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Crisântemo: do plantio à colheita

Destina-se aos acadêmicos do curso de agronomia e a produtores de crisântemo, contendo resultados relevantes originados das pesquisas que constituem informação para os professores e pesquisadores. Em adição, disponibiliza aos produtores, de forma direta e simples, as técnicas de manejo da cultura, no sentido de obterem maior produção com a qualidade exigida pelo mercado e com retorno financeiro satisfatório.

Destina-se aos acadêmicos do curso de agronomia e a produtores de crisântemo, contendo resultados relevantes originados das pesquisas que constituem informação para os professores e pesquisadores. Em adição, disponibiliza aos produtores, de forma direta e simples, as técnicas de manejo da cultura, no sentido de obterem maior produção com a qualidade exigida pelo mercado e com retorno financeiro satisfatório.

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A temperatura noturna ideal deve ser em torno de 18 o C: muito baixa ou muito<br />

alta também pode interferir na floração. A temperatura fora da faixa ideal interfere<br />

também na coloração das inflorescências. Temperatura elevada com elevada radiação<br />

proporciona tons mais claros; temperatura baixa, por sua vez, resulta em coloração<br />

rósea em inflorescências brancas e de cores claras.<br />

O crisântemo é uma planta de pleno sol, sen<strong>do</strong> que, em condições de<br />

dias longos, seu crescimento é bem maior que em dias curtos. Sob<br />

baixa intensidade luminosa, ocorre menor desenvolvimento, menor<br />

diferenciação de gemas vegetativas em reprodutivas, estiolamento e<br />

menor vida útil da flor cortada em pós <strong>colheita</strong>.<br />

Õ<br />

Mesmo sen<strong>do</strong> o crisântemo uma planta muito suscetível a <strong>do</strong>enças, é possível o<br />

seu cultivo em locais a céu aberto em perío<strong>do</strong>s mais secos. Recomenda-se o cultivo em<br />

casas-de-vegetação nos perío<strong>do</strong>s chuvosos. O cultivo sob casas de vegetação permite<br />

o controle local das condições climáticas e melhor manejo da umidade <strong>do</strong> solo em<br />

perío<strong>do</strong>s de chuvas fortes, ventos e granizos. Portanto, para um cultivo sem muitos<br />

riscos e garantia de melhor qualidade é mais indica<strong>do</strong> o cultivo <strong>do</strong> crisântemo em casasde-vegetação.<br />

1.1. Cultivo a céu aberto<br />

No inverno, devi<strong>do</strong> <strong>à</strong> tendência de escassez de chuvas, pode-se realizar o cultivo a<br />

céu aberto, porém somente em regiões não suscetíveis <strong>à</strong>s geadas e com temperaturas<br />

no inverno não limitantes ao crescimento e desenvolvimento das plantas.<br />

O cultivo a céu aberto é feito, frequentemente, por pequenos produtores e,<br />

casualmente, por grandes produtores nos perío<strong>do</strong>s de estiagem. Esse <strong>plantio</strong> possibilita<br />

ao produtor fazer o vazio sanitário das casas de vegetação nas áreas que apresentarem<br />

alto índice de <strong>do</strong>enças. Durante esse perío<strong>do</strong> é possível efetuar correções <strong>do</strong> solo e<br />

esterilização da área. O uso <strong>do</strong> cultivo possibilita otimizar a regularidade da produção<br />

durante os picos de demanda, de março a outubro.<br />

Para o cultivo a céu aberto nos perío<strong>do</strong>s chuvosos, o produtor deve ficar atento<br />

<strong>à</strong> escolha de solos mais arenosos e bem estrutura<strong>do</strong>s, para facilitar a drenagem, e<br />

escolher variedades mais tolerantes <strong>à</strong>s <strong>do</strong>enças e pragas. O <strong>plantio</strong> deve ser efetua<strong>do</strong><br />

com espaçamentos maiores para melhorar a aeração e secagem de folhas, que auxilia<br />

na redução das infecções por <strong>do</strong>enças fúngicas e bacterianas, e facilitar a penetração<br />

<strong>do</strong>s defensivos agrícolas para o controle químico das pragas e <strong>do</strong>enças.<br />

1.2. Cultivo sob casa de vegetação<br />

O cultivo protegi<strong>do</strong> requer maior investimento inicial, mas possibilita melhor<br />

qualidade e regularidade de produção por área, por meio <strong>do</strong> controle efetivo <strong>do</strong>s<br />

fatores de produção, como temperatura, umidade <strong>do</strong> solo e umidade relativa <strong>do</strong> ar, que<br />

estão diretamente liga<strong>do</strong>s <strong>à</strong> presença de <strong>do</strong>enças, além de reduzir a entrada de insetos<br />

pragas. Como se trata de uma cultura bastante suscetível <strong>à</strong>s <strong>do</strong>enças fúngicas, tanto<br />

da parte aérea quanto <strong>do</strong> colo e das raízes, a proteção contra as chuvas e facilidade de<br />

controle da irrigação acabam sen<strong>do</strong> necessários para o sucesso <strong>do</strong> empreendimento.<br />

A incidência de chuvas nas inflorescências é prejudicial, tornan<strong>do</strong>-as impróprias <strong>à</strong><br />

comercialização. Soma<strong>do</strong> a tu<strong>do</strong> isso, por haver necessidade de controle da floração<br />

pela iluminação, é recomendável que o sistema elétrico fique protegi<strong>do</strong> da incidência<br />

das chuvas e descargas elétricas.<br />

A construção de casas de vegetação requer um estu<strong>do</strong> inicial <strong>do</strong> local. Em regiões<br />

sujeitas a ventos fortes e frios, deve-se proteger as casas de vegetação com quebra-ventos<br />

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