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Jornal das Oficinas 168

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sachsprovenperformance.pt<br />

EM QUALQUER AMBIENTE. EM QUALQUER DESAFIO.<br />

O MÁXIMO DESEMPENHO<br />

SX_10556-849_Trade_Magazine_Advert_210x25mm_CMYK_201909_PT.indd 1 16/09/2019 14:54<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>168</strong><br />

Novembro 2019<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XV | 3 EUROS<br />

VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

REALIDADE<br />

ELETRIZante<br />

PÁG. 6<br />

EQUIP AUto<br />

PÁG. 12<br />

A 25.ª edição do certame francês<br />

dedicado ao aftermarket exibiu o<br />

bom momento de forma do setor<br />

entrevista<br />

PÁG. 38<br />

A rede Checkstar, da Magneti<br />

Marelli, entrou numa nova fase de<br />

vida. Juan Santos explica porquê<br />

mcoutinho Peças<br />

PÁG. 66<br />

A celebrar 20 anos, a empresa<br />

nasceu no universo de um grupo<br />

de concessionários de automóveis<br />

perda de brilho<br />

PÁG. 90<br />

A aplicação correta do verniz<br />

determinará, em grande medida,<br />

o aspeto final da reparação<br />

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Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

EDITOR EXECUTIVO<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

REDAÇÃO<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Joana Calado<br />

joana.calado@apcomunicacao.com<br />

DIRETOR COMERCIAL<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

GESTOR DE CLIENTES<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

IMAGEM<br />

António Valente<br />

MULTIMÉDIA<br />

Catarina Gomes<br />

ARTE<br />

Hélio Falcão<br />

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS<br />

E CONTABILIDADE<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

PERIODICIDADE<br />

Mensal<br />

ASSINATURAS<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta publicação,<br />

no seu todo ou em parte, sem a autorização<br />

prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

IMPRESSÃO<br />

Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A.<br />

Estrada Consiglieri Pedroso, 90<br />

2730 - 053 Barcarena Tel.: 214 345 400<br />

N.º de Registo na ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

Tiragem – 10.000 exemplares<br />

.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

EDIÇÃO<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade/Editor João Vieira -<br />

Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Contribuinte 510447953<br />

Sede Bela Vista Office, Sala 2.29,<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Tel. +351 219 288 052/4<br />

Fax +351 219 288 053<br />

Email geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no<br />

site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

SUCESSO<br />

GERA SUCESSO<br />

O<br />

novo ano está à porta e nunca, como antes, foi tão importante planificar o negócio. Dedique algum<br />

tempo a analisar o que está a fazer bem e o que está a fazer mal. Comece por elaborar um<br />

orçamento anual que abranja tanto as operações a realizar na oficina como os meios de produção<br />

de que dispõe. É um exercício fundamental que o ajudará a planificar o lucro que espera obter com<br />

a sua atividade de manutenção e reparação de veículos. Invista num bom software de gestão que<br />

permita medir e monitorizar to<strong>das</strong> as áreas do negócio. Graças a esta ferramenta, poderá rastrear facilmente os<br />

processos, as tarefas e o desempenho da equipa, o que significa melhor e maior controlo sobre os trabalhos e a<br />

organização da oficina.<br />

Pense igualmente na forma como os seus clientes o veem. Referimo-nos à imagem <strong>das</strong> suas instalações e à sinalética<br />

exterior, mas, também, e não menos importante, à imagem interior, à limpeza <strong>das</strong> instalações, à seleção<br />

de material de leitura e à qualidade do chá e do café que disponibiliza. Todos estes fatores criam uma perceção<br />

do seu negócio para os clientes. Mantenha-se atualizado com a tecnologia automóvel em constante mudança e<br />

perceba a forma como o conceito de propriedade do veículo está a mudar para novas<br />

formas de mobilidade. É importante perceber o impacto destes fatores<br />

no seu negócio e planear antecipadamente as ações necessárias.<br />

Deixe que os clientes o conheçam melhor. Aumente a comunicação<br />

com eles, mas apenas quando tiver algo útil para lhes transmitir.<br />

Explique o que lhes pode proporcionar que seja do seu interesse,<br />

destaque novos investimentos feitos por si que os beneficiem<br />

diretamente ou quaisquer ofertas apropria<strong>das</strong> relaciona<strong>das</strong> com<br />

eles: Por outras palavras, ao enviar uma carta, um email ou fazer<br />

um post, certifique-se que a informação transmitida é interessante<br />

para os clientes, para que estes leiam a comunicação e não<br />

a considerem “lixo”.<br />

Defina os seus preços de forma a refletir o valor do produto e do<br />

serviço que presta e não tenha receio de explicar o real valor<br />

da relação custo/benefício dos seus serviços. Promova a diferença<br />

entre preço e custo. Procure acrescentar valor à sua<br />

oferta. Costuma dizer-se que a qualidade de uma empresa<br />

reflete a qualidade dos seus colaboradores. Portanto,<br />

contrate pessoas com as melhores qualificações para posições<br />

chave. Analise as atividades do seu negócio e assegure<br />

que as funções mais cruciais são controla<strong>das</strong> pelas<br />

pessoas mais qualifica<strong>das</strong> que conseguir empregar.<br />

Irá surpreender-se com a rapidez com que pequenas<br />

mudanças podem fazer uma grande diferença. Cause<br />

impacto junto da sua comunidade, convide a imprensa<br />

local, os clientes e fornecedores para um evento especial<br />

e explique às pessoas por que motivo o seu negócio<br />

é tão bem sucedido. Sucesso gera sucesso! l<br />

João Vieira | Diretor


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

JOÃO CALHA, KEY ACCOUNT<br />

MANAGER & TRAINING CENTER<br />

LEADER DA AXALTA COATING<br />

SYSTEMS PORTUGAL<br />

SE QUEREMOS UM<br />

FUTURO DO SETOR<br />

SUSTENTADO,<br />

SERÁ PRIMORDIAL<br />

TORNAR A PROFISSÃO<br />

DE PINTOR DE<br />

AUTOMÓVEIS<br />

ATRATIVA<br />

MÊS DE COMPETIÇÕES<br />

Novembro é o mês <strong>das</strong> Grandes Finais <strong>das</strong> competições Melhor Mecatrónico e Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />

organiza<strong>das</strong> pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a ATEC e Polivalor, respetivamente. A primeira<br />

realizar-se-á nos dias 15 e 16 de novembro, nas instalações da ATEC, em Palmela, e contará<br />

com a participação de oito concorrentes. A competição volta a ter como principal objetivo promover a<br />

profissão de mecatrónico automóvel e, ao mesmo tempo, desafiar os profissionais no ativo a colocarem à<br />

prova os seus conhecimentos e competências nesta área.<br />

Na semana seguinte, nos dias 23 e 24 de novembro, será a vez da competição Challenge <strong>Oficinas</strong> conhecer<br />

o seu desfecho, que irá pôr à prova os conhecimentos <strong>das</strong> três oficinas finalistas. Esta competição<br />

decorrerá num espaço próprio dentro do Salão MECÂNICA, em Lisboa, e visa desafiar a eficiência dos<br />

colaboradores <strong>das</strong> oficinas em diferentes situações. Mas, para além da vertente competitiva, esta iniciativa<br />

promove a partilha de conhecimentos e experiências entre todos os participantes, permitindo uma<br />

visão estratégica diferente sobre os modelos de gestão oficinal que, atualmente, existem no mercado.<br />

Convidamos os leitores a assistirem a estas duas competições, estando mais informação disponível nos<br />

sites www.melhormecatronico.pt e www.challengeoficinas.pt.<br />

PAULO SANTOS,<br />

BRAND MANAGER DA VALVOLINE<br />

EXISTE DEMASIADA<br />

OFERTA PARA<br />

LIMITADA PROCURA<br />

NO SETOR DOS<br />

LUBRIFICANTES,<br />

QUE CARECE DE<br />

REGULAÇÃO E<br />

FISCALIZAÇÃO<br />

SEMÁFORO<br />

BREXIT SEM ACORDO<br />

USADO ACAP<br />

EQUIP AUTO 2019<br />

JOSÉ FRAZÃO,<br />

DIRETOR DO SALÃO MECÂNICA<br />

A GRANDE NOVIDADE<br />

DA EDIÇÃO DESTE<br />

ANO DA MECÂNICA,<br />

SERÁ A PRESENÇA<br />

DE MAIS DE 50<br />

EMPRESAS DA CHINA<br />

Líderes de 23 associações da indústria<br />

automóvel europeia juntaram-se para<br />

dizer não ao “No Deal Brexit”, naquele<br />

que foi um apelo conjunto ao Reino<br />

Unido e à União Europeia para evitar um<br />

Brexit “sem acordo”. O nosso Semáforo<br />

Vermelho, de protesto, vai para o impacto<br />

que este desfecho terá, caso se concretize,<br />

sobre um dos ativos económicos<br />

mais valiosos da Europa: a indústria<br />

automóvel.<br />

Numa altura em que as ven<strong>das</strong> de<br />

automóveis usados representam<br />

cerca de 2,5 vezes o mercado de veículos<br />

novos, a associação relança o Programa<br />

Usado ACAP, com novos parceiros e mais<br />

vantagens para os clientes <strong>das</strong> empresas<br />

associa<strong>das</strong>. O nosso Semáforo Laranja,<br />

de expectativa, vai para a eficácia desta<br />

ação no combate às práticas ilegais que<br />

denigrem a imagem pública do comércio<br />

profissional.<br />

A edição deste ano do Salão Equip Auto<br />

mostrou que o aftermarket se encontra<br />

de boa saúde e recomenda-se. Durante<br />

cinco dias, passaram pelos três pavilhões<br />

do certame francês 100 mil visitantes<br />

profissionais e 1.200 empresas, entre<br />

expositores e marcas. O nosso Semáforo<br />

Verde, de aplauso, vai para a organização,<br />

Comexposium, que conseguiu elevar<br />

a fasquia desta importante feira do<br />

pós-venda europeu.<br />

4 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DESTAQUE<br />

VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

VIAGEM<br />

ELETRI<br />

ZANTE<br />

O MERCADO DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS ESTÁ<br />

EM CONSTANTE CRESCIMENTO E TEM VINDO A<br />

TORNAR-SE NUM NICHO PARA ALGUMAS OFICINAS,<br />

OBRIGANDO A ESPECIALIZAÇÃO E A CUIDADOS<br />

REDOBRADOS EM MATÉRIA DE SEGURANÇA. A<br />

SOCIEDADE PARECE CADA VEZ MAIS PREOCUPADA<br />

COM O AMBIENTE E AS MARCAS ESTÃO A<br />

RESPONDER AO CHAMAMENTO. MAS SERÁ ESTA<br />

VIAGEM ASSIM TÃO ELETRIZANTE? por Joana Calado<br />

Quando, em 2010, o Governo de José Sócrates implementava a rede<br />

Mobi.E, estávamos longe de imaginar as repercussões que tal poderia<br />

ter na nossa sociedade e, principalmente, no posicionamento<br />

de mercado <strong>das</strong> marcas. Estas têm vindo a responder à procura por parte<br />

do público e, hoje, contamos com muitos mais modelos do que à data de<br />

implementação da rede. Prova disso, são os dados disponibilizados pela<br />

ACAP, que indicam que, no período de janeiro a setembro desde ano, foram<br />

comercializados 5.552 veículos elétricos ligeiros e 16 pesados.<br />

Formação: o primeiro pASSo<br />

A manutenção e reparação de veículos elétricos parte de vários pressupostos.<br />

Quando falamos neste tipo de automóveis, falamos em grandes<br />

tensões de energia e diversos componentes que não estarão presentes<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 7


VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS<br />

“AS FORMAÇÕES MINISTRADAS PELA Atec PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

DIVIDEM-SE EM TRÊS NÍVEIS, DESIGNADAMENTE INICIAção, INTERMÉDIO E<br />

AVANÇADO”, REFERE JOSÉ PENICHE, GESTOR DE PROJETOS DE FORMAção<br />

em veículos de combustão. Por isso,<br />

aconselha-se que, antes de efetuar<br />

qualquer tipo de intervenção, os profissionais<br />

da oficina tenham formação<br />

nesta área. Devido ao aumento<br />

significativo da procura destes veículos,<br />

a ATEC tem feito uma forte<br />

aposta nesta tipologia de formação.<br />

De acordo com José Peniche, gestor<br />

de projetos de formação, “as ações de<br />

formação dividem-se em três níveis,<br />

designadamente, iniciação, intermédio<br />

e avançado”.<br />

As oficinas independentes têm vindo<br />

a ganhar consciência de que o consumidor<br />

continua a recorrer às marcas<br />

para a manutenção e reparação<br />

dos seus veículos elétricos, quer pela<br />

especificidade, quer pela relação<br />

de confiança com a marca. Havendo<br />

mesmo marcas, como o caso da<br />

BMW, que aconselham os seus clientes<br />

a manter este hábito. José Peniche<br />

afirma que “a adesão por parte <strong>das</strong><br />

oficinas tem sido grande, essencialmente<br />

as oficinas que estão liga<strong>das</strong> a<br />

grupos de aftermarket. Também aumentou<br />

o número de participantes a<br />

título individual, que têm solicitado<br />

este tipo de formação”. Devido a este<br />

aumento, a ATEC passou a disponibilizar,<br />

também, uma formação em<br />

horário pós-laboral.<br />

As formações ministra<strong>das</strong> pela ATEC<br />

têm um total de 42 horas, dividi<strong>das</strong><br />

por diferentes módulos, os quais correspondem<br />

aos níveis acima mencionados.<br />

A iniciação é um módulo de<br />

sete horas, que, apesar de curto, contempla<br />

aquela que será a parte mais<br />

importante de uma manutenção ou<br />

reparação de veículos elétricos: a segurança.<br />

O nível intermédio, lecionado<br />

em 14 horas, está associado ao<br />

funcionamento e reconhecimento<br />

dos componentes associados aos sistemas<br />

híbridos e elétricos. Por fim, o<br />

módulo avançado, de 21 horas, totalmente<br />

destinado a máquinas elétricas,<br />

módulos de baterias e módulos<br />

de potência.<br />

Formar pessoas para efetuar manutenções<br />

e reparações em veículos elétricos<br />

tem as suas dificuldades, principalmente<br />

“devido ao número de<br />

marcas e modelos que estão presentes<br />

no mercado neste momento. Por<br />

outro lado, os sistemas encontram-<br />

-se em constante aperfeiçoamento<br />

e modificação, o que faz com que os<br />

técnicos estejam, constantemente,<br />

em formação e aperfeiçoamento dos<br />

seus conhecimentos” explica José Peniche.<br />

Sobre os equipamentos, o formador<br />

da ATEC alerta para a importância<br />

da aquisição de equipamentos<br />

de segurança, nomeadamente luvas,<br />

capacete, viseira, ferramentas devidamente<br />

isola<strong>das</strong> e cadeado para<br />

bloqueio do sistema de alta tensão.<br />

Depois, à medida que vão aprimorando<br />

os seus conhecimentos, os profissionais<br />

deverão ir adquirindo mais<br />

equipamentos.<br />

As marcas e a “eletrificação”<br />

Se, em 2014, se falava em cerca de<br />

nove modelos de veículos elétricos,<br />

hoje falamos em muitos mais, com<br />

a maioria <strong>das</strong> marcas a apostar neste<br />

(ainda) nicho de mercado. Por isso, a<br />

opinião <strong>das</strong> marcas é unânime: querem<br />

continuar a apostar nesta forma<br />

de mobilidade. Até porque o mercado<br />

para este segmento continua a crescer<br />

a olhos vistos, sendo que a venda<br />

de veículos elétricos duplicou face a<br />

2018, apesar de ainda não atingir 3%<br />

de quota de mercado. No entanto,<br />

verificámos junto <strong>das</strong> marcas que as<br />

suas ven<strong>das</strong> em relação a veículos de<br />

combustão estão acima da média. A<br />

Hyundai, por seu lado, já atingiu os<br />

12% do total do que vende, mantendo<br />

a tendência de subida. Também a<br />

BMW se aproxima destes dados, com<br />

10% de ven<strong>das</strong>, e a Mercedes-Benz<br />

acompanha a tendência, com 13%.<br />

8 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS<br />

AS OFICINAS INDEPENDENTES TÊM VINDO A GANHAR CONSCIÊNCIA DE<br />

QUE O CONSUMIDOR CONTINUA A RECORRER ÀS MARCAS PARA EFETUAR A<br />

MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DOS SEUS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

AS MARCAS RECOMENDAM<br />

O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> perguntou a várias marcas<br />

de automóveis presentes em Portugal qual<br />

era a principal recomendação que fariam a<br />

um cliente que quisesse adquirir um elétrico.<br />

Apenas algumas aceitaram o nosso desafio. Para<br />

a Hyundai, a mudança de paradigma existente<br />

na sociedade faz com que o cliente comece<br />

a valorizar mais critérios, como segurança,<br />

ecologia, conectividade e eficiência, em<br />

detrimento da potência, design e até do preço.<br />

Por isso, Jorge Costa recomenda “que os clientes<br />

procurem perceber, junto <strong>das</strong> marcas, qual é a<br />

melhor solução para si em função do tipo de<br />

utilização que darão à viatura”. Já Vasco Figueira,<br />

não hesita e a única recomendação que faz é:<br />

“Tirem o máximo partido dos vossos veículos<br />

elétricos como fariam com um veículo equipado<br />

com motor de combustão interna”. Para Ricardo<br />

Oliveira, em partilhar, e para a Renault, em geral,<br />

também é importante desmistificar e “encarar<br />

um automóvel elétrico como encaramos um<br />

automóvel de outro segmento”.<br />

Já a Renault, encontra-se abaixo na<br />

média, com 4,5%. A liderar a percentagem<br />

de ven<strong>das</strong> de veículos elétricos<br />

estão as marcas Jaguar e Land Rover,<br />

com 57% e 51%, respetivamente.<br />

Se verificarmos a rede de carregamento<br />

para veículos elétricos existente<br />

em Portugal, podemos concluir<br />

que existem ainda algumas lacunas<br />

a resolver. Por isso, quisemos perceber<br />

se as marcas consideram que a<br />

dificuldade de carregamento poderá<br />

ser uma condicionante para a aquisição<br />

de automóveis deste segmento.<br />

Ricardo Oliveira, diretor de comunicação<br />

e imagem da Renault, confirma<br />

que “a dificuldade de acesso a<br />

pontos de carregamento ou os tempos<br />

de carregamento, fazem parte<br />

<strong>das</strong> condicionantes e <strong>das</strong> ideias pré-<br />

-concebi<strong>das</strong> em torno deste tipo de<br />

mobilidade”. Para Vasco Figueira,<br />

fleet manager da Jaguar Land Rover<br />

Portugal, “o desafio já não reside nos<br />

carregadores privados, mas sim nas<br />

redes ou infraestruturas de carregadores<br />

rápidos nas vias interurbanas.<br />

É verdade que avançámos muito nesse<br />

aspeto, se bem que ainda temos<br />

um longo caminho pela frente. Por<br />

isso, é importante ter carregadores<br />

domésticos e veículos com maior autonomia”.<br />

João Trincheiras, corporate communications<br />

manager do BMW Group<br />

Portugal, considera, por seu turno,<br />

que “os consumidores dispõem de<br />

perfis muito específicos e definidos,<br />

o que faz com que procurem uma<br />

oferta personalizada. A mobilidade<br />

elétrica é uma <strong>das</strong> tendências da próxima<br />

década que não pode, por isso,<br />

ser ignorada quando pensamos em<br />

novos compradores ou, inclusive, em<br />

novas aquisições por parte de clientes<br />

atuais”. As marcas têm vindo a<br />

tentar preencher as lacunas da rede<br />

de carregamento, considerando sempre<br />

o perfil de cada consumidor. Por<br />

isso, é recorrente adaptarem os seus<br />

modelos para disporem <strong>das</strong> maiores<br />

autonomias ou adaptar a velocidade<br />

de carregamento, podendo, também,<br />

apostar em diferentes modelos<br />

orientados para um estilo de vida<br />

mais citadino ou para viagens mais<br />

longas.<br />

Para preencher estas lacunas, a Mercedes-Benz,<br />

após a comercialização<br />

do smart elétrico, aposta agora no<br />

lançamento de uma gama com maior<br />

autonomia. Também a Hyundai tem<br />

vindo a fazer este esforço, apostando<br />

nas unidades de carregamento rápido,<br />

como, por exemplo, “o KAUAI<br />

Electric, que, em apenas 54 minutos,<br />

carrega 80% da sua bateria”, afirma<br />

Jorge Costa, diretor de ven<strong>das</strong> e logística<br />

da Hyundai Portugal. Sobre<br />

a questão da manutenção, as marcas<br />

confirmam que os proprietários continuam<br />

a realizar a revisão e manutenção<br />

<strong>das</strong> suas viaturas elétricas no<br />

canal oficial, atribuindo esta opção<br />

à falta de conhecimento que ainda<br />

existe nas oficinas independentes.<br />

Vasco Figueira alerta para as diferenças<br />

entre um veículo de combustão e<br />

uma viatura elétrica: “No caso dos<br />

elétricos, é muito importante conhecer,<br />

a fundo, o veículo e as suas características<br />

técnicas. As baterias não<br />

podem, sob pretexto algum, serem<br />

manusea<strong>das</strong> por pessoas não autoriza<strong>das</strong>.<br />

É uma questão de segurança,<br />

quer para os colaboradores da oficina,<br />

quer para o cliente”. l<br />

10 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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SALÃO<br />

EQUIP AUTO 2019<br />

SUPERBE<br />

AMBIANCE<br />

A EDIÇÃO DESTE ANO DO SALÃO EQUIP AUTO MOSTROU QUE O AFTERMARKET<br />

SE ENCONTRA DE BOA SAÚDE E RECOMENDA-SE. DURANTE CINCO DIAS,<br />

PASSARAM PELOS TRÊS PAVILHÕES DO CERTAME FRANCÊS QUASE 100<br />

MIL VISITANTES PROFISSIONAIS E MARCARAM PRESENÇA MAIS DE 1.200<br />

EXPOSITORES. O JORNAL DAS OFICINAS NÃO FALTOU A ESTA IMPORTANTE FEIRA<br />

DO PÓS-VENDA EUROPEU<br />

por Bruno Castanheira e João Vieira<br />

Ainda que, tal como em 2017, se tenha realizado<br />

num ano onde ocorrem três importantes feiras<br />

europeias dedica<strong>das</strong> ao aftermarket internacional,<br />

uma vez que, em março, teve lugar a Motortec Automechanika<br />

Madrid e, em maio, a Autopromotec, em<br />

Bolonha, a edição de 2019 do Salão Equip Auto, que decorreu<br />

de 15 a 19 de outubro, em Paris, superou a edição<br />

de há dois anos e demonstrou o superbe ambiance (ambiente<br />

fantástico, em português) que envolve o setor. E as<br />

razões para tal, são diversas. Desde logo, a localização do<br />

certame, que, tal como em 2017, deixou o Parc des Expositions<br />

de Paris (Nord Villepinte) e passou para o Paris<br />

Expo (Porte de Versailles). Uma zona mais central, com<br />

maior dose de glamour e bem servida por uma eficaz rede<br />

de transportes. O facto de o parque de exposições se encontrar<br />

bem no coração da capital francesa ajudou, também,<br />

a criar uma atmosfera de maior convívio durante os<br />

cinco dias do evento, tendo facilitado, tanto expositores<br />

como visitantes, a realizar atividades paralelas no centro<br />

da cidade, como foi disso exemplo a Gala de entrega dos<br />

Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel.<br />

Ainda que, em bom rigor, o layout desta 25.ª edição (é<br />

verdade, o Salão Equip Auto já recebeu as bo<strong>das</strong> de prata...)<br />

não tenha diferido muito da anterior, a verdade é<br />

que as opiniões recolhi<strong>das</strong> junto de expositores e visitantes<br />

profissionais, bem como da imprensa e de várias<br />

personalidades influentes no mercado, têm-se revelado<br />

cruciais para a organização (Comexposium) levar a cabo,<br />

em conjunto com a FIEV (Fédération des Industries des<br />

Equipements pour Véhicules) e a FFC (Fédération Française<br />

de Carrosserie Industries et Services), uma <strong>das</strong> feiras<br />

mais importantes do aftermarket internacional, ainda<br />

que muito direcionada para os mercados francófonos,<br />

com França e a região do Magrebe à cabeça.<br />

Setor em peso<br />

Se dúvi<strong>das</strong> houvesse acerca da importância do Salão<br />

Equip Auto no panorama do aftermarket internacional,<br />

atente-se nos números da edição deste ano. Com quase<br />

100 mil visitantes profissionais, muitos oriundos, essencialmente,<br />

da Europa e do Norte da África (a região do<br />

Magrebe esteve em evidência, ou não tivesse ela grande<br />

importância para o mercado francês), a feira contou com<br />

a presença de mais de 1.200 expositores, entre empresas<br />

e marcas representa<strong>das</strong>. Curiosa foi, também, a presença,<br />

em número elevado, de players de origem asiática (com<br />

China e Taiwan no topo da lista) e de organizações provenientes<br />

de Marrocos e da Turquia. Ou a partilha de um<br />

stand por parte de cinco empresas holandesas, naquela<br />

que foi apelidada como a “Casa da Holanda”, decorada<br />

com um túlipa e demonstrando que não é apenas no futebol<br />

que a “laranja mecânica” dá nas vistas...<br />

Estando o pós-venda automóvel (e os serviços de mobilidade)<br />

a atravessar um autêntico processo de transformação,<br />

impulsionado pela massificação da era digital e pela<br />

disrupção tecnológica que afeta toda a indústria, a organização<br />

do Salão Equip Auto abordou a edição deste ano<br />

com uma mentalidade orientada para toda a cadeia de<br />

valor: fabricantes, distribuidores, retalhistas e oficinas. O<br />

programa de atividades incluiu novas formas de celebrar<br />

a inovação e de incentivar quer o networking quer o ambiente<br />

de convívio. Objetivos que foram atingidos.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 13


EQUIP AUTO 2019<br />

Com uma área de exposição de<br />

100.000 m 2 , dividida por três pavilhões,<br />

a distribuição dos diferentes<br />

setores de atividade representados<br />

no Salão Equip Auto 2019 foi concebida<br />

para otimizar a circulação em<br />

qualquer uma <strong>das</strong> zonas, potenciando<br />

o número de contactos entre expositores<br />

e visitantes profissionais.<br />

Tal como em 2017, as peças para<br />

veículos dividiram o Pavilhão 1 com<br />

equipamentos e produtos para repintura<br />

e carroçaria, ferramentas, estações<br />

de lavagem, equipamentos de<br />

área de serviço, lubrificantes e aditivos,<br />

serviços para profissionais, sistemas<br />

de tecnologia de informação e<br />

redes de distribuição. Já o Pavilhão<br />

2, concentrou peças para veículos,<br />

pneus, jantes, acessórios, serviços rápidos<br />

e redes de centros auto. Quanto<br />

ao Pavilhão 3, esteve dedicado aos<br />

fornecedores de peças para veículos,<br />

equipamentos oficinais, ferramentas,<br />

oficinas de mecânica, equipamentos<br />

e serviços de diagnóstico.<br />

5dias de feira<br />

2empresas<br />

portuguesas<br />

78<br />

start-ups<br />

presentes<br />

100.000 m 2<br />

área total de exposição<br />

60%<br />

horas diárias<br />

de encontros<br />

profissionais<br />

9<br />

Equip Auto<br />

em números<br />

35<br />

países<br />

representados<br />

3pavilhões<br />

alocados ao<br />

certame<br />

1.200<br />

expositores presentes<br />

100.000<br />

visitantes<br />

56%<br />

novas empresas e<br />

marcas<br />

4<br />

empresas<br />

estrangeiras<br />

250<br />

jornalistas de 27 países<br />

elementos<br />

do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Programa recheado<br />

O Salão Equip Auto 2019 foi concebido<br />

como um observatório abrangente<br />

dos desafios que se colocam<br />

à indústria automóvel. As pedras<br />

angulares em torno <strong>das</strong> quais a feira<br />

deste ano foi projetada, disseram<br />

respeito aos eixos motrizes e ao seu<br />

impacto no setor do pós-venda, à<br />

manutenção e reparação de sistemas<br />

eletrónicos (como, por exemplo,<br />

o ADAS) e ao ecossistema de pneus.<br />

Estas pedras angulares foram aborda<strong>das</strong><br />

na oficina conectada, na “eletrificação”<br />

de veículos, na formação e<br />

no emprego na indústria. Tudo temas<br />

que foram desenvolvidos e apresentados<br />

em demonstrações nos stands<br />

dos expositores e em áreas cria<strong>das</strong>,<br />

especificamente, pela organização e<br />

pelos parceiros. Mais concretamente,<br />

através de debates, mesas redon<strong>das</strong><br />

e palestras com os inúmeros especialistas<br />

que passaram pela área<br />

de conferências do Pavilhão 2.2. No<br />

fundo, contribuições que estiveram<br />

em sintonia com o propósito da exposição,<br />

“Preparar o Presente, Preparar<br />

o Amanhã”, que girou em torno<br />

de três temas principais, que colocaram<br />

a inovação no centro da discussão<br />

e ofereceu uma prévia visão sobre<br />

as novas tendências futuras.<br />

Os eventos dedicados abordaram a<br />

reutilização, a lavagem, a formação e<br />

o emprego para esclarecer e orientar<br />

os profissionais. Um fórum de formação<br />

básico e contínuo sobre tecnologia<br />

e serviços mostrou as novas<br />

habilidades necessárias, tendo em<br />

vista as mudanças que ocorrerão no<br />

emprego. Esta área, localizada na<br />

“Pont des Expositions”, foi projetada<br />

em conjunto com a GNFA (organização<br />

francesa especializada em<br />

formação e educação). Além disso,<br />

os visitantes tiveram a oportunidade<br />

de seguir as pistas temáticas sugeri<strong>das</strong><br />

e de reunir-se com expositores<br />

que oferecem produtos e serviços<br />

relacionados, como manutenção eletrónica,<br />

formação, pós-venda HGV,<br />

pneus, Economia Circular e remanufatura.<br />

A inovação colocou o seu foco<br />

nos vencedores dos Grandes Prémios<br />

Internacionais de Inovação Automóvel<br />

2019. O ênfase, este ano, foi dado<br />

ao setor dos pneus. Na “encruzilhada”<br />

de temas da feira, a indústria dos<br />

pneus destacou-se como um espetáculo<br />

dentro do espetáculo, reunindo<br />

todo o ecossistema, desde fabricantes<br />

a empresas de reparação.<br />

Capital do aftermarket<br />

Durante cinco dias, mais do que a<br />

capital de França, mais do que a Cidade<br />

Luz, Paris foi a capital do aftermarket.<br />

Tudo porque o Salão Equip<br />

Auto 2019 atraiu, sobretudo, profissionais<br />

do pós-venda automóvel e<br />

profissionais de serviços que representaram<br />

os diferentes setores desta<br />

indústria, incluindo importadores,<br />

distribuidores, proprietários de<br />

oficinas, redes de serviços rápidos e<br />

de centros auto. Mas, também, fabricantes<br />

de veículos e de peças, assim<br />

como fornecedores de peças, que<br />

procuraram capacidades de produção<br />

em regime de outsourcing.<br />

As atividades relaciona<strong>das</strong> com a<br />

distribuição e importação representaram<br />

cerca de 30% <strong>das</strong> diferentes<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

14 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


atividades exibi<strong>das</strong>. Sendo uma <strong>das</strong><br />

localizações chave da indústria automóvel<br />

na Europa, dispondo de vários<br />

fabricantes de automóveis e fornecedores<br />

de primeira linha, França também<br />

concentra um enorme número<br />

de start-ups e empresas inovadoras,<br />

que, agora, operam na indústria automóvel.<br />

A edição deste ano contou<br />

com a presença de 78 start-ups, que<br />

mostraram tecnologias disruptivas<br />

bastante inovadoras. Portanto, Paris<br />

foi, durante cinco dias, a “meca” do<br />

aftermarket internacional.<br />

O Salão Equip Auto 2019 não foi<br />

apenas um dos principais pontos europeus<br />

de contacto para networking<br />

entre fabricantes, distribuidores e<br />

indústria da reparação na procura<br />

de novos produtos, serviços ou parceiros.<br />

Foi, também, uma montra de<br />

inovação, reconhecida como tal pelos<br />

profissionais do setor. Dos mais<br />

variados quadrantes que compõem<br />

o pós-venda. A edição deste ano foi,<br />

por isso, projetada em consonância<br />

com a evolução e colocou-se no centro<br />

dos desafios. Pena que a participação<br />

de empresas portuguesas como<br />

expositoras tivesse sido inferior a<br />

2017. Veneporte e Valente & Lopes,<br />

Lda. (a In<strong>das</strong>a e a Car Repair System<br />

estiveram presentes através <strong>das</strong><br />

filiais que dispõem em França) foram<br />

as duas empresas que representaram<br />

as cores da bandeira nacional no certame<br />

francês (em 2017, foram seis),<br />

que contou com nada menos do que<br />

players oriundos de 35 países. Até<br />

2021! l<br />

“PREPARAR O PRESENTE, PREPARAR O AMANHÔ. FOI ESTE O MOTE<br />

DO SALÃO EQUIP AUTO 2019, O EVENTO MAIS IMPORTANTE DO<br />

AFTERMARKET QUE SE REALIZA EM TERRITÓRIO FRANCÊS<br />

Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />

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EQUIP AUTO 2019<br />

GRANDES PRÉMIOS INOVAÇÃO<br />

ANO RECORDE<br />

COM 35 PROJETOS PRÉ-SELECIONADOS ENTRE AS 153 CANDIDATURAS RECEBIDAS, OS GRANDES PRÉMIOS INOVAÇÃO<br />

EQUIP AUTO 2019 BATERAM O RECORDE DE PARTICIPAÇÃO DAS MARCAS. OS VENCEDORES FORAM: ITALCAN (CMC), ZF,<br />

SOGEFI, PROVAC, MAHLE AFTERMARKET, GROUPE LACOUR E KÄRCHER<br />

A<br />

votação final indicou o vencedor de cada uma <strong>das</strong> sete categorias. A<br />

entrega oficial dos prémios foi realizada durante a noite de gala do<br />

Salão Equip Auto, a 15 de outubro, na presença de personalidades do<br />

aftermarket e da imprensa especializada.<br />

Entre eles, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, que, este ano, voltou a ser membro do júri.<br />

Com a organização dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel,<br />

o Salão Equip Auto 2019 colocou a inovação no topo <strong>das</strong> suas prioridades.<br />

Como um recurso valioso para promover o reconhecimento da marca<br />

e gerar novas atividades, estes prémios prestam homenagem às tecnologias<br />

emergentes no pós-venda. Os prémios estão abertos a todos os expositores<br />

da feira, em todos os setores de atividade representados, desde o design à<br />

manutenção.<br />

CARROÇARIA E PINTURA<br />

Na área da carroçaria e pintura, o vencedor foi a Raptor, da Italcan (CMC), uma cabine de pintura com infravermelhos nas paredes, que<br />

dispõe de ecrã sensível ao toque e vários programas que otimizam a secagem. O fabricante da cabine pode realizar, remotamente, o<br />

diagnóstico do equipamento sem a necessidade da presença física de um técnico.<br />

PRIMEIRO EQUIPAMENTO<br />

A Sogefi, empresa pertencente ao Grupo CIR, recebeu o Gold Award na categoria Primeiro Equipamento. Pioneira constante em<br />

pesquisa e desenvolvimento, a Sogefi fabricou, em colaboração com o Grupo PSA e a Solvay Technyl, o filtro de combustível com um<br />

novo composto de plástico 100% reciclado a partir de resíduos de airbag. A Sogefi está a avaliar a possibilidade de expandir o uso de<br />

plásticos reciclados nas suas diferentes gamas de produtos aftermarket e está disposta a trabalhar em estreita colaboração com todos<br />

os fabricantes de automóveis para aplicar esta solução.<br />

PEÇAS, EQUIPAMENTOS PARA VEÍCULOS E PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO<br />

A pastilha de travão TRW Electric Blue conquistou o Prémio de Inovação na categoria Peças, Equipamentos para Veículos e Peças de<br />

Substituição. A pastilha de travão para veículos elétricos e híbridos, que foi lançada pela ZF Aftermarket em setembro 2018, reduz,<br />

significativamente, o ruído no interior do veículo e a poeira de travagem. O programa TRW Electric Blue oferece uma cobertura de 92%<br />

para veículos híbridos e de 97% para veículos elétricos na Europa.<br />

PNEUS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS<br />

Na categoria Pneus, Equipamentos e Serviços, o mais votada foi a Provac, graças à sua desmontadora Hunter Revolution Walkaway,<br />

completamente automática e com um dos ciclos mais rápidos do mercado.<br />

REPARAÇÃO, MANUTENÇÃO E EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />

No que diz respeito à Reparação, Manutenção e Equipamentos Oficinais, o vendedor foi a Mahle Aftermarket, com o seu sistema de calibração<br />

@DAS - Digital ADAS. Ao contrário dos equipamentos já existentes no mercado, a Mahle penas utiliza um painel de calibração<br />

digital, o que torna esta opção mais versátil e inovadora quando comparada com a concorrência, que necessita de diferentes painéis em<br />

função dos diferentes veículos e dos diferentes ADAS. Relativamente à atualização do sistema e software destes produtos, estes serão,<br />

continuamente e automaticamente, atualizados, por forma a acompanhar todos os desenvolvimentos tecnológicos desta área e todos<br />

os novos modelos de veículos introduzidos no mercado.<br />

SERVIÇOS PARA PROFISSIONAIS<br />

Na categoria Serviços para Profissionais, foi galardoado o Grupo Lacour, pela SERI, sistema que faz um scan do veículo e que permite<br />

analisar todos os danos do mesmo, assim como os custos da reparação.<br />

PRODUTOS DE MANUTENÇÃO E LAVAGEM<br />

Na categoria Produtos de Manutenção e Lavagem, o vencedor foi a Kärcher, graças ao pórtico de lavagem automático CWB 3<br />

Klean!Star iQ, que oferece excelentes resultados de lavagem e secagem e adapta-se à crescente complexidade do design <strong>das</strong> jantes<br />

e <strong>das</strong> carroçarias. Dispõe de muitos recursos inovadores baseados em 13 soluções patentea<strong>das</strong>. Melhora a satisfação dos clientes e<br />

aumenta a rotatividade e o retorno do investimento.<br />

16 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


em Foco<br />

V GALA TOP 100<br />

VOZ AOS VENCEDORES<br />

O DIA 13 DE SETEMBRO DE 2019, UMA TÓRRIDA SEXTA-FEIRA QUE FOI TUDO MENOS DE AZAR, FICARÁ<br />

GRAVADO NA MEMÓRIA DOS MAIS DE 150 CONVIDADOS QUE SE DESLOCARAM À QUINTA DO MONTE<br />

REDONDO, EM MONTEMOR-O-VELHO. COM UM PROGRAMA DIFERENTE, NUM FORMATO, TAMBÉM ELE,<br />

DIFERENCIADOR, A V GALA TOP 100 DISTINGUIU 25 DISTRIBUIDORES DO AFTERMARKET, DIVIDIDOS POR<br />

QUATRO CATEGORIAS. NESTAS PÁGINAS, DAMOS VOZ AOS VENCEDORES por Bruno Castanheira


CATEGORIA EQUIPAMENTOS | 1.° LUGAR LUSAVOUGA<br />

AGRADEÇO À ORGANIZAÇÃO O FACTO DE<br />

NOS TER DISTINGUIDO COM ESTE TROFÉU<br />

CATEGORIA PEÇAS PARA LIGEIROS | 1.° LUGAR VIEIRA & FREITAS<br />

A EXCELÊNCIA É (E SERÁ SEMPRE)<br />

O NOSSO GRANDE OBJETIVO<br />

Presente em mais de 30 países, a Lusavouga, fundada em 1967, é um fornecedor de referência em todo<br />

o tipo de equipamentos para metalomecânica, sistemas de fixação, produtos químicos para a construção<br />

e indústria, ferramentas elétricas, equipamentos e consumíveis para soldadura, ferramentas de corte,<br />

equipamentos de proteção individual, ferramenta manual, equipamentos de ar comprimido, óleos e<br />

lubrificantes, equipamentos de aspiração e limpeza, sistemas de stock e logística e equipamentos para<br />

oficina. Foi a empresa vencedora da categoria “Equipamentos” na V Gala TOP 100.<br />

Em declarações ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, José Santos, administrador, refere: “Tenho de agradecer<br />

à organização o facto de nos ter distinguido com este troféu. E sobre isso está tudo dito”. Para o<br />

responsável, “uma distinção é sempre uma distinção. Até pelo local que escolheram para a realização<br />

desta gala, que é excelente. Se me perguntam se estou satisfeito? Obviamente que sim. Quando vemos<br />

que o nosso trabalho é reconhecido pelo mérito, isso é bom”.<br />

Referência incontornável na área da distribuição de peças elétricas e eletrónicas para automóveis, a<br />

Vieira & Freitas, que conta com quase 40 anos de vida, foi a empresa vencedora da categoria “Peças para<br />

Ligeiros” na V Gala TOP 100. Paulo Torres, administrador, dá conta que “o primeiro lugar nesta categoria é,<br />

sem dúvida, uma distinção muito importante, que nos surpreendeu e nos motivará a prestar um serviço<br />

ainda melhor aos nossos parceiros”. E não esconde o seu contentamento: “É com grande satisfação que<br />

recebemos esta distinção. Estamos conscientes que é um troféu que se baseia em fatores quantitativos<br />

mas é, também, o fator qualitativo que nos move cada vez mais rumo ao reconhecimento dos nossos<br />

parceiros, a quem identificamos o mérito desta relação. Esta distinção é uma homenagem em forma de<br />

prenda antecipada pelo nosso 40.° aniversário, que será celebrado em dezembro de 2019”.<br />

Qual foi o “segredo” para a conquista deste troféu? “Não há mistérios. O ‘segredo’ é manter a humildade<br />

no trabalho e poder contar com uma equipa de colaboradores e parceiros de grande qualidade”, conclui.<br />

CATEGORIA REPINTURA | 1.° LUGAR CENTROCOR<br />

MAIS DO QUE UM FORNECEDOR, SOMOS<br />

UM PARCEIRO PARA OS CLIENTES<br />

CATEGORIA PEÇAS PARA PESADOS | 1.° LUGAR MOTORBUS<br />

É UMA HONRA RECEBER ESTA<br />

DISTINÇÃO PELA TERCEIRA VEZ<br />

Fundada em agosto de 1995, a Motorbus, com sede em Vila Nova de Gaia e filial em Castanheira do<br />

Ribatejo, é um dos players de renome no setor <strong>das</strong> peças para camiões e autocarros. Foi a empresa vencedora<br />

da categoria “Peças para Pesados” na V Gala TOP 100. Joel Lebre, administrador, refere que, “antes de<br />

mais, agradecemos a presença e a participação na vossa gala. Para a Motorbus, é um motivo de orgulho<br />

e de satisfação ter obtido esta distinção pela terceira vez consecutiva, o que nos enche o coração e nos dá<br />

vontade de continuarmos o bom trabalho que temos desenvolvido”.<br />

Se existe algum “segredo” para a conquista deste troféu? Joel Lebre responde que tal “passa pelo<br />

muito trabalho e dedicação de todos os colaboradores da Motorbus, assim como de to<strong>das</strong> as marcas e<br />

fornecedores que representamos”. Acrescentando, de seguida, que “só assim conseguimos ter a fórmula<br />

de sucesso para oferecer aos nossos clientes”. E quanto à Gala TOP 100, que, este ano, adotou um novo<br />

formato, numa época do ano, também ela, diferente? “Em nossa opinião, este novo formato, na altura do<br />

ano em que foi, tornou-se mais agradável em função da estação e permitiu, como foi o caso, um convívio<br />

mais informal, que penso ter sido, de resto, da opinião de todos”.<br />

Fundada em 1982, a Centrocor, que se dedica ao comércio de tintas, máquinas e ferramentas, estando<br />

especialmente direcionada para o ramo automóvel e indústria ligeira, foi a empresa vencedora da<br />

categoria “Repintura” na V Gala TOP 100. Agostinho Matos, administrador, destaca que “este troféu veio<br />

reforçar o bom trabalho realizado por parte da nossa equipa nos últimos anos, facto que nos permitiu<br />

chegar a este patamar na área da repintura automóvel”. De acordo com o responsável, “este prémio<br />

também demonstra que temos conseguido acompanhar to<strong>das</strong> as novidades e inovações que vão<br />

surgindo ao longo do tempo, o que nos permite estar sempre na vanguarda nesta área”.<br />

O “segredo” que está por detrás da conquista deste troféu? “Deve-se ao excelente trabalho que os nossos<br />

colaboradores têm feito junto dos clientes. Cada vez mais, os clientes sabem que, mais do que um<br />

fornecedor, somos um parceiro para os seus negócios”, afirma. E quanto à Gala TOP 100? “Antes de mais,<br />

a altura do ano em que foi revelou-se a ideal para a realização da gala, com a correspondente aguardada<br />

entrega dos troféus, já que foi quase no imediato à disponibilização pública <strong>das</strong> informações financeiras”.


OPINIÃO<br />

JOÃO CALHA, KEY ACCOUNT MANAGER & TRAINING CENTER<br />

LEADER DA AXALTA COATING SYSTEMS PORTUGAL<br />

PINTORES DE AUTOMÓVEIS:<br />

PORQUE FALTAM NO MERCADO?<br />

PROCURA, EXISTE. ENTIDADES FORMADORAS, TAMBÉM. AFINAL, QUAL É O<br />

VERDADEIRO PROBLEMA PARA A FALTA DE PINTORES DE AUTOMÓVEIS NO MERCADO?<br />

Um dos temas atuais mais abordados<br />

na área da repintura<br />

automóvel é a falta de profissionais.<br />

Hoje, numa conversa com um<br />

gestor oficinal, é difícil o tema não<br />

vir para “cima da mesa”. Este é um<br />

problema real que as oficinas estão a<br />

enfrentar: querer crescer ou substituir<br />

um profissional e não encontrar oferta<br />

no mercado numa classe com uma média<br />

de idades cada vez mais elevada.<br />

Por outro lado, também é um facto<br />

que existem, em Portugal, diversos<br />

centros de formação, públicos ou<br />

privados, com excelentes condições<br />

para ministrar cursos de repintura<br />

automóvel. No entanto, deparam-se<br />

com o problema de não conseguirem<br />

candidatos para esses cursos, mesmo<br />

sendo cursos gratuitos, alguns deles<br />

com bolsas de formação, e com dupla<br />

certificação (profissional e escolar).<br />

Ou seja, temos uma necessidade de<br />

profissionais no mercado, onde a<br />

procura supera largamente a oferta e,<br />

ao mesmo tempo, existem condições<br />

cria<strong>das</strong> para formar profissionais.<br />

Mas, apesar da pintura ser uma arte, ser<br />

o “espelho” de uma reparação e ter profissionais<br />

cada vez mais bem pagos, isto<br />

não está, por si só, a ser suficiente para<br />

atrair jovens para esta nobre profissão.<br />

Então, porque há falta de pintores de<br />

automóveis? Na minha opinião, o problema<br />

reside na falta de reconhecimento<br />

da profissão. A repintura automóvel<br />

mudou muito nos últimos anos. Está<br />

tecnologicamente muito evoluída. Conta,<br />

agora, com ferramentas digitais para<br />

o desempenho <strong>das</strong> suas tarefas, faltando<br />

apenas ser valorizada. Esta valorização<br />

SE QUEREMOS<br />

UM FUTURO<br />

DO SETOR<br />

SUSTENTADO,<br />

SERÁ PRIMORDIAL<br />

TORNAR A<br />

PROFISSÃO<br />

DE PINTOR DE<br />

AUTOMÓVEIS<br />

ATRATIVA<br />

e reconhecimento do profissional é primordial<br />

num curto espaço de tempo e a<br />

responsabilidade é de todos. Fabricantes<br />

de produtos de pintura, centros de<br />

formação, imprensa da especialidade,<br />

associações do setor e oficinas têm de,<br />

cada um na sua área de intervenção,<br />

tomar consciência do problema e contribuir<br />

para a sua resolução.<br />

Se queremos um futuro do setor<br />

sustentado, será primordial tornar<br />

a profissão de pintor de automóveis<br />

atrativa, não só pelo ordenado - que<br />

já é aliciante – mas, também, pela<br />

imagem e notoriedade – já que não é<br />

(ou não deveria ser) uma profissão<br />

suja e perigosa para a saúde. Ao<br />

mesmo tempo, deve ser dado<br />

o devido valor ao trabalho que<br />

mais reflete a qualidade de uma<br />

reparação/oficina. Temos de ser<br />

mais exigentes nas formações dos<br />

profissionais, nos acompanhamentos<br />

às oficinas, nos artigos técnicos, na<br />

imagem e organização <strong>das</strong> secções de<br />

pintura e na divulgação da atividade.<br />

Para o bem de um setor e de uma<br />

profissão nobre com futuro. l<br />

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20 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OBSERVATÓRIO<br />

Observatório<br />

CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />

PEQUENAS EXPLOSÕES<br />

DE... SEGURANÇA<br />

Os veículos elétricos continuam<br />

a afirmar-se um pouco por<br />

toda a Europa. E o mercado<br />

nacional não é exceção. Mas ainda<br />

existem muitas dúvi<strong>das</strong> em relação a<br />

este tipo de modelos. Nomeadamente,<br />

em questões de segurança rodoviárias,<br />

quando envolvidos num acidente<br />

grave. A Bosch está determinada em<br />

encarar de frente os novos desafios<br />

para as equipas de resgate em caso<br />

de sinistro com um veículo elétrico.<br />

Nesse sentido, revelou uma forma de<br />

controlar a alta tensão dos sistemas<br />

elétricos em caso de acidente grave,<br />

através de semicondutores que espoletam<br />

pequenas detonações dos cabos<br />

à bateria, de forma a cortar, de imediato,<br />

a passagem da corrente.<br />

A solução encontrada pela Bosch funciona<br />

por intermédio de microchips<br />

especialmente desenvolvidos para<br />

desativar os circuitos de potência do<br />

A BOSCH INVENTOU<br />

UMA SOLUÇÃO PARA<br />

FACILITAR A AÇÃO<br />

DAS EQUIPAS DE<br />

ASSISTÊNCIA EM<br />

CASO DE ACIDENTE<br />

GRAVE COM VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS ENVOLVIDOS.<br />

O SISTEMA RECORRE<br />

A MICROCHIPS QUE<br />

PROVOCAM PEQUENAS<br />

EXPLOSÕES por Jorge Flores<br />

veículo elétrico em meras frações de<br />

segundo, permitindo, deste modo,<br />

que as equipas de resgate possam<br />

atuar imediatamente. Por outras palavras,<br />

nem mesmo o facto de os sistemas<br />

elétricos de nova geração terem<br />

como desenvolvimento voltagens de<br />

400 a 800 Volt constituirá um risco<br />

para ocupantes e equipas de socorro,<br />

em caso de acidente grave, uma vez<br />

que a atuação desses microchips semicondutores<br />

garantem que a bateria<br />

de alta tensão será desconectada de<br />

forma automática.<br />

Interromper ligação<br />

Os dispositivos semicondutores criados<br />

pela Bosch integram, no fundo,<br />

um sistema de segurança pirotécnica,<br />

por via de um piro fusível. Desta<br />

forma, os sistemas “explodem”<br />

secções inteiras da conexão do cabo<br />

à bateria de alta tensão, através de<br />

cargas explosivas em miniatura,<br />

interrompendo, de forma imediata<br />

e eficaz, a circulação de energia.<br />

Segundo a Bosch, caso o sensor do<br />

airbag detete algum impacto, os<br />

pequenos dispositivos (com apenas<br />

10 mm e pesando apenas alguns<br />

gramas) acionam o piro fusível. Um<br />

processo que desencadeia, por si, pequenas<br />

explosões que provocam uma<br />

rutura no cabo de alta tensão entre a<br />

unidade da bateria e o restante sistema<br />

eletrónico, cortando o fluxo de<br />

corrente. Com esta ação, elimina-se,<br />

eficazmente, o risco de choque elétrico<br />

ou de incêndio em caso de uma<br />

ocorrência desta natureza. l<br />

22 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


empresas


PLR - PEÇAS LAND ROVER<br />

DÁ-ME UM PRAZER<br />

IMENSO TER A PEÇA QUE<br />

O CLIENTE NECESSITA<br />

COM AS NOVAS INSTALAÇÕES, EM TORRES VEDRAS, A PLR – PEÇAS LAND ROVER GANHOU<br />

UMA CAPACIDADE DE STOCK ÍMPAR, QUE LHE PERMITE ENVIAR, NO DIA, 98% DAS PEÇAS DE DESGASTE<br />

DA LAND ROVER, A GRANDE PAIXÃO DE RUI PINTO. PARA BREVE, PODERÁ JUNTAR-SE<br />

UMA SEGUNDA MARCA AO NEGÓCIO por Jorge Flores<br />

De uma paixão antiga pela marca<br />

Land Rover, Rui Pinto<br />

construiu um negócio sólido<br />

e dinâmico: a Peças Land Rover. Ou,<br />

apenas, PLR, uma identidade simplificada<br />

pela qual passa, agora, a responder<br />

a empresa em futuros projetos,<br />

que poderão ditar a adoção de<br />

uma segunda marca. A época, de resto,<br />

é de grandes mudanças. A começar<br />

pelas novas e modernas instalações,<br />

em Torres Vedras, que a empresa ocupa<br />

desde março deste ano. Na sua totalidade,<br />

o espaço dispõe de perto de<br />

1.000 m 2 , repartidos por escritórios,<br />

uma ampla sala de formação, uma<br />

área que poderá vir a ser uma pequena<br />

loja e, não menos importante, 700<br />

m 2 de armazém.<br />

“As novas instalações permitem uma<br />

melhoria <strong>das</strong> capacidades de cada<br />

interveniente do processo da venda.<br />

Com esta maior capacidade de stock,<br />

98% dos nossos produtos de desgaste<br />

(pastilhas, embraiagens...) são enviados<br />

no próprio dia. Mais: 81% de to<strong>das</strong><br />

as encomen<strong>das</strong> seguem no dia. E<br />

esse número é porque também temos<br />

certos pedidos pontuais, como, por<br />

exemplo, acabamentos que se vendem<br />

esporadicamente e que não se justifica<br />

ter em stock”, admite. “A recente<br />

remodelação permite-nos, inclusivamente,<br />

ganhar uma maior penetração<br />

no mercado. Durante vários anos,<br />

todo o lucro da empresa foi reinvestido<br />

em stock. Hoje, temos uma capacidade<br />

permanente superior a 8.000<br />

referências e mais de 40.000 itens armazenados.<br />

Dispomos do maior stock<br />

nacional de peças Land Rover. E temos<br />

várias linhas de material, desde<br />

original a aftermarket”, garante.<br />

Dinamismo tecnológico<br />

Rui Pinto é um amante da informática<br />

e um profissional atento aos novos<br />

tempos. “Gosto de basear a empresa<br />

em boas tecnologias de informação.<br />

Por esse motivo, temos um programador<br />

nos quadros da empresa”, conta.<br />

Com a mudança de casa, de resto, a<br />

PLR tornou-se mais eficaz do que<br />

nunca. Tudo funciona com a precisão<br />

de um relógio suíço. Exemplo disso, é<br />

o estúdio fotográfico criado numa zona<br />

anexa ao armazém. “As peças são<br />

quase to<strong>das</strong> fotografa<strong>das</strong> aqui. Fotografamos<br />

em vários ângulos para que<br />

os clientes possam ver, com rigor, se<br />

PLR – PEÇAS LAND ROVER<br />

Gerente Rui Pinto<br />

Sede Zona Industrial do Pinhal de<br />

Cascais, Lote 13, 2560 - 112 Ponte<br />

do Rol (Torres Vedras)<br />

Telefone 261 099 405<br />

Email info@pecaslandrover.com<br />

Site www.pecaslandrover.com<br />

é a peça que pretendem. Aquilo que<br />

veem no site é o que levam”, assegura.<br />

De serviço no armazém, encontra-<br />

-se João Marcelino. “Apesar da tenra<br />

idade, tem muito bom gosto musical”,<br />

brinca Rui Pinto, enquanto se<br />

ouve, como pano musical de fundo,<br />

Led Zeppelin. “E é muito competente”,<br />

reforça, mostrando o sistema de<br />

código QR com que são registados<br />

todos os dados relativos às encomen<strong>das</strong>.<br />

Na PLR, a informação do serviço<br />

está sempre disponível para toda a<br />

equipa. Muitas embalagens prontas<br />

a seguir viagem para os clientes são<br />

recicláveis, mostrando a forte preocupação<br />

com a pegada ecológica do<br />

responsável da empresa.<br />

A equipa da PLR é, hoje, composta<br />

por oito pessoas. Das quais cinco a<br />

seis estão afetas ao call center. “Não<br />

somos um site frio, daqueles em que<br />

ninguém fala com o cliente. 75% <strong>das</strong><br />

pessoas que nos compram, contactam-nos<br />

por telefone. Na maioria <strong>das</strong><br />

vezes, pouco sabem do site e não querem<br />

perder tempo. Nesses casos, lançamos<br />

a encomenda por eles. Queremos<br />

facilitar-lhes a vida ao máximo”,<br />

afirma Rui Pinto, que não esconde o<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 25


PLR<br />

MAIS DO QUE LIDERAR O MERCADO, RUI PINTO QUER CONTINUAR<br />

A CRESCER NA MARCA LAND ROVER, MANTENDO A QUALIDADE DO<br />

SERVIÇO, DO ATENDIMENTO TELEFÓNICO E A CAPACIDADE DE STOCK<br />

orgulho que tem na sua equipa. “Não<br />

fui buscar ninguém à concorrência.<br />

Vieram todos de outras áreas. Formei-os.<br />

E são fantásticos. Acreditam<br />

em mim. Por vezes, podem achar que<br />

sou louco, mas, passado uns tempos,<br />

percebem que tinha razão. Sinto-me<br />

muito apoiado”, sublinha.<br />

Primeiras peças<br />

Para contar a história da PLR, importa<br />

recuar até 2008, ano em que<br />

Rui Pinto criou o primeiro site – esta<br />

é a segunda geração – ainda antes<br />

de fundar a empresa, o que aconteceria<br />

dois anos depois. Mas a verdade<br />

é que, para si, tudo teve início bem<br />

antes. “Começou como uma brincadeira.<br />

Estava a reconstruir um Land<br />

Rover e sobraram-me muitas peças<br />

usa<strong>das</strong>. Fui ter com um amigo que<br />

tinha uma empresa de comunicação<br />

e disse-lhe que queria faze um blogue.<br />

Ele respondeu-me que eu tinha<br />

era de fazer um site! E esta foi a primeira<br />

versão do site, feita a custo zero,<br />

com a inserção de publicidade de<br />

empresas amigas”, recorda Rui Pinto<br />

ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />

Não mais parou. “Comecei a andar<br />

ao contrário do mercado. Hoje,<br />

a maioria <strong>das</strong> empresas não faz stock<br />

para não empatar capital. A PLR,<br />

PLR em números<br />

2008<br />

Criação do primeiro site<br />

30%<br />

Percentagem de peças<br />

originais vendi<strong>das</strong><br />

700 m 2<br />

Espaço do novo armazém<br />

98%<br />

Percentagem de peças de<br />

desgaste envia<strong>das</strong> no próprio dia<br />

pelo contrário, aumenta diariamente<br />

o número de referências em stock e<br />

a respetiva quantidade de cada referência.<br />

Comecei logo a fazer stock para<br />

ter capacidade de resposta. Quem<br />

não tem, não vende”, afirma. “Sou um<br />

amante da marca. Tenho vários Land<br />

Rover. Já os tinha antes da criação do<br />

8.000<br />

Número de referências em stock<br />

15%<br />

Percentagem de<br />

clientes profissionais<br />

15.000<br />

Número de clientes registados no site<br />

40.000<br />

Número de itens em stock<br />

site. E sempre senti que os players<br />

nacionais, muitas vezes, não tinham<br />

as peças. E quando não as tinham,<br />

também não sabiam quando teriam.<br />

Acho muito importante explicar ao<br />

cliente, quando não se tem uma peça,<br />

quando será feita a reposição.<br />

Dar uma data concreta. Foi graças<br />

a esses parâmetros de confiança que<br />

fomos ganhando clientes e crescendo.<br />

Somos apaixonados pela marca<br />

e temos uma simbiose perfeita com<br />

eles”, explica o responsável da PLR.<br />

Quando olha para trás e pensa no<br />

que conseguiu construir, o sentimento<br />

é forte. “Sinto uma grande<br />

autoestima. O negócio foi criado<br />

e desenvolvido, do zero, por mim.<br />

Lembro-me de ter um móvel com<br />

meia dúzia de peças. Transformei o<br />

conhecimento que tinha num negócio”,<br />

recorda.<br />

“Mais do que liderar o mercado,<br />

quero continuar a crescer na marca<br />

Land Rover, de uma forma sustentável,<br />

mantendo a qualidade do serviço,<br />

do atendimento telefónico e a<br />

capacidade de resposta e de stock”,<br />

refere. E conclui: “Dá-me um prazer<br />

imenso, quando falo com os clientes,<br />

poder dizer-lhes que tenho a peça”.<br />

Ou não saiba Rui Pinto o que é estar<br />

do outro lado da linha. l<br />

26 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


CORRIDA DE KARTS, PROVA DE CONDUÇÃO CEGA, TROCA DE<br />

PNEUS DE VIATURAS EM BOX... MOMENTOS DE ADRENALINA<br />

E PROVAS DE PERÍCIA NÃO FALTARAM NO EVENTO DA SKF


REPORTAGEM<br />

ENCONTRO ANUAL DE CLIENTES SKF<br />

EQUIPA VENCEDORA<br />

A SKF REALIZOU, NO FINAL DE SETEMBRO, O SEU ENCONTRO ANUAL DE CLIENTES.<br />

O LOCAL ESCOLHIDO FOI O AIA (AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE),<br />

ONDE MAIS DE 100 CONVIDADOS PUDERAM DESFRUTAR DE UM DIA REPLETO DE EMOÇÕES<br />

por João Vieira<br />

Grisélia Afonso, sales & marketing<br />

unit manager do Vehicle<br />

Service Market (VSM) da<br />

SKF Portugal, deu as boas-vin<strong>das</strong><br />

aos participantes e agradeceu a presença<br />

massiva de tantos clientes e o<br />

interesse demonstrado na iniciativa.<br />

Antes do almoço, a organização efetuou<br />

um briefing com todos os participantes<br />

para explicar as várias atividades<br />

que iriam decorrer durante a<br />

tarde. Após a refeição, deu-se início<br />

às várias provas incluí<strong>das</strong> no programa,<br />

que começaram com uma corrida<br />

de karts por equipas de dois pilotos.<br />

Após 10 minutos de treinos<br />

cronometrados para apurar a grelha<br />

de partida, realizaram-se, depois,<br />

20 minutos de corrida, com troca de<br />

pilotos durante a mesma. Um momento<br />

de puro divertimento mas,<br />

também, de competição, onde todos<br />

puderam pôr à prova as suas habilidades<br />

automobilísticas.<br />

Seguiu-se uma prova de condução<br />

cega, que consistiu num exercício de<br />

team building, onde a organização, o<br />

espírito de equipa, a comunicação e<br />

a assertividade foram fatores essenciais<br />

para o êxito. As equipas tiveram<br />

de eleger um participante para conduzir<br />

num percurso de olhos vendados,<br />

enquanto os restantes membros<br />

da equipa enviavam as instruções do<br />

percurso via rádio a partir do exterior.<br />

Outra atividade que pôs à prova o<br />

espírito de equipa e a destreza dos<br />

participantes foi a troca de pneus de<br />

viaturas em box. Cada equipa, constituída<br />

por oito elementos, tinha de<br />

trocar os pneus de um veículo no<br />

mais curto espaço de tempo e a tarefa,<br />

aparentemente fácil, precisava de<br />

muita concentração e uma boa coordenação<br />

para tudo correr bem no<br />

menor tempo possível.<br />

Momentos de adrenalina<br />

O evento terminou com uma experiência<br />

de condução no AIA (Autódromo<br />

Internacional do Algarve) ao<br />

volante de superdesportivos da frota<br />

Racing School, que proporcionou<br />

aos participantes a oportunidade de<br />

executarem técnicas de condução<br />

avançada na exigente pista de Portimão.<br />

Aqui, foi necessário empregar a<br />

maior suavidade possível no controlo<br />

do veículo, quer na gestão do ângulo<br />

do volante, quer da pressão de<br />

travagem ou acelerador. Outro aspeto<br />

fundamental foram as trajetórias<br />

desenha<strong>das</strong> pelos participantes, que,<br />

com a supervisão do instrutor, ditaram<br />

o desempenho geral e o objetivo<br />

fundamental, que era a redução do<br />

tempo por volta.<br />

No final, Grisélia Afonso agradeceu a<br />

presença de todos e o contributo dado<br />

para o desenvolvimento da marca<br />

no nosso país. “O sucesso da SKF em<br />

Portugal deve-se, em grande parte,<br />

ao excelente trabalho da nossa rede<br />

de distribuidores, que, ano após ano,<br />

supera os objetivos de ven<strong>das</strong> e muito<br />

contribui para o aumento da notoriedade<br />

da SKF junto <strong>das</strong> oficinas e do<br />

público em geral”, afirmou. Foi ainda<br />

anunciada a nova Campanha de Kits<br />

de Rolamentos de Roda, a qual, na<br />

compra de cada kit, a oficina ganha<br />

uma embalagem de chouriço ibérico<br />

de bellota de Guijuelo de 100g.<br />

O balanço desta jornada de convívio<br />

e confraternização não podia ser mais<br />

positivo, com todos os convidados a<br />

elogiarem a excelente organização do<br />

evento. Da parte da SKF, ficou a promessa<br />

de realizar um Encontro Anual<br />

de Clientes em 2020, fomentando,<br />

assim, o espírito de equipa que tem<br />

caracterizado estas iniciativas do fabricante.<br />

l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 29


ENTREVISTA<br />

EDUARDO SANTOS, ADMINISTRADOR DA ROADY<br />

ATÉ 2024,<br />

PREVEMOS ABRIR<br />

UMA DEZENA<br />

DE NOVOS<br />

CENTROS AUTO<br />

A ESTRATÉGIA DE EXPANSÃO DA ROADY, ATÉ 2024,<br />

PASSA POR ACRESCENTAR UMA DEZENA DE NOVOS<br />

CENTROS AUTO AOS 33 JÁ PERTENCENTES À REDE.<br />

EDUARDO SANTOS ACREDITA QUE O CRESCIMENTO<br />

DO GRUPO É PARA MANTER por Jorge Flores


Com uma estratégia bem definida, os centros<br />

auto Roady continuam a fazer o seu caminho<br />

no mercado nacional. Os números continuam<br />

positivos, reflexo da saúde do próprio Grupo<br />

Os Mosqueteiros em que estão inseridos, mas o<br />

foco principal está no futuro. Em entrevista ao <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Eduardo Santos, administrador<br />

da rede no nosso país, levantou o véu dos objetivos<br />

para os próximos tempos.<br />

Qual o balanço da atividade dos centros auto<br />

do Grupo Os Mosqueteiros, nestes primeiros<br />

nove meses do ano, comparativamente ao ano<br />

passado?<br />

A Roady encerrou 2018 com 37,5 milhões de euros<br />

de volume de negócios em Portugal, cerca de<br />

um ponto percentual acima do valor alcançado no<br />

ano anterior. Em relação a este ano, o crescimento<br />

é notório, mas é ainda prematuro avançar com valores<br />

definitivos.<br />

O que pode adiantar sobre os resultados<br />

financeiros do grupo?<br />

O Grupo Os Mosqueteiros encerrou 2018 com um<br />

volume de negócios global de 2,2 mil milhões de<br />

euros, o que correspondeu a um crescimento de<br />

10% em relação ao ano anterior. Em Portugal, o<br />

grupo totaliza 320 pontos de venda, que representam<br />

três insígnias: Intermarché, Bricomarché e<br />

centros auto Roady.<br />

Em abril deste ano, inauguraram mais um centro<br />

auto, em Chaves. São já 33 as casas aderentes à<br />

insígnia do Grupo Os Mosqueteiros. Existe algum<br />

número ideal de centros autos previstos para<br />

Portugal?<br />

Para o corrente ano (2019), o Grupo Os Mosqueteiros<br />

traçou como meta o aumento contínuo do<br />

parque de lojas. A estratégia, integrada num plano<br />

de expansão, até 2024, prevê a abertura de cerca<br />

de uma dezena de novos centros auto, o que constitui<br />

uma oportunidade para os empreendedores<br />

e investidores portugueses que pretendem criar o<br />

seu próprio negócio. Ou para aqueles que, já tendo<br />

oficina própria, pretendem integrar a nossa rede,<br />

que se insere no maior grupo de distribuição multi-insígnia<br />

da Europa.<br />

Que critérios deverá ter uma casa que pretenda<br />

aderir ao grupo?<br />

As condições de adesão ao grupo, váli<strong>das</strong> para qualquer<br />

uma <strong>das</strong> insígnias, passam por ter disponibilidade<br />

de capital, estar motivado a criar o seu próprio<br />

negócio e ser uma pessoa dinâmica, ter boa capacidade<br />

de gestão e liderança, não exercer outra atividade<br />

profissional, ter disponibilidade geográfica e<br />

ter disponibilidade para uma formação a tempo inteiro<br />

de seis meses (com metodologias teórica e prática).<br />

O capital necessário para integrar o grupo é de<br />

200 mil euros para Intermarché, 105 mil euros para<br />

Bricomarché e 75 mil euros para Roady.<br />

A geografia é, também, uma questão a ter em<br />

consideração no momento da adesão?<br />

A localização dos centros auto é sempre definida<br />

pela insígnia e mediante as oportunidades que surgem.<br />

É um processo que obriga a uma avaliação<br />

minuciosa de um conjunto de fatores, como a área<br />

de venda, a área da oficina, o local e o número de<br />

elementos da equipa, entre outros.<br />

Que zonas do país falta cobrir?<br />

Não existem propriamente zonas que estejam por<br />

cobrir. Temos uma boa mancha, com opções de<br />

norte a sul do país. A decisão de localização dos<br />

próximos centros auto será baseada naquelas que<br />

sentimos serem as necessidades dos clientes, associa<strong>das</strong><br />

a boas oportunidades que surjam.<br />

Todos os centros auto do Grupo Os Mosqueteiros<br />

têm loja e oficina?<br />

Sim, todos. É uma característica dos nossos centros<br />

auto Roady, que têm por norma uma área<br />

de venda com cerca de 380 m 2 , onde podem ser<br />

adquiridos produtos como lubrificantes, filtros,<br />

pneus, equipamentos interiores (capas e tapetes),<br />

escovas, produtos de manutenção, baterias e peças<br />

técnicas. O conceito Roady apresenta-se no mercado<br />

com um posicionamento de preço justo, dispondo<br />

desde as gamas de primeiro preço aos produtos<br />

<strong>das</strong> nossas marcas (PNM), passando pelas<br />

premium. Na área reservada à oficina, é possível<br />

encontrar sete boxes para os serviços de manutenção<br />

preventiva e reparações mais complexas. Nas<br />

oficinas, contamos com técnicos especializados e<br />

com planos de formação anuais, que proporcionam<br />

um atendimento especializado e eficaz. Nos<br />

centros auto Roady, existe ainda a possibilidade de<br />

realizar as várias operações, com e sem marcações<br />

prévias, todos os dias, incluindo fins de semana e<br />

feriados. O nosso foco é sempre o cliente.<br />

Em termos de negócio, em média, quanto<br />

representa a loja e a oficina?<br />

A grande maioria dos nossos clientes procura os<br />

centros auto Roady para as manutenções e reparações,<br />

assim como substituições de equipamentos<br />

de segurança ou conforto. 70% do volume de negócios<br />

dos centros auto Roady é proveniente dos<br />

serviços que requerem mão de obra, ficando os<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 31


EDUARDO SANTOS<br />

A GRANDE MAIORIA DOS NOSSOS CLIENTES PROCURA OS CENTROS<br />

AUTO ROADY PARA AS MANUTENÇÕES E REPARAÇÕES, ASSIM COMO<br />

SUBSTITUIÇÕES DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA OU CONFORTO<br />

restantes 30% atribuídos a to<strong>das</strong> as<br />

ações que não necessitem da intervenção<br />

de um técnico.<br />

O que distingue, na sua opinião,<br />

estes centros da concorrência?<br />

As vantagens estão centra<strong>das</strong> no conceito<br />

de centro auto desenvolvido sob<br />

a marca Roady e que oferece um conjunto<br />

alargado de serviços aos clientes,<br />

em particular os de maior utilidade<br />

para o dia a dia do condutor:<br />

alinhamento, teste de diagnóstico,<br />

revisões, substituição de amortecedores,<br />

som, multimédia e navegação,<br />

testes de pré-inspeções, mecânica<br />

geral, mudança da correia de distribuição<br />

e carregamento de ar condicionado.<br />

Por outro lado, o facto de a<br />

marca estar integrada no Grupo Os<br />

Mosqueteiros, uma cadeia internacional<br />

de distribuição, confere uma<br />

vantagem competitiva aos empresários<br />

aderentes. Além disso, nos centros<br />

auto Roady, é possível encontrar<br />

serviços rápidos sem marcação e<br />

uma gama completa de produtos para<br />

o automóvel em horário alargado<br />

e com total garantia de que o mesmo<br />

é tratado com profissionalismo e<br />

segurança. De salientar que os centros<br />

auto Roady têm uma excelente<br />

relação preço/qualidade. Este binómio,<br />

juntamente com a proximidade<br />

que existe entre os nossos espaços e<br />

a comunidade onde estão inseridos,<br />

resulta na criação de uma forte relação<br />

de confiança com os clientes.<br />

Uma terceira vantagem decorre ainda<br />

da gestão autónoma de cada ponto<br />

de venda pelo seu aderente ou dono<br />

de loja. Esta é uma <strong>das</strong> grandes<br />

vantagens da estrutura do grupo: o<br />

aderente, ao residir na localidade onde<br />

a loja está implantada, tem maior<br />

proximidade com os clientes e maior<br />

sensibilidade para as suas necessidades.<br />

Dessa forma, é mais fácil encontrar<br />

soluções adapta<strong>das</strong> às necessidades<br />

específicas que forem deteta<strong>das</strong>,<br />

pois tem autonomia para fazê-lo.<br />

Como descreve o atual estado do<br />

mercado oficinal em Portugal?<br />

Nos últimos anos, houve uma recuperação<br />

<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de veículos novos,<br />

que tem levado os concessionários a<br />

relançar a manutenção em garantia.<br />

O parque automóvel está nitidamente<br />

a alterar-se e o crescimento <strong>das</strong> frotas<br />

fez com que apostássemos em novas<br />

parcerias, pelo que, além da Arval,<br />

estamos a trabalhar como reparadores<br />

oficiais para as operações de manutenção<br />

da LeasePlan. No mercado<br />

oficinal, nota-se ainda uma crescente<br />

associação entre as oficinas independentes,<br />

centros auto e serviços rápidos.<br />

Ao nível da qualidade de serviço,<br />

notam-se grandes progressos no<br />

setor, quer através da aquisição de<br />

novos equipamentos e/ou através da<br />

formação de colaboradores. Nestes<br />

dois pontos, salientamos o trabalho<br />

que tem vindo a ser feito nos centros<br />

auto Roady, onde, de forma transversal<br />

a to<strong>das</strong> as oficinas, se tem apostado<br />

na formação profissional, um pilar<br />

que consideramos estrutural na nossa<br />

forma de trabalhar. Nos centros auto<br />

Roady, a formação é, aliás, adaptada<br />

às necessidades de cada colaborador<br />

e à constante evolução tecnológica<br />

do mercado. Em consequência,<br />

dispomos de técnicos qualificados e<br />

conseguimos disponibilizar preços<br />

competitivos e transparentes (no final<br />

da operação o cliente sabe o que<br />

está a pagar por cada item). As equipas<br />

fazem um diagnóstico completo<br />

do problema e procuram a solução<br />

mais adequada, sempre considerando<br />

uma relação qualidade/preço equilibrada.<br />

Para chegar a esta melhor relação<br />

qualidade/preço procuramos,<br />

também, estabelecer parcerias e acordos<br />

com distribuidores, que nos permitam<br />

aceder às melhores condições<br />

comerciais. l<br />

32 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EMPRESA<br />

MGM<br />

QUALIDADE<br />

CERTIFICADA<br />

A MGM OBTEVE UMA NOVA CERTIFICAÇÃO DA CERTIF NA ÁREA DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO.<br />

MANUEL GUEDES MARTINS, ADMINISTRADOR DA EMPRESA À QUAL “EMPRESTA” O SEU NOME,<br />

ACREDITA QUE A QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS E DAS REPARAÇÕES DEVE SER ACOMPANHADA<br />

DA FORMAÇÃO DOS SEUS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS por Jorge Flores<br />

A<br />

MGM continua apostada em<br />

garantir elevados índices de<br />

qualidade. Não apenas dos<br />

seus equipamentos mas, também,<br />

dos recursos humanos que compõem<br />

a empresa. A nova certificação<br />

obtida, recentemente, na área de<br />

sistemas de refrigeração, surge nesse<br />

sentido. “Uma <strong>das</strong> áreas em que<br />

a empresa atua, é a da reparação de<br />

compressores de ar comprimido, aos<br />

quais estão associados os secadores<br />

por refrigeração. Neste contexto,<br />

face às solicitações do mercado, a<br />

MGM decidiu apostar na certificação<br />

de três técnicos e, posteriormente, na<br />

da própria empresa. A certificação<br />

foi atribuída pela CERTIF”, explica<br />

o administrador, Manuel Guedes<br />

Martins. Este “era um objetivo que<br />

tínhamos já há algum tempo, no sentido<br />

de darmos uma resposta rápida<br />

ao cliente e não termos necessidade<br />

de recorrer, para o efeito, a outras<br />

empresas qualifica<strong>das</strong> no mercado”,<br />

acrescenta.<br />

As vantagens decorrentes desta certificação<br />

são várias. “As estações de<br />

ar comprimido trata<strong>das</strong> (sem humidade)<br />

estão monta<strong>das</strong> com secadores<br />

por refrigeração e os técnicos que<br />

procedem a intervenções, em determinados<br />

equipamentos contendo<br />

gases fluorados com efeito de estufa,<br />

têm, obrigatoriamente, de dispor de<br />

qualificações técnicas de acordo com<br />

o estabelecido pela regulamentação<br />

europeia e legislação nacional”, explica<br />

Manuel Guedes Martins ao <strong>Jornal</strong><br />

<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. E completa: “As empresas<br />

do ramo automóvel e indústrias<br />

que sejam detentoras destes equipamentos,<br />

são obriga<strong>das</strong>, por lei, a registarem<br />

os relatórios <strong>das</strong> intervenções<br />

técnicas na APA (Agência Portuguesa<br />

do Ambiente). E os mesmos têm de<br />

ser, obrigatoriamente, elaborados por<br />

empresas certifica<strong>das</strong>”.<br />

MGM<br />

Administrador<br />

Manuel Guedes Martins<br />

Sede<br />

Rua do Agro, n.° 150, 4410 – 089<br />

Serzedo (Vila Nova de Gaia)<br />

Telefones<br />

227 642 722 / 914 068 071<br />

Emails<br />

geral@mgm.com.pt<br />

mgm-assistencia@sapo.pt<br />

Site www.mgm.com.pt<br />

Reparações complexas<br />

A reparação deste tipo de equipamentos<br />

é bastante complexa. E a<br />

formação dos técnicos que realizam<br />

estes serviços assume uma importância<br />

acrescida. “Além da formação/<br />

certificação, é necessário proceder à<br />

aquisição de vários equipamentos<br />

específicos, assim como às respetivas<br />

calibrações (anuais) para a área<br />

da refrigeração. Estas intervenções<br />

envolvem procedimentos de risco.<br />

As manipulações têm de ser feitas de<br />

forma consciente, de forma a não libertar<br />

nenhum gás para a atmosfera,<br />

sob pena de contribuir para o aumento<br />

do efeito de estufa. O correto<br />

é recolher e envazar este composto,<br />

após a sua utilização em cilindros<br />

apropriados, e, depois, enviar às empresas<br />

certifica<strong>das</strong> pelos órgãos ambientais<br />

para que seja dada a destinação<br />

final segura”, afirma Manuel<br />

Guedes Martins.<br />

Mas será que este tipo de equipamentos<br />

representa uma fatia grande<br />

do negócio da MGM? “Não, é apenas<br />

um complemento ao nosso serviço e<br />

uma forma de assegurar que o cliente<br />

não procura outras empresas para<br />

o tratamento de assuntos relacionados<br />

com ar comprimido”, garante o<br />

responsável. Que, a concluir, faz um<br />

balanço muito positivo da atividade<br />

da MGM no terceiro trimestre deste<br />

ano: “A empresa está em franco<br />

crescimento, em várias áreas, destacando-se<br />

o aumento significativo de<br />

pedidos de assistência/comercialização<br />

de compressores e secadores de<br />

ar comprimido”. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 35


REPORTAGEM<br />

NEXUSAUTO E PROFISSIONAL PLUS<br />

PROJETO<br />

AMBICIOSO<br />

EMBORA JÁ SE ENCONTRASSEM A OPERAR NO NOSSO PAÍS DE FORMA<br />

DISCRETA, OS CONCEITOS OFICINAIS NEXUSAUTO E PROFISSIONAL PLUS,<br />

DA NEXUS AUTOMOTIVE INTERNATIONAL, FORAM, FORMAL E OFICIALMENTE,<br />

APRESENTADOS NO PASSADO DIA 8 DE OUTUBRO, NUMA AÇÃO LEVADA A<br />

CABO PELA KRAUTLI PORTUGAL NAS SUAS INSTALAÇÕES EM CONJUNTO COM<br />

A SERCA. O PROJETO É, NO MÍNIMO, AMBICIOSO<br />

por Bruno Castanheira


A<br />

Nexus Automotive International<br />

está presente<br />

em todos os locais<br />

onde existe vida,<br />

à exceção do Ártico”.<br />

Foi com esta frase curiosa que Marc<br />

sua vez, integra a Nexus Automotive<br />

International através da IDAP. Quer<br />

isto dizer que, mesmo não fazendo,<br />

diretamente, parte da estrutura da<br />

Nexus Automotive International, a<br />

KRAUTLI Portugal, acaba por tirar<br />

muito mais “rígida”, na Profissional<br />

Plus o aderente não necessita de ter<br />

uma imagem corporativa exterior<br />

uniformizada. Os requisitos para se<br />

ser aderente não são, por isso, iguais<br />

nas duas redes.<br />

A NEXUSAuto É UMA REDE PREMIUM<br />

QUE PROPÕE UM PAcote COMPLETO<br />

DE SOLUÇÕES “CHAVE NA MÃO”. JÁ A<br />

PROFISSIONAL PLUS, É MODULAR<br />

Blanco, diretor de operações da Serca,<br />

iniciou a sua apresentação. Para,<br />

de seguida, frisar: “Apostamos num<br />

modelo diferente de tudo o que existe.<br />

A Serca, juntamente com outras<br />

empresas que fazem parte da IDAP,<br />

foi uma <strong>das</strong> fundadoras da Nexus<br />

Automotive International, um grupo<br />

jovem que faturou, em 2018, quase<br />

19 mil milhões de euros”. O diretor<br />

de operações da Serca elencou as<br />

mais-valias do conceito NexusAuto,<br />

enaltecendo a formação, os sites, o<br />

call center técnico, a plataforma de<br />

informação, a presença nas redes sociais,<br />

o email direcionado e a Intranet.<br />

Tudo em português. Já Carlos<br />

Palancar, gestor ibérico da Serca,<br />

que tem as redes sob sua alçada, afirmou<br />

que “o conceito NexusAuto é o<br />

futuro”. Segundo disse, “trata-se de<br />

uma solução integrada que oferece às<br />

oficinas tudo o que elas necessitam,<br />

conforme elencou Marc Blanco”.<br />

Dimensão internacional<br />

Com cerca de 500 pontos a nível<br />

mundial, dos quais quase 30 estão<br />

na Península Ibérica (destes, sete<br />

em Portugal), a NexusAuto é a rede<br />

premium da Nexus Automotive International,<br />

ficando a Profissional<br />

Plus com o “papel” de rede modular.<br />

A KRAUTLI Portugal, a Bragalis (a<br />

outra empresa que se encarrega da<br />

promoção destes dois conceitos oficinais<br />

no nosso país) e a Cosimpor fazem<br />

parte do Grupo Serca, que, por<br />

partido <strong>das</strong> sinergias existentes no<br />

grupo. Mas tudo isto tem a ver com<br />

dimensão também. “Os sócios da<br />

Serca têm uma dimensão superior<br />

aquela que é necessária noutros grupos.<br />

Nós somos um dos quase 80 sócios<br />

da Serca que existem, três em<br />

Portugal e a maioria em Espanha”,<br />

explicou José Pires, diretor-geral da<br />

KRAUTLI Portugal. “Do ponto de<br />

vista legal e estrutural, a KRAUTLI<br />

Portugal não é sócia da Nexus Automotive<br />

International. Mas acaba<br />

por sê-lo indiretamente. A KRAUT-<br />

LI Portugal tem uma quota na Serca,<br />

a Serca tem uma quota na IDAP<br />

e a IDAP tem uma quota na Nexus<br />

Automotive International”, detalhou<br />

José Pires.<br />

Já Carlos Silva, diretor de ven<strong>das</strong> e<br />

marketing da KRAUTLI Portugal,<br />

frisou que “esta é mais uma ferramenta<br />

de fidelização que disponibilizamos<br />

aos nossos parceiros e<br />

clientes, que são os retalhistas de<br />

peças. E, estes, conseguem, por seu<br />

turno, fidelizar os seus: as oficinas”.<br />

A NexusAuto é uma rede premium<br />

que oferece um pacote completo de<br />

soluções “chave na mão”. Já a Profissional<br />

Plus, consiste numa rede<br />

modular e muito mais flexível, uma<br />

vez que o aderente pode contratar<br />

apenas os serviços que entende serem<br />

os mais adequados para valorizar<br />

a sua atividade e não todos.<br />

Além disso, ao contrário da NexusAuto,<br />

que é, digamos, uma rede<br />

Assegurar o futuro<br />

O objetivo da NexusAuto não é massificar<br />

o número de aderentes. Até<br />

porque existem critérios de zona<br />

(distância mínima de 1.000 metros<br />

entre oficinas; não pode existir mais<br />

do que uma em localidades com menos<br />

de 15 mil habitantes), o que não<br />

se verifica na Profissional Plus. “Não<br />

estamos obcecados com a massificação<br />

do número de oficinas NexusAuto”,<br />

alerta Carlos Palancar, reconhecendo,<br />

contudo, que “100 aderentes<br />

em Portugal seria um bom número”.<br />

Aquilo que a NexusAuto tem, a Profissional<br />

Plus também pode ter, só<br />

que de uma forma modular. Existe<br />

um pacote base na Profissional Plus<br />

que, depois, o aderente pode adquirir<br />

isoladamente. Porquê a necessidade<br />

destas duas redes? “Porque<br />

queremos assegurar o nosso futuro.<br />

E só tendo oficinas de qualidade, é<br />

que podemos vender peças. O nosso<br />

core business enquanto distribuidor<br />

é vender peças. Mas, para isso, é<br />

preciso fortalecer as oficinas, com as<br />

quais não lidamos diretamente, mas<br />

sim através dos retalhistas, que continuarão<br />

a ser peças fundamentais<br />

em toda esta equação”, alertou José<br />

Pires.<br />

A terminar, refira-se que, para o final<br />

de 2020, a KRAUTLI Portugal prevê<br />

que a rede NexusAuto chegue, pelo<br />

menos, às 50 oficinas, número que<br />

poderá ser superior a 100 no caso da<br />

rede Profissional Plus. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 37


ENTREVISTA<br />

JUAN SANTOS, GESTOR DE NEGÓCIOS DA BOMBÓLEO PORTO<br />

E RESPONSÁVEL PELA REDE CHECKSTAR<br />

PROCURAMOS PARCEIROS<br />

QUE SE IDENTIFIQUEM<br />

COM A MARCA<br />

O ANO DE 2019 ASSINALA UMA NOVA FASE NA VIDA DA CHECKSTAR EM PORTUGAL, APÓS SEREM DEFINIDOS<br />

NOVOS REQUISITOS POR PARTE DA MAGNETI MARELLI. TER PRESENÇA EM TODAS AS CAPITAIS DE DISTRITO É<br />

UM DOS OBJETIVOS DA REDE PARA O NOSSO PAÍS por João Vieira<br />

m entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>, Juan Santos, responsável<br />

da rede Checkstar<br />

Portugal, explica as razões da<br />

mudança de estratégia e os objetivos<br />

que pretende atingir.<br />

O que mudou na estratégia da rede Checkstar em<br />

Portugal?<br />

Os novos requisitos da Magneti Marelli ajudaram<br />

a que fizéssemos quase um ano “0” e começássemos<br />

a trabalhar com uma base comum e transversal<br />

a todos os parceiros. Só desta forma foi possível<br />

começar a encetar contactos com potenciais clientes<br />

e parceiros, de forma a dinamizarmos o negócio.<br />

Também houve, ao longo deste tempo, uma<br />

fase de adaptação de stocks nas variadíssimas gamas<br />

de produto Magneti Marelli, de forma a conseguirmos<br />

servir a rede com o produto da marca<br />

que representam. Também aqui teve de haver um<br />

trabalho de adaptação mútua, pois as oficinas retomaram,<br />

gradualmente, a sua ligação aos produtos<br />

da marca.<br />

Qual tem sido o envolvimento do Grupo Bombóleo<br />

com a rede de oficinas Checkstar?<br />

Sendo a Bombóleo o único distribuidor para a rede<br />

Magneti Marelli Checkstar em Portugal, o nosso<br />

envolvimento tem ser a 100%. É esse o nosso<br />

compromisso com os parceiros e com a marca. Tivemos<br />

de fazer um trabalho de raiz, principalmente<br />

de relacionamento com as oficinas, já que, na<br />

grande maioria, eram oficinas que não tínhamos<br />

qualquer relação comercial. Foi uma fase de conhecimento,<br />

de adaptações mútuas e que, agora,<br />

começamos a colher os frutos desse trabalho. Este<br />

envolvimento vai desde o aumento da disponibilidade<br />

da gama dos produtos Magneti Marelli Aftermarket<br />

aos investimentos na assistência técnica<br />

e à formação, que é assegurada por nós sem recurso<br />

a serviços externos. Também iniciámos contactos<br />

com algumas entidades de forma a trazer negócio<br />

para dentro da rede, com o objetivo, não só,<br />

de promovermos a venda do produto para a oficina<br />

como, também, para que esta possa escoar esse<br />

mesmo produto. Estamos, igualmente, a trabalhar<br />

em novos projetos que apresentaremos, em primeira<br />

mão, à rede na próxima convenção. Estamos<br />

a criar ferramentas que dinamizem os parceiros<br />

que fazem parte da rede.<br />

Quantas oficinas fazem, hoje, parte da rede?<br />

Atualmente, a rede tem 48 oficinas espalha<strong>das</strong> de<br />

norte a sul do país e, também, na ilha da Madeira,<br />

sendo que, neste arquipélago, o desenvolvimento<br />

da rede é feito em parceria com a Turbodiesel.<br />

Tencionam alargar o número de oficinas aderentes<br />

à rede?<br />

Em 2019, gostaríamos de encerrar o ano com 50<br />

oficinas. Temos alguns contactos feitos e, por isso,<br />

achamos que chegar às 50 oficinas é um número<br />

bastante interessante para a nossa rede.<br />

Quais as zonas do país que falta cobrir?<br />

Tencionamos ter presença em to<strong>das</strong> as capitais de<br />

distrito, nomeadamente Coimbra, Castelo Branco,<br />

Portalegre, Évora, Beja e Bragança, pois são cidades<br />

onde não temos uma oficina. Existem, depois,<br />

algumas cidades que, pela sua dimensão, são<br />

também importantes para a rede marcar presença.<br />

Exemplos de Guimarães, Maia, Matosinhos,<br />

Almada, Odivelas, Amadora, Cascais, Gondomar<br />

e Vila Franca de Xira. E, também, há espaço para<br />

aumentar o número de oficinas nas cidades do<br />

Porto e Lisboa.<br />

Quais os critérios que a oficina deve cumprir para<br />

integrar a rede Checkstar?<br />

Os critérios definidos pela marca são simples.<br />

Existe um pack de imagem standard (podendo ser<br />

38 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


JUAN SANTOS<br />

OS DESAFIOS DA REDE SÃO OS MESMOS QUE TODO O SETOR VAI<br />

ATRAVESSAR. A NOSSA LIGAÇÃO DIRETA A UM FABRICANTE DE<br />

PRIMEIRO EQUIPAMENTO COLOCA-NOS NUMA POSIÇÃO PRIVILEGIADA<br />

adaptado ao gosto do cliente) e necessidade<br />

de ter algumas ferramentas<br />

de trabalho que a maioria <strong>das</strong> oficinas<br />

já dispõe. Por isso, poderá nem<br />

haver necessidade de investimento<br />

desde que as organizações já incluam<br />

essas mesmas ferramentas. No entanto,<br />

para nós, o requisito mais importante<br />

é o do empresário querer<br />

integrar uma rede e estar preparado<br />

para trabalhar com a ligação com a<br />

marca, com tudo o que de bom e de<br />

menos bom isso possa trazer. Não<br />

tencionamos vender facha<strong>das</strong> e farda<br />

mentos. Não é o nosso negócio.<br />

Nem é isso que se pretende. Procuramos,<br />

sim, parceiros que se identifiquem<br />

com a marca e que tornem a<br />

rede mais forte, podendo esses parceiros<br />

também beneficiar desse mesmo<br />

reconhecimento.<br />

Qual a importância do acordo<br />

recentemente realizado com a<br />

LeasePlan? Em que consiste e quais<br />

as mais-valias e vantagens que traz<br />

para a rede?<br />

Esta parceria foi muito importante,<br />

pois coloca-nos dentro de um tipo de<br />

cliente que, hoje, é impossível descurar.<br />

No caso da LeasePlan, estamos a<br />

falar num universo superior a 100 mil<br />

viaturas, o que também aumenta o nível<br />

<strong>das</strong> nossas oficinas, porque trabalham<br />

veículos com uma idade média<br />

inferior a quatro anos. E, isso, ajuda<br />

a que, quase desde início, as oficinas<br />

comecem a trabalhar em viaturas que<br />

só ao fim de seis ou sete anos começavam<br />

a aparecer no mercado independente.<br />

Isto coloca-nos à frente no<br />

conhecimento. Também é importantíssimo<br />

porque alguns parceiros perderam<br />

clientes empresariais desde<br />

que estes passaram a ter as suas frotas<br />

através de renting. Agora, é possível<br />

voltar a recuperar esses clientes.<br />

Quais os aspetos diferenciadores da<br />

rede Checkstar?<br />

Uma <strong>das</strong> principais características<br />

que destaco é o facto de ser <strong>das</strong> poucas<br />

redes oficinais de um fabricante<br />

de primeiro equipamento. Poucas redes<br />

no mercado têm esta característica.<br />

Outro dos aspetos que nos distinguem,<br />

é a forte relação com a técnica.<br />

Um dos pilares desta rede foi sempre<br />

a sua forte ligação com a formação de<br />

excelência e com um serviço de apoio<br />

técnico dos melhores que existem no<br />

mercado. Também algo que nos diferencia<br />

de algumas redes, é o facto<br />

de termos produto de marca própria.<br />

Desde pastilhas e discos de travão,<br />

filtros, velas, escovas, lâmpa<strong>das</strong>, máquinas<br />

rotativas, kits de distribuição<br />

de correia e correntes, elevadores de<br />

vidro, iluminação, bombas de água,<br />

correias, baterias e consumíveis de<br />

oficina, entre outros. Destaco os lubrificantes<br />

Checkstar que comercializamos,<br />

em exclusivo, para a nossa<br />

rede, tendo esta aqui um forte argumento<br />

num produto que os pode distinguir<br />

da concorrência.<br />

Quais os principais serviços<br />

prestados pelas oficinas da rede<br />

Checkstar?<br />

O conceito requer que os parceiros sejam<br />

oficinas multimarca e multisserviços,<br />

já que há, também, uma oferta<br />

de produto para que possam utilizar<br />

no seu negócio diário. Os parceiros<br />

Checkstar, principalmente os mais<br />

antigos, são reconhecidos pelo seu conhecimento<br />

na área da eletricidade.<br />

No entanto, com a evolução do negócio,<br />

to<strong>das</strong> estão, neste momento, a<br />

prestar serviços de manutenção, mecânica<br />

e rápidos, entre outros.<br />

Que ações têm desenvolvido para<br />

promover as oficinas Checkstar<br />

junto do consumidor final?<br />

Existem duas campanhas anuais<br />

(verão e inverno) desenvolvi<strong>das</strong> pela<br />

Magneti Marelli direciona<strong>das</strong> ao<br />

40 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PUB<br />

automobilista. Há, no entanto, o<br />

acesso a uma série de ferramentas<br />

de marketing que o parceiro<br />

pode personalizar e fazer as suas<br />

próprias campanhas locais e regionais.<br />

Destacamos, também,<br />

a forte e ativa presença da Magneti<br />

Marelli Checkstar nas redes<br />

sociais, com publicações muito<br />

peculiares e de enorme impacto<br />

junto dos utilizadores.<br />

O que tem sido feito a nível<br />

de formação para as oficinas<br />

Checkstar?<br />

Existe um plano anual de formação<br />

exclusivo para a rede Checkstar,<br />

com duas ações seleciona<strong>das</strong><br />

pela rede. Esse plano de formação<br />

é, depois, complementado com o<br />

programa próprio da Bombóleo,<br />

onde abordamos áreas diferentes<br />

daquelas que foram seleciona<strong>das</strong><br />

no plano específico da Magneti<br />

Marelli.<br />

Que desafios se colocam ao<br />

futuro da rede Checkstar?<br />

Os desafios da rede são os mesmos<br />

que todo o setor vai atravessar,<br />

apesar da nossa ligação a um<br />

fabricante de primeiro equipamento<br />

nos poder trazer alguma<br />

vantagem. No entanto, a curto<br />

prazo, os desafios <strong>das</strong> nossas oficinas<br />

serão a adaptação para a<br />

intervenção em viaturas elétricas<br />

e híbri<strong>das</strong>. Outro dos desafios é<br />

a necessidade da utilização, cada<br />

vez mais frequente, do PassThru e<br />

de outras formas de ligação direta<br />

ao fabricante. Fazer uma simples<br />

intervenção numa viatura está a<br />

mudar rapidamente e se a oficina<br />

não estiver preparada, a viatura<br />

não poderá ser assistida. Do ponto<br />

de vista do distribuidor, continuará<br />

a ser um desafio encontrar<br />

os parceiros certos para fazer crescer<br />

a rede em qualidade e em presença<br />

no território nacional. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 41


REPORTAGEM<br />

MAN TRUCK & BUS<br />

VIAGEM AO FUTURO<br />

A MAN TRUCK & BUS ESTEVE PRESENTE NO 19.° CONGRESSO DA ANTRAM, REALIZADO NO CENTRO<br />

DE CONGRESSOS DE TRÓIA, PARA LEVAR OS VISITANTES NUMA VERDADEIRA VIAGEM AO FUTURO DO<br />

TRANSPORTE DE MERCADORIAS por Joana Calado<br />

O<br />

ponto alto da presença da<br />

MAN Truck & Bus no congresso<br />

foi a apresentação<br />

do novíssimo eTGE e o anúncio da<br />

reestruturação do modelo de distribuição<br />

da empresa pelo managing<br />

director, David Carlos. O mote do<br />

stand da marca especialista em veículos<br />

pesados levou os participantes<br />

numa total viagem ao futuro, distinguindo-se<br />

dos restantes pelo visual<br />

futurista. Até porque era impossível<br />

não reparar nos dois imponentes tratores<br />

e no recente MAN eTGE que<br />

decoravam a entrada virada para a<br />

marina de Tróia.<br />

Deslocações sem emissões<br />

Começou a ser produzido em série no<br />

mês de julho do ano passado e assemelha-se<br />

em tudo ao TGE “normal”.<br />

Mas o segredo está debaixo do capot.<br />

O eTGE é 100% elétrico e, por isso,<br />

mais amigo do ambiente. David Carlos,<br />

managing director da MAN Truck<br />

& Bus Portugal, explica que “esta<br />

é uma aposta na mobilidade elétrica,<br />

que já é uma realidade no nosso mercado.<br />

E viemos a Tróia mostrar aos<br />

nossos clientes que é possível reduzir,<br />

significativamente, as emissões<br />

de CO 2 ”.<br />

Direcionado totalmente para a distribuição<br />

de mercadorias em meios<br />

urbanos, o eTGE pode transportar<br />

cargas de 950 kg, anunciando uma<br />

autonomia de 173 km. Segundo a<br />

MAN Truck & Bus, “cerca de 70%<br />

dos veículos comerciais ligeiros utilizados<br />

em áreas urbanas percorrem,<br />

em média, menos de 100 km por<br />

dia”. Por isso, a autonomia do eTGE<br />

faz com que seja possível executar todo<br />

o percurso normal de um dia de<br />

trabalho na distribuição e recarregar<br />

a bateria durante a noite, visto que<br />

esta demora, dependendo do tipo<br />

de carregador, entre 45 minutos e 12<br />

horas para carregar totalmente.<br />

Poderemos pensar que, para obter esta<br />

autonomia, a MAN sacrificou alguns<br />

sistemas de conforto, mas, na realidade,<br />

tal não aconteceu. O eTGE continua<br />

a estar equipado com sistema de<br />

navegação, aquecimento de habitáculo<br />

e ar condicionado, bem como todos<br />

os sistemas de assistência do TGE, que<br />

prometem tornar a condução numa<br />

experiência bastante agradável.<br />

“Eletrificar” a distribuição<br />

Mas a inovação elétrica da MAN não<br />

fica por aqui. Depois do eTGE, a marca<br />

vai lançar, também, o eTGM e já<br />

se prepara para atingir o auge com<br />

a implementação de um veículo elétrico<br />

em cada uma <strong>das</strong> suas gamas.<br />

“O próximo passo é atingir o mix de<br />

produtos. Vamos apostar nos chassis<br />

cabine com as diferentes variantes<br />

de medi<strong>das</strong> entre eixos, até porque,<br />

com o lançamento do camião elétrico,<br />

queremos ter uma oferta completa<br />

de mobilidade elétrica”, afirma David<br />

Carlos.<br />

A MAN disponibiliza, também, um<br />

serviço de consultoria a empresas de<br />

logística que queiram optar por adquirir<br />

veículos elétricos, nomeadamente<br />

ajudando na redefinição de<br />

rotas de forma a ajudar na integra-<br />

ção <strong>das</strong> soluções na cadeia logística.<br />

“Até porque não podemos passar de<br />

um modelo de combustão para um<br />

modelo elétrico sem reestruturar o<br />

negócio propriamente dito”, alerta<br />

David Carlos.<br />

Reestruturar PARA aproximar<br />

A partir do dia 1 de novembro, a<br />

marca vai estar muito mais próxima<br />

dos clientes, apostando na venda direta<br />

no centro e sul do país através<br />

do seu concessionário em Lisboa. “O<br />

concessionário MAN Truck & Bus situado<br />

em Lisboa vai transformar-se<br />

numa organização dedicada única<br />

e exclusivamente ao serviço de pós-<br />

-venda”, anuncia o managing director.<br />

Assim, a MAN Truck & Bus<br />

Portugal passará a assegurar a comercialização<br />

de veículos pesados e<br />

ligeiros de mercadorias desde a zona<br />

do Porto até ao Algarve. Desta forma,<br />

os clientes passarão a estar em<br />

contacto direto com a marca, não<br />

havendo a necessidade de intermediários.<br />

l<br />

“VAMOS LANÇAR O CAMIÃO ELÉTRICO E, NUM FUTURO<br />

PRÓXIMO, QUEREMOS TER UMA OFERTA COMPLETA DE<br />

MOBILIDADE ELÉTRICA”, AFIRMA DAVID CARLOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 43


Oficina<br />

do Mês<br />

A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />

MOVETEC<br />

MOVIMENTO<br />

E TECNOLOGIA<br />

ESPECIALISTA EM REPINTURA DE LIGEIROS E PESADOS, A OFICINA MOVETEC, SITUADA EM MOREIRA,<br />

NA MAIA, CELEBRA, EM 2019, 10 ANOS DE ATIVIDADE. O GERENTE, BRUNO SALGADO, ACREDITA QUE<br />

OS SERVIÇOS DE CHAPA E PINTURA TÊM O FUTURO ASSEGURADO por Jorge Flores<br />

Movimento e tecnologia. Da junção destas<br />

duas palavras se faz o nome da “Oficina do<br />

Mês” desta edição do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>:<br />

Movetec – Centro de Reparação Automóvel. Nascida<br />

há, precisamente, 10 anos, em Moreira, na zona<br />

da Maia, esta casa é o concretizar de uma paixão<br />

e de um sonho antigo de Bruno Salgado, que,<br />

depois de vários anos a trabalhar para outras empresas,<br />

decidiu que seria altura de aventurar-se por<br />

sua conta e risco. Formou-se. E logo na faculdade<br />

começou a desenhar a Movetec, através da elaboração<br />

de um plano de negócios direcionado às<br />

oficinas. “Avancei já com essa base”, revela. Atualmente,<br />

Bruno Salgado gere os destinos da oficina,<br />

juntamente com a esposa, Bruna Rocha, esta última,<br />

dedicada à area de marketing e comunicação.<br />

O balanço da primeira década de atividade? “Positivo.<br />

Feito de trabalho árduo e de grande sacrifício<br />

pessoal e familiar”, reconhece, “mas os números<br />

têm estado no verde” desde que abriram<br />

portas, em 2009. “Os primeiros três anos, foram<br />

uma constante luta. O país vivia uma crise e houve<br />

muitas insolvências de empresas”, recorda. Refira-<br />

-se que a Movetec tem nas empresas perto de 85%<br />

dos clientes. “As gestoras de frotas e empresas de<br />

rent-a-car são o nosso core business”, adianta o responsável<br />

da oficina que, recentemente, começou a<br />

trabalhar com empresas estatais. “Temos vindo a<br />

conquistar o nosso mercado”, afirma Bruno Salgado.<br />

Com uma receita infalível, na opinião de Bruna<br />

Rocha. “Através da publicidade boca a boca feita<br />

MOVETEC – CENTRO DE REPARAÇÃO<br />

AUTOMÓVEL<br />

Gerente Bruno Salgado<br />

Morada Rua Raimundo Durães Magalhães,<br />

339, 4475 –189 Moreira<br />

Telefone 229 260 697<br />

Email movetec@movetec.pt<br />

Site: www.movetec.pt<br />

pelos nossos clientes, com quem mantemos uma<br />

relação de proximidade”.<br />

Chapa e pintura<br />

Composta por uma equipa de 12 pessoas, a Movetec<br />

assegura todos os serviços relacionados com<br />

a reparação automóvel, ainda que recorra à subcontratação<br />

em determina<strong>das</strong> áreas. Mas o grande<br />

foco é a chapa e a pintura de ligeiros e pesados.<br />

“Representa cerca de 70% do negócio”, afirma. Tal<br />

não foi por acaso. Antes uma estratégia definida<br />

inicialmente. “A minha visão era a de que a mecânica<br />

sofreria muitas alterações. Hoje, já se começam<br />

a verificar. Mas os serviços de chapa e pintura<br />

manter-se-ão por muito tempo. Pelo menos,<br />

enquanto não chegar a condução autónoma. Mas,<br />

mesmo nessa altura, continuará a haver pequenas<br />

bati<strong>das</strong>”, preconiza Bruno Salgado, que olha para o<br />

futuro com otimismo. “A nossa maior dificuldade é<br />

a mão de obra. É muito difícil encontrar profissionais<br />

para a repintura. Esse é o grande desafio para<br />

criar uma equipa. Escasseia o conhecimento técnico.<br />

Os jovens que seguem esta profissão preferem<br />

todos ir para mecatrónica”, lamenta. l<br />

44 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DESDE QUE ABRIU AS SUAS PORTAS, A OFICINA<br />

TEM CONSEGUIDO CRESCER SEMPRE, APESAR DAS<br />

DIFICULDADES INERENTES AO INÍCIO DE ATIVIDADE


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

MANN-FILTER<br />

SOLUÇÕES PARA O FUTURO NA EQUIP AUTO<br />

A<br />

MANN-FILTER expôs no certame parisiense as suas soluções para<br />

a filtragem do futuro. Os visitantes profissionais da feira descobriram<br />

as diversas respostas inovadoras aos desafios do setor automóvel<br />

propostas pela MANN+HUMMEL. O filtro de partículas de pó de travagem,<br />

o filtro de partículas finas móveis ou o filtro de óleo da transmissão<br />

para eixos elétricos, foram alguns dos produtos MANN-FILTER expostos.<br />

O filtro de partículas de pó de travagem remove até 80% <strong>das</strong> partículas<br />

finas gera<strong>das</strong> na travagem e é compatível com todos os tipos de motores,<br />

de veículos elétricos a veículos “convencionais” a gasolina ou Diesel e veículos<br />

híbridos. O filtro móvel de partículas finas retém a poeira fina do ar,<br />

incluindo as partículas de abrasão dos pneus e da estrada, além da poeira<br />

da travagem. Quanto ao filtro de óleo da transmissão, garante a limpeza<br />

do óleo para lubrificar e arrefecer as engrenagens e outros componentes da<br />

transmissão interna de veículos elétricos.<br />

46 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Readapt Portugal, Lda<br />

NOVA SEDE E CONCESSÃO EM ALVERCA<br />

Ford Trucks | Representada em Portugal pela OneShop, inaugurou, em Alverca do<br />

Ribatejo, a sua sede e concessão, tornando-se na primeira nova marca de pesados a entrar<br />

no nosso país em duas déca<strong>das</strong>. A abertura deste novo espaço resulta de um investimento<br />

de quatro milhões de euros, que será aplicado no arranque da operação, e de dois milhões<br />

de euros para desenvolver a rede de concessionários de pós-venda Ford Trucks no nosso<br />

mercado. As instalações de Alverca do Ribatejo, além da sede do importador da Ford<br />

Trucks para Portugal, serão a base da criação e expansão da rede comercial e de serviços<br />

pós-venda da marca de norte a sul do país, devendo traduzir-se na criação de 25 postos<br />

de trabalho em Portugal ao longo dos próximos dois anos. Para 2020, estão já em curso os<br />

preparativos para o alargamento da rede de concessionários a Leiria e ao Porto.<br />

NelsonTripa.pdf 1 10/10/19 12:46<br />

EAATA JUNTA-SE À MECATRONICAONLINE<br />

EAATA | No dia 1 de outubro, a EAATA, empresa líder no mercado de chaves auto,<br />

com sede em Espanha, passou a integrar o Grupo MECATRONICAONLINE em Portugal,<br />

ficando, assim, com um espaço físico no Edifício MECATRONICAONLINE, com showroom,<br />

laboratório e escritório. Contando, também, com um técnico altamente especializado<br />

em chaves auto e com dois formadores técnicos nas áreas da reparações e programações<br />

de chaves e centralinas. A partir de agora, o pós-venda automóvel em Portugal ficou<br />

mais enriquecido, não só em know-how técnico especializado, mas, também, com<br />

maior diversidade de equipamentos para oferecer às oficinas. Assim sendo, neste<br />

momento, a MECATRONICAONLINE e a EAATA disponibilizam as seguintes marcas:<br />

Actia, Autel, Dimsport, Foxwell, Haynespro, Mecparts, Mecline, TEXA, WT Engineering<br />

e XHORSE, entre outras. “Fico feliz que uma empresa de renome, como a EAATA,<br />

escolha a MECATRONICAONLINE como seu parceiro para levar adiante os seus projetos<br />

e futuros desenvolvimentos em conjunto no grupo”, referiu Sérgio Pinto, gerente da<br />

MECATRONICAONLINE.<br />

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Rua Fernando Vicente www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com - Armazém 15 - 2560-677 Novembro Torres Vedras I 2019 47<br />

Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />

Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W


Notícias<br />

EMPRESAS<br />

NOVO CATÁLOGO PARA VEÍCULOS PESADOS<br />

FAE | A empresa lançou o seu novo catálogo para veículos industriais, onde agrupa<br />

mais de 1.400 referências e abrange mais de 12.500 aplicações para veículos industriais.<br />

O CVi2 da FAE combina categorias de produtos publica<strong>das</strong> anteriormente em todos os<br />

seus catálogos, facilitando a localização numa única<br />

publicação <strong>das</strong> referências dedica<strong>das</strong> ao veículo industrial,<br />

camião, autocarro, trator e veículo leve, entre outros. Entre<br />

as referências, podem ser encontra<strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda,<br />

sensores de pressão, sensores de eixo de manivela,<br />

sensores de árvore de cames, sensores de velocidade,<br />

interruptores e sensores de temperatura. Também se<br />

encontram fabricantes relevantes para aplicações, como<br />

DAF, MAN, Mercedes-Benz, Volvo, Scania, Steyer, Iveco e<br />

Neoplan. To<strong>das</strong> as referências já estão disponíveis no TecDoc, onde a FAE é certificada como<br />

fornecedor de dados “Classe A”, bem como no catálogo online da empresa.<br />

APP VISA AMPLIAR PRESENÇA DIGITAL<br />

Repsol | A aplicação Repsol Move, disponível na App Store e no Google Play, simplifica<br />

o processo de registo e desmaterializa os cartões Repsol Move e de parceiros de desconto<br />

imediato. A app Repsol Move tem como principais objetivos ampliar a presença digital da<br />

petrolífera, simplificar o processo de registo e desmaterializar os cartões Repsol Move e de<br />

parceiros de desconto imediato. O processo de registo, associação e utilização de cartões de<br />

parceiros Repsol torna-se, assim, mais simples.<br />

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FABRICANTE DO MÊS NA AUTO DELTA<br />

MEYLE | Depois de durante o mês de Maio ter sido Fabricante do Mês na Auto Delta, a<br />

verdade é que a MEYLE está de regresso ao “palco” da Auto Delta até final de Novembro. A<br />

MEYLE é uma <strong>das</strong> marcas “bandeira” da Auto Delta. Detentora de uma gama de produtos<br />

de substituição bastante abrangente, segue os mais exigentes padrões de produção e conta<br />

com gamas de produto especialmente desenvolvi<strong>das</strong> que são, simplesmente, melhores do<br />

que a peça original. Muito mais ainda haveria para dizer mas a verdade é que o mercado<br />

nacional já conhece bem os produtos provenientes do fabricante de Hamburgo ou não<br />

estaria, ano após ano, a aumentar a sua já de si muito interessante quota de mercado.


Notícias<br />

empresas<br />

AUTOZITÂNIA<br />

CLÁSSICOS CITROËN<br />

Apoiou, no passado mês de setembro, o desfile de Clássicos Citroën pelas ruas<br />

da cidade de Odivelas, no âmbito do evento dos 100 anos da marca francesa.<br />

Recordando os veículos do passado, a Autozitânia recebeu, nas suas instalações,<br />

o evento da AVAMO (Associação de Veículos Antigos Motorizados de Odivelas),<br />

com um desfile de cerca de 100 automóveis clássicos da marca Citroën. Foi com enorme<br />

satisfação que a Autozitânia abraçou esta iniciativa “centenária”.<br />

MUITO MAIS QUE<br />

UM FORNECEDOR<br />

DE CORREIAS<br />

Na indústria automóvel global, a Gates destaca-se pelas suas peças de sistemas de correias de transmissão.<br />

É por isso que praticamente todos os construtores de automóveis mundiais escolhem a Gates como<br />

fornecedor de equipamentos originais. Mas, sabia que oferecemos uma vasta gama de outras peças para<br />

automóveis com o mesmo padrão de alta qualidade? Os tubos, bombas de água e termóstatos da Gates são<br />

fabricados para se adaptarem a aplicações específicas com especificações de qualidade OEM e permitem<br />

que poupe o tempo, os custos e a energia de recorrer ao seu representante de equipamentos originais.<br />

MUITAS RAZÕES DE PESO PARA ESCOLHER A GATES ®<br />

GATES.COM<br />

WORKSHOP MOTUL<br />

Leirilis | Nos passados dias 17 e 18 de setembro, a<br />

Leirilis realizou um workshop sobre lubrificantes Motul<br />

para os seus clientes em Leiria e Lisboa, contando com<br />

a presença de mais de 30 pessoas. O evento contou<br />

com a presença do diretor técnico da Motul Ibérica:<br />

Jordi Ribera. O objetivo desta ação organizada pela<br />

Leirilis, em parceria com a Motul, foi apresentar aos<br />

clientes a importância da identificação e utilização<br />

do lubrificante indicado para cada automóvel e<br />

aprofundar o conhecimento dos clientes em relação às<br />

diferentes características dos lubrificantes.<br />

30.º ANIVERSÁRIO<br />

50 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

© Gates Corporation 2019 - Todos os direitos reservados.<br />

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Centro Zaragoza | Comemorou o seu<br />

30.º aniversário com a presença de representantes<br />

de seguradoras parceiras, a equipa executiva da<br />

CEOE Aragón e membros dos comités de indústria,<br />

transporte e economia digital da confederação. Carlos<br />

Arregui, diretor-geral, fez uma apresentação do<br />

centro, explicando as atividades que são desenvolvi<strong>das</strong><br />

em torno da investigação e experimentação <strong>das</strong><br />

características, fabrico e reparação de veículos e<br />

acessórios.


MARCAS REPRESENTADAS<br />

ALMADA ALVERCA AVEIRO CASTELO BRANCO ESPOSENDE FUNCHAL LAMEGO LOURES MAIA MIRANDELA SANTARÉM VILA DO CONDE VILA REAL VISEU<br />

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Notícias<br />

empresas<br />

ASER TEM NOVOS PARCEIROS<br />

Samiparts e N Peças | Depois da Humberpeças,<br />

a Samiparts e a N Peças juntaram-se à central de serviços<br />

ASER Aftermarket Automotive desde o dia 1 de outubro. A<br />

Samiparts, fundada por Samuel Nunes e Miguel Batista, é<br />

um distribuidor localizado em Pombal, dispondo de quatro<br />

pontos de venda: Leiria, Pombal, Soure e Ansião. Dispõe de<br />

uma grande equipa de profissionais, que tem como missão<br />

oferecer um excelente serviço às oficinas e contribuir para<br />

o desenvolvimento dos seus profissionais. Já a N Peças,<br />

trata-se de uma empresa localizada em Lisboa que dispõe<br />

de dois pontos de venda: Lisboa e Montijo. Empresa jovem,<br />

nascida em 2012, pela mão de João Marques e Carla<br />

Marques, a N Peças têm como objetivo oferecer uma nova<br />

maneira de trabalhar com as oficinas. O Grupo ASER dá,<br />

com estas incorporações, um passo muito importante no<br />

fortalecimento do seu projeto em Portugal, consolidando o<br />

seu posicionamento diferente no mercado. “Na ASER, com<br />

as empresas Samiparts e N Peças, estamos convencidos que<br />

ambas as organizações sairão fortaleci<strong>das</strong>”, referiu José Luis<br />

Bravo, diretor-geral da ASER.<br />

EXPOMECÂNICA<br />

FEIRA BIENAL A PARTIR DE 2020<br />

Da próxima edição em diante, o Salão de<br />

Equipamentos, Serviços e Peças Auto<br />

passará a realizar-se a cada dois anos, alinhando<br />

a sua periodicidade com os principais<br />

eventos internacionais do setor. A novidade agrada<br />

ao tecido empresarial português. E, igualmente,<br />

aos expositores espanhóis. Tudo indica que a<br />

expoMECÂNICA 2020 terá a maior participação<br />

espanhola de sempre. A seis meses da realização<br />

do salão, a planta já integra o mesmo número de<br />

expositores espanhóis da edição anterior. E já há<br />

confirmação de operadores económicos italianos<br />

e belgas na edição do próximo ano, com reservas<br />

de espaço feitas. Na grelha de partida da expo-<br />

MECÂNICA 2020, deverá perfilar-se mais um<br />

recorde de participação espanhola. E internacional,<br />

provavelmente. Para o efeito, muito está já a<br />

contribuir a decisão da Kikai Eventos, organizadora<br />

do salão, de reposicionar a feira, alterando a<br />

sua periodicidade. O salão vai realizar-se de dois<br />

em dois anos a partir de 2020, alternando com a<br />

Motortec Automechanika Madrid.<br />

O acerto de calendário no próximo ano fará a 8.ª<br />

edição do certame acontecer só em 2022. Desta<br />

forma, a expoMECÂNICA alinha-se com as tendências<br />

internacionais do setor, permitindo ainda<br />

o seu crescimento no panorama dos principias<br />

eventos europeus que espelham a atividade.<br />

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52 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Notícias<br />

empresas<br />

LUBRIFICANTES<br />

Transforma o motor do<br />

seu veículo num atleta<br />

incansável<br />

FALECEU VALDEMAR NEVES<br />

torrespeçAS | O setor da distribuição de<br />

peças em Portugal ficou mais pobre. Valdemar<br />

Neves, fundador da Torrespeças, faleceu no passado<br />

dia 1 de outubro, aos 67 anos, vítima de doença.<br />

Pioneiro na distribuição de peças em Portugal, a<br />

sua visão e paixão pelo negócio fizeram com que<br />

a empresa atingisse uma posição de destaque no<br />

mercado, principalmente em Torres Vedras, onde se<br />

localiza a sede. A sua atividade no setor foi muito<br />

preenchida. Desde o início da Torrespeças, em 1980,<br />

com mais dois sócios, mais tarde com criação da<br />

Ribapeças e Granmotor, em conjunto com mais<br />

sócios que se juntaram para a criação dessas duas<br />

empresas. Leirimotor, em Leiria, no início da década<br />

90, e Eurotorres, que surge em 1995, foram outras<br />

<strong>das</strong> empresas às quais esteve ligado. Mas o maior<br />

exemplo deixado por Valdemar Neves tem a ver com<br />

a sua postura, simpatia e honestidade.<br />

Os engenheiros da Total desenvolveram a Age Resistance Technology,<br />

ART* para os nossos lubrificantes TOTAL QUARTZ. Esta tecnologia de<br />

última geração garante um desempenho ideal para o seu motor,<br />

melhorando até 64%** a proteção contra o desgaste mecânico, mesmo<br />

sob condições extremas de temperatura e pressão. Escolher o TOTAL<br />

QUARTZ com ART é escolher o lubrificante de motor que mantém o<br />

motor mais jovem por mais tempo.<br />

30 ANOS A FORMAR<br />

polivalor | Desde 1989 que a Polivalor<br />

desenvolve atividades de consultoria, formação e<br />

marketing. Comemorar 30 anos de uma empresa,<br />

não é para todos. Significa evolução, superação<br />

e dedicação de uma equipa de profissionais.<br />

Jorge Zózimo, diretor-geral, explica de que forma<br />

a organização que lidera atingiu esta meta: “A<br />

Polivalor orgulha-se muito destes 30 anos, por<br />

tudo o que fizemos, pelos projetos que realizámos<br />

e pelo contributo que sabemos termos tido para os<br />

nossos clientes. Sentimos que a Polivalor, através da<br />

partilha do conhecimento, a inovação nos serviços<br />

e produtos, bem como o contínuo processo de<br />

atingir a excelência, teve (e tem) um impacto muito<br />

significativo no mercado. Quando implementamos<br />

projetos de melhoria da produtividade e<br />

performance nos nossos clientes, os resultados são<br />

reconhecidos e, por vezes, os projetos são um case<br />

study”.<br />

** Tecnologia de Resistência ao Envelhecimento.<br />

** Comparado com os limites oficiais da indústria.<br />

54 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

www.total.pt<br />

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Classificados<br />

09mod_APMariaPia_vw_2016.pdf 2 17/07/19 11:55<br />

41jeep_RACHO_vrs_8modulos.pdf 1 28/06/19 15:37<br />

AUTO PEÇAS MARIA PIA, LDA<br />

“Com 25 anos de experiência”<br />

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PRODUTO<br />

ANTICONGELANTE FEBI<br />

PROTETOR DO<br />

MEIO AMBIENTE<br />

E DA CORROSÃO<br />

A REFRIGERAÇÃO DO MOTOR É UM SISTEMA<br />

MUITO COMPLEXO, FAZENDO MAIS DO QUE APENAS<br />

ARREFECÊ-LO. A INSPEÇÃO DOS COMPONENTES<br />

É IMPORTANTE, MAS O CONTROLO DO ANTICONGELANTE<br />

É, SEM DÚVIDA, TÃO OU MAIS RELEVANTE PARA MANTER<br />

O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />

febiTruck<br />

www.febi.com<br />

SOLUTIONS<br />

MADE IN GERMANY


O<br />

anticongelante deve oferecer<br />

proteção adequada contra o<br />

sobreaquecimento, evitando<br />

a solidificação quando as temperaturas<br />

se encontram abaixo de zero. Os<br />

modernos motores a gasóleo exigem<br />

mais anticongelante do que nunca.<br />

Estes motores têm vindo a tornar-<br />

-se cada vez mais potentes, expondo<br />

alguns componentes a temperaturas<br />

de funcionamento mais eleva<strong>das</strong>,<br />

com o intuito de haver uma redução<br />

de emissões e uma maior eficiência.<br />

Os fabricantes de veículos recorrem<br />

a tecnologias e a materiais recentes,<br />

o que significa maiores pressões de<br />

injeção, como, por exemplo 250 bar,<br />

exigindo proteção superior contra o<br />

desgaste.<br />

Lubrificação do sistema de<br />

refrigeração<br />

Os anticongelantes têm adicionalmente<br />

propriedades lubrificantes,<br />

permitindo que seja utilizado como<br />

lubrificante para componentes do sistema<br />

de refrigeração (por exemplo,<br />

bomba de água, termóstato, válvulas<br />

de aquecimento). Isto é particularmente<br />

importante para o empanque<br />

da bomba de água, que iria apresentar<br />

desgaste após um curto período<br />

de tempo sem anticongelante (Figura<br />

1). Para garantir que a vedação do<br />

veio funcione de forma constante ao<br />

longo da sua vida útil, é necessário<br />

que exista uma constante lubrificação<br />

e refrigeração. Um pequeno fluxo de<br />

anticongelante através do vedante garante<br />

a lubrificação.<br />

Proteção contra a corrosão<br />

Os inibidores do anticongelante<br />

também protegem contra a corrosão<br />

e cavitação, assim como impedem<br />

Anticongelante<br />

Película<br />

lubrificante<br />

Vedante móvel<br />

Vedante fixo<br />

Figura 1: Fluxo esperado da bomba de água (1μm = 0.001mm)<br />

depósitos e formação de espuma. O<br />

silicato é um aditivo com excelentes<br />

propriedades de prevenção contra a<br />

corrosão. Se a proporção de mistura<br />

de anticongelante para água for<br />

incorretamente calculada, a quantidade<br />

de inibidores pode ser bastante<br />

reduzida. Isto pode levar à corrosão<br />

de todo o sistema de refrigeração.<br />

Neste caso, a ferrugem, o calcário ou<br />

a sujidade podem destruir as superfícies<br />

dos vedantes. Como resultado,<br />

a vedação da bomba de água não poderá<br />

ser assegurada.<br />

Dica: é aconselhável limpar o sistema<br />

de refrigeração quando se subs-<br />

Folga do vedante<br />

Vedante móvel<br />

Zona<br />

de evaporação<br />

≈ 1-2μm<br />

Anticongelante<br />

Vedante fixo<br />

Fluxo esperado<br />

Exterior<br />

tituir o líquido de refrigeração. Não<br />

reutilizar o anticongelante que é drenado.<br />

O anticongelante contém resíduos<br />

perigosos.<br />

Anticongelantes febi<br />

Na gama de anticongelantes febi,<br />

existem três com cor igual, em comparação<br />

com os antecessores. Os três<br />

anticongelantes que contêm um corante<br />

roxo, são visualmente idênticos<br />

e contêm MEG (monoetileno glicol)<br />

como base, mas contêm diferenças<br />

na percentagem de aditivos. O anticongelante,<br />

na sua versão atual, consiste<br />

em, aproximadamente, 70%<br />

de glicol, 20% de glicerol e 10% de<br />

aditivos. O glicerol tem propriedades<br />

semelhantes ao glicol, mas é uma<br />

opção mais amiga do ambiente e<br />

que permite um menor consumo de<br />

energia durante o seu fabrico. A proteção<br />

contra a corrosão e a compatibilidade<br />

de materiais foram aperfeiçoados<br />

através de novos aditivos.<br />

Dica: é essencial seguir as instruções<br />

do fabricante sobre as especificações,<br />

intervalos de manutenção e mistura.<br />

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A força do<br />

arrefecimento.<br />

Gestão Térmica do<br />

Motor da febi


produto<br />

INSERIDA NO RHIAG GROUP DESDE 2014, A ERA TEM SOB SUA ALÇADA<br />

AS MARCAS NIPPARTS (PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS) E MESSMER<br />

(ESPECIALISTA EM MÁQUINAS ROTATIVAS). O PORTEFÓLIO TEM AUMENTADO


ERA<br />

LIDERANÇA ELÉTRICA<br />

COM MAIS DE 35 ANOS DE EXPERIÊNCIA NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPONENTES ELÉTRICOS E ELETRÓNICOS<br />

PARA O AFTERMARKET AUTOMÓVEL, A ERA (ELETTRO RAPPRESENTANZE AUTOCOMPONENTI) É<br />

RECONHECIDA NO MERCADO PELA SUA “LIDERANÇA ELÉTRICA”. A GRANDE VOCAÇÃO INTERNACIONAL DA<br />

EMPRESA ITALIANA DEVE-SE AOS MAIS DE 80 PAÍSES ONDE ESTÁ PRESENTE por Bruno Castanheira<br />

Qualidade, atenção, precisão.<br />

São estas as três características<br />

que definem a forma de<br />

trabalhar da ERA. A qualidade dos<br />

produtos, a atenção na escolha dos<br />

fornecedores e na composição dos<br />

catálogos, a precisão na entrega e<br />

no atendimento ao cliente. A ERA é<br />

uma referência entre os profissionais<br />

do setor elétrico e desenvolve os seus<br />

catálogos e serviços com o intuito de<br />

reforçar a presença geográfica. O objetivo<br />

da empresa italiana é oferecer<br />

aos clientes um catálogo completo de<br />

componentes para veículos de turismo<br />

e comerciais.<br />

Ao longo dos últimos anos, a ERA<br />

tem adicionado novas linhas de produto<br />

ao seu portefólio. Uma <strong>das</strong> novidades<br />

da organização transalpina é<br />

a disponibilização do sistema de ar<br />

condicionado. Mas a escolha de novos<br />

produtos não é fruto do acaso.<br />

Para mais, sendo o conforto um fator<br />

essencial para os clientes. O sistema<br />

de climatização instalado no veículo<br />

ajusta-se às condições do habitáculo,<br />

atuando sobre a temperatura, a humidade<br />

e a purificação do ar. Atualmente,<br />

a oferta da ERA nesta área é<br />

composta por condensadores, resistências,<br />

ventiladores de habitáculo,<br />

filtros desidratantes, válvulas de expansão,<br />

radiadores de aquecimento,<br />

compressores e acessórios. A empresa<br />

dispõe de mais de 1.000 referências<br />

no seu catálogo de climatização,<br />

de modo a garantir uma elevada cobertura<br />

do parque automóvel europeu<br />

e asiático.<br />

Incorporação da NippARTs<br />

Os produtos da gama de climatização<br />

da ERA estão preparados para<br />

operar sob condições extremas e<br />

em zonas com variações climatéricas<br />

bruscas. Entre eles, destacam-se<br />

os radiadores de aquecimento (75 referências<br />

em catálogo), que asseguram<br />

a produção de ar quente para o<br />

sistema de climatização e aquecem<br />

o ar que lhe chega através do ventilador,<br />

podendo o ar quente ser enviado<br />

ao habitáculo. Os separadores<br />

de óleo (60 referências em catálogo)<br />

também estão em evidência, pois<br />

tratam-se de componentes fundamentais<br />

do sistema de refrigeração,<br />

já que controlam a temperatura do<br />

óleo do motor.<br />

Outra novidade importante que caracteriza<br />

a história da ERA, diz respeito<br />

à incorporação da marca Nipparts.<br />

No segundo semestre de<br />

2018, os produtos da Nipparts, distribuidor<br />

holandês de peças de reposição<br />

para veículos japoneses e sul-<br />

-coreanos, transitaram para a ERA,<br />

que, desde então, assume a distribuição<br />

desta marca em todo o mundo.<br />

Esta decisão permitiu à ERA fortalecer<br />

ainda mais a sua oferta, propondo<br />

uma gama completa e de qualidade<br />

que, com rápida disponibilidade e<br />

preço competitivo, é capaz de cobrir<br />

mais de 95% do parque automóvel<br />

asiático.<br />

O catálogo da ERA chega, agora, às<br />

30 mil referências e inclui produtos<br />

elétricos e mecânicos, todos disponíveis<br />

online e na plataforma de e-commerce,<br />

atualizada constantemente<br />

e em contacto com os clientes.De<br />

facto, hoje, o serviço é essencial e a<br />

ERA dispõe de um modo de atuação<br />

excelente, rápido e fiável. No mercado<br />

português, a empresa italiana<br />

não tem presença direta, não dispõe<br />

de uma delegação própria, nem<br />

tem armazém logístico. No entanto,<br />

está satisfeita com os sucessos que<br />

tem obtido no nosso país. A força e<br />

o apoio da ERA em Portugal devem-<br />

-se à colaboração dos clientes e distribuidores,<br />

que se encarregam de difundir<br />

os produtos por todo o país.<br />

Sempre atenta às novidades, a ERA<br />

conta com distribuidores profissionais<br />

do setor. Empresas sérias e confiáveis<br />

que sabem adaptar-se às tendências<br />

do mercado, ampliando os<br />

seus catálogos e as suas ofertas para<br />

os clientes. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 59


EMPRESA<br />

PBS<br />

ENERGIA À PROVA<br />

A NOVA LINHA ENERGIA, PARA LIGEIROS, PESADOS E STOP&START, JÁ<br />

DISPONÍVEL NO MERCADO, CUMPRE UM OBJETIVO DE RAIZ DA PBS:<br />

COMERCIALIZAR UMA GAMA COMPLETA E DE MARCA COM IDENTIDADE<br />

PORTUGUESA por Jorge Flores<br />

Presente no mercado há mais de<br />

10 anos, a PBS tem investido,<br />

pouco a pouco, em várias<br />

marcas, nomeadamente, a STECO.<br />

Contudo, Daniel Monteiro, gerente<br />

da empresa, sempre teve em mente,<br />

desde o início, a criação de uma marca<br />

portuguesa. “Era uma estratégia<br />

que tinha quando vim de França para<br />

Portugal”, conta. A marca já está<br />

disponível no mercado e dá pelo nome<br />

de ENERGIA. “O meu exemplo é<br />

a Bosch. Também não é um fabricante<br />

de baterias, mas sim uma marca. E<br />

os profissionais sabem que encontram<br />

sempre um elevado nível de qualidade<br />

a preço competitivo”, exemplifica.<br />

O objetivo da PBS é manter-se como<br />

especialista em baterias e continuar a<br />

importar produtos, recorrendo a acordos<br />

com vários fabricantes para o efeito.<br />

“Em relação à marca ENERGIA,<br />

existe uma estratégia de gama”, afiança.<br />

“Começámos com uma linha de ligeiros<br />

completa, que vai dos 35 Ah até<br />

110 Ah. Uma gama consolidada para<br />

ligeiros, desenhada para cumprir os requisitos<br />

do mercado, mas sempre com<br />

o intuito de responder à qualidade do<br />

primeiro equipamento. Depois, acrescentámos<br />

a gama de pesados, também<br />

ela consolidada. Vai dos 100 Ah até aos<br />

240 Ah. Uma gama de descarga lenta<br />

para barcos e autocaravanas e uma gama<br />

completa para o setor <strong>das</strong> motos. E,<br />

agora, mais recentemente, temos ainda<br />

a gama Stop&Start. Dentro desta<br />

linha, temos duas tecnologias (AGM e<br />

EFB). Não queríamos lançá-la no mercado<br />

sem ter a gama completa. Para<br />

que os profissionais pudessem ter acesso<br />

ao produto em toda a amplitude.<br />

Ao todo, hoje, são 10 referências, que<br />

abrangem 100% do que é necessário<br />

para o mercado Stop&Start”, afirma.<br />

Novos produtos<br />

Dando provas de grande dinamismo,<br />

a PBS criou ainda uma ferramenta<br />

para oficinas e profissionais da revenda:<br />

uma aplicação com uma base de<br />

dados que permite identificar um veículo<br />

por marca e modelo. “Da mesma<br />

forma que existe para o parque com<br />

mais de 10 anos, temos, agora, esta base<br />

de trabalho que permite escolher a<br />

PBS – PORTUGAL BATERIA<br />

SERVIÇO<br />

Gerente Daniel Monteiro<br />

Sede Rua Miguel Bombarda, n.° 9,<br />

2685 - 082 Sacavém<br />

Telefone 211 927 482<br />

Email geral@<br />

portugalbateriaservico.pt<br />

Site www.portugalbateriaserviço.pt<br />

bateria adequada para todo o parque<br />

Stop&Start”, realça.<br />

Outra novidade é a parceria da empresa<br />

com um fabricante francês, que,<br />

entre vários produtos, desenvolve carregadores:<br />

a Uniteck. Mais uma vez,<br />

a PBS aposta numa gama completa.<br />

Neste caso, para motos, ligeiros e camiões.<br />

“Encontra-se já disponível para<br />

distribuição às oficinas e casas de peças.<br />

É uma área muito interessante. E<br />

esta marca, que não é muito conhecida<br />

por cá, tem um elevado grau de qualidade”,<br />

garante Daniel Monteiro.<br />

Balanço positivo<br />

Com 2019 a caminhar para o fim, o<br />

responsável da PBS faz um balanço positivo,<br />

quando comparado com o ano<br />

passado. “Faltam três meses importantes,<br />

porque pesam muito na nossa<br />

faturação. O inverno representa quase<br />

1/3 <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Outubro já está quase<br />

a acabar, mas novembro e dezembro<br />

são essenciais para a empresa”, adianta.<br />

“Mas estamos a crescer face a 2018,<br />

tanto na faturação como em volume”,<br />

acrescenta. Na sua opinião, a grande<br />

responsável por esta subida dos números<br />

da empresa é a linha de produtos<br />

Stop&Start. “Hoje, quase 70% dos veículos<br />

trazem este sistema de origem”,<br />

diz. E acrescenta: “Há cerca de 10 anos<br />

que este sistema está presente no primeiro<br />

equipamento dos veículos. E,<br />

agora, começa a haver mecanicamente<br />

resultados no aftermarket”. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 61


ENTREVISTA<br />

CREIO QUE<br />

SOMOS UMA DAS<br />

MARCAS COM<br />

MAIOR NÍVEL<br />

DE SERVIÇO<br />

E OFERTA EM<br />

PORTUGAL


PAULO SANTOS, BRAND MANAGER DA VALVOLINE<br />

A VALVOLINE ESTÁ COM UMA OFENSIVA DE PRODUTO SEM PRECEDENTES, TENDO OS REFRIGERANTES/<br />

ANTICONGELANTES, A LINHA DE CAR CARE E OS ADITIVOS SIDO AS MAIS RECENTES ADIÇÕES AO SEU<br />

PORTEFÓLIO. PAULO SANTOS, BRAND MANAGER, REFERE MESMO QUE, “NESTE MOMENTO, CREIO QUE<br />

SOMOS UMA DAS MARCAS COM MAIOR NÍVEL DE SERVIÇO E OFERTA EM PORTUGAL” por Bruno Castanheira<br />

Embora esteja presente no nosso país desde<br />

1985, foi a partir de 2010, quando a KRAUT-<br />

LI Portugal “pegou” na Valvoline, a pedido<br />

desta, que a marca tem tido um desenvolvimento<br />

sem precedentes. Agora, com a adição dos refrigerantes/anticongelantes,<br />

da linha de car care e<br />

dos aditivos, a oferta está mais completa do que<br />

nunca. Paulo Santos, brand manager da Valvoline,<br />

explica, nesta entrevista, as razões que levaram a<br />

marca a aumentar o seu portefólio de produtos, em<br />

que consistem as novidades e quais são as grandes<br />

áreas de intervenção no mercado.<br />

A Valvoline é, hoje, muito mais do que uma marca<br />

de lubrificantes. Concorda com esta afirmação?<br />

Em absoluto. Essa é uma realidade que está no<br />

ADN da Valvoline, desde 1866. O grande objetivo<br />

da marca passa por ser um parceiro global, com<br />

uma oferta muito diversificada. Não só em termos<br />

de lubrificantes mas, também, noutras vertentes,<br />

como refrigerantes/anticongelantes, anticorrosivos,<br />

produtos de car care e aditivos. O grande objetivo<br />

da Valvoline é poder fornecer a um profissional<br />

do setor automóvel uma gama de produtos que<br />

tornam a marca numa forte aliada no seu dia a dia.<br />

A que se deve o alargamento da oferta de<br />

produtos ao longo dos anos?<br />

Deve-se, essencialmente, às novas tecnologias adota<strong>das</strong><br />

pelas viaturas. A “pressão” a que os construtores<br />

de automóveis têm sido submetidos ao longo<br />

dos últimos anos, tem levado a Valvoline a disponibilizar<br />

uma gama muito mais alargada, não só de<br />

lubrificantes como, também, de refrigerantes/anticongelantes<br />

e aditivos. A sensibilização dos profissionais<br />

do setor ao longo dos últimos anos, fruto do<br />

elevado número de ações que temos levado a cabo<br />

de uma forma muito consolidada, tem garantido<br />

uma evolução na procura de produtos e soluções<br />

adequa<strong>das</strong> as reais necessidades dos equipamentos.<br />

Há quanto tempo está a marca presente no nosso<br />

país e a partir de que altura “pegou” a KRAUTLI<br />

Portugal na Valvoline? Com que intenção o fez?<br />

A Valvoline iniciou-se no mercado nacional em<br />

1985, tendo, depois, um interregno entre 2005<br />

e 2010 sensivelmente, ano em que a KRAUTLI<br />

Portugal, Lda. iniciou a distribuição da marca. A<br />

KRAUTLI Portugal, Lda. “pegou” na Valvoline a<br />

convite da própria, em 2010. Até então, já tinha tido<br />

uma abordagem ao mercado dos lubrificantes com<br />

a marca Motorex, de origem suíça, a qual não nos<br />

permitiu, na época, singrar neste setor. Desde essa<br />

altura que não estava no nosso “radar” de produtos<br />

uma marca de lubrificantes. No entanto, a Valvoline<br />

fez-nos reconsiderar e “pegámos” na marca de uma<br />

forma mais adaptada. Desde o início que temos superado<br />

as expectativas iniciais. Ano após ano, sentimo-nos<br />

reconhecidos no mercado de uma forma<br />

positiva e estamos muito satisfeitos com a marca.<br />

Quais são os produtos mais recentes que<br />

passaram a integrar o portefólio da Valvoline? Em<br />

que medida vêm eles complementar a oferta ou<br />

fazer crescer as ven<strong>das</strong>?<br />

Os mais recentes produtos que estamos a integrar<br />

no nosso portefólio, para além dos lubrificantes que<br />

acompanham, em tempo real, as necessidades do<br />

mercado, são os refrigerantes/anticongelantes, a linha<br />

de car care e os aditivos. Estas renova<strong>das</strong> gamas<br />

estão cada vez mais completas e adapta<strong>das</strong> as reais<br />

necessidades do mercado, o que nos leva a marcar<br />

posição num segmento em que não estávamos muito<br />

ativos. Apesar de termos algumas soluções, não<br />

as entendíamos de uma forma muito prioritária,<br />

até porque alguns dos produtos já faziam parte da<br />

nossa oferta de lubrificantes na gama Maxlife. Nesse<br />

sentido, fomos percebendo que o mercado está<br />

muito carente de produtos e soluções profissionais<br />

nestes três setores, em especial no que toca a refrigerantes/anticongelantes.<br />

Exemplo disso, é a forte<br />

evolução que os refrigerantes/anticongelantes têm<br />

vindo a sofrer de há uns anos a esta parte. Evolução<br />

essa que tem levado a que a Valvoline olhe para<br />

este mercado com maior atenção. Neste momento,<br />

creio que somos uma <strong>das</strong> marcas com maior nível<br />

de serviço e oferta em Portugal. A nossa gama de<br />

produtos e soluções é composta por 10 referências<br />

e está dividida em quatro grandes famílias. Produtos<br />

desenvolvidos à base de etileno glicol com e sem<br />

carga de silicato (OAT e SI-OAT) e produtos desenvolvidos<br />

com a mais recente tecnologia Glysantine,<br />

igualmente com e sem carga de silicato. Estas quatro<br />

áreas estão disponíveis em cinco tonalidades:<br />

azul, verde, cor-de-rosa, vermelho e amarelo. Esta<br />

vasta oferta vai ao encontro da crescente necessidade<br />

do mercado pela tecnologia SI-OAT, tecnologia<br />

esta que faz parte <strong>das</strong> exigências da maioria dos<br />

motores desde 2006 e que tem sido negligenciada<br />

por parte dos profissionais do setor, tanto ao nível<br />

de retalho como ao nível <strong>das</strong> oficinas. O mercado<br />

nacional consome, em grande parte, anticongelantes<br />

inorgânicos, pensados para aplicações em motores<br />

com menor nível tecnológico, não salvaguardando<br />

os componentes com os quais está em contacto,<br />

com elevada ineficiência térmica em condições de<br />

funcionamento extremo e incapacidade perante o<br />

fenómeno da cavitação. Creio que os próximos anos<br />

serão bastante importantes na sensibilização do<br />

mercado no que toca a refrigerantes/anticongelantes,<br />

até porque as estatísticas defendem que mais de<br />

50% <strong>das</strong> avarias auto tem origem no sistema de refrigeração.<br />

No que diz respeito aos aditivos, temos<br />

uma renovada gama composta por 12 referências,<br />

que visam cobrir quatro grandes áreas de intervenção:<br />

Sistemas de Gasolina, Diesel, Arrefecimento e<br />

Lubrificação. Por último, lançámos uma nova linha<br />

de car care composta por 33 referências, que visam<br />

cobrir seis grandes áreas: Proteção, Lubrificação,<br />

Limpeza, Ferramenta, Montagem e Manutenção<br />

Auto. É nestas três renova<strong>das</strong> áreas de negócio que<br />

a Valvoline passou a ter uma resposta mais adaptada<br />

as reais necessidades do mercado nacional.<br />

Durante os meses de verão de 2019, a Valvoline<br />

exibiu os seus produtos em outdoors nas estra<strong>das</strong><br />

nacionais. Esta original campanha de aftermarket<br />

contou com o apoio dos distribuidores da marca<br />

e apontou ao cliente final. Que balanço faz desta<br />

ação?<br />

Esta ação de marketing teve início em 2018, tendo<br />

sido 2019 o segundo ano. O balanço é muito positivo<br />

e leva-nos a acreditar que estamos no bom<br />

caminho. Como em tudo, existem sempre pontos a<br />

melhorar, mas creio que, em 2019, atingimos um<br />

nível muito elevado de visibilidade para a marca.<br />

A alteração do site oficial da Valvoline, em 2019,<br />

levou-nos a reconsiderar a imagem utilizada em<br />

2018. Acreditamos, no entanto, que esta renovada<br />

imagem foi mais impactante e o balanço é muito<br />

positivo. Acredito que todos os envolvidos no prowww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

Novembro I 2019 63


PAULO SANTOS<br />

FOMOS PERCEBENDO QUE O MERCADO ESTÁ MUITO CARENTE DE<br />

PRODUTOS E SOLUÇÕES PROFISSIONAIS EM DIVERSOS SETORES,<br />

EM ESPECIAL NO QUE TOCA A REFRIGERANTES/ANTICONGELANTES<br />

jeto nacional Valvoline, beneficiaram<br />

com esta iniciativa.<br />

Como olha a Valvoline para o<br />

seu negócio com a proliferação<br />

de veículos elétricos? Irá a<br />

“eletrificação” do automóvel obrigar<br />

a marca a mudar de paradigma,<br />

acabando por reinventar-se?<br />

Bom, este é, sem dúvida, um tema<br />

muito atual, seguramente mais atual<br />

do que uma grande parte dos operadores<br />

do nosso setor julgam. A “eletrificação”<br />

é uma realidade para a<br />

qual a Valvoline já tem resposta, até<br />

porque uma <strong>das</strong> principais marcas<br />

de veículos elétricos já é cliente Valvoline<br />

desde o início. Não será segredo<br />

nem surpresa para ninguém que<br />

a Tesla utiliza um método de refrigeração<br />

<strong>das</strong> suas baterias com produtos<br />

e soluções Valvoline da gama Zerex.<br />

O refrigerante/anticongelante G48,<br />

já faz parte desta realidade desde o<br />

início da marca Tesla. O que nos leva<br />

a brincar com o facto de a marca<br />

Valvoline ter atingido uma dimensão<br />

estratosférica, com o lançamento do<br />

Model 3 no espaço. No entanto, não<br />

só a Valvoline, como to<strong>das</strong> as restantes<br />

marcas de lubrificantes vão sofrer<br />

um forte impacto com a “eletrificação”<br />

do automóvel. É esta “nova” realidade<br />

que irá marcar um novo rumo<br />

já em 2020, com a implementação<br />

do CAFE (Corporate Average Fuel<br />

Emissions).<br />

Que análise faz do setor dos<br />

lubrificantes em Portugal, sabendose<br />

que a Valvoline dispõe de uma<br />

rede de distribuição bem definida e<br />

que não faz concorrência geográfica<br />

entre ela?<br />

A minha análise sobre o setor dos<br />

lubrificantes em Portugal é bastante<br />

alinhada com os restantes mercados:<br />

demasiada oferta para limitada<br />

procura. Este setor, à semelhança<br />

dos demais, necessitava de ser regulado<br />

e mais fiscalizado, por forma a<br />

salvaguardar toda a cadeia de valor<br />

e, em especial, o cliente final. Existe<br />

uma forte fiscalização perante as empresas<br />

que tendem a cumprir e um<br />

facilitismo por parte de outras que<br />

acabam por vender lubrificantes da<br />

mesma forma que se vendem pasta<br />

de dentes. Como se isso fosse possível,<br />

não só do ponto de vista técnico,<br />

como, também, do ponto de vista<br />

ambiental. A nossa estratégia com a<br />

Valvoline passa por trabalhar, preferencialmente,<br />

o canal profissional,<br />

capacitando todos os intervenientes<br />

com ferramentas de identificação e<br />

conhecimento técnico. A nossa visão<br />

tem por objetivo criar cultura de<br />

marca, assente na nossa gama de produtos<br />

e soluções de elevada qualidade<br />

e grande diversidade. A nossa missão<br />

passa por nos tornarmos numa referência<br />

positiva no mercado.<br />

Quais são os maiores desafios que<br />

se colocam, hoje, a um fabricante de<br />

lubrificantes?<br />

Capacidade de desenvolvimento e<br />

de investimento, que permita acompanhar<br />

as tendências da indústria.<br />

Atualmente, um lubrificante é muito<br />

mais do que um simples fluido. É<br />

uma peça viva que liberta vários vapores/cinzas,<br />

que podem influenciar,<br />

de forma dramática, o bom funcionamento<br />

da viatura, que está toda ela<br />

pensada para poluir o mínimo possível.<br />

Com base nisso, recorrem a vários<br />

componentes/sistemas que um lubrificante<br />

mal aplicado pode danificar,<br />

não por falta de lubrificação, mas por<br />

saturação/contaminação, como são o<br />

caso dos filtros de partículas, válvulas<br />

EGR, turbos… Um fabricante de<br />

lubrificantes, atualmente, necessita<br />

de uma gama de produtos tão vasta<br />

que se não estiver muito próximo<br />

de mercado, tende a criar inúmeros<br />

problemas a quem aplica a sua gama<br />

de produtos, tal como a quem tiver a<br />

pouca sorte de não ter o seu veículo<br />

em boas mãos. l<br />

64 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MÁQUINA<br />

DO TEMPO<br />

MCOUTINHO PEÇAS<br />

ENTENDEMOS CEDO<br />

QUE TERÍAMOS DE<br />

ESTAR NA VANGUARDA<br />

DA TECNOLOGIA<br />

NASCEU NO UNIVERSO DE UM GRUPO DE CONCESSIONÁRIOS DE<br />

AUTOMÓVEIS E AUTONOMIZOU O NEGÓCIO DE PEÇAS EM 1999.<br />

PRIMEIRO, ORIGINAIS, DEPOIS (TAMBÉM) AFTERMARKET. NO INÍCIO, A<br />

NORTE E, MAIS TARDE, A SUL. EIS A HISTÓRIA DOS PRIMEIROS 20 ANOS<br />

DA MCOUTINHO PEÇAS, CONTADA POR MIGUEL MELO, ADMINISTRADOR<br />

por Jorge Flores<br />

Cumprir 20 anos de atividade obriga sempre a<br />

olhar para o passado e para o caminho percorrido.<br />

Mesmo numa empresa como a MCoutinho<br />

Peças, cuja dinâmica aponta ao futuro. Para Miguel<br />

Melo, tantos anos depois, continua a tratar-se de<br />

“um negócio muito estimulante”, da<strong>das</strong> as suas muitas<br />

vertentes. “Desde a estratégia, passando pela logística,<br />

pelo atendimento a clientes, pela tecnologia e<br />

pelo próprio envolvimento da equipa, que se traduz<br />

em resultados. É uma área muito rica”, adianta o administrador.<br />

“A MCoutinho Peças surgiu em 1999, como um novo<br />

player”, recorda. “Num grupo que tem na sua génese<br />

concessionários de automóveis, o conceito foi o de<br />

autonomizar o negócio <strong>das</strong> peças, tornando-o completamente<br />

independente. Nessa altura, ainda apenas<br />

na área <strong>das</strong> peças originais, com cinco ou seis<br />

marcas. Fomos a primeira empresa, em Portugal, a<br />

fazê-lo. Ainda hoje, não há muitos exemplos. Em simultâneo,<br />

houve uma empresa com uma abordagem<br />

semelhante, em Espanha. Não conhecemos, no resto<br />

da Europa, outro modelo de negócio semelhante ao<br />

nosso”, afirma. “Entretanto, fomos evoluindo e acrescentando<br />

mais marcas. Atualmente, ao fim destes 20<br />

anos, temos 32 marcas de peças originais”, acrescenta<br />

Miguel Melo.<br />

Expansão a sul<br />

Precisamente há 10 anos, já com uma presença consolidada<br />

no norte do país, a MCoutinho Peças decidiu<br />

partir à conquista de uma cobertura nacional. “Resolvemos<br />

investir e expandir o negócio. Decidimos ir<br />

para o sul, por razões estratégicas. Já tínhamos grandes<br />

clientes nessa região”, garante. Nesse mesmo ano,<br />

houve outro momento igualmente marcante. “Decidimos<br />

estar, também, presentes num mercado muito<br />

importante: o aftermarket. Em 2009, avançámos<br />

fisicamente para um armazém em Lisboa, na zona de<br />

Camarate, e começámos a trabalhar com peças de aftermarket.<br />

Uma área que temos vindo a desenvolver,<br />

ao longo destes últimos anos, sob a insígnia AZ Auto e<br />

cada vez com maior maturidade, conciliando sempre<br />

com as peças originais”, sustenta Miguel Melo.<br />

Filosofia única<br />

Qual tem sido a chave do sucesso? “Desde logo,<br />

estarmos muito próximos dos clientes. Temos<br />

implementada uma cultura de flexibilida-<br />

66 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MCOUTINHO PEÇAS<br />

de institucional, no sentido de nos adequarmos às<br />

exigências de cada tipologia de cliente. Quer em<br />

termos de atendimento, logística ou tecnologia.<br />

Além do próprio acompanhamento que fazemos de<br />

uma forma genuína. Uma orientação logística que<br />

faz parte do nosso DNA. Não é fácil subcontratar<br />

uma logística e conseguir o grau de refinamento que<br />

nós conseguimos”, refere o administrador. Mas não<br />

só.<br />

“Existe um terceiro eixo que nos distingue: o desenvolvimento<br />

tecnológico. Este é um negócio em que a<br />

logística é determinante e está muito ligada à questão<br />

tecnológica. Entendemos, desde cedo, que teríamos<br />

de estar na vanguarda da tecnologia. Nos últimos<br />

quatro anos, temos feito os nossos próprios<br />

desenvolvimentos internos, o que nos permite desenvolver<br />

soluções exatamente à medida. Soluções feitas<br />

por profissionais que estão no negócio”, afirma.<br />

Sistema integrado<br />

Hoje, a MCoutinho Peças é uma empresa extremamente<br />

dinâmica. Os clientes, dependendo da sua<br />

tipologia, têm duas opções de peças: originais e aftermarket,<br />

recorrendo, para o efeito, a um call center<br />

composto por 30 profissionais especializados.<br />

“Fazem o atendimento de peças originais e não originais,<br />

com as insígnias MCoutinho Peças e AZ Auto.<br />

O que entendemos como diferenciador é a complementaridade<br />

entre as duas soluções. E, depois,<br />

contamos com toda uma logística integrada”, afirma.<br />

O resultado? Com 50.000 referências em stock, a<br />

empresa entrega, todos os dias, cerca de 2.000 peças.<br />

“Temos desenvolvido algoritmos que possibilitam a<br />

gestão de stock. Usamos a Inteligência Artificial na<br />

parte de compras e de devoluções. Cada gestor de<br />

marca (todos com muita formação e altamente especializados)<br />

está totalmente focado na qualidade dos<br />

stocks e não tanto em processamento. Focados em<br />

acrescentar valor e não no trabalho rotineiro”, diz.<br />

Em relação à natureza dos seus clientes, Miguel Melo<br />

explica que, em termos de volume de negócio, o<br />

abastecimento às oficinas do grupo representa 30%.<br />

“Os restantes 70% são ven<strong>das</strong> para clientes independentes.<br />

E, aí, temos desde redes de oficinas ou redes<br />

especialistas (foca<strong>das</strong> em produtos em concreto), independentes<br />

e retalhistas, nomeadamente, no que<br />

ao aftermarket diz respeito, embora também nas peças<br />

originais os tenhamos”, garante o administrador<br />

da MCoutinho Peças.<br />

Próximas duas déca<strong>das</strong><br />

A médio prazo, a empresa prepara-se para amplificar<br />

o seu espaço físico. “O armazém está já com algumas<br />

dificuldades de espaço e procuramos uma nova<br />

solução que seja próxima e tecnológica. Antes de<br />

mais, um armazém provisório e, depois, um espaço<br />

que seja definitivo”, revela o responsável.<br />

Já projetar um futuro a 20 anos é mais complicado.<br />

“Este é um clima de grande incerteza”, reconhece<br />

Miguel Melo. Ainda assim, não deixa de registar<br />

as disrupções que se começam a sentir no mercado.<br />

Nomeadamente, a da mobilidade vs propriedade.<br />

“Os clientes veem cada vez mais o automóvel como<br />

um serviço. Até há 10 anos, o mercado seria 30%<br />

empresas e 70% particulares. Agora, estará muito<br />

mais invertido. Isto obriga a pensar qual será o<br />

cliente com que vamos trabalhar no futuro”, preconiza<br />

o administrador. l<br />

240 CLIENTES EM PASSEIO<br />

20 ANOS<br />

COM VISTA<br />

PARA O DOURO<br />

Não haverá melhor forma de celebrar 20 anos de existência<br />

do que reunir clientes, fornecedores e amigos numa subida<br />

de barco ao rio Douro. Foram cerca de 240 convidados que<br />

puderam apreciar a bonita paisagem e ouvir os responsáveis<br />

da MCoutinho Peças fazerem um balanço positivo do passado<br />

e perspetivarem o futuro, sempre em contínua inovação. O<br />

ambiente, com várias surpresas, como atuações de ilusionistas,<br />

foi de festa, desde o Porto até Régua, a bordo do Milénio do<br />

Douro. Miguel Melo, administrador da empresa, não escondeu<br />

a satisfação por tantos parceiros de negócio aceitarem o<br />

convite. “Um momento que quisemos que fosse acolhedor e<br />

intimista. Despretensioso, tranquilo. Um agradecimento e um<br />

reconhecimento. São os clientes que nos fazem evoluir. Estamos<br />

onde estamos, com crescimentos de dois dígitos, nos últimos<br />

anos, porque os clientes assim o entenderam. Mais importante<br />

do que estar no ranking <strong>das</strong> empresas que mais faturam, para<br />

nós, é estar no ranking <strong>das</strong> opções dos clientes. Sermos uma<br />

primeira opção, quer para os clientes de peças originais quer<br />

para os de peças aftermarket”, assegura.<br />

A MCOUTINHO PEÇAS É, HOJE, UMA EMPRESA EXTREMAMENTE<br />

DINÂMICA. OS CLIENTES, DEPENDENDO DA SUA TIPOLOGIA,<br />

TÊM DUAS OPÇÕES DE PEÇAS: ORIGINAIS E AFTERMARKET<br />

68 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Get inside<br />

Electrodo central mais pequeno (0.4mm)<br />

Maior potência<br />

Melhora o rendimento do motor<br />

Até 5% de economia no consumo<br />

de combustível<br />

contribuem para uma melhor experiência de condução. Por essa razão, não surpreende que nove em cada dez automóveis sejam equipados de<br />

origem com peças DENSO. Produtos como as nossas velas de iridium, que melhoram a acelaração e evitam falhas de incandescência.<br />

Se os princi<br />

aftermarket.iberia@denso-ts.it


REPORTAGEM<br />

FORMAÇÃO FIAMM<br />

BATERIAS, SISTEMAS<br />

START & STOP E FORMAÇÃO<br />

A POLIBATERIAS RUMOU AO CENTRO DO PAÍS PARA REALIZAR UMA FORMAÇÃO FIAMM, NA QUAL ESTIVERAM<br />

PRESENTES CERCA DE 50 CLIENTES DA EMPRESA LIDERADA POR NUNO GUERRA E DOIS RESPONSÁVEIS DA<br />

MARCA ITALIANA por Joana Calado<br />

A<br />

ação de formação, organizada pela Polibaterias,<br />

no Hotel Palace Monte Real, perto<br />

de Leiria, num edifício imponente de aspeto<br />

mágico que se ergue na pequena vila de Monte<br />

Real, contou com a presença de cerca de 50 clientes<br />

da empresa da Margem Sul.<br />

Em conjunto com Fausto Gregori e Sue Ellen Moro,<br />

respetivamente responsável de produto e responsável<br />

de exportação, ambos da FIAMM, Nuno Guerra,<br />

administrador da Polibaterias, abordou os cuidados<br />

a ter com os veículos equipados com sistemas<br />

start & stop e deu a conhecer as especificações <strong>das</strong><br />

baterias AFB/EFB e AGM.<br />

Micro híbridos: cuidados a ter<br />

Quando falamos de veículos micro híbridos, falamos,<br />

também, de automóveis com sistemas start<br />

& stop, que poderão ter, ou não, sistemas de recuperação<br />

de energia em travagem. Este tipo de veículos,<br />

devido ao maior consumo de energia, uma<br />

vez que o motor desliga-se e liga-se várias vezes ao<br />

longo de uma viagem, necessitam de ter baterias<br />

adapta<strong>das</strong> às suas necessidades. É por isso que estão<br />

equipados com baterias AFB/EFB e AGM.<br />

Por disporem de baterias específicas, os profissionais<br />

de oficinas que realizam uma manutenção ou<br />

ação de substituição de uma bateria num destes veículos<br />

deverão ter sempre em atenção qual o tipo de<br />

bateria a instalar e nunca devem colocar baterias de<br />

ácido livre tradicionais. “Mas... e se o anterior profissional<br />

tiver colocado uma bateria errada?” Esta<br />

foi uma <strong>das</strong> questões coloca<strong>das</strong> durante a formação<br />

e Fausto Gregori, responsável de produto da<br />

FIAMM, deu a resposta: “Em todo o caso, o profissional<br />

da oficina deverá sempre consultar a especificação<br />

da marca. O correto é que o veículo utilize<br />

sempre o mesmo tipo de bateria. Trocar AGM por<br />

AGM e AFB/EFB por AFB/EFB”.<br />

BATERIAS AGM e AFB/EFB<br />

Se ambas as baterias podem ser utiliza<strong>das</strong> em veículos<br />

micro híbridos, porque devemos substituí-<br />

-las sempre por baterias idênticas? Tem a ver com<br />

a construção <strong>das</strong> mesmas e com o tipo de sistema<br />

de carga que o fabricante automóvel utiliza, que é<br />

adequado ao tipo de tecnologia da bateria, AGM<br />

ou AFB. Uma bateria AFB/EFB é uma bateria de<br />

ácido livre, com uma construção específica para resistência<br />

aos ciclos start&stop. Ao passo que uma<br />

bateria AGM consiste numa combinação de gases,<br />

dispondo de uma válvula de libertação dos mesmos.<br />

Veículos equipados com este tipo de baterias<br />

dispõem, também, de um alternador inteligente,<br />

pois carregam de maneira diferente <strong>das</strong> baterias<br />

tradicionais. Um alternador inteligente divide a<br />

sua carga por três diferentes fases: passiva, travagem<br />

regenerativa e controlo de tensão. Além disso,<br />

este tipo de alternador, associado ao sensor de<br />

carga da bateria (IBS), faz uma leitura constante<br />

do nível de bateria e apenas inicia a carga quando<br />

há necessidade. Por isso, é possível que o veículo se<br />

encontre em aceleração e o alternador não esteja a<br />

carregar a bateria. Nuno Guerra, administrador da<br />

Polibaterias, alertou para os cuidados a ter com este<br />

tipo de alternador: “É necessário fazer uma leitura<br />

de carga de, pelo menos, 15 minutos, pois o<br />

facto de o alternador registar 12,5 Volt não implica,<br />

necessariamente, uma avaria do componente”.<br />

Todos estes veículos dispõem, também, de uma centralina<br />

eletrónica, que faz a gestão de toda a energia<br />

do veículo. Sue Hellen Moro, responsável de exportação<br />

da FIAMM, explicou que “as centralinas eletrónicas<br />

fazem um autodiagnóstico à bateria e a todos<br />

os componentes elétricos do veículo. Por isso,<br />

será mais fácil perceber, através de um equipamento<br />

de diagnóstico, quais as anomalias do veículo”.<br />

Os responsáveis da FIAMM e da Polibaterias alertaram<br />

ainda os profissionais para o facto de, caso<br />

o cliente pretenda colocar no seu veículo uma<br />

bateria tradicional ao invés da recomendada, se<br />

salvaguardarem, escrevendo na fatura uma nota<br />

explicando que foi uma opção do cliente, fazendo<br />

acompanhar este documento de uma assinatura<br />

do mesmo. l<br />

70 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


“O CORRETO É QUE O VEÍCULO UTILIZE SEMPRE O MESMO TIPO<br />

DE BATERIA. TROCAR AGM POR AGM E AFB/EFB POR AFB/<br />

EFB”, ACONSELHOU NUNO GUERRA, DA POLIBATERIAS


“A EMPRESA ESTÁ ASSENTE NO CONHECIMENTO. NÃO SÓ EM<br />

VENDER EQUIPAMENTO. SOMOS INFORMÁTICOS. ESTUDAMOS<br />

A VIDA INTEIRA”, REFERE JOÃO SILVA (AO CENTRO DA IMAGEM)


EMPRESA<br />

LUZ DE AIRBAG<br />

SINAL VERDE<br />

PARA CRESCER<br />

ESPECIALISTA EM ELETRÓNICA AUTOMÓVEL, A LUZ DE AIRBAG É DISTRIBUIDOR OFICIAL DA AUTEL E DA<br />

LINHA MAXILM. HÁ QUATRO MESES, A EMPRESA MUDOU-SE PARA UMAS NOVAS INSTALAÇÕES, EM LEIRIA,<br />

PARA PODER CONTINUAR A CRESCER por Jorge Flores<br />

A<br />

história da Luz de Airbag começou<br />

a desenhar-se há seis<br />

anos, quando João Silva se<br />

deparou com um problema no sensor<br />

de um banco de um BMW E46 de um<br />

familiar seu. “Andei a ver e consegui<br />

resolver”, conta o diretor de operações.<br />

A partir desse episódio, a ideia<br />

e o nome para a empresa estavam<br />

encontrados. “Surgiu para colmatar<br />

uma necessidade que identificámos<br />

relaciona<strong>das</strong> com as luzes de airbag<br />

dos automóveis”, explica. Os primeiros<br />

passos da Luz de Airbag foram<br />

dados em Leiria. “O projeto começou<br />

com €20 numa <strong>das</strong> divisões do meu<br />

apartamento”, recorda. “Hoje, faturamos<br />

500 mil euros”, acrescenta.<br />

A evolução foi grande. “A empresa<br />

está assente no conhecimento. Não<br />

só em vender equipamento. Somos<br />

informáticos. Estudamos a vida inteira”,<br />

garante. Pouco a pouco, os resultados<br />

começaram a aparecer. E a<br />

empresa a ganhar dimensão. “Começámos<br />

a ter uma primeira máquina<br />

de diagnóstico e, depois, já fazíamos<br />

reparações um pouco mais elabora<strong>das</strong>”,<br />

adianta ao nosso jornal.<br />

Novo edifício<br />

Há cerca de quatro meses, a Luz de<br />

Airbag mudou-se para umas novas<br />

instalações. O edifício dispõe de perto<br />

de 1.800 m 2 , distribuídos por três<br />

pisos. A mudança explica-se pela simples<br />

necessidade de a empresa continuar<br />

a crescer. “Temos muito stock.<br />

Ao contrário de outras empresas, para<br />

sermos competitivos no mercado, somos<br />

obrigados a comprar em grande<br />

quantidade”, explica João Silva.<br />

A Luz de Airbag é representante oficial<br />

da marca de equipamentos de<br />

diagnóstico Autel e da linha MaxilM,<br />

exclusivo para Portugal. Mas a lista<br />

de produtos comercializados pela<br />

empresa é muito mais vasta: Autotuner<br />

– Equipamento de programação<br />

de centralinas; Gys – carregadores<br />

e estabilizadores de bateria; chaves<br />

para automóveis; máquinas de cortar<br />

chaves; emuladores; CarLabImmo<br />

– emuladores universais Julie;<br />

vários componentes de eletrónica.<br />

Próximos dos clientes<br />

A equipa da Luz de Airbag é formada,<br />

atualmente, por seis pessoas. Ainda<br />

há pouco reforçaram-na com mais<br />

um profissional para o departamento<br />

de assistência técnica. E até ao final<br />

do ano em curso, deverá entrar mais<br />

um elemento. Trata-se de uma área<br />

crucial que, segundo o responsável, os<br />

distingue da concorrência. “Existem<br />

muitos players no mercado a vender<br />

máquinas de diagnóstico. Mas a diferença<br />

é a nossa preocupação com o<br />

cliente. Não nos limitamos a entregar<br />

a máquina. Fazemos o acompanhamento<br />

personalizado. Garantimos o<br />

apoio. Coloco-me sempre nos sapatos<br />

dos clientes. Se gastam €3.000 ou<br />

€4.000 num equipamento, este tem<br />

de ser rentabilizado. Não pode estar<br />

LUZ DE AIRBAG<br />

Diretor de operações<br />

João Silva<br />

Sede Estrada Nacional 113, km 6,<br />

2410 - 478 Leiria<br />

Telefone 244 238 014<br />

Email info@luzdeairbag.com<br />

Site www.luzdeairbag.com<br />

parado. E quando têm um problema<br />

precisam da nossa ajuda. Sentimo-nos<br />

quase como responsáveis por garantir<br />

que eles tiram partido do equipamento<br />

que adquiriram. Mais do que vender<br />

máquinas, temos de cumprir expectativas.<br />

Temos de ir ao encontro da nossa<br />

palavra”, sublinha. “Além disso”, reforça,<br />

“sabemos muito bem o que estamos<br />

a fazer. Conhecemos a gama Autel de<br />

trás para a frente”.<br />

Nos próximos tempos, a estratégia<br />

passa por consolidar o negócio, procurando<br />

crescer nos produtos “complementares,<br />

mas sempre dentro <strong>das</strong><br />

nossas áreas de conhecimento”, conclui<br />

o responsável. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 73


ENTREVISTA<br />

JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR DO SALÃO MECÂNICA<br />

A GRANDE NOVIDADE SERÁ<br />

A PRESENÇA DE MAIS<br />

DE 50 EMPRESAS DA CHINA<br />

DE 22 A 24 DE NOVEMBRO, PELO TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, O SALÃO MECÂNICA REALIZA-SE<br />

NA FIL, PARQUE DAS NAÇÕES. JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR DA FEIRA, FAZ A ANTEVISÃO DO CERTAME<br />

E REVELA QUE A GRANDE NOVIDADE SERÁ A PRESENÇA DE MAIS DE 50 EMPRESAS PARCEIRAS<br />

DO GRUPO SINOMACHINT, ORIUNDAS DA CHINA por Bruno Castanheira<br />

Este ano, pela terceira vez consecutiva na sua história, a Exposalão realiza,<br />

na FIL, Parque <strong>das</strong> Nações, na capital portuguesa, o 9.° Salão Profissional<br />

de Aftermarket, Equipamento Oficinal e Logística. A poucos<br />

dias da realização da edição deste ano do certame, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> falou<br />

com José Frazão, diretor do Salão MECÂNICA, que nos revelou as novidades<br />

introduzi<strong>das</strong>.<br />

Que balanço faz do Salão MECÂNICA 2018, na FIL?<br />

Durante os três dias do certame, sentiu-se a energia deste setor, onde a linguagem<br />

específica da mecânica e dos automóveis dominou o ambiente, que<br />

se pautou pelos contactos e parcerias. Estamos satisfeitos com o resultado<br />

final e com o encontro dos profissionais, que potenciou, com certeza, a realização<br />

de muitos negócios. Destacamos a afluência dos visitantes da região<br />

sul (margem sul, Alentejo e Algarve), com uma presença muito significativa,<br />

que veem na MECÂNICA a oportunidade ideal para contactar de perto com<br />

os fornecedores do seu negócio.<br />

Quantos expositores e visitantes são esperados este ano?<br />

Teremos cerca de 100 expositores nacionais e mais de 50 internacionais,<br />

oriundos de países como China, Holanda, Itália, Eslovénia e Espanha. Estes<br />

expositores têm como objetivo principal a procura de distribuidores, não<br />

só para o mercado ibérico mas, também, com perspetivas para a internacionalização<br />

no Norte de África e PALOP (Cabo Verde, Moçambique, Angola).<br />

Como tal, totalizaremos mais de 150 expositores este ano e esperamos cerca<br />

de 20 mil visitantes nacionais e internacionais nos três dias de feira, tendo<br />

em conta a campanha promocional no mercado externo que estamos a promover,<br />

através <strong>das</strong> redes sociais e meios de comunicação digital (imprensa<br />

especializada e rádios).<br />

Quais as novidades para a edição de 2019?<br />

A grande novidade será a presença de mais de 50 empresas parceiras do Grupo<br />

SINOMACHINT, oriun<strong>das</strong> da China. Será a primeira feira realizada em<br />

Portugal que contará com a presença de um grande grupo industrial e tecnológico<br />

chinês, cotado como a 250.ª empresa mais poderosa do mundo,<br />

proveniente da República Popular da China: SINOMACHINT. O aumento<br />

substancial de empresas estrangeiras, pautado pela presença de fabricantes<br />

internacionais de aftermarket, que pretendem apostar no mercado ibérico<br />

para introduzir as suas marcas através da MECÂNICA, em Lisboa, veio aumentar<br />

a qualidade e o número de expositores. Todo este processo se deve ao<br />

forte desenvolvimento tecnológico proveniente da China, com apresentação<br />

de grandes players desse país, que contarão, entre outras, com uma conferência<br />

onde será abordado o tema da mobilidade elétrica e os seus equipamentos,<br />

com algumas surpresas e apresentação de novidades. Também contaremos,<br />

este ano, com empresas de Itália, Espanha, Eslovénia e Holanda.<br />

Haverá programa de atividades paralelas? Que ações se desenrolarão?<br />

Através de que entidades e associações?<br />

Na edição deste ano, apostámos, também, no enriquecimento do progra-


JOSÉ FRAZÃO<br />

A FINAL DA COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS SERÁ UMA MAIS-<br />

VALIA DURANTE OS TRÊS DIAS DA FEIRA, POIS CRIARÁ MAIOR<br />

DINAMISMO E COMPLETA O PROGRAMA DE ATIVIDADES ELABORADO<br />

ma de atividades paralelas, onde propusemos<br />

abordar temas dentro da (r)<br />

evolução automóvel, da (r)estruturação<br />

da mecânica automóvel, da (re)<br />

invenção mecânica. Participarão nestas<br />

atividades entidades como a AN-<br />

CIA (Associação Nacional de Centros<br />

de Inspeção Automóvel), ARAN (Associação<br />

Nacional do Ramo Automóvel),<br />

ANECRA (Associação Nacional<br />

<strong>das</strong> Empresas do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel), EAATA, INOV-<br />

FLOW, CeNTI (Centre of Nanotechnology<br />

and Smart Materials), CEPRA,<br />

Ricardo Oliveira, do WorldShopper, e<br />

iremos contar, também, com um Pitch<br />

Slam, da start-up Lisboa. Mas ainda<br />

temos muitas atividades por confirmar.<br />

Porque considera importante<br />

os profissionais do aftermarket<br />

(expositores e visitantes) marcarem<br />

presença no Salão MECÂNICA?<br />

A MECÂNICA será sempre um meio<br />

de apresentação e divulgação de elevada<br />

importância, que, durante três dias,<br />

está ao dispor dos profissionais do setor,<br />

para que possam estar atualizados<br />

e a par do que se passa no meio em que<br />

se movem, num mercado tão exigente<br />

como é o automóvel, em constante<br />

mutação e cada vez mais inovador.<br />

É ainda uma oportunidade ímpar de<br />

realizar negócios de importante relevo,<br />

entre fabricantes e distribuidores,<br />

tornando a MECÂNICA na ponte perfeita<br />

para que esta interação ocorra.<br />

O Grupo SINOMACHINT será<br />

responsável pela dinamização de<br />

uma conferência em espaço próprio.<br />

Quer revelar-nos detalhes sobre este<br />

evento?<br />

O espaço conferência do Grupo SINO-<br />

MACHINT terá três partes principais.<br />

A primeira, será uma sessão de abertura<br />

no dia 22, pela manhã, com entidades<br />

oficiais chinesas e portuguesas,<br />

isto tendo em consideração que será<br />

a primeira atividade organizada pelo<br />

Grupo SINOMACHINT em Portugal.<br />

Na segunda parte, no mesmo dia, mas<br />

pela tarde, haverá um painel de conferências<br />

sobre energias renováveis, com<br />

a participação de empresas chinesas e<br />

portuguesas do setor automóvel, bem<br />

como associações empresariais do ramo<br />

que tenham especial foco nas tecnologias<br />

de mobilidade renováveis. Finalmente,<br />

a terceira parte, no dia 23,<br />

consistirá na realização de uma sessão<br />

de business matching. nesse mesmo<br />

espaço, onde estarão presentes os expositores<br />

chineses, que terão oportunidade<br />

de dialogar com os expositores<br />

e visitantes da MECÂNICA, em busca<br />

de novas oportunidades de negócio<br />

(fruto da parceria entre a Exposalão,<br />

o Grupo SINOMACHINT e o Grupo<br />

Perfeição, empresa de consultoria de<br />

Macau). Este evento será, também,<br />

importante tendo em conta a dinamização<br />

dos negócios entre a China e<br />

os PALOP, considerando ainda a importância<br />

de Macau e a estratégia do<br />

governo chinês para este setor. Será<br />

um estreitamento <strong>das</strong> relações políticas<br />

e económicas entre as duas partes,<br />

criando chances para o aparecimento<br />

de novas oportunidades na concretização<br />

de negócios de alguma importância<br />

e dimensão.<br />

E quanto à realização da final da<br />

competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

2019, organizada pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong>, em pleno salão? Considera<br />

uma mais-valia e uma forma de<br />

engrandecer a feira?<br />

Sim, será uma mais–valia para a feira<br />

a dinamização do Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

durante os três dias, pois criará ainda<br />

maior dinamismo, que é algo fulcral, e<br />

complementa o programa de atividades<br />

que estamos a desenvolver, no qual<br />

nos focámos para a edição deste ano.<br />

É com todo o gosto que somos vossos<br />

parceiros e que nos comprometemos a<br />

colaborar na realização da Grande Final<br />

da competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />

2019, na MECÂNICA, em Lisboa. l<br />

76 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


REDEINNOV DISTRIBUI FERRAMENTAS SAM<br />

ALIANÇA<br />

DE FUTURO<br />

ESTABELECIDA EM JANEIRO DE 2019,A PARCERIA ENTRE A REDEINNOV E<br />

O FABRICANTE SAM APOSTA TUDO NA INOVAÇÃO. O OBJETIVO É ANTECIPAR<br />

O FUTURO DAS FERRAMENTAS, QUE DEIXARÃO DE SER APENAS MANUAIS<br />

E TERÃO SERVIÇOS ASSOCIADOS


PUBLIREPORTAGEM<br />

Decorridos 10 meses sobre<br />

a celebração da parceria, a<br />

RedeInnov e o fabricante de<br />

ferramentas SAM continuam<br />

otimistas com o desenvolvimento<br />

da atividade conjunta. “O balanço<br />

é, claramente, positivo”, começa por<br />

afirmar Nuno Wheelhouse Reis, CEO<br />

da RedeInnov. “Quando decidimos<br />

iniciar o trabalho comercial no segmento<br />

<strong>das</strong> ferramentas, novo para nós, já<br />

esperávamos enfrentar certas dificuldades<br />

naturais. Mas os resultados estão de<br />

acordo com as expectativas”, acrescenta.<br />

Manuel Morales, diretor ibérico da SAM,<br />

afina pelo mesmo diapasão. “Penso o<br />

mesmo. Mais importante do que os<br />

números, é ter uma relação de confiança.<br />

Ter as ideias muito claras na nossa mente<br />

e falar a mesma língua. É o que estamos<br />

a fazer. A todos os níveis. Quando<br />

lançamos um projeto, antes de tudo,<br />

temos de fazer uma boa escolha. E não<br />

temos dúvida nenhuma de que a escolha<br />

da RedeInnov é absolutamente certa”,<br />

garante.<br />

Fabricante focado na inovação e na<br />

tecnologia, a SAM encontrou um<br />

parceiro para a distribuição <strong>das</strong> suas<br />

ferramentas no mercado português,<br />

também ele, na vanguarda destes temas.<br />

“Fizemos um comparativo em Portugal.<br />

E a RedeInnov é um projeto novo. De<br />

futuro. Diferente dos outros. E tem algo<br />

fundamental. A liderança. Conheço<br />

Nuno Wheelhouse Reis há muitos anos,<br />

sei a postura que tem e conheço a sua<br />

forma de trabalhar. Facilita muito a<br />

preparação de novos projetos. Sei o que<br />

ele pensa e ele sabe o que eu penso. Isso é<br />

fundamental”, enfatiza Manuel Morales.<br />

Qual o feedback dos membros da<br />

RedeInnov? “Tem sido muito positivo.<br />

Quer em relação à qualidade da gama de<br />

ferramentas que a SAM disponibiliza,<br />

quer à proatividade na resolução de<br />

pequenas questões que surgem no dia<br />

a dia. Dá-nos conforto em relação ao<br />

parceiro que encontrámos na SAM para<br />

desenvolver um segmento novo”, diz<br />

Nuno Wheelhouse Reis.<br />

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL<br />

Para Manuel Morales, o objetivo não é<br />

aumentar exponencialmente o número<br />

de clientes. “Importante é que sejam<br />

bons”, afirma. “Portugal é um país<br />

com uma dimensão limitada. Outras<br />

marcas, porventura, apostam em redes<br />

de distribuição enormes. Na SAM,<br />

preferimos focar-nos. Concentrar<br />

os nossos esforços. Para isso, era<br />

fundamental trabalhar com uma empresa<br />

profissional e interconectada, como a<br />

RedeInnov, muito vocacionada para as<br />

novas tecnologias. Além disso, tem algo<br />

que valorizamos: distribuição em todo o<br />

país. Não é apenas forte no norte ou no<br />

sul. É um projeto nacional”, salienta.<br />

A gama de ferramentas SAM prima<br />

pela qualidade. Mas estará o mercado<br />

oficinal sensível a esta questão? Nuno<br />

Wheelhouse Reis não tem dúvi<strong>das</strong> de que<br />

sim. “Não é muito diferente do mercado<br />

de peças. As oficinas são cada vez mais<br />

profissionais. Têm, agora, mais cuidado<br />

com o trabalho e com a peça com que o<br />

fazem. E pensam exatamente o mesmo da<br />

sua ferramenta. Não faz sentido estarem a<br />

trabalhar de uma forma profissional com<br />

ferramentas de bricolage – que têm o seu<br />

segmento. Mas uma oficina, para realizar<br />

os seus serviços, todos os dias, precisa<br />

de outro nível de qualidade, que garanta<br />

não apenas precisão (parte essencial) mas,<br />

também, durabilidade”, reforça o CEO<br />

da RedeInnov.<br />

INOVAÇÃO CONSTANTE<br />

A palavra de ordem é inovação. “As<br />

ferramentas do futuro não serão apenas<br />

manuais. Estarão liga<strong>das</strong>. E é nessa<br />

interconectividade que estamos a investir<br />

e a trabalhar. Como fabricantes, temos<br />

a vantagem de estar a antecipar o que<br />

será o mercado do futuro”, avança o<br />

diretor ibérico da SAM. Exemplos de<br />

produtos inovadores e premium não<br />

faltam. Casos do novo booster Kap SAM,<br />

sem bateria (já na sua terceira geração),<br />

e da nova ferramenta informática<br />

SAM, que deverá chegar ao mercado<br />

nacional até final deste ano, prometendo<br />

revolucionar e facilitar a gestão dos<br />

serviços oficinais. “As expectativas são<br />

grandes. Já conhecemos a ferramenta e<br />

é diferenciadora. Tem tudo para ser um<br />

sucesso”, remata Nuno Wheelhouse Reis,<br />

confiante nesta parceria, firmada com os<br />

olhos no futuro. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 79


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

A<br />

aplicação móvel criada para diagnosticar e<br />

resolver problemas relacionados com a<br />

suspensão, designada Suspension Solutions,<br />

foi alvo de uma atualização por parte da<br />

KYB Europe. A app dá, agora, de forma totalmente<br />

gratuita, aconselhamento técnico pormenorizado<br />

e específico acerca do trabalho relacionado com a<br />

KYB SUSPENSION SOLUTIONS<br />

NOVAS FUNCIONALIDADES<br />

suspensão. O técnico da oficina pode indicar a marca<br />

e o modelo do veículo em causa, o número de<br />

chassis ou o número de registo. Depois, serão exibi<strong>das</strong><br />

as referências <strong>das</strong> peças KYB necessárias, bem<br />

como o boletim técnico completo. Este inclui um<br />

conjunto de ilustrações que mostra, passo a passo,<br />

a instalação da peça, bem como as ferramentas necessárias<br />

(e os binários de aperto correspondentes),<br />

além de dar uma estimativa do tempo necessário<br />

para concluir a tarefa. Se a KYB o tiver disponível,<br />

fornecerá, também, um vídeo de montagem para<br />

referência. A app da KYB está concebida para oficinas<br />

e já foi descarregada mais de sete mil vezes<br />

em toda a Europa.<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

80 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


BOMBA DE VÁCUO ELÉTRICA PARA DIVERSAS APLICAÇÕES<br />

Pierburg | A marca tem vindo a desenvolver, há déca<strong>das</strong>, bombas de vácuo para impulsionadores de travões. Com o atual modelo<br />

EVP40, propõe uma opção elétrica que anuncia diversas vantagens. Opera sob requisito e estabelece elevados padrões em termos de<br />

robustez, resistência à temperatura e ruído. A bomba de vácuo elétrica EVP40 pode ser utilizada em veículos híbridos e elétricos, bem<br />

como em automóveis com motorizações convencionais. Para motores a gasolina modernos, a bomba de vácuo elétrica fornece sempre um<br />

nível de vácuo suficiente para uma travagem fácil e segura, sem o desperdício permanente de energia de uma bomba mecânica. Ao tornar<br />

a bomba independente do motor, o sistema permite ganhos de eficiência, variando do modo start&stop (sailing) ao modo totalmente<br />

elétrico (EV). Ao requerer pouco espaço de instalação, contribui, significativamente, para reduzir as emissões de CO 2.<br />

TITAN GT1 FLEX 34 SAE 5W-30<br />

FUCHS | O novo óleo de motor para veículos ligeiros de<br />

passageiros com aplicação flexível é o primeiro produto do<br />

portefólio da marca a combinar as especificações ACEA C3<br />

e ACEA C4. A dificuldade nesta combinação base deve-se<br />

aos requisitos elevados da ACEA C4 para baixo teor de SAPS<br />

de até 0,5% e aos requisitos crescentes em relação a per<strong>das</strong><br />

por evaporação da ACEA C4 de ≤ 11%. Com a aprovação<br />

da Mercedes-Benz, MB-APPROVAL 229.51, o perfil do Titan<br />

GT1 Flex 34 SAE 5W-30 da FUCHS torna-se mais extenso,<br />

aumentando, também, o seu campo de aplicação. Para<br />

além dos motores Renault com sistemas de tratamento de<br />

gases de escape seguirem a especificação Renault RN0720<br />

e as versões integra<strong>das</strong> de acordo com a MB-APPROVAL<br />

226.51, o produto pode, agora, ser utilizado numa vasta<br />

gama de aplicações Mercedes-Benz com sistemas de<br />

tratamento de gases de escape, de acordo com a MP-<br />

APPROVAL 229.51.<br />

Polibaterias_top100.pdf<br />

PUB<br />

1 13/11/18 15:47<br />

TUDO EM ENERGIA, ENERGIA PARA TUDO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 81


Notícias<br />

Produto<br />

COJALI<br />

CALIBRAÇÃO ADAS<br />

da JaltEST<br />

O<br />

Grupo Cojali, empresa distribuidora de componentes, software de diagnóstico e<br />

tecnologia para gestão de veículos industriais, apresentou o Jaltest ADAS Calibration<br />

Equipment, a sua solução de calibração do ADAS para veículos industriais.<br />

Este equipamento de calibração, incluído na nova linha de ferramentas de oficina<br />

da Jaltest Tools, consiste em duas estruturas móveis principais, duas ferramentas de<br />

acoplamento central com ponteiros laser e três painéis intercambiáveis, dependendo da<br />

marca e do tipo de veículo. Caracteriza-se pela montagem rápida e operação simples,<br />

sendo compatível com a ferramenta de diagnóstico Jaltest, que completará o processo<br />

de calibração. “Para as oficinas, é muito importante ter as ferramentas e os meios necessários<br />

para atender a esses tipos de solicitações. Principalmente para os veículos que<br />

exigem uma calibração profissional”, refere Fernando Rodríguez, responsável pela Divisão<br />

de Equipamentos para <strong>Oficinas</strong>.<br />

NOVas MÁQUINAS DE EQUILIBRAR RODAS<br />

PCC | A empresa especialista em equipamento oficinal e industrial apresenta<br />

as novas máquinas de equilibrar ro<strong>das</strong> da Ravaglioli, Série G2, que representam<br />

qualidade profissional a um custo mais acessível. O sistema de medição<br />

automático de distância e diâmetro, tal como o seu programa automático ALU<br />

S, são fatores que permitem ao utilizador proceder à calibração rápida e eficaz.<br />

Tudo em nome de um trabalho bem feito e célere.<br />

SISTEMA DE TRANSMISSÃO ECOLIFE 2<br />

ZF | O fabricante alemão deu a conhecer a última geração do seu comprovado sistema de transmissão automática<br />

para autocarros. Diversas melhorias técnicas tornam o Ecolife 2 mais leve, mais eficiente, mais robusto e mais fácil de<br />

manter. As melhorias mais significativas incluem uma economia de combustível possível até 3%, função start&stop<br />

para to<strong>das</strong> as variantes de modelo e redução do desgaste graças a um conceito de refrigeração aperfeiçoado. Na<br />

última geração do EcoLife, a ZF também melhorou ainda mais os níveis de conforto, com uma melhor qualidade <strong>das</strong><br />

passagens de caixa, por exemplo. A ZF manteve o princípio básico de uma engrenagem planetária de seis estágios<br />

com conversor de binário e retardador primário, na segunda geração da transmissão EcoLife. Inúmeras modificações<br />

técnicas otimizam a nova versão da transmissão Powershift, permitindo que os autocarros urbanos e interurbanos<br />

se movam suavemente com um binário de entrada de até 2.000 Nm, permitindo passagens de caixa suaves. Um<br />

conversor de binário com novo amortecedor de torção permite mudanças de velocidades suaves e rápi<strong>das</strong>.<br />

AUMENTO DA OFERTA<br />

NGK Spark Plug | O especialista em ignição e sensores tem incorporado<br />

uma série de significativas novas referências nas suas linhas de produtos de<br />

velas de ignição e de aquecimento, oferecendo aos clientes do aftermarket<br />

oportunidades de substituições em mais de 2,2 milhões de veículos na<br />

Europa. Com esta extensão, a NGK Spark Plug oferece excecional qualidade e<br />

desempenho. Em agosto, foram lança<strong>das</strong> três velas de aquecimento cerâmicas<br />

de elevada qualidade, enquanto que, em setembro, a marca apresentou<br />

outra vela de aquecimento cerâmica e três velas de ignição de metal precioso,<br />

sendo cada uma igualmente fornecida aos fabricantes de automóveis como<br />

equipamento original.<br />

NOVO CATÁLOGO ONLINE<br />

Hastings | O novo catálogo online fornece informações sobre os kits de<br />

anéis de pistão, kits de desempenho e informação completa de aplicações<br />

de motores, automóvel, pesados, agrícola, industrial, marítimo e motores de<br />

elevado desempenho. O catálogo inclui toda a gama Hastings para aplicações<br />

asiáticas, europeias e americanas. Este novo catálogo complementa a presença<br />

no TecDoc e nos catálogos impressos, para facilitar e ajudar os clientes a localizar<br />

o anel Hastings correto, utilizando a sua plataforma preferida. Existem vários<br />

recursos de pesquisa no catálogo.<br />

82 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESCOVAS LIMPA-VIDROS<br />

DOGA | O novo modelo Lion’s City L, da<br />

MAN Truck & Bus, foi redesenhado em estreita<br />

colaboração com a DOGA, que teve a missão<br />

de incorporar a mais recente tecnologia neste<br />

autocarro. É o primeiro modelo urbano que faz<br />

uso da nova geração de motores de 120 Nm, com<br />

elevado nível de IP e um novo filtro EMC, que<br />

garante o cumprimento <strong>das</strong> eleva<strong>das</strong> exigências<br />

impostas pelas normas de compatibilidade<br />

eletromagnética atualmente estipula<strong>das</strong> pelo<br />

mercado. O sistema de limpeza do para-brisas<br />

panorâmico da DOGA adapta-se, perfeitamente,<br />

ao vidro, dispondo de uma aparência mais<br />

atraente e de uma maior eficiência de varrimento.<br />

NOVA BATERIA YUASA<br />

KRAUTLI Portugal | A empresa apresenta a nova bateria YT19BL-BS da YUASA,<br />

indicada para motociclos da marca BMW. A bateria YT19BL-BS da YUASA é uma bateria<br />

VRLA de alto desempenho dotada de tecnologia AGM com a maior potência inicial e a<br />

mais elevada densidade de energia exigida pelas marcas de equipamento original, como<br />

a BMW. Totalmente compatível com os modelos K1600GT e R1200 (RT, LT, GT, RS, S) da<br />

BMW, é válida para modelos com ou sem sistema ABS. Ao contrário de outros modelos<br />

de bateria no mercado, a YUASA YT19BL-BS, ao ser fornecida sem ser ativada na fábrica,<br />

pode permanecer armazenada em stock por longos períodos. Com qualidade OEM, cumpre<br />

totalmente as exigentes especificações dos fabricantes de motociclos. Esta bateria oferece<br />

qualidade OEM, avançada tecnologia chumbo-cálcio AGM que aumenta a sua potência<br />

inicial, design estanque que impossibilita o derramamento e retardador de sulfatação que reduz,<br />

significativamente, a sulfatação <strong>das</strong> placas.<br />

LUBRIFICANTE PARA MOTORES RENAULT E NISSAN<br />

Galp | A empresa lançou no mercado o novo lubrificante Fórmula LS RN17 5W30, produto 100%<br />

sintético, alinhado com o nível ACEA C3, destinado a motores de veículos ligeiros a gasolina e<br />

Diesel. Este novo produto incorpora na sua formulação tecnologia especialmente desenvolvida<br />

para cumprir os requisitos da nova norma Renault RN 17, solicitada em motores a gasolina e<br />

Diesel da nova geração. Adequado aos veículos ligeiros mais recentes, de acordo com a norma<br />

Euro 6, o Galp Fórmula LS RN17 5W30, com baixo teor de cinzas, é, também, apropriado para<br />

veículos com sistema SCR-NOx (conversor catalítico de óxidos de azoto), que solicitem AdBlue.<br />

Este lubrificante anuncia uma excelente fluidez, protegendo o motor logo após o arranque a frio,<br />

com poupança adicional de combustível, logo no arranque.<br />

PUB<br />

O FUTURO ESTÁ<br />

NAS SUAS MÃOS<br />

GESTÃO DIGITAL DA COR COM<br />

O NOVO STANDOWIN IQ CLOUD.<br />

Agora, to<strong>das</strong> as oficinas podem beneficiar da gestão digital<br />

de cor da Axalta - com o Standowin iQ Cloud. O Genius iQ, o<br />

mais avançado espectrofotômetro, juntamente com um banco<br />

de dados baseado na Web com mais de 200.000 fórmulas<br />

atualiza<strong>das</strong> constantemente, fornece instantaneamente leituras<br />

altamente precisas.<br />

Estes resultados são enviados diretamente para a balança<br />

de mistura usando a tecnologia sem fios. Isso acelera<br />

significativamente o seu processo de trabalho. E controlar tudo<br />

a partir de um tablet, pode trabalhar com flexibilidade em<br />

qualquer lugar. Escolha a solução Standowin iQ Cloud ideal<br />

para o seu negócio - o caminho mais fácil para o futuro digital.<br />

Para mais informações standox.com/iQ-cloud<br />

© 2019 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 83


Notícias<br />

Produto<br />

NOVA IMAGEM PARA BATERIAS ECOFORCE<br />

FIAMM | Atualmente, os requisitos de energia dos veículos modernos exigem<br />

baterias capazes de manter o seu desempenho por longo tempo. Numa tentativa<br />

de reduzir as emissões de CO e cumprir as normas da UE, os fabricantes de<br />

automóveis desenvolveram modelos micro híbridos equipados com dispositivos<br />

como o start&stop, que requerem um uso muito mais intenso da bateria. A nova<br />

gama de baterias ecoFORCE da FIAMM para veículos micro híbridos é a solução.<br />

PROVIA<br />

INSTALAÇÃO DA<br />

MILIONÉSIMA PEÇA<br />

A<br />

ProVia, marca de peças de reposição para veículos comerciais, anunciou que a<br />

sua milionésima peça foi instalada numa oficina independente, na Polónia. A<br />

peça, um secador de ar com cartucho, assinala um marco importante na história<br />

da ProVia, que, três anos depois do seu bem sucedido lançamento no mercado, quadruplicou<br />

o número de produtos no seu portefólio em resposta à crescente procura global<br />

de clientes. “A instalação da milionésima peça de reposição é um marco importante no<br />

que só pode ser descrito como uma jornada de crescimento contínuo que tivemos com<br />

os nossos clientes nos últimos três anos”, explica Aleksander Rabinovitch, responsável<br />

pelo negócio de Peças de Reposição e Soluções de Reparação. Hoje, a ProVia está disponível<br />

para os clientes através de 650 distribuidores independentes de peças em mais de<br />

1.000 locais de 60 países em todo o mundo.<br />

EMBRAIAGENS DA MARCA L.O.F<br />

Motormáquina | Procurando sempre melhorar a sua oferta, a<br />

Motormáquina apresenta uma nova gama de embraiagens que vem acrescentar<br />

valor e preço/qualidade ao mercado. A L.O.F. Clutches aproveitou a experiência<br />

de muitos anos de uma empresa de embraiagens para camião, assim como<br />

de dois fabricantes de embraiagens em Inglaterra, para chegar ao seu<br />

produto final. Os materiais e a tecnologia usados são de topo e, em conjunto<br />

com o conhecimento e a paixão pela marca Land Rover, permitiu-lhes criar<br />

embraiagens específicas e de reconhecida qualidade para a sua marca.<br />

AJUDA PARA OS PROPRIETÁRIOS DE CLÁSSICOS<br />

Eurol | Procura os lubrificantes certos para o seu clássico? A partir de agora, os carros clássicos também são<br />

incluídos no guia de produtos da Eurol, podendo selecionar o segmento “carros clássicos”, onde encontrará várias<br />

marcas e modelos. O guia de produtos da Eurol foi ampliado com base na necessidade crescente de aconselhamento<br />

em lubrificação para carros clássicos. Além disso, a Eurol oferece uma ampla gama de produtos, incluindo vários<br />

lubrificantes ideais para este tipo de veículos. O guia de carros clássicos da Eurol inclui cerca de 3.000 tipos de dados,<br />

sendo que o veículo mais antigo é o Ford Modelo T (1909 – 1927), ao qual se juntam cerca de outros 500 veículos, na<br />

sua maioria Ford. Já no que diz respeito aos modelos, a maioria <strong>das</strong> aplicações diz respeito a veículos Volvo 240.<br />

TPMS DA ALCAR INTEGRA PORTEFÓLIO<br />

Q&F, Lda. | O grupo alemão ALCAR, detentor <strong>das</strong> marcas de jantes AEZ,<br />

Dotz, Dezent e Enzo, disponibiliza várias soluções que vão desde máquinas<br />

de programação até sensores universais para programação e implementação<br />

em sistemas TPMS. A máquina de programação VT56, para além de anunciar<br />

a maior compatibilidade do mercado com os fabricantes de válvulas, dispõe<br />

de uma interface extremamente simples e intuitiva, com atualizações que<br />

acompanham o mercado automóvel. Já no que diz respeito às válvulas universais<br />

diretas, a ALCAR conta com uma gama que consiste em três versões: T-Pro 0,<br />

T-Pro 1 e T-Pro 2. Em conjunto, abrangem 96% do mercado.<br />

84 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ORGANIZAÇÃO<br />

PARCERIA<br />

BRIEFING COM FINALISTAS<br />

OS CONCORRENTES DA GRANDE FINAL DA COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO VISITARAM AS<br />

INSTALAÇÕES DE ATEC PARA CONHECEREM, IN LOCO, O LOCAL ONDE VÃO REALIZAR AS PROVAS. CARLOS<br />

ISIDRO, PRESIDENTE DO JÚRI, EXPLICOU COMO A COMPETIÇÃO ESTÁ ORGANIZADA<br />

O<br />

briefing de apresentação da<br />

4.ª edição do Melhor Mecatrónico<br />

possibilitou aos<br />

concorrentes conhecerem o funcionamento<br />

da competição e prepararem-se<br />

para as várias provas e exercícios<br />

que vão realizar nos próximos<br />

dias 15 e 16 de novembro, nas oficinas<br />

da ATEC – Academia de Formação.<br />

As provas, elabora<strong>das</strong> pela equipa<br />

de formadores de Mecatrónica<br />

Automóvel da ATEC, têm o carácter<br />

de aferição de competências práticas<br />

e teóricas. A avaliação é objetiva com<br />

base no desempenho individual de<br />

cada concorrente no desenrolar do<br />

conjunto de provas aplica<strong>das</strong>.<br />

Para a realização <strong>das</strong> provas práticas,<br />

serão introduzi<strong>das</strong> anomalias nos<br />

veículos, que terão de ser deteta<strong>das</strong><br />

e resolvi<strong>das</strong> pelos concorrentes. As<br />

anomalias introduzi<strong>das</strong> serão iguais<br />

em to<strong>das</strong> as provas. Estarão à disposição<br />

dos concorrentes os equipamentos<br />

e ferramentas necessários<br />

para a realização <strong>das</strong> provas, bem<br />

como a informação técnica. Para conhecimento<br />

dos leitores interessados<br />

em assistir às provas da Grande Final<br />

da competição Melhor Mecatrónico,<br />

aqui fica o programa:<br />

15 de novembro de 2019<br />

(sexta-feira)<br />

9h00 Receção dos concorrentes nas<br />

instalações da ATEC<br />

9h30 Briefing com os concorrentes<br />

sobre as regras da competição<br />

10h00 Início <strong>das</strong> provas/testes<br />

sobre diagnóstico e<br />

reparação de motores<br />

11h00 Coffee break<br />

11h30 Reinício <strong>das</strong> provas<br />

12h30 Final <strong>das</strong> provas da manhã<br />

13h00 Almoço nas instalações da<br />

ATEC<br />

14h00 Reinício <strong>das</strong> provas<br />

18h00 Final <strong>das</strong> provas do<br />

primeiro dia<br />

21h00 Jantar convívio<br />

com concorrentes,<br />

patrocinadores, membros do<br />

júri e organização<br />

16 de novembro de 2019<br />

(sábado)<br />

9h00 Receção dos concorrentes nas<br />

instalações da ATEC<br />

10h00 Início <strong>das</strong> provas do dia 2<br />

11h00 Coffee break<br />

11h30 Reinício <strong>das</strong> provas<br />

12h30 Final <strong>das</strong> provas do dia 2<br />

13h00 Almoço nas instalações da<br />

ATEC<br />

14h00 Reunião do júri para<br />

apuramento dos resultados<br />

16h00 Anúncio dos vencedores da<br />

4.ª edição da competição,<br />

com distribuição de<br />

diplomas de participação e<br />

troféus aos oito finalistas l<br />

86 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ENTRADA<br />

GRATUITA<br />

INSCREVA-SE *<br />

15 -16<br />

NOVEMBRO<br />

2019<br />

ACADEMIA ATEC<br />

PALMELA<br />

COMPETIÇÃO<br />

FINAL<br />

Formações Técnicas<br />

Demonstrações<br />

Zona Exposição<br />

* Inscreva-se em melhormecatronico.pt


ORGANIZAÇÃO<br />

PARCERIA<br />

AVALIAÇÃO CONCLUÍDA<br />

COM A AVALIAÇÃO PRESENCIAL ÀS OFICINAS SELECIONADAS, OS TÉCNICOS DA POLIVALOR CONCLUÍRAM A 2.ª<br />

FASE DA COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS, CUJA FINAL IRÁ REALIZAR-SE NOS DIAS 23 E 24 DE NOVEMBRO,<br />

NO SALÃO MECÂNICA, EM LISBOA. NESTA EDIÇÃO, DAMOS A CONHECER AS RESTANTES TRÊS OFICINAS<br />

PNEUFURADO<br />

A Pneufurado, oficina da região de Rio de Mouro, com 32 anos<br />

de atividade, aposta forte em maquinaria de topo e formação,<br />

dispondo de técnicos habilitados para dar resposta em várias<br />

áreas de reparação automóvel, desde a montagem de pneus até<br />

serviços de mecânica geral. Dispõe de dois espaços comerciais: um<br />

em Rio de Mouro, outro na Portela de Sintra. Com uma excelente<br />

capacidade de resposta, fruto do grande stock, trabalha com as<br />

principais marcas de pneus e peças. Inserida na Vulco há mais<br />

de uma década, a Pneufurado aproveita as sinergias desta rede<br />

de oficinas para dinamizar o negócio e aumentar a carteira de<br />

clientes através dos acordos com gestoras de frotas e outras<br />

entidades. Rui Carrasqueira, filho do fundador, é o atual gerente<br />

da oficina.<br />

CRAM<br />

A CRAM – Centro de Recolha Automóvel da Madeira, é uma<br />

oficina especializada na manutenção e reparação de veículos<br />

da marca Porsche, mas efetua manutenção a to<strong>das</strong> as viaturas,<br />

independentemente da marca, do ano de fabrico ou versão,<br />

garantindo a mesma qualidade exigida pelas marcas. Conta com<br />

todo o equipamento necessário para diagnóstico, informação<br />

técnica e reparação. Pertence à rede AutoCrew e garante peças de<br />

substituição com a qualidade Bosch. Dispõe de uma gama completa<br />

de ferramentas e equipamento oficinal tecnologicamente avançado,<br />

suportado por sistemas de software de informação técnica, logística<br />

eficaz de peças, apoio e suporte técnico e empresarial e ainda ações<br />

de marketing de forma a fidelizar e angariar novos clientes. Todos os<br />

serviços são prestados por técnicos altamente qualificados.<br />

FARMOTIVE<br />

A Farmotive nasceu num ambiente familiar, com vasta experiência<br />

no ramo automóvel, e profissionais de elevada qualidade para dar<br />

resposta ao mercado da reparação automóvel. Especialista no Grupo<br />

VAG (Volkswagen, Audi, Škoda e Seat), é uma oficina completa, no<br />

sentido que presta todos os serviços de manutenção e reparação,<br />

nomeadamente mecânica, eletricidade e diagnóstico. O percurso<br />

evolutivo da Farmotive é um exemplo de boas práticas a nível de<br />

serviço e relacionamento com os clientes. O principal fornecedor de<br />

componentes é a Tisoauto, conseguindo ter o material disponível<br />

sempre que necessário. E como trabalham com marcas premium,<br />

oferece o nível de qualidade que os clientes procuram. Rui<br />

Moreira é o gerente e dispõe de uma equipa com elevado grau de<br />

conhecimentos técnicos.<br />

88 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


y<br />

ENTREGA<br />

PRÉMIOS<br />

24 NOVEMBRO<br />

23 -24<br />

NOVEMBRO<br />

2019<br />

salão MECÂNICA<br />

FIL - Lisboa<br />

COMPETIÇÃO<br />

FINAL<br />

Visite o stand do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> no salão MECÂNICA<br />

mais informações em challengeoficinas.pt


epintura<br />

PERDA DE BRILHO<br />

DESAFIOS PARA O PINTOR<br />

DENTRO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO E PINTURA DE UM VEÍCULO, A APLICAÇÃO CORRETA DO VERNIZ<br />

DETERMINARÁ, EM GRANDE MEDIDA, O ASPETO FINAL DA REPARAÇÃO. PORTANTO, SERÁ UM DOS PRINCIPAIS<br />

ASPETOS QUE O CLIENTE VAI ANALISAR QUANDO O VEÍCULO LHE FOR ENTREGUE<br />

É<br />

certo que o cliente pode não dispor de conhecimentos<br />

técnicos sobre a pintura de veículos,<br />

mas qualquer pessoa é capaz de identificar<br />

uma superfície envernizada de forma irregular ou<br />

com falta de brilho. Por conseguinte, ao ser pintado<br />

um automóvel, o acabamento e o aspeto apresentado<br />

pelo verniz depois de seco determinam, em<br />

grande medida, a qualidade da reparação e, consequentemente,<br />

a satisfação do cliente. Apesar desta<br />

importância, convém realçar que qualquer camada<br />

de pintura, seja de fundo ou de acabamento, pode<br />

repercutir-se negativamente sobre a camada final<br />

de verniz, motivo pelo qual não se deve descurar a<br />

importância significativa da preparação de fundos.<br />

Os fatores mais significativos que podem provocar<br />

uma perda de brilho são explicados em seguida.<br />

Qualidade ou escolha de produtos<br />

1 INADEQuados<br />

A gama de vernizes comercializados é muito variada.<br />

De tal forma, que existem produtos de gama<br />

baixa, intermédia ou alta. A utilização de um verniz<br />

muito económico implica que o risco de perda<br />

de brilho seja mais percetível após a secagem. Além<br />

do mais, estes vernizes deixam uma camada seca de<br />

menor micragem e são mais sensíveis a condições<br />

climatéricas adversas. Por outro lado, a utilização de<br />

vernizes em aerossol de 1K convencionais também<br />

pode provocar as consequências referi<strong>das</strong>, pelo que<br />

a sua utilização deve ser limitada na medida do possível<br />

a pequenos retoques ou à pintura de componentes<br />

auxiliares de pequenas dimensões.<br />

Mau funcionamento dos equipamentos<br />

2 de extração<br />

As cabines de pintura são projeta<strong>das</strong> para que, no<br />

seu interior, exista uma corrente de ar forçada que<br />

permita afastar as neblinas gera<strong>das</strong> durante a pin-<br />

90 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


tura. Desta forma, não permanecem em suspensão,<br />

evitando o risco de se depositarem sob a forma de<br />

uma fina veladura sobre as cama<strong>das</strong> de verniz aplica<strong>das</strong>,<br />

o que retiraria brilho à superfície. Para evitar<br />

esta situação, é indispensável controlar, rigorosamente,<br />

a manutenção da cabine, ou seja, controlar<br />

as horas efetivas de funcionamento da cabine e rever,<br />

periodicamente, o estado dos filtros. Uma saturação<br />

excessiva dos mesmos leva a que a corrente<br />

de ar perca eficácia, o que significa uma redução da<br />

capacidade de aspiração da cabine face às neblinas<br />

resultantes da aplicação com pistola aerográfica.<br />

Outro fator que pode provocar perda de brilho, é a<br />

presença de humidade excessiva na zona de pintura,<br />

motivo pelo qual é recomendável realizar a aplicação<br />

em cabines de pintura fecha<strong>das</strong> e secas que permitam<br />

a regulação da temperatura.<br />

Preparação inadequada de fundos<br />

3 Sem esquecer a importância da limpeza e sopragem<br />

do veículo no âmbito da preparação de fundos,<br />

o fator que retira brilho à camada de laca é o aparecimento<br />

de riscos ou imperfeições. Para evitar uma<br />

perda de brilho provocada por estas circunstâncias,<br />

é necessário lixar convenientemente as pinturas<br />

de fundo depois de estas secarem completamente.<br />

Além do mais, a utilização de grãos de lixa inadequados,<br />

o incumprimento da sequência de lixamento<br />

ou a aplicação de uma pressão de trabalho excessiva,<br />

são alguns dos fatores que contribuem para o<br />

surgimento de marcas ou “imperfeições” nas cama<strong>das</strong><br />

inferiores.<br />

Mistura e dosagem incorreta de tintas<br />

4 Uma vez que os níveis de temperatura e humidade<br />

variam conforme a época do ano, é importante<br />

selecionar o catalisador que mais se adeque a esta<br />

circunstância, para evitar uma perda de brilho. Geralmente,<br />

estes dividem-se em catalisadores lentos<br />

adequados às temperaturas altas no verão, em médios<br />

para temperaturas mais suaves na primavera<br />

ou no outono e em rápidos para as temperaturas<br />

baixa no inverno.<br />

Aplicação incorreta de tintas<br />

5 No que se refere à aplicação da tinta, a perda<br />

de brilho pode ser consequência de uma aplicação<br />

excessiva de cama<strong>das</strong>. Um exemplo claro de perda<br />

de brilho por aplicação excessiva de produto é<br />

o que acontece ao serem pinta<strong>das</strong> cores base água<br />

com pouca capacidade de cobertura. Isto obriga o<br />

profissional da oficina a realizar demasia<strong>das</strong> passagens<br />

com o risco de que a tinta não seque convenientemente,<br />

o que, posteriormente, produz uma<br />

condensação que retira brilho ao verniz. Para evitar<br />

este problema, é conveniente utilizar aparelhos tintáveis,<br />

se possível com tonalidade de cinzento mais<br />

adequada à cor em questão, e efetuar uma boa secagem<br />

da base de cor com a ajuda do infravermelho<br />

ou do sistema de aumento de temperatura da<br />

estufa. Também é comum que exista falta de brilho<br />

por incumprimento dos tempos de evaporação entre<br />

demãos. Por exemplo, um tempo de evaporação<br />

demasiado curto pode provocar o aparecimento de<br />

pequenas bolhas ou manchas.<br />

Procedimentos incorretos<br />

6 Por vezes, a pressa na oficina leva à tomada de<br />

decisões que acabam por afetar as cama<strong>das</strong> de tinta<br />

aplica<strong>das</strong>. Um exemplo disso mesmo é a pressa<br />

em retirar o veículo da estufa após o processo de secagem.<br />

Este procedimento implica uma mudança<br />

brusca de temperatura, especialmente no inverno,<br />

o que provoca um embaciamento assinalável na laca,<br />

retirando-lhe brilho de forma significativa. Para<br />

evitar esta situação, é conveniente deixar entreabertas<br />

as portas para acesso de veículos à estufa, de modo<br />

a que a temperatura do interior se vá tornando<br />

idêntica à do exterior. Outro exemplo de perda de<br />

brilho resulta da execução de tarefas de correção de<br />

defeitos ou de limpeza quando o verniz ainda não<br />

está totalmente seco. Portanto, antes da correção de<br />

qualquer defeito, é conveniente secar a camada de<br />

verniz com infravermelho de onda curta. Também é<br />

importante utilizar abrasivos e polimentos adequados<br />

a cada situação de trabalho. No que respeita à<br />

limpeza, convém evitar a limpeza com papel ou trapos<br />

que risquem a superfície. De igual modo, durante<br />

as duas semanas posteriores à pintura, não é<br />

conveniente lavar o automóvel num equipamento<br />

automático com rolos de cer<strong>das</strong> agressivas.<br />

7<br />

Fatores externos e climatéricos<br />

Fatores externos ou climatéricos, como excrementos<br />

de ave, salinidade do ar, acumulação de sujidade<br />

e lama ou ácidos, deterioram a camada de<br />

verniz, geram per<strong>das</strong> de brilho e, em alguns casos,<br />

destroem esta camada. Por conseguinte, sempre<br />

que se encontrar uma mancha ou um dano provocado<br />

por estes fatores, deve ser limpa a superfície<br />

ou ser encontrada uma solução para evitar o agravamento<br />

do dano.<br />

Conclusão<br />

O verniz é a camada da pintura que fica à vista do<br />

cliente. Portanto, devem ser toma<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong><br />

para conseguir que o seu aspeto e brilho sejam<br />

perfeitos. Por conseguinte, utilizar produtos de qualidade,<br />

seguir as instruções do fabricante referentes<br />

à mistura de tintas e realizar processos de reparação<br />

e aplicação adequados, são procedimentos fundamentais<br />

para a concretização deste objetivo. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 91


Técnica<br />

&Serviço<br />

SECAGENS DE ALTA PRODUTIVIDADE<br />

OTIMIZAR OS<br />

recURSOS DISPONÍVEIS<br />

NESTE ARTIGO, FOCAMO-NOS NOS PRODUTOS E PROCESSOS QUE PERMITEM SECAR E CURAR, DE FORMA<br />

RÁPIDA E PROFUNDA, A ESPESSURA DE TINTA APLICADA, COM UMA APLICAÇÃO DE CALOR MÍNIMA OU NULA<br />

92 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Colaboração Centro CESVIMAP<br />

www.cesvimap.com<br />

mínima ou nula. Tendo em conta os<br />

elevados encargos com a eletricidade,<br />

é uma boa altura para considerarmos<br />

a utilização destes produtos.<br />

Antigamente, as tintas que se aplicavam<br />

nos nossos automóveis podiam<br />

secar ao ar com total garantia<br />

de sucesso. Referimo-nos às tintas<br />

com nitrocelulose, sintéticas e, um<br />

pouco mais recentes, às lacas e aos<br />

esmaltes acrílicos convencionais e<br />

MS. No entanto, a legislação sobre<br />

os compostos voláteis contaminantes<br />

da tinta sofreu alterações. Os<br />

fabricantes desenvolvem produtos<br />

menos contaminantes, como as resinas<br />

acrílicas HS, UHS, para produtos<br />

2K, e as bases bicamada aquosas<br />

em substituição <strong>das</strong> bicama<strong>das</strong> com<br />

dissolvente.<br />

Estas novas tecnologias, menos poluentes,<br />

não proporcionam uma secagem<br />

ao ar ideal e requerem a aplicação<br />

de calor para a obtenção de uma secagem<br />

adequada. Esta secagem pode<br />

ser realizada com ar quente num forno<br />

ou estufa de pintura, com painéis<br />

infravermelhos ou, também, através<br />

de painéis endotérmicos elétricos instalados<br />

no interior <strong>das</strong> estufas.<br />

aumentar a rentabilidade<br />

Aumentar a rentabilidade da oficina<br />

nem sempre implica investimentos<br />

avultados. Também é possível reforçar<br />

a eficiência e melhorar o rendimento<br />

com pequenas inovações, já<br />

que as oficinas dispõem de produtos,<br />

processos ou ciclos de trabalho que<br />

lhes permitem minimizar os tempos<br />

de secagem e cura, manipular<br />

as peças pinta<strong>das</strong> e, inclusivamente,<br />

poli-las. As secagens de alta produtividade<br />

são possíveis sem grandes<br />

investimentos em equipamento de<br />

oficina. Minimizando os consumos<br />

energéticos e com recurso a meios<br />

mais respeitadores do ambiente, permitem<br />

reduzir a combustão <strong>das</strong> estufas,<br />

aumentando, simultaneamente,<br />

as capacidades de produtividade da<br />

área de pintura.<br />

Produtos e respetiva secagem<br />

As massas de poliéster, bem como os<br />

primários fosfatantes ou para plásticos,<br />

permitiram sempre uma boa<br />

secagem ao ar, embora, no caso <strong>das</strong><br />

massas, a secagem possa ser acelerada<br />

através de equipamentos de<br />

secagem por infravermelhos. Vamos<br />

centrar-nos noutros produtos, os<br />

2K, aparelhos e vernizes de última<br />

geração. Em última análise, estes<br />

produtos foram, em grande parte,<br />

responsáveis pela evolução rumo a<br />

uma secagem mais rápida, mais rentável<br />

e mais ecológica para a oficina.<br />

Aparelhos utilizados<br />

A tecnologia utilizada nos novos<br />

aparelhos é uma mistura de resinas<br />

que permite obter ótimos resultados,<br />

reduzindo os tempos de aplicação,<br />

de evaporação entre demãos<br />

e, sobretudo, de secagem. Podem<br />

utilizar-se sobre praticamente todos<br />

os suportes metálicos e plásticos do<br />

automóvel, com ótimas garantias. A<br />

sua aplicação é possível em diferentes<br />

processos de trabalho, sejam peças<br />

novas em cataforese ou repara<strong>das</strong><br />

com danos de extensão variável. E de<br />

forma rápida e simples, já que, após<br />

a aplicação e evaporação da primeira<br />

demão, as restantes demãos são aplica<strong>das</strong><br />

consecutivamente, sem tempo<br />

de evaporação entre elas. Cumprem<br />

as normas COV e integram o conceito<br />

de aparelhos em escala de cinzentos,<br />

já que se podem encontrar em<br />

três tonalidades diferentes (branco/<br />

cinzento/preto).<br />

A grande variação destes aparelhos<br />

face aos convencionais reside, principalmente,<br />

nos diferentes tipos ou<br />

condições ideais de secagem.<br />

l Secagem “ao ar” num período curto<br />

de tempo (25 - 60 minutos), mas<br />

tendo em consideração o número<br />

de demãos aplica<strong>das</strong>, a humidade, a<br />

temperatura ambiente e o endurecedor<br />

escolhido, entre outros;<br />

AS SECagenS EFICIENTES AUMENTAM AS taXAS<br />

DE PRODUTIVIDADE, MINIMIZAM OS CONSUMOS<br />

ENERGÉTICOS E MELHORAM AS MARGENS DE LUCRO<br />

Para otimizar os recursos disponíveis<br />

na área de pintura, os<br />

fabricantes estão em contínuo<br />

processo de investigação e desenvolvimento<br />

de produtos e processos inovadores<br />

que proporcionem vantagens,<br />

benefícios e melhorias na rentabilidade.<br />

Existem diferentes fórmulas e<br />

recursos para melhorar o rendimento<br />

da pintura automóvel. Neste caso, vamos<br />

focar-nos numa vertente muito<br />

simples e económica: produtos e processos<br />

que permitem secar e curar, de<br />

forma rápida e profunda, a espessura<br />

aplicada, com uma aplicação de calor<br />

l Possibilidade de uma secagem ótima<br />

(10 - 15 minutos) a temperatura<br />

média, 40 - 45 °C, reduzindo o consumo<br />

energético;<br />

l Secagem extra rápida: apenas 5 -<br />

10 minutos à temperatura máxima,<br />

60 °C.<br />

Vernizes aplicados<br />

Os vernizes acrílicos 2K são os mais<br />

utilizados nos sistemas de pintura<br />

bicamada e tricamada, proporcionando<br />

brilho, dureza e resistência<br />

à reparação. Estes vernizes proporcionam<br />

maior rentabilidade porque<br />

permitem reduzir os tempos de<br />

aplicação e têm tempos de secagem<br />

muito curtos. Além do mais, permi-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 93


Técnica<br />

&Serviço<br />

AUMENTAR A RENTABILIDADE DA OFICINA NEM SEMPRE<br />

IMPLICA INVESTIMENTOS avULTADOS. POR VEZES, É POSSÍVEL<br />

COM PEQUENAS INOVAÇÕES FAZER INÚMERAS MELHORIAS<br />

tem secagem a baixas temperaturas,<br />

inclusivamente secagem ao ar. A sua<br />

aplicação é otimizada com uma demão<br />

leve, seguida de outra densa.<br />

Desta forma, as vantagens resultam<br />

da eliminação dos tempos de espera<br />

entre demãos e da redução dos consumos<br />

com esta técnica de demãos<br />

consecutivas.<br />

Tecnologias eficazes<br />

Dentro da ampla gama de vernizes<br />

oferecidos pelas diferentes marcas de<br />

tinta, destacamos aqueles que proporcionam<br />

as secagens mais eficientes.<br />

Os vernizes acrílicos polivalentes,<br />

além de poderem ser aplicados<br />

em diferentes processos e sobre diferentes<br />

substratos, também apresentam<br />

uma ampla janela de secagem.<br />

A opção mais rápida de secagem<br />

encontra-se entre 5 a 10 minutos,<br />

a 60 °C, mas existem, também, outras<br />

possibilidades de secagem muito<br />

eficientes. Por exemplo, em estufas<br />

antigas com pouco poder calorífico<br />

ou em condições climatéricas muito<br />

adversas, de muito frio, as secagens<br />

serão muito eficientes mantendo a<br />

temperatura de secagem entre 40 -<br />

45 °C durante 15 - 20 minutos.<br />

Os vernizes com resinas especiais<br />

são soluções de última geração. Geralmente,<br />

são uma mistura de diferentes<br />

resinas. Entre elas, as poliaspárticas,<br />

que permitem realizar uma<br />

secagem, exclusivamente, ao ar ou<br />

com aplicação de calor em estufa. A<br />

grande vantagem destes vernizes é a<br />

sua secagem extremamente rápida,<br />

mantendo um ótimo nível de brilho<br />

- talvez não o mais elevado dentro de<br />

uma gama de vernizes - e obtendo<br />

uma camada superficial uniforme e<br />

com boa qualidade. Proporcionam,<br />

também, uma excelente dureza e resistência.<br />

Regra geral, este tipo de vernizes costuma<br />

utilizar endurecedores específicos<br />

ou aditivos aceleradores, em<br />

substituição dos diluentes convencionais.<br />

Permitem a possibilidade de<br />

secagem com calor na estufa/forno<br />

com tempos muito curtos (5 - 15 minutos)<br />

ou, também, completamente<br />

ao ar, entre 60 - 90 minutos.<br />

Existem outros vernizes que secam<br />

ao ar por absorção de humidade.<br />

As condições ideais de temperatura<br />

encontram-se entre os 20 - 25 °C e<br />

as de humidade relativa do ar entre<br />

50 - 60%. Estes vernizes apresentam<br />

uma mistura certamente peculiar, já<br />

que a sua proporção é de 1:1 com o<br />

seu catalisador específico, sem necessidade<br />

de diluente.<br />

Como grande particularidade e de<br />

cumprimento obrigatório, é necessário<br />

ativar a base bicamada aquosa<br />

com um aditivo específico numa proporção<br />

de 5%. Desta forma, será possível<br />

obter uma perfeita aderência<br />

entre a base bicamada e este verniz.<br />

Quando as peças estiverem isentas<br />

de poeiras, aproximadamente aos 10<br />

- 15 minutos, a 20 °C, devem ser retira<strong>das</strong><br />

da estufa e, através da absorção<br />

da humidade, terminarão a secagem.<br />

Os tempos de secagem podem variar<br />

entre 50 - 60 minutos, dependendo<br />

da espessura aplicada e sobretudo,<br />

<strong>das</strong> condições de temperatura e humidade<br />

relativa.<br />

Qualquer <strong>das</strong> três tecnologias anteriormente<br />

referi<strong>das</strong> oferece excelente<br />

resistência a raios ultravioletas, a riscos<br />

superficiais e a diferentes agentes<br />

químicos (ceras, gasolinas e óleos,<br />

entre outros), que possam comprometer<br />

as qualidades dos vernizes.<br />

Aditivos de secagem ao ar<br />

Alguns fabricantes de tintas oferecem<br />

a possibilidade de utilizar aditivos de<br />

secagem ao ar com o objetivo de otimizar<br />

os processos de secagem tanto<br />

nos aparelhos como nos vernizes. Estes<br />

aditivos também permitem à oficina<br />

a possibilidade de poupar energia<br />

durante a secagem (além da configuração<br />

de processos de trabalho mais<br />

flexíveis e produtivos, libertando espaço<br />

na estufa/forno para outros trabalhos<br />

de pintura e, por conseguinte,<br />

aumentando a sua produtividade).<br />

Os aditivos de secagem ao ar também<br />

são recomendáveis para processos<br />

de pintura sobre peças de plástico,<br />

garantindo a forma original <strong>das</strong><br />

peças plásticas, visto não existir calor<br />

durante a sua secagem. A utilização<br />

é muito simples: basta substituir o<br />

diluente convencional pelo aditivo<br />

específico de secagem ao ar, numa<br />

mistura clássica de aparelhos ou<br />

vernizes. O lixamento dos aparelhos<br />

com este aditivo poderá ser realizado<br />

após 40 minutos a 20 °C, embora<br />

dependa da espessura aplicada e do<br />

número de demãos, entre outros fatores.<br />

l<br />

94 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />

TÉCNICO<br />

SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />

ESCAPE<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

“O SUCESSO<br />

DA MINHA OFICINA<br />

NÃO CONHECE<br />

FRONTEIRAS”<br />

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A EUROREPAR CAR SERVICE é uma ampla rede internacional de reparadores, com um vasto e profundo<br />

conhecimento do mercado multimarca. Presente em 25 países, com mais de 4400 oficinas em todo<br />

o mundo e mais de 150 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda<br />

mais longe.<br />

Algumas <strong>das</strong> vantagens dos nossos aderentes:<br />

• SISTEMA INFORMÁTICO DE GESTÃO OFICINAL E FACTURAÇÃO<br />

• LINHA DE APOIO TÉCNICO<br />

• ACESSO A PLATAFORMA DE COMERCIALIZAÇÃO DE VIATURAS USADAS/SEMI-NOVAS<br />

• GAMA DE PEÇAS MULTIMARCA EUROREPAR COM MAIS DE 12.000 REFERÊNCIAS,<br />

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NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />

repintura<br />

ROBERLO<br />

CAMPANHA GRAND PRIX EM CURSO<br />

A<br />

Roberlo, empresa multinacional especializada no fabrico e venda de soluções<br />

para o setor da repintura automóvel, deu início a uma nova campanha<br />

de publicidade internacional, na qual os clientes assumem o verdadeiro<br />

papel de líder. Desde 15 de outubro que a empresa está a realizar esta iniciativa<br />

original, que entregará 40 prémios no valor de €100 ou equivalente na moeda do<br />

país de residência dos vencedores. A campanha chama-se Roberlo Grand Prix,<br />

como as corri<strong>das</strong> de Fórmula 1, e será vinculada a um dos principais produtos da<br />

Roberlo, que se destaca pela sua rápida velocidade de secagem: o primer Multyfiller<br />

Express. Esta massa acrílica espessa oferece uma grande cobertura, é fácil de<br />

lixar e, acima de tudo, seca muito rapidamente. Uma propriedade que a transformou<br />

no produto ideal para todos os tipos de reparações, combinando dois conceitos<br />

chave no setor de repintura de hoje: velocidade e qualidade. Participar é muito<br />

fácil. Só precisa de ter mais de 18 anos, trabalhar no setor de repintura ou reparação<br />

e adquirir o produto diretamente ou através da empresa em que trabalha.<br />

96 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ZAPHIRO<br />

NOVA PISTOLA<br />

DEVILBISS<br />

A<br />

Zaphiro lança a mais recente novidade do catálogo<br />

DeVilbiss, a pistola DV1 Clearcoat. Trata-se de uma<br />

pistola especialmente projetada para aplicar todos<br />

os tipos de vernizes, incluindo a última geração, que oferece<br />

alta produtividade, desempenho e segurança. A série DV1,<br />

da Zaphiro, começou, há um ano, com o lançamento da DV1<br />

Basecoat para tintas à base de água, um produto desenvolvido<br />

a partir do zero pela DeVilbiss, que revolucionou a indústria<br />

graças ao desempenho otimizado. A nova Clearcoat, revestida<br />

com um preto fosco de extraordinária elegância, aproveita<br />

a plataforma DV1 e introduz modificações projeta<strong>das</strong><br />

especificamente para a aplicação de toda a gama de vernizes<br />

no mercado. Desde vernizes HS (alto teor de sólidos) ou UHS<br />

(ultra teor de sólidos) aos de média e baixa densidade e até<br />

mesmo de compostos orgânicos voláteis, a nova Clearcoat DV1<br />

oferece melhor desempenho, aplicação mais rápida e economia<br />

significativa de produtos, garantindo um acabamento perfeito e<br />

de alta qualidade.<br />

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21 Furos 57 Furos<br />

Interface<br />

Ultravent<br />

150 mm<br />

Prato-Suporte<br />

Ultravent<br />

Ultravent agrega valor<br />

pela economia de tempo<br />

e por proporcionar um<br />

ambiente de trabalho livre<br />

de poeira.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 97


Notícias<br />

repintura<br />

MOTA & PIMENTA<br />

BETUMES SPRALAC<br />

A<br />

empresa de Vila Nova de Famalicão, especialista em repintura<br />

automóvel, já fez saber que dispõe dos novos betumes<br />

Ultralight e Light da marca Spralac. Respondem<br />

pelo nome de SP7011 e SP7022 Betume Light as novas adições<br />

ao portefólio de produtos da Mota & Pimenta. Mas vamos por<br />

partes. Começando pelo SP7011 Betume Ultralight, produto que<br />

anuncia excelente aderência na maioria <strong>das</strong> superfícies dos automóveis.<br />

Segundo a Spralac, oferece uma capacidade de preenchimento<br />

de alta construção, sendo muito fácil de lixar. Já o SP7022<br />

Betume Light, leve e completo, foi projetado para ser lixado com<br />

facilidade, de modo a obter-se um acabamento perfeito, usando,<br />

progressivamente, os tipos de lixa P80, P120 e P240. De acordo<br />

com a Spralac, o SP7022 Betume Light oferece boa aderência, especialmente<br />

nos cantos, sendo multifuncional para todos os tipos<br />

de reparações.<br />

R-M E RIBEIRO & MARQUES<br />

JUNTAS EM EVENTO<br />

No passado mês de setembro, a R-M, em conjunto com o seu distribuidor<br />

R-M Ribeiro & Marques, organizou mais um evento direcionado às oficinas<br />

de reparação e repintura automóvel. No evento, foram apresenta<strong>das</strong><br />

algumas <strong>das</strong> últimas novidades aos mais de 50 clientes que marcaram presença<br />

nesse dia. A R-M, enquanto marca de repintura premium representada pela Ribeiro<br />

& Marques, não quis perder a oportunidade de poder apresentar, em primeira<br />

mão, as suas últimas novidades, assim como partilhar com os presentes o seu<br />

100.° aniversário, que está a ser celebrado ao longo de 2019. Através <strong>das</strong> demonstrações<br />

realiza<strong>das</strong> pela equipa presente ao longo desse dia, os participantes do<br />

evento puderam conhecer as vantagens do aparelho de secagem UV (ultravioleta)<br />

– UV Light Filler Grey P2530 - lançado pela R-M, que constitui uma <strong>das</strong> grandes<br />

inovações dos últimos tempos. O espírito de camaradagem e a competitividade<br />

entre os participantes contribuiu, de forma decisiva, para o grande sucesso deste<br />

dia de partilha e de convívio.<br />

ASB<br />

SERVIÇO ON THE ROAD<br />

Foi no passado dia 21 de setembro, no âmbito do evento comercial<br />

da ASB – Álvaro Sousa Borrego, que foi inaugurado o mais<br />

recente serviço ASB on the road. Neste evento, estiveram presentes<br />

os colaboradores da área comercial e técnica da empresa, que<br />

contando ainda com um convidado especial, Alexandre Van De Vel<br />

Sousa, que fez as honras de inaugurar a viatura ASB on the road e<br />

desvendar a surpresa à equipa. A aposta neste serviço sobre ro<strong>das</strong><br />

prende-se com a crescente procura de formação direcionada, essencialmente,<br />

às questões com as quais as oficinas se deparam todos os<br />

dias. Com este novo serviço, a ASB está mais apta a responder localmente<br />

e de uma forma mais célere às necessidades dos seus clientes.<br />

98 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Mundo<br />

automóvel<br />

KIA XCEED 1.6 CRDI TECH<br />

FatoR X


DEPOIS DOS CEED, CEED SPORTSWAGON E PROCEED, EIS O XCEED.<br />

A GAMA CEED ESTÁ CADA VEZ MAIOR E A KIA ESTÁ CADA VEZ MELHOR.<br />

ESTE CROSSOVER UTILITY VEHICLE (CUV), QUE COMBINA O CARÁCTER<br />

PRÁTICO DE UM SUV COM A ARQUITETURA DESPORTIVA DE UM<br />

HATCHBACK, TEM TUDO PARA SER UM SUCESSO. A COMEÇAR PELO<br />

DESIGN IRREVERENTE E A ACABAR NOS SETE ANOS DE GARANTIA<br />

por Bruno Castanheira<br />

Seria um hatchback (carroçaria de dois volumes<br />

e meio com cinco portas) igual a<br />

tantos outros, não fosse o “X” que lhe está<br />

associado. O crossover urbano XCeed é produzido<br />

na fábrica europeia da Kia, em Zilina, na Eslováquia,<br />

tal como os Ceed, Ceed Sportswagon e<br />

ProCeed. Segundo a marca sul-coreana, o XCeed<br />

é um crossover por mérito próprio, tendo sido<br />

concebido como um projeto autónomo dentro<br />

da gama Ceed. E este é, precisamente, um dos<br />

fatores que o torna único no mercado. Quer saber<br />

porquê? Viaje connosco pelas linhas que se<br />

seguem.<br />

Desenvolvido na Europa<br />

Concebido no centro europeu de design da Kia,<br />

em Frankfurt, na Alemanha, os sinais de exclusividade<br />

do XCeed são claros e demarcam-no<br />

de outras propostas existentes no mercado, cuja<br />

diferenciação se fica pelos arranjos estéticos ou<br />

plásticos adicionais aplicados no exterior. A carroçaria,<br />

estilo coupé, ainda que o cinzento que<br />

reveste esta unidade não seja, em nossa opinião,<br />

a que melhor resulta (amarelo, vermelho ou azul<br />

são as tonalidades mais indica<strong>das</strong>, estando a pintura<br />

metalizada disponível por €430), é um dos<br />

grandes argumentos do XCeed. Desenvolvida de<br />

raiz (apenas as portas dianteiras foram extraí<strong>das</strong><br />

dos Ceed e Ceed Sportswagon), a carroçaria, com<br />

uma altura ao solo de 184 mm, coloca o XCeed<br />

ao nível de muitos SUV e confere-lhe real versatilidade.<br />

As jantes de 18”, a grelha escura, as<br />

inserções brilhantes e a dupla saída de escape<br />

quadrangular, são elementos que resultam muito<br />

bem.<br />

O interior mantém a mesma tónica, ainda que,<br />

diga-se em abono da verdade, seja bem mais sóbrio<br />

do que o exterior. A qualidade de construção<br />

situa-se num patamar bastante convincente,<br />

o posto de condução é simplesmente ótimo e<br />

quanto a espaço disponível para ocupantes e bagagem,<br />

o XCeed cumpre a sua missão sem deslumbrar.<br />

Anunciando 426 litros com os bancos<br />

traseiros na posição normal (1378 litros com eles<br />

rebatidos), a bagageira é 31 litros maior face à do<br />

Ceed, o que reforça a singularidade e o carácter<br />

prático da sua faceta de crossover.<br />

O XCeed está disponível com o primeiro painel<br />

de instrumentos totalmente digital da Kia: Supervision,<br />

de 12,3”. Concebido para fornecer as<br />

informações da forma mais clara possível, apresenta<br />

um ecrã de alta definição (1920x720 pixels),<br />

que substitui os mostradores convencionais.<br />

O seu monitor, único e perfeitamente integrado<br />

no tablier, incorpora mostradores digitais extremamente<br />

claros para as funções de velocímetro<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 101


KIA XCEED<br />

Embalagem e<br />

conteúdo a condizer.<br />

O XCeed foi<br />

concebido como um<br />

projeto autónomo<br />

dentro da gama<br />

Ceed. Argumentos<br />

não lhe faltam<br />

O XCEED É A QUARTA DECLINAÇÃO DA FAMÍLIA<br />

CEED E ESTÁ DISPONÍVEL COM O PRIMEIRO PAINEL<br />

DE INSTRUMENTOS TOTALMENTE DIGITAL DA KIA<br />

e de conta-rotações. Um ecrã multifunções<br />

entre os mostradores exibe<br />

instruções de navegação e informações<br />

áudio, para além de indicações<br />

de bordo aprofunda<strong>das</strong>, alertas de<br />

diagnóstico do veículo e notificações<br />

instantâneas relaciona<strong>das</strong> com os diversos<br />

sistemas de segurança.<br />

Criado para o mundo<br />

Equipado com inúmeros dispositivos<br />

de assistência à condução, o<br />

XCeed faz uso de uma vasta gama<br />

de tecnologias: Sistema de Controlo<br />

da Velocidade Inteligente, com função<br />

Stop&Go, Sistema de Deteção<br />

do Ângulo Morto, Aviso de Colisão<br />

Frontal com deteção de automóveis e<br />

de peões, Aviso de Limite de Velocidade<br />

Inteligente, Sistema Inteligente<br />

de Auxílio ao Estacionamento, Assistência<br />

à Manutenção na Faixa de<br />

Rodagem, Assistente de Máximos e<br />

Gestão da Estabilidade do Veículo,<br />

que aumenta a estabilidade na travagem<br />

e em curva através da atuação<br />

do Controlo Eletrónico de Estabilidade<br />

(ESC). Já o Aviso de Atenção<br />

do Condutor, aconselha a fazer uma<br />

pausa se forem detetados sinais de<br />

fadiga. E a Assistência à Circulação<br />

na Faixa de Rodagem (LFA) consiste<br />

na tecnologia de condução autónoma<br />

de “Nível 2” da Kia, que controla<br />

a aceleração, a travagem e a direção.<br />

Contudo, o XCeed, na especificação<br />

Tech, não dispõe de todos estes<br />

dispositivos. Mas quase. Por €1.100<br />

pode ser requisitado o Pack ADAS,<br />

que inclui Alerta de Colisão Frontal<br />

para Peões, Detetor de Ângulo Morto<br />

e Alerta de Tráfego na Retaguarda.<br />

Entre os cuidados especiais tidos na<br />

elaboração deste modelo, encontra-<br />

-se a suspensão, com uma afinação<br />

exclusiva e batentes hidráulicos na<br />

dianteira, que permitem uma melhor<br />

absorção <strong>das</strong> irregularidades, resultando,<br />

assim, num maior conforto<br />

em pisos degradados. É a verdade é<br />

que o XCeed é um CUV cómodo e<br />

que dá gosto conduzir, ainda que o<br />

comando da caixa manual pudesse<br />

ser mais preciso. A direção é comunicativa<br />

q.b., os travões cumprem o seu<br />

papel com competência, o rolamento<br />

da carroçaria em curva é pouco acentuado<br />

e mesmo nas situações perto<br />

dos limites da física este Kia lida bem<br />

com a pressão. Os 136 cv e 280 Nm<br />

do motor Diesel 1.6 CRDi, equipado<br />

com filtro de partículas, quatro válvulas<br />

por cilindro, injeção common<br />

rail, sistema start&stop, turbo de<br />

geometria variável e intercooler, proporcionam<br />

uma condução agradável,<br />

ainda que sem grandes motivos para<br />

euforias.<br />

O XCeed é, sem dúvida, dos modelos<br />

mais interessantes e apelativos da<br />

Kia, marca que tem sabido, aos poucos,<br />

conquistar as preferências dos<br />

consumidores portugueses. A versão<br />

aqui em ensaio custa (sem despesas<br />

nem extras) €34.647, mas a gama arranca<br />

nos €26.747 da variante a gasolina<br />

1.0 T-GDi Drive de 120 cv com<br />

caixa manual de seis velocidades. l<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

77,0x85,8<br />

Taxa de compressão 15,9:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 280/1500-3000<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção common rail<br />

Sobrealimentação turbo VTG + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESC<br />

Caixa de velocidades manual de 6+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 12,7<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (288)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (272)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

Multilink<br />

Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 196<br />

0-100 km/h (s) 10,6<br />

Consumo combinado WLTP (l/100 km) 5,3<br />

Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 138<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comp./larg./alt. (mm) 4395/1826/1495<br />

Distância entre eixos (mm) 2650<br />

Vias frente/trás (mm) 1575/1573<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 426-1378<br />

Peso (kg) 1472<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 10,82<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

Pneus de série 235/45 R 18<br />

Pneus de teste Continental ContiSportContact 5<br />

235/45 R 18 94V<br />

GARANTIAS<br />

Mecânica<br />

7 anos ou 150.000 km<br />

Pintura<br />

5 anos ou 150.000 km<br />

Anticorrosão<br />

12 anos sem limite km<br />

ASSISTÊNCIA<br />

1.ª revisão 1 ano ou 15.000 km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €35<br />

Intervalos<br />

1 ano ou 15.000 km<br />

PREÇO (sem despesas) €34.647<br />

Unidade testada €34.647<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €158,92<br />

102 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


O CAMINHO<br />

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RELEASE THE FULL POTENTIAL


Mundo<br />

Automóvel<br />

NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />

VOLVO XC40 RECHARGE<br />

O PRIMEIRO 100% ELÉTRICO<br />

A Volvo apresentou o seu primeiro modelo 100% elétrico: o XC40<br />

Recharge. Nos próximos cinco anos, a marca sueca lançará um novo<br />

veículo com esta tipologia a cada ano. A Volvo Cars pretende que,<br />

em 2025, metade <strong>das</strong> suas ven<strong>das</strong> mundiais seja constituída por<br />

modelos elétricos, sendo a restante quota preenchida por híbridos.<br />

Recharge será o nome que a marca atribuirá a todos os Volvo que<br />

sejam recarregáveis (100% elétricos ou híbridos plug-in). O Volvo<br />

XC40 Recharge, que chega a Portugal em 2021, terá 408 cv e uma<br />

autonomia de 400 km (WLTP). Será possível carregar 80% <strong>das</strong> suas<br />

baterias em 40 minutos através de um sistema de carga rápida. Para<br />

ajudar a manter os passageiros seguros e as baterias intactas em<br />

caso de colisão, a Volvo desenvolveu uma nova estrutura. Oito cores<br />

exteriores, onde se inclui a nova “Sage Green metallic”, permitem<br />

uma vasta personalização, sendo o teto preto de série. Estão,<br />

também, disponíveis duas novas opções de jantes de 19” e 20”.<br />

MERCEDES-BENZ<br />

A MARCA AUTOMÓVEL MAIS VALIOSA<br />

A<br />

Mercedes-Benz foi, uma vez mais, considerada a marca automóvel de luxo mais valiosa do<br />

mundo. No último ranking “Best Global Brands”, da consultora norte-americana Interbrand,<br />

a marca alemã reafirmou o resultado alcançado no ano passado, ao ocupar o 8.° lugar. A<br />

Mercedes-Benz continua a ser a única marca europeia a figurar entre as 10 primeiras posições. Em<br />

comparação com 2018, o valor da Mercedes-Benz aumentou mais 5%, para 50.832 mil milhões de<br />

dólares, naquela que é a continuação de uma história de sucesso ininterrupta, pois a marca tem aumentado,<br />

continuamente, o seu valor desde 2009. A Interbrand, consultora dos EUA, avalia as 100<br />

marcas mais valiosas do mundo de acordo com três aspetos: “Desempenho financeiro dos produtos<br />

ou serviços da marca”; “Papel da marca no processo de decisão de compra”; “Força da marca visando<br />

salvaguardar as receitas futuras da empresa”.<br />

HYUNDAI<br />

CAMPANHA COM NEXO EM ESPANHA<br />

A<br />

Hyundai Motor Espanha lançou uma campanha com a embaixadora da marca, Mireia<br />

Belmonte, onde a atleta testa a tecnologia ecológica do modelo NEXO. A Campeã Olímpica<br />

enfrentou o desafio de treinar dentro de uma bolha ligada ao tudo de escape de um NEXO,<br />

respirando as emissões diretamente do veículo. Este é o primeiro modelo fuel cell a ser matriculado<br />

em Espanha, revelando o compromisso da Hyundai para com a tecnologia de hidrogénio destinada a<br />

utilização urbana. Além de não produzir emissões poluentes, este modelo reduz ainda a pegada ambiental<br />

dos outros condutores. O NEXO é considerado uma peça chave na estratégia ecológica da<br />

Hyundai, que pretende lançar 38 modelos “verdes” até 2025, acelerando o desenvolvimento da condução<br />

com zero emissões. Com um design minimalista e fluido, o Hyundai NEXO conjuga a mais<br />

recente tecnologia com o estilo SUV, sendo a ponte para o futuro da mobilidade.<br />

FORD<br />

PRODUÇÃO DO PUMA COMEÇOU<br />

A produção em série do inovador e eletrificado Puma, a partir <strong>das</strong><br />

instalações de ponta da Ford em Craiova, na Roménia, já teve início.<br />

Proposto com a avançada tecnologia mecânica eletrificada EcoBoost<br />

Hybrid 48 Volt, o novo crossover compacto da Ford, de inspiração<br />

SUV, é o primeiro veículo híbrido a ser fabricado na Roménia. Para<br />

o efeito, a Ford contratou uma equipa adicional composta por<br />

1.700 pessoas e investiu, aproximadamente, 200 milhões de euros<br />

na unidade fabril de Craiova. O novo Puma é um dos oito modelos<br />

eletrificados que a Ford está a trazer para o mercado europeu<br />

em 2019. No início do ano em curso, a marca anunciou que cada<br />

novo modelo seu de passageiros incluiria, na gama, uma opção<br />

eletrificada – mild hybrid, full hybrid, plug-in hybrid ou 100%<br />

eléctrica – disponibilizando, assim, aos clientes europeus um<br />

dos mais abrangentes leques de opções electrifica<strong>das</strong>. ST-Line e<br />

Titanium X serão duas <strong>das</strong> versões disponíveis.<br />

104 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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Mundo<br />

Automóvel<br />

EM ESTRADA<br />

por Jorge Flores<br />

RENAULT TWINGO LE COQ SPORTIF<br />

CANTAR DE GALO<br />

A<br />

versão Le Coq Sportif do Renault Twingo é como um regresso ao passado. Ambas as marcas<br />

têm uma história de relevo em matéria de popularidade e estilo. Com esta edição especial (a<br />

mais elitista da gama), a marca francesa – ambas – procuram piscar o olho aos espíritos mais<br />

saudosistas da década de 90. Mas será que o pequeno galo francês ainda sabe cantar? Dotada de uma<br />

caixa automática de dupla embraiagem (EDC) e um motor a gasolina com 95 cv de potência, esta<br />

versão especial custa €16.090, enquanto a proposta tradicional custa €11.760 (caixa manual de cinco<br />

velocidades e motor de 75 cv). A diferença está nos detalhes que a versão Le Coq Sportif acrescenta.<br />

Quais? Permite optar por três cores: branca (como a unidade ensaiada), azul e vermelho. To<strong>das</strong> estas<br />

opções de carroçaria exibem, no exterior e interior, emblemas com a imagem da marca de vestuário e calçado. Contempla ainda vários elementos<br />

exclusivos, como, por exemplo, o ar condicionado automático, o sistema multimédia Easy Link com ecrã tátil de 7’’ compatível com Android Auto<br />

e Apple Car Play, o regulador/limitador de velocidade, o banco do condutor regulável em altura, o sistema de ajuda ao estacionamento traseiro<br />

com câmara de marcha-atrás, os sensores de chuva e luminosidade e os estofos com personalizações em vermelho.<br />

Motor 3 cil. linha, transv., tras. Cilindrada (cc) 898 Potência máxima (cv/rpm) 95/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 165 0-100 km/h (s) 11,1 Consumo combinado (l/100 km) 6,0 Emissões de CO 2 (g/km) 105<br />

Preço €16.090 IUC €94,42<br />

FIAT TIPO SW 1.3 MULTIJET MIRROR<br />

CONECTIVIDADE ACRESCIDA<br />

De linhas discretas, mas elegantes, a carrinha Fiat Tipo ganhou uma nova versão:<br />

Mirror (espelho, em inglês). Um reforço em matéria de conectividade e infoentretenimento,<br />

imposição dos tempos modernos. Integra um sistema Uconnect HD<br />

Live, com ecrã tátil de 7” e integração com Apple CarPlay e compatibilidade com Android Auto.<br />

Permite, deste modo, aceder ao smartphone e às suas aplicações, a partir do posto de condução.<br />

Em exclusivo para esta versão da carrinha Fiat Tipo, uma nova cor: azul “Venezia”, além de uma<br />

série de elementos cromados, como os puxadores <strong>das</strong> portas, os frisos laterais, o contorno da grelha<br />

inferior, as molduras dos faróis de nevoeiro e o revestimento dos retrovisores. Trunfo é, também, a<br />

habitabilidade, que continua generosa, e uma bagageira a condizer, com 550 litros. O motor Diesel<br />

de 1,3 litros com 95 cv não é um primor, sobretudo, em termos audíveis, mas compensa em termos de consumos: 3,7 l/100 km. Em termos dinâmicos,<br />

esta carrinha não compromete. Mas também não entusiasma. Equipada com caixa manual de cinco relações, a carrinha Fiat Tipo cumpre o arranque<br />

dos 0 aos 100 km/h em 12,5 segundos e alcança os 200 km/h de velocidade máxima.<br />

Motor 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1248 Potência máxima (cv/rpm) 95/3750 Binário máxi mo (Nm/rpm) 200/1500<br />

Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 12,5 Consumo combinado (l/100 km) 3,7 Emissões de CO 2 (g/km) 98 Preço €23.207 IUC €94,42<br />

106 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


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tecnologia<br />

FÁBRICA DA ŠKODA EM MLADÁ BOLESLAV<br />

HUB DE PINTURA CHECO<br />

A FÁBRICA DA ŠKODA NA CIDADE DE MLADÁ BOLESLAV PASSA A SER DAS MAIS MODERNAS DO MUNDO EM<br />

TERMOS DE PINTURA DE AUTOMÓVEIS. DEPOIS DE UM AVULTADO INVESTIMENTO, A UNIDADE PASSOU A SER MAIS<br />

LIMPA E ECOLÓGICA. CONHEÇA, EM DETALHE, A NOVA ALA DE PINTURA QUE SE RECICLA POR SI SÓ por Ricardo Carvalho<br />

A<br />

Škoda inaugurou uma ala de<br />

pintura na sua fábrica de<br />

Mladá Boleslav, na República<br />

Checa. Nesta ala, está previsto que<br />

sejam pintados, a cada ano, um total<br />

de <strong>168</strong> mil carroçarias adicionais, o<br />

que eleva a capacidade anual total<br />

desta fábrica para 812 mil veículos. A<br />

marca checa do Grupo VW investiu<br />

um total de 214,5 milhões de euros<br />

no novo edifício, que se transforma<br />

num dos mais modernos e ecológicos<br />

deste género na Europa. Ao mesmo<br />

tempo, criou mais 650 novos postos<br />

de trabalho.<br />

Muitas <strong>das</strong> diferentes fases de produção<br />

serão realiza<strong>das</strong> ou assisti<strong>das</strong><br />

por um total de 66 robots dotados de<br />

tecnologia, todos de funcionamento<br />

autónomo. A utilização de tecnologias<br />

inovadoras permite que as<br />

várias estações de trabalho dos colaboradores<br />

da fábrica sejam particularmente<br />

ergonómicas. As tecnologias<br />

de pintura de última geração<br />

utiliza<strong>das</strong> nesta nova ala da fábrica<br />

da Škoda incluem um sistema totalmente<br />

autónomo para transportar as<br />

carroçarias individualmente durante<br />

o pré-tratamento e a aplicação do<br />

primário. Graças a este método de<br />

transporte, os parâmetros do processo<br />

de cada veículo podem ser selecionados<br />

individualmente, numa personalização<br />

que não é possível nas<br />

linhas de pintura tradicionais.<br />

Estratégia GreenFuture<br />

Todos os dados do processo de produção<br />

são coordenados de forma eletrónica<br />

com a identificação de cada<br />

veículo, sendo transmitidos, posteriormente,<br />

por rádio, à estação de<br />

trabalho. A Škoda Auto preocupou-se<br />

em conseguir um consumo de energia<br />

muito reduzido com este novo espaço.<br />

Para isso, utiliza uma nova tecnologia<br />

de secagem, que faz com que os recuperadores<br />

centrais soprem ar quente<br />

em certas áreas para reduzir até 20%<br />

a energia empregue para secar as cama<strong>das</strong><br />

de pintura dos veículos. Graças,<br />

também, a um inovador sistema de escovas<br />

húmi<strong>das</strong> para limpar as carroçarias,<br />

a selagem e a imprimação da tinta<br />

são realizados ao mesmo tempo.<br />

Os 66 novos robots de pintura dispõem<br />

de um inovador sétimo eixo de<br />

rotação no seu braço móvel, que lhes<br />

permite pintar carroçarias de automóveis<br />

com uma superfície total de<br />

até 108 m 2 . As instalações da Škoda<br />

Auto aplicam apenas as cama<strong>das</strong> à<br />

base de água, com exceção da camada<br />

transparente final. Não obstante,<br />

nesta nova ala, 55% da camada superior<br />

é feita com matéria sólida. Precisamente<br />

por isso, cada veículo precisa,<br />

aproximadamente, de menos 210<br />

gramas de dissolvente e até mesmo a<br />

quantidade da camada transparente<br />

é reduzida em 17%.<br />

A nova ala de pintura da fábrica de<br />

Mladá Boleslav dispõe ainda de um<br />

sistema que dá pelo nome de “separação<br />

de secagem” e que absorve<br />

os resíduos de pintura, bem como<br />

de outro sistema, que se encarrega<br />

de eliminar termicamente to<strong>das</strong> as<br />

emissões. Assim, é possível reduzir<br />

108 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A LINHA DE PINTURA MAIS avanÇada DA EUROPA<br />

66<br />

robots<br />

Muitas <strong>das</strong><br />

operações passaram<br />

a ser assegura<strong>das</strong> por robots.<br />

Graças à utilização de tecnologias<br />

inovadoras, os locais de trabalho são<br />

funcionais e ergonómicos<br />

20 % menos energia<br />

Tecnologia de secagem única diminuiu o consumo<br />

de energia em um quinto<br />

2 componentes de pintura<br />

Dois novos e modernos componentes de pintura<br />

reduzem o impacto ecológico durante a aplicação<br />

da tinta<br />

17% menos tinta<br />

Um método de pintura mais preciso reduz o<br />

conjunto de agentes dissolventes utilizados e o<br />

desperdício de tinta que foi criado<br />

17 tonalidades com e sem efeitos<br />

metalizados e pérola<br />

Ecológica<br />

Novos métodos de aplicação da tinta<br />

Secagem separada<br />

Ao utilizar calcário, elimina o<br />

desperdício na forma de lodo de tinta<br />

Recicla até 80% de ar<br />

Reduz a necessidade do seu tratamento<br />

36%<br />

Menos emissões de substâncias orgânicas<br />

Poupança de energia<br />

Eliminação de um dos estágios da pintura<br />

Nova ala de pintura<br />

em números<br />

25.094 m 2<br />

Área onde a oficina<br />

de pintura foi<br />

construída ocupada<br />

equivale a três campos<br />

de futebol<br />

828.058 m 3<br />

Volume de ar aproximado equivale ao<br />

volume de água de 265 piscinas olímpicas<br />

35 m de altura<br />

A oficina de pintura com sete andares<br />

é o edifício mais alto da fábrica checa<br />

em 36% as emissões deriva<strong>das</strong> da<br />

produção de compostos orgânicos<br />

voláteis (VOC) gerados durante o<br />

processo de pintura. Todo o investimento<br />

no novo espaço de pintura<br />

ecológico insere-se na estratégia<br />

GreenFuture e constitui um pilar<br />

importante do objetivo de sustentabilidade<br />

da marca checa. l<br />

O sistema de pintura inclui cinco cama<strong>das</strong> com uma espessura de cerca de 100 micrómetros<br />

Camada exterior - 30 µm<br />

Cor - 20 µm<br />

Camada anti-corrosão - 18 µm<br />

Fosfato - 2 µm<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 109


Mundo<br />

Automóvel<br />

USO PROFISSIONAL FORD TRANSIT ECOBLUE HYBRID<br />

MECÂNICA MUITO PRÓPRIA<br />

A FORD ADIANTA-SE À CONCORRÊNCIA COM UM SISTEMA MICRO-HÍBRIDO, ESTREIA NO<br />

SEGMENTO, CAPAZ DE REDUZIR, EFICAZMENTE, O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL SEM COMPROMETER<br />

A SUA UTILIZAÇÃO, GRAÇAS À TECNOLOGIA DE BATERIAS DE 48V por Ricardo Carvalho<br />

A<br />

“hibridização” é mais uma<br />

necessidade do que uma<br />

moda passageira. Trata-se<br />

de uma nova tecnologia de redução<br />

de consumos e emissões que, agora,<br />

faz mais sentido do que nunca no<br />

segmento dos veículos comerciais<br />

ligeiros. Por isso, a Ford colocou<br />

“mãos à obra” e desenvolveu a sua<br />

tecnologia micro-híbrida para a<br />

Transit, paralelamente ao anúncio<br />

da utilização da tecnologia híbrida<br />

plug-in, presente na sua “irmã menor”,<br />

a Custom. Voltando ao tema<br />

deste artigo, o maior furgão da marca<br />

da oval azul recorre, em opção, a<br />

uma bateria de 48V, que proporciona<br />

maior potência elétrica à rede,<br />

permitindo novas funcionalidades<br />

em elementos como o novo alternador,<br />

que substitui o original, e que<br />

também faz, por vezes, de motor<br />

de arranque e gerador. Este recupera<br />

energia nas desacelerações e<br />

guarda-a na bateria, podendo ainda<br />

reaproveitá-la nas fases de desaceleração.<br />

O objetivo não passa por melhorar<br />

as prestações (ainda que a resposta<br />

ao acelerador seja mais rápida), mas<br />

por aumentar a eficiência do motor<br />

Diesel. Ao conquistar um extra de<br />

binário em aceleração, o bloco Diesel<br />

fica sujeito a menor esforço e, em<br />

consequência, gasta menos combustível.<br />

A Ford afirma que gasta menos<br />

3% de combustível e que pode chegar<br />

aos 8% em condução urbana,<br />

precisamente no ambiente em que<br />

mais se pode aproveitar esta componente<br />

híbrida.<br />

Elevada eficiência<br />

A Ford propõe este sistema MHEV<br />

nos seus motores Diesel combinados<br />

com tração dianteira ou traseira.<br />

Motores que recebem uma atualização<br />

para estarem de acordo com as<br />

novas normas anti-contaminação. A<br />

gama, baseada no mesmo bloco 2.0<br />

EcoBlue, recebe novos injetores, novas<br />

soluções para reduzir as fricções<br />

e uma nova bomba de óleo, que adequa,<br />

de forma mais eficiente, o fluxo<br />

de acordo com o que é pedido. São<br />

três níveis de potência (105, 130 e 170<br />

cv), aos quais se junta um novo patamar<br />

com 185 cv e 415 Nm de binário.<br />

Por outro lado, a Transit é proposta<br />

tanto com transmissão manual como<br />

automática, ambas de seis velocidades.<br />

A partir da primavera de 2020,<br />

vai passar a existir uma opção de caixa<br />

automática de 10 relações (só para<br />

as Transit de tração traseira).<br />

Muito completa<br />

Como vem sendo habitual, a gama da<br />

Transit foi pensada para todo o tipo<br />

de utilizações e utilizadores. Está<br />

disponível em carroçaria furgão, com<br />

três comprimentos e duas alturas,<br />

que dão forma a uma caixa de carga<br />

entre 9,5 e 15,1 m 3 . O peso bruto oscila<br />

entre os 3.100 e os 4.700 kg. Os<br />

que precisarem de um espaço de carga<br />

mais versátil, têm na chassis-cabina<br />

a sua melhor aliada, pois pode<br />

servir de base a transformações com<br />

até cinco comprimentos de chassis,<br />

entre os 5,22 e os 7,57 m.<br />

Por fim, as versões de passageiros<br />

também foram contempla<strong>das</strong> pela<br />

Transit. Primeiro, as Kombi e mistas<br />

que oferecem até nove lugares e<br />

ainda espaço de carga de acordo com<br />

as necessidades. Depois, as Bus, desenvolvi<strong>das</strong><br />

para o transporte escolar<br />

ou shuttle VIP, com capacidade entre<br />

11 e 18 passageiros, ainda que, neste<br />

caso, seja necessário carta de condução<br />

de pesados de passageiros. l<br />

110 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

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