Crisântemo: do plantio à colheita
Destina-se aos acadêmicos do curso de agronomia e a produtores de crisântemo, contendo resultados relevantes originados das pesquisas que constituem informação para os professores e pesquisadores. Em adição, disponibiliza aos produtores, de forma direta e simples, as técnicas de manejo da cultura, no sentido de obterem maior produção com a qualidade exigida pelo mercado e com retorno financeiro satisfatório.
Destina-se aos acadêmicos do curso de agronomia e a produtores de crisântemo, contendo resultados relevantes originados das pesquisas que constituem informação para os professores e pesquisadores. Em adição, disponibiliza aos produtores, de forma direta e simples, as técnicas de manejo da cultura, no sentido de obterem maior produção com a qualidade exigida pelo mercado e com retorno financeiro satisfatório.
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A NFT apresenta como vantagem a economia de água e nutrientes, que circulam<br />
em sistema fecha<strong>do</strong> e, portanto, são reutiliza<strong>do</strong>s. Isso faz com que os custos com água<br />
e fertilizantes sejam reduzi<strong>do</strong>s, além de diminuir a contaminação ambiental com<br />
nutrientes e pesticidas provenientes <strong>do</strong>s efluentes das casas de vegetação. Quanto<br />
<strong>à</strong> esterilização entre as <strong>colheita</strong>s, podem ser usa<strong>do</strong>s produtos pouco tóxicos, como o<br />
hipoclorito de sódio na concentração de 1000 mg L -1 <strong>do</strong> íon hipoclorito (ClO - ), seguida<br />
de enxágue.<br />
Em canais muito longos, ocorre a possibilidade de acúmulo de etileno causan<strong>do</strong><br />
morte das raízes, envelhecimento precoce das plantas e déficit de oxigênio, promovi<strong>do</strong><br />
pelo aquecimento da solução. Também há dificuldade de se fazerem reparos ou<br />
substituições de peças durante o cultivo, já que a circulação não pode ser interrompida,<br />
uma vez que as plantas não podem ficar sem água por muito tempo. A falta de energia<br />
elétrica nas horas mais quentes <strong>do</strong> dia pode levar a perdas irrecuperáveis.<br />
• Sistema de três fases<br />
Nesse sistema, há uma fase sólida, constituída <strong>do</strong> substrato, o qual é banha<strong>do</strong> pela<br />
fase líquida (SN) e onde se aloja a fase gasosa. São utiliza<strong>do</strong>s substratos quimicamente<br />
inertes ou com baixa capacidade de nutrição e que permitem controle mais eficiente<br />
da nutrição e da umidade das raízes das plantas. É comum o uso de areia, perlita, lã de<br />
rocha, argila expandida, cascalho e espumas sintéticas. Em adição, o substrato não deve<br />
se desintegrar para evitar entupimento <strong>do</strong>s dutos que conduzem a SN, que é fornecida<br />
via subirrigação, de forma recirculante.<br />
Os sistemas de três fases circulantes são monta<strong>do</strong>s na superfície das casas de<br />
vegetação, em canais abertos, os quais poderão ser de concreto ou material similar. Em<br />
geral, têm 0,80 m de largura por 30 a 35 m de comprimento e uma altura de 0,30 a 0,35<br />
m. O fornecimento da solução nutritiva pode ser feito por cano de PVC coloca<strong>do</strong> no<br />
fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> canal de cultivo e perfura<strong>do</strong> em toda a sua extensão. A drenagem pode ser<br />
feita pela mesma tubulação, por meio <strong>do</strong> uso de temporiza<strong>do</strong>res e válvulas solenoides.<br />
A circulação é feita por gravidade e, logo após, a solução é recolhida em um reservatório,<br />
de onde retorna aos canais ou aos tubos de cultivo por ação de uma bomba.<br />
Em sistemas de três fases não circulantes, a solução é fornecida por gotejamento.<br />
Podem ser monta<strong>do</strong>s em bancadas, na superfície total da casa de vegetação, em sacos<br />
plásticos ou em bolsões plásticos, também denomina<strong>do</strong>s slabs, usan<strong>do</strong> areia, turfa,<br />
serragem, cascas, lãs minerais ou fibra de coco como substratos. A solução nutritiva<br />
pode ser fornecida por gotejamento quan<strong>do</strong> o substrato é composto de partículas<br />
de pequeno diâmetro, cujo arranjo dá origem a microporos capazes de armazenar a<br />
solução nutritiva fornecida, ou seja, quan<strong>do</strong> o substrato se compõe de partículas com<br />
diâmetro de 3 a 6 mm. Partículas com diâmetro entre 12 e 30 mm prestam-se melhor<br />
para a subirrigação.<br />
Os sistemas que usam o gotejamento podem ser monta<strong>do</strong>s em sacos, bancadas<br />
(figura 2a) ou na superfície total da casa de vegetação (figura 2b). Em qualquer um <strong>do</strong>s<br />
casos, é necessário que tenham um sistema de drenagem para o descarte <strong>do</strong> excesso<br />
de solução. Quan<strong>do</strong> se usa a superfície total da casa de vegetação, deve-se sistematizar<br />
o solo, de mo<strong>do</strong> a ter declividade suficiente para a drenagem (1% a 2 %) em um <strong>do</strong>s<br />
senti<strong>do</strong>s. Em seguida, forra-se o solo com uma lona forte de vinil e, sobre ela, se colocam<br />
os tubos de drenagem perfura<strong>do</strong>s em sua metade inferior. Os tubos devem ser dispostos<br />
paralelamente e distancia<strong>do</strong>s de 2 a 3 m entre si, desaguan<strong>do</strong> em um canal coletor na<br />
extremidade mais baixa da casa de vegetação.<br />
O uso de brita fina recobrin<strong>do</strong> a tubulação de drenagem evita que as partículas finas<br />
<strong>do</strong> substrato (areia, por exemplo) entupam o sistema de drenagem. Sobre o sistema de<br />
drenagem coloca-se uma camada de cerca de 30 cm <strong>do</strong> substrato, que se queira utilizar<br />
como leito de cultivo e, sobre ele, o sistema de gotejamento.<br />
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