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NOVEMBRO.2019

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www.cldz.eu | LUSITANO DE ZURIQUE | NOVEMBRO 2019 | 31<br />

CULINÁRIA<br />

«Tripas à moda do Porto»<br />

é menos calórico que hambúrguer e batatas fritas<br />

As conclusões são de uma análise laboratorial<br />

da Faculdade de Ciências<br />

da Nutrição e Alimentação da Universidade<br />

do Porto (FCNAUP).<br />

A revelação é do diretor da FCNAUP à<br />

agência Lusa, a propósito da conferência<br />

«Redescobrir a Alimentação Tradicional<br />

Portuguesa», que se vai realizar no próximo<br />

domingo, dia 29, no Porto, no âmbito<br />

do Dia Nacional da Gastronomia.<br />

Na análise laboratorial efetuada na Universidade<br />

do Porto concluiu-se que 100<br />

gramas de tripas à moda do Porto têm<br />

menos quilocalorias do que um menu de<br />

fast-food com dose média de batatas fritas.<br />

Com a referida quantidade do prato vulgarmente<br />

conhecido no país como «dobrada<br />

com feijão», confecionada com<br />

enchidos magros, registam-se234 quilocalorias.<br />

Isto quer dizer que se ingerirmos<br />

cerca de 300 gramas daquelas tripas à<br />

moda do Porto, vamos acabar a refeição<br />

com uma porção de cerca de 700 quilocalorias,<br />

o que é um resultado “muito animador”,<br />

disse à Lusa o diretor FCNAUP.<br />

As conclusões da análise laboratorial da<br />

FCNAUP são ainda “mais entusiasmantes”<br />

se tivermos em conta que as quilocalorias<br />

do prato de tripas estudado com<br />

orelheira, mão de vaca, salpicão magro,<br />

cenoura, cominhos, feijão e pimenta,<br />

com 300 gramas são ainda mais baixas,<br />

do que uma refeição de hambúrguer e<br />

uma dose de batatas fritas média, que<br />

aponta para 850 quilocalorias, adiantou<br />

Pedro Moreira.<br />

Aproveitando o Dia Nacional da Gastronomia,<br />

a FCNAUP, para além de aflorar os<br />

temas “Redescobrir a Alimentação Tradicional<br />

Portuguesa” e “Da Idade do gelo à<br />

Francesinha”, pretende também valorizar<br />

a “gastronomia rústica” e as tradições<br />

alimentares locais, designadamente o<br />

azeite, vinhos, frutas e produtos locais, e,<br />

por outro lado, contrariar a “superabundância<br />

de alimentos ultra processados e<br />

ricos em açúcar, sal e gordura”.<br />

“Na gastronomia nacional existem autênticos<br />

tratados de combinações alimentares<br />

saudáveis, especialmente quando<br />

estas propostas são consideradas no<br />

conjunto da refeição, em que há que<br />

contar com a sopa e a sobremesa, para<br />

além do prato principal”, acrescentou Pedro<br />

Moreira, alertando que se deve fritar<br />

o menos possível os alimentos, porque<br />

“fritar muito poderá aumentar o risco de<br />

ganho de peso e de hipertensão” e pode<br />

também “agravar o envelhecimento”.<br />

O Dia Nacional da Gastronomia foi instituído<br />

em 2015 pela Assembleia da República<br />

Portuguesa.

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