REVISTA SETCEPAR VII

COMJOVEM
Tiago Dallagrana
a situação foi caminhando para
um agravamento trágico, que
levou os autônomos, após inúmeras
tentativas de diálogo
com o governo sem sucesso, a
realizar a grande greve iniciada
em 21 de maio de 2018. O dia ficou
marcado como o início de
uma das maiores paralisações
da história do país, desta vez puxada
pelos caminhoneiros, mais
precisamente pelos terceiros,
que protestavam contra o preço
extremamente alto do diesel e
por uma melhor remuneração.
Esta paralisação trouxe novamente
um divisor de águas para
o transporte. A partir dela, sem
alternativas, o governo cedeu e
criou uma tabela estabelecendo
pisos mínimos para os fretes
prestados dentro do país, inviabilizando
para muitas empresas
seguir contratando autônomos.
Apesar da tabela gerar muita
polêmica desde a sua criação e
ainda não existir uma posição
definitiva quanto a sua permanência,
isto gerou um grande
movimento de compra de veículos
pelas transportadoras a
fim de voltar a operar com frota
própria. Isso, mesmo diante da
permanente insegurança jurídica,
juntamente com a praticamente
inexistente fiscalização
do governo das diversas regras
existentes, dentre eles até mesmo
a fiscalização da jornada de
trabalho dos motoristas. Tudo
isso indica que este será o novo
cenário.
Nesse sentido, se compreende
que, em um período de menos
de 7 anos, período este comtemplado
neste texto, é possível
observar que o segmento de
transporte e logística é extremamente
dinâmico e mutável,
onde as empresas que atuam
nele precisam ser como “camaleões”,
aptas a rápidas adaptações
perante os diferentes momentos
do mercado. Isso tudo
sem contar os diversos outros
problemas que convivem diariamente
em nosso país. Mas a
questão é: você está preparado?
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