*Julho/2019 - Referência Industrial 209
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ACORDOS COMERCIAIS - abertura econômica e parcerias devem alavancar o setor industrial<br />
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INDUSTRIAL<br />
58<br />
<strong>2019</strong><br />
32<br />
48<br />
SUMÁRIO<br />
38<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Alca Máquinas 02<br />
Cerumaq 31<br />
Dallabona Máquinas 69<br />
DRV Ferramentas 21<br />
Engecass 19<br />
Fenasucro 29<br />
Fezer 43<br />
Fort House 65<br />
Gaidzinski 09<br />
Impacto 51<br />
Lignum 27<br />
Linck 15<br />
Máquinas Águia 75<br />
Mendes Máquinas 07<br />
Metalcava 57<br />
Mill Indústrias 23<br />
Mill Indústrias 71<br />
Mill Indústrias 76<br />
MSM Química 11<br />
Omil 47<br />
Rotteng 53<br />
Siempelkamp 05<br />
Unesa Máquinas 41<br />
Vantec 17<br />
SUMÁRIO<br />
04 Editorial<br />
06 Cartas<br />
08 Bastidores<br />
10 Coluna Flavio C. Geraldo<br />
12 Notas<br />
20 Aplicação<br />
22 Frases<br />
24 Entrevista<br />
30 Coluna Abimci Paulo Pupo<br />
32 Principal Qualidade e confiança<br />
38 Construção Civil<br />
44 Marcenaria<br />
48 Economia Passaporte para o mundo<br />
54 Madeira Tratada<br />
58 Evento<br />
66 Artigo<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
JULHO <strong>2019</strong> 03
0 0 2 0<br />
EDITORIAL<br />
MATERIAL<br />
DO FUTURO<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
ACORDOS COMERCIAIS - abertura econômica e parcerias devem alavancar o setor industrial<br />
QUALITY AND<br />
CONFIDENCE<br />
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QUALIDADE<br />
E CONFIANÇA<br />
EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES<br />
DE ALTO PADRÃO<br />
A<br />
madeira é o material do futuro. Com o<br />
desenvolvimento das novas tecnologias<br />
nas indústrias madeireira e construção civil,<br />
o material voltou a ser a ‘bola da vez’ em<br />
diversos setores industriais. Prova disso é<br />
que o número de casas de madeira construídas nos EUA<br />
(Estados Unidos da América) e na Europa tem crescido a<br />
cada ano. Pensando nisso, na editoria Construção Civil,<br />
trazemos as vantagens e características do uso da madeira<br />
nas mais diversas residências. Já na entrevista desta<br />
edição, conversamos com o professor José Portocarrero,<br />
que contou sobre a disciplina de Arquitetura em Madeira<br />
que ministra na Ufmt (Universidade Federal do Mato<br />
Grosso). Além disso, trazemos reportagens exclusivas<br />
nas tradicionais editorias de Marcenaria e Madeira Tratada.<br />
Tenha uma ótima leitura!<br />
A CAPA DESTA EDIÇÃO<br />
TRAZ EQUIPAMENTO PARA<br />
MANIPULAÇÃO DE MADEIRA<br />
PRODUZIDO PELA CERUMAQ<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXI - EDIÇÃO <strong>209</strong> - JULHO <strong>2019</strong><br />
Ano XXI • N°<strong>209</strong> • Julho <strong>2019</strong><br />
9 77 2 3 5 9 4 6 6 0 7 3 9<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
W<br />
ood is the material of the future. With<br />
the development of new technologies<br />
in the forest product and building<br />
construction industries, wood has once<br />
again become the “with-it” material in<br />
various industrial sectors. Proof of this is that the number<br />
of wood houses built in the United States and Europe<br />
has grown each year. With that in mind, in the Building<br />
Construction Section, we provide you with the advantages<br />
and characteristics of the various uses of wood in<br />
homes. In this issue’s interview, we speak with Professor<br />
José Portocarrero, who tells us about the Wood in Architecture<br />
discipline that he teaches at the Federal University<br />
of Mato Grosso (Ufmt). Also, we have exclusive stories<br />
in our traditional Woodworking and Treated Wood Sections.<br />
Pleasant reading!<br />
04<br />
THE MATERIAL OF<br />
THE FUTURE<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong><br />
Redação / Writing - Rafael Macedo / Editor<br />
editor@revistareferencia.com.br<br />
Colunista / Columnist<br />
Flavio C. Geraldo<br />
Paulo Pupo<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />
Tainá Carolina Brandão<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
Cassiele Ferreira - Supervisão<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
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and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
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IMPOSTOS - Reforma tributária é fundamental para que o setor industrial retome crescimento<br />
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CARTAS<br />
CAPA DA EDIÇÃO 208 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JUNHO DE <strong>2019</strong><br />
CONSTRUÇÃO<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Ano XXI • N°208 • Junho <strong>2019</strong><br />
MARCENARIA<br />
Por Luciana Linhares -<br />
Registro (SP)<br />
Por Odete Miranda -<br />
Londrina (PR)<br />
Incrível a iniciativa da empresa canadense em<br />
construir um edifício com madeira. Materiais<br />
renováveis como esse precisam ser melhor<br />
explorados por esse setor. Excelente reportagem!<br />
Muito interessante o<br />
texto sobre os desafios<br />
para se vencer como<br />
empreendedor. Meu<br />
marido possui uma<br />
marcenaria e é um<br />
desafio diário, com<br />
preços muito altos de<br />
materiais e as margens<br />
de lucro cada vez mais<br />
baixas.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
IMPOSTOS<br />
Por Fábio Malaquias -<br />
Poços de Caldas (MG)<br />
QUALIDADE<br />
Por José Carlos Vidor -<br />
São Miguel do Oeste (SC)<br />
Parabéns pela matéria<br />
sobre os impasses da<br />
Reforma Tributária no<br />
Brasil. Esse é um assunto<br />
fundamental para o<br />
país, que não tem sido<br />
tratado da forma com<br />
que merece. Vamos torcer<br />
para que isso mude nos<br />
próximos anos!<br />
Parabenizo a reportagem sobre a Contraco,<br />
empresa que sempre forneceu produtos<br />
de qualidade, publicada na edição 207 da<br />
revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSA PÁGINA referenciamadeira<br />
06<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
Mendes Máquinas, representante exclusivo<br />
Nicholson no Brasil, Uruguai e Argentina<br />
A Nicholson sempre foi a nossa referência mundial no desenvolvimento e fabricação de<br />
descascadores e por esse motivo sempre buscamos levar seus produtos juntos às nossas linhas<br />
de serrarias. Nossa empresa compartilha princípios como: qualidade superior e foco total no cliente.<br />
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ENCAPP <strong>2019</strong><br />
A REFERÊNCIA INDUSTRIAL PARTICIPOU DA IV EDIÇÃO DO ENCAPP<br />
(ENCONTRO DA CADEIA PRODUTIVA DE PORTAS), EM CURITIBA (PR).<br />
CONFIRA A COBERTURA COMPLETA NESTA EDIÇÃO.<br />
Caetano Balvedi Neto, Valeria Brizola,<br />
Daniel Pscheidt e Fábio Machado<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Tainá Brandão do departamento de marketing da<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL, ao lado da equipe da Hagga:<br />
Leandro Campos Hottz, Cleo Finetto e Ronaldo Frottê<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
ALTA<br />
CONFIANÇA INDUSTRIAL<br />
A confiança dos empresários na indústria<br />
da construção apresentou melhora em<br />
junho, após cinco meses de queda. De<br />
acordo com levantamento recentemente<br />
pela CNI (Confederação Nacional da<br />
Indústria), o Icei-Construção (Índice de<br />
Confiança do Empresário da Construção)<br />
subiu para 57 pontos. Com a alta de 1,2<br />
ponto em relação a maio, o índice está<br />
3,7 pontos acima da média histórica, que<br />
é de 53,3 pontos. Os dados constam<br />
da Sondagem Indústria da Construção.<br />
Com indicadores de confiança que variam<br />
de zero a 100 pontos, esse índice,<br />
quando acima de 50 pontos, demonstra<br />
confiança por parte do empresariado. Na<br />
avaliação da CNI, o aumento do otimismo<br />
se deve à melhora das perspectivas<br />
dos empresários em relação ao desempenho<br />
das empresas e da economia nos<br />
próximos 6 meses.<br />
BAIXA<br />
GÁS NATURAL<br />
Amplamente debatido pelo<br />
governo Jair Bolsonaro, o preço<br />
do gás natural tem emperrado o<br />
desenvolvimento da indústria nacional<br />
na última década. O atual<br />
valor do produto é o mais alto dos<br />
últimos seis anos, quando o MME<br />
(Ministério de Minas e Energia)<br />
começou a definir valores para a<br />
venda do combustível por parte<br />
de distribuidoras. O crescimento<br />
do preço do gás natural se deu<br />
pela alta variação do câmbio, fator<br />
preponderante também para o<br />
valor da gasolina e do diesel. Mas,<br />
no caso do gás, os reajustes são<br />
trimestrais e baseados na variação<br />
de trimestres anteriores, comprometendo<br />
ainda mais o repasse da<br />
queda das cotações internacionais<br />
no último trimestre.<br />
08<br />
referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
COLUNA<br />
CHAMA O SÍNDICO!<br />
NÃO NEGAMOS NOSSOS PROBLEMAS, MAS É IMPORTANTE RECONHECER AS AÇÕES DO BRASIL EM PROL DA SUSTENTABILIDADE<br />
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HIDRELÉTRICO, O BRASIL TEM VENTO E<br />
INCIDÊNCIA DE LUZ SOLAR SUFICIENTES<br />
PARA APROVEITAR AS FONTES<br />
RENOVÁVEIS E SE LIVRAR DE VEZ DOS<br />
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS<br />
D<br />
urante a cúpula do G-20 em Osaka a chanceler<br />
alemã, Angela Merkel, sinalizou que tinha a intenção<br />
de chamar o presidente do Brasil na “xinxa”,<br />
com o objetivo de cobrar algumas medidas<br />
relacionadas às políticas ambientais no nosso<br />
país. Deu a impressão que, por ser a Alemanha o segundo<br />
maior doador do Fundo Amazônia, com aportes de R$ 192,6<br />
milhões até o momento, a chanceler encarava o Brasil como<br />
sendo ainda um país colonial submisso aos países mais desenvolvidos.<br />
Claro que não negamos nossos problemas com o desmatamento<br />
descontrolado e que devemos a cada dia nos preocupar<br />
com medidas corretivas para o bem da conservação de<br />
qualquer um dos nossos biomas. No entanto, a Merkel e seus<br />
assessores deveriam antes saber que o Brasil mantém uma<br />
área destinada à preservação e proteção da vegetação nativa<br />
que corresponde a pouco mais de 66% do seu território, o que<br />
equivale a mais de quinze vezes o espaço territorial alemão.<br />
Na União Europeia, a vegetação nativa ocupa 0,3% do território,<br />
além de apresentar baixa biodiversidade.<br />
Antes de se arvorar como xerife do meio ambiente, a<br />
Merkel deveria considerar que nossa matriz energética é 44%<br />
renovável, graças à cana- de-açúcar, que é hoje a nossa segunda<br />
maior fonte de energia, com 17% da oferta da energia primária,<br />
menor apenas do que o petróleo. Além de ter umas das<br />
Foto: divulgação<br />
matrizes energéticas mais limpas, com alto aproveitamento<br />
hidrelétrico, o Brasil ainda tem vento e incidência de luz solar<br />
suficientes para aproveitar as fontes renováveis e se livrar de<br />
vez dos combustíveis fósseis.<br />
Por exemplo, as fontes renováveis seguem com ampla<br />
participação na matriz de capacidade instalada de geração de<br />
energia elétrica, representando 81,9% da capacidade instalada<br />
de geração e 87,8% da produção total verificada no país. No<br />
primeiro trimestre de <strong>2019</strong> o etanol utilizado puro ou em mistura<br />
com a gasolina pela frota flex já substituiu mais de 45%<br />
de toda a gasolina consumida no país, contribuindo de forma<br />
significativa na redução de emissões danosas ao ambiente. E o<br />
nosso biodiesel que hoje já substitui 10% do diesel base petróleo?<br />
Isso não conta?<br />
A Merkel poderia olhar com mais atenção alguns aspectos<br />
da política ambiental alemã, que utiliza energia elétrica a partir<br />
da queima de carvão e gás natural. Essa energia contribui para<br />
o marketing ambiental de seu país quando se falam em frota<br />
de veículos elétricos ditos limpos, omitindo também detalhes<br />
do sistema de produção de suas baterias, que necessitam de<br />
metais raros, cuja extração é bastante discutível do ponto de<br />
vista da sustentabilidade. Isto para não falar das limitações<br />
relacionadas ao descarte dessas baterias, verdadeiros lixos<br />
tóxicos. Por outro lado, os baixíssimos níveis de emissões de<br />
gases de efeito estufa pelos veículos que têm o etanol como<br />
combustível, em momento algum foram considerados.<br />
A Alemanha, assim como a França, cujo presidente também<br />
se arvora como paladino na defesa do meio ambiente,<br />
não estão dando ouvidos aos principais dirigentes das montadoras<br />
de veículos de seus países, quando afirmam que até os<br />
veículos movidos a diesel podem ser considerados mais limpos<br />
do que os movidos por eletricidade, cujos projetos e produção<br />
recebem subsídios altamente significativos desses governos.<br />
Puro marketing que se preocupa em atender pseudoambientalistas<br />
normalmente distantes do mundo real da engenharia e<br />
do meio ambiente, além de passionais. Esse tipo de discussão<br />
pode ir bem longe.<br />
Enquanto isso, no condomínio Planeta Terra, Angela<br />
Merkel atua como síndica, tendo o Emmanuel Macron como<br />
subsíndico. Tentam constranger outros moradores durante a<br />
assembleia dos condôminos, alegando que os mesmos estão<br />
indo contra as regras desse condomínio sem, no entanto, aceitarem<br />
que para chegar aonde chegaram muitas outras regras<br />
foram atropeladas por eles no passado. Tentam transferir responsabilidades,<br />
criando situações, nem sempre amparadas por<br />
dados reais, relativas a um passivo cujos transgressores não<br />
são os apontados por eles. E assim, fica a saudade do grande<br />
Tim Maia, considerado por Jorge Ben Jor como o síndico, que<br />
em uma interpretação inocente da letra da composição intitulada<br />
“W/Brasil – Chama o Síndico”, foi solicitado a intervir na<br />
remoção de uma escada, que aparentemente teria que ficar<br />
guardada para fora de um determinado edifício. Esses incômodos<br />
não ajudam em nada!<br />
10 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
NOTAS<br />
ABAIXO DA<br />
INFLAÇÃO<br />
O Incaf (Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal)<br />
cresceu abaixo da inflação no primeiro trimestre de <strong>2019</strong>.<br />
O Incaf subiu 0,5% no período, enquanto a inflação medida<br />
pelo Ipca (Índice Nacional de Preço ao Consumidor<br />
Amplo) ficou em 1,5%. No acumulado dos últimos 12 meses,<br />
o Incaf registra alta de 5,8%, contra uma variação de<br />
4,5% na inflação. Com o objetivo de mensurar a evolução<br />
dos custos da atividade florestal no Brasil, o Incaf é calculado<br />
pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e<br />
serviços de engenharia, e é divulgado trimestralmente. “A<br />
evolução dos custos da atividade florestal nesse início do<br />
ano está relacionado, principalmente, ao custo da mão de<br />
obra em função do reajuste anual do salário mínimo, ocorrido em janeiro”, explica Dominique Duly, gerente de consultoria<br />
em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil, e que coordena a elaboração do índice.<br />
NOVO COMITÊ<br />
A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente) anunciou a criação do Comitê<br />
de Pellets e Biomassa dentro da sua estrutura organizacional.<br />
O anúncio foi feito durante um encontro promovido<br />
pela entidade, que reuniu empresas do setor. O objetivo foi<br />
apresentar as ações desenvolvidas pela Abimci e um cenário<br />
macro das oportunidades para os fabricantes. De acordo<br />
com empresários do setor, os principais destinos de pellets<br />
são o agronegócio, principalmente a avicultura, alimentação<br />
e indústrias de forma geral. De acordo com dados apresentados<br />
pela Abimci e levantados com a FAO (Organização<br />
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o Brasil<br />
produziu em 2017 cerca de 470 mil toneladas de pellets. A<br />
maior parte foi destinada para a exportação, enviada principalmente<br />
para o Reino Unido, Itália, Dinamarca e França.<br />
Foto: divulgação<br />
EXPORTAÇÃO<br />
FLORESTAL CRESCE<br />
A exportação de produtos florestais cresceu 2,8% no<br />
primeiro trimestre de <strong>2019</strong>, alcançando R$ 2,5 bilhões<br />
no período, segundo o Boletim Cenários Ibá, produzido<br />
pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). O valor<br />
das exportações de produtos florestais subiu 2,3% em<br />
comparação com o primeiro trimestre de 2018. Nos<br />
primeiros três meses de <strong>2019</strong>, as negociações no comércio<br />
exterior atingiram US$ 2,8 bilhões. A representatividade<br />
da balança do setor também cresceu e somou<br />
5,2% do total das exportações brasileiras. No primeiro<br />
trimestre deste ano, a China permaneceu como<br />
principal mercado da celulose brasileira, recebendo<br />
US$ 856 milhões do produto. Já a América Latina foi<br />
o destino com maior compra de painéis de madeira<br />
(US$ 44 milhões) e papel (US$ 292 milhões).<br />
Foto: divulgação Foto: divulgação<br />
12 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
SERRADA<br />
TROPICAL CRESCE<br />
Foto: divulgação<br />
PADRÃO<br />
EUROPEU<br />
O Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte<br />
de Produtos Florestais) de Mato Grosso será<br />
analisado em estudo comparativo de acordo com<br />
os padrões internacionais de sustentabilidade de<br />
madeira nativa reconhecidos pelo mercado europeu.<br />
O objetivo é analisar todos os aspectos dos<br />
protocolos de controles mato-grossense e europeu<br />
identificando semelhanças e diferenças e avaliando<br />
a eficiência de ambos. Ao final, serão feitas recomendações<br />
para que o Sisflora atenda aos requisitos<br />
internacionais para a comercialização internacional<br />
de madeira nativa. O estudo é a primeira etapa<br />
de uma parceria firmada entre o Cipem (Centro das<br />
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de<br />
Mato Grosso) e a Iniciativa para o Desenvolvimento<br />
Sustentável com o objetivo de promover e valorizar<br />
o setor de base florestal de Mato Grosso.<br />
As importações norte-americanas de madeira tropical serrada<br />
aumentaram 22% em abril, recuperando o forte volume<br />
de importação visto no primeiro bimestre do ano. Os volumes<br />
de abril foram o segundo mais alto em mais de dois<br />
anos, com 22.960 m 3 (metros cúbicos), atrás apenas de janeiro<br />
deste ano. As importações de Acajou d’Afrique subiram<br />
61% em abril e são mais que o dobro do volume no mesmo<br />
período de 2018. As importações de Sapelli, teca, ipê, keruing<br />
e virola também melhoraram em abril e estão superando<br />
o total de 2018 no acumulado do ano. Já as importações<br />
de balsa caíram 27% em abril e estão 4% atrás do volume<br />
registrado no mesmo período em 2018.<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
PARCERIA<br />
A Nicholson Manufacturing Ltda tem o prazer de anunciar<br />
a nomeação da Mendes Máquinas como o representante<br />
exclusivo da companhia no Brasil, Uruguai e Argentina. “Nós<br />
aguardávamos por esse momento há muitos anos”, comemora<br />
André Mendes Fabris, presidente da Mendes Máquinas.<br />
“A Nicholson sempre foi nossa referência mundial no desenvolvimento<br />
e fabricação de descascadores e por esse motivo<br />
sempre buscamos levar seus produtos juntos às nossas linhas<br />
de serrarias. Nossas empresas compartilham princípios como<br />
qualidade superior e foco total no cliente. Essa parceria nos permitirá fortalecer nossa posição no mercado e melhorar ainda<br />
mais a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos clientes”, completa. Doug Jeffrey, presidente da Nicholson Manufacturing,<br />
também reforça a importância da parceria. “A Nicholson está muito contente em ser representada pela Mendes,<br />
uma das empresas de máquinas e equipamentos mais respeitadas da América do Sul. Através de sua rede no Brasil, Argentina<br />
e Uruguai, a Mendes encontra-se bem posicionada para realizar vendas, serviços e prestar suporte às nossas soluções.<br />
Com foco principal na entrega de produtos e serviços de qualidade superior ao cliente, a Mendes se alinha perfeitamente<br />
com a filosofia e compromisso da Nicholson, de fabricar e prestar suporte aos melhores descascadores do mundo”, conclui.<br />
JULHO <strong>2019</strong> 13
NOTAS<br />
SÃO BENTO DO SUL<br />
EM ALTA<br />
O polo moveleiro catarinense que reúne<br />
as cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho<br />
e Campo Alegre fechou o primeiro<br />
semestre de <strong>2019</strong> em alta. Com um avanço<br />
de 7,3% em relação ao mesmo período do<br />
ano passado, o crescimento do mercado da<br />
região superou os números de vendas internacionais<br />
no Brasil, que teve uma elevação<br />
de 0,8%, e no Estado de Santa Catarina,<br />
com 4,6%. O avanço representou cerca de<br />
US$ 74,160 milhões para a localidade, que é<br />
responsável por 22% das exportações moveleiras<br />
do Brasil.<br />
Foto: divulgação<br />
INDÚSTRIA<br />
PARANAENSE<br />
Em recente levantamento divulgado pelo Ibge (Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado do Paraná foi<br />
o que mais produziu no setor industrial durante os primeiros<br />
cinco meses de <strong>2019</strong>. O estudo apresenta um crescimento<br />
de 10,4%, quando comparado com o mesmo período do ano<br />
passado. O resultado é bastante superior à média nacional:<br />
no período, a indústria brasileira acumula queda de 0,7%.<br />
Além do Paraná, os outros dois Estados da região sul vêm registrando<br />
crescimentos na contramão da tendência do país.<br />
O Rio Grande do Sul teve aumento de 8,8% na produção industrial,<br />
enquanto em Santa Catarina a alta foi de 6,1%.<br />
ACORDO<br />
BILATERAL<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia<br />
deverá injetar cerca de U$ 115 milhões de dólares<br />
nos países componentes do bloco da América do Sul,<br />
como Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Foi<br />
o que defendeu o cônsul honorário da Alemanha em<br />
Curitiba (PR), Andreas Hoffrichter, em reunião mensal<br />
da Fiep na capital paranaense. Ele afirmou que a iniciativa<br />
irá criar ‘o maior bloco consumidor do mundo’.<br />
“Esse acordo sinaliza que o Brasil está disposto a mudar,<br />
já que é conhecido como um país protecionista.<br />
Também dá maior grau de previsibilidade nas relações<br />
econômicas entre os dois blocos, trazendo mais segurança<br />
para o investidor alemão e europeu”, explicou.<br />
14 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
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Inovação. Qualidade.<br />
Economia.<br />
MADE IN GERMANY
NOTAS<br />
PLANO DE<br />
FLORESTAS PLANTADAS<br />
O Pndf (Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas<br />
Plantadas) está previsto no decreto 4 nº 8.375, de 11 de<br />
dezembro de 2014, foi aprovado pelo Ministério da Agricultura<br />
em junho, visa mais 2 milhões de hectares plantados<br />
com florestas comerciais até 2030. O Pndf estabelece<br />
“os princípios e os objetivos da Política Agrícola para<br />
Florestas Plantadas relativamente às atividades de produção,<br />
processamento e comercialização dos produtos,<br />
subprodutos, derivados, serviços e insumos relativos às<br />
florestas plantadas.” O objetivo é definir linhas de ações<br />
para todos os atores setoriais, de forma que florestas plantadas<br />
gerem emprego e renda e também contribuam com<br />
o desenvolvimento humano e a qualidade ambiental do<br />
espaço rural brasileiro.<br />
Foto: divulgação<br />
BRASIL<br />
NA LIDERANÇA<br />
Com reflorestamento de espécies nativas e<br />
aumento das vendas de madeira certificada, o<br />
Brasil pode se tornar líder global de uma nova<br />
economia florestal. Para este objetivo, representantes<br />
de ONGs e empresas ligadas à exploração<br />
comercial e à certificação de madeiras<br />
estudam modelos de mercado que conciliam<br />
exportações, lucro e preservação das florestas.<br />
Uma vez restauradas, essas florestas também<br />
podem ser exploradas comercialmente, desde<br />
que haja um manejo adequado. “É preciso<br />
promover investimento em reflorestamento de<br />
florestas nativas que deem retorno financeiro”,<br />
afirma Miguel Calmon, do WRI Brasil. O WRI<br />
Brasil aponta que pelo menos trinta espécies<br />
nativas com valor econômico vêm sendo estudadas<br />
e que apresentam bom potencial para a<br />
Mata Atlântica e a Amazônia. Entre elas estão a<br />
castanha, o paricá, a araucária, o jequitibá rosa,<br />
o pau-brasil, os ipês e o mogno.<br />
Foto: divulgação<br />
MADEIRA<br />
NA CHINA<br />
O comércio de produtos de madeira da China<br />
continua a se expandir. O valor total do<br />
comércio de produtos de madeira do país<br />
subiu 6% em 2018, alcançando US$ 163,5 bilhões,<br />
segundo dados da Alfândega da China.<br />
Do total, o valor das exportações de produtos<br />
de madeira subiu 3% para US$ 81,6 e<br />
as importações cresceram 8% para US$ 83,7.<br />
Do valor total do comércio no ano passado,<br />
cerca de 27% foi de produtos de madeira<br />
(US$ 45,2 bilhões). O valor das exportações<br />
de móveis de madeira da China subiu 1%<br />
para US$ 22,9 bilhões. O valor de outros produtos de madeira, como as exportações de pisos, cresceu 12% para US$ 6,9 bilhões.<br />
As exportações de compensado da China foram 11,33 milhões de m 3 (metros cúbicos) no valor de US $ 5,546 bilhões.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
NOTAS<br />
INDÚSTRIA<br />
DE MÓVEIS<br />
A produção da indústria de móveis aumentou em maio.<br />
O nível de utilização da capacidade instalada cresceu<br />
0,5%, índice maior do que o obtido em maio de 2018<br />
que foi de 33,6%, segundo dados da pesquisa mensal da<br />
CNI (Confederação Nacional da Indústria). O crescimento<br />
acompanha a produção da indústria brasileira em geral:<br />
o nível de utilização da capacidade instalada cresceu 1%<br />
em relação a abril e ficou em 67%, índice maior que o<br />
registrado no mesmo mês dos quatro anos anteriores. Já<br />
a produção da indústria de móveis recuou 3,6% na comparação<br />
com abril e 6,9% na comparação com maio de<br />
2018. Ainda assim, a pesquisa da CNI mostra que houve<br />
melhora na expectativa de demanda do industrial de móveis,<br />
que subiu de 53,5% em maio de 2018 para 56,3% em<br />
maio deste ano.<br />
Foto: divulgação<br />
PLANO AGROFLORESTAL<br />
O Acre lançou o Plano Agroflorestal de <strong>2019</strong> para alavancar<br />
a economia do Estado. O plano entregou em tempo recorde<br />
171 licenças florestais que contemplam áreas como a agricultura,<br />
agroindústria, manejo florestal madeireiro, suinocultura,<br />
piscicultura, uso alternativo do solo, obras de infraestrutura,<br />
transporte, serviços e indústrias madeireiras e de transformação.<br />
As novas licenças deverão gerar mais de três mil postos<br />
de trabalho. Segundo o diretor-presidente do Imac (Instituto<br />
de Meio Ambiente do Acre), André Hassem, devido a<br />
entrega de um esforço concentrado de toda a equipe do<br />
Imac nos últimos cinco meses. “A presença de todos indica<br />
que estamos no caminho certo. Tenho certeza que, juntos,<br />
estamos elaborando aquilo que é o melhor para o nosso Estado,<br />
vamos buscar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo,<br />
respeitar o meio ambiente porque isso é possível. Será desta<br />
forma que vamos melhorar a vida da nossa população”, destacou<br />
o governador Gladson Cameli.<br />
Foto: divulgação<br />
POLO MOVELEIRO<br />
A Sepror (Secretaria de Estado da Produção Rural) do<br />
Amazonas confirmou a construção do Polo Moveleiro<br />
de Tabatinga. Localizado a 1105 km (quilômetros) de<br />
Manaus, o polo vai possibilitar a agregação de valor à<br />
madeira bruta comercializada pelo município e beneficiar<br />
diretamente cerca de 200 produtores de produtos<br />
de madeira de Tabatinga. A estrutura do polo inclui<br />
inicialmente a construção de três blocos de 283 m 2<br />
(metros quadrados), distribuídos em uma área total de<br />
46 mil m 2 . A expectativa é que posteriormente sejam<br />
construídas mais 12 estruturas, totalizando 15 galpões<br />
destinados à produção de móveis feitos de madeira<br />
manejada oriundas da região. Com orçamento de R$<br />
597.878, a previsão é de que a obra seja concluída em<br />
60 dias, a partir da assinatura da ordem de serviço.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
encantando
APLICAÇÃO<br />
VOO<br />
VIP<br />
Foto: divulgação<br />
Um dos mais modernos aeroportos do Brasil, o Afonso<br />
Pena, em Curitiba (PR), criou um lounge exclusivo com<br />
salas de espera, espaço para eventos e mostras de arte,<br />
aliando o conforto da madeira em um design moderno<br />
e despojado. Esse é o conceito do Break Travel Lounge,<br />
empreendimento de um grupo de empresários paranaenses,<br />
que traz uma estrutura inovadora na área do turismo<br />
e aviação civil no Brasil, sendo um complexo composto<br />
por salas VIPs, foyer de exposições e espaço de eventos,<br />
com uma área total de 830 m² (metros quadrados). Com<br />
mobiliário 100% desenvolvido pela Artefacto, o espaço<br />
é completamente diferente das salas convencionais de<br />
aeroportos espalhados pelo país. A arquitetura mais contemporânea<br />
é expressa nas linhas puras e em tons neutros<br />
de forma harmônica, usadas de forma inteligente e agradável.<br />
A escolha do piso vinílico amadeirado veio para<br />
oferecer conforto térmico e acústico e garantir a sensação<br />
de bem estar. “Minha intenção foi criar um momento de<br />
relaxamento antes do embarque com uma experiência revigorante,<br />
onde o conforto traz a plena sensação de estar<br />
em casa”, explica a arquiteta Talita Nogueira.<br />
CASA<br />
INTERLAGOS<br />
Um refúgio da modernidade e do caos das grandes cidades, sem abrir<br />
mão do conforto e da modernidade, embalado em ambientes aconchegantes<br />
e ‘calorosos’, usando e abusando das mais diversas espécies de<br />
madeiras: esse foi o objetivo do arquiteto David Bastos ao desenhar e<br />
executar as obras da Casa Interlagos, um recanto de puro bom gosto<br />
e ousadia, situado na praia de mesmo nome, um dos lugares mais paradisíacos<br />
da Bahia, no Nordeste brasileiro. Formado em arquitetura<br />
pela Universidade Federal da Bahia, David Bastos é um nome bastante<br />
conhecido na área por desenvolver projetos que combinam objetos antigos<br />
e modernos, criando ambientes únicos e cheios de personalidade.<br />
Em suas produções, é sempre possível ver nitidamente sua forma de<br />
pensamento: a informalidade, o respeito e o conforto. Na Casa Interlagos,<br />
não foi diferente. Nela, Bastos priorizou o uso da madeira tanto no<br />
interior da construção quanto na fachada, criando um ar de ‘pousada de<br />
férias’ em um imóvel que valoriza cada experiência do morador ou visitante.<br />
Com decks de madeira de pinus, pilastras e janelas de eucalipto,<br />
a Casa Interlagos é uma imersão simples e ligada à natureza e a todos<br />
os seus recursos.<br />
Foto: divulgação<br />
20 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
PREPARADA PARA O CRESCIMENTO<br />
DO MERCADO, A DRV INVESTE EM<br />
QUALIDADE, ESTOQUE E DIVERSIDADE<br />
DE PRODUTOS PARA TODo o SETOR<br />
FLORESTAL E INDUSTRIAL<br />
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dos diversos modelos e marcas<br />
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FRASES<br />
“COM A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO E A LIDERANÇA<br />
DO NOSSO BRASIL, O SÉCULO XXI TEM TUDO PARA SER O SÉCULO DA<br />
AMÉRICA DO SUL. VAMOS MUDAR OS RUMOS DA NOSSA HISTÓRIA”<br />
ESCREVEU VIA TWITTER JAIR BOLSONARO, SOBRE A MISSÃO DO<br />
PRESIDENTE BRASILEIRO Á FRENTE DO COMANDO DO BLOCO<br />
ECONÔMICO MERCOSUL, ASSUMIDO RECENTEMENTE<br />
“ESTAMOS<br />
DANDO UM<br />
“O BRASIL TEM AMPLIADO SUA COMPETITIVIDADE NOS<br />
CHOQUE DA<br />
PRINCIPAIS MERCADOS MUNDIAIS GRAÇAS AOS INVESTIMENTOS<br />
ENERGIA BARATA,<br />
DA INDÚSTRIA EM DESIGN, TECNOLOGIA, SUSTENTABILIDADE E<br />
QUEBRANDO UM<br />
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS CADA VEZ MAIS ARROJADOS<br />
DUPLO MONOPÓLIO,<br />
E INOVADORES. A PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA EM EVENTOS<br />
TANTO NA EXTRAÇÃO<br />
INTERNACIONAIS DE MÓVEIS E DESIGN, UM DOS PILARES DO<br />
E REFINO QUANTO<br />
PROJETO BRAZILIAN FURNITURE, TEM CONTRIBUÍDO DE FORMA<br />
NA DISTRIBUIÇÃO<br />
EXPRESSIVA PARA O REPOSICIONAMENTO DOS MÓVEIS NOS<br />
DO GÁS. VAMOS<br />
PRINCIPAIS MERCADOS COMPRADORES, EM ESPECIAL OS EUA<br />
REINDUSTRIALIZAR O<br />
(ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA”<br />
PAÍS EM CIMA DE ENERGIA<br />
BARATA. ESSA MAIOR<br />
MARISTELA C. LONGHI, PRESIDENTE DA ABIMÓVEL, SOBRE AS<br />
COMPETIÇÃO EM PETRÓLEO E<br />
EXPORTAÇÕES DO SETOR<br />
GÁS, ACELERAÇÃO DO RITMO<br />
DE EXTRAÇÃO DESSES RECURSOS<br />
NATURAIS VÃO ACABAR<br />
CHEGANDO NO BOTIJÃO DE GÁS<br />
“NÃO TEM NENHUMA MUDANÇA NA<br />
DA FAMÍLIA, DIMINUINDO EM 30%,<br />
POLÍTICA CAMBIAL, O QUE ESTAMOS<br />
40%, ATÉ 50% O CUSTO DO GÁS LÁ<br />
FAZENDO É SENDO MAIS ATIVOS NOS<br />
NO FINAL DA LINHA”<br />
DIFERENTES INSTRUMENTOS E REAGINDO<br />
À DIFERENÇA DE PRECIFICAÇÃO. SE O<br />
PREÇO NO FUTURO ESTÁ MUITO CARO EM<br />
PAULO GUEDES,<br />
MINISTRO DA<br />
RELAÇÃO AO SPOT (À VISTA), É UM TIPO DE<br />
ECONOMIA,<br />
PROTEÇÃO. SE TEMOS UM PROBLEMA NO<br />
SOBRE O<br />
CUPOM (CAMBIAL) OU UM PROBLEMA DE<br />
PREÇO DO<br />
BOTIJÃO DE<br />
LIQUIDEZ E ESTÁ PRECISANDO DE<br />
GÁS<br />
UMA LINHA PARA UMA ROLAGEM,<br />
OU ALGO ASSIM, É UM OUTRO TIPO DE<br />
INTERVENÇÃO.”<br />
Foto: divulgação<br />
ROBERTO CAMPOS NETO, PRESIDENTE DO<br />
BANCO CENTRAL, SOBRE A INTERVENÇÃO<br />
DO ÓRGÃO NO MERCADO DE CÂMBIO EM<br />
CASO DE PROBLEMA DE LIQUIDEZ OU DE<br />
DISTORÇÃO DOS PREÇOS RELATIVOS<br />
22 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
ENTREVISTA<br />
ENSINO<br />
DA MADEIRA<br />
TEACHING THE<br />
USE OF WOOD<br />
C<br />
om a crescente demanda por profissionais com experiência<br />
no manuseio e na inserção da madeira nos<br />
setores de arquitetura e design, as universidades<br />
brasileiras deverão investir nos próximos anos em<br />
novas disciplinas que saibam preparar os futuros trabalhadores<br />
para essa nova realidade. Esse é o caso da Ufmt (Universidade<br />
Federal do Mato Grosso), que criou uma cadeira que<br />
aborda a utilização desse material no mercado da arquitetura. A<br />
REFERÊNCIA INDUSTRIAL conversou com o arquiteto e urbanista,<br />
José Afonso Botura Portocarrero, responsável pelo projeto.<br />
Professor da instituição e doutor em Arquitetura, ele explicou<br />
como surgiu a ideia da disciplina e qual tem sido a reação dos<br />
alunos. Confira:<br />
ENTREVISTA<br />
I<br />
n the coming years, with the growing demand for professionals<br />
with experience in the handling and use of wood in<br />
Architecture and Design, Brazilian universities should invest in<br />
new disciplines that prepare future professionals for this new<br />
reality. This is the case of the Federal University of Mato Grosso<br />
(Ufmt), which created a discipline which discusses the use of this<br />
material in the architectural market. REFERÊNCIA <strong>Industrial</strong> talked to<br />
José Afonso Botura Portocarrero, architect and urbanist, responsible<br />
for the Project. Professor at Ufmt and Ph.D. in Architecture, he explained<br />
how the idea of the discipline came about and the reaction of the<br />
students. Check it out:<br />
Foto: Luiz Carlos Sayão<br />
JOSÉ AFONSO BOTURA<br />
PORTOCARRERO<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: DOUTOR EM ARQUITETURA PELA<br />
FAUUSP (FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)<br />
CARGO: PROFESSOR DA UFMT (UNIVERSIDADE FEDERAL DO<br />
MATO GROSSO)<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: PHD. IN ARCHITECTURE, FACULTY OF<br />
ARCHITECTURE AND URBAN STUDIES, UNIVERSITY OF SÃO PAULO (FAUUSP)<br />
FUNCTION: PROFESSOR, FEDERAL UNIVERSITY OF MATO GROSSO (UFMT)<br />
24 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 25
26 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
28 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
COLUNA ABIMCI<br />
O MOMENTO PARA UNIR A<br />
CADEIA PRODUTIVA DA MADEIRA<br />
NA SEMANA INTERNACIONAL DA MADEIRA TEREMOS ACESSO A UMA PROGRAMAÇÃO INTENSA COM A<br />
PARTICIPAÇÃO DE PALESTRANTES ALTAMENTE QUALIFICADOS EM RELAÇÃO AO MOMENTO DO SETOR<br />
Paulo Pupo<br />
Superintendente da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente<br />
Contato: abimci@abimci.com.br<br />
CONTRIBUIR PARA AS<br />
DISCUSSÕES É ALGO<br />
FUNDAMENTAL PARA QUEM PENSA NA<br />
LONGEVIDADE DO SETOR MADEIREIRO<br />
E DE BASE FLORESTAL<br />
O<br />
s desafios que surgem a cada dia para o setor<br />
produtivo são inúmeros, já que as barreiras<br />
enfrentadas por quem está à frente de<br />
uma empresa parecem infindáveis. Incluem<br />
a árdua tarefa de gestão dos negócios,<br />
passando pela conjuntura econômica e política do país,<br />
até chegar ao complexo arranjo comercial dos mercados<br />
doméstico e internacional.<br />
E esse complexo ambiente de negócios exige cada<br />
vez mais serenidade, confiança e indiscutivelmente, mais<br />
conhecimento a cada dia que passa. Somos instigados<br />
forçosamente a entender mais de tudo o que nos cerca<br />
em nossas rotinas empresarias e de sermos mais participativos.<br />
E são muitas as oportunidades existentes para<br />
isso.<br />
Em setembro, teremos uma grande oportunidade<br />
para demonstrar a força do setor florestal e madeireiro.<br />
A realização de dois eventos internacionais na capital<br />
paranaense – a Semana Internacional da Madeira e o<br />
XXV Iufro (Congresso Mundial da União Internacional de<br />
Foto: divulgação<br />
Organizações de Pesquisa Florestal) – promete fazer de<br />
Curitiba o ambiente ideal para a troca de ideias, acesso a<br />
conteúdos relevantes, oportunidades de negócios e uma<br />
chance para fortalecer ainda mais a representatividade do<br />
setor no Brasil e no mundo.<br />
Na Semana Internacional da Madeira, de 10 a 13 de<br />
setembro, teremos acesso a uma programação intensa<br />
com a participação de palestrantes altamente qualificados<br />
em relação ao momento do setor. Serão eventos técnicos<br />
que unirão profissionais da silvicultura até a indústria de<br />
transformação para a troca experiências, discussão dos<br />
desafios, avaliação das tendências e proposição de soluções<br />
para as atividades do setor.<br />
Além disso, haverá um grande número de empresas<br />
expositoras na Feira Lignum Latin America, um espaço<br />
que irá reunir os decisores das empresas com fornecedores<br />
dessa grande cadeia. Um dos eventos mais prestigiados<br />
de toda a programação é o WoodTrade Brazil,<br />
promovido pela Abimci, em parceria com a Malinovski e a<br />
Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), com o objetivo<br />
de debater informações e avaliar o mercado, expectativas<br />
e principais desafios, e que, nesta terceira edição, irá<br />
apresentar os dados atualizados do Estudo Setorial <strong>2019</strong><br />
da Abimci, que será lançado em breve.<br />
Para complementar esse cenário de debates e construção<br />
de novos caminhos, de 29 de setembro a 5 de<br />
outubro de <strong>2019</strong>, será realizado o Congresso Mundial da<br />
Iufro, que acontece pela primeira vez na América Latina,<br />
que irá debater “Pesquisa Florestal e Cooperação para o<br />
Desenvolvimento Sustentável”. Uma oportunidade única<br />
para pesquisadores brasileiros terem acesso a pesquisas<br />
de todo o mundo.<br />
Será um evento único, que acompanhará as principais<br />
discussões contemporâneas que incluem a relação das<br />
florestas com as pessoas, mudanças climáticas, produtos<br />
florestais para um futuro mais verde, biodiversidade, serviços<br />
ambientais e invasões biológicas, interação com o<br />
solo e água.<br />
Sabemos que a rotina muitas vezes nos impede de ter<br />
uma visão macro do cenário no qual as empresas estão inseridas.<br />
Assim, participar de eventos de peso como esses<br />
traz uma nova ótica para problemas antigos. Contribuir<br />
para as discussões é algo fundamental para quem pensa<br />
na longevidade do setor madeireiro e de base florestal.<br />
Precisamos estar unidos e fortalecidos para avançarmos.<br />
30 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
PRINCIPAL<br />
QUALIDADE<br />
E CONFIANÇA<br />
EMPRESA RIOSULENSE ALIA PRODUÇÃO PRÓPRIA<br />
E TECNOLOGIA DE PONTA PARA CONQUISTAR<br />
O MERCADO BRASILEIRO E INDÚSTRIA MUNDIAL<br />
Fotos: divulgação<br />
32 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
CLASSIFICADOR<br />
DE TORAS<br />
F<br />
oi a partir da visão empreendedora de<br />
Jorge Luiz Cerutti que em 1995 foi fundada<br />
a Cerumaq Indústria de Máquinas.<br />
A empresa de Rio do Sul (SC) chegou ao<br />
mercado para oferecer soluções através de<br />
maquinários e equipamentos de alto padrão, qualidade<br />
técnica e segurança, superando as expectativas dos<br />
clientes que procuram por um serviço personalizado.<br />
Se inicialmente o empresário atuava com peças<br />
de reposição para o segmento de mineração, outro<br />
setor também era visualizado por ele, o madeireiro.<br />
“Fornecia soluções para mineradoras em Rondônia,<br />
Mato Grosso e Amazonas. E essa experiência me fez<br />
ver que o ramo madeireiro no Brasil era carente e<br />
necessitava de algumas melhorias, especialmente na<br />
parte de automação”, lembra Cerutti.<br />
QUALITY AND<br />
CONFIDENCE<br />
A COMPANY FROM RIO DO SUL IN THE STATE<br />
OF SANTA CATARINA COUPLES PRODUCTION<br />
AND STATE OF THE ART TECHNOLOGY TO<br />
CONQUER THE BRAZILIAN AND WORLD<br />
INDUSTRIAL MARKETS<br />
I<br />
t was from the entrepreneurial vision of Jorge<br />
Luiz Cerutti, who, in 1995, founded Cerumaq<br />
Indústria de Máquinas. The Company from Rio<br />
do Sul/SC entered the market to offer solutions<br />
through high standard machinery and equipment<br />
with technical quality and security, surpassing<br />
JULHO <strong>2019</strong> 33
34 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 35
36 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 37
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
38 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
CASA DE<br />
MADEIRA:<br />
VALE A PENA!<br />
IMPONENTES, ACONCHEGANTES E<br />
ECONÔMICAS, AS CASAS DE MADEIRA VOLTAM<br />
A MOSTRAR FORÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Fotos: divulgação<br />
JULHO <strong>2019</strong> 39
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Antes vistas como ultrapassadas e de<br />
difícil manutenção, a construção de<br />
casas de madeira têm crescido no Brasil,<br />
devido à volta da moda rústica e<br />
retrô e à fuga da tradicional construção<br />
de moradias de alvenaria. Muitos fatores também<br />
contribuíram para que a madeira voltasse a ser maciçamente<br />
usada nos projetos arquitetônicos residenciais.<br />
O primeiro deles é baixo custo de construção<br />
quando comparado ao concreto. Esse foi o principal<br />
argumento para que o empresário Dirceu Tavares escolhesse<br />
a madeira como matéria-prima de sua nova<br />
casa.<br />
“Após inúmeras pesquisas, descobri por acaso<br />
que essa era uma opção viável. A qualidade do material<br />
é ótima, sem contar a manutenção que é muito<br />
mais barata. Colocando na balança, o custo-benefício<br />
compensa muito”, explica Dirceu.<br />
CUSTOS DE UMA<br />
CASA DE MADEIRA<br />
PODEM SER ATÉ<br />
TRÊS VEZES MENORES QUE<br />
DE UMA CASA DE<br />
ALVENARIA<br />
40 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
ROBÔ ALIMENTADOR/DESC. A VÁCUO E PINÇAS<br />
Este equipamento foi desenvolvido para aumentar a capacidade produtiva do processo,<br />
eliminando assim mão de obra repetitiva. Sua capacidade pode atingir até 6 ciclos por minuto,<br />
camadas, peças ou fileiras. Neste processo as peças são seguradas (presas), lateralmente ou<br />
longitudinalmente, ou superiores por pinças, ventosas ou Grippers (para superfícies irregulares).<br />
chapas,<br />
portas e<br />
tábuas<br />
Rua Frederico Kuerten, 800 | Braço do Norte | SC | Brasil<br />
| + 55 48 3658-8008 |+ 55 48 3658-2818 |+ 55 48 3658-2834<br />
JULHO <strong>2019</strong> 41
42 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 43
MARCENARIA<br />
44 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
GESTÃO<br />
CONSCIENTE<br />
COM A CRIAÇÃO DE UM SETOR ESPECÍFICO DE MARCENARIA,<br />
PREFEITURA CATARINENSE DÁ PASSO PIONEIRO PARA A ECONOMIA<br />
DE RECURSOS PÚBLICOS<br />
Fotos: divulgação<br />
JULHO <strong>2019</strong> 45
MARCENARIA<br />
TODO TIPO DE MADEIRA<br />
É USADO, DESDE EMBUIA,<br />
EUCALIPTO E PINUS<br />
C<br />
onhecida por seus altos prédios e pela noite<br />
agitada de suas casas noturnas, Balneário<br />
Camboriú tem agora um novo motivo para<br />
orgulhar o estado de Santa Catarina.<br />
Com uma população de pouco mais de<br />
138 mil habitantes, a prefeitura se viu em uma encruzilhada:<br />
manter a austeridade em suas contas públicas,<br />
tendência em todo o país, e continuar expandindo seu<br />
sistema educacional, com a construção de diversas escolas<br />
e creches para a população.<br />
Para driblar esse cenário, o poder público investiu<br />
em maquinário e em profissionais para construir sua própria<br />
marcenaria, que irá fornecer integralmente todos<br />
os móveis para os educandários praianos. A oficina, que<br />
atende às demandas das escolas funciona anexa à sede<br />
da Secretaria de Educação, com dois marceneiros profissionais,<br />
que trabalham de segunda a sexta-feira, das 13h<br />
às 19h (horas).<br />
MÃO NA MASSA<br />
Mesas, armários, prateleira, gaveteiros e balcões,<br />
além da manutenção das peças já existentes nos prédios<br />
públicos, são desenvolvidos pelos profissionais da marcenaria<br />
e depois encaminhados às unidades de ensino.<br />
A confecção é feita por funcionários contratados pelo<br />
Executivo, sob a coordenação do diretor administrativo<br />
da Secretaria, José Olegário Bacca Júnior .<br />
“É uma iniciativa muito inteligente e, acredito, inédita<br />
no Brasil. Temos a oportunidade de produzir aqui no<br />
próprio município todo o mobiliário, economizando recursos<br />
públicos e gerando empregos para a população<br />
de Camboriú. E, mesmo com a alta demanda, esses profissionais<br />
trabalham com capricho e comprometimento”,<br />
pontua Olegário.<br />
O coordenador explica que todo o projeto foi desenvolvido<br />
pela equipe de obras públicas, que pretende<br />
expandir o projeto para os próximos anos. “Toda a<br />
mobília é fabricada no CTC (Centro de Treinamento Comunitário),<br />
da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão<br />
Social, para ser direcionada, em seguida, às Unidades<br />
de Saúde e outros setores da municipalidade. A equipe<br />
de confecção e distribuição é composta por 10 pessoas,<br />
46 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
Há 73 anos parceira<br />
do setor madeireiro<br />
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JULHO <strong>2019</strong> 47
ECONOMIA<br />
PASSAPORTE<br />
PARA<br />
O MUNDO<br />
Fotos: divulgação<br />
48 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
ACORDOS COMERCIAIS GLOBAIS SÃO<br />
ESSENCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO<br />
SETOR. MAS É PRECISO CAUTELA<br />
U<br />
ma abertura econômica via acordos comerciais,<br />
junto com a realização de reformas<br />
estruturais, é a maneira mais adequada<br />
de inserir o Brasil no mercado global,<br />
defendem especialistas. Mas o país ainda<br />
enfrenta problemas básicos como competitividade e<br />
infraestrutura.<br />
JULHO <strong>2019</strong> 49
ECONOMIA<br />
Foto: Alan Santos/PR - Agência Brasil<br />
Em recente estudo da Abimaq (Associação Brasileira<br />
da Indústria de Máquinas e Equipamentos), a instituição<br />
defende que “a inserção do Brasil no comércio global<br />
deve ser realizada via acordos comerciais, bilaterais,<br />
regionais ou multilaterais”. No documento, a Abimaq<br />
critica a falta de uma política estratégica, estruturada e<br />
coordenada de inserção do Brasil no comércio global.<br />
Na visão da entidade, uma abertura comercial unilateral<br />
reduziria o poder de barganha do Brasil em mercados<br />
onde há vantagem competitiva.<br />
De acordo com a secretária executiva do Mdic (Ministério<br />
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Yana<br />
Dumaresq, a questão não é se haverá uma estratégia<br />
de abertura, mas como isso será feito. “O Mdic entende<br />
que a forma é por meio de acordos comerciais. É um<br />
instrumento eficiente e previsível para o Estado”, defendeu<br />
durante evento promovido pela própria Abimaq.<br />
Um aprofundamento da abertura comercial também<br />
é defendido pelo vice-presidente da Fiesp (Federação<br />
das Indústrias do Estado de São Paulo), José Ricardo<br />
Roriz. Segundo ele, o aprofundamento da abertura comercial<br />
deve ocorrer de maneira negociada com o objetivo<br />
de promover o crescimento com maior agregação<br />
de valor nas cadeias produtivas brasileiras. “Estamos<br />
vendo, cada vez mais, uma primarização de nossas exportações”,<br />
alertou.<br />
CONEXÃO EUROPA<br />
O acordo comercial com a UE (União Europeia) é<br />
uma das expectativas para o aquecimento da balança<br />
comercial brasileira. Em junho, a União Europeia e o<br />
Mercosul selaram um tratado de livre comércio que vinha<br />
sendo esperado ao longo das últimas décadas. O<br />
acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza<br />
regulatória, como serviços, compras governamentais,<br />
facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias<br />
e fitossanitárias e propriedade intelectual.<br />
De acordo com estimativas do Ministério da Economia,<br />
ele “representará um incremento do PIB brasileiro<br />
de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$<br />
125 bilhões”, considerando a redução das barreiras não-<br />
-tarifárias e o aumento esperado na produtividade do<br />
país. Ainda segundo a entidade, há previsão de um aumento<br />
dos investimentos para o Brasil no mesmo período<br />
na ordem de US$ 113 bilhões. Já as exportações para<br />
a UE podem crescer quase US$ 100 bilhões até 2035.<br />
Segundo especialistas, o Brasil estava isolado no<br />
Mercosul, e com o acordo entre o Mercosul e a UE o<br />
país volta a se reintegrar no mapa do comércio mundial.<br />
“Nos últimos 20 anos, o Brasil negociou apenas três<br />
acordos comerciais, com Israel, com a Autoridade Palestina<br />
e com o Egito, quando o mundo inteiro, segundo<br />
a Organização Mundial do Comércio, negociou mais<br />
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JULHO <strong>2019</strong> 53
MADEIRA TRATADA<br />
MADEIRA E<br />
LAZER<br />
54 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
PREFEITURA DO<br />
INTERIOR DE<br />
SÃO PAULO<br />
APOSTOU<br />
NA MADEIRA<br />
TRATADA<br />
PARA A<br />
CONSTRUÇÃO<br />
DE PARQUE<br />
Fotos: divulgação<br />
JULHO <strong>2019</strong> 55
MADEIRA TRATADA<br />
I<br />
naugurado recentemente pela prefeitura de<br />
Franco da Rocha, no interior de São Paulo,<br />
o parque Benedito Bueno de Morais foi o<br />
grande presente para os mais de 120 mil habitantes,<br />
durante as comemorações do 72°<br />
aniversário do município.<br />
No palco da cerimônia de inauguração, diversas<br />
autoridades acompanharam a festa. O prefeito Kiko<br />
Celeguim, o medalhista olímpico Diego Hypólito,<br />
vereadores, secretários e moradores puderam conferir<br />
as novas instalações de lazer.<br />
A construção de uma área de entretenimento na<br />
região era uma antiga reivindicação dos franco-rochenses,<br />
que agora contam com playgrounds, pistas<br />
de skate, área de caminhada e barracas de comércio.<br />
“É uma conquista de toda a cidade. Há anos temos<br />
destinando recursos para esse projeto tão bonito que<br />
agora toma forma para se tornar um dos cartões-postais<br />
mais visitados”, ressaltou o prefeito.<br />
A Secretária Adjunta de Esporte, Silmara Ciampone,<br />
também agradeceu a todos os presentes e aos<br />
colaboradores da obra. “Esse evento marca uma nova<br />
realidade na nossa cidade e fará a vida de muitas pessoas.<br />
Franco da Rocha não é mais uma cidade-dormitório,<br />
ela acordou, é a cidade da atividade física,<br />
do esporte e do lazer. Agradeço a todos professores<br />
do esporte que colaboraram para essa obra, aos secretários,<br />
nosso prefeito Kiko e tantos outros que nos<br />
ajudaram.”<br />
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DA PORTA REUNIU QUEM ENTENDE DO<br />
ASSUNTO PARA DESENVOLVER AINDA MAIS<br />
ESSE MERCADO NO BRASIL<br />
58 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
F<br />
abricantes de portas,<br />
acessórios, serviços e equipamentos<br />
para este setor<br />
estiveram reunidos em<br />
Curitiba (PR), entre os dias<br />
12 e 14 de junho. O Encapp (Encontro<br />
da Cadeia Produtiva da Porta), evento<br />
promovido pela Abimci (Associação<br />
Brasileira da Indústria de Madeira<br />
Processada Mecanicamente), reuniu<br />
arquitetos, engenheiros, construtoras<br />
e consumidores finais. O objetivo foi<br />
alcançado, durante os três dias de<br />
encontro, foram apresentadas novas<br />
soluções de produtos, além de materiais<br />
e tecnologias para o produto em<br />
madeira. A quarta edição da feira ainda<br />
contou com roda de networking,<br />
palestras e muito mais. Confira o que<br />
as empresas expositoras comentaram<br />
sobre o evento.<br />
JULHO <strong>2019</strong> 59
60 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
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62 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 63
64 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
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para a fabricação de reboco acústico (inovação).<br />
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />
LAURENN BORGES DE MACEDO<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO<br />
VINICIUS BORGES DE MOURA AQUINO<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS<br />
ANDERSON RENATO VOBORNIK WOLENSKI<br />
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />
RESUMO<br />
O<br />
uso de painéis de madeira tem ganhado<br />
destaque na indústria da construção<br />
civil. Os painéis MDP não atingem<br />
requisitos estruturais, ao contrário<br />
dos painéis OSB e compensado. Uma<br />
alternativa a fim de aprimorar o uso de painéis de<br />
partículas de madeira consiste no reforço desses com<br />
lâminas de madeira (painéis híbridos). Esta pesquisa<br />
objetivou avaliar o potencial de uso de painéis híbridos<br />
fabricados com partículas e lâminas de madeira<br />
de Pinus sp. e com resina poliuretana bicomponente<br />
à base de óleo de mamona, obedecendo à norma<br />
Abnt NBR 14810-2.<br />
Os resultados das propriedades físicas e mecânicas<br />
foram comparados com os requisitos normativos<br />
para painéis OSB (EN 300) e compensados (DIN<br />
68792), e também com os resultados de painéis comerciais<br />
OSB e compensado. Os painéis híbridos<br />
atenderam os requisitos normativos para painéis<br />
comerciais OSB e compensado, indicados para uso<br />
estrutural.<br />
A análise estatística indicou a superioridade das<br />
propriedades físicas e mecânica dos painéis híbridos<br />
quando comparados com os resultados dos painéis<br />
OSB e compensado comerciais, resultado que<br />
também foi justificado pelo uso da resina à base de<br />
mamona.<br />
66 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
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68 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 69
70 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
JULHO <strong>2019</strong> 71
AGENDA<br />
AGENDA<br />
<strong>2019</strong><br />
JULHO<br />
23 A 26<br />
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AGOSTO<br />
7 A 9<br />
EXPOPAISAGISMO<br />
SÃO PAULO (SP)<br />
WWW.EXPOPAISAGISMO.COM.BR/<br />
PT-BR<br />
AGOSTO<br />
14 A 17<br />
TECNO MUEBLE<br />
INTERNACIONAL<br />
GUADALAJARA (MÉXICO)<br />
WWW.TECNOMUEBLE.COM.MX/<br />
AGOSTO<br />
19 A 22<br />
MERCOMÓVEIS<br />
CHAPECÓ (SANTA CATARINA)<br />
WWW.MERCOMOVEIS.COM.BR<br />
LIGNUM BRASIL<br />
11 A 13 DE SETEMBRO<br />
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SETEMBRO<br />
11 A 13<br />
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JUNDIAÍ (SP)<br />
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OUTUBRO<br />
1 A 3<br />
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SÃO PAULO (BRASIL)<br />
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OUTUBRO<br />
8 A 10<br />
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CONSTRUCTION WEEK<br />
BIRMINGHAM (INGLATERRA)<br />
WWW.UKCONSTRUCTIONWEEK.<br />
COM/BUILD-SHOW<br />
72 referenciaindustrial.com.br JULHO <strong>2019</strong>
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ESPAÇO ABERTO<br />
A REFORMA<br />
E O PROFETA ISAÍAS<br />
E<br />
m 1936, Albert Jay Nock publicou um ensaio<br />
intitulado A Missão de Isaías, no qual há uma<br />
passagem que lembra a reforma da Previdência.<br />
Durante o reinado do rei Uzias, século 7 a.C.,<br />
Deus teria instruído Isaías para que fizesse uma<br />
profecia a seu povo, nos seguintes termos: “Diga a eles o<br />
que está errado e porquê. E o que lhes acontecerá se não<br />
houver uma mudança profunda em sua maneira de agir<br />
e de pensar. Fale francamente. Deixe claro que esta é a<br />
última chance. Fale firme e insista até que eles compreendam”.<br />
Isaías ficou apreensivo quando o Senhor acrescentou:<br />
“Devo dizer-lhe que isto de nada adiantará. As elites e os<br />
intelectuais desprezarão suas advertências; as massas não<br />
lhe darão ouvidos e, provavelmente, você terá sorte se conseguir<br />
sair vivo disso.”<br />
Assustado, Isaías perguntou por que deveria dar-se<br />
ao trabalho de fazer tal profecia, se ninguém lhe daria importância.<br />
O Senhor respondeu: “Entenda bem: existem<br />
sempre os remanescentes que você nem conhece e a respeito<br />
de quem você nada sabe. Eles são humildes, desorganizados<br />
e aparentemente desinteressados. Precisam ser<br />
encorajados, porque quando tudo der errado serão eles<br />
que retornarão e construirão uma nova sociedade e, até<br />
que isso ocorra, sua pregação servirá para lhes manter vivo<br />
o interesse e a esperança. Sua tarefa é cuidar desses remanescentes.<br />
Agora vá e dê cabo de sua missão”.<br />
A previdência social brasileira foi estruturada a partir<br />
dos anos 1940, quando a expectativa média de vida ao nascer<br />
era de 45 anos e apenas 1% dos trabalhadores tinham<br />
registro em carteira de trabalho, que havia sido criada em<br />
1932, por Getúlio Vargas. O mercado de trabalho e nos<br />
anos 1960 havia oito trabalhadores contribuindo com o Inss<br />
para cada aposentado. Hoje, a relação é de 1,8 trabalhadores<br />
ativos para cada aposentado, e a expectativa média de<br />
O TETO DO INSS EM <strong>2019</strong><br />
É DE R$ 5,8 MIL, E ESSE É<br />
O VALOR MÁXIMO DE UM<br />
APOSENTADO DO SETOR PRIVADO,<br />
MESMO QUE ELE GANHE R$ 30 MIL<br />
DE SALÁRIO NA ATIVA<br />
POR<br />
JOSÉ PIO<br />
MARTINS<br />
ECONOMISTA<br />
E REITOR DA UP<br />
(UNIVERSIDADE<br />
POSITIVO)<br />
vida já passa dos 75 anos. Da forma como está, a previdência<br />
dos empregados privados faliu estruturalmente.<br />
O país criou um segundo regime previdenciário, diferente,<br />
para os funcionários do setor estatal, nele incorporou<br />
os defeitos do sistema previdenciário privado e adicionou<br />
outros defeitos, como aposentadorias para servidores com<br />
idade precoce e que irão viver 30 ou mais anos recebendo<br />
salário integral, pensões por morte, como não há em quase<br />
nenhum país adiantado do mundo e outros benefícios que<br />
abocanham expressiva parcela dos tributos que deveriam ir<br />
para a infraestrutura e para os serviços públicos.<br />
Um amigo funcionário público aposentou-se recentemente,<br />
aos 54 anos, recebendo o teto de R$ 33,7 mil. Eu<br />
disse a ele: “A culpa não é sua, claro, afinal você fez concurso<br />
e a legislação sobre aposentadoria do servidor público<br />
aí está.” Ele pode viver mais 30 anos e receberá R$ 33,7<br />
mil de salário pelo resto da vida, e esse foi o teto do salário<br />
dele nos últimos cinco anos, pois ao ingressar na carreira o<br />
salário era bem menor. Se ele fosse um trabalhador privado,<br />
o valor máximo que receberia do Inss é de R$ 5,8 mil,<br />
que é o teto de <strong>2019</strong>.<br />
O teto do Inss em <strong>2019</strong> é de R$ 5,8 mil, e esse é o valor<br />
máximo de um aposentado do setor privado, mesmo que<br />
ele ganhe R$ 30 mil de salário na ativa, tenha contribuído<br />
com 11% ao Inss sobre R$ 5,8 mil e o patrão contribuído<br />
com 20% sobre os R$ 30 mil.<br />
A junção dos dois sistemas previdenciários – dos trabalhadores<br />
privados e do funcionalismo estatal – tornou-se<br />
um desastre em pleno fim da segunda década do século<br />
21, tanto por seus defeitos quanto pelo fato de ter mudado<br />
a pirâmide etária, pelas pessoas estarem vivendo muito<br />
mais e porque ambas as previdências são compulsoriamente<br />
geridas pelo setor estatal. Portanto, mesmo correndo o<br />
risco atribuído por Deus ao profeta Isaías, é preciso falar<br />
às massas que ou o país conserta esse problema agora ou<br />
nossos filhos e netos pagarão a conta de nossa omissão.<br />
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