda mais o repasse da<br />

queda das cotações internacionais<br />

no último trimestre.<br />

08<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


COLUNA<br />

CHAMA O SÍNDICO!<br />

NÃO NEGAMOS NOSSOS PROBLEMAS, MAS É IMPORTANTE RECONHECER AS AÇÕES DO BRASIL EM PROL DA SUSTENTABILIDADE<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

ALÉM DE TER UMAS DAS<br />

MATRIZES ENERGÉTICAS MAIS<br />

LIMPAS, COM ALTO APROVEITAMENTO<br />

HIDRELÉTRICO, O BRASIL TEM VENTO E<br />

INCIDÊNCIA DE LUZ SOLAR SUFICIENTES<br />

PARA APROVEITAR AS FONTES<br />

RENOVÁVEIS E SE LIVRAR DE VEZ DOS<br />

COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS<br />

D<br />

urante a cúpula do G-20 em Osaka a chanceler<br />

alemã, Angela Merkel, sinalizou que tinha a intenção<br />

de chamar o presidente do Brasil na “xinxa”,<br />

com o objetivo de cobrar algumas medidas<br />

relacionadas às políticas ambientais no nosso<br />

país. Deu a impressão que, por ser a Alemanha o segundo<br />

maior doador do Fundo Amazônia, com aportes de R$ 192,6<br />

milhões até o momento, a chanceler encarava o Brasil como<br />

sendo ainda um país colonial submisso aos países mais desenvolvidos.<br />

Claro que não negamos nossos problemas com o desmatamento<br />

descontrolado e que devemos a cada dia nos preocupar<br />

com medidas corretivas para o bem da conservação de<br />

qualquer um dos nossos biomas. No entanto, a Merkel e seus<br />

assessores deveriam antes saber que o Brasil mantém uma<br />

área destinada à preservação e proteção da vegetação nativa<br />

que corresponde a pouco mais de 66% do seu território, o que<br />

equivale a mais de quinze vezes o espaço territorial alemão.<br />

Na União Europeia, a vegetação nativa ocupa 0,3% do território,<br />

além de apresentar baixa biodiversidade.<br />

Antes de se arvorar como xerife do meio ambiente, a<br />

Merkel deveria considerar que nossa matriz energética é 44%<br />

renovável, graças à cana- de-açúcar, que é hoje a nossa segunda<br />

maior fonte de energia, com 17% da oferta da energia primária,<br />

menor apenas do que o petróleo. Além de ter umas das<br />

Foto: divulgação<br />

matrizes energéticas mais limpas, com alto aproveitamento<br />

hidrelétrico, o Brasil ainda tem vento e incidência de luz solar<br />

suficientes para aproveitar as fontes renováveis e se livrar de<br />

vez dos combustíveis fósseis.<br />

Por exemplo, as fontes renováveis seguem com ampla<br />

participação na matriz de capacidade instalada de geração de<br />

energia elétrica, representando 81,9% da capacidade instalada<br />

de geração e 87,8% da produção total verificada no país. No<br />

primeiro trimestre de <strong>2019</strong> o etanol utilizado puro ou em mistura<br />

com a gasolina pela frota flex já substituiu mais de 45%<br />

de toda a gasolina consumida no país, contribuindo de forma<br />

significativa na redução de emissões danosas ao ambiente. E o<br />

nosso biodiesel que hoje já substitui 10% do diesel base petróleo?<br />

Isso não conta?<br />

A Merkel poderia olhar com mais atenção alguns aspectos<br />

da política ambiental alemã, que utiliza energia elétrica a partir<br />

da queima de carvão e gás natural. Essa energia contribui para<br />

o marketing ambiental de seu país quando se falam em frota<br />

de veículos elétricos ditos limpos, omitindo também detalhes<br />

do sistema de produção de suas baterias, que necessitam de<br />

metais raros, cuja extração é bastante discutível do ponto de<br />

vista da sustentabilidade. Isto para não falar das limitações<br />

relacionadas ao descarte dessas baterias, verdadeiros lixos<br />

tóxicos. Por outro lado, os baixíssimos níveis de emissões de<br />

gases de efeito estufa pelos veículos que têm o etanol como<br />

combustível, em momento algum foram considerados.<br />

A Alemanha, assim como a França, cujo presidente também<br />

se arvora como paladino na defesa do meio ambiente,<br />

não estão dando ouvidos aos principais dirigentes das montadoras<br />

de veículos de seus países, quando afirmam que até os<br />

veículos movidos a diesel podem ser considerados mais limpos<br />

do que os movidos por eletricidade, cujos projetos e produção<br />

recebem subsídios altamente significativos desses governos.<br />

Puro marketing que se preocupa em atender pseudoambientalistas<br />

normalmente distantes do mundo real da engenharia e<br />

do meio ambiente, além de passionais. Esse tipo de discussão<br />

pode ir bem longe.<br />

Enquanto isso, no condomínio Planeta Terra, Angela<br />

Merkel atua como síndica, tendo o Emmanuel Macron como<br />

subsíndico. Tentam constranger outros moradores durante a<br />

assembleia dos condôminos, alegando que os mesmos estão<br />

indo contra as regras desse condomínio sem, no entanto, aceitarem<br />

que para chegar aonde chegaram muitas outras regras<br />

foram atropeladas por eles no passado. Tentam transferir responsabilidades,<br />

criando situações, nem sempre amparadas por<br />

dados reais, relativas a um passivo cujos transgressores não<br />

são os apontados por eles. E assim, fica a saudade do grande<br />

Tim Maia, considerado por Jorge Ben Jor como o síndico, que<br />

em uma interpretação inocente da letra da composição intitulada<br />

“W/Brasil – Chama o Síndico”, foi solicitado a intervir na<br />

remoção de uma escada, que aparentemente teria que ficar<br />

guardada para fora de um determinado edifício. Esses incômodos<br />

não ajudam em nada!<br />

10 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


NOTAS<br />

ABAIXO DA<br />

INFLAÇÃO<br />

O Incaf (Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal)<br />

cresceu abaixo da inflação no primeiro trimestre de <strong>2019</strong>.<br />

O Incaf subiu 0,5% no período, enquanto a inflação medida<br />

pelo Ipca (Índice Nacional de Preço ao Consumidor<br />

Amplo) ficou em 1,5%. No acumulado dos últimos 12 meses,<br />

o Incaf registra alta de 5,8%, contra uma variação de<br />

4,5% na inflação. Com o objetivo de mensurar a evolução<br />

dos custos da atividade florestal no Brasil, o Incaf é calculado<br />

pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e<br />

serviços de engenharia, e é divulgado trimestralmente. “A<br />

evolução dos custos da atividade florestal nesse início do<br />

ano está relacionado, principalmente, ao custo da mão de<br />

obra em função do reajuste anual do salário mínimo, ocorrido em janeiro”, explica Dominique Duly, gerente de consultoria<br />

em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil, e que coordena a elaboração do índice.<br />

NOVO COMITÊ<br />

A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente) anunciou a criação do Comitê<br />

de Pellets e Biomassa dentro da sua estrutura organizacional.<br />

O anúncio foi feito durante um encontro promovido<br />

pela entidade, que reuniu empresas do setor. O objetivo foi<br />

apresentar as ações desenvolvidas pela Abimci e um cenário<br />

macro das oportunidades para os fabricantes. De acordo<br />

com empresários do setor, os principais destinos de pellets<br />

são o agronegócio, principalmente a avicultura, alimentação<br />

e indústrias de forma geral. De acordo com dados apresentados<br />

pela Abimci e levantados com a FAO (Organização<br />

das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o Brasil<br />

produziu em 2017 cerca de 470 mil toneladas de pellets. A<br />

maior parte foi destinada para a exportação, enviada principalmente<br />

para o Reino Unido, Itália, Dinamarca e França.<br />

Foto: divulgação<br />

EXPORTAÇÃO<br />

FLORESTAL CRESCE<br />

A exportação de produtos florestais cresceu 2,8% no<br />

primeiro trimestre de <strong>2019</strong>, alcançando R$ 2,5 bilhões<br />

no período, segundo o Boletim Cenários Ibá, produzido<br />

pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). O valor<br />

das exportações de produtos florestais subiu 2,3% em<br />

comparação com o primeiro trimestre de 2018. Nos<br />

primeiros três meses de <strong>2019</strong>, as negociações no comércio<br />

exterior atingiram US$ 2,8 bilhões. A representatividade<br />

da balança do setor também cresceu e somou<br />

5,2% do total das exportações brasileiras. No primeiro<br />

trimestre deste ano, a China permaneceu como<br />

principal mercado da celulose brasileira, recebendo<br />

US$ 856 milhões do produto. Já a América Latina foi<br />

o destino com maior compra de painéis de madeira<br />

(US$ 44 milhões) e papel (US$ 292 milhões).<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

12 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


SERRADA<br />

TROPICAL CRESCE<br />

Foto: divulgação<br />

PADRÃO<br />

EUROPEU<br />

O Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte<br />

de Produtos Florestais) de Mato Grosso será<br />

analisado em estudo comparativo de acordo com<br />

os padrões internacionais de sustentabilidade de<br />

madeira nativa reconhecidos pelo mercado europeu.<br />

O objetivo é analisar todos os aspectos dos<br />

protocolos de controles mato-grossense e europeu<br />

identificando semelhanças e diferenças e avaliando<br />

a eficiência de ambos. Ao final, serão feitas recomendações<br />

para que o Sisflora atenda aos requisitos<br />

internacionais para a comercialização internacional<br />

de madeira nativa. O estudo é a primeira etapa<br />

de uma parceria firmada entre o Cipem (Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de<br />

Mato Grosso) e a Iniciativa para o Desenvolvimento<br />

Sustentável com o objetivo de promover e valorizar<br />

o setor de base florestal de Mato Grosso.<br />

As importações norte-americanas de madeira tropical serrada<br />

aumentaram 22% em abril, recuperando o forte volume<br />

de importação visto no primeiro bimestre do ano. Os volumes<br />

de abril foram o segundo mais alto em mais de dois<br />

anos, com 22.960 m 3 (metros cúbicos), atrás apenas de janeiro<br />

deste ano. As importações de Acajou d’Afrique subiram<br />

61% em abril e são mais que o dobro do volume no mesmo<br />

período de 2018. As importações de Sapelli, teca, ipê, keruing<br />

e virola também melhoraram em abril e estão superando<br />

o total de 2018 no acumulado do ano. Já as importações<br />

de balsa caíram 27% em abril e estão 4% atrás do volume<br />

registrado no mesmo período em 2018.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

PARCERIA<br />

A Nicholson Manufacturing Ltda tem o prazer de anunciar<br />

a nomeação da Mendes Máquinas como o representante<br />

exclusivo da companhia no Brasil, Uruguai e Argentina. “Nós<br />

aguardávamos por esse momento há muitos anos”, comemora<br />

André Mendes Fabris, presidente da Mendes Máquinas.<br />

“A Nicholson sempre foi nossa referência mundial no desenvolvimento<br />

e fabricação de descascadores e por esse motivo<br />

sempre buscamos levar seus produtos juntos às nossas linhas<br />

de serrarias. Nossas empresas compartilham princípios como<br />

qualidade superior e foco total no cliente. Essa parceria nos permitirá fortalecer nossa posição no mercado e melhorar ainda<br />

mais a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos clientes”, completa. Doug Jeffrey, presidente da Nicholson Manufacturing,<br />

também reforça a importância da parceria. “A Nicholson está muito contente em ser representada pela Mendes,<br />

uma das empresas de máquinas e equipamentos mais respeitadas da América do Sul. Através de sua rede no Brasil, Argentina<br />

e Uruguai, a Mendes encontra-se bem posicionada para realizar vendas, serviços e prestar suporte às nossas soluções.<br />

Com foco principal na entrega de produtos e serviços de qualidade superior ao cliente, a Mendes se alinha perfeitamente<br />

com a filosofia e compromisso da Nicholson, de fabricar e prestar suporte aos melhores descascadores do mundo”, conclui.<br />

JULHO <strong>2019</strong> 13


NOTAS<br />

SÃO BENTO DO SUL<br />

EM ALTA<br />

O polo moveleiro catarinense que reúne<br />

as cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho<br />

e Campo Alegre fechou o primeiro<br />

semestre de <strong>2019</strong> em alta. Com um avanço<br />

de 7,3% em relação ao mesmo período do<br />

ano passado, o crescimento do mercado da<br />

região superou os números de vendas internacionais<br />

no Brasil, que teve uma elevação<br />

de 0,8%, e no Estado de Santa Catarina,<br />

com 4,6%. O avanço representou cerca de<br />

US$ 74,160 milhões para a localidade, que é<br />

responsável por 22% das exportações moveleiras<br />

do Brasil.<br />

Foto: divulgação<br />

INDÚSTRIA<br />

PARANAENSE<br />

Em recente levantamento divulgado pelo Ibge (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado do Paraná foi<br />

o que mais produziu no setor industrial durante os primeiros<br />

cinco meses de <strong>2019</strong>. O estudo apresenta um crescimento<br />

de 10,4%, quando comparado com o mesmo período do ano<br />

passado. O resultado é bastante superior à média nacional:<br />

no período, a indústria brasileira acumula queda de 0,7%.<br />

Além do Paraná, os outros dois Estados da região sul vêm registrando<br />

crescimentos na contramão da tendência do país.<br />

O Rio Grande do Sul teve aumento de 8,8% na produção industrial,<br />

enquanto em Santa Catarina a alta foi de 6,1%.<br />

ACORDO<br />

BILATERAL<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia<br />

deverá injetar cerca de U$ 115 milhões de dólares<br />

nos países componentes do bloco da América do Sul,<br />

como Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Foi<br />

o que defendeu o cônsul honorário da Alemanha em<br />

Curitiba (PR), Andreas Hoffrichter, em reunião mensal<br />

da Fiep na capital paranaense. Ele afirmou que a iniciativa<br />

irá criar ‘o maior bloco consumidor do mundo’.<br />

“Esse acordo sinaliza que o Brasil está disposto a mudar,<br />

já que é conhecido como um país protecionista.<br />

Também dá maior grau de previsibilidade nas relações<br />

econômicas entre os dois blocos, trazendo mais segurança<br />

para o investidor alemão e europeu”, explicou.<br />

14 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


NOTAS<br />

PLANO DE<br />

FLORESTAS PLANTADAS<br />

O Pndf (Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas<br />

Plantadas) está previsto no decreto 4 nº 8.375, de 11 de<br />

dezembro de 2014, foi aprovado pelo Ministério da Agricultura<br />

em junho, visa mais 2 milhões de hectares plantados<br />

com florestas comerciais até 2030. O Pndf estabelece<br />

“os princípios e os objetivos da Política Agrícola para<br />

Florestas Plantadas relativamente às atividades de produção,<br />

processamento e comercialização dos produtos,<br />

subprodutos, derivados, serviços e insumos relativos às<br />

florestas plantadas.” O objetivo é definir linhas de ações<br />

para todos os atores setoriais, de forma que florestas plantadas<br />

gerem emprego e renda e também contribuam com<br />

o desenvolvimento humano e a qualidade ambiental do<br />

espaço rural brasileiro.<br />

Foto: divulgação<br />

BRASIL<br />

NA LIDERANÇA<br />

Com reflorestamento de espécies nativas e<br />

aumento das vendas de madeira certificada, o<br />

Brasil pode se tornar líder global de uma nova<br />

economia florestal. Para este objetivo, representantes<br />

de ONGs e empresas ligadas à exploração<br />

comercial e à certificação de madeiras<br />

estudam modelos de mercado que conciliam<br />

exportações, lucro e preservação das florestas.<br />

Uma vez restauradas, essas florestas também<br />

podem ser exploradas comercialmente, desde<br />

que haja um manejo adequado. “É preciso<br />

promover investimento em reflorestamento de<br />

florestas nativas que deem retorno financeiro”,<br />

afirma Miguel Calmon, do WRI Brasil. O WRI<br />

Brasil aponta que pelo menos trinta espécies<br />

nativas com valor econômico vêm sendo estudadas<br />

e que apresentam bom potencial para a<br />

Mata Atlântica e a Amazônia. Entre elas estão a<br />

castanha, o paricá, a araucária, o jequitibá rosa,<br />

o pau-brasil, os ipês e o mogno.<br />

Foto: divulgação<br />

MADEIRA<br />

NA CHINA<br />

O comércio de produtos de madeira da China<br />

continua a se expandir. O valor total do<br />

comércio de produtos de madeira do país<br />

subiu 6% em 2018, alcançando US$ 163,5 bilhões,<br />

segundo dados da Alfândega da China.<br />

Do total, o valor das exportações de produtos<br />

de madeira subiu 3% para US$ 81,6 e<br />

as importações cresceram 8% para US$ 83,7.<br />

Do valor total do comércio no ano passado,<br />

cerca de 27% foi de produtos de madeira<br />

(US$ 45,2 bilhões). O valor das exportações<br />

de móveis de madeira da China subiu 1%<br />

para US$ 22,9 bilhões. O valor de outros produtos de madeira, como as exportações de pisos, cresceu 12% para US$ 6,9 bilhões.<br />

As exportações de compensado da China foram 11,33 milhões de m 3 (metros cúbicos) no valor de US $ 5,546 bilhões.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


NOTAS<br />

INDÚSTRIA<br />

DE MÓVEIS<br />

A produção da indústria de móveis aumentou em maio.<br />

O nível de utilização da capacidade instalada cresceu<br />

0,5%, índice maior do que o obtido em maio de 2018<br />

que foi de 33,6%, segundo dados da pesquisa mensal da<br />

CNI (Confederação Nacional da Indústria). O crescimento<br />

acompanha a produção da indústria brasileira em geral:<br />

o nível de utilização da capacidade instalada cresceu 1%<br />

em relação a abril e ficou em 67%, índice maior que o<br />

registrado no mesmo mês dos quatro anos anteriores. Já<br />

a produção da indústria de móveis recuou 3,6% na comparação<br />

com abril e 6,9% na comparação com maio de<br />

2018. Ainda assim, a pesquisa da CNI mostra que houve<br />

melhora na expectativa de demanda do industrial de móveis,<br />

que subiu de 53,5% em maio de 2018 para 56,3% em<br />

maio deste ano.<br />

Foto: divulgação<br />

PLANO AGROFLORESTAL<br />

O Acre lançou o Plano Agroflorestal de <strong>2019</strong> para alavancar<br />

a economia do Estado. O plano entregou em tempo recorde<br />

171 licenças florestais que contemplam áreas como a agricultura,<br />

agroindústria, manejo florestal madeireiro, suinocultura,<br />

piscicultura, uso alternativo do solo, obras de infraestrutura,<br />

transporte, serviços e indústrias madeireiras e de transformação.<br />

As novas licenças deverão gerar mais de três mil postos<br />

de trabalho. Segundo o diretor-presidente do Imac (Instituto<br />

de Meio Ambiente do Acre), André Hassem, devido a<br />

entrega de um esforço concentrado de toda a equipe do<br />

Imac nos últimos cinco meses. “A presença de todos indica<br />

que estamos no caminho certo. Tenho certeza que, juntos,<br />

estamos elaborando aquilo que é o melhor para o nosso Estado,<br />

vamos buscar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo,<br />

respeitar o meio ambiente porque isso é possível. Será desta<br />

forma que vamos melhorar a vida da nossa população”, destacou<br />

o governador Gladson Cameli.<br />

Foto: divulgação<br />

POLO MOVELEIRO<br />

A Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural) do<br />

Amazonas confirmou a construção do Polo Moveleiro<br />

de Tabatinga. Localizado a 1105 km (quilômetros) de<br />

Manaus, o polo vai possibilitar a agregação de valor à<br />

madeira bruta comercializada pelo município e beneficiar<br />

diretamente cerca de 200 produtores de produtos<br />

de madeira de Tabatinga. A estrutura do polo inclui<br />

inicialmente a construção de três blocos de 283 m 2<br />

(metros quadrados), distribuídos em uma área total de<br />

46 mil m 2 . A expectativa é que posteriormente sejam<br />

construídas mais 12 estruturas, totalizando 15 galpões<br />

destinados à produção de móveis feitos de madeira<br />

manejada oriundas da região. Com orçamento de R$<br />

597.878, a previsão é de que a obra seja concluída em<br />

60 dias, a partir da assinatura da ordem de serviço.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


encantando


APLICAÇÃO<br />

VOO<br />

VIP<br />

Foto: divulgação<br />

Um dos mais modernos aeroportos do Brasil, o Afonso<br />

Pena, em Curitiba (PR), criou um lounge exclusivo com<br />

salas de espera, espaço para eventos e mostras de arte,<br />

aliando o conforto da madeira em um design moderno<br />

e despojado. Esse é o conceito do Break Travel Lounge,<br />

empreendimento de um grupo de empresários paranaenses,<br />

que traz uma estrutura inovadora na área do turismo<br />

e aviação civil no Brasil, sendo um complexo composto<br />

por salas VIPs, foyer de exposições e espaço de eventos,<br />

com uma área total de 830 m² (metros quadrados). Com<br />

mobiliário 100% desenvolvido pela Artefacto, o espaço<br />

é completamente diferente das salas convencionais de<br />

aeroportos espalhados pelo país. A arquitetura mais contemporânea<br />

é expressa nas linhas puras e em tons neutros<br />

de forma harmônica, usadas de forma inteligente e agradável.<br />

A escolha do piso vinílico amadeirado veio para<br />

oferecer conforto térmico e acústico e garantir a sensação<br />

de bem estar. “Minha intenção foi criar um momento de<br />

relaxamento antes do embarque com uma experiência revigorante,<br />

onde o conforto traz a plena sensação de estar<br />

em casa”, explica a arquiteta Talita Nogueira.<br />

CASA<br />

INTERLAGOS<br />

Um refúgio da modernidade e do caos das grandes cidades, sem abrir<br />

mão do conforto e da modernidade, embalado em ambientes aconchegantes<br />

e ‘calorosos’, usando e abusando das mais diversas espécies de<br />

madeiras: esse foi o objetivo do arquiteto David Bastos ao desenhar e<br />

executar as obras da Casa Interlagos, um recanto de puro bom gosto<br />

e ousadia, situado na praia de mesmo nome, um dos lugares mais paradisíacos<br />

da Bahia, no Nordeste brasileiro. Formado em arquitetura<br />

pela Universidade Federal da Bahia, David Bastos é um nome bastante<br />

conhecido na área por desenvolver projetos que combinam objetos antigos<br />

e modernos, criando ambientes únicos e cheios de personalidade.<br />

Em suas produções, é sempre possível ver nitidamente sua forma de<br />

pensamento: a informalidade, o respeito e o conforto. Na Casa Interlagos,<br />

não foi diferente. Nela, Bastos priorizou o uso da madeira tanto no<br />

interior da construção quanto na fachada, criando um ar de ‘pousada de<br />

férias’ em um imóvel que valoriza cada experiência do morador ou visitante.<br />

Com decks de madeira de pinus, pilastras e janelas de eucalipto,<br />

a Casa Interlagos é uma imersão simples e ligada à natureza e a todos<br />

os seus recursos.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

PREPARADA PARA O CRESCIMENTO<br />

DO MERCADO, A DRV INVESTE EM<br />

QUALIDADE, ESTOQUE E DIVERSIDADE<br />

DE PRODUTOS PARA TODo o SETOR<br />

FLORESTAL E INDUSTRIAL<br />

FACAS E PEÇAS para reposição<br />

dos diversos modelos e marcas<br />

de picadores industriais<br />

nacionais ou importadoS<br />

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FRASES<br />

“COM A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO E A LIDERANÇA<br />

DO NOSSO BRASIL, O SÉCULO XXI TEM TUDO PARA SER O SÉCULO DA<br />

AMÉRICA DO SUL. VAMOS MUDAR OS RUMOS DA NOSSA HISTÓRIA”<br />

ESCREVEU VIA TWITTER JAIR BOLSONARO, SOBRE A MISSÃO DO<br />

PRESIDENTE BRASILEIRO Á FRENTE DO COMANDO DO BLOCO<br />

ECONÔMICO MERCOSUL, ASSUMIDO RECENTEMENTE<br />

“ESTAMOS<br />

DANDO UM<br />

“O BRASIL TEM AMPLIADO SUA COMPETITIVIDADE NOS<br />

CHOQUE DA<br />

PRINCIPAIS MERCADOS MUNDIAIS GRAÇAS AOS INVESTIMENTOS<br />

ENERGIA BARATA,<br />

DA INDÚSTRIA EM DESIGN, TECNOLOGIA, SUSTENTABILIDADE E<br />

QUEBRANDO UM<br />

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS CADA VEZ MAIS ARROJADOS<br />

DUPLO MONOPÓLIO,<br />

E INOVADORES. A PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA EM EVENTOS<br />

TANTO NA EXTRAÇÃO<br />

INTERNACIONAIS DE MÓVEIS E DESIGN, UM DOS PILARES DO<br />

E REFINO QUANTO<br />

PROJETO BRAZILIAN FURNITURE, TEM CONTRIBUÍDO DE FORMA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

EXPRESSIVA PARA O REPOSICIONAMENTO DOS MÓVEIS NOS<br />

DO GÁS. VAMOS<br />

PRINCIPAIS MERCADOS COMPRADORES, EM ESPECIAL OS EUA<br />

REINDUSTRIALIZAR O<br />

(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA”<br />

PAÍS EM CIMA DE ENERGIA<br />

BARATA. ESSA MAIOR<br />

MARISTELA C. LONGHI, PRESIDENTE DA ABIMÓVEL, SOBRE AS<br />

COMPETIÇÃO EM PETRÓLEO E<br />

EXPORTAÇÕES DO SETOR<br />

GÁS, ACELERAÇÃO DO RITMO<br />

DE EXTRAÇÃO DESSES RECURSOS<br />

NATURAIS VÃO ACABAR<br />

CHEGANDO NO BOTIJÃO DE GÁS<br />

“NÃO TEM NENHUMA MUDANÇA NA<br />

DA FAMÍLIA, DIMINUINDO EM 30%,<br />

POLÍTICA CAMBIAL, O QUE ESTAMOS<br />

40%, ATÉ 50% O CUSTO DO GÁS LÁ<br />

FAZENDO É SENDO MAIS ATIVOS NOS<br />

NO FINAL DA LINHA”<br />

DIFERENTES INSTRUMENTOS E REAGINDO<br />

À DIFERENÇA DE PRECIFICAÇÃO. SE O<br />

PREÇO NO FUTURO ESTÁ MUITO CARO EM<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

RELAÇÃO AO SPOT (À VISTA), É UM TIPO DE<br />

ECONOMIA,<br />

PROTEÇÃO. SE TEMOS UM PROBLEMA NO<br />

SOBRE O<br />

CUPOM (CAMBIAL) OU UM PROBLEMA DE<br />

PREÇO DO<br />

BOTIJÃO DE<br />

LIQUIDEZ E ESTÁ PRECISANDO DE<br />

GÁS<br />

UMA LINHA PARA UMA ROLAGEM,<br />

OU ALGO ASSIM, É UM OUTRO TIPO DE<br />

INTERVENÇÃO.”<br />

Foto: divulgação<br />

ROBERTO CAMPOS NETO, PRESIDENTE DO<br />

BANCO CENTRAL, SOBRE A INTERVENÇÃO<br />

DO ÓRGÃO NO MERCADO DE CÂMBIO EM<br />

CASO DE PROBLEMA DE LIQUIDEZ OU DE<br />

DISTORÇÃO DOS PREÇOS RELATIVOS<br />

22 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


ENTREVISTA<br />

ENSINO<br />

DA MADEIRA<br />

TEACHING THE<br />

USE OF WOOD<br />

C<br />

om a crescente demanda por profissionais com experiência<br />

no manuseio e na inserção da madeira nos<br />

setores de arquitetura e design, as universidades<br />

brasileiras deverão investir nos próximos anos em<br />

novas disciplinas que saibam preparar os futuros trabalhadores<br />

para essa nova realidade. Esse é o caso da Ufmt (Universidade<br />

Federal do Mato Grosso), que criou uma cadeira que<br />

aborda a utilização desse material no mercado da arquitetura. A<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL conversou com o arquiteto e urbanista,<br />

José Afonso Botura Portocarrero, responsável pelo projeto.<br />

Professor da instituição e doutor em Arquitetura, ele explicou<br />

como surgiu a ideia da disciplina e qual tem sido a reação dos<br />

alunos. Confira:<br />

ENTREVISTA<br />

I<br />

n the coming years, with the growing demand for professionals<br />

with experience in the handling and use of wood in<br />

Architecture and Design, Brazilian universities should invest in<br />

new disciplines that prepare future professionals for this new<br />

reality. This is the case of the Federal University of Mato Grosso<br />

(Ufmt), which created a discipline which discusses the use of this<br />

material in the architectural market. REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> talked to<br />

José Afonso Botura Portocarrero, architect and urbanist, responsible<br />

for the Project. Professor at Ufmt and Ph.D. in Architecture, he explained<br />

how the idea of the discipline came about and the reaction of the<br />

students. Check it out:<br />

Foto: Luiz Carlos Sayão<br />

JOSÉ AFONSO BOTURA<br />

PORTOCARRERO<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DOUTOR EM ARQUITETURA PELA<br />

FAUUSP (FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)<br />

CARGO: PROFESSOR DA UFMT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />

MATO GROSSO)<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: PHD. IN ARCHITECTURE, FACULTY OF<br />

ARCHITECTURE AND URBAN STUDIES, UNIVERSITY OF SÃO PAULO (FAUUSP)<br />

FUNCTION: PROFESSOR, FEDERAL UNIVERSITY OF MATO GROSSO (UFMT)<br />

24 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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28 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


COLUNA ABIMCI<br />

O MOMENTO PARA UNIR A<br />

CADEIA PRODUTIVA DA MADEIRA<br />

NA SEMANA INTERNACIONAL DA MADEIRA TEREMOS ACESSO A UMA PROGRAMAÇÃO INTENSA COM A<br />

PARTICIPAÇÃO DE PALESTRANTES ALTAMENTE QUALIFICADOS EM RELAÇÃO AO MOMENTO DO SETOR<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

CONTRIBUIR PARA AS<br />

DISCUSSÕES É ALGO<br />

FUNDAMENTAL PARA QUEM PENSA NA<br />

LONGEVIDADE DO SETOR MADEIREIRO<br />

E DE BASE FLORESTAL<br />

O<br />

s desafios que surgem a cada dia para o setor<br />

produtivo são inúmeros, já que as barreiras<br />

enfrentadas por quem está à frente de<br />

uma empresa parecem infindáveis. Incluem<br />

a árdua tarefa de gestão dos negócios,<br />

passando pela conjuntura econômica e política do país,<br />

até chegar ao complexo arranjo comercial dos mercados<br />

doméstico e internacional.<br />

E esse complexo ambiente de negócios exige cada<br />

vez mais serenidade, confiança e indiscutivelmente, mais<br />

conhecimento a cada dia que passa. Somos instigados<br />

forçosamente a entender mais de tudo o que nos cerca<br />

em nossas rotinas empresarias e de sermos mais participativos.<br />

E são muitas as oportunidades existentes para<br />

isso.<br />

Em setembro, teremos uma grande oportunidade<br />

para demonstrar a força do setor florestal e madeireiro.<br />

A realização de dois eventos internacionais na capital<br />

paranaense – a Semana Internacional da Madeira e o<br />

XXV Iufro (Congresso Mundial da União Internacional de<br />

Foto: divulgação<br />

Organizações de Pesquisa Florestal) – promete fazer de<br />

Curitiba o ambiente ideal para a troca de ideias, acesso a<br />

conteúdos relevantes, oportunidades de negócios e uma<br />

chance para fortalecer ainda mais a representatividade do<br />

setor no Brasil e no mundo.<br />

Na Semana Internacional da Madeira, de 10 a 13 de<br />

setembro, teremos acesso a uma programação intensa<br />

com a participação de palestrantes altamente qualificados<br />

em relação ao momento do setor. Serão eventos técnicos<br />

que unirão profissionais da silvicultura até a indústria de<br />

transformação para a troca experiências, discussão dos<br />

desafios, avaliação das tendências e proposição de soluções<br />

para as atividades do setor.<br />

Além disso, haverá um grande número de empresas<br />

expositoras na Feira Lignum Latin America, um espaço<br />

que irá reunir os decisores das empresas com fornecedores<br />

dessa grande cadeia. Um dos eventos mais prestigiados<br />

de toda a programação é o WoodTrade Brazil,<br />

promovido pela Abimci, em parceria com a Malinovski e a<br />

Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), com o objetivo<br />

de debater informações e avaliar o mercado, expectativas<br />

e principais desafios, e que, nesta terceira edição, irá<br />

apresentar os dados atualizados do Estudo Setorial <strong>2019</strong><br />

da Abimci, que será lançado em breve.<br />

Para complementar esse cenário de debates e construção<br />

de novos caminhos, de 29 de setembro a 5 de<br />

outubro de <strong>2019</strong>, será realizado o Congresso Mundial da<br />

Iufro, que acontece pela primeira vez na América Latina,<br />

que irá debater “Pesquisa Florestal e Cooperação para o<br />

Desenvolvimento Sustentável”. Uma oportunidade única<br />

para pesquisadores brasileiros terem acesso a pesquisas<br />

de todo o mundo.<br />

Será um evento único, que acompanhará as principais<br />

discussões contemporâneas que incluem a relação das<br />

florestas com as pessoas, mudanças climáticas, produtos<br />

florestais para um futuro mais verde, biodiversidade, serviços<br />

ambientais e invasões biológicas, interação com o<br />

solo e água.<br />

Sabemos que a rotina muitas vezes nos impede de ter<br />

uma visão macro do cenário no qual as empresas estão inseridas.<br />

Assim, participar de eventos de peso como esses<br />

traz uma nova ótica para problemas antigos. Contribuir<br />

para as discussões é algo fundamental para quem pensa<br />

na longevidade do setor madeireiro e de base florestal.<br />

Precisamos estar unidos e fortalecidos para avançarmos.<br />

30 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


PRINCIPAL<br />

QUALIDADE<br />

E CONFIANÇA<br />

EMPRESA RIOSULENSE ALIA PRODUÇÃO PRÓPRIA<br />

E TECNOLOGIA DE PONTA PARA CONQUISTAR<br />

O MERCADO BRASILEIRO E INDÚSTRIA MUNDIAL<br />

Fotos: divulgação<br />

32 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


CLASSIFICADOR<br />

DE TORAS<br />

F<br />

oi a partir da visão empreendedora de<br />

Jorge Luiz Cerutti que em 1995 foi fundada<br />

a Cerumaq Indústria de Máquinas.<br />

A empresa de Rio do Sul (SC) chegou ao<br />

mercado para oferecer soluções através de<br />

maquinários e equipamentos de alto padrão, qualidade<br />

técnica e segurança, superando as expectativas dos<br />

clientes que procuram por um serviço personalizado.<br />

Se inicialmente o empresário atuava com peças<br />

de reposição para o segmento de mineração, outro<br />

setor também era visualizado por ele, o madeireiro.<br />

“Fornecia soluções para mineradoras em Rondônia,<br />

Mato Grosso e Amazonas. E essa experiência me fez<br />

ver que o ramo madeireiro no Brasil era carente e<br />

necessitava de algumas melhorias, especialmente na<br />

parte de automação”, lembra Cerutti.<br />

QUALITY AND<br />

CONFIDENCE<br />

A COMPANY FROM RIO DO SUL IN THE STATE<br />

OF SANTA CATARINA COUPLES PRODUCTION<br />

AND STATE OF THE ART TECHNOLOGY TO<br />

CONQUER THE BRAZILIAN AND WORLD<br />

INDUSTRIAL MARKETS<br />

I<br />

t was from the entrepreneurial vision of Jorge<br />

Luiz Cerutti, who, in 1995, founded Cerumaq<br />

Indústria de Máquinas. The Company from Rio<br />

do Sul/SC entered the market to offer solutions<br />

through high standard machinery and equipment<br />

with technical quality and security, surpassing<br />

JULHO <strong>2019</strong> 33


34 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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36 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

38 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


CASA DE<br />

MADEIRA:<br />

VALE A PENA!<br />

IMPONENTES, ACONCHEGANTES E<br />

ECONÔMICAS, AS CASAS DE MADEIRA VOLTAM<br />

A MOSTRAR FORÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO <strong>2019</strong> 39


CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Antes vistas como ultrapassadas e de<br />

difícil manutenção, a construção de<br />

casas de madeira têm crescido no Brasil,<br />

devido à volta da moda rústica e<br />

retrô e à fuga da tradicional construção<br />

de moradias de alvenaria. Muitos fatores também<br />

contribuíram para que a madeira voltasse a ser maciçamente<br />

usada nos projetos arquitetônicos residenciais.<br />

O primeiro deles é baixo custo de construção<br />

quando comparado ao concreto. Esse foi o principal<br />

argumento para que o empresário Dirceu Tavares escolhesse<br />

a madeira como matéria-prima de sua nova<br />

casa.<br />

“Após inúmeras pesquisas, descobri por acaso<br />

que essa era uma opção viável. A qualidade do material<br />

é ótima, sem contar a manutenção que é muito<br />

mais barata. Colocando na balança, o custo-benefício<br />

compensa muito”, explica Dirceu.<br />

CUSTOS DE UMA<br />

CASA DE MADEIRA<br />

PODEM SER ATÉ<br />

TRÊS VEZES MENORES QUE<br />

DE UMA CASA DE<br />

ALVENARIA<br />

40 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


ROBÔ ALIMENTADOR/DESC. A VÁCUO E PINÇAS<br />

Este equipamento foi desenvolvido para aumentar a capacidade produtiva do processo,<br />

eliminando assim mão de obra repetitiva. Sua capacidade pode atingir até 6 ciclos por minuto,<br />

camadas, peças ou fileiras. Neste processo as peças são seguradas (presas), lateralmente ou<br />

longitudinalmente, ou superiores por pinças, ventosas ou Grippers (para superfícies irregulares).<br />

chapas,<br />

portas e<br />

tábuas<br />

Rua Frederico Kuerten, 800 | Braço do Norte | SC | Brasil<br />

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JULHO <strong>2019</strong> 41


42 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


JULHO <strong>2019</strong> 43


MARCENARIA<br />

44 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


GESTÃO<br />

CONSCIENTE<br />

COM A CRIAÇÃO DE UM SETOR ESPECÍFICO DE MARCENARIA,<br />

PREFEITURA CATARINENSE DÁ PASSO PIONEIRO PARA A ECONOMIA<br />

DE RECURSOS PÚBLICOS<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO <strong>2019</strong> 45


MARCENARIA<br />

TODO TIPO DE MADEIRA<br />

É USADO, DESDE EMBUIA,<br />

EUCALIPTO E PINUS<br />

C<br />

onhecida por seus altos prédios e pela noite<br />

agitada de suas casas noturnas, Balneário<br />

Camboriú tem agora um novo motivo para<br />

orgulhar o estado de Santa Catarina.<br />

Com uma população de pouco mais de<br />

138 mil habitantes, a prefeitura se viu em uma encruzilhada:<br />

manter a austeridade em suas contas públicas,<br />

tendência em todo o país, e continuar expandindo seu<br />

sistema educacional, com a construção de diversas escolas<br />

e creches para a população.<br />

Para driblar esse cenário, o poder público investiu<br />

em maquinário e em profissionais para construir sua própria<br />

marcenaria, que irá fornecer integralmente todos<br />

os móveis para os educandários praianos. A oficina, que<br />

atende às demandas das escolas funciona anexa à sede<br />

da Secretaria de Educação, com dois marceneiros profissionais,<br />

que trabalham de segunda a sexta-feira, das 13h<br />

às 19h (horas).<br />

MÃO NA MASSA<br />

Mesas, armários, prateleira, gaveteiros e balcões,<br />

além da manutenção das peças já existentes nos prédios<br />

públicos, são desenvolvidos pelos profissionais da marcenaria<br />

e depois encaminhados às unidades de ensino.<br />

A confecção é feita por funcionários contratados pelo<br />

Executivo, sob a coordenação do diretor administrativo<br />

da Secretaria, José Olegário Bacca Júnior .<br />

“É uma iniciativa muito inteligente e, acredito, inédita<br />

no Brasil. Temos a oportunidade de produzir aqui no<br />

próprio município todo o mobiliário, economizando recursos<br />

públicos e gerando empregos para a população<br />

de Camboriú. E, mesmo com a alta demanda, esses profissionais<br />

trabalham com capricho e comprometimento”,<br />

pontua Olegário.<br />

O coordenador explica que todo o projeto foi desenvolvido<br />

pela equipe de obras públicas, que pretende<br />

expandir o projeto para os próximos anos. “Toda a<br />

mobília é fabricada no CTC (Centro de Treinamento Comunitário),<br />

da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão<br />

Social, para ser direcionada, em seguida, às Unidades<br />

de Saúde e outros setores da municipalidade. A equipe<br />

de confecção e distribuição é composta por 10 pessoas,<br />

46 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


Há 73 anos parceira<br />

do setor madeireiro<br />

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JULHO <strong>2019</strong> 47


ECONOMIA<br />

PASSAPORTE<br />

PARA<br />

O MUNDO<br />

Fotos: divulgação<br />

48 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


ACORDOS COMERCIAIS GLOBAIS SÃO<br />

ESSENCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO<br />

SETOR. MAS É PRECISO CAUTELA<br />

U<br />

ma abertura econômica via acordos comerciais,<br />

junto com a realização de reformas<br />

estruturais, é a maneira mais adequada<br />

de inserir o Brasil no mercado global,<br />

defendem especialistas. Mas o país ainda<br />

enfrenta problemas básicos como competitividade e<br />

infraestrutura.<br />

JULHO <strong>2019</strong> 49


ECONOMIA<br />

Foto: Alan Santos/PR - Agência Brasil<br />

Em recente estudo da Abimaq (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a instituição<br />

defende que “a inserção do Brasil no comércio global<br />

deve ser realizada via acordos comerciais, bilaterais,<br />

regionais ou multilaterais”. No documento, a Abimaq<br />

critica a falta de uma política estratégica, estruturada e<br />

coordenada de inserção do Brasil no comércio global.<br />

Na visão da entidade, uma abertura comercial unilateral<br />

reduziria o poder de barganha do Brasil em mercados<br />

onde há vantagem competitiva.<br />

De acordo com a secretária executiva do Mdic (Ministério<br />

da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Yana<br />

Dumaresq, a questão não é se haverá uma estratégia<br />

de abertura, mas como isso será feito. “O Mdic entende<br />

que a forma é por meio de acordos comerciais. É um<br />

instrumento eficiente e previsível para o Estado”, defendeu<br />

durante evento promovido pela própria Abimaq.<br />

Um aprofundamento da abertura comercial também<br />

é defendido pelo vice-presidente da Fiesp (Federação<br />

das Indústrias do Estado de São Paulo), José Ricardo<br />

Roriz. Segundo ele, o aprofundamento da abertura comercial<br />

deve ocorrer de maneira negociada com o objetivo<br />

de promover o crescimento com maior agregação<br />

de valor nas cadeias produtivas brasileiras. “Estamos<br />

vendo, cada vez mais, uma primarização de nossas exportações”,<br />

alertou.<br />

CONEXÃO EUROPA<br />

O acordo comercial com a UE (União Europeia) é<br />

uma das expectativas para o aquecimento da balança<br />

comercial brasileira. Em junho, a União Europeia e o<br />

Mercosul selaram um tratado de livre comércio que vinha<br />

sendo esperado ao longo das últimas décadas. O<br />

acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza<br />

regulatória, como serviços, compras governamentais,<br />

facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias<br />

e fitossanitárias e propriedade intelectual.<br />

De acordo com estimativas do Ministério da Economia,<br />

ele “representará um incremento do PIB brasileiro<br />

de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$<br />

125 bilhões”, considerando a redução das barreiras não-<br />

-tarifárias e o aumento esperado na produtividade do<br />

país. Ainda segundo a entidade, há previsão de um aumento<br />

dos investimentos para o Brasil no mesmo período<br />

na ordem de US$ 113 bilhões. Já as exportações para<br />

a UE podem crescer quase US$ 100 bilhões até 2035.<br />

Segundo especialistas, o Brasil estava isolado no<br />

Mercosul, e com o acordo entre o Mercosul e a UE o<br />

país volta a se reintegrar no mapa do comércio mundial.<br />

“Nos últimos 20 anos, o Brasil negociou apenas três<br />

acordos comerciais, com Israel, com a Autoridade Palestina<br />

e com o Egito, quando o mundo inteiro, segundo<br />

a Organização Mundial do Comércio, negociou mais<br />

50 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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JULHO <strong>2019</strong> 53


MADEIRA TRATADA<br />

MADEIRA E<br />

LAZER<br />

54 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


PREFEITURA DO<br />

INTERIOR DE<br />

SÃO PAULO<br />

APOSTOU<br />

NA MADEIRA<br />

TRATADA<br />

PARA A<br />

CONSTRUÇÃO<br />

DE PARQUE<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO <strong>2019</strong> 55


MADEIRA TRATADA<br />

I<br />

naugurado recentemente pela prefeitura de<br />

Franco da Rocha, no interior de São Paulo,<br />

o parque Benedito Bueno de Morais foi o<br />

grande presente para os mais de 120 mil habitantes,<br />

durante as comemorações do 72°<br />

aniversário do município.<br />

No palco da cerimônia de inauguração, diversas<br />

autoridades acompanharam a festa. O prefeito Kiko<br />

Celeguim, o medalhista olímpico Diego Hypólito,<br />

vereadores, secretários e moradores puderam conferir<br />

as novas instalações de lazer.<br />

A construção de uma área de entretenimento na<br />

região era uma antiga reivindicação dos franco-rochenses,<br />

que agora contam com playgrounds, pistas<br />

de skate, área de caminhada e barracas de comércio.<br />

“É uma conquista de toda a cidade. Há anos temos<br />

destinando recursos para esse projeto tão bonito que<br />

agora toma forma para se tornar um dos cartões-postais<br />

mais visitados”, ressaltou o prefeito.<br />

A Secretária Adjunta de Esporte, Silmara Ciampone,<br />

também agradeceu a todos os presentes e aos<br />

colaboradores da obra. “Esse evento marca uma nova<br />

realidade na nossa cidade e fará a vida de muitas pessoas.<br />

Franco da Rocha não é mais uma cidade-dormitório,<br />

ela acordou, é a cidade da atividade física,<br />

do esporte e do lazer. Agradeço a todos professores<br />

do esporte que colaboraram para essa obra, aos secretários,<br />

nosso prefeito Kiko e tantos outros que nos<br />

ajudaram.”<br />

A PRAÇA<br />

SEDIARÁ A<br />

PRÓXIMA EDIÇÃO DO<br />

CAMPEONATO<br />

BRASILEIRO DE SKATE<br />

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56 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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EVENTO<br />

PORTAS<br />

ABERTAS<br />

AOS NEGÓCIOS<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

O ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA<br />

DA PORTA REUNIU QUEM ENTENDE DO<br />

ASSUNTO PARA DESENVOLVER AINDA MAIS<br />

ESSE MERCADO NO BRASIL<br />

58 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


F<br />

abricantes de portas,<br />

acessórios, serviços e equipamentos<br />

para este setor<br />

estiveram reunidos em<br />

Curitiba (PR), entre os dias<br />

12 e 14 de junho. O Encapp (Encontro<br />

da Cadeia Produtiva da Porta), evento<br />

promovido pela Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente), reuniu<br />

arquitetos, engenheiros, construtoras<br />

e consumidores finais. O objetivo foi<br />

alcançado, durante os três dias de<br />

encontro, foram apresentadas novas<br />

soluções de produtos, além de materiais<br />

e tecnologias para o produto em<br />

madeira. A quarta edição da feira ainda<br />

contou com roda de networking,<br />

palestras e muito mais. Confira o que<br />

as empresas expositoras comentaram<br />

sobre o evento.<br />

JULHO <strong>2019</strong> 59


60 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


JULHO <strong>2019</strong> 61


62 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


JULHO <strong>2019</strong> 63


64 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


OPORTUNIDADE<br />

INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />

São Paulo - Vale do Paraíba<br />

Próxima ao modal ferroviário para<br />

exportação pelo porto de Santos.<br />

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coberta, 230.000 m de área de pátios,<br />

pronta para operar, L.O Cetesb.<br />

Dispomos de complexo industrial com todos equipamentos novos (sem uso),<br />

instalados para venda ou parcerias com empresários experimentes:<br />

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- 3 Estufas com caldeira - capacidade para 150 m .<br />

- UTM com capacidade de 240 m por turno.<br />

- Sistema de silagem automática de distribuição de resíduos.<br />

- Usina de micronização de resíduos com extração de lignina<br />

para a fabricação de reboco acústico (inovação).<br />

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PAINÉIS HÍBRIDOS<br />

DE LÂMINAS E<br />

PARTÍCULAS DE MADEIRA<br />

PARA USO ESTRUTURAL<br />

Fotos: divulgação<br />

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />

LAURENN BORGES DE MACEDO<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />

VINICIUS BORGES DE MOURA AQUINO<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />

ANDERSON RENATO VOBORNIK WOLENSKI<br />

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />

RESUMO<br />

O<br />

uso de painéis de madeira tem ganhado<br />

destaque na indústria da construção<br />

civil. Os painéis MDP não atingem<br />

requisitos estruturais, ao contrário<br />

dos painéis OSB e compensado. Uma<br />

alternativa a fim de aprimorar o uso de painéis de<br />

partículas de madeira consiste no reforço desses com<br />

lâminas de madeira (painéis híbridos). Esta pesquisa<br />

objetivou avaliar o potencial de uso de painéis híbridos<br />

fabricados com partículas e lâminas de madeira<br />

de Pinus sp. e com resina poliuretana bicomponente<br />

à base de óleo de mamona, obedecendo à norma<br />

Abnt NBR 14810-2.<br />

Os resultados das propriedades físicas e mecânicas<br />

foram comparados com os requisitos normativos<br />

para painéis OSB (EN 300) e compensados (DIN<br />

68792), e também com os resultados de painéis comerciais<br />

OSB e compensado. Os painéis híbridos<br />

atenderam os requisitos normativos para painéis<br />

comerciais OSB e compensado, indicados para uso<br />

estrutural.<br />

A análise estatística indicou a superioridade das<br />

propriedades físicas e mecânica dos painéis híbridos<br />

quando comparados com os resultados dos painéis<br />

OSB e compensado comerciais, resultado que<br />

também foi justificado pelo uso da resina à base de<br />

mamona.<br />

66 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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68 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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70 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2019</strong><br />

JULHO<br />

23 A 26<br />

FIEE<br />

LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />

WWW.FIEE.COM.BR<br />

AGOSTO<br />

7 A 9<br />

EXPOPAISAGISMO<br />

SÃO PAULO (SP)<br />

WWW.EXPOPAISAGISMO.COM.BR/<br />

PT-BR<br />

AGOSTO<br />

14 A 17<br />

TECNO MUEBLE<br />

INTERNACIONAL<br />

GUADALAJARA (MÉXICO)<br />

WWW.TECNOMUEBLE.COM.MX/<br />

AGOSTO<br />

19 A 22<br />

MERCOMÓVEIS<br />

CHAPECÓ (SANTA CATARINA)<br />

WWW.MERCOMOVEIS.COM.BR<br />

LIGNUM BRASIL<br />

11 A 13 DE SETEMBRO<br />

CURITIBA (PR)<br />

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AGOSTO<br />

22 A 24<br />

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DA MADEIRA. A CADA EDIÇÃO APRESENTA SOLUÇÕES, LANÇAMENTOS E TENDÊNCIAS<br />

PARA O SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO E FLORESTAL DE FORMA ESTÁTICA E<br />

DINÂMICA. EM SUA EDIÇÃO MAIS RECENTE, LIGNUM LATIN AMERICA (2017) REUNIU 86<br />

EXPOSITORES E 6.188 VISITANTES ALTAMENTE QUALIFICADOS, GERANDO MAIS DE R$<br />

98,2 MILHÕES EM VENDAS E PROSPECÇÕES.<br />

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CIDADE DO MÉXICO<br />

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SETEMBRO<br />

11 A 13<br />

BRASIL LOG<br />

JUNDIAÍ (SP)<br />

WWW.FEIRADELOGISTICA.COM<br />

OUTUBRO<br />

1 A 3<br />

TUBOTECH <strong>2019</strong><br />

SÃO PAULO (BRASIL)<br />

HTTP://TUBOTECH.COM.BR/16<br />

OUTUBRO<br />

8 A 10<br />

THE BUILD SHOW | UK<br />

CONSTRUCTION WEEK<br />

BIRMINGHAM (INGLATERRA)<br />

WWW.UKCONSTRUCTIONWEEK.<br />

COM/BUILD-SHOW<br />

72 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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ESPAÇO ABERTO<br />

A REFORMA<br />

E O PROFETA ISAÍAS<br />

E<br />

m 1936, Albert Jay Nock publicou um ensaio<br />

intitulado A Missão de Isaías, no qual há uma<br />

passagem que lembra a reforma da Previdência.<br />

Durante o reinado do rei Uzias, século 7 a.C.,<br />

Deus teria instruído Isaías para que fizesse uma<br />

profecia a seu povo, nos seguintes termos: “Diga a eles o<br />

que está errado e porquê. E o que lhes acontecerá se não<br />

houver uma mudança profunda em sua maneira de agir<br />

e de pensar. Fale francamente. Deixe claro que esta é a<br />

última chance. Fale firme e insista até que eles compreendam”.<br />

Isaías ficou apreensivo quando o Senhor acrescentou:<br />

“Devo dizer-lhe que isto de nada adiantará. As elites e os<br />

intelectuais desprezarão suas advertências; as massas não<br />

lhe darão ouvidos e, provavelmente, você terá sorte se conseguir<br />

sair vivo disso.”<br />

Assustado, Isaías perguntou por que deveria dar-se<br />

ao trabalho de fazer tal profecia, se ninguém lhe daria importância.<br />

O Senhor respondeu: “Entenda bem: existem<br />

sempre os remanescentes que você nem conhece e a respeito<br />

de quem você nada sabe. Eles são humildes, desorganizados<br />

e aparentemente desinteressados. Precisam ser<br />

encorajados, porque quando tudo der errado serão eles<br />

que retornarão e construirão uma nova sociedade e, até<br />

que isso ocorra, sua pregação servirá para lhes manter vivo<br />

o interesse e a esperança. Sua tarefa é cuidar desses remanescentes.<br />

Agora vá e dê cabo de sua missão”.<br />

A previdência social brasileira foi estruturada a partir<br />

dos anos 1940, quando a expectativa média de vida ao nascer<br />

era de 45 anos e apenas 1% dos trabalhadores tinham<br />

registro em carteira de trabalho, que havia sido criada em<br />

1932, por Getúlio Vargas. O mercado de trabalho e nos<br />

anos 1960 havia oito trabalhadores contribuindo com o Inss<br />

para cada aposentado. Hoje, a relação é de 1,8 trabalhadores<br />

ativos para cada aposentado, e a expectativa média de<br />

O TETO DO INSS EM <strong>2019</strong><br />

É DE R$ 5,8 MIL, E ESSE É<br />

O VALOR MÁXIMO DE UM<br />

APOSENTADO DO SETOR PRIVADO,<br />

MESMO QUE ELE GANHE R$ 30 MIL<br />

DE SALÁRIO NA ATIVA<br />

POR<br />

JOSÉ PIO<br />

MARTINS<br />

ECONOMISTA<br />

E REITOR DA UP<br />

(UNIVERSIDADE<br />

POSITIVO)<br />

vida já passa dos 75 anos. Da forma como está, a previdência<br />

dos empregados privados faliu estruturalmente.<br />

O país criou um segundo regime previdenciário, diferente,<br />

para os funcionários do setor estatal, nele incorporou<br />

os defeitos do sistema previdenciário privado e adicionou<br />

outros defeitos, como aposentadorias para servidores com<br />

idade precoce e que irão viver 30 ou mais anos recebendo<br />

salário integral, pensões por morte, como não há em quase<br />

nenhum país adiantado do mundo e outros benefícios que<br />

abocanham expressiva parcela dos tributos que deveriam ir<br />

para a infraestrutura e para os serviços públicos.<br />

Um amigo funcionário público aposentou-se recentemente,<br />

aos 54 anos, recebendo o teto de R$ 33,7 mil. Eu<br />

disse a ele: “A culpa não é sua, claro, afinal você fez concurso<br />

e a legislação sobre aposentadoria do servidor público<br />

aí está.” Ele pode viver mais 30 anos e receberá R$ 33,7<br />

mil de salário pelo resto da vida, e esse foi o teto do salário<br />

dele nos últimos cinco anos, pois ao ingressar na carreira o<br />

salário era bem menor. Se ele fosse um trabalhador privado,<br />

o valor máximo que receberia do Inss é de R$ 5,8 mil,<br />

que é o teto de <strong>2019</strong>.<br />

O teto do Inss em <strong>2019</strong> é de R$ 5,8 mil, e esse é o valor<br />

máximo de um aposentado do setor privado, mesmo que<br />

ele ganhe R$ 30 mil de salário na ativa, tenha contribuído<br />

com 11% ao Inss sobre R$ 5,8 mil e o patrão contribuído<br />

com 20% sobre os R$ 30 mil.<br />

A junção dos dois sistemas previdenciários – dos trabalhadores<br />

privados e do funcionalismo estatal – tornou-se<br />

um desastre em pleno fim da segunda década do século<br />

21, tanto por seus defeitos quanto pelo fato de ter mudado<br />

a pirâmide etária, pelas pessoas estarem vivendo muito<br />

mais e porque ambas as previdências são compulsoriamente<br />

geridas pelo setor estatal. Portanto, mesmo correndo o<br />

risco atribuído por Deus ao profeta Isaías, é preciso falar<br />

às massas que ou o país conserta esse problema agora ou<br />

nossos filhos e netos pagarão a conta de nossa omissão.<br />

Foto: divulgação<br />

74 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>


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