Jornal das Oficinas 168
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EM QUALQUER AMBIENTE. EM QUALQUER DESAFIO.<br />
O MÁXIMO DESEMPENHO<br />
SX_10556-849_Trade_Magazine_Advert_210x25mm_CMYK_201909_PT.indd 1 16/09/2019 14:54<br />
jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />
<strong>168</strong><br />
Novembro 2019<br />
PERIODICIDADE | MENSAL<br />
ANO XV | 3 EUROS<br />
VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
REALIDADE<br />
ELETRIZante<br />
PÁG. 6<br />
EQUIP AUto<br />
PÁG. 12<br />
A 25.ª edição do certame francês<br />
dedicado ao aftermarket exibiu o<br />
bom momento de forma do setor<br />
entrevista<br />
PÁG. 38<br />
A rede Checkstar, da Magneti<br />
Marelli, entrou numa nova fase de<br />
vida. Juan Santos explica porquê<br />
mcoutinho Peças<br />
PÁG. 66<br />
A celebrar 20 anos, a empresa<br />
nasceu no universo de um grupo<br />
de concessionários de automóveis<br />
perda de brilho<br />
PÁG. 90<br />
A aplicação correta do verniz<br />
determinará, em grande medida,<br />
o aspeto final da reparação<br />
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Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
EDITOR EXECUTIVO<br />
Bruno Castanheira<br />
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jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Joana Calado<br />
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AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade/Editor João Vieira -<br />
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site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
SUCESSO<br />
GERA SUCESSO<br />
O<br />
novo ano está à porta e nunca, como antes, foi tão importante planificar o negócio. Dedique algum<br />
tempo a analisar o que está a fazer bem e o que está a fazer mal. Comece por elaborar um<br />
orçamento anual que abranja tanto as operações a realizar na oficina como os meios de produção<br />
de que dispõe. É um exercício fundamental que o ajudará a planificar o lucro que espera obter com<br />
a sua atividade de manutenção e reparação de veículos. Invista num bom software de gestão que<br />
permita medir e monitorizar to<strong>das</strong> as áreas do negócio. Graças a esta ferramenta, poderá rastrear facilmente os<br />
processos, as tarefas e o desempenho da equipa, o que significa melhor e maior controlo sobre os trabalhos e a<br />
organização da oficina.<br />
Pense igualmente na forma como os seus clientes o veem. Referimo-nos à imagem <strong>das</strong> suas instalações e à sinalética<br />
exterior, mas, também, e não menos importante, à imagem interior, à limpeza <strong>das</strong> instalações, à seleção<br />
de material de leitura e à qualidade do chá e do café que disponibiliza. Todos estes fatores criam uma perceção<br />
do seu negócio para os clientes. Mantenha-se atualizado com a tecnologia automóvel em constante mudança e<br />
perceba a forma como o conceito de propriedade do veículo está a mudar para novas<br />
formas de mobilidade. É importante perceber o impacto destes fatores<br />
no seu negócio e planear antecipadamente as ações necessárias.<br />
Deixe que os clientes o conheçam melhor. Aumente a comunicação<br />
com eles, mas apenas quando tiver algo útil para lhes transmitir.<br />
Explique o que lhes pode proporcionar que seja do seu interesse,<br />
destaque novos investimentos feitos por si que os beneficiem<br />
diretamente ou quaisquer ofertas apropria<strong>das</strong> relaciona<strong>das</strong> com<br />
eles: Por outras palavras, ao enviar uma carta, um email ou fazer<br />
um post, certifique-se que a informação transmitida é interessante<br />
para os clientes, para que estes leiam a comunicação e não<br />
a considerem “lixo”.<br />
Defina os seus preços de forma a refletir o valor do produto e do<br />
serviço que presta e não tenha receio de explicar o real valor<br />
da relação custo/benefício dos seus serviços. Promova a diferença<br />
entre preço e custo. Procure acrescentar valor à sua<br />
oferta. Costuma dizer-se que a qualidade de uma empresa<br />
reflete a qualidade dos seus colaboradores. Portanto,<br />
contrate pessoas com as melhores qualificações para posições<br />
chave. Analise as atividades do seu negócio e assegure<br />
que as funções mais cruciais são controla<strong>das</strong> pelas<br />
pessoas mais qualifica<strong>das</strong> que conseguir empregar.<br />
Irá surpreender-se com a rapidez com que pequenas<br />
mudanças podem fazer uma grande diferença. Cause<br />
impacto junto da sua comunidade, convide a imprensa<br />
local, os clientes e fornecedores para um evento especial<br />
e explique às pessoas por que motivo o seu negócio<br />
é tão bem sucedido. Sucesso gera sucesso! l<br />
João Vieira | Diretor
FOLHA<br />
DE SERVIÇO<br />
IPSIS<br />
VERBIS<br />
JOÃO CALHA, KEY ACCOUNT<br />
MANAGER & TRAINING CENTER<br />
LEADER DA AXALTA COATING<br />
SYSTEMS PORTUGAL<br />
SE QUEREMOS UM<br />
FUTURO DO SETOR<br />
SUSTENTADO,<br />
SERÁ PRIMORDIAL<br />
TORNAR A PROFISSÃO<br />
DE PINTOR DE<br />
AUTOMÓVEIS<br />
ATRATIVA<br />
MÊS DE COMPETIÇÕES<br />
Novembro é o mês <strong>das</strong> Grandes Finais <strong>das</strong> competições Melhor Mecatrónico e Challenge <strong>Oficinas</strong>,<br />
organiza<strong>das</strong> pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a ATEC e Polivalor, respetivamente. A primeira<br />
realizar-se-á nos dias 15 e 16 de novembro, nas instalações da ATEC, em Palmela, e contará<br />
com a participação de oito concorrentes. A competição volta a ter como principal objetivo promover a<br />
profissão de mecatrónico automóvel e, ao mesmo tempo, desafiar os profissionais no ativo a colocarem à<br />
prova os seus conhecimentos e competências nesta área.<br />
Na semana seguinte, nos dias 23 e 24 de novembro, será a vez da competição Challenge <strong>Oficinas</strong> conhecer<br />
o seu desfecho, que irá pôr à prova os conhecimentos <strong>das</strong> três oficinas finalistas. Esta competição<br />
decorrerá num espaço próprio dentro do Salão MECÂNICA, em Lisboa, e visa desafiar a eficiência dos<br />
colaboradores <strong>das</strong> oficinas em diferentes situações. Mas, para além da vertente competitiva, esta iniciativa<br />
promove a partilha de conhecimentos e experiências entre todos os participantes, permitindo uma<br />
visão estratégica diferente sobre os modelos de gestão oficinal que, atualmente, existem no mercado.<br />
Convidamos os leitores a assistirem a estas duas competições, estando mais informação disponível nos<br />
sites www.melhormecatronico.pt e www.challengeoficinas.pt.<br />
PAULO SANTOS,<br />
BRAND MANAGER DA VALVOLINE<br />
EXISTE DEMASIADA<br />
OFERTA PARA<br />
LIMITADA PROCURA<br />
NO SETOR DOS<br />
LUBRIFICANTES,<br />
QUE CARECE DE<br />
REGULAÇÃO E<br />
FISCALIZAÇÃO<br />
SEMÁFORO<br />
BREXIT SEM ACORDO<br />
USADO ACAP<br />
EQUIP AUTO 2019<br />
JOSÉ FRAZÃO,<br />
DIRETOR DO SALÃO MECÂNICA<br />
A GRANDE NOVIDADE<br />
DA EDIÇÃO DESTE<br />
ANO DA MECÂNICA,<br />
SERÁ A PRESENÇA<br />
DE MAIS DE 50<br />
EMPRESAS DA CHINA<br />
Líderes de 23 associações da indústria<br />
automóvel europeia juntaram-se para<br />
dizer não ao “No Deal Brexit”, naquele<br />
que foi um apelo conjunto ao Reino<br />
Unido e à União Europeia para evitar um<br />
Brexit “sem acordo”. O nosso Semáforo<br />
Vermelho, de protesto, vai para o impacto<br />
que este desfecho terá, caso se concretize,<br />
sobre um dos ativos económicos<br />
mais valiosos da Europa: a indústria<br />
automóvel.<br />
Numa altura em que as ven<strong>das</strong> de<br />
automóveis usados representam<br />
cerca de 2,5 vezes o mercado de veículos<br />
novos, a associação relança o Programa<br />
Usado ACAP, com novos parceiros e mais<br />
vantagens para os clientes <strong>das</strong> empresas<br />
associa<strong>das</strong>. O nosso Semáforo Laranja,<br />
de expectativa, vai para a eficácia desta<br />
ação no combate às práticas ilegais que<br />
denigrem a imagem pública do comércio<br />
profissional.<br />
A edição deste ano do Salão Equip Auto<br />
mostrou que o aftermarket se encontra<br />
de boa saúde e recomenda-se. Durante<br />
cinco dias, passaram pelos três pavilhões<br />
do certame francês 100 mil visitantes<br />
profissionais e 1.200 empresas, entre<br />
expositores e marcas. O nosso Semáforo<br />
Verde, de aplauso, vai para a organização,<br />
Comexposium, que conseguiu elevar<br />
a fasquia desta importante feira do<br />
pós-venda europeu.<br />
4 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DESTAQUE<br />
VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
VIAGEM<br />
ELETRI<br />
ZANTE<br />
O MERCADO DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS ESTÁ<br />
EM CONSTANTE CRESCIMENTO E TEM VINDO A<br />
TORNAR-SE NUM NICHO PARA ALGUMAS OFICINAS,<br />
OBRIGANDO A ESPECIALIZAÇÃO E A CUIDADOS<br />
REDOBRADOS EM MATÉRIA DE SEGURANÇA. A<br />
SOCIEDADE PARECE CADA VEZ MAIS PREOCUPADA<br />
COM O AMBIENTE E AS MARCAS ESTÃO A<br />
RESPONDER AO CHAMAMENTO. MAS SERÁ ESTA<br />
VIAGEM ASSIM TÃO ELETRIZANTE? por Joana Calado<br />
Quando, em 2010, o Governo de José Sócrates implementava a rede<br />
Mobi.E, estávamos longe de imaginar as repercussões que tal poderia<br />
ter na nossa sociedade e, principalmente, no posicionamento<br />
de mercado <strong>das</strong> marcas. Estas têm vindo a responder à procura por parte<br />
do público e, hoje, contamos com muitos mais modelos do que à data de<br />
implementação da rede. Prova disso, são os dados disponibilizados pela<br />
ACAP, que indicam que, no período de janeiro a setembro desde ano, foram<br />
comercializados 5.552 veículos elétricos ligeiros e 16 pesados.<br />
Formação: o primeiro pASSo<br />
A manutenção e reparação de veículos elétricos parte de vários pressupostos.<br />
Quando falamos neste tipo de automóveis, falamos em grandes<br />
tensões de energia e diversos componentes que não estarão presentes<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 7
VEÍCULOS<br />
ELÉTRICOS<br />
“AS FORMAÇÕES MINISTRADAS PELA Atec PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
DIVIDEM-SE EM TRÊS NÍVEIS, DESIGNADAMENTE INICIAção, INTERMÉDIO E<br />
AVANÇADO”, REFERE JOSÉ PENICHE, GESTOR DE PROJETOS DE FORMAção<br />
em veículos de combustão. Por isso,<br />
aconselha-se que, antes de efetuar<br />
qualquer tipo de intervenção, os profissionais<br />
da oficina tenham formação<br />
nesta área. Devido ao aumento<br />
significativo da procura destes veículos,<br />
a ATEC tem feito uma forte<br />
aposta nesta tipologia de formação.<br />
De acordo com José Peniche, gestor<br />
de projetos de formação, “as ações de<br />
formação dividem-se em três níveis,<br />
designadamente, iniciação, intermédio<br />
e avançado”.<br />
As oficinas independentes têm vindo<br />
a ganhar consciência de que o consumidor<br />
continua a recorrer às marcas<br />
para a manutenção e reparação<br />
dos seus veículos elétricos, quer pela<br />
especificidade, quer pela relação<br />
de confiança com a marca. Havendo<br />
mesmo marcas, como o caso da<br />
BMW, que aconselham os seus clientes<br />
a manter este hábito. José Peniche<br />
afirma que “a adesão por parte <strong>das</strong><br />
oficinas tem sido grande, essencialmente<br />
as oficinas que estão liga<strong>das</strong> a<br />
grupos de aftermarket. Também aumentou<br />
o número de participantes a<br />
título individual, que têm solicitado<br />
este tipo de formação”. Devido a este<br />
aumento, a ATEC passou a disponibilizar,<br />
também, uma formação em<br />
horário pós-laboral.<br />
As formações ministra<strong>das</strong> pela ATEC<br />
têm um total de 42 horas, dividi<strong>das</strong><br />
por diferentes módulos, os quais correspondem<br />
aos níveis acima mencionados.<br />
A iniciação é um módulo de<br />
sete horas, que, apesar de curto, contempla<br />
aquela que será a parte mais<br />
importante de uma manutenção ou<br />
reparação de veículos elétricos: a segurança.<br />
O nível intermédio, lecionado<br />
em 14 horas, está associado ao<br />
funcionamento e reconhecimento<br />
dos componentes associados aos sistemas<br />
híbridos e elétricos. Por fim, o<br />
módulo avançado, de 21 horas, totalmente<br />
destinado a máquinas elétricas,<br />
módulos de baterias e módulos<br />
de potência.<br />
Formar pessoas para efetuar manutenções<br />
e reparações em veículos elétricos<br />
tem as suas dificuldades, principalmente<br />
“devido ao número de<br />
marcas e modelos que estão presentes<br />
no mercado neste momento. Por<br />
outro lado, os sistemas encontram-<br />
-se em constante aperfeiçoamento<br />
e modificação, o que faz com que os<br />
técnicos estejam, constantemente,<br />
em formação e aperfeiçoamento dos<br />
seus conhecimentos” explica José Peniche.<br />
Sobre os equipamentos, o formador<br />
da ATEC alerta para a importância<br />
da aquisição de equipamentos<br />
de segurança, nomeadamente luvas,<br />
capacete, viseira, ferramentas devidamente<br />
isola<strong>das</strong> e cadeado para<br />
bloqueio do sistema de alta tensão.<br />
Depois, à medida que vão aprimorando<br />
os seus conhecimentos, os profissionais<br />
deverão ir adquirindo mais<br />
equipamentos.<br />
As marcas e a “eletrificação”<br />
Se, em 2014, se falava em cerca de<br />
nove modelos de veículos elétricos,<br />
hoje falamos em muitos mais, com<br />
a maioria <strong>das</strong> marcas a apostar neste<br />
(ainda) nicho de mercado. Por isso, a<br />
opinião <strong>das</strong> marcas é unânime: querem<br />
continuar a apostar nesta forma<br />
de mobilidade. Até porque o mercado<br />
para este segmento continua a crescer<br />
a olhos vistos, sendo que a venda<br />
de veículos elétricos duplicou face a<br />
2018, apesar de ainda não atingir 3%<br />
de quota de mercado. No entanto,<br />
verificámos junto <strong>das</strong> marcas que as<br />
suas ven<strong>das</strong> em relação a veículos de<br />
combustão estão acima da média. A<br />
Hyundai, por seu lado, já atingiu os<br />
12% do total do que vende, mantendo<br />
a tendência de subida. Também a<br />
BMW se aproxima destes dados, com<br />
10% de ven<strong>das</strong>, e a Mercedes-Benz<br />
acompanha a tendência, com 13%.<br />
8 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
VEÍCULOS<br />
ELÉTRICOS<br />
AS OFICINAS INDEPENDENTES TÊM VINDO A GANHAR CONSCIÊNCIA DE<br />
QUE O CONSUMIDOR CONTINUA A RECORRER ÀS MARCAS PARA EFETUAR A<br />
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DOS SEUS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />
AS MARCAS RECOMENDAM<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> perguntou a várias marcas<br />
de automóveis presentes em Portugal qual<br />
era a principal recomendação que fariam a<br />
um cliente que quisesse adquirir um elétrico.<br />
Apenas algumas aceitaram o nosso desafio. Para<br />
a Hyundai, a mudança de paradigma existente<br />
na sociedade faz com que o cliente comece<br />
a valorizar mais critérios, como segurança,<br />
ecologia, conectividade e eficiência, em<br />
detrimento da potência, design e até do preço.<br />
Por isso, Jorge Costa recomenda “que os clientes<br />
procurem perceber, junto <strong>das</strong> marcas, qual é a<br />
melhor solução para si em função do tipo de<br />
utilização que darão à viatura”. Já Vasco Figueira,<br />
não hesita e a única recomendação que faz é:<br />
“Tirem o máximo partido dos vossos veículos<br />
elétricos como fariam com um veículo equipado<br />
com motor de combustão interna”. Para Ricardo<br />
Oliveira, em partilhar, e para a Renault, em geral,<br />
também é importante desmistificar e “encarar<br />
um automóvel elétrico como encaramos um<br />
automóvel de outro segmento”.<br />
Já a Renault, encontra-se abaixo na<br />
média, com 4,5%. A liderar a percentagem<br />
de ven<strong>das</strong> de veículos elétricos<br />
estão as marcas Jaguar e Land Rover,<br />
com 57% e 51%, respetivamente.<br />
Se verificarmos a rede de carregamento<br />
para veículos elétricos existente<br />
em Portugal, podemos concluir<br />
que existem ainda algumas lacunas<br />
a resolver. Por isso, quisemos perceber<br />
se as marcas consideram que a<br />
dificuldade de carregamento poderá<br />
ser uma condicionante para a aquisição<br />
de automóveis deste segmento.<br />
Ricardo Oliveira, diretor de comunicação<br />
e imagem da Renault, confirma<br />
que “a dificuldade de acesso a<br />
pontos de carregamento ou os tempos<br />
de carregamento, fazem parte<br />
<strong>das</strong> condicionantes e <strong>das</strong> ideias pré-<br />
-concebi<strong>das</strong> em torno deste tipo de<br />
mobilidade”. Para Vasco Figueira,<br />
fleet manager da Jaguar Land Rover<br />
Portugal, “o desafio já não reside nos<br />
carregadores privados, mas sim nas<br />
redes ou infraestruturas de carregadores<br />
rápidos nas vias interurbanas.<br />
É verdade que avançámos muito nesse<br />
aspeto, se bem que ainda temos<br />
um longo caminho pela frente. Por<br />
isso, é importante ter carregadores<br />
domésticos e veículos com maior autonomia”.<br />
João Trincheiras, corporate communications<br />
manager do BMW Group<br />
Portugal, considera, por seu turno,<br />
que “os consumidores dispõem de<br />
perfis muito específicos e definidos,<br />
o que faz com que procurem uma<br />
oferta personalizada. A mobilidade<br />
elétrica é uma <strong>das</strong> tendências da próxima<br />
década que não pode, por isso,<br />
ser ignorada quando pensamos em<br />
novos compradores ou, inclusive, em<br />
novas aquisições por parte de clientes<br />
atuais”. As marcas têm vindo a<br />
tentar preencher as lacunas da rede<br />
de carregamento, considerando sempre<br />
o perfil de cada consumidor. Por<br />
isso, é recorrente adaptarem os seus<br />
modelos para disporem <strong>das</strong> maiores<br />
autonomias ou adaptar a velocidade<br />
de carregamento, podendo, também,<br />
apostar em diferentes modelos<br />
orientados para um estilo de vida<br />
mais citadino ou para viagens mais<br />
longas.<br />
Para preencher estas lacunas, a Mercedes-Benz,<br />
após a comercialização<br />
do smart elétrico, aposta agora no<br />
lançamento de uma gama com maior<br />
autonomia. Também a Hyundai tem<br />
vindo a fazer este esforço, apostando<br />
nas unidades de carregamento rápido,<br />
como, por exemplo, “o KAUAI<br />
Electric, que, em apenas 54 minutos,<br />
carrega 80% da sua bateria”, afirma<br />
Jorge Costa, diretor de ven<strong>das</strong> e logística<br />
da Hyundai Portugal. Sobre<br />
a questão da manutenção, as marcas<br />
confirmam que os proprietários continuam<br />
a realizar a revisão e manutenção<br />
<strong>das</strong> suas viaturas elétricas no<br />
canal oficial, atribuindo esta opção<br />
à falta de conhecimento que ainda<br />
existe nas oficinas independentes.<br />
Vasco Figueira alerta para as diferenças<br />
entre um veículo de combustão e<br />
uma viatura elétrica: “No caso dos<br />
elétricos, é muito importante conhecer,<br />
a fundo, o veículo e as suas características<br />
técnicas. As baterias não<br />
podem, sob pretexto algum, serem<br />
manusea<strong>das</strong> por pessoas não autoriza<strong>das</strong>.<br />
É uma questão de segurança,<br />
quer para os colaboradores da oficina,<br />
quer para o cliente”. l<br />
10 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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SALÃO<br />
EQUIP AUTO 2019<br />
SUPERBE<br />
AMBIANCE<br />
A EDIÇÃO DESTE ANO DO SALÃO EQUIP AUTO MOSTROU QUE O AFTERMARKET<br />
SE ENCONTRA DE BOA SAÚDE E RECOMENDA-SE. DURANTE CINCO DIAS,<br />
PASSARAM PELOS TRÊS PAVILHÕES DO CERTAME FRANCÊS QUASE 100<br />
MIL VISITANTES PROFISSIONAIS E MARCARAM PRESENÇA MAIS DE 1.200<br />
EXPOSITORES. O JORNAL DAS OFICINAS NÃO FALTOU A ESTA IMPORTANTE FEIRA<br />
DO PÓS-VENDA EUROPEU<br />
por Bruno Castanheira e João Vieira<br />
Ainda que, tal como em 2017, se tenha realizado<br />
num ano onde ocorrem três importantes feiras<br />
europeias dedica<strong>das</strong> ao aftermarket internacional,<br />
uma vez que, em março, teve lugar a Motortec Automechanika<br />
Madrid e, em maio, a Autopromotec, em<br />
Bolonha, a edição de 2019 do Salão Equip Auto, que decorreu<br />
de 15 a 19 de outubro, em Paris, superou a edição<br />
de há dois anos e demonstrou o superbe ambiance (ambiente<br />
fantástico, em português) que envolve o setor. E as<br />
razões para tal, são diversas. Desde logo, a localização do<br />
certame, que, tal como em 2017, deixou o Parc des Expositions<br />
de Paris (Nord Villepinte) e passou para o Paris<br />
Expo (Porte de Versailles). Uma zona mais central, com<br />
maior dose de glamour e bem servida por uma eficaz rede<br />
de transportes. O facto de o parque de exposições se encontrar<br />
bem no coração da capital francesa ajudou, também,<br />
a criar uma atmosfera de maior convívio durante os<br />
cinco dias do evento, tendo facilitado, tanto expositores<br />
como visitantes, a realizar atividades paralelas no centro<br />
da cidade, como foi disso exemplo a Gala de entrega dos<br />
Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel.<br />
Ainda que, em bom rigor, o layout desta 25.ª edição (é<br />
verdade, o Salão Equip Auto já recebeu as bo<strong>das</strong> de prata...)<br />
não tenha diferido muito da anterior, a verdade é<br />
que as opiniões recolhi<strong>das</strong> junto de expositores e visitantes<br />
profissionais, bem como da imprensa e de várias<br />
personalidades influentes no mercado, têm-se revelado<br />
cruciais para a organização (Comexposium) levar a cabo,<br />
em conjunto com a FIEV (Fédération des Industries des<br />
Equipements pour Véhicules) e a FFC (Fédération Française<br />
de Carrosserie Industries et Services), uma <strong>das</strong> feiras<br />
mais importantes do aftermarket internacional, ainda<br />
que muito direcionada para os mercados francófonos,<br />
com França e a região do Magrebe à cabeça.<br />
Setor em peso<br />
Se dúvi<strong>das</strong> houvesse acerca da importância do Salão<br />
Equip Auto no panorama do aftermarket internacional,<br />
atente-se nos números da edição deste ano. Com quase<br />
100 mil visitantes profissionais, muitos oriundos, essencialmente,<br />
da Europa e do Norte da África (a região do<br />
Magrebe esteve em evidência, ou não tivesse ela grande<br />
importância para o mercado francês), a feira contou com<br />
a presença de mais de 1.200 expositores, entre empresas<br />
e marcas representa<strong>das</strong>. Curiosa foi, também, a presença,<br />
em número elevado, de players de origem asiática (com<br />
China e Taiwan no topo da lista) e de organizações provenientes<br />
de Marrocos e da Turquia. Ou a partilha de um<br />
stand por parte de cinco empresas holandesas, naquela<br />
que foi apelidada como a “Casa da Holanda”, decorada<br />
com um túlipa e demonstrando que não é apenas no futebol<br />
que a “laranja mecânica” dá nas vistas...<br />
Estando o pós-venda automóvel (e os serviços de mobilidade)<br />
a atravessar um autêntico processo de transformação,<br />
impulsionado pela massificação da era digital e pela<br />
disrupção tecnológica que afeta toda a indústria, a organização<br />
do Salão Equip Auto abordou a edição deste ano<br />
com uma mentalidade orientada para toda a cadeia de<br />
valor: fabricantes, distribuidores, retalhistas e oficinas. O<br />
programa de atividades incluiu novas formas de celebrar<br />
a inovação e de incentivar quer o networking quer o ambiente<br />
de convívio. Objetivos que foram atingidos.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 13
EQUIP AUTO 2019<br />
Com uma área de exposição de<br />
100.000 m 2 , dividida por três pavilhões,<br />
a distribuição dos diferentes<br />
setores de atividade representados<br />
no Salão Equip Auto 2019 foi concebida<br />
para otimizar a circulação em<br />
qualquer uma <strong>das</strong> zonas, potenciando<br />
o número de contactos entre expositores<br />
e visitantes profissionais.<br />
Tal como em 2017, as peças para<br />
veículos dividiram o Pavilhão 1 com<br />
equipamentos e produtos para repintura<br />
e carroçaria, ferramentas, estações<br />
de lavagem, equipamentos de<br />
área de serviço, lubrificantes e aditivos,<br />
serviços para profissionais, sistemas<br />
de tecnologia de informação e<br />
redes de distribuição. Já o Pavilhão<br />
2, concentrou peças para veículos,<br />
pneus, jantes, acessórios, serviços rápidos<br />
e redes de centros auto. Quanto<br />
ao Pavilhão 3, esteve dedicado aos<br />
fornecedores de peças para veículos,<br />
equipamentos oficinais, ferramentas,<br />
oficinas de mecânica, equipamentos<br />
e serviços de diagnóstico.<br />
5dias de feira<br />
2empresas<br />
portuguesas<br />
78<br />
start-ups<br />
presentes<br />
100.000 m 2<br />
área total de exposição<br />
60%<br />
horas diárias<br />
de encontros<br />
profissionais<br />
9<br />
Equip Auto<br />
em números<br />
35<br />
países<br />
representados<br />
3pavilhões<br />
alocados ao<br />
certame<br />
1.200<br />
expositores presentes<br />
100.000<br />
visitantes<br />
56%<br />
novas empresas e<br />
marcas<br />
4<br />
empresas<br />
estrangeiras<br />
250<br />
jornalistas de 27 países<br />
elementos<br />
do <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Programa recheado<br />
O Salão Equip Auto 2019 foi concebido<br />
como um observatório abrangente<br />
dos desafios que se colocam<br />
à indústria automóvel. As pedras<br />
angulares em torno <strong>das</strong> quais a feira<br />
deste ano foi projetada, disseram<br />
respeito aos eixos motrizes e ao seu<br />
impacto no setor do pós-venda, à<br />
manutenção e reparação de sistemas<br />
eletrónicos (como, por exemplo,<br />
o ADAS) e ao ecossistema de pneus.<br />
Estas pedras angulares foram aborda<strong>das</strong><br />
na oficina conectada, na “eletrificação”<br />
de veículos, na formação e<br />
no emprego na indústria. Tudo temas<br />
que foram desenvolvidos e apresentados<br />
em demonstrações nos stands<br />
dos expositores e em áreas cria<strong>das</strong>,<br />
especificamente, pela organização e<br />
pelos parceiros. Mais concretamente,<br />
através de debates, mesas redon<strong>das</strong><br />
e palestras com os inúmeros especialistas<br />
que passaram pela área<br />
de conferências do Pavilhão 2.2. No<br />
fundo, contribuições que estiveram<br />
em sintonia com o propósito da exposição,<br />
“Preparar o Presente, Preparar<br />
o Amanhã”, que girou em torno<br />
de três temas principais, que colocaram<br />
a inovação no centro da discussão<br />
e ofereceu uma prévia visão sobre<br />
as novas tendências futuras.<br />
Os eventos dedicados abordaram a<br />
reutilização, a lavagem, a formação e<br />
o emprego para esclarecer e orientar<br />
os profissionais. Um fórum de formação<br />
básico e contínuo sobre tecnologia<br />
e serviços mostrou as novas<br />
habilidades necessárias, tendo em<br />
vista as mudanças que ocorrerão no<br />
emprego. Esta área, localizada na<br />
“Pont des Expositions”, foi projetada<br />
em conjunto com a GNFA (organização<br />
francesa especializada em<br />
formação e educação). Além disso,<br />
os visitantes tiveram a oportunidade<br />
de seguir as pistas temáticas sugeri<strong>das</strong><br />
e de reunir-se com expositores<br />
que oferecem produtos e serviços<br />
relacionados, como manutenção eletrónica,<br />
formação, pós-venda HGV,<br />
pneus, Economia Circular e remanufatura.<br />
A inovação colocou o seu foco<br />
nos vencedores dos Grandes Prémios<br />
Internacionais de Inovação Automóvel<br />
2019. O ênfase, este ano, foi dado<br />
ao setor dos pneus. Na “encruzilhada”<br />
de temas da feira, a indústria dos<br />
pneus destacou-se como um espetáculo<br />
dentro do espetáculo, reunindo<br />
todo o ecossistema, desde fabricantes<br />
a empresas de reparação.<br />
Capital do aftermarket<br />
Durante cinco dias, mais do que a<br />
capital de França, mais do que a Cidade<br />
Luz, Paris foi a capital do aftermarket.<br />
Tudo porque o Salão Equip<br />
Auto 2019 atraiu, sobretudo, profissionais<br />
do pós-venda automóvel e<br />
profissionais de serviços que representaram<br />
os diferentes setores desta<br />
indústria, incluindo importadores,<br />
distribuidores, proprietários de<br />
oficinas, redes de serviços rápidos e<br />
de centros auto. Mas, também, fabricantes<br />
de veículos e de peças, assim<br />
como fornecedores de peças, que<br />
procuraram capacidades de produção<br />
em regime de outsourcing.<br />
As atividades relaciona<strong>das</strong> com a<br />
distribuição e importação representaram<br />
cerca de 30% <strong>das</strong> diferentes<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
14 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
atividades exibi<strong>das</strong>. Sendo uma <strong>das</strong><br />
localizações chave da indústria automóvel<br />
na Europa, dispondo de vários<br />
fabricantes de automóveis e fornecedores<br />
de primeira linha, França também<br />
concentra um enorme número<br />
de start-ups e empresas inovadoras,<br />
que, agora, operam na indústria automóvel.<br />
A edição deste ano contou<br />
com a presença de 78 start-ups, que<br />
mostraram tecnologias disruptivas<br />
bastante inovadoras. Portanto, Paris<br />
foi, durante cinco dias, a “meca” do<br />
aftermarket internacional.<br />
O Salão Equip Auto 2019 não foi<br />
apenas um dos principais pontos europeus<br />
de contacto para networking<br />
entre fabricantes, distribuidores e<br />
indústria da reparação na procura<br />
de novos produtos, serviços ou parceiros.<br />
Foi, também, uma montra de<br />
inovação, reconhecida como tal pelos<br />
profissionais do setor. Dos mais<br />
variados quadrantes que compõem<br />
o pós-venda. A edição deste ano foi,<br />
por isso, projetada em consonância<br />
com a evolução e colocou-se no centro<br />
dos desafios. Pena que a participação<br />
de empresas portuguesas como<br />
expositoras tivesse sido inferior a<br />
2017. Veneporte e Valente & Lopes,<br />
Lda. (a In<strong>das</strong>a e a Car Repair System<br />
estiveram presentes através <strong>das</strong><br />
filiais que dispõem em França) foram<br />
as duas empresas que representaram<br />
as cores da bandeira nacional no certame<br />
francês (em 2017, foram seis),<br />
que contou com nada menos do que<br />
players oriundos de 35 países. Até<br />
2021! l<br />
“PREPARAR O PRESENTE, PREPARAR O AMANHÔ. FOI ESTE O MOTE<br />
DO SALÃO EQUIP AUTO 2019, O EVENTO MAIS IMPORTANTE DO<br />
AFTERMARKET QUE SE REALIZA EM TERRITÓRIO FRANCÊS<br />
Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 15
EQUIP AUTO 2019<br />
GRANDES PRÉMIOS INOVAÇÃO<br />
ANO RECORDE<br />
COM 35 PROJETOS PRÉ-SELECIONADOS ENTRE AS 153 CANDIDATURAS RECEBIDAS, OS GRANDES PRÉMIOS INOVAÇÃO<br />
EQUIP AUTO 2019 BATERAM O RECORDE DE PARTICIPAÇÃO DAS MARCAS. OS VENCEDORES FORAM: ITALCAN (CMC), ZF,<br />
SOGEFI, PROVAC, MAHLE AFTERMARKET, GROUPE LACOUR E KÄRCHER<br />
A<br />
votação final indicou o vencedor de cada uma <strong>das</strong> sete categorias. A<br />
entrega oficial dos prémios foi realizada durante a noite de gala do<br />
Salão Equip Auto, a 15 de outubro, na presença de personalidades do<br />
aftermarket e da imprensa especializada.<br />
Entre eles, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, que, este ano, voltou a ser membro do júri.<br />
Com a organização dos Grandes Prémios Internacionais de Inovação Automóvel,<br />
o Salão Equip Auto 2019 colocou a inovação no topo <strong>das</strong> suas prioridades.<br />
Como um recurso valioso para promover o reconhecimento da marca<br />
e gerar novas atividades, estes prémios prestam homenagem às tecnologias<br />
emergentes no pós-venda. Os prémios estão abertos a todos os expositores<br />
da feira, em todos os setores de atividade representados, desde o design à<br />
manutenção.<br />
CARROÇARIA E PINTURA<br />
Na área da carroçaria e pintura, o vencedor foi a Raptor, da Italcan (CMC), uma cabine de pintura com infravermelhos nas paredes, que<br />
dispõe de ecrã sensível ao toque e vários programas que otimizam a secagem. O fabricante da cabine pode realizar, remotamente, o<br />
diagnóstico do equipamento sem a necessidade da presença física de um técnico.<br />
PRIMEIRO EQUIPAMENTO<br />
A Sogefi, empresa pertencente ao Grupo CIR, recebeu o Gold Award na categoria Primeiro Equipamento. Pioneira constante em<br />
pesquisa e desenvolvimento, a Sogefi fabricou, em colaboração com o Grupo PSA e a Solvay Technyl, o filtro de combustível com um<br />
novo composto de plástico 100% reciclado a partir de resíduos de airbag. A Sogefi está a avaliar a possibilidade de expandir o uso de<br />
plásticos reciclados nas suas diferentes gamas de produtos aftermarket e está disposta a trabalhar em estreita colaboração com todos<br />
os fabricantes de automóveis para aplicar esta solução.<br />
PEÇAS, EQUIPAMENTOS PARA VEÍCULOS E PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO<br />
A pastilha de travão TRW Electric Blue conquistou o Prémio de Inovação na categoria Peças, Equipamentos para Veículos e Peças de<br />
Substituição. A pastilha de travão para veículos elétricos e híbridos, que foi lançada pela ZF Aftermarket em setembro 2018, reduz,<br />
significativamente, o ruído no interior do veículo e a poeira de travagem. O programa TRW Electric Blue oferece uma cobertura de 92%<br />
para veículos híbridos e de 97% para veículos elétricos na Europa.<br />
PNEUS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS<br />
Na categoria Pneus, Equipamentos e Serviços, o mais votada foi a Provac, graças à sua desmontadora Hunter Revolution Walkaway,<br />
completamente automática e com um dos ciclos mais rápidos do mercado.<br />
REPARAÇÃO, MANUTENÇÃO E EQUIPAMENTOS OFICINAIS<br />
No que diz respeito à Reparação, Manutenção e Equipamentos Oficinais, o vendedor foi a Mahle Aftermarket, com o seu sistema de calibração<br />
@DAS - Digital ADAS. Ao contrário dos equipamentos já existentes no mercado, a Mahle penas utiliza um painel de calibração<br />
digital, o que torna esta opção mais versátil e inovadora quando comparada com a concorrência, que necessita de diferentes painéis em<br />
função dos diferentes veículos e dos diferentes ADAS. Relativamente à atualização do sistema e software destes produtos, estes serão,<br />
continuamente e automaticamente, atualizados, por forma a acompanhar todos os desenvolvimentos tecnológicos desta área e todos<br />
os novos modelos de veículos introduzidos no mercado.<br />
SERVIÇOS PARA PROFISSIONAIS<br />
Na categoria Serviços para Profissionais, foi galardoado o Grupo Lacour, pela SERI, sistema que faz um scan do veículo e que permite<br />
analisar todos os danos do mesmo, assim como os custos da reparação.<br />
PRODUTOS DE MANUTENÇÃO E LAVAGEM<br />
Na categoria Produtos de Manutenção e Lavagem, o vencedor foi a Kärcher, graças ao pórtico de lavagem automático CWB 3<br />
Klean!Star iQ, que oferece excelentes resultados de lavagem e secagem e adapta-se à crescente complexidade do design <strong>das</strong> jantes<br />
e <strong>das</strong> carroçarias. Dispõe de muitos recursos inovadores baseados em 13 soluções patentea<strong>das</strong>. Melhora a satisfação dos clientes e<br />
aumenta a rotatividade e o retorno do investimento.<br />
16 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
em Foco<br />
V GALA TOP 100<br />
VOZ AOS VENCEDORES<br />
O DIA 13 DE SETEMBRO DE 2019, UMA TÓRRIDA SEXTA-FEIRA QUE FOI TUDO MENOS DE AZAR, FICARÁ<br />
GRAVADO NA MEMÓRIA DOS MAIS DE 150 CONVIDADOS QUE SE DESLOCARAM À QUINTA DO MONTE<br />
REDONDO, EM MONTEMOR-O-VELHO. COM UM PROGRAMA DIFERENTE, NUM FORMATO, TAMBÉM ELE,<br />
DIFERENCIADOR, A V GALA TOP 100 DISTINGUIU 25 DISTRIBUIDORES DO AFTERMARKET, DIVIDIDOS POR<br />
QUATRO CATEGORIAS. NESTAS PÁGINAS, DAMOS VOZ AOS VENCEDORES por Bruno Castanheira
CATEGORIA EQUIPAMENTOS | 1.° LUGAR LUSAVOUGA<br />
AGRADEÇO À ORGANIZAÇÃO O FACTO DE<br />
NOS TER DISTINGUIDO COM ESTE TROFÉU<br />
CATEGORIA PEÇAS PARA LIGEIROS | 1.° LUGAR VIEIRA & FREITAS<br />
A EXCELÊNCIA É (E SERÁ SEMPRE)<br />
O NOSSO GRANDE OBJETIVO<br />
Presente em mais de 30 países, a Lusavouga, fundada em 1967, é um fornecedor de referência em todo<br />
o tipo de equipamentos para metalomecânica, sistemas de fixação, produtos químicos para a construção<br />
e indústria, ferramentas elétricas, equipamentos e consumíveis para soldadura, ferramentas de corte,<br />
equipamentos de proteção individual, ferramenta manual, equipamentos de ar comprimido, óleos e<br />
lubrificantes, equipamentos de aspiração e limpeza, sistemas de stock e logística e equipamentos para<br />
oficina. Foi a empresa vencedora da categoria “Equipamentos” na V Gala TOP 100.<br />
Em declarações ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, José Santos, administrador, refere: “Tenho de agradecer<br />
à organização o facto de nos ter distinguido com este troféu. E sobre isso está tudo dito”. Para o<br />
responsável, “uma distinção é sempre uma distinção. Até pelo local que escolheram para a realização<br />
desta gala, que é excelente. Se me perguntam se estou satisfeito? Obviamente que sim. Quando vemos<br />
que o nosso trabalho é reconhecido pelo mérito, isso é bom”.<br />
Referência incontornável na área da distribuição de peças elétricas e eletrónicas para automóveis, a<br />
Vieira & Freitas, que conta com quase 40 anos de vida, foi a empresa vencedora da categoria “Peças para<br />
Ligeiros” na V Gala TOP 100. Paulo Torres, administrador, dá conta que “o primeiro lugar nesta categoria é,<br />
sem dúvida, uma distinção muito importante, que nos surpreendeu e nos motivará a prestar um serviço<br />
ainda melhor aos nossos parceiros”. E não esconde o seu contentamento: “É com grande satisfação que<br />
recebemos esta distinção. Estamos conscientes que é um troféu que se baseia em fatores quantitativos<br />
mas é, também, o fator qualitativo que nos move cada vez mais rumo ao reconhecimento dos nossos<br />
parceiros, a quem identificamos o mérito desta relação. Esta distinção é uma homenagem em forma de<br />
prenda antecipada pelo nosso 40.° aniversário, que será celebrado em dezembro de 2019”.<br />
Qual foi o “segredo” para a conquista deste troféu? “Não há mistérios. O ‘segredo’ é manter a humildade<br />
no trabalho e poder contar com uma equipa de colaboradores e parceiros de grande qualidade”, conclui.<br />
CATEGORIA REPINTURA | 1.° LUGAR CENTROCOR<br />
MAIS DO QUE UM FORNECEDOR, SOMOS<br />
UM PARCEIRO PARA OS CLIENTES<br />
CATEGORIA PEÇAS PARA PESADOS | 1.° LUGAR MOTORBUS<br />
É UMA HONRA RECEBER ESTA<br />
DISTINÇÃO PELA TERCEIRA VEZ<br />
Fundada em agosto de 1995, a Motorbus, com sede em Vila Nova de Gaia e filial em Castanheira do<br />
Ribatejo, é um dos players de renome no setor <strong>das</strong> peças para camiões e autocarros. Foi a empresa vencedora<br />
da categoria “Peças para Pesados” na V Gala TOP 100. Joel Lebre, administrador, refere que, “antes de<br />
mais, agradecemos a presença e a participação na vossa gala. Para a Motorbus, é um motivo de orgulho<br />
e de satisfação ter obtido esta distinção pela terceira vez consecutiva, o que nos enche o coração e nos dá<br />
vontade de continuarmos o bom trabalho que temos desenvolvido”.<br />
Se existe algum “segredo” para a conquista deste troféu? Joel Lebre responde que tal “passa pelo<br />
muito trabalho e dedicação de todos os colaboradores da Motorbus, assim como de to<strong>das</strong> as marcas e<br />
fornecedores que representamos”. Acrescentando, de seguida, que “só assim conseguimos ter a fórmula<br />
de sucesso para oferecer aos nossos clientes”. E quanto à Gala TOP 100, que, este ano, adotou um novo<br />
formato, numa época do ano, também ela, diferente? “Em nossa opinião, este novo formato, na altura do<br />
ano em que foi, tornou-se mais agradável em função da estação e permitiu, como foi o caso, um convívio<br />
mais informal, que penso ter sido, de resto, da opinião de todos”.<br />
Fundada em 1982, a Centrocor, que se dedica ao comércio de tintas, máquinas e ferramentas, estando<br />
especialmente direcionada para o ramo automóvel e indústria ligeira, foi a empresa vencedora da<br />
categoria “Repintura” na V Gala TOP 100. Agostinho Matos, administrador, destaca que “este troféu veio<br />
reforçar o bom trabalho realizado por parte da nossa equipa nos últimos anos, facto que nos permitiu<br />
chegar a este patamar na área da repintura automóvel”. De acordo com o responsável, “este prémio<br />
também demonstra que temos conseguido acompanhar to<strong>das</strong> as novidades e inovações que vão<br />
surgindo ao longo do tempo, o que nos permite estar sempre na vanguarda nesta área”.<br />
O “segredo” que está por detrás da conquista deste troféu? “Deve-se ao excelente trabalho que os nossos<br />
colaboradores têm feito junto dos clientes. Cada vez mais, os clientes sabem que, mais do que um<br />
fornecedor, somos um parceiro para os seus negócios”, afirma. E quanto à Gala TOP 100? “Antes de mais,<br />
a altura do ano em que foi revelou-se a ideal para a realização da gala, com a correspondente aguardada<br />
entrega dos troféus, já que foi quase no imediato à disponibilização pública <strong>das</strong> informações financeiras”.
OPINIÃO<br />
JOÃO CALHA, KEY ACCOUNT MANAGER & TRAINING CENTER<br />
LEADER DA AXALTA COATING SYSTEMS PORTUGAL<br />
PINTORES DE AUTOMÓVEIS:<br />
PORQUE FALTAM NO MERCADO?<br />
PROCURA, EXISTE. ENTIDADES FORMADORAS, TAMBÉM. AFINAL, QUAL É O<br />
VERDADEIRO PROBLEMA PARA A FALTA DE PINTORES DE AUTOMÓVEIS NO MERCADO?<br />
Um dos temas atuais mais abordados<br />
na área da repintura<br />
automóvel é a falta de profissionais.<br />
Hoje, numa conversa com um<br />
gestor oficinal, é difícil o tema não<br />
vir para “cima da mesa”. Este é um<br />
problema real que as oficinas estão a<br />
enfrentar: querer crescer ou substituir<br />
um profissional e não encontrar oferta<br />
no mercado numa classe com uma média<br />
de idades cada vez mais elevada.<br />
Por outro lado, também é um facto<br />
que existem, em Portugal, diversos<br />
centros de formação, públicos ou<br />
privados, com excelentes condições<br />
para ministrar cursos de repintura<br />
automóvel. No entanto, deparam-se<br />
com o problema de não conseguirem<br />
candidatos para esses cursos, mesmo<br />
sendo cursos gratuitos, alguns deles<br />
com bolsas de formação, e com dupla<br />
certificação (profissional e escolar).<br />
Ou seja, temos uma necessidade de<br />
profissionais no mercado, onde a<br />
procura supera largamente a oferta e,<br />
ao mesmo tempo, existem condições<br />
cria<strong>das</strong> para formar profissionais.<br />
Mas, apesar da pintura ser uma arte, ser<br />
o “espelho” de uma reparação e ter profissionais<br />
cada vez mais bem pagos, isto<br />
não está, por si só, a ser suficiente para<br />
atrair jovens para esta nobre profissão.<br />
Então, porque há falta de pintores de<br />
automóveis? Na minha opinião, o problema<br />
reside na falta de reconhecimento<br />
da profissão. A repintura automóvel<br />
mudou muito nos últimos anos. Está<br />
tecnologicamente muito evoluída. Conta,<br />
agora, com ferramentas digitais para<br />
o desempenho <strong>das</strong> suas tarefas, faltando<br />
apenas ser valorizada. Esta valorização<br />
SE QUEREMOS<br />
UM FUTURO<br />
DO SETOR<br />
SUSTENTADO,<br />
SERÁ PRIMORDIAL<br />
TORNAR A<br />
PROFISSÃO<br />
DE PINTOR DE<br />
AUTOMÓVEIS<br />
ATRATIVA<br />
e reconhecimento do profissional é primordial<br />
num curto espaço de tempo e a<br />
responsabilidade é de todos. Fabricantes<br />
de produtos de pintura, centros de<br />
formação, imprensa da especialidade,<br />
associações do setor e oficinas têm de,<br />
cada um na sua área de intervenção,<br />
tomar consciência do problema e contribuir<br />
para a sua resolução.<br />
Se queremos um futuro do setor<br />
sustentado, será primordial tornar<br />
a profissão de pintor de automóveis<br />
atrativa, não só pelo ordenado - que<br />
já é aliciante – mas, também, pela<br />
imagem e notoriedade – já que não é<br />
(ou não deveria ser) uma profissão<br />
suja e perigosa para a saúde. Ao<br />
mesmo tempo, deve ser dado<br />
o devido valor ao trabalho que<br />
mais reflete a qualidade de uma<br />
reparação/oficina. Temos de ser<br />
mais exigentes nas formações dos<br />
profissionais, nos acompanhamentos<br />
às oficinas, nos artigos técnicos, na<br />
imagem e organização <strong>das</strong> secções de<br />
pintura e na divulgação da atividade.<br />
Para o bem de um setor e de uma<br />
profissão nobre com futuro. l<br />
PUB<br />
20 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OBSERVATÓRIO<br />
Observatório<br />
CONCEITOS DE MOBILIDADE<br />
PEQUENAS EXPLOSÕES<br />
DE... SEGURANÇA<br />
Os veículos elétricos continuam<br />
a afirmar-se um pouco por<br />
toda a Europa. E o mercado<br />
nacional não é exceção. Mas ainda<br />
existem muitas dúvi<strong>das</strong> em relação a<br />
este tipo de modelos. Nomeadamente,<br />
em questões de segurança rodoviárias,<br />
quando envolvidos num acidente<br />
grave. A Bosch está determinada em<br />
encarar de frente os novos desafios<br />
para as equipas de resgate em caso<br />
de sinistro com um veículo elétrico.<br />
Nesse sentido, revelou uma forma de<br />
controlar a alta tensão dos sistemas<br />
elétricos em caso de acidente grave,<br />
através de semicondutores que espoletam<br />
pequenas detonações dos cabos<br />
à bateria, de forma a cortar, de imediato,<br />
a passagem da corrente.<br />
A solução encontrada pela Bosch funciona<br />
por intermédio de microchips<br />
especialmente desenvolvidos para<br />
desativar os circuitos de potência do<br />
A BOSCH INVENTOU<br />
UMA SOLUÇÃO PARA<br />
FACILITAR A AÇÃO<br />
DAS EQUIPAS DE<br />
ASSISTÊNCIA EM<br />
CASO DE ACIDENTE<br />
GRAVE COM VEÍCULOS<br />
ELÉTRICOS ENVOLVIDOS.<br />
O SISTEMA RECORRE<br />
A MICROCHIPS QUE<br />
PROVOCAM PEQUENAS<br />
EXPLOSÕES por Jorge Flores<br />
veículo elétrico em meras frações de<br />
segundo, permitindo, deste modo,<br />
que as equipas de resgate possam<br />
atuar imediatamente. Por outras palavras,<br />
nem mesmo o facto de os sistemas<br />
elétricos de nova geração terem<br />
como desenvolvimento voltagens de<br />
400 a 800 Volt constituirá um risco<br />
para ocupantes e equipas de socorro,<br />
em caso de acidente grave, uma vez<br />
que a atuação desses microchips semicondutores<br />
garantem que a bateria<br />
de alta tensão será desconectada de<br />
forma automática.<br />
Interromper ligação<br />
Os dispositivos semicondutores criados<br />
pela Bosch integram, no fundo,<br />
um sistema de segurança pirotécnica,<br />
por via de um piro fusível. Desta<br />
forma, os sistemas “explodem”<br />
secções inteiras da conexão do cabo<br />
à bateria de alta tensão, através de<br />
cargas explosivas em miniatura,<br />
interrompendo, de forma imediata<br />
e eficaz, a circulação de energia.<br />
Segundo a Bosch, caso o sensor do<br />
airbag detete algum impacto, os<br />
pequenos dispositivos (com apenas<br />
10 mm e pesando apenas alguns<br />
gramas) acionam o piro fusível. Um<br />
processo que desencadeia, por si, pequenas<br />
explosões que provocam uma<br />
rutura no cabo de alta tensão entre a<br />
unidade da bateria e o restante sistema<br />
eletrónico, cortando o fluxo de<br />
corrente. Com esta ação, elimina-se,<br />
eficazmente, o risco de choque elétrico<br />
ou de incêndio em caso de uma<br />
ocorrência desta natureza. l<br />
22 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
empresas
PLR - PEÇAS LAND ROVER<br />
DÁ-ME UM PRAZER<br />
IMENSO TER A PEÇA QUE<br />
O CLIENTE NECESSITA<br />
COM AS NOVAS INSTALAÇÕES, EM TORRES VEDRAS, A PLR – PEÇAS LAND ROVER GANHOU<br />
UMA CAPACIDADE DE STOCK ÍMPAR, QUE LHE PERMITE ENVIAR, NO DIA, 98% DAS PEÇAS DE DESGASTE<br />
DA LAND ROVER, A GRANDE PAIXÃO DE RUI PINTO. PARA BREVE, PODERÁ JUNTAR-SE<br />
UMA SEGUNDA MARCA AO NEGÓCIO por Jorge Flores<br />
De uma paixão antiga pela marca<br />
Land Rover, Rui Pinto<br />
construiu um negócio sólido<br />
e dinâmico: a Peças Land Rover. Ou,<br />
apenas, PLR, uma identidade simplificada<br />
pela qual passa, agora, a responder<br />
a empresa em futuros projetos,<br />
que poderão ditar a adoção de<br />
uma segunda marca. A época, de resto,<br />
é de grandes mudanças. A começar<br />
pelas novas e modernas instalações,<br />
em Torres Vedras, que a empresa ocupa<br />
desde março deste ano. Na sua totalidade,<br />
o espaço dispõe de perto de<br />
1.000 m 2 , repartidos por escritórios,<br />
uma ampla sala de formação, uma<br />
área que poderá vir a ser uma pequena<br />
loja e, não menos importante, 700<br />
m 2 de armazém.<br />
“As novas instalações permitem uma<br />
melhoria <strong>das</strong> capacidades de cada<br />
interveniente do processo da venda.<br />
Com esta maior capacidade de stock,<br />
98% dos nossos produtos de desgaste<br />
(pastilhas, embraiagens...) são enviados<br />
no próprio dia. Mais: 81% de to<strong>das</strong><br />
as encomen<strong>das</strong> seguem no dia. E<br />
esse número é porque também temos<br />
certos pedidos pontuais, como, por<br />
exemplo, acabamentos que se vendem<br />
esporadicamente e que não se justifica<br />
ter em stock”, admite. “A recente<br />
remodelação permite-nos, inclusivamente,<br />
ganhar uma maior penetração<br />
no mercado. Durante vários anos,<br />
todo o lucro da empresa foi reinvestido<br />
em stock. Hoje, temos uma capacidade<br />
permanente superior a 8.000<br />
referências e mais de 40.000 itens armazenados.<br />
Dispomos do maior stock<br />
nacional de peças Land Rover. E temos<br />
várias linhas de material, desde<br />
original a aftermarket”, garante.<br />
Dinamismo tecnológico<br />
Rui Pinto é um amante da informática<br />
e um profissional atento aos novos<br />
tempos. “Gosto de basear a empresa<br />
em boas tecnologias de informação.<br />
Por esse motivo, temos um programador<br />
nos quadros da empresa”, conta.<br />
Com a mudança de casa, de resto, a<br />
PLR tornou-se mais eficaz do que<br />
nunca. Tudo funciona com a precisão<br />
de um relógio suíço. Exemplo disso, é<br />
o estúdio fotográfico criado numa zona<br />
anexa ao armazém. “As peças são<br />
quase to<strong>das</strong> fotografa<strong>das</strong> aqui. Fotografamos<br />
em vários ângulos para que<br />
os clientes possam ver, com rigor, se<br />
PLR – PEÇAS LAND ROVER<br />
Gerente Rui Pinto<br />
Sede Zona Industrial do Pinhal de<br />
Cascais, Lote 13, 2560 - 112 Ponte<br />
do Rol (Torres Vedras)<br />
Telefone 261 099 405<br />
Email info@pecaslandrover.com<br />
Site www.pecaslandrover.com<br />
é a peça que pretendem. Aquilo que<br />
veem no site é o que levam”, assegura.<br />
De serviço no armazém, encontra-<br />
-se João Marcelino. “Apesar da tenra<br />
idade, tem muito bom gosto musical”,<br />
brinca Rui Pinto, enquanto se<br />
ouve, como pano musical de fundo,<br />
Led Zeppelin. “E é muito competente”,<br />
reforça, mostrando o sistema de<br />
código QR com que são registados<br />
todos os dados relativos às encomen<strong>das</strong>.<br />
Na PLR, a informação do serviço<br />
está sempre disponível para toda a<br />
equipa. Muitas embalagens prontas<br />
a seguir viagem para os clientes são<br />
recicláveis, mostrando a forte preocupação<br />
com a pegada ecológica do<br />
responsável da empresa.<br />
A equipa da PLR é, hoje, composta<br />
por oito pessoas. Das quais cinco a<br />
seis estão afetas ao call center. “Não<br />
somos um site frio, daqueles em que<br />
ninguém fala com o cliente. 75% <strong>das</strong><br />
pessoas que nos compram, contactam-nos<br />
por telefone. Na maioria <strong>das</strong><br />
vezes, pouco sabem do site e não querem<br />
perder tempo. Nesses casos, lançamos<br />
a encomenda por eles. Queremos<br />
facilitar-lhes a vida ao máximo”,<br />
afirma Rui Pinto, que não esconde o<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 25
PLR<br />
MAIS DO QUE LIDERAR O MERCADO, RUI PINTO QUER CONTINUAR<br />
A CRESCER NA MARCA LAND ROVER, MANTENDO A QUALIDADE DO<br />
SERVIÇO, DO ATENDIMENTO TELEFÓNICO E A CAPACIDADE DE STOCK<br />
orgulho que tem na sua equipa. “Não<br />
fui buscar ninguém à concorrência.<br />
Vieram todos de outras áreas. Formei-os.<br />
E são fantásticos. Acreditam<br />
em mim. Por vezes, podem achar que<br />
sou louco, mas, passado uns tempos,<br />
percebem que tinha razão. Sinto-me<br />
muito apoiado”, sublinha.<br />
Primeiras peças<br />
Para contar a história da PLR, importa<br />
recuar até 2008, ano em que<br />
Rui Pinto criou o primeiro site – esta<br />
é a segunda geração – ainda antes<br />
de fundar a empresa, o que aconteceria<br />
dois anos depois. Mas a verdade<br />
é que, para si, tudo teve início bem<br />
antes. “Começou como uma brincadeira.<br />
Estava a reconstruir um Land<br />
Rover e sobraram-me muitas peças<br />
usa<strong>das</strong>. Fui ter com um amigo que<br />
tinha uma empresa de comunicação<br />
e disse-lhe que queria faze um blogue.<br />
Ele respondeu-me que eu tinha<br />
era de fazer um site! E esta foi a primeira<br />
versão do site, feita a custo zero,<br />
com a inserção de publicidade de<br />
empresas amigas”, recorda Rui Pinto<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Não mais parou. “Comecei a andar<br />
ao contrário do mercado. Hoje,<br />
a maioria <strong>das</strong> empresas não faz stock<br />
para não empatar capital. A PLR,<br />
PLR em números<br />
2008<br />
Criação do primeiro site<br />
30%<br />
Percentagem de peças<br />
originais vendi<strong>das</strong><br />
700 m 2<br />
Espaço do novo armazém<br />
98%<br />
Percentagem de peças de<br />
desgaste envia<strong>das</strong> no próprio dia<br />
pelo contrário, aumenta diariamente<br />
o número de referências em stock e<br />
a respetiva quantidade de cada referência.<br />
Comecei logo a fazer stock para<br />
ter capacidade de resposta. Quem<br />
não tem, não vende”, afirma. “Sou um<br />
amante da marca. Tenho vários Land<br />
Rover. Já os tinha antes da criação do<br />
8.000<br />
Número de referências em stock<br />
15%<br />
Percentagem de<br />
clientes profissionais<br />
15.000<br />
Número de clientes registados no site<br />
40.000<br />
Número de itens em stock<br />
site. E sempre senti que os players<br />
nacionais, muitas vezes, não tinham<br />
as peças. E quando não as tinham,<br />
também não sabiam quando teriam.<br />
Acho muito importante explicar ao<br />
cliente, quando não se tem uma peça,<br />
quando será feita a reposição.<br />
Dar uma data concreta. Foi graças<br />
a esses parâmetros de confiança que<br />
fomos ganhando clientes e crescendo.<br />
Somos apaixonados pela marca<br />
e temos uma simbiose perfeita com<br />
eles”, explica o responsável da PLR.<br />
Quando olha para trás e pensa no<br />
que conseguiu construir, o sentimento<br />
é forte. “Sinto uma grande<br />
autoestima. O negócio foi criado<br />
e desenvolvido, do zero, por mim.<br />
Lembro-me de ter um móvel com<br />
meia dúzia de peças. Transformei o<br />
conhecimento que tinha num negócio”,<br />
recorda.<br />
“Mais do que liderar o mercado,<br />
quero continuar a crescer na marca<br />
Land Rover, de uma forma sustentável,<br />
mantendo a qualidade do serviço,<br />
do atendimento telefónico e a<br />
capacidade de resposta e de stock”,<br />
refere. E conclui: “Dá-me um prazer<br />
imenso, quando falo com os clientes,<br />
poder dizer-lhes que tenho a peça”.<br />
Ou não saiba Rui Pinto o que é estar<br />
do outro lado da linha. l<br />
26 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
CORRIDA DE KARTS, PROVA DE CONDUÇÃO CEGA, TROCA DE<br />
PNEUS DE VIATURAS EM BOX... MOMENTOS DE ADRENALINA<br />
E PROVAS DE PERÍCIA NÃO FALTARAM NO EVENTO DA SKF
REPORTAGEM<br />
ENCONTRO ANUAL DE CLIENTES SKF<br />
EQUIPA VENCEDORA<br />
A SKF REALIZOU, NO FINAL DE SETEMBRO, O SEU ENCONTRO ANUAL DE CLIENTES.<br />
O LOCAL ESCOLHIDO FOI O AIA (AUTÓDROMO INTERNACIONAL DO ALGARVE),<br />
ONDE MAIS DE 100 CONVIDADOS PUDERAM DESFRUTAR DE UM DIA REPLETO DE EMOÇÕES<br />
por João Vieira<br />
Grisélia Afonso, sales & marketing<br />
unit manager do Vehicle<br />
Service Market (VSM) da<br />
SKF Portugal, deu as boas-vin<strong>das</strong><br />
aos participantes e agradeceu a presença<br />
massiva de tantos clientes e o<br />
interesse demonstrado na iniciativa.<br />
Antes do almoço, a organização efetuou<br />
um briefing com todos os participantes<br />
para explicar as várias atividades<br />
que iriam decorrer durante a<br />
tarde. Após a refeição, deu-se início<br />
às várias provas incluí<strong>das</strong> no programa,<br />
que começaram com uma corrida<br />
de karts por equipas de dois pilotos.<br />
Após 10 minutos de treinos<br />
cronometrados para apurar a grelha<br />
de partida, realizaram-se, depois,<br />
20 minutos de corrida, com troca de<br />
pilotos durante a mesma. Um momento<br />
de puro divertimento mas,<br />
também, de competição, onde todos<br />
puderam pôr à prova as suas habilidades<br />
automobilísticas.<br />
Seguiu-se uma prova de condução<br />
cega, que consistiu num exercício de<br />
team building, onde a organização, o<br />
espírito de equipa, a comunicação e<br />
a assertividade foram fatores essenciais<br />
para o êxito. As equipas tiveram<br />
de eleger um participante para conduzir<br />
num percurso de olhos vendados,<br />
enquanto os restantes membros<br />
da equipa enviavam as instruções do<br />
percurso via rádio a partir do exterior.<br />
Outra atividade que pôs à prova o<br />
espírito de equipa e a destreza dos<br />
participantes foi a troca de pneus de<br />
viaturas em box. Cada equipa, constituída<br />
por oito elementos, tinha de<br />
trocar os pneus de um veículo no<br />
mais curto espaço de tempo e a tarefa,<br />
aparentemente fácil, precisava de<br />
muita concentração e uma boa coordenação<br />
para tudo correr bem no<br />
menor tempo possível.<br />
Momentos de adrenalina<br />
O evento terminou com uma experiência<br />
de condução no AIA (Autódromo<br />
Internacional do Algarve) ao<br />
volante de superdesportivos da frota<br />
Racing School, que proporcionou<br />
aos participantes a oportunidade de<br />
executarem técnicas de condução<br />
avançada na exigente pista de Portimão.<br />
Aqui, foi necessário empregar a<br />
maior suavidade possível no controlo<br />
do veículo, quer na gestão do ângulo<br />
do volante, quer da pressão de<br />
travagem ou acelerador. Outro aspeto<br />
fundamental foram as trajetórias<br />
desenha<strong>das</strong> pelos participantes, que,<br />
com a supervisão do instrutor, ditaram<br />
o desempenho geral e o objetivo<br />
fundamental, que era a redução do<br />
tempo por volta.<br />
No final, Grisélia Afonso agradeceu a<br />
presença de todos e o contributo dado<br />
para o desenvolvimento da marca<br />
no nosso país. “O sucesso da SKF em<br />
Portugal deve-se, em grande parte,<br />
ao excelente trabalho da nossa rede<br />
de distribuidores, que, ano após ano,<br />
supera os objetivos de ven<strong>das</strong> e muito<br />
contribui para o aumento da notoriedade<br />
da SKF junto <strong>das</strong> oficinas e do<br />
público em geral”, afirmou. Foi ainda<br />
anunciada a nova Campanha de Kits<br />
de Rolamentos de Roda, a qual, na<br />
compra de cada kit, a oficina ganha<br />
uma embalagem de chouriço ibérico<br />
de bellota de Guijuelo de 100g.<br />
O balanço desta jornada de convívio<br />
e confraternização não podia ser mais<br />
positivo, com todos os convidados a<br />
elogiarem a excelente organização do<br />
evento. Da parte da SKF, ficou a promessa<br />
de realizar um Encontro Anual<br />
de Clientes em 2020, fomentando,<br />
assim, o espírito de equipa que tem<br />
caracterizado estas iniciativas do fabricante.<br />
l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 29
ENTREVISTA<br />
EDUARDO SANTOS, ADMINISTRADOR DA ROADY<br />
ATÉ 2024,<br />
PREVEMOS ABRIR<br />
UMA DEZENA<br />
DE NOVOS<br />
CENTROS AUTO<br />
A ESTRATÉGIA DE EXPANSÃO DA ROADY, ATÉ 2024,<br />
PASSA POR ACRESCENTAR UMA DEZENA DE NOVOS<br />
CENTROS AUTO AOS 33 JÁ PERTENCENTES À REDE.<br />
EDUARDO SANTOS ACREDITA QUE O CRESCIMENTO<br />
DO GRUPO É PARA MANTER por Jorge Flores
Com uma estratégia bem definida, os centros<br />
auto Roady continuam a fazer o seu caminho<br />
no mercado nacional. Os números continuam<br />
positivos, reflexo da saúde do próprio Grupo<br />
Os Mosqueteiros em que estão inseridos, mas o<br />
foco principal está no futuro. Em entrevista ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, Eduardo Santos, administrador<br />
da rede no nosso país, levantou o véu dos objetivos<br />
para os próximos tempos.<br />
Qual o balanço da atividade dos centros auto<br />
do Grupo Os Mosqueteiros, nestes primeiros<br />
nove meses do ano, comparativamente ao ano<br />
passado?<br />
A Roady encerrou 2018 com 37,5 milhões de euros<br />
de volume de negócios em Portugal, cerca de<br />
um ponto percentual acima do valor alcançado no<br />
ano anterior. Em relação a este ano, o crescimento<br />
é notório, mas é ainda prematuro avançar com valores<br />
definitivos.<br />
O que pode adiantar sobre os resultados<br />
financeiros do grupo?<br />
O Grupo Os Mosqueteiros encerrou 2018 com um<br />
volume de negócios global de 2,2 mil milhões de<br />
euros, o que correspondeu a um crescimento de<br />
10% em relação ao ano anterior. Em Portugal, o<br />
grupo totaliza 320 pontos de venda, que representam<br />
três insígnias: Intermarché, Bricomarché e<br />
centros auto Roady.<br />
Em abril deste ano, inauguraram mais um centro<br />
auto, em Chaves. São já 33 as casas aderentes à<br />
insígnia do Grupo Os Mosqueteiros. Existe algum<br />
número ideal de centros autos previstos para<br />
Portugal?<br />
Para o corrente ano (2019), o Grupo Os Mosqueteiros<br />
traçou como meta o aumento contínuo do<br />
parque de lojas. A estratégia, integrada num plano<br />
de expansão, até 2024, prevê a abertura de cerca<br />
de uma dezena de novos centros auto, o que constitui<br />
uma oportunidade para os empreendedores<br />
e investidores portugueses que pretendem criar o<br />
seu próprio negócio. Ou para aqueles que, já tendo<br />
oficina própria, pretendem integrar a nossa rede,<br />
que se insere no maior grupo de distribuição multi-insígnia<br />
da Europa.<br />
Que critérios deverá ter uma casa que pretenda<br />
aderir ao grupo?<br />
As condições de adesão ao grupo, váli<strong>das</strong> para qualquer<br />
uma <strong>das</strong> insígnias, passam por ter disponibilidade<br />
de capital, estar motivado a criar o seu próprio<br />
negócio e ser uma pessoa dinâmica, ter boa capacidade<br />
de gestão e liderança, não exercer outra atividade<br />
profissional, ter disponibilidade geográfica e<br />
ter disponibilidade para uma formação a tempo inteiro<br />
de seis meses (com metodologias teórica e prática).<br />
O capital necessário para integrar o grupo é de<br />
200 mil euros para Intermarché, 105 mil euros para<br />
Bricomarché e 75 mil euros para Roady.<br />
A geografia é, também, uma questão a ter em<br />
consideração no momento da adesão?<br />
A localização dos centros auto é sempre definida<br />
pela insígnia e mediante as oportunidades que surgem.<br />
É um processo que obriga a uma avaliação<br />
minuciosa de um conjunto de fatores, como a área<br />
de venda, a área da oficina, o local e o número de<br />
elementos da equipa, entre outros.<br />
Que zonas do país falta cobrir?<br />
Não existem propriamente zonas que estejam por<br />
cobrir. Temos uma boa mancha, com opções de<br />
norte a sul do país. A decisão de localização dos<br />
próximos centros auto será baseada naquelas que<br />
sentimos serem as necessidades dos clientes, associa<strong>das</strong><br />
a boas oportunidades que surjam.<br />
Todos os centros auto do Grupo Os Mosqueteiros<br />
têm loja e oficina?<br />
Sim, todos. É uma característica dos nossos centros<br />
auto Roady, que têm por norma uma área<br />
de venda com cerca de 380 m 2 , onde podem ser<br />
adquiridos produtos como lubrificantes, filtros,<br />
pneus, equipamentos interiores (capas e tapetes),<br />
escovas, produtos de manutenção, baterias e peças<br />
técnicas. O conceito Roady apresenta-se no mercado<br />
com um posicionamento de preço justo, dispondo<br />
desde as gamas de primeiro preço aos produtos<br />
<strong>das</strong> nossas marcas (PNM), passando pelas<br />
premium. Na área reservada à oficina, é possível<br />
encontrar sete boxes para os serviços de manutenção<br />
preventiva e reparações mais complexas. Nas<br />
oficinas, contamos com técnicos especializados e<br />
com planos de formação anuais, que proporcionam<br />
um atendimento especializado e eficaz. Nos<br />
centros auto Roady, existe ainda a possibilidade de<br />
realizar as várias operações, com e sem marcações<br />
prévias, todos os dias, incluindo fins de semana e<br />
feriados. O nosso foco é sempre o cliente.<br />
Em termos de negócio, em média, quanto<br />
representa a loja e a oficina?<br />
A grande maioria dos nossos clientes procura os<br />
centros auto Roady para as manutenções e reparações,<br />
assim como substituições de equipamentos<br />
de segurança ou conforto. 70% do volume de negócios<br />
dos centros auto Roady é proveniente dos<br />
serviços que requerem mão de obra, ficando os<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 31
EDUARDO SANTOS<br />
A GRANDE MAIORIA DOS NOSSOS CLIENTES PROCURA OS CENTROS<br />
AUTO ROADY PARA AS MANUTENÇÕES E REPARAÇÕES, ASSIM COMO<br />
SUBSTITUIÇÕES DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA OU CONFORTO<br />
restantes 30% atribuídos a to<strong>das</strong> as<br />
ações que não necessitem da intervenção<br />
de um técnico.<br />
O que distingue, na sua opinião,<br />
estes centros da concorrência?<br />
As vantagens estão centra<strong>das</strong> no conceito<br />
de centro auto desenvolvido sob<br />
a marca Roady e que oferece um conjunto<br />
alargado de serviços aos clientes,<br />
em particular os de maior utilidade<br />
para o dia a dia do condutor:<br />
alinhamento, teste de diagnóstico,<br />
revisões, substituição de amortecedores,<br />
som, multimédia e navegação,<br />
testes de pré-inspeções, mecânica<br />
geral, mudança da correia de distribuição<br />
e carregamento de ar condicionado.<br />
Por outro lado, o facto de a<br />
marca estar integrada no Grupo Os<br />
Mosqueteiros, uma cadeia internacional<br />
de distribuição, confere uma<br />
vantagem competitiva aos empresários<br />
aderentes. Além disso, nos centros<br />
auto Roady, é possível encontrar<br />
serviços rápidos sem marcação e<br />
uma gama completa de produtos para<br />
o automóvel em horário alargado<br />
e com total garantia de que o mesmo<br />
é tratado com profissionalismo e<br />
segurança. De salientar que os centros<br />
auto Roady têm uma excelente<br />
relação preço/qualidade. Este binómio,<br />
juntamente com a proximidade<br />
que existe entre os nossos espaços e<br />
a comunidade onde estão inseridos,<br />
resulta na criação de uma forte relação<br />
de confiança com os clientes.<br />
Uma terceira vantagem decorre ainda<br />
da gestão autónoma de cada ponto<br />
de venda pelo seu aderente ou dono<br />
de loja. Esta é uma <strong>das</strong> grandes<br />
vantagens da estrutura do grupo: o<br />
aderente, ao residir na localidade onde<br />
a loja está implantada, tem maior<br />
proximidade com os clientes e maior<br />
sensibilidade para as suas necessidades.<br />
Dessa forma, é mais fácil encontrar<br />
soluções adapta<strong>das</strong> às necessidades<br />
específicas que forem deteta<strong>das</strong>,<br />
pois tem autonomia para fazê-lo.<br />
Como descreve o atual estado do<br />
mercado oficinal em Portugal?<br />
Nos últimos anos, houve uma recuperação<br />
<strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de veículos novos,<br />
que tem levado os concessionários a<br />
relançar a manutenção em garantia.<br />
O parque automóvel está nitidamente<br />
a alterar-se e o crescimento <strong>das</strong> frotas<br />
fez com que apostássemos em novas<br />
parcerias, pelo que, além da Arval,<br />
estamos a trabalhar como reparadores<br />
oficiais para as operações de manutenção<br />
da LeasePlan. No mercado<br />
oficinal, nota-se ainda uma crescente<br />
associação entre as oficinas independentes,<br />
centros auto e serviços rápidos.<br />
Ao nível da qualidade de serviço,<br />
notam-se grandes progressos no<br />
setor, quer através da aquisição de<br />
novos equipamentos e/ou através da<br />
formação de colaboradores. Nestes<br />
dois pontos, salientamos o trabalho<br />
que tem vindo a ser feito nos centros<br />
auto Roady, onde, de forma transversal<br />
a to<strong>das</strong> as oficinas, se tem apostado<br />
na formação profissional, um pilar<br />
que consideramos estrutural na nossa<br />
forma de trabalhar. Nos centros auto<br />
Roady, a formação é, aliás, adaptada<br />
às necessidades de cada colaborador<br />
e à constante evolução tecnológica<br />
do mercado. Em consequência,<br />
dispomos de técnicos qualificados e<br />
conseguimos disponibilizar preços<br />
competitivos e transparentes (no final<br />
da operação o cliente sabe o que<br />
está a pagar por cada item). As equipas<br />
fazem um diagnóstico completo<br />
do problema e procuram a solução<br />
mais adequada, sempre considerando<br />
uma relação qualidade/preço equilibrada.<br />
Para chegar a esta melhor relação<br />
qualidade/preço procuramos,<br />
também, estabelecer parcerias e acordos<br />
com distribuidores, que nos permitam<br />
aceder às melhores condições<br />
comerciais. l<br />
32 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EMPRESA<br />
MGM<br />
QUALIDADE<br />
CERTIFICADA<br />
A MGM OBTEVE UMA NOVA CERTIFICAÇÃO DA CERTIF NA ÁREA DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO.<br />
MANUEL GUEDES MARTINS, ADMINISTRADOR DA EMPRESA À QUAL “EMPRESTA” O SEU NOME,<br />
ACREDITA QUE A QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS E DAS REPARAÇÕES DEVE SER ACOMPANHADA<br />
DA FORMAÇÃO DOS SEUS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS por Jorge Flores<br />
A<br />
MGM continua apostada em<br />
garantir elevados índices de<br />
qualidade. Não apenas dos<br />
seus equipamentos mas, também,<br />
dos recursos humanos que compõem<br />
a empresa. A nova certificação<br />
obtida, recentemente, na área de<br />
sistemas de refrigeração, surge nesse<br />
sentido. “Uma <strong>das</strong> áreas em que<br />
a empresa atua, é a da reparação de<br />
compressores de ar comprimido, aos<br />
quais estão associados os secadores<br />
por refrigeração. Neste contexto,<br />
face às solicitações do mercado, a<br />
MGM decidiu apostar na certificação<br />
de três técnicos e, posteriormente, na<br />
da própria empresa. A certificação<br />
foi atribuída pela CERTIF”, explica<br />
o administrador, Manuel Guedes<br />
Martins. Este “era um objetivo que<br />
tínhamos já há algum tempo, no sentido<br />
de darmos uma resposta rápida<br />
ao cliente e não termos necessidade<br />
de recorrer, para o efeito, a outras<br />
empresas qualifica<strong>das</strong> no mercado”,<br />
acrescenta.<br />
As vantagens decorrentes desta certificação<br />
são várias. “As estações de<br />
ar comprimido trata<strong>das</strong> (sem humidade)<br />
estão monta<strong>das</strong> com secadores<br />
por refrigeração e os técnicos que<br />
procedem a intervenções, em determinados<br />
equipamentos contendo<br />
gases fluorados com efeito de estufa,<br />
têm, obrigatoriamente, de dispor de<br />
qualificações técnicas de acordo com<br />
o estabelecido pela regulamentação<br />
europeia e legislação nacional”, explica<br />
Manuel Guedes Martins ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. E completa: “As empresas<br />
do ramo automóvel e indústrias<br />
que sejam detentoras destes equipamentos,<br />
são obriga<strong>das</strong>, por lei, a registarem<br />
os relatórios <strong>das</strong> intervenções<br />
técnicas na APA (Agência Portuguesa<br />
do Ambiente). E os mesmos têm de<br />
ser, obrigatoriamente, elaborados por<br />
empresas certifica<strong>das</strong>”.<br />
MGM<br />
Administrador<br />
Manuel Guedes Martins<br />
Sede<br />
Rua do Agro, n.° 150, 4410 – 089<br />
Serzedo (Vila Nova de Gaia)<br />
Telefones<br />
227 642 722 / 914 068 071<br />
Emails<br />
geral@mgm.com.pt<br />
mgm-assistencia@sapo.pt<br />
Site www.mgm.com.pt<br />
Reparações complexas<br />
A reparação deste tipo de equipamentos<br />
é bastante complexa. E a<br />
formação dos técnicos que realizam<br />
estes serviços assume uma importância<br />
acrescida. “Além da formação/<br />
certificação, é necessário proceder à<br />
aquisição de vários equipamentos<br />
específicos, assim como às respetivas<br />
calibrações (anuais) para a área<br />
da refrigeração. Estas intervenções<br />
envolvem procedimentos de risco.<br />
As manipulações têm de ser feitas de<br />
forma consciente, de forma a não libertar<br />
nenhum gás para a atmosfera,<br />
sob pena de contribuir para o aumento<br />
do efeito de estufa. O correto<br />
é recolher e envazar este composto,<br />
após a sua utilização em cilindros<br />
apropriados, e, depois, enviar às empresas<br />
certifica<strong>das</strong> pelos órgãos ambientais<br />
para que seja dada a destinação<br />
final segura”, afirma Manuel<br />
Guedes Martins.<br />
Mas será que este tipo de equipamentos<br />
representa uma fatia grande<br />
do negócio da MGM? “Não, é apenas<br />
um complemento ao nosso serviço e<br />
uma forma de assegurar que o cliente<br />
não procura outras empresas para<br />
o tratamento de assuntos relacionados<br />
com ar comprimido”, garante o<br />
responsável. Que, a concluir, faz um<br />
balanço muito positivo da atividade<br />
da MGM no terceiro trimestre deste<br />
ano: “A empresa está em franco<br />
crescimento, em várias áreas, destacando-se<br />
o aumento significativo de<br />
pedidos de assistência/comercialização<br />
de compressores e secadores de<br />
ar comprimido”. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 35
REPORTAGEM<br />
NEXUSAUTO E PROFISSIONAL PLUS<br />
PROJETO<br />
AMBICIOSO<br />
EMBORA JÁ SE ENCONTRASSEM A OPERAR NO NOSSO PAÍS DE FORMA<br />
DISCRETA, OS CONCEITOS OFICINAIS NEXUSAUTO E PROFISSIONAL PLUS,<br />
DA NEXUS AUTOMOTIVE INTERNATIONAL, FORAM, FORMAL E OFICIALMENTE,<br />
APRESENTADOS NO PASSADO DIA 8 DE OUTUBRO, NUMA AÇÃO LEVADA A<br />
CABO PELA KRAUTLI PORTUGAL NAS SUAS INSTALAÇÕES EM CONJUNTO COM<br />
A SERCA. O PROJETO É, NO MÍNIMO, AMBICIOSO<br />
por Bruno Castanheira
A<br />
Nexus Automotive International<br />
está presente<br />
em todos os locais<br />
onde existe vida,<br />
à exceção do Ártico”.<br />
Foi com esta frase curiosa que Marc<br />
sua vez, integra a Nexus Automotive<br />
International através da IDAP. Quer<br />
isto dizer que, mesmo não fazendo,<br />
diretamente, parte da estrutura da<br />
Nexus Automotive International, a<br />
KRAUTLI Portugal, acaba por tirar<br />
muito mais “rígida”, na Profissional<br />
Plus o aderente não necessita de ter<br />
uma imagem corporativa exterior<br />
uniformizada. Os requisitos para se<br />
ser aderente não são, por isso, iguais<br />
nas duas redes.<br />
A NEXUSAuto É UMA REDE PREMIUM<br />
QUE PROPÕE UM PAcote COMPLETO<br />
DE SOLUÇÕES “CHAVE NA MÃO”. JÁ A<br />
PROFISSIONAL PLUS, É MODULAR<br />
Blanco, diretor de operações da Serca,<br />
iniciou a sua apresentação. Para,<br />
de seguida, frisar: “Apostamos num<br />
modelo diferente de tudo o que existe.<br />
A Serca, juntamente com outras<br />
empresas que fazem parte da IDAP,<br />
foi uma <strong>das</strong> fundadoras da Nexus<br />
Automotive International, um grupo<br />
jovem que faturou, em 2018, quase<br />
19 mil milhões de euros”. O diretor<br />
de operações da Serca elencou as<br />
mais-valias do conceito NexusAuto,<br />
enaltecendo a formação, os sites, o<br />
call center técnico, a plataforma de<br />
informação, a presença nas redes sociais,<br />
o email direcionado e a Intranet.<br />
Tudo em português. Já Carlos<br />
Palancar, gestor ibérico da Serca,<br />
que tem as redes sob sua alçada, afirmou<br />
que “o conceito NexusAuto é o<br />
futuro”. Segundo disse, “trata-se de<br />
uma solução integrada que oferece às<br />
oficinas tudo o que elas necessitam,<br />
conforme elencou Marc Blanco”.<br />
Dimensão internacional<br />
Com cerca de 500 pontos a nível<br />
mundial, dos quais quase 30 estão<br />
na Península Ibérica (destes, sete<br />
em Portugal), a NexusAuto é a rede<br />
premium da Nexus Automotive International,<br />
ficando a Profissional<br />
Plus com o “papel” de rede modular.<br />
A KRAUTLI Portugal, a Bragalis (a<br />
outra empresa que se encarrega da<br />
promoção destes dois conceitos oficinais<br />
no nosso país) e a Cosimpor fazem<br />
parte do Grupo Serca, que, por<br />
partido <strong>das</strong> sinergias existentes no<br />
grupo. Mas tudo isto tem a ver com<br />
dimensão também. “Os sócios da<br />
Serca têm uma dimensão superior<br />
aquela que é necessária noutros grupos.<br />
Nós somos um dos quase 80 sócios<br />
da Serca que existem, três em<br />
Portugal e a maioria em Espanha”,<br />
explicou José Pires, diretor-geral da<br />
KRAUTLI Portugal. “Do ponto de<br />
vista legal e estrutural, a KRAUTLI<br />
Portugal não é sócia da Nexus Automotive<br />
International. Mas acaba<br />
por sê-lo indiretamente. A KRAUT-<br />
LI Portugal tem uma quota na Serca,<br />
a Serca tem uma quota na IDAP<br />
e a IDAP tem uma quota na Nexus<br />
Automotive International”, detalhou<br />
José Pires.<br />
Já Carlos Silva, diretor de ven<strong>das</strong> e<br />
marketing da KRAUTLI Portugal,<br />
frisou que “esta é mais uma ferramenta<br />
de fidelização que disponibilizamos<br />
aos nossos parceiros e<br />
clientes, que são os retalhistas de<br />
peças. E, estes, conseguem, por seu<br />
turno, fidelizar os seus: as oficinas”.<br />
A NexusAuto é uma rede premium<br />
que oferece um pacote completo de<br />
soluções “chave na mão”. Já a Profissional<br />
Plus, consiste numa rede<br />
modular e muito mais flexível, uma<br />
vez que o aderente pode contratar<br />
apenas os serviços que entende serem<br />
os mais adequados para valorizar<br />
a sua atividade e não todos.<br />
Além disso, ao contrário da NexusAuto,<br />
que é, digamos, uma rede<br />
Assegurar o futuro<br />
O objetivo da NexusAuto não é massificar<br />
o número de aderentes. Até<br />
porque existem critérios de zona<br />
(distância mínima de 1.000 metros<br />
entre oficinas; não pode existir mais<br />
do que uma em localidades com menos<br />
de 15 mil habitantes), o que não<br />
se verifica na Profissional Plus. “Não<br />
estamos obcecados com a massificação<br />
do número de oficinas NexusAuto”,<br />
alerta Carlos Palancar, reconhecendo,<br />
contudo, que “100 aderentes<br />
em Portugal seria um bom número”.<br />
Aquilo que a NexusAuto tem, a Profissional<br />
Plus também pode ter, só<br />
que de uma forma modular. Existe<br />
um pacote base na Profissional Plus<br />
que, depois, o aderente pode adquirir<br />
isoladamente. Porquê a necessidade<br />
destas duas redes? “Porque<br />
queremos assegurar o nosso futuro.<br />
E só tendo oficinas de qualidade, é<br />
que podemos vender peças. O nosso<br />
core business enquanto distribuidor<br />
é vender peças. Mas, para isso, é<br />
preciso fortalecer as oficinas, com as<br />
quais não lidamos diretamente, mas<br />
sim através dos retalhistas, que continuarão<br />
a ser peças fundamentais<br />
em toda esta equação”, alertou José<br />
Pires.<br />
A terminar, refira-se que, para o final<br />
de 2020, a KRAUTLI Portugal prevê<br />
que a rede NexusAuto chegue, pelo<br />
menos, às 50 oficinas, número que<br />
poderá ser superior a 100 no caso da<br />
rede Profissional Plus. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 37
ENTREVISTA<br />
JUAN SANTOS, GESTOR DE NEGÓCIOS DA BOMBÓLEO PORTO<br />
E RESPONSÁVEL PELA REDE CHECKSTAR<br />
PROCURAMOS PARCEIROS<br />
QUE SE IDENTIFIQUEM<br />
COM A MARCA<br />
O ANO DE 2019 ASSINALA UMA NOVA FASE NA VIDA DA CHECKSTAR EM PORTUGAL, APÓS SEREM DEFINIDOS<br />
NOVOS REQUISITOS POR PARTE DA MAGNETI MARELLI. TER PRESENÇA EM TODAS AS CAPITAIS DE DISTRITO É<br />
UM DOS OBJETIVOS DA REDE PARA O NOSSO PAÍS por João Vieira<br />
m entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, Juan Santos, responsável<br />
da rede Checkstar<br />
Portugal, explica as razões da<br />
mudança de estratégia e os objetivos<br />
que pretende atingir.<br />
O que mudou na estratégia da rede Checkstar em<br />
Portugal?<br />
Os novos requisitos da Magneti Marelli ajudaram<br />
a que fizéssemos quase um ano “0” e começássemos<br />
a trabalhar com uma base comum e transversal<br />
a todos os parceiros. Só desta forma foi possível<br />
começar a encetar contactos com potenciais clientes<br />
e parceiros, de forma a dinamizarmos o negócio.<br />
Também houve, ao longo deste tempo, uma<br />
fase de adaptação de stocks nas variadíssimas gamas<br />
de produto Magneti Marelli, de forma a conseguirmos<br />
servir a rede com o produto da marca<br />
que representam. Também aqui teve de haver um<br />
trabalho de adaptação mútua, pois as oficinas retomaram,<br />
gradualmente, a sua ligação aos produtos<br />
da marca.<br />
Qual tem sido o envolvimento do Grupo Bombóleo<br />
com a rede de oficinas Checkstar?<br />
Sendo a Bombóleo o único distribuidor para a rede<br />
Magneti Marelli Checkstar em Portugal, o nosso<br />
envolvimento tem ser a 100%. É esse o nosso<br />
compromisso com os parceiros e com a marca. Tivemos<br />
de fazer um trabalho de raiz, principalmente<br />
de relacionamento com as oficinas, já que, na<br />
grande maioria, eram oficinas que não tínhamos<br />
qualquer relação comercial. Foi uma fase de conhecimento,<br />
de adaptações mútuas e que, agora,<br />
começamos a colher os frutos desse trabalho. Este<br />
envolvimento vai desde o aumento da disponibilidade<br />
da gama dos produtos Magneti Marelli Aftermarket<br />
aos investimentos na assistência técnica<br />
e à formação, que é assegurada por nós sem recurso<br />
a serviços externos. Também iniciámos contactos<br />
com algumas entidades de forma a trazer negócio<br />
para dentro da rede, com o objetivo, não só,<br />
de promovermos a venda do produto para a oficina<br />
como, também, para que esta possa escoar esse<br />
mesmo produto. Estamos, igualmente, a trabalhar<br />
em novos projetos que apresentaremos, em primeira<br />
mão, à rede na próxima convenção. Estamos<br />
a criar ferramentas que dinamizem os parceiros<br />
que fazem parte da rede.<br />
Quantas oficinas fazem, hoje, parte da rede?<br />
Atualmente, a rede tem 48 oficinas espalha<strong>das</strong> de<br />
norte a sul do país e, também, na ilha da Madeira,<br />
sendo que, neste arquipélago, o desenvolvimento<br />
da rede é feito em parceria com a Turbodiesel.<br />
Tencionam alargar o número de oficinas aderentes<br />
à rede?<br />
Em 2019, gostaríamos de encerrar o ano com 50<br />
oficinas. Temos alguns contactos feitos e, por isso,<br />
achamos que chegar às 50 oficinas é um número<br />
bastante interessante para a nossa rede.<br />
Quais as zonas do país que falta cobrir?<br />
Tencionamos ter presença em to<strong>das</strong> as capitais de<br />
distrito, nomeadamente Coimbra, Castelo Branco,<br />
Portalegre, Évora, Beja e Bragança, pois são cidades<br />
onde não temos uma oficina. Existem, depois,<br />
algumas cidades que, pela sua dimensão, são<br />
também importantes para a rede marcar presença.<br />
Exemplos de Guimarães, Maia, Matosinhos,<br />
Almada, Odivelas, Amadora, Cascais, Gondomar<br />
e Vila Franca de Xira. E, também, há espaço para<br />
aumentar o número de oficinas nas cidades do<br />
Porto e Lisboa.<br />
Quais os critérios que a oficina deve cumprir para<br />
integrar a rede Checkstar?<br />
Os critérios definidos pela marca são simples.<br />
Existe um pack de imagem standard (podendo ser<br />
38 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
JUAN SANTOS<br />
OS DESAFIOS DA REDE SÃO OS MESMOS QUE TODO O SETOR VAI<br />
ATRAVESSAR. A NOSSA LIGAÇÃO DIRETA A UM FABRICANTE DE<br />
PRIMEIRO EQUIPAMENTO COLOCA-NOS NUMA POSIÇÃO PRIVILEGIADA<br />
adaptado ao gosto do cliente) e necessidade<br />
de ter algumas ferramentas<br />
de trabalho que a maioria <strong>das</strong> oficinas<br />
já dispõe. Por isso, poderá nem<br />
haver necessidade de investimento<br />
desde que as organizações já incluam<br />
essas mesmas ferramentas. No entanto,<br />
para nós, o requisito mais importante<br />
é o do empresário querer<br />
integrar uma rede e estar preparado<br />
para trabalhar com a ligação com a<br />
marca, com tudo o que de bom e de<br />
menos bom isso possa trazer. Não<br />
tencionamos vender facha<strong>das</strong> e farda<br />
mentos. Não é o nosso negócio.<br />
Nem é isso que se pretende. Procuramos,<br />
sim, parceiros que se identifiquem<br />
com a marca e que tornem a<br />
rede mais forte, podendo esses parceiros<br />
também beneficiar desse mesmo<br />
reconhecimento.<br />
Qual a importância do acordo<br />
recentemente realizado com a<br />
LeasePlan? Em que consiste e quais<br />
as mais-valias e vantagens que traz<br />
para a rede?<br />
Esta parceria foi muito importante,<br />
pois coloca-nos dentro de um tipo de<br />
cliente que, hoje, é impossível descurar.<br />
No caso da LeasePlan, estamos a<br />
falar num universo superior a 100 mil<br />
viaturas, o que também aumenta o nível<br />
<strong>das</strong> nossas oficinas, porque trabalham<br />
veículos com uma idade média<br />
inferior a quatro anos. E, isso, ajuda<br />
a que, quase desde início, as oficinas<br />
comecem a trabalhar em viaturas que<br />
só ao fim de seis ou sete anos começavam<br />
a aparecer no mercado independente.<br />
Isto coloca-nos à frente no<br />
conhecimento. Também é importantíssimo<br />
porque alguns parceiros perderam<br />
clientes empresariais desde<br />
que estes passaram a ter as suas frotas<br />
através de renting. Agora, é possível<br />
voltar a recuperar esses clientes.<br />
Quais os aspetos diferenciadores da<br />
rede Checkstar?<br />
Uma <strong>das</strong> principais características<br />
que destaco é o facto de ser <strong>das</strong> poucas<br />
redes oficinais de um fabricante<br />
de primeiro equipamento. Poucas redes<br />
no mercado têm esta característica.<br />
Outro dos aspetos que nos distinguem,<br />
é a forte relação com a técnica.<br />
Um dos pilares desta rede foi sempre<br />
a sua forte ligação com a formação de<br />
excelência e com um serviço de apoio<br />
técnico dos melhores que existem no<br />
mercado. Também algo que nos diferencia<br />
de algumas redes, é o facto<br />
de termos produto de marca própria.<br />
Desde pastilhas e discos de travão,<br />
filtros, velas, escovas, lâmpa<strong>das</strong>, máquinas<br />
rotativas, kits de distribuição<br />
de correia e correntes, elevadores de<br />
vidro, iluminação, bombas de água,<br />
correias, baterias e consumíveis de<br />
oficina, entre outros. Destaco os lubrificantes<br />
Checkstar que comercializamos,<br />
em exclusivo, para a nossa<br />
rede, tendo esta aqui um forte argumento<br />
num produto que os pode distinguir<br />
da concorrência.<br />
Quais os principais serviços<br />
prestados pelas oficinas da rede<br />
Checkstar?<br />
O conceito requer que os parceiros sejam<br />
oficinas multimarca e multisserviços,<br />
já que há, também, uma oferta<br />
de produto para que possam utilizar<br />
no seu negócio diário. Os parceiros<br />
Checkstar, principalmente os mais<br />
antigos, são reconhecidos pelo seu conhecimento<br />
na área da eletricidade.<br />
No entanto, com a evolução do negócio,<br />
to<strong>das</strong> estão, neste momento, a<br />
prestar serviços de manutenção, mecânica<br />
e rápidos, entre outros.<br />
Que ações têm desenvolvido para<br />
promover as oficinas Checkstar<br />
junto do consumidor final?<br />
Existem duas campanhas anuais<br />
(verão e inverno) desenvolvi<strong>das</strong> pela<br />
Magneti Marelli direciona<strong>das</strong> ao<br />
40 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PUB<br />
automobilista. Há, no entanto, o<br />
acesso a uma série de ferramentas<br />
de marketing que o parceiro<br />
pode personalizar e fazer as suas<br />
próprias campanhas locais e regionais.<br />
Destacamos, também,<br />
a forte e ativa presença da Magneti<br />
Marelli Checkstar nas redes<br />
sociais, com publicações muito<br />
peculiares e de enorme impacto<br />
junto dos utilizadores.<br />
O que tem sido feito a nível<br />
de formação para as oficinas<br />
Checkstar?<br />
Existe um plano anual de formação<br />
exclusivo para a rede Checkstar,<br />
com duas ações seleciona<strong>das</strong><br />
pela rede. Esse plano de formação<br />
é, depois, complementado com o<br />
programa próprio da Bombóleo,<br />
onde abordamos áreas diferentes<br />
daquelas que foram seleciona<strong>das</strong><br />
no plano específico da Magneti<br />
Marelli.<br />
Que desafios se colocam ao<br />
futuro da rede Checkstar?<br />
Os desafios da rede são os mesmos<br />
que todo o setor vai atravessar,<br />
apesar da nossa ligação a um<br />
fabricante de primeiro equipamento<br />
nos poder trazer alguma<br />
vantagem. No entanto, a curto<br />
prazo, os desafios <strong>das</strong> nossas oficinas<br />
serão a adaptação para a<br />
intervenção em viaturas elétricas<br />
e híbri<strong>das</strong>. Outro dos desafios é<br />
a necessidade da utilização, cada<br />
vez mais frequente, do PassThru e<br />
de outras formas de ligação direta<br />
ao fabricante. Fazer uma simples<br />
intervenção numa viatura está a<br />
mudar rapidamente e se a oficina<br />
não estiver preparada, a viatura<br />
não poderá ser assistida. Do ponto<br />
de vista do distribuidor, continuará<br />
a ser um desafio encontrar<br />
os parceiros certos para fazer crescer<br />
a rede em qualidade e em presença<br />
no território nacional. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 41
REPORTAGEM<br />
MAN TRUCK & BUS<br />
VIAGEM AO FUTURO<br />
A MAN TRUCK & BUS ESTEVE PRESENTE NO 19.° CONGRESSO DA ANTRAM, REALIZADO NO CENTRO<br />
DE CONGRESSOS DE TRÓIA, PARA LEVAR OS VISITANTES NUMA VERDADEIRA VIAGEM AO FUTURO DO<br />
TRANSPORTE DE MERCADORIAS por Joana Calado<br />
O<br />
ponto alto da presença da<br />
MAN Truck & Bus no congresso<br />
foi a apresentação<br />
do novíssimo eTGE e o anúncio da<br />
reestruturação do modelo de distribuição<br />
da empresa pelo managing<br />
director, David Carlos. O mote do<br />
stand da marca especialista em veículos<br />
pesados levou os participantes<br />
numa total viagem ao futuro, distinguindo-se<br />
dos restantes pelo visual<br />
futurista. Até porque era impossível<br />
não reparar nos dois imponentes tratores<br />
e no recente MAN eTGE que<br />
decoravam a entrada virada para a<br />
marina de Tróia.<br />
Deslocações sem emissões<br />
Começou a ser produzido em série no<br />
mês de julho do ano passado e assemelha-se<br />
em tudo ao TGE “normal”.<br />
Mas o segredo está debaixo do capot.<br />
O eTGE é 100% elétrico e, por isso,<br />
mais amigo do ambiente. David Carlos,<br />
managing director da MAN Truck<br />
& Bus Portugal, explica que “esta<br />
é uma aposta na mobilidade elétrica,<br />
que já é uma realidade no nosso mercado.<br />
E viemos a Tróia mostrar aos<br />
nossos clientes que é possível reduzir,<br />
significativamente, as emissões<br />
de CO 2 ”.<br />
Direcionado totalmente para a distribuição<br />
de mercadorias em meios<br />
urbanos, o eTGE pode transportar<br />
cargas de 950 kg, anunciando uma<br />
autonomia de 173 km. Segundo a<br />
MAN Truck & Bus, “cerca de 70%<br />
dos veículos comerciais ligeiros utilizados<br />
em áreas urbanas percorrem,<br />
em média, menos de 100 km por<br />
dia”. Por isso, a autonomia do eTGE<br />
faz com que seja possível executar todo<br />
o percurso normal de um dia de<br />
trabalho na distribuição e recarregar<br />
a bateria durante a noite, visto que<br />
esta demora, dependendo do tipo<br />
de carregador, entre 45 minutos e 12<br />
horas para carregar totalmente.<br />
Poderemos pensar que, para obter esta<br />
autonomia, a MAN sacrificou alguns<br />
sistemas de conforto, mas, na realidade,<br />
tal não aconteceu. O eTGE continua<br />
a estar equipado com sistema de<br />
navegação, aquecimento de habitáculo<br />
e ar condicionado, bem como todos<br />
os sistemas de assistência do TGE, que<br />
prometem tornar a condução numa<br />
experiência bastante agradável.<br />
“Eletrificar” a distribuição<br />
Mas a inovação elétrica da MAN não<br />
fica por aqui. Depois do eTGE, a marca<br />
vai lançar, também, o eTGM e já<br />
se prepara para atingir o auge com<br />
a implementação de um veículo elétrico<br />
em cada uma <strong>das</strong> suas gamas.<br />
“O próximo passo é atingir o mix de<br />
produtos. Vamos apostar nos chassis<br />
cabine com as diferentes variantes<br />
de medi<strong>das</strong> entre eixos, até porque,<br />
com o lançamento do camião elétrico,<br />
queremos ter uma oferta completa<br />
de mobilidade elétrica”, afirma David<br />
Carlos.<br />
A MAN disponibiliza, também, um<br />
serviço de consultoria a empresas de<br />
logística que queiram optar por adquirir<br />
veículos elétricos, nomeadamente<br />
ajudando na redefinição de<br />
rotas de forma a ajudar na integra-<br />
ção <strong>das</strong> soluções na cadeia logística.<br />
“Até porque não podemos passar de<br />
um modelo de combustão para um<br />
modelo elétrico sem reestruturar o<br />
negócio propriamente dito”, alerta<br />
David Carlos.<br />
Reestruturar PARA aproximar<br />
A partir do dia 1 de novembro, a<br />
marca vai estar muito mais próxima<br />
dos clientes, apostando na venda direta<br />
no centro e sul do país através<br />
do seu concessionário em Lisboa. “O<br />
concessionário MAN Truck & Bus situado<br />
em Lisboa vai transformar-se<br />
numa organização dedicada única<br />
e exclusivamente ao serviço de pós-<br />
-venda”, anuncia o managing director.<br />
Assim, a MAN Truck & Bus<br />
Portugal passará a assegurar a comercialização<br />
de veículos pesados e<br />
ligeiros de mercadorias desde a zona<br />
do Porto até ao Algarve. Desta forma,<br />
os clientes passarão a estar em<br />
contacto direto com a marca, não<br />
havendo a necessidade de intermediários.<br />
l<br />
“VAMOS LANÇAR O CAMIÃO ELÉTRICO E, NUM FUTURO<br />
PRÓXIMO, QUEREMOS TER UMA OFERTA COMPLETA DE<br />
MOBILIDADE ELÉTRICA”, AFIRMA DAVID CARLOS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 43
Oficina<br />
do Mês<br />
A OFICINA DO MÊS É PATROCINADA POR TOTAL ROC (RAPID OIL CHANGE)<br />
MOVETEC<br />
MOVIMENTO<br />
E TECNOLOGIA<br />
ESPECIALISTA EM REPINTURA DE LIGEIROS E PESADOS, A OFICINA MOVETEC, SITUADA EM MOREIRA,<br />
NA MAIA, CELEBRA, EM 2019, 10 ANOS DE ATIVIDADE. O GERENTE, BRUNO SALGADO, ACREDITA QUE<br />
OS SERVIÇOS DE CHAPA E PINTURA TÊM O FUTURO ASSEGURADO por Jorge Flores<br />
Movimento e tecnologia. Da junção destas<br />
duas palavras se faz o nome da “Oficina do<br />
Mês” desta edição do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>:<br />
Movetec – Centro de Reparação Automóvel. Nascida<br />
há, precisamente, 10 anos, em Moreira, na zona<br />
da Maia, esta casa é o concretizar de uma paixão<br />
e de um sonho antigo de Bruno Salgado, que,<br />
depois de vários anos a trabalhar para outras empresas,<br />
decidiu que seria altura de aventurar-se por<br />
sua conta e risco. Formou-se. E logo na faculdade<br />
começou a desenhar a Movetec, através da elaboração<br />
de um plano de negócios direcionado às<br />
oficinas. “Avancei já com essa base”, revela. Atualmente,<br />
Bruno Salgado gere os destinos da oficina,<br />
juntamente com a esposa, Bruna Rocha, esta última,<br />
dedicada à area de marketing e comunicação.<br />
O balanço da primeira década de atividade? “Positivo.<br />
Feito de trabalho árduo e de grande sacrifício<br />
pessoal e familiar”, reconhece, “mas os números<br />
têm estado no verde” desde que abriram<br />
portas, em 2009. “Os primeiros três anos, foram<br />
uma constante luta. O país vivia uma crise e houve<br />
muitas insolvências de empresas”, recorda. Refira-<br />
-se que a Movetec tem nas empresas perto de 85%<br />
dos clientes. “As gestoras de frotas e empresas de<br />
rent-a-car são o nosso core business”, adianta o responsável<br />
da oficina que, recentemente, começou a<br />
trabalhar com empresas estatais. “Temos vindo a<br />
conquistar o nosso mercado”, afirma Bruno Salgado.<br />
Com uma receita infalível, na opinião de Bruna<br />
Rocha. “Através da publicidade boca a boca feita<br />
MOVETEC – CENTRO DE REPARAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL<br />
Gerente Bruno Salgado<br />
Morada Rua Raimundo Durães Magalhães,<br />
339, 4475 –189 Moreira<br />
Telefone 229 260 697<br />
Email movetec@movetec.pt<br />
Site: www.movetec.pt<br />
pelos nossos clientes, com quem mantemos uma<br />
relação de proximidade”.<br />
Chapa e pintura<br />
Composta por uma equipa de 12 pessoas, a Movetec<br />
assegura todos os serviços relacionados com<br />
a reparação automóvel, ainda que recorra à subcontratação<br />
em determina<strong>das</strong> áreas. Mas o grande<br />
foco é a chapa e a pintura de ligeiros e pesados.<br />
“Representa cerca de 70% do negócio”, afirma. Tal<br />
não foi por acaso. Antes uma estratégia definida<br />
inicialmente. “A minha visão era a de que a mecânica<br />
sofreria muitas alterações. Hoje, já se começam<br />
a verificar. Mas os serviços de chapa e pintura<br />
manter-se-ão por muito tempo. Pelo menos,<br />
enquanto não chegar a condução autónoma. Mas,<br />
mesmo nessa altura, continuará a haver pequenas<br />
bati<strong>das</strong>”, preconiza Bruno Salgado, que olha para o<br />
futuro com otimismo. “A nossa maior dificuldade é<br />
a mão de obra. É muito difícil encontrar profissionais<br />
para a repintura. Esse é o grande desafio para<br />
criar uma equipa. Escasseia o conhecimento técnico.<br />
Os jovens que seguem esta profissão preferem<br />
todos ir para mecatrónica”, lamenta. l<br />
44 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
DESDE QUE ABRIU AS SUAS PORTAS, A OFICINA<br />
TEM CONSEGUIDO CRESCER SEMPRE, APESAR DAS<br />
DIFICULDADES INERENTES AO INÍCIO DE ATIVIDADE
NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE-SE DE A A Z<br />
Empresas<br />
MANN-FILTER<br />
SOLUÇÕES PARA O FUTURO NA EQUIP AUTO<br />
A<br />
MANN-FILTER expôs no certame parisiense as suas soluções para<br />
a filtragem do futuro. Os visitantes profissionais da feira descobriram<br />
as diversas respostas inovadoras aos desafios do setor automóvel<br />
propostas pela MANN+HUMMEL. O filtro de partículas de pó de travagem,<br />
o filtro de partículas finas móveis ou o filtro de óleo da transmissão<br />
para eixos elétricos, foram alguns dos produtos MANN-FILTER expostos.<br />
O filtro de partículas de pó de travagem remove até 80% <strong>das</strong> partículas<br />
finas gera<strong>das</strong> na travagem e é compatível com todos os tipos de motores,<br />
de veículos elétricos a veículos “convencionais” a gasolina ou Diesel e veículos<br />
híbridos. O filtro móvel de partículas finas retém a poeira fina do ar,<br />
incluindo as partículas de abrasão dos pneus e da estrada, além da poeira<br />
da travagem. Quanto ao filtro de óleo da transmissão, garante a limpeza<br />
do óleo para lubrificar e arrefecer as engrenagens e outros componentes da<br />
transmissão interna de veículos elétricos.<br />
46 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Readapt Portugal, Lda<br />
NOVA SEDE E CONCESSÃO EM ALVERCA<br />
Ford Trucks | Representada em Portugal pela OneShop, inaugurou, em Alverca do<br />
Ribatejo, a sua sede e concessão, tornando-se na primeira nova marca de pesados a entrar<br />
no nosso país em duas déca<strong>das</strong>. A abertura deste novo espaço resulta de um investimento<br />
de quatro milhões de euros, que será aplicado no arranque da operação, e de dois milhões<br />
de euros para desenvolver a rede de concessionários de pós-venda Ford Trucks no nosso<br />
mercado. As instalações de Alverca do Ribatejo, além da sede do importador da Ford<br />
Trucks para Portugal, serão a base da criação e expansão da rede comercial e de serviços<br />
pós-venda da marca de norte a sul do país, devendo traduzir-se na criação de 25 postos<br />
de trabalho em Portugal ao longo dos próximos dois anos. Para 2020, estão já em curso os<br />
preparativos para o alargamento da rede de concessionários a Leiria e ao Porto.<br />
NelsonTripa.pdf 1 10/10/19 12:46<br />
EAATA JUNTA-SE À MECATRONICAONLINE<br />
EAATA | No dia 1 de outubro, a EAATA, empresa líder no mercado de chaves auto,<br />
com sede em Espanha, passou a integrar o Grupo MECATRONICAONLINE em Portugal,<br />
ficando, assim, com um espaço físico no Edifício MECATRONICAONLINE, com showroom,<br />
laboratório e escritório. Contando, também, com um técnico altamente especializado<br />
em chaves auto e com dois formadores técnicos nas áreas da reparações e programações<br />
de chaves e centralinas. A partir de agora, o pós-venda automóvel em Portugal ficou<br />
mais enriquecido, não só em know-how técnico especializado, mas, também, com<br />
maior diversidade de equipamentos para oferecer às oficinas. Assim sendo, neste<br />
momento, a MECATRONICAONLINE e a EAATA disponibilizam as seguintes marcas:<br />
Actia, Autel, Dimsport, Foxwell, Haynespro, Mecparts, Mecline, TEXA, WT Engineering<br />
e XHORSE, entre outras. “Fico feliz que uma empresa de renome, como a EAATA,<br />
escolha a MECATRONICAONLINE como seu parceiro para levar adiante os seus projetos<br />
e futuros desenvolvimentos em conjunto no grupo”, referiu Sérgio Pinto, gerente da<br />
MECATRONICAONLINE.<br />
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Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W
Notícias<br />
EMPRESAS<br />
NOVO CATÁLOGO PARA VEÍCULOS PESADOS<br />
FAE | A empresa lançou o seu novo catálogo para veículos industriais, onde agrupa<br />
mais de 1.400 referências e abrange mais de 12.500 aplicações para veículos industriais.<br />
O CVi2 da FAE combina categorias de produtos publica<strong>das</strong> anteriormente em todos os<br />
seus catálogos, facilitando a localização numa única<br />
publicação <strong>das</strong> referências dedica<strong>das</strong> ao veículo industrial,<br />
camião, autocarro, trator e veículo leve, entre outros. Entre<br />
as referências, podem ser encontra<strong>das</strong> son<strong>das</strong> Lambda,<br />
sensores de pressão, sensores de eixo de manivela,<br />
sensores de árvore de cames, sensores de velocidade,<br />
interruptores e sensores de temperatura. Também se<br />
encontram fabricantes relevantes para aplicações, como<br />
DAF, MAN, Mercedes-Benz, Volvo, Scania, Steyer, Iveco e<br />
Neoplan. To<strong>das</strong> as referências já estão disponíveis no TecDoc, onde a FAE é certificada como<br />
fornecedor de dados “Classe A”, bem como no catálogo online da empresa.<br />
APP VISA AMPLIAR PRESENÇA DIGITAL<br />
Repsol | A aplicação Repsol Move, disponível na App Store e no Google Play, simplifica<br />
o processo de registo e desmaterializa os cartões Repsol Move e de parceiros de desconto<br />
imediato. A app Repsol Move tem como principais objetivos ampliar a presença digital da<br />
petrolífera, simplificar o processo de registo e desmaterializar os cartões Repsol Move e de<br />
parceiros de desconto imediato. O processo de registo, associação e utilização de cartões de<br />
parceiros Repsol torna-se, assim, mais simples.<br />
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FABRICANTE DO MÊS NA AUTO DELTA<br />
MEYLE | Depois de durante o mês de Maio ter sido Fabricante do Mês na Auto Delta, a<br />
verdade é que a MEYLE está de regresso ao “palco” da Auto Delta até final de Novembro. A<br />
MEYLE é uma <strong>das</strong> marcas “bandeira” da Auto Delta. Detentora de uma gama de produtos<br />
de substituição bastante abrangente, segue os mais exigentes padrões de produção e conta<br />
com gamas de produto especialmente desenvolvi<strong>das</strong> que são, simplesmente, melhores do<br />
que a peça original. Muito mais ainda haveria para dizer mas a verdade é que o mercado<br />
nacional já conhece bem os produtos provenientes do fabricante de Hamburgo ou não<br />
estaria, ano após ano, a aumentar a sua já de si muito interessante quota de mercado.
Notícias<br />
empresas<br />
AUTOZITÂNIA<br />
CLÁSSICOS CITROËN<br />
Apoiou, no passado mês de setembro, o desfile de Clássicos Citroën pelas ruas<br />
da cidade de Odivelas, no âmbito do evento dos 100 anos da marca francesa.<br />
Recordando os veículos do passado, a Autozitânia recebeu, nas suas instalações,<br />
o evento da AVAMO (Associação de Veículos Antigos Motorizados de Odivelas),<br />
com um desfile de cerca de 100 automóveis clássicos da marca Citroën. Foi com enorme<br />
satisfação que a Autozitânia abraçou esta iniciativa “centenária”.<br />
MUITO MAIS QUE<br />
UM FORNECEDOR<br />
DE CORREIAS<br />
Na indústria automóvel global, a Gates destaca-se pelas suas peças de sistemas de correias de transmissão.<br />
É por isso que praticamente todos os construtores de automóveis mundiais escolhem a Gates como<br />
fornecedor de equipamentos originais. Mas, sabia que oferecemos uma vasta gama de outras peças para<br />
automóveis com o mesmo padrão de alta qualidade? Os tubos, bombas de água e termóstatos da Gates são<br />
fabricados para se adaptarem a aplicações específicas com especificações de qualidade OEM e permitem<br />
que poupe o tempo, os custos e a energia de recorrer ao seu representante de equipamentos originais.<br />
MUITAS RAZÕES DE PESO PARA ESCOLHER A GATES ®<br />
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WORKSHOP MOTUL<br />
Leirilis | Nos passados dias 17 e 18 de setembro, a<br />
Leirilis realizou um workshop sobre lubrificantes Motul<br />
para os seus clientes em Leiria e Lisboa, contando com<br />
a presença de mais de 30 pessoas. O evento contou<br />
com a presença do diretor técnico da Motul Ibérica:<br />
Jordi Ribera. O objetivo desta ação organizada pela<br />
Leirilis, em parceria com a Motul, foi apresentar aos<br />
clientes a importância da identificação e utilização<br />
do lubrificante indicado para cada automóvel e<br />
aprofundar o conhecimento dos clientes em relação às<br />
diferentes características dos lubrificantes.<br />
30.º ANIVERSÁRIO<br />
50 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
© Gates Corporation 2019 - Todos os direitos reservados.<br />
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Centro Zaragoza | Comemorou o seu<br />
30.º aniversário com a presença de representantes<br />
de seguradoras parceiras, a equipa executiva da<br />
CEOE Aragón e membros dos comités de indústria,<br />
transporte e economia digital da confederação. Carlos<br />
Arregui, diretor-geral, fez uma apresentação do<br />
centro, explicando as atividades que são desenvolvi<strong>das</strong><br />
em torno da investigação e experimentação <strong>das</strong><br />
características, fabrico e reparação de veículos e<br />
acessórios.
MARCAS REPRESENTADAS<br />
ALMADA ALVERCA AVEIRO CASTELO BRANCO ESPOSENDE FUNCHAL LAMEGO LOURES MAIA MIRANDELA SANTARÉM VILA DO CONDE VILA REAL VISEU<br />
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Notícias<br />
empresas<br />
ASER TEM NOVOS PARCEIROS<br />
Samiparts e N Peças | Depois da Humberpeças,<br />
a Samiparts e a N Peças juntaram-se à central de serviços<br />
ASER Aftermarket Automotive desde o dia 1 de outubro. A<br />
Samiparts, fundada por Samuel Nunes e Miguel Batista, é<br />
um distribuidor localizado em Pombal, dispondo de quatro<br />
pontos de venda: Leiria, Pombal, Soure e Ansião. Dispõe de<br />
uma grande equipa de profissionais, que tem como missão<br />
oferecer um excelente serviço às oficinas e contribuir para<br />
o desenvolvimento dos seus profissionais. Já a N Peças,<br />
trata-se de uma empresa localizada em Lisboa que dispõe<br />
de dois pontos de venda: Lisboa e Montijo. Empresa jovem,<br />
nascida em 2012, pela mão de João Marques e Carla<br />
Marques, a N Peças têm como objetivo oferecer uma nova<br />
maneira de trabalhar com as oficinas. O Grupo ASER dá,<br />
com estas incorporações, um passo muito importante no<br />
fortalecimento do seu projeto em Portugal, consolidando o<br />
seu posicionamento diferente no mercado. “Na ASER, com<br />
as empresas Samiparts e N Peças, estamos convencidos que<br />
ambas as organizações sairão fortaleci<strong>das</strong>”, referiu José Luis<br />
Bravo, diretor-geral da ASER.<br />
EXPOMECÂNICA<br />
FEIRA BIENAL A PARTIR DE 2020<br />
Da próxima edição em diante, o Salão de<br />
Equipamentos, Serviços e Peças Auto<br />
passará a realizar-se a cada dois anos, alinhando<br />
a sua periodicidade com os principais<br />
eventos internacionais do setor. A novidade agrada<br />
ao tecido empresarial português. E, igualmente,<br />
aos expositores espanhóis. Tudo indica que a<br />
expoMECÂNICA 2020 terá a maior participação<br />
espanhola de sempre. A seis meses da realização<br />
do salão, a planta já integra o mesmo número de<br />
expositores espanhóis da edição anterior. E já há<br />
confirmação de operadores económicos italianos<br />
e belgas na edição do próximo ano, com reservas<br />
de espaço feitas. Na grelha de partida da expo-<br />
MECÂNICA 2020, deverá perfilar-se mais um<br />
recorde de participação espanhola. E internacional,<br />
provavelmente. Para o efeito, muito está já a<br />
contribuir a decisão da Kikai Eventos, organizadora<br />
do salão, de reposicionar a feira, alterando a<br />
sua periodicidade. O salão vai realizar-se de dois<br />
em dois anos a partir de 2020, alternando com a<br />
Motortec Automechanika Madrid.<br />
O acerto de calendário no próximo ano fará a 8.ª<br />
edição do certame acontecer só em 2022. Desta<br />
forma, a expoMECÂNICA alinha-se com as tendências<br />
internacionais do setor, permitindo ainda<br />
o seu crescimento no panorama dos principias<br />
eventos europeus que espelham a atividade.<br />
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52 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Notícias<br />
empresas<br />
LUBRIFICANTES<br />
Transforma o motor do<br />
seu veículo num atleta<br />
incansável<br />
FALECEU VALDEMAR NEVES<br />
torrespeçAS | O setor da distribuição de<br />
peças em Portugal ficou mais pobre. Valdemar<br />
Neves, fundador da Torrespeças, faleceu no passado<br />
dia 1 de outubro, aos 67 anos, vítima de doença.<br />
Pioneiro na distribuição de peças em Portugal, a<br />
sua visão e paixão pelo negócio fizeram com que<br />
a empresa atingisse uma posição de destaque no<br />
mercado, principalmente em Torres Vedras, onde se<br />
localiza a sede. A sua atividade no setor foi muito<br />
preenchida. Desde o início da Torrespeças, em 1980,<br />
com mais dois sócios, mais tarde com criação da<br />
Ribapeças e Granmotor, em conjunto com mais<br />
sócios que se juntaram para a criação dessas duas<br />
empresas. Leirimotor, em Leiria, no início da década<br />
90, e Eurotorres, que surge em 1995, foram outras<br />
<strong>das</strong> empresas às quais esteve ligado. Mas o maior<br />
exemplo deixado por Valdemar Neves tem a ver com<br />
a sua postura, simpatia e honestidade.<br />
Os engenheiros da Total desenvolveram a Age Resistance Technology,<br />
ART* para os nossos lubrificantes TOTAL QUARTZ. Esta tecnologia de<br />
última geração garante um desempenho ideal para o seu motor,<br />
melhorando até 64%** a proteção contra o desgaste mecânico, mesmo<br />
sob condições extremas de temperatura e pressão. Escolher o TOTAL<br />
QUARTZ com ART é escolher o lubrificante de motor que mantém o<br />
motor mais jovem por mais tempo.<br />
30 ANOS A FORMAR<br />
polivalor | Desde 1989 que a Polivalor<br />
desenvolve atividades de consultoria, formação e<br />
marketing. Comemorar 30 anos de uma empresa,<br />
não é para todos. Significa evolução, superação<br />
e dedicação de uma equipa de profissionais.<br />
Jorge Zózimo, diretor-geral, explica de que forma<br />
a organização que lidera atingiu esta meta: “A<br />
Polivalor orgulha-se muito destes 30 anos, por<br />
tudo o que fizemos, pelos projetos que realizámos<br />
e pelo contributo que sabemos termos tido para os<br />
nossos clientes. Sentimos que a Polivalor, através da<br />
partilha do conhecimento, a inovação nos serviços<br />
e produtos, bem como o contínuo processo de<br />
atingir a excelência, teve (e tem) um impacto muito<br />
significativo no mercado. Quando implementamos<br />
projetos de melhoria da produtividade e<br />
performance nos nossos clientes, os resultados são<br />
reconhecidos e, por vezes, os projetos são um case<br />
study”.<br />
** Tecnologia de Resistência ao Envelhecimento.<br />
** Comparado com os limites oficiais da indústria.<br />
54 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
www.total.pt<br />
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Classificados<br />
09mod_APMariaPia_vw_2016.pdf 2 17/07/19 11:55<br />
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PRODUTO<br />
ANTICONGELANTE FEBI<br />
PROTETOR DO<br />
MEIO AMBIENTE<br />
E DA CORROSÃO<br />
A REFRIGERAÇÃO DO MOTOR É UM SISTEMA<br />
MUITO COMPLEXO, FAZENDO MAIS DO QUE APENAS<br />
ARREFECÊ-LO. A INSPEÇÃO DOS COMPONENTES<br />
É IMPORTANTE, MAS O CONTROLO DO ANTICONGELANTE<br />
É, SEM DÚVIDA, TÃO OU MAIS RELEVANTE PARA MANTER<br />
O SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DOS VEÍCULOS<br />
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O<br />
anticongelante deve oferecer<br />
proteção adequada contra o<br />
sobreaquecimento, evitando<br />
a solidificação quando as temperaturas<br />
se encontram abaixo de zero. Os<br />
modernos motores a gasóleo exigem<br />
mais anticongelante do que nunca.<br />
Estes motores têm vindo a tornar-<br />
-se cada vez mais potentes, expondo<br />
alguns componentes a temperaturas<br />
de funcionamento mais eleva<strong>das</strong>,<br />
com o intuito de haver uma redução<br />
de emissões e uma maior eficiência.<br />
Os fabricantes de veículos recorrem<br />
a tecnologias e a materiais recentes,<br />
o que significa maiores pressões de<br />
injeção, como, por exemplo 250 bar,<br />
exigindo proteção superior contra o<br />
desgaste.<br />
Lubrificação do sistema de<br />
refrigeração<br />
Os anticongelantes têm adicionalmente<br />
propriedades lubrificantes,<br />
permitindo que seja utilizado como<br />
lubrificante para componentes do sistema<br />
de refrigeração (por exemplo,<br />
bomba de água, termóstato, válvulas<br />
de aquecimento). Isto é particularmente<br />
importante para o empanque<br />
da bomba de água, que iria apresentar<br />
desgaste após um curto período<br />
de tempo sem anticongelante (Figura<br />
1). Para garantir que a vedação do<br />
veio funcione de forma constante ao<br />
longo da sua vida útil, é necessário<br />
que exista uma constante lubrificação<br />
e refrigeração. Um pequeno fluxo de<br />
anticongelante através do vedante garante<br />
a lubrificação.<br />
Proteção contra a corrosão<br />
Os inibidores do anticongelante<br />
também protegem contra a corrosão<br />
e cavitação, assim como impedem<br />
Anticongelante<br />
Película<br />
lubrificante<br />
Vedante móvel<br />
Vedante fixo<br />
Figura 1: Fluxo esperado da bomba de água (1μm = 0.001mm)<br />
depósitos e formação de espuma. O<br />
silicato é um aditivo com excelentes<br />
propriedades de prevenção contra a<br />
corrosão. Se a proporção de mistura<br />
de anticongelante para água for<br />
incorretamente calculada, a quantidade<br />
de inibidores pode ser bastante<br />
reduzida. Isto pode levar à corrosão<br />
de todo o sistema de refrigeração.<br />
Neste caso, a ferrugem, o calcário ou<br />
a sujidade podem destruir as superfícies<br />
dos vedantes. Como resultado,<br />
a vedação da bomba de água não poderá<br />
ser assegurada.<br />
Dica: é aconselhável limpar o sistema<br />
de refrigeração quando se subs-<br />
Folga do vedante<br />
Vedante móvel<br />
Zona<br />
de evaporação<br />
≈ 1-2μm<br />
Anticongelante<br />
Vedante fixo<br />
Fluxo esperado<br />
Exterior<br />
tituir o líquido de refrigeração. Não<br />
reutilizar o anticongelante que é drenado.<br />
O anticongelante contém resíduos<br />
perigosos.<br />
Anticongelantes febi<br />
Na gama de anticongelantes febi,<br />
existem três com cor igual, em comparação<br />
com os antecessores. Os três<br />
anticongelantes que contêm um corante<br />
roxo, são visualmente idênticos<br />
e contêm MEG (monoetileno glicol)<br />
como base, mas contêm diferenças<br />
na percentagem de aditivos. O anticongelante,<br />
na sua versão atual, consiste<br />
em, aproximadamente, 70%<br />
de glicol, 20% de glicerol e 10% de<br />
aditivos. O glicerol tem propriedades<br />
semelhantes ao glicol, mas é uma<br />
opção mais amiga do ambiente e<br />
que permite um menor consumo de<br />
energia durante o seu fabrico. A proteção<br />
contra a corrosão e a compatibilidade<br />
de materiais foram aperfeiçoados<br />
através de novos aditivos.<br />
Dica: é essencial seguir as instruções<br />
do fabricante sobre as especificações,<br />
intervalos de manutenção e mistura.<br />
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A força do<br />
arrefecimento.<br />
Gestão Térmica do<br />
Motor da febi
produto<br />
INSERIDA NO RHIAG GROUP DESDE 2014, A ERA TEM SOB SUA ALÇADA<br />
AS MARCAS NIPPARTS (PEÇAS PARA VEÍCULOS ASIÁTICOS) E MESSMER<br />
(ESPECIALISTA EM MÁQUINAS ROTATIVAS). O PORTEFÓLIO TEM AUMENTADO
ERA<br />
LIDERANÇA ELÉTRICA<br />
COM MAIS DE 35 ANOS DE EXPERIÊNCIA NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPONENTES ELÉTRICOS E ELETRÓNICOS<br />
PARA O AFTERMARKET AUTOMÓVEL, A ERA (ELETTRO RAPPRESENTANZE AUTOCOMPONENTI) É<br />
RECONHECIDA NO MERCADO PELA SUA “LIDERANÇA ELÉTRICA”. A GRANDE VOCAÇÃO INTERNACIONAL DA<br />
EMPRESA ITALIANA DEVE-SE AOS MAIS DE 80 PAÍSES ONDE ESTÁ PRESENTE por Bruno Castanheira<br />
Qualidade, atenção, precisão.<br />
São estas as três características<br />
que definem a forma de<br />
trabalhar da ERA. A qualidade dos<br />
produtos, a atenção na escolha dos<br />
fornecedores e na composição dos<br />
catálogos, a precisão na entrega e<br />
no atendimento ao cliente. A ERA é<br />
uma referência entre os profissionais<br />
do setor elétrico e desenvolve os seus<br />
catálogos e serviços com o intuito de<br />
reforçar a presença geográfica. O objetivo<br />
da empresa italiana é oferecer<br />
aos clientes um catálogo completo de<br />
componentes para veículos de turismo<br />
e comerciais.<br />
Ao longo dos últimos anos, a ERA<br />
tem adicionado novas linhas de produto<br />
ao seu portefólio. Uma <strong>das</strong> novidades<br />
da organização transalpina é<br />
a disponibilização do sistema de ar<br />
condicionado. Mas a escolha de novos<br />
produtos não é fruto do acaso.<br />
Para mais, sendo o conforto um fator<br />
essencial para os clientes. O sistema<br />
de climatização instalado no veículo<br />
ajusta-se às condições do habitáculo,<br />
atuando sobre a temperatura, a humidade<br />
e a purificação do ar. Atualmente,<br />
a oferta da ERA nesta área é<br />
composta por condensadores, resistências,<br />
ventiladores de habitáculo,<br />
filtros desidratantes, válvulas de expansão,<br />
radiadores de aquecimento,<br />
compressores e acessórios. A empresa<br />
dispõe de mais de 1.000 referências<br />
no seu catálogo de climatização,<br />
de modo a garantir uma elevada cobertura<br />
do parque automóvel europeu<br />
e asiático.<br />
Incorporação da NippARTs<br />
Os produtos da gama de climatização<br />
da ERA estão preparados para<br />
operar sob condições extremas e<br />
em zonas com variações climatéricas<br />
bruscas. Entre eles, destacam-se<br />
os radiadores de aquecimento (75 referências<br />
em catálogo), que asseguram<br />
a produção de ar quente para o<br />
sistema de climatização e aquecem<br />
o ar que lhe chega através do ventilador,<br />
podendo o ar quente ser enviado<br />
ao habitáculo. Os separadores<br />
de óleo (60 referências em catálogo)<br />
também estão em evidência, pois<br />
tratam-se de componentes fundamentais<br />
do sistema de refrigeração,<br />
já que controlam a temperatura do<br />
óleo do motor.<br />
Outra novidade importante que caracteriza<br />
a história da ERA, diz respeito<br />
à incorporação da marca Nipparts.<br />
No segundo semestre de<br />
2018, os produtos da Nipparts, distribuidor<br />
holandês de peças de reposição<br />
para veículos japoneses e sul-<br />
-coreanos, transitaram para a ERA,<br />
que, desde então, assume a distribuição<br />
desta marca em todo o mundo.<br />
Esta decisão permitiu à ERA fortalecer<br />
ainda mais a sua oferta, propondo<br />
uma gama completa e de qualidade<br />
que, com rápida disponibilidade e<br />
preço competitivo, é capaz de cobrir<br />
mais de 95% do parque automóvel<br />
asiático.<br />
O catálogo da ERA chega, agora, às<br />
30 mil referências e inclui produtos<br />
elétricos e mecânicos, todos disponíveis<br />
online e na plataforma de e-commerce,<br />
atualizada constantemente<br />
e em contacto com os clientes.De<br />
facto, hoje, o serviço é essencial e a<br />
ERA dispõe de um modo de atuação<br />
excelente, rápido e fiável. No mercado<br />
português, a empresa italiana<br />
não tem presença direta, não dispõe<br />
de uma delegação própria, nem<br />
tem armazém logístico. No entanto,<br />
está satisfeita com os sucessos que<br />
tem obtido no nosso país. A força e<br />
o apoio da ERA em Portugal devem-<br />
-se à colaboração dos clientes e distribuidores,<br />
que se encarregam de difundir<br />
os produtos por todo o país.<br />
Sempre atenta às novidades, a ERA<br />
conta com distribuidores profissionais<br />
do setor. Empresas sérias e confiáveis<br />
que sabem adaptar-se às tendências<br />
do mercado, ampliando os<br />
seus catálogos e as suas ofertas para<br />
os clientes. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 59
EMPRESA<br />
PBS<br />
ENERGIA À PROVA<br />
A NOVA LINHA ENERGIA, PARA LIGEIROS, PESADOS E STOP&START, JÁ<br />
DISPONÍVEL NO MERCADO, CUMPRE UM OBJETIVO DE RAIZ DA PBS:<br />
COMERCIALIZAR UMA GAMA COMPLETA E DE MARCA COM IDENTIDADE<br />
PORTUGUESA por Jorge Flores<br />
Presente no mercado há mais de<br />
10 anos, a PBS tem investido,<br />
pouco a pouco, em várias<br />
marcas, nomeadamente, a STECO.<br />
Contudo, Daniel Monteiro, gerente<br />
da empresa, sempre teve em mente,<br />
desde o início, a criação de uma marca<br />
portuguesa. “Era uma estratégia<br />
que tinha quando vim de França para<br />
Portugal”, conta. A marca já está<br />
disponível no mercado e dá pelo nome<br />
de ENERGIA. “O meu exemplo é<br />
a Bosch. Também não é um fabricante<br />
de baterias, mas sim uma marca. E<br />
os profissionais sabem que encontram<br />
sempre um elevado nível de qualidade<br />
a preço competitivo”, exemplifica.<br />
O objetivo da PBS é manter-se como<br />
especialista em baterias e continuar a<br />
importar produtos, recorrendo a acordos<br />
com vários fabricantes para o efeito.<br />
“Em relação à marca ENERGIA,<br />
existe uma estratégia de gama”, afiança.<br />
“Começámos com uma linha de ligeiros<br />
completa, que vai dos 35 Ah até<br />
110 Ah. Uma gama consolidada para<br />
ligeiros, desenhada para cumprir os requisitos<br />
do mercado, mas sempre com<br />
o intuito de responder à qualidade do<br />
primeiro equipamento. Depois, acrescentámos<br />
a gama de pesados, também<br />
ela consolidada. Vai dos 100 Ah até aos<br />
240 Ah. Uma gama de descarga lenta<br />
para barcos e autocaravanas e uma gama<br />
completa para o setor <strong>das</strong> motos. E,<br />
agora, mais recentemente, temos ainda<br />
a gama Stop&Start. Dentro desta<br />
linha, temos duas tecnologias (AGM e<br />
EFB). Não queríamos lançá-la no mercado<br />
sem ter a gama completa. Para<br />
que os profissionais pudessem ter acesso<br />
ao produto em toda a amplitude.<br />
Ao todo, hoje, são 10 referências, que<br />
abrangem 100% do que é necessário<br />
para o mercado Stop&Start”, afirma.<br />
Novos produtos<br />
Dando provas de grande dinamismo,<br />
a PBS criou ainda uma ferramenta<br />
para oficinas e profissionais da revenda:<br />
uma aplicação com uma base de<br />
dados que permite identificar um veículo<br />
por marca e modelo. “Da mesma<br />
forma que existe para o parque com<br />
mais de 10 anos, temos, agora, esta base<br />
de trabalho que permite escolher a<br />
PBS – PORTUGAL BATERIA<br />
SERVIÇO<br />
Gerente Daniel Monteiro<br />
Sede Rua Miguel Bombarda, n.° 9,<br />
2685 - 082 Sacavém<br />
Telefone 211 927 482<br />
Email geral@<br />
portugalbateriaservico.pt<br />
Site www.portugalbateriaserviço.pt<br />
bateria adequada para todo o parque<br />
Stop&Start”, realça.<br />
Outra novidade é a parceria da empresa<br />
com um fabricante francês, que,<br />
entre vários produtos, desenvolve carregadores:<br />
a Uniteck. Mais uma vez,<br />
a PBS aposta numa gama completa.<br />
Neste caso, para motos, ligeiros e camiões.<br />
“Encontra-se já disponível para<br />
distribuição às oficinas e casas de peças.<br />
É uma área muito interessante. E<br />
esta marca, que não é muito conhecida<br />
por cá, tem um elevado grau de qualidade”,<br />
garante Daniel Monteiro.<br />
Balanço positivo<br />
Com 2019 a caminhar para o fim, o<br />
responsável da PBS faz um balanço positivo,<br />
quando comparado com o ano<br />
passado. “Faltam três meses importantes,<br />
porque pesam muito na nossa<br />
faturação. O inverno representa quase<br />
1/3 <strong>das</strong> ven<strong>das</strong>. Outubro já está quase<br />
a acabar, mas novembro e dezembro<br />
são essenciais para a empresa”, adianta.<br />
“Mas estamos a crescer face a 2018,<br />
tanto na faturação como em volume”,<br />
acrescenta. Na sua opinião, a grande<br />
responsável por esta subida dos números<br />
da empresa é a linha de produtos<br />
Stop&Start. “Hoje, quase 70% dos veículos<br />
trazem este sistema de origem”,<br />
diz. E acrescenta: “Há cerca de 10 anos<br />
que este sistema está presente no primeiro<br />
equipamento dos veículos. E,<br />
agora, começa a haver mecanicamente<br />
resultados no aftermarket”. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 61
ENTREVISTA<br />
CREIO QUE<br />
SOMOS UMA DAS<br />
MARCAS COM<br />
MAIOR NÍVEL<br />
DE SERVIÇO<br />
E OFERTA EM<br />
PORTUGAL
PAULO SANTOS, BRAND MANAGER DA VALVOLINE<br />
A VALVOLINE ESTÁ COM UMA OFENSIVA DE PRODUTO SEM PRECEDENTES, TENDO OS REFRIGERANTES/<br />
ANTICONGELANTES, A LINHA DE CAR CARE E OS ADITIVOS SIDO AS MAIS RECENTES ADIÇÕES AO SEU<br />
PORTEFÓLIO. PAULO SANTOS, BRAND MANAGER, REFERE MESMO QUE, “NESTE MOMENTO, CREIO QUE<br />
SOMOS UMA DAS MARCAS COM MAIOR NÍVEL DE SERVIÇO E OFERTA EM PORTUGAL” por Bruno Castanheira<br />
Embora esteja presente no nosso país desde<br />
1985, foi a partir de 2010, quando a KRAUT-<br />
LI Portugal “pegou” na Valvoline, a pedido<br />
desta, que a marca tem tido um desenvolvimento<br />
sem precedentes. Agora, com a adição dos refrigerantes/anticongelantes,<br />
da linha de car care e<br />
dos aditivos, a oferta está mais completa do que<br />
nunca. Paulo Santos, brand manager da Valvoline,<br />
explica, nesta entrevista, as razões que levaram a<br />
marca a aumentar o seu portefólio de produtos, em<br />
que consistem as novidades e quais são as grandes<br />
áreas de intervenção no mercado.<br />
A Valvoline é, hoje, muito mais do que uma marca<br />
de lubrificantes. Concorda com esta afirmação?<br />
Em absoluto. Essa é uma realidade que está no<br />
ADN da Valvoline, desde 1866. O grande objetivo<br />
da marca passa por ser um parceiro global, com<br />
uma oferta muito diversificada. Não só em termos<br />
de lubrificantes mas, também, noutras vertentes,<br />
como refrigerantes/anticongelantes, anticorrosivos,<br />
produtos de car care e aditivos. O grande objetivo<br />
da Valvoline é poder fornecer a um profissional<br />
do setor automóvel uma gama de produtos que<br />
tornam a marca numa forte aliada no seu dia a dia.<br />
A que se deve o alargamento da oferta de<br />
produtos ao longo dos anos?<br />
Deve-se, essencialmente, às novas tecnologias adota<strong>das</strong><br />
pelas viaturas. A “pressão” a que os construtores<br />
de automóveis têm sido submetidos ao longo<br />
dos últimos anos, tem levado a Valvoline a disponibilizar<br />
uma gama muito mais alargada, não só de<br />
lubrificantes como, também, de refrigerantes/anticongelantes<br />
e aditivos. A sensibilização dos profissionais<br />
do setor ao longo dos últimos anos, fruto do<br />
elevado número de ações que temos levado a cabo<br />
de uma forma muito consolidada, tem garantido<br />
uma evolução na procura de produtos e soluções<br />
adequa<strong>das</strong> as reais necessidades dos equipamentos.<br />
Há quanto tempo está a marca presente no nosso<br />
país e a partir de que altura “pegou” a KRAUTLI<br />
Portugal na Valvoline? Com que intenção o fez?<br />
A Valvoline iniciou-se no mercado nacional em<br />
1985, tendo, depois, um interregno entre 2005<br />
e 2010 sensivelmente, ano em que a KRAUTLI<br />
Portugal, Lda. iniciou a distribuição da marca. A<br />
KRAUTLI Portugal, Lda. “pegou” na Valvoline a<br />
convite da própria, em 2010. Até então, já tinha tido<br />
uma abordagem ao mercado dos lubrificantes com<br />
a marca Motorex, de origem suíça, a qual não nos<br />
permitiu, na época, singrar neste setor. Desde essa<br />
altura que não estava no nosso “radar” de produtos<br />
uma marca de lubrificantes. No entanto, a Valvoline<br />
fez-nos reconsiderar e “pegámos” na marca de uma<br />
forma mais adaptada. Desde o início que temos superado<br />
as expectativas iniciais. Ano após ano, sentimo-nos<br />
reconhecidos no mercado de uma forma<br />
positiva e estamos muito satisfeitos com a marca.<br />
Quais são os produtos mais recentes que<br />
passaram a integrar o portefólio da Valvoline? Em<br />
que medida vêm eles complementar a oferta ou<br />
fazer crescer as ven<strong>das</strong>?<br />
Os mais recentes produtos que estamos a integrar<br />
no nosso portefólio, para além dos lubrificantes que<br />
acompanham, em tempo real, as necessidades do<br />
mercado, são os refrigerantes/anticongelantes, a linha<br />
de car care e os aditivos. Estas renova<strong>das</strong> gamas<br />
estão cada vez mais completas e adapta<strong>das</strong> as reais<br />
necessidades do mercado, o que nos leva a marcar<br />
posição num segmento em que não estávamos muito<br />
ativos. Apesar de termos algumas soluções, não<br />
as entendíamos de uma forma muito prioritária,<br />
até porque alguns dos produtos já faziam parte da<br />
nossa oferta de lubrificantes na gama Maxlife. Nesse<br />
sentido, fomos percebendo que o mercado está<br />
muito carente de produtos e soluções profissionais<br />
nestes três setores, em especial no que toca a refrigerantes/anticongelantes.<br />
Exemplo disso, é a forte<br />
evolução que os refrigerantes/anticongelantes têm<br />
vindo a sofrer de há uns anos a esta parte. Evolução<br />
essa que tem levado a que a Valvoline olhe para<br />
este mercado com maior atenção. Neste momento,<br />
creio que somos uma <strong>das</strong> marcas com maior nível<br />
de serviço e oferta em Portugal. A nossa gama de<br />
produtos e soluções é composta por 10 referências<br />
e está dividida em quatro grandes famílias. Produtos<br />
desenvolvidos à base de etileno glicol com e sem<br />
carga de silicato (OAT e SI-OAT) e produtos desenvolvidos<br />
com a mais recente tecnologia Glysantine,<br />
igualmente com e sem carga de silicato. Estas quatro<br />
áreas estão disponíveis em cinco tonalidades:<br />
azul, verde, cor-de-rosa, vermelho e amarelo. Esta<br />
vasta oferta vai ao encontro da crescente necessidade<br />
do mercado pela tecnologia SI-OAT, tecnologia<br />
esta que faz parte <strong>das</strong> exigências da maioria dos<br />
motores desde 2006 e que tem sido negligenciada<br />
por parte dos profissionais do setor, tanto ao nível<br />
de retalho como ao nível <strong>das</strong> oficinas. O mercado<br />
nacional consome, em grande parte, anticongelantes<br />
inorgânicos, pensados para aplicações em motores<br />
com menor nível tecnológico, não salvaguardando<br />
os componentes com os quais está em contacto,<br />
com elevada ineficiência térmica em condições de<br />
funcionamento extremo e incapacidade perante o<br />
fenómeno da cavitação. Creio que os próximos anos<br />
serão bastante importantes na sensibilização do<br />
mercado no que toca a refrigerantes/anticongelantes,<br />
até porque as estatísticas defendem que mais de<br />
50% <strong>das</strong> avarias auto tem origem no sistema de refrigeração.<br />
No que diz respeito aos aditivos, temos<br />
uma renovada gama composta por 12 referências,<br />
que visam cobrir quatro grandes áreas de intervenção:<br />
Sistemas de Gasolina, Diesel, Arrefecimento e<br />
Lubrificação. Por último, lançámos uma nova linha<br />
de car care composta por 33 referências, que visam<br />
cobrir seis grandes áreas: Proteção, Lubrificação,<br />
Limpeza, Ferramenta, Montagem e Manutenção<br />
Auto. É nestas três renova<strong>das</strong> áreas de negócio que<br />
a Valvoline passou a ter uma resposta mais adaptada<br />
as reais necessidades do mercado nacional.<br />
Durante os meses de verão de 2019, a Valvoline<br />
exibiu os seus produtos em outdoors nas estra<strong>das</strong><br />
nacionais. Esta original campanha de aftermarket<br />
contou com o apoio dos distribuidores da marca<br />
e apontou ao cliente final. Que balanço faz desta<br />
ação?<br />
Esta ação de marketing teve início em 2018, tendo<br />
sido 2019 o segundo ano. O balanço é muito positivo<br />
e leva-nos a acreditar que estamos no bom<br />
caminho. Como em tudo, existem sempre pontos a<br />
melhorar, mas creio que, em 2019, atingimos um<br />
nível muito elevado de visibilidade para a marca.<br />
A alteração do site oficial da Valvoline, em 2019,<br />
levou-nos a reconsiderar a imagem utilizada em<br />
2018. Acreditamos, no entanto, que esta renovada<br />
imagem foi mais impactante e o balanço é muito<br />
positivo. Acredito que todos os envolvidos no prowww.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
Novembro I 2019 63
PAULO SANTOS<br />
FOMOS PERCEBENDO QUE O MERCADO ESTÁ MUITO CARENTE DE<br />
PRODUTOS E SOLUÇÕES PROFISSIONAIS EM DIVERSOS SETORES,<br />
EM ESPECIAL NO QUE TOCA A REFRIGERANTES/ANTICONGELANTES<br />
jeto nacional Valvoline, beneficiaram<br />
com esta iniciativa.<br />
Como olha a Valvoline para o<br />
seu negócio com a proliferação<br />
de veículos elétricos? Irá a<br />
“eletrificação” do automóvel obrigar<br />
a marca a mudar de paradigma,<br />
acabando por reinventar-se?<br />
Bom, este é, sem dúvida, um tema<br />
muito atual, seguramente mais atual<br />
do que uma grande parte dos operadores<br />
do nosso setor julgam. A “eletrificação”<br />
é uma realidade para a<br />
qual a Valvoline já tem resposta, até<br />
porque uma <strong>das</strong> principais marcas<br />
de veículos elétricos já é cliente Valvoline<br />
desde o início. Não será segredo<br />
nem surpresa para ninguém que<br />
a Tesla utiliza um método de refrigeração<br />
<strong>das</strong> suas baterias com produtos<br />
e soluções Valvoline da gama Zerex.<br />
O refrigerante/anticongelante G48,<br />
já faz parte desta realidade desde o<br />
início da marca Tesla. O que nos leva<br />
a brincar com o facto de a marca<br />
Valvoline ter atingido uma dimensão<br />
estratosférica, com o lançamento do<br />
Model 3 no espaço. No entanto, não<br />
só a Valvoline, como to<strong>das</strong> as restantes<br />
marcas de lubrificantes vão sofrer<br />
um forte impacto com a “eletrificação”<br />
do automóvel. É esta “nova” realidade<br />
que irá marcar um novo rumo<br />
já em 2020, com a implementação<br />
do CAFE (Corporate Average Fuel<br />
Emissions).<br />
Que análise faz do setor dos<br />
lubrificantes em Portugal, sabendose<br />
que a Valvoline dispõe de uma<br />
rede de distribuição bem definida e<br />
que não faz concorrência geográfica<br />
entre ela?<br />
A minha análise sobre o setor dos<br />
lubrificantes em Portugal é bastante<br />
alinhada com os restantes mercados:<br />
demasiada oferta para limitada<br />
procura. Este setor, à semelhança<br />
dos demais, necessitava de ser regulado<br />
e mais fiscalizado, por forma a<br />
salvaguardar toda a cadeia de valor<br />
e, em especial, o cliente final. Existe<br />
uma forte fiscalização perante as empresas<br />
que tendem a cumprir e um<br />
facilitismo por parte de outras que<br />
acabam por vender lubrificantes da<br />
mesma forma que se vendem pasta<br />
de dentes. Como se isso fosse possível,<br />
não só do ponto de vista técnico,<br />
como, também, do ponto de vista<br />
ambiental. A nossa estratégia com a<br />
Valvoline passa por trabalhar, preferencialmente,<br />
o canal profissional,<br />
capacitando todos os intervenientes<br />
com ferramentas de identificação e<br />
conhecimento técnico. A nossa visão<br />
tem por objetivo criar cultura de<br />
marca, assente na nossa gama de produtos<br />
e soluções de elevada qualidade<br />
e grande diversidade. A nossa missão<br />
passa por nos tornarmos numa referência<br />
positiva no mercado.<br />
Quais são os maiores desafios que<br />
se colocam, hoje, a um fabricante de<br />
lubrificantes?<br />
Capacidade de desenvolvimento e<br />
de investimento, que permita acompanhar<br />
as tendências da indústria.<br />
Atualmente, um lubrificante é muito<br />
mais do que um simples fluido. É<br />
uma peça viva que liberta vários vapores/cinzas,<br />
que podem influenciar,<br />
de forma dramática, o bom funcionamento<br />
da viatura, que está toda ela<br />
pensada para poluir o mínimo possível.<br />
Com base nisso, recorrem a vários<br />
componentes/sistemas que um lubrificante<br />
mal aplicado pode danificar,<br />
não por falta de lubrificação, mas por<br />
saturação/contaminação, como são o<br />
caso dos filtros de partículas, válvulas<br />
EGR, turbos… Um fabricante de<br />
lubrificantes, atualmente, necessita<br />
de uma gama de produtos tão vasta<br />
que se não estiver muito próximo<br />
de mercado, tende a criar inúmeros<br />
problemas a quem aplica a sua gama<br />
de produtos, tal como a quem tiver a<br />
pouca sorte de não ter o seu veículo<br />
em boas mãos. l<br />
64 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MÁQUINA<br />
DO TEMPO<br />
MCOUTINHO PEÇAS<br />
ENTENDEMOS CEDO<br />
QUE TERÍAMOS DE<br />
ESTAR NA VANGUARDA<br />
DA TECNOLOGIA<br />
NASCEU NO UNIVERSO DE UM GRUPO DE CONCESSIONÁRIOS DE<br />
AUTOMÓVEIS E AUTONOMIZOU O NEGÓCIO DE PEÇAS EM 1999.<br />
PRIMEIRO, ORIGINAIS, DEPOIS (TAMBÉM) AFTERMARKET. NO INÍCIO, A<br />
NORTE E, MAIS TARDE, A SUL. EIS A HISTÓRIA DOS PRIMEIROS 20 ANOS<br />
DA MCOUTINHO PEÇAS, CONTADA POR MIGUEL MELO, ADMINISTRADOR<br />
por Jorge Flores<br />
Cumprir 20 anos de atividade obriga sempre a<br />
olhar para o passado e para o caminho percorrido.<br />
Mesmo numa empresa como a MCoutinho<br />
Peças, cuja dinâmica aponta ao futuro. Para Miguel<br />
Melo, tantos anos depois, continua a tratar-se de<br />
“um negócio muito estimulante”, da<strong>das</strong> as suas muitas<br />
vertentes. “Desde a estratégia, passando pela logística,<br />
pelo atendimento a clientes, pela tecnologia e<br />
pelo próprio envolvimento da equipa, que se traduz<br />
em resultados. É uma área muito rica”, adianta o administrador.<br />
“A MCoutinho Peças surgiu em 1999, como um novo<br />
player”, recorda. “Num grupo que tem na sua génese<br />
concessionários de automóveis, o conceito foi o de<br />
autonomizar o negócio <strong>das</strong> peças, tornando-o completamente<br />
independente. Nessa altura, ainda apenas<br />
na área <strong>das</strong> peças originais, com cinco ou seis<br />
marcas. Fomos a primeira empresa, em Portugal, a<br />
fazê-lo. Ainda hoje, não há muitos exemplos. Em simultâneo,<br />
houve uma empresa com uma abordagem<br />
semelhante, em Espanha. Não conhecemos, no resto<br />
da Europa, outro modelo de negócio semelhante ao<br />
nosso”, afirma. “Entretanto, fomos evoluindo e acrescentando<br />
mais marcas. Atualmente, ao fim destes 20<br />
anos, temos 32 marcas de peças originais”, acrescenta<br />
Miguel Melo.<br />
Expansão a sul<br />
Precisamente há 10 anos, já com uma presença consolidada<br />
no norte do país, a MCoutinho Peças decidiu<br />
partir à conquista de uma cobertura nacional. “Resolvemos<br />
investir e expandir o negócio. Decidimos ir<br />
para o sul, por razões estratégicas. Já tínhamos grandes<br />
clientes nessa região”, garante. Nesse mesmo ano,<br />
houve outro momento igualmente marcante. “Decidimos<br />
estar, também, presentes num mercado muito<br />
importante: o aftermarket. Em 2009, avançámos<br />
fisicamente para um armazém em Lisboa, na zona de<br />
Camarate, e começámos a trabalhar com peças de aftermarket.<br />
Uma área que temos vindo a desenvolver,<br />
ao longo destes últimos anos, sob a insígnia AZ Auto e<br />
cada vez com maior maturidade, conciliando sempre<br />
com as peças originais”, sustenta Miguel Melo.<br />
Filosofia única<br />
Qual tem sido a chave do sucesso? “Desde logo,<br />
estarmos muito próximos dos clientes. Temos<br />
implementada uma cultura de flexibilida-<br />
66 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MCOUTINHO PEÇAS<br />
de institucional, no sentido de nos adequarmos às<br />
exigências de cada tipologia de cliente. Quer em<br />
termos de atendimento, logística ou tecnologia.<br />
Além do próprio acompanhamento que fazemos de<br />
uma forma genuína. Uma orientação logística que<br />
faz parte do nosso DNA. Não é fácil subcontratar<br />
uma logística e conseguir o grau de refinamento que<br />
nós conseguimos”, refere o administrador. Mas não<br />
só.<br />
“Existe um terceiro eixo que nos distingue: o desenvolvimento<br />
tecnológico. Este é um negócio em que a<br />
logística é determinante e está muito ligada à questão<br />
tecnológica. Entendemos, desde cedo, que teríamos<br />
de estar na vanguarda da tecnologia. Nos últimos<br />
quatro anos, temos feito os nossos próprios<br />
desenvolvimentos internos, o que nos permite desenvolver<br />
soluções exatamente à medida. Soluções feitas<br />
por profissionais que estão no negócio”, afirma.<br />
Sistema integrado<br />
Hoje, a MCoutinho Peças é uma empresa extremamente<br />
dinâmica. Os clientes, dependendo da sua<br />
tipologia, têm duas opções de peças: originais e aftermarket,<br />
recorrendo, para o efeito, a um call center<br />
composto por 30 profissionais especializados.<br />
“Fazem o atendimento de peças originais e não originais,<br />
com as insígnias MCoutinho Peças e AZ Auto.<br />
O que entendemos como diferenciador é a complementaridade<br />
entre as duas soluções. E, depois,<br />
contamos com toda uma logística integrada”, afirma.<br />
O resultado? Com 50.000 referências em stock, a<br />
empresa entrega, todos os dias, cerca de 2.000 peças.<br />
“Temos desenvolvido algoritmos que possibilitam a<br />
gestão de stock. Usamos a Inteligência Artificial na<br />
parte de compras e de devoluções. Cada gestor de<br />
marca (todos com muita formação e altamente especializados)<br />
está totalmente focado na qualidade dos<br />
stocks e não tanto em processamento. Focados em<br />
acrescentar valor e não no trabalho rotineiro”, diz.<br />
Em relação à natureza dos seus clientes, Miguel Melo<br />
explica que, em termos de volume de negócio, o<br />
abastecimento às oficinas do grupo representa 30%.<br />
“Os restantes 70% são ven<strong>das</strong> para clientes independentes.<br />
E, aí, temos desde redes de oficinas ou redes<br />
especialistas (foca<strong>das</strong> em produtos em concreto), independentes<br />
e retalhistas, nomeadamente, no que<br />
ao aftermarket diz respeito, embora também nas peças<br />
originais os tenhamos”, garante o administrador<br />
da MCoutinho Peças.<br />
Próximas duas déca<strong>das</strong><br />
A médio prazo, a empresa prepara-se para amplificar<br />
o seu espaço físico. “O armazém está já com algumas<br />
dificuldades de espaço e procuramos uma nova<br />
solução que seja próxima e tecnológica. Antes de<br />
mais, um armazém provisório e, depois, um espaço<br />
que seja definitivo”, revela o responsável.<br />
Já projetar um futuro a 20 anos é mais complicado.<br />
“Este é um clima de grande incerteza”, reconhece<br />
Miguel Melo. Ainda assim, não deixa de registar<br />
as disrupções que se começam a sentir no mercado.<br />
Nomeadamente, a da mobilidade vs propriedade.<br />
“Os clientes veem cada vez mais o automóvel como<br />
um serviço. Até há 10 anos, o mercado seria 30%<br />
empresas e 70% particulares. Agora, estará muito<br />
mais invertido. Isto obriga a pensar qual será o<br />
cliente com que vamos trabalhar no futuro”, preconiza<br />
o administrador. l<br />
240 CLIENTES EM PASSEIO<br />
20 ANOS<br />
COM VISTA<br />
PARA O DOURO<br />
Não haverá melhor forma de celebrar 20 anos de existência<br />
do que reunir clientes, fornecedores e amigos numa subida<br />
de barco ao rio Douro. Foram cerca de 240 convidados que<br />
puderam apreciar a bonita paisagem e ouvir os responsáveis<br />
da MCoutinho Peças fazerem um balanço positivo do passado<br />
e perspetivarem o futuro, sempre em contínua inovação. O<br />
ambiente, com várias surpresas, como atuações de ilusionistas,<br />
foi de festa, desde o Porto até Régua, a bordo do Milénio do<br />
Douro. Miguel Melo, administrador da empresa, não escondeu<br />
a satisfação por tantos parceiros de negócio aceitarem o<br />
convite. “Um momento que quisemos que fosse acolhedor e<br />
intimista. Despretensioso, tranquilo. Um agradecimento e um<br />
reconhecimento. São os clientes que nos fazem evoluir. Estamos<br />
onde estamos, com crescimentos de dois dígitos, nos últimos<br />
anos, porque os clientes assim o entenderam. Mais importante<br />
do que estar no ranking <strong>das</strong> empresas que mais faturam, para<br />
nós, é estar no ranking <strong>das</strong> opções dos clientes. Sermos uma<br />
primeira opção, quer para os clientes de peças originais quer<br />
para os de peças aftermarket”, assegura.<br />
A MCOUTINHO PEÇAS É, HOJE, UMA EMPRESA EXTREMAMENTE<br />
DINÂMICA. OS CLIENTES, DEPENDENDO DA SUA TIPOLOGIA,<br />
TÊM DUAS OPÇÕES DE PEÇAS: ORIGINAIS E AFTERMARKET<br />
68 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Electrodo central mais pequeno (0.4mm)<br />
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Melhora o rendimento do motor<br />
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contribuem para uma melhor experiência de condução. Por essa razão, não surpreende que nove em cada dez automóveis sejam equipados de<br />
origem com peças DENSO. Produtos como as nossas velas de iridium, que melhoram a acelaração e evitam falhas de incandescência.<br />
Se os princi<br />
aftermarket.iberia@denso-ts.it
REPORTAGEM<br />
FORMAÇÃO FIAMM<br />
BATERIAS, SISTEMAS<br />
START & STOP E FORMAÇÃO<br />
A POLIBATERIAS RUMOU AO CENTRO DO PAÍS PARA REALIZAR UMA FORMAÇÃO FIAMM, NA QUAL ESTIVERAM<br />
PRESENTES CERCA DE 50 CLIENTES DA EMPRESA LIDERADA POR NUNO GUERRA E DOIS RESPONSÁVEIS DA<br />
MARCA ITALIANA por Joana Calado<br />
A<br />
ação de formação, organizada pela Polibaterias,<br />
no Hotel Palace Monte Real, perto<br />
de Leiria, num edifício imponente de aspeto<br />
mágico que se ergue na pequena vila de Monte<br />
Real, contou com a presença de cerca de 50 clientes<br />
da empresa da Margem Sul.<br />
Em conjunto com Fausto Gregori e Sue Ellen Moro,<br />
respetivamente responsável de produto e responsável<br />
de exportação, ambos da FIAMM, Nuno Guerra,<br />
administrador da Polibaterias, abordou os cuidados<br />
a ter com os veículos equipados com sistemas<br />
start & stop e deu a conhecer as especificações <strong>das</strong><br />
baterias AFB/EFB e AGM.<br />
Micro híbridos: cuidados a ter<br />
Quando falamos de veículos micro híbridos, falamos,<br />
também, de automóveis com sistemas start<br />
& stop, que poderão ter, ou não, sistemas de recuperação<br />
de energia em travagem. Este tipo de veículos,<br />
devido ao maior consumo de energia, uma<br />
vez que o motor desliga-se e liga-se várias vezes ao<br />
longo de uma viagem, necessitam de ter baterias<br />
adapta<strong>das</strong> às suas necessidades. É por isso que estão<br />
equipados com baterias AFB/EFB e AGM.<br />
Por disporem de baterias específicas, os profissionais<br />
de oficinas que realizam uma manutenção ou<br />
ação de substituição de uma bateria num destes veículos<br />
deverão ter sempre em atenção qual o tipo de<br />
bateria a instalar e nunca devem colocar baterias de<br />
ácido livre tradicionais. “Mas... e se o anterior profissional<br />
tiver colocado uma bateria errada?” Esta<br />
foi uma <strong>das</strong> questões coloca<strong>das</strong> durante a formação<br />
e Fausto Gregori, responsável de produto da<br />
FIAMM, deu a resposta: “Em todo o caso, o profissional<br />
da oficina deverá sempre consultar a especificação<br />
da marca. O correto é que o veículo utilize<br />
sempre o mesmo tipo de bateria. Trocar AGM por<br />
AGM e AFB/EFB por AFB/EFB”.<br />
BATERIAS AGM e AFB/EFB<br />
Se ambas as baterias podem ser utiliza<strong>das</strong> em veículos<br />
micro híbridos, porque devemos substituí-<br />
-las sempre por baterias idênticas? Tem a ver com<br />
a construção <strong>das</strong> mesmas e com o tipo de sistema<br />
de carga que o fabricante automóvel utiliza, que é<br />
adequado ao tipo de tecnologia da bateria, AGM<br />
ou AFB. Uma bateria AFB/EFB é uma bateria de<br />
ácido livre, com uma construção específica para resistência<br />
aos ciclos start&stop. Ao passo que uma<br />
bateria AGM consiste numa combinação de gases,<br />
dispondo de uma válvula de libertação dos mesmos.<br />
Veículos equipados com este tipo de baterias<br />
dispõem, também, de um alternador inteligente,<br />
pois carregam de maneira diferente <strong>das</strong> baterias<br />
tradicionais. Um alternador inteligente divide a<br />
sua carga por três diferentes fases: passiva, travagem<br />
regenerativa e controlo de tensão. Além disso,<br />
este tipo de alternador, associado ao sensor de<br />
carga da bateria (IBS), faz uma leitura constante<br />
do nível de bateria e apenas inicia a carga quando<br />
há necessidade. Por isso, é possível que o veículo se<br />
encontre em aceleração e o alternador não esteja a<br />
carregar a bateria. Nuno Guerra, administrador da<br />
Polibaterias, alertou para os cuidados a ter com este<br />
tipo de alternador: “É necessário fazer uma leitura<br />
de carga de, pelo menos, 15 minutos, pois o<br />
facto de o alternador registar 12,5 Volt não implica,<br />
necessariamente, uma avaria do componente”.<br />
Todos estes veículos dispõem, também, de uma centralina<br />
eletrónica, que faz a gestão de toda a energia<br />
do veículo. Sue Hellen Moro, responsável de exportação<br />
da FIAMM, explicou que “as centralinas eletrónicas<br />
fazem um autodiagnóstico à bateria e a todos<br />
os componentes elétricos do veículo. Por isso,<br />
será mais fácil perceber, através de um equipamento<br />
de diagnóstico, quais as anomalias do veículo”.<br />
Os responsáveis da FIAMM e da Polibaterias alertaram<br />
ainda os profissionais para o facto de, caso<br />
o cliente pretenda colocar no seu veículo uma<br />
bateria tradicional ao invés da recomendada, se<br />
salvaguardarem, escrevendo na fatura uma nota<br />
explicando que foi uma opção do cliente, fazendo<br />
acompanhar este documento de uma assinatura<br />
do mesmo. l<br />
70 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
“O CORRETO É QUE O VEÍCULO UTILIZE SEMPRE O MESMO TIPO<br />
DE BATERIA. TROCAR AGM POR AGM E AFB/EFB POR AFB/<br />
EFB”, ACONSELHOU NUNO GUERRA, DA POLIBATERIAS
“A EMPRESA ESTÁ ASSENTE NO CONHECIMENTO. NÃO SÓ EM<br />
VENDER EQUIPAMENTO. SOMOS INFORMÁTICOS. ESTUDAMOS<br />
A VIDA INTEIRA”, REFERE JOÃO SILVA (AO CENTRO DA IMAGEM)
EMPRESA<br />
LUZ DE AIRBAG<br />
SINAL VERDE<br />
PARA CRESCER<br />
ESPECIALISTA EM ELETRÓNICA AUTOMÓVEL, A LUZ DE AIRBAG É DISTRIBUIDOR OFICIAL DA AUTEL E DA<br />
LINHA MAXILM. HÁ QUATRO MESES, A EMPRESA MUDOU-SE PARA UMAS NOVAS INSTALAÇÕES, EM LEIRIA,<br />
PARA PODER CONTINUAR A CRESCER por Jorge Flores<br />
A<br />
história da Luz de Airbag começou<br />
a desenhar-se há seis<br />
anos, quando João Silva se<br />
deparou com um problema no sensor<br />
de um banco de um BMW E46 de um<br />
familiar seu. “Andei a ver e consegui<br />
resolver”, conta o diretor de operações.<br />
A partir desse episódio, a ideia<br />
e o nome para a empresa estavam<br />
encontrados. “Surgiu para colmatar<br />
uma necessidade que identificámos<br />
relaciona<strong>das</strong> com as luzes de airbag<br />
dos automóveis”, explica. Os primeiros<br />
passos da Luz de Airbag foram<br />
dados em Leiria. “O projeto começou<br />
com €20 numa <strong>das</strong> divisões do meu<br />
apartamento”, recorda. “Hoje, faturamos<br />
500 mil euros”, acrescenta.<br />
A evolução foi grande. “A empresa<br />
está assente no conhecimento. Não<br />
só em vender equipamento. Somos<br />
informáticos. Estudamos a vida inteira”,<br />
garante. Pouco a pouco, os resultados<br />
começaram a aparecer. E a<br />
empresa a ganhar dimensão. “Começámos<br />
a ter uma primeira máquina<br />
de diagnóstico e, depois, já fazíamos<br />
reparações um pouco mais elabora<strong>das</strong>”,<br />
adianta ao nosso jornal.<br />
Novo edifício<br />
Há cerca de quatro meses, a Luz de<br />
Airbag mudou-se para umas novas<br />
instalações. O edifício dispõe de perto<br />
de 1.800 m 2 , distribuídos por três<br />
pisos. A mudança explica-se pela simples<br />
necessidade de a empresa continuar<br />
a crescer. “Temos muito stock.<br />
Ao contrário de outras empresas, para<br />
sermos competitivos no mercado, somos<br />
obrigados a comprar em grande<br />
quantidade”, explica João Silva.<br />
A Luz de Airbag é representante oficial<br />
da marca de equipamentos de<br />
diagnóstico Autel e da linha MaxilM,<br />
exclusivo para Portugal. Mas a lista<br />
de produtos comercializados pela<br />
empresa é muito mais vasta: Autotuner<br />
– Equipamento de programação<br />
de centralinas; Gys – carregadores<br />
e estabilizadores de bateria; chaves<br />
para automóveis; máquinas de cortar<br />
chaves; emuladores; CarLabImmo<br />
– emuladores universais Julie;<br />
vários componentes de eletrónica.<br />
Próximos dos clientes<br />
A equipa da Luz de Airbag é formada,<br />
atualmente, por seis pessoas. Ainda<br />
há pouco reforçaram-na com mais<br />
um profissional para o departamento<br />
de assistência técnica. E até ao final<br />
do ano em curso, deverá entrar mais<br />
um elemento. Trata-se de uma área<br />
crucial que, segundo o responsável, os<br />
distingue da concorrência. “Existem<br />
muitos players no mercado a vender<br />
máquinas de diagnóstico. Mas a diferença<br />
é a nossa preocupação com o<br />
cliente. Não nos limitamos a entregar<br />
a máquina. Fazemos o acompanhamento<br />
personalizado. Garantimos o<br />
apoio. Coloco-me sempre nos sapatos<br />
dos clientes. Se gastam €3.000 ou<br />
€4.000 num equipamento, este tem<br />
de ser rentabilizado. Não pode estar<br />
LUZ DE AIRBAG<br />
Diretor de operações<br />
João Silva<br />
Sede Estrada Nacional 113, km 6,<br />
2410 - 478 Leiria<br />
Telefone 244 238 014<br />
Email info@luzdeairbag.com<br />
Site www.luzdeairbag.com<br />
parado. E quando têm um problema<br />
precisam da nossa ajuda. Sentimo-nos<br />
quase como responsáveis por garantir<br />
que eles tiram partido do equipamento<br />
que adquiriram. Mais do que vender<br />
máquinas, temos de cumprir expectativas.<br />
Temos de ir ao encontro da nossa<br />
palavra”, sublinha. “Além disso”, reforça,<br />
“sabemos muito bem o que estamos<br />
a fazer. Conhecemos a gama Autel de<br />
trás para a frente”.<br />
Nos próximos tempos, a estratégia<br />
passa por consolidar o negócio, procurando<br />
crescer nos produtos “complementares,<br />
mas sempre dentro <strong>das</strong><br />
nossas áreas de conhecimento”, conclui<br />
o responsável. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 73
ENTREVISTA<br />
JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR DO SALÃO MECÂNICA<br />
A GRANDE NOVIDADE SERÁ<br />
A PRESENÇA DE MAIS<br />
DE 50 EMPRESAS DA CHINA<br />
DE 22 A 24 DE NOVEMBRO, PELO TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, O SALÃO MECÂNICA REALIZA-SE<br />
NA FIL, PARQUE DAS NAÇÕES. JOSÉ FRAZÃO, DIRETOR DA FEIRA, FAZ A ANTEVISÃO DO CERTAME<br />
E REVELA QUE A GRANDE NOVIDADE SERÁ A PRESENÇA DE MAIS DE 50 EMPRESAS PARCEIRAS<br />
DO GRUPO SINOMACHINT, ORIUNDAS DA CHINA por Bruno Castanheira<br />
Este ano, pela terceira vez consecutiva na sua história, a Exposalão realiza,<br />
na FIL, Parque <strong>das</strong> Nações, na capital portuguesa, o 9.° Salão Profissional<br />
de Aftermarket, Equipamento Oficinal e Logística. A poucos<br />
dias da realização da edição deste ano do certame, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> falou<br />
com José Frazão, diretor do Salão MECÂNICA, que nos revelou as novidades<br />
introduzi<strong>das</strong>.<br />
Que balanço faz do Salão MECÂNICA 2018, na FIL?<br />
Durante os três dias do certame, sentiu-se a energia deste setor, onde a linguagem<br />
específica da mecânica e dos automóveis dominou o ambiente, que<br />
se pautou pelos contactos e parcerias. Estamos satisfeitos com o resultado<br />
final e com o encontro dos profissionais, que potenciou, com certeza, a realização<br />
de muitos negócios. Destacamos a afluência dos visitantes da região<br />
sul (margem sul, Alentejo e Algarve), com uma presença muito significativa,<br />
que veem na MECÂNICA a oportunidade ideal para contactar de perto com<br />
os fornecedores do seu negócio.<br />
Quantos expositores e visitantes são esperados este ano?<br />
Teremos cerca de 100 expositores nacionais e mais de 50 internacionais,<br />
oriundos de países como China, Holanda, Itália, Eslovénia e Espanha. Estes<br />
expositores têm como objetivo principal a procura de distribuidores, não<br />
só para o mercado ibérico mas, também, com perspetivas para a internacionalização<br />
no Norte de África e PALOP (Cabo Verde, Moçambique, Angola).<br />
Como tal, totalizaremos mais de 150 expositores este ano e esperamos cerca<br />
de 20 mil visitantes nacionais e internacionais nos três dias de feira, tendo<br />
em conta a campanha promocional no mercado externo que estamos a promover,<br />
através <strong>das</strong> redes sociais e meios de comunicação digital (imprensa<br />
especializada e rádios).<br />
Quais as novidades para a edição de 2019?<br />
A grande novidade será a presença de mais de 50 empresas parceiras do Grupo<br />
SINOMACHINT, oriun<strong>das</strong> da China. Será a primeira feira realizada em<br />
Portugal que contará com a presença de um grande grupo industrial e tecnológico<br />
chinês, cotado como a 250.ª empresa mais poderosa do mundo,<br />
proveniente da República Popular da China: SINOMACHINT. O aumento<br />
substancial de empresas estrangeiras, pautado pela presença de fabricantes<br />
internacionais de aftermarket, que pretendem apostar no mercado ibérico<br />
para introduzir as suas marcas através da MECÂNICA, em Lisboa, veio aumentar<br />
a qualidade e o número de expositores. Todo este processo se deve ao<br />
forte desenvolvimento tecnológico proveniente da China, com apresentação<br />
de grandes players desse país, que contarão, entre outras, com uma conferência<br />
onde será abordado o tema da mobilidade elétrica e os seus equipamentos,<br />
com algumas surpresas e apresentação de novidades. Também contaremos,<br />
este ano, com empresas de Itália, Espanha, Eslovénia e Holanda.<br />
Haverá programa de atividades paralelas? Que ações se desenrolarão?<br />
Através de que entidades e associações?<br />
Na edição deste ano, apostámos, também, no enriquecimento do progra-
JOSÉ FRAZÃO<br />
A FINAL DA COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS SERÁ UMA MAIS-<br />
VALIA DURANTE OS TRÊS DIAS DA FEIRA, POIS CRIARÁ MAIOR<br />
DINAMISMO E COMPLETA O PROGRAMA DE ATIVIDADES ELABORADO<br />
ma de atividades paralelas, onde propusemos<br />
abordar temas dentro da (r)<br />
evolução automóvel, da (r)estruturação<br />
da mecânica automóvel, da (re)<br />
invenção mecânica. Participarão nestas<br />
atividades entidades como a AN-<br />
CIA (Associação Nacional de Centros<br />
de Inspeção Automóvel), ARAN (Associação<br />
Nacional do Ramo Automóvel),<br />
ANECRA (Associação Nacional<br />
<strong>das</strong> Empresas do Comércio e da Reparação<br />
Automóvel), EAATA, INOV-<br />
FLOW, CeNTI (Centre of Nanotechnology<br />
and Smart Materials), CEPRA,<br />
Ricardo Oliveira, do WorldShopper, e<br />
iremos contar, também, com um Pitch<br />
Slam, da start-up Lisboa. Mas ainda<br />
temos muitas atividades por confirmar.<br />
Porque considera importante<br />
os profissionais do aftermarket<br />
(expositores e visitantes) marcarem<br />
presença no Salão MECÂNICA?<br />
A MECÂNICA será sempre um meio<br />
de apresentação e divulgação de elevada<br />
importância, que, durante três dias,<br />
está ao dispor dos profissionais do setor,<br />
para que possam estar atualizados<br />
e a par do que se passa no meio em que<br />
se movem, num mercado tão exigente<br />
como é o automóvel, em constante<br />
mutação e cada vez mais inovador.<br />
É ainda uma oportunidade ímpar de<br />
realizar negócios de importante relevo,<br />
entre fabricantes e distribuidores,<br />
tornando a MECÂNICA na ponte perfeita<br />
para que esta interação ocorra.<br />
O Grupo SINOMACHINT será<br />
responsável pela dinamização de<br />
uma conferência em espaço próprio.<br />
Quer revelar-nos detalhes sobre este<br />
evento?<br />
O espaço conferência do Grupo SINO-<br />
MACHINT terá três partes principais.<br />
A primeira, será uma sessão de abertura<br />
no dia 22, pela manhã, com entidades<br />
oficiais chinesas e portuguesas,<br />
isto tendo em consideração que será<br />
a primeira atividade organizada pelo<br />
Grupo SINOMACHINT em Portugal.<br />
Na segunda parte, no mesmo dia, mas<br />
pela tarde, haverá um painel de conferências<br />
sobre energias renováveis, com<br />
a participação de empresas chinesas e<br />
portuguesas do setor automóvel, bem<br />
como associações empresariais do ramo<br />
que tenham especial foco nas tecnologias<br />
de mobilidade renováveis. Finalmente,<br />
a terceira parte, no dia 23,<br />
consistirá na realização de uma sessão<br />
de business matching. nesse mesmo<br />
espaço, onde estarão presentes os expositores<br />
chineses, que terão oportunidade<br />
de dialogar com os expositores<br />
e visitantes da MECÂNICA, em busca<br />
de novas oportunidades de negócio<br />
(fruto da parceria entre a Exposalão,<br />
o Grupo SINOMACHINT e o Grupo<br />
Perfeição, empresa de consultoria de<br />
Macau). Este evento será, também,<br />
importante tendo em conta a dinamização<br />
dos negócios entre a China e<br />
os PALOP, considerando ainda a importância<br />
de Macau e a estratégia do<br />
governo chinês para este setor. Será<br />
um estreitamento <strong>das</strong> relações políticas<br />
e económicas entre as duas partes,<br />
criando chances para o aparecimento<br />
de novas oportunidades na concretização<br />
de negócios de alguma importância<br />
e dimensão.<br />
E quanto à realização da final da<br />
competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
2019, organizada pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, em pleno salão? Considera<br />
uma mais-valia e uma forma de<br />
engrandecer a feira?<br />
Sim, será uma mais–valia para a feira<br />
a dinamização do Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
durante os três dias, pois criará ainda<br />
maior dinamismo, que é algo fulcral, e<br />
complementa o programa de atividades<br />
que estamos a desenvolver, no qual<br />
nos focámos para a edição deste ano.<br />
É com todo o gosto que somos vossos<br />
parceiros e que nos comprometemos a<br />
colaborar na realização da Grande Final<br />
da competição Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
2019, na MECÂNICA, em Lisboa. l<br />
76 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
REDEINNOV DISTRIBUI FERRAMENTAS SAM<br />
ALIANÇA<br />
DE FUTURO<br />
ESTABELECIDA EM JANEIRO DE 2019,A PARCERIA ENTRE A REDEINNOV E<br />
O FABRICANTE SAM APOSTA TUDO NA INOVAÇÃO. O OBJETIVO É ANTECIPAR<br />
O FUTURO DAS FERRAMENTAS, QUE DEIXARÃO DE SER APENAS MANUAIS<br />
E TERÃO SERVIÇOS ASSOCIADOS
PUBLIREPORTAGEM<br />
Decorridos 10 meses sobre<br />
a celebração da parceria, a<br />
RedeInnov e o fabricante de<br />
ferramentas SAM continuam<br />
otimistas com o desenvolvimento<br />
da atividade conjunta. “O balanço<br />
é, claramente, positivo”, começa por<br />
afirmar Nuno Wheelhouse Reis, CEO<br />
da RedeInnov. “Quando decidimos<br />
iniciar o trabalho comercial no segmento<br />
<strong>das</strong> ferramentas, novo para nós, já<br />
esperávamos enfrentar certas dificuldades<br />
naturais. Mas os resultados estão de<br />
acordo com as expectativas”, acrescenta.<br />
Manuel Morales, diretor ibérico da SAM,<br />
afina pelo mesmo diapasão. “Penso o<br />
mesmo. Mais importante do que os<br />
números, é ter uma relação de confiança.<br />
Ter as ideias muito claras na nossa mente<br />
e falar a mesma língua. É o que estamos<br />
a fazer. A todos os níveis. Quando<br />
lançamos um projeto, antes de tudo,<br />
temos de fazer uma boa escolha. E não<br />
temos dúvida nenhuma de que a escolha<br />
da RedeInnov é absolutamente certa”,<br />
garante.<br />
Fabricante focado na inovação e na<br />
tecnologia, a SAM encontrou um<br />
parceiro para a distribuição <strong>das</strong> suas<br />
ferramentas no mercado português,<br />
também ele, na vanguarda destes temas.<br />
“Fizemos um comparativo em Portugal.<br />
E a RedeInnov é um projeto novo. De<br />
futuro. Diferente dos outros. E tem algo<br />
fundamental. A liderança. Conheço<br />
Nuno Wheelhouse Reis há muitos anos,<br />
sei a postura que tem e conheço a sua<br />
forma de trabalhar. Facilita muito a<br />
preparação de novos projetos. Sei o que<br />
ele pensa e ele sabe o que eu penso. Isso é<br />
fundamental”, enfatiza Manuel Morales.<br />
Qual o feedback dos membros da<br />
RedeInnov? “Tem sido muito positivo.<br />
Quer em relação à qualidade da gama de<br />
ferramentas que a SAM disponibiliza,<br />
quer à proatividade na resolução de<br />
pequenas questões que surgem no dia<br />
a dia. Dá-nos conforto em relação ao<br />
parceiro que encontrámos na SAM para<br />
desenvolver um segmento novo”, diz<br />
Nuno Wheelhouse Reis.<br />
DISTRIBUIÇÃO NACIONAL<br />
Para Manuel Morales, o objetivo não é<br />
aumentar exponencialmente o número<br />
de clientes. “Importante é que sejam<br />
bons”, afirma. “Portugal é um país<br />
com uma dimensão limitada. Outras<br />
marcas, porventura, apostam em redes<br />
de distribuição enormes. Na SAM,<br />
preferimos focar-nos. Concentrar<br />
os nossos esforços. Para isso, era<br />
fundamental trabalhar com uma empresa<br />
profissional e interconectada, como a<br />
RedeInnov, muito vocacionada para as<br />
novas tecnologias. Além disso, tem algo<br />
que valorizamos: distribuição em todo o<br />
país. Não é apenas forte no norte ou no<br />
sul. É um projeto nacional”, salienta.<br />
A gama de ferramentas SAM prima<br />
pela qualidade. Mas estará o mercado<br />
oficinal sensível a esta questão? Nuno<br />
Wheelhouse Reis não tem dúvi<strong>das</strong> de que<br />
sim. “Não é muito diferente do mercado<br />
de peças. As oficinas são cada vez mais<br />
profissionais. Têm, agora, mais cuidado<br />
com o trabalho e com a peça com que o<br />
fazem. E pensam exatamente o mesmo da<br />
sua ferramenta. Não faz sentido estarem a<br />
trabalhar de uma forma profissional com<br />
ferramentas de bricolage – que têm o seu<br />
segmento. Mas uma oficina, para realizar<br />
os seus serviços, todos os dias, precisa<br />
de outro nível de qualidade, que garanta<br />
não apenas precisão (parte essencial) mas,<br />
também, durabilidade”, reforça o CEO<br />
da RedeInnov.<br />
INOVAÇÃO CONSTANTE<br />
A palavra de ordem é inovação. “As<br />
ferramentas do futuro não serão apenas<br />
manuais. Estarão liga<strong>das</strong>. E é nessa<br />
interconectividade que estamos a investir<br />
e a trabalhar. Como fabricantes, temos<br />
a vantagem de estar a antecipar o que<br />
será o mercado do futuro”, avança o<br />
diretor ibérico da SAM. Exemplos de<br />
produtos inovadores e premium não<br />
faltam. Casos do novo booster Kap SAM,<br />
sem bateria (já na sua terceira geração),<br />
e da nova ferramenta informática<br />
SAM, que deverá chegar ao mercado<br />
nacional até final deste ano, prometendo<br />
revolucionar e facilitar a gestão dos<br />
serviços oficinais. “As expectativas são<br />
grandes. Já conhecemos a ferramenta e<br />
é diferenciadora. Tem tudo para ser um<br />
sucesso”, remata Nuno Wheelhouse Reis,<br />
confiante nesta parceria, firmada com os<br />
olhos no futuro. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 79
NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />
Produto<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
A<br />
aplicação móvel criada para diagnosticar e<br />
resolver problemas relacionados com a<br />
suspensão, designada Suspension Solutions,<br />
foi alvo de uma atualização por parte da<br />
KYB Europe. A app dá, agora, de forma totalmente<br />
gratuita, aconselhamento técnico pormenorizado<br />
e específico acerca do trabalho relacionado com a<br />
KYB SUSPENSION SOLUTIONS<br />
NOVAS FUNCIONALIDADES<br />
suspensão. O técnico da oficina pode indicar a marca<br />
e o modelo do veículo em causa, o número de<br />
chassis ou o número de registo. Depois, serão exibi<strong>das</strong><br />
as referências <strong>das</strong> peças KYB necessárias, bem<br />
como o boletim técnico completo. Este inclui um<br />
conjunto de ilustrações que mostra, passo a passo,<br />
a instalação da peça, bem como as ferramentas necessárias<br />
(e os binários de aperto correspondentes),<br />
além de dar uma estimativa do tempo necessário<br />
para concluir a tarefa. Se a KYB o tiver disponível,<br />
fornecerá, também, um vídeo de montagem para<br />
referência. A app da KYB está concebida para oficinas<br />
e já foi descarregada mais de sete mil vezes<br />
em toda a Europa.<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
80 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
BOMBA DE VÁCUO ELÉTRICA PARA DIVERSAS APLICAÇÕES<br />
Pierburg | A marca tem vindo a desenvolver, há déca<strong>das</strong>, bombas de vácuo para impulsionadores de travões. Com o atual modelo<br />
EVP40, propõe uma opção elétrica que anuncia diversas vantagens. Opera sob requisito e estabelece elevados padrões em termos de<br />
robustez, resistência à temperatura e ruído. A bomba de vácuo elétrica EVP40 pode ser utilizada em veículos híbridos e elétricos, bem<br />
como em automóveis com motorizações convencionais. Para motores a gasolina modernos, a bomba de vácuo elétrica fornece sempre um<br />
nível de vácuo suficiente para uma travagem fácil e segura, sem o desperdício permanente de energia de uma bomba mecânica. Ao tornar<br />
a bomba independente do motor, o sistema permite ganhos de eficiência, variando do modo start&stop (sailing) ao modo totalmente<br />
elétrico (EV). Ao requerer pouco espaço de instalação, contribui, significativamente, para reduzir as emissões de CO 2.<br />
TITAN GT1 FLEX 34 SAE 5W-30<br />
FUCHS | O novo óleo de motor para veículos ligeiros de<br />
passageiros com aplicação flexível é o primeiro produto do<br />
portefólio da marca a combinar as especificações ACEA C3<br />
e ACEA C4. A dificuldade nesta combinação base deve-se<br />
aos requisitos elevados da ACEA C4 para baixo teor de SAPS<br />
de até 0,5% e aos requisitos crescentes em relação a per<strong>das</strong><br />
por evaporação da ACEA C4 de ≤ 11%. Com a aprovação<br />
da Mercedes-Benz, MB-APPROVAL 229.51, o perfil do Titan<br />
GT1 Flex 34 SAE 5W-30 da FUCHS torna-se mais extenso,<br />
aumentando, também, o seu campo de aplicação. Para<br />
além dos motores Renault com sistemas de tratamento de<br />
gases de escape seguirem a especificação Renault RN0720<br />
e as versões integra<strong>das</strong> de acordo com a MB-APPROVAL<br />
226.51, o produto pode, agora, ser utilizado numa vasta<br />
gama de aplicações Mercedes-Benz com sistemas de<br />
tratamento de gases de escape, de acordo com a MP-<br />
APPROVAL 229.51.<br />
Polibaterias_top100.pdf<br />
PUB<br />
1 13/11/18 15:47<br />
TUDO EM ENERGIA, ENERGIA PARA TUDO<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 81
Notícias<br />
Produto<br />
COJALI<br />
CALIBRAÇÃO ADAS<br />
da JaltEST<br />
O<br />
Grupo Cojali, empresa distribuidora de componentes, software de diagnóstico e<br />
tecnologia para gestão de veículos industriais, apresentou o Jaltest ADAS Calibration<br />
Equipment, a sua solução de calibração do ADAS para veículos industriais.<br />
Este equipamento de calibração, incluído na nova linha de ferramentas de oficina<br />
da Jaltest Tools, consiste em duas estruturas móveis principais, duas ferramentas de<br />
acoplamento central com ponteiros laser e três painéis intercambiáveis, dependendo da<br />
marca e do tipo de veículo. Caracteriza-se pela montagem rápida e operação simples,<br />
sendo compatível com a ferramenta de diagnóstico Jaltest, que completará o processo<br />
de calibração. “Para as oficinas, é muito importante ter as ferramentas e os meios necessários<br />
para atender a esses tipos de solicitações. Principalmente para os veículos que<br />
exigem uma calibração profissional”, refere Fernando Rodríguez, responsável pela Divisão<br />
de Equipamentos para <strong>Oficinas</strong>.<br />
NOVas MÁQUINAS DE EQUILIBRAR RODAS<br />
PCC | A empresa especialista em equipamento oficinal e industrial apresenta<br />
as novas máquinas de equilibrar ro<strong>das</strong> da Ravaglioli, Série G2, que representam<br />
qualidade profissional a um custo mais acessível. O sistema de medição<br />
automático de distância e diâmetro, tal como o seu programa automático ALU<br />
S, são fatores que permitem ao utilizador proceder à calibração rápida e eficaz.<br />
Tudo em nome de um trabalho bem feito e célere.<br />
SISTEMA DE TRANSMISSÃO ECOLIFE 2<br />
ZF | O fabricante alemão deu a conhecer a última geração do seu comprovado sistema de transmissão automática<br />
para autocarros. Diversas melhorias técnicas tornam o Ecolife 2 mais leve, mais eficiente, mais robusto e mais fácil de<br />
manter. As melhorias mais significativas incluem uma economia de combustível possível até 3%, função start&stop<br />
para to<strong>das</strong> as variantes de modelo e redução do desgaste graças a um conceito de refrigeração aperfeiçoado. Na<br />
última geração do EcoLife, a ZF também melhorou ainda mais os níveis de conforto, com uma melhor qualidade <strong>das</strong><br />
passagens de caixa, por exemplo. A ZF manteve o princípio básico de uma engrenagem planetária de seis estágios<br />
com conversor de binário e retardador primário, na segunda geração da transmissão EcoLife. Inúmeras modificações<br />
técnicas otimizam a nova versão da transmissão Powershift, permitindo que os autocarros urbanos e interurbanos<br />
se movam suavemente com um binário de entrada de até 2.000 Nm, permitindo passagens de caixa suaves. Um<br />
conversor de binário com novo amortecedor de torção permite mudanças de velocidades suaves e rápi<strong>das</strong>.<br />
AUMENTO DA OFERTA<br />
NGK Spark Plug | O especialista em ignição e sensores tem incorporado<br />
uma série de significativas novas referências nas suas linhas de produtos de<br />
velas de ignição e de aquecimento, oferecendo aos clientes do aftermarket<br />
oportunidades de substituições em mais de 2,2 milhões de veículos na<br />
Europa. Com esta extensão, a NGK Spark Plug oferece excecional qualidade e<br />
desempenho. Em agosto, foram lança<strong>das</strong> três velas de aquecimento cerâmicas<br />
de elevada qualidade, enquanto que, em setembro, a marca apresentou<br />
outra vela de aquecimento cerâmica e três velas de ignição de metal precioso,<br />
sendo cada uma igualmente fornecida aos fabricantes de automóveis como<br />
equipamento original.<br />
NOVO CATÁLOGO ONLINE<br />
Hastings | O novo catálogo online fornece informações sobre os kits de<br />
anéis de pistão, kits de desempenho e informação completa de aplicações<br />
de motores, automóvel, pesados, agrícola, industrial, marítimo e motores de<br />
elevado desempenho. O catálogo inclui toda a gama Hastings para aplicações<br />
asiáticas, europeias e americanas. Este novo catálogo complementa a presença<br />
no TecDoc e nos catálogos impressos, para facilitar e ajudar os clientes a localizar<br />
o anel Hastings correto, utilizando a sua plataforma preferida. Existem vários<br />
recursos de pesquisa no catálogo.<br />
82 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ESCOVAS LIMPA-VIDROS<br />
DOGA | O novo modelo Lion’s City L, da<br />
MAN Truck & Bus, foi redesenhado em estreita<br />
colaboração com a DOGA, que teve a missão<br />
de incorporar a mais recente tecnologia neste<br />
autocarro. É o primeiro modelo urbano que faz<br />
uso da nova geração de motores de 120 Nm, com<br />
elevado nível de IP e um novo filtro EMC, que<br />
garante o cumprimento <strong>das</strong> eleva<strong>das</strong> exigências<br />
impostas pelas normas de compatibilidade<br />
eletromagnética atualmente estipula<strong>das</strong> pelo<br />
mercado. O sistema de limpeza do para-brisas<br />
panorâmico da DOGA adapta-se, perfeitamente,<br />
ao vidro, dispondo de uma aparência mais<br />
atraente e de uma maior eficiência de varrimento.<br />
NOVA BATERIA YUASA<br />
KRAUTLI Portugal | A empresa apresenta a nova bateria YT19BL-BS da YUASA,<br />
indicada para motociclos da marca BMW. A bateria YT19BL-BS da YUASA é uma bateria<br />
VRLA de alto desempenho dotada de tecnologia AGM com a maior potência inicial e a<br />
mais elevada densidade de energia exigida pelas marcas de equipamento original, como<br />
a BMW. Totalmente compatível com os modelos K1600GT e R1200 (RT, LT, GT, RS, S) da<br />
BMW, é válida para modelos com ou sem sistema ABS. Ao contrário de outros modelos<br />
de bateria no mercado, a YUASA YT19BL-BS, ao ser fornecida sem ser ativada na fábrica,<br />
pode permanecer armazenada em stock por longos períodos. Com qualidade OEM, cumpre<br />
totalmente as exigentes especificações dos fabricantes de motociclos. Esta bateria oferece<br />
qualidade OEM, avançada tecnologia chumbo-cálcio AGM que aumenta a sua potência<br />
inicial, design estanque que impossibilita o derramamento e retardador de sulfatação que reduz,<br />
significativamente, a sulfatação <strong>das</strong> placas.<br />
LUBRIFICANTE PARA MOTORES RENAULT E NISSAN<br />
Galp | A empresa lançou no mercado o novo lubrificante Fórmula LS RN17 5W30, produto 100%<br />
sintético, alinhado com o nível ACEA C3, destinado a motores de veículos ligeiros a gasolina e<br />
Diesel. Este novo produto incorpora na sua formulação tecnologia especialmente desenvolvida<br />
para cumprir os requisitos da nova norma Renault RN 17, solicitada em motores a gasolina e<br />
Diesel da nova geração. Adequado aos veículos ligeiros mais recentes, de acordo com a norma<br />
Euro 6, o Galp Fórmula LS RN17 5W30, com baixo teor de cinzas, é, também, apropriado para<br />
veículos com sistema SCR-NOx (conversor catalítico de óxidos de azoto), que solicitem AdBlue.<br />
Este lubrificante anuncia uma excelente fluidez, protegendo o motor logo após o arranque a frio,<br />
com poupança adicional de combustível, logo no arranque.<br />
PUB<br />
O FUTURO ESTÁ<br />
NAS SUAS MÃOS<br />
GESTÃO DIGITAL DA COR COM<br />
O NOVO STANDOWIN IQ CLOUD.<br />
Agora, to<strong>das</strong> as oficinas podem beneficiar da gestão digital<br />
de cor da Axalta - com o Standowin iQ Cloud. O Genius iQ, o<br />
mais avançado espectrofotômetro, juntamente com um banco<br />
de dados baseado na Web com mais de 200.000 fórmulas<br />
atualiza<strong>das</strong> constantemente, fornece instantaneamente leituras<br />
altamente precisas.<br />
Estes resultados são enviados diretamente para a balança<br />
de mistura usando a tecnologia sem fios. Isso acelera<br />
significativamente o seu processo de trabalho. E controlar tudo<br />
a partir de um tablet, pode trabalhar com flexibilidade em<br />
qualquer lugar. Escolha a solução Standowin iQ Cloud ideal<br />
para o seu negócio - o caminho mais fácil para o futuro digital.<br />
Para mais informações standox.com/iQ-cloud<br />
© 2019 Axalta Coating Systems. All rights reserved.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 83
Notícias<br />
Produto<br />
NOVA IMAGEM PARA BATERIAS ECOFORCE<br />
FIAMM | Atualmente, os requisitos de energia dos veículos modernos exigem<br />
baterias capazes de manter o seu desempenho por longo tempo. Numa tentativa<br />
de reduzir as emissões de CO e cumprir as normas da UE, os fabricantes de<br />
automóveis desenvolveram modelos micro híbridos equipados com dispositivos<br />
como o start&stop, que requerem um uso muito mais intenso da bateria. A nova<br />
gama de baterias ecoFORCE da FIAMM para veículos micro híbridos é a solução.<br />
PROVIA<br />
INSTALAÇÃO DA<br />
MILIONÉSIMA PEÇA<br />
A<br />
ProVia, marca de peças de reposição para veículos comerciais, anunciou que a<br />
sua milionésima peça foi instalada numa oficina independente, na Polónia. A<br />
peça, um secador de ar com cartucho, assinala um marco importante na história<br />
da ProVia, que, três anos depois do seu bem sucedido lançamento no mercado, quadruplicou<br />
o número de produtos no seu portefólio em resposta à crescente procura global<br />
de clientes. “A instalação da milionésima peça de reposição é um marco importante no<br />
que só pode ser descrito como uma jornada de crescimento contínuo que tivemos com<br />
os nossos clientes nos últimos três anos”, explica Aleksander Rabinovitch, responsável<br />
pelo negócio de Peças de Reposição e Soluções de Reparação. Hoje, a ProVia está disponível<br />
para os clientes através de 650 distribuidores independentes de peças em mais de<br />
1.000 locais de 60 países em todo o mundo.<br />
EMBRAIAGENS DA MARCA L.O.F<br />
Motormáquina | Procurando sempre melhorar a sua oferta, a<br />
Motormáquina apresenta uma nova gama de embraiagens que vem acrescentar<br />
valor e preço/qualidade ao mercado. A L.O.F. Clutches aproveitou a experiência<br />
de muitos anos de uma empresa de embraiagens para camião, assim como<br />
de dois fabricantes de embraiagens em Inglaterra, para chegar ao seu<br />
produto final. Os materiais e a tecnologia usados são de topo e, em conjunto<br />
com o conhecimento e a paixão pela marca Land Rover, permitiu-lhes criar<br />
embraiagens específicas e de reconhecida qualidade para a sua marca.<br />
AJUDA PARA OS PROPRIETÁRIOS DE CLÁSSICOS<br />
Eurol | Procura os lubrificantes certos para o seu clássico? A partir de agora, os carros clássicos também são<br />
incluídos no guia de produtos da Eurol, podendo selecionar o segmento “carros clássicos”, onde encontrará várias<br />
marcas e modelos. O guia de produtos da Eurol foi ampliado com base na necessidade crescente de aconselhamento<br />
em lubrificação para carros clássicos. Além disso, a Eurol oferece uma ampla gama de produtos, incluindo vários<br />
lubrificantes ideais para este tipo de veículos. O guia de carros clássicos da Eurol inclui cerca de 3.000 tipos de dados,<br />
sendo que o veículo mais antigo é o Ford Modelo T (1909 – 1927), ao qual se juntam cerca de outros 500 veículos, na<br />
sua maioria Ford. Já no que diz respeito aos modelos, a maioria <strong>das</strong> aplicações diz respeito a veículos Volvo 240.<br />
TPMS DA ALCAR INTEGRA PORTEFÓLIO<br />
Q&F, Lda. | O grupo alemão ALCAR, detentor <strong>das</strong> marcas de jantes AEZ,<br />
Dotz, Dezent e Enzo, disponibiliza várias soluções que vão desde máquinas<br />
de programação até sensores universais para programação e implementação<br />
em sistemas TPMS. A máquina de programação VT56, para além de anunciar<br />
a maior compatibilidade do mercado com os fabricantes de válvulas, dispõe<br />
de uma interface extremamente simples e intuitiva, com atualizações que<br />
acompanham o mercado automóvel. Já no que diz respeito às válvulas universais<br />
diretas, a ALCAR conta com uma gama que consiste em três versões: T-Pro 0,<br />
T-Pro 1 e T-Pro 2. Em conjunto, abrangem 96% do mercado.<br />
84 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ORGANIZAÇÃO<br />
PARCERIA<br />
BRIEFING COM FINALISTAS<br />
OS CONCORRENTES DA GRANDE FINAL DA COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO VISITARAM AS<br />
INSTALAÇÕES DE ATEC PARA CONHECEREM, IN LOCO, O LOCAL ONDE VÃO REALIZAR AS PROVAS. CARLOS<br />
ISIDRO, PRESIDENTE DO JÚRI, EXPLICOU COMO A COMPETIÇÃO ESTÁ ORGANIZADA<br />
O<br />
briefing de apresentação da<br />
4.ª edição do Melhor Mecatrónico<br />
possibilitou aos<br />
concorrentes conhecerem o funcionamento<br />
da competição e prepararem-se<br />
para as várias provas e exercícios<br />
que vão realizar nos próximos<br />
dias 15 e 16 de novembro, nas oficinas<br />
da ATEC – Academia de Formação.<br />
As provas, elabora<strong>das</strong> pela equipa<br />
de formadores de Mecatrónica<br />
Automóvel da ATEC, têm o carácter<br />
de aferição de competências práticas<br />
e teóricas. A avaliação é objetiva com<br />
base no desempenho individual de<br />
cada concorrente no desenrolar do<br />
conjunto de provas aplica<strong>das</strong>.<br />
Para a realização <strong>das</strong> provas práticas,<br />
serão introduzi<strong>das</strong> anomalias nos<br />
veículos, que terão de ser deteta<strong>das</strong><br />
e resolvi<strong>das</strong> pelos concorrentes. As<br />
anomalias introduzi<strong>das</strong> serão iguais<br />
em to<strong>das</strong> as provas. Estarão à disposição<br />
dos concorrentes os equipamentos<br />
e ferramentas necessários<br />
para a realização <strong>das</strong> provas, bem<br />
como a informação técnica. Para conhecimento<br />
dos leitores interessados<br />
em assistir às provas da Grande Final<br />
da competição Melhor Mecatrónico,<br />
aqui fica o programa:<br />
15 de novembro de 2019<br />
(sexta-feira)<br />
9h00 Receção dos concorrentes nas<br />
instalações da ATEC<br />
9h30 Briefing com os concorrentes<br />
sobre as regras da competição<br />
10h00 Início <strong>das</strong> provas/testes<br />
sobre diagnóstico e<br />
reparação de motores<br />
11h00 Coffee break<br />
11h30 Reinício <strong>das</strong> provas<br />
12h30 Final <strong>das</strong> provas da manhã<br />
13h00 Almoço nas instalações da<br />
ATEC<br />
14h00 Reinício <strong>das</strong> provas<br />
18h00 Final <strong>das</strong> provas do<br />
primeiro dia<br />
21h00 Jantar convívio<br />
com concorrentes,<br />
patrocinadores, membros do<br />
júri e organização<br />
16 de novembro de 2019<br />
(sábado)<br />
9h00 Receção dos concorrentes nas<br />
instalações da ATEC<br />
10h00 Início <strong>das</strong> provas do dia 2<br />
11h00 Coffee break<br />
11h30 Reinício <strong>das</strong> provas<br />
12h30 Final <strong>das</strong> provas do dia 2<br />
13h00 Almoço nas instalações da<br />
ATEC<br />
14h00 Reunião do júri para<br />
apuramento dos resultados<br />
16h00 Anúncio dos vencedores da<br />
4.ª edição da competição,<br />
com distribuição de<br />
diplomas de participação e<br />
troféus aos oito finalistas l<br />
86 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ENTRADA<br />
GRATUITA<br />
INSCREVA-SE *<br />
15 -16<br />
NOVEMBRO<br />
2019<br />
ACADEMIA ATEC<br />
PALMELA<br />
COMPETIÇÃO<br />
FINAL<br />
Formações Técnicas<br />
Demonstrações<br />
Zona Exposição<br />
* Inscreva-se em melhormecatronico.pt
ORGANIZAÇÃO<br />
PARCERIA<br />
AVALIAÇÃO CONCLUÍDA<br />
COM A AVALIAÇÃO PRESENCIAL ÀS OFICINAS SELECIONADAS, OS TÉCNICOS DA POLIVALOR CONCLUÍRAM A 2.ª<br />
FASE DA COMPETIÇÃO CHALLENGE OFICINAS, CUJA FINAL IRÁ REALIZAR-SE NOS DIAS 23 E 24 DE NOVEMBRO,<br />
NO SALÃO MECÂNICA, EM LISBOA. NESTA EDIÇÃO, DAMOS A CONHECER AS RESTANTES TRÊS OFICINAS<br />
PNEUFURADO<br />
A Pneufurado, oficina da região de Rio de Mouro, com 32 anos<br />
de atividade, aposta forte em maquinaria de topo e formação,<br />
dispondo de técnicos habilitados para dar resposta em várias<br />
áreas de reparação automóvel, desde a montagem de pneus até<br />
serviços de mecânica geral. Dispõe de dois espaços comerciais: um<br />
em Rio de Mouro, outro na Portela de Sintra. Com uma excelente<br />
capacidade de resposta, fruto do grande stock, trabalha com as<br />
principais marcas de pneus e peças. Inserida na Vulco há mais<br />
de uma década, a Pneufurado aproveita as sinergias desta rede<br />
de oficinas para dinamizar o negócio e aumentar a carteira de<br />
clientes através dos acordos com gestoras de frotas e outras<br />
entidades. Rui Carrasqueira, filho do fundador, é o atual gerente<br />
da oficina.<br />
CRAM<br />
A CRAM – Centro de Recolha Automóvel da Madeira, é uma<br />
oficina especializada na manutenção e reparação de veículos<br />
da marca Porsche, mas efetua manutenção a to<strong>das</strong> as viaturas,<br />
independentemente da marca, do ano de fabrico ou versão,<br />
garantindo a mesma qualidade exigida pelas marcas. Conta com<br />
todo o equipamento necessário para diagnóstico, informação<br />
técnica e reparação. Pertence à rede AutoCrew e garante peças de<br />
substituição com a qualidade Bosch. Dispõe de uma gama completa<br />
de ferramentas e equipamento oficinal tecnologicamente avançado,<br />
suportado por sistemas de software de informação técnica, logística<br />
eficaz de peças, apoio e suporte técnico e empresarial e ainda ações<br />
de marketing de forma a fidelizar e angariar novos clientes. Todos os<br />
serviços são prestados por técnicos altamente qualificados.<br />
FARMOTIVE<br />
A Farmotive nasceu num ambiente familiar, com vasta experiência<br />
no ramo automóvel, e profissionais de elevada qualidade para dar<br />
resposta ao mercado da reparação automóvel. Especialista no Grupo<br />
VAG (Volkswagen, Audi, Škoda e Seat), é uma oficina completa, no<br />
sentido que presta todos os serviços de manutenção e reparação,<br />
nomeadamente mecânica, eletricidade e diagnóstico. O percurso<br />
evolutivo da Farmotive é um exemplo de boas práticas a nível de<br />
serviço e relacionamento com os clientes. O principal fornecedor de<br />
componentes é a Tisoauto, conseguindo ter o material disponível<br />
sempre que necessário. E como trabalham com marcas premium,<br />
oferece o nível de qualidade que os clientes procuram. Rui<br />
Moreira é o gerente e dispõe de uma equipa com elevado grau de<br />
conhecimentos técnicos.<br />
88 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
y<br />
ENTREGA<br />
PRÉMIOS<br />
24 NOVEMBRO<br />
23 -24<br />
NOVEMBRO<br />
2019<br />
salão MECÂNICA<br />
FIL - Lisboa<br />
COMPETIÇÃO<br />
FINAL<br />
Visite o stand do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> no salão MECÂNICA<br />
mais informações em challengeoficinas.pt
epintura<br />
PERDA DE BRILHO<br />
DESAFIOS PARA O PINTOR<br />
DENTRO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO E PINTURA DE UM VEÍCULO, A APLICAÇÃO CORRETA DO VERNIZ<br />
DETERMINARÁ, EM GRANDE MEDIDA, O ASPETO FINAL DA REPARAÇÃO. PORTANTO, SERÁ UM DOS PRINCIPAIS<br />
ASPETOS QUE O CLIENTE VAI ANALISAR QUANDO O VEÍCULO LHE FOR ENTREGUE<br />
É<br />
certo que o cliente pode não dispor de conhecimentos<br />
técnicos sobre a pintura de veículos,<br />
mas qualquer pessoa é capaz de identificar<br />
uma superfície envernizada de forma irregular ou<br />
com falta de brilho. Por conseguinte, ao ser pintado<br />
um automóvel, o acabamento e o aspeto apresentado<br />
pelo verniz depois de seco determinam, em<br />
grande medida, a qualidade da reparação e, consequentemente,<br />
a satisfação do cliente. Apesar desta<br />
importância, convém realçar que qualquer camada<br />
de pintura, seja de fundo ou de acabamento, pode<br />
repercutir-se negativamente sobre a camada final<br />
de verniz, motivo pelo qual não se deve descurar a<br />
importância significativa da preparação de fundos.<br />
Os fatores mais significativos que podem provocar<br />
uma perda de brilho são explicados em seguida.<br />
Qualidade ou escolha de produtos<br />
1 INADEQuados<br />
A gama de vernizes comercializados é muito variada.<br />
De tal forma, que existem produtos de gama<br />
baixa, intermédia ou alta. A utilização de um verniz<br />
muito económico implica que o risco de perda<br />
de brilho seja mais percetível após a secagem. Além<br />
do mais, estes vernizes deixam uma camada seca de<br />
menor micragem e são mais sensíveis a condições<br />
climatéricas adversas. Por outro lado, a utilização de<br />
vernizes em aerossol de 1K convencionais também<br />
pode provocar as consequências referi<strong>das</strong>, pelo que<br />
a sua utilização deve ser limitada na medida do possível<br />
a pequenos retoques ou à pintura de componentes<br />
auxiliares de pequenas dimensões.<br />
Mau funcionamento dos equipamentos<br />
2 de extração<br />
As cabines de pintura são projeta<strong>das</strong> para que, no<br />
seu interior, exista uma corrente de ar forçada que<br />
permita afastar as neblinas gera<strong>das</strong> durante a pin-<br />
90 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
tura. Desta forma, não permanecem em suspensão,<br />
evitando o risco de se depositarem sob a forma de<br />
uma fina veladura sobre as cama<strong>das</strong> de verniz aplica<strong>das</strong>,<br />
o que retiraria brilho à superfície. Para evitar<br />
esta situação, é indispensável controlar, rigorosamente,<br />
a manutenção da cabine, ou seja, controlar<br />
as horas efetivas de funcionamento da cabine e rever,<br />
periodicamente, o estado dos filtros. Uma saturação<br />
excessiva dos mesmos leva a que a corrente<br />
de ar perca eficácia, o que significa uma redução da<br />
capacidade de aspiração da cabine face às neblinas<br />
resultantes da aplicação com pistola aerográfica.<br />
Outro fator que pode provocar perda de brilho, é a<br />
presença de humidade excessiva na zona de pintura,<br />
motivo pelo qual é recomendável realizar a aplicação<br />
em cabines de pintura fecha<strong>das</strong> e secas que permitam<br />
a regulação da temperatura.<br />
Preparação inadequada de fundos<br />
3 Sem esquecer a importância da limpeza e sopragem<br />
do veículo no âmbito da preparação de fundos,<br />
o fator que retira brilho à camada de laca é o aparecimento<br />
de riscos ou imperfeições. Para evitar uma<br />
perda de brilho provocada por estas circunstâncias,<br />
é necessário lixar convenientemente as pinturas<br />
de fundo depois de estas secarem completamente.<br />
Além do mais, a utilização de grãos de lixa inadequados,<br />
o incumprimento da sequência de lixamento<br />
ou a aplicação de uma pressão de trabalho excessiva,<br />
são alguns dos fatores que contribuem para o<br />
surgimento de marcas ou “imperfeições” nas cama<strong>das</strong><br />
inferiores.<br />
Mistura e dosagem incorreta de tintas<br />
4 Uma vez que os níveis de temperatura e humidade<br />
variam conforme a época do ano, é importante<br />
selecionar o catalisador que mais se adeque a esta<br />
circunstância, para evitar uma perda de brilho. Geralmente,<br />
estes dividem-se em catalisadores lentos<br />
adequados às temperaturas altas no verão, em médios<br />
para temperaturas mais suaves na primavera<br />
ou no outono e em rápidos para as temperaturas<br />
baixa no inverno.<br />
Aplicação incorreta de tintas<br />
5 No que se refere à aplicação da tinta, a perda<br />
de brilho pode ser consequência de uma aplicação<br />
excessiva de cama<strong>das</strong>. Um exemplo claro de perda<br />
de brilho por aplicação excessiva de produto é<br />
o que acontece ao serem pinta<strong>das</strong> cores base água<br />
com pouca capacidade de cobertura. Isto obriga o<br />
profissional da oficina a realizar demasia<strong>das</strong> passagens<br />
com o risco de que a tinta não seque convenientemente,<br />
o que, posteriormente, produz uma<br />
condensação que retira brilho ao verniz. Para evitar<br />
este problema, é conveniente utilizar aparelhos tintáveis,<br />
se possível com tonalidade de cinzento mais<br />
adequada à cor em questão, e efetuar uma boa secagem<br />
da base de cor com a ajuda do infravermelho<br />
ou do sistema de aumento de temperatura da<br />
estufa. Também é comum que exista falta de brilho<br />
por incumprimento dos tempos de evaporação entre<br />
demãos. Por exemplo, um tempo de evaporação<br />
demasiado curto pode provocar o aparecimento de<br />
pequenas bolhas ou manchas.<br />
Procedimentos incorretos<br />
6 Por vezes, a pressa na oficina leva à tomada de<br />
decisões que acabam por afetar as cama<strong>das</strong> de tinta<br />
aplica<strong>das</strong>. Um exemplo disso mesmo é a pressa<br />
em retirar o veículo da estufa após o processo de secagem.<br />
Este procedimento implica uma mudança<br />
brusca de temperatura, especialmente no inverno,<br />
o que provoca um embaciamento assinalável na laca,<br />
retirando-lhe brilho de forma significativa. Para<br />
evitar esta situação, é conveniente deixar entreabertas<br />
as portas para acesso de veículos à estufa, de modo<br />
a que a temperatura do interior se vá tornando<br />
idêntica à do exterior. Outro exemplo de perda de<br />
brilho resulta da execução de tarefas de correção de<br />
defeitos ou de limpeza quando o verniz ainda não<br />
está totalmente seco. Portanto, antes da correção de<br />
qualquer defeito, é conveniente secar a camada de<br />
verniz com infravermelho de onda curta. Também é<br />
importante utilizar abrasivos e polimentos adequados<br />
a cada situação de trabalho. No que respeita à<br />
limpeza, convém evitar a limpeza com papel ou trapos<br />
que risquem a superfície. De igual modo, durante<br />
as duas semanas posteriores à pintura, não é<br />
conveniente lavar o automóvel num equipamento<br />
automático com rolos de cer<strong>das</strong> agressivas.<br />
7<br />
Fatores externos e climatéricos<br />
Fatores externos ou climatéricos, como excrementos<br />
de ave, salinidade do ar, acumulação de sujidade<br />
e lama ou ácidos, deterioram a camada de<br />
verniz, geram per<strong>das</strong> de brilho e, em alguns casos,<br />
destroem esta camada. Por conseguinte, sempre<br />
que se encontrar uma mancha ou um dano provocado<br />
por estes fatores, deve ser limpa a superfície<br />
ou ser encontrada uma solução para evitar o agravamento<br />
do dano.<br />
Conclusão<br />
O verniz é a camada da pintura que fica à vista do<br />
cliente. Portanto, devem ser toma<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong><br />
para conseguir que o seu aspeto e brilho sejam<br />
perfeitos. Por conseguinte, utilizar produtos de qualidade,<br />
seguir as instruções do fabricante referentes<br />
à mistura de tintas e realizar processos de reparação<br />
e aplicação adequados, são procedimentos fundamentais<br />
para a concretização deste objetivo. l<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 91
Técnica<br />
&Serviço<br />
SECAGENS DE ALTA PRODUTIVIDADE<br />
OTIMIZAR OS<br />
recURSOS DISPONÍVEIS<br />
NESTE ARTIGO, FOCAMO-NOS NOS PRODUTOS E PROCESSOS QUE PERMITEM SECAR E CURAR, DE FORMA<br />
RÁPIDA E PROFUNDA, A ESPESSURA DE TINTA APLICADA, COM UMA APLICAÇÃO DE CALOR MÍNIMA OU NULA<br />
92 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração Centro CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
mínima ou nula. Tendo em conta os<br />
elevados encargos com a eletricidade,<br />
é uma boa altura para considerarmos<br />
a utilização destes produtos.<br />
Antigamente, as tintas que se aplicavam<br />
nos nossos automóveis podiam<br />
secar ao ar com total garantia<br />
de sucesso. Referimo-nos às tintas<br />
com nitrocelulose, sintéticas e, um<br />
pouco mais recentes, às lacas e aos<br />
esmaltes acrílicos convencionais e<br />
MS. No entanto, a legislação sobre<br />
os compostos voláteis contaminantes<br />
da tinta sofreu alterações. Os<br />
fabricantes desenvolvem produtos<br />
menos contaminantes, como as resinas<br />
acrílicas HS, UHS, para produtos<br />
2K, e as bases bicamada aquosas<br />
em substituição <strong>das</strong> bicama<strong>das</strong> com<br />
dissolvente.<br />
Estas novas tecnologias, menos poluentes,<br />
não proporcionam uma secagem<br />
ao ar ideal e requerem a aplicação<br />
de calor para a obtenção de uma secagem<br />
adequada. Esta secagem pode<br />
ser realizada com ar quente num forno<br />
ou estufa de pintura, com painéis<br />
infravermelhos ou, também, através<br />
de painéis endotérmicos elétricos instalados<br />
no interior <strong>das</strong> estufas.<br />
aumentar a rentabilidade<br />
Aumentar a rentabilidade da oficina<br />
nem sempre implica investimentos<br />
avultados. Também é possível reforçar<br />
a eficiência e melhorar o rendimento<br />
com pequenas inovações, já<br />
que as oficinas dispõem de produtos,<br />
processos ou ciclos de trabalho que<br />
lhes permitem minimizar os tempos<br />
de secagem e cura, manipular<br />
as peças pinta<strong>das</strong> e, inclusivamente,<br />
poli-las. As secagens de alta produtividade<br />
são possíveis sem grandes<br />
investimentos em equipamento de<br />
oficina. Minimizando os consumos<br />
energéticos e com recurso a meios<br />
mais respeitadores do ambiente, permitem<br />
reduzir a combustão <strong>das</strong> estufas,<br />
aumentando, simultaneamente,<br />
as capacidades de produtividade da<br />
área de pintura.<br />
Produtos e respetiva secagem<br />
As massas de poliéster, bem como os<br />
primários fosfatantes ou para plásticos,<br />
permitiram sempre uma boa<br />
secagem ao ar, embora, no caso <strong>das</strong><br />
massas, a secagem possa ser acelerada<br />
através de equipamentos de<br />
secagem por infravermelhos. Vamos<br />
centrar-nos noutros produtos, os<br />
2K, aparelhos e vernizes de última<br />
geração. Em última análise, estes<br />
produtos foram, em grande parte,<br />
responsáveis pela evolução rumo a<br />
uma secagem mais rápida, mais rentável<br />
e mais ecológica para a oficina.<br />
Aparelhos utilizados<br />
A tecnologia utilizada nos novos<br />
aparelhos é uma mistura de resinas<br />
que permite obter ótimos resultados,<br />
reduzindo os tempos de aplicação,<br />
de evaporação entre demãos<br />
e, sobretudo, de secagem. Podem<br />
utilizar-se sobre praticamente todos<br />
os suportes metálicos e plásticos do<br />
automóvel, com ótimas garantias. A<br />
sua aplicação é possível em diferentes<br />
processos de trabalho, sejam peças<br />
novas em cataforese ou repara<strong>das</strong><br />
com danos de extensão variável. E de<br />
forma rápida e simples, já que, após<br />
a aplicação e evaporação da primeira<br />
demão, as restantes demãos são aplica<strong>das</strong><br />
consecutivamente, sem tempo<br />
de evaporação entre elas. Cumprem<br />
as normas COV e integram o conceito<br />
de aparelhos em escala de cinzentos,<br />
já que se podem encontrar em<br />
três tonalidades diferentes (branco/<br />
cinzento/preto).<br />
A grande variação destes aparelhos<br />
face aos convencionais reside, principalmente,<br />
nos diferentes tipos ou<br />
condições ideais de secagem.<br />
l Secagem “ao ar” num período curto<br />
de tempo (25 - 60 minutos), mas<br />
tendo em consideração o número<br />
de demãos aplica<strong>das</strong>, a humidade, a<br />
temperatura ambiente e o endurecedor<br />
escolhido, entre outros;<br />
AS SECagenS EFICIENTES AUMENTAM AS taXAS<br />
DE PRODUTIVIDADE, MINIMIZAM OS CONSUMOS<br />
ENERGÉTICOS E MELHORAM AS MARGENS DE LUCRO<br />
Para otimizar os recursos disponíveis<br />
na área de pintura, os<br />
fabricantes estão em contínuo<br />
processo de investigação e desenvolvimento<br />
de produtos e processos inovadores<br />
que proporcionem vantagens,<br />
benefícios e melhorias na rentabilidade.<br />
Existem diferentes fórmulas e<br />
recursos para melhorar o rendimento<br />
da pintura automóvel. Neste caso, vamos<br />
focar-nos numa vertente muito<br />
simples e económica: produtos e processos<br />
que permitem secar e curar, de<br />
forma rápida e profunda, a espessura<br />
aplicada, com uma aplicação de calor<br />
l Possibilidade de uma secagem ótima<br />
(10 - 15 minutos) a temperatura<br />
média, 40 - 45 °C, reduzindo o consumo<br />
energético;<br />
l Secagem extra rápida: apenas 5 -<br />
10 minutos à temperatura máxima,<br />
60 °C.<br />
Vernizes aplicados<br />
Os vernizes acrílicos 2K são os mais<br />
utilizados nos sistemas de pintura<br />
bicamada e tricamada, proporcionando<br />
brilho, dureza e resistência<br />
à reparação. Estes vernizes proporcionam<br />
maior rentabilidade porque<br />
permitem reduzir os tempos de<br />
aplicação e têm tempos de secagem<br />
muito curtos. Além do mais, permi-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 93
Técnica<br />
&Serviço<br />
AUMENTAR A RENTABILIDADE DA OFICINA NEM SEMPRE<br />
IMPLICA INVESTIMENTOS avULTADOS. POR VEZES, É POSSÍVEL<br />
COM PEQUENAS INOVAÇÕES FAZER INÚMERAS MELHORIAS<br />
tem secagem a baixas temperaturas,<br />
inclusivamente secagem ao ar. A sua<br />
aplicação é otimizada com uma demão<br />
leve, seguida de outra densa.<br />
Desta forma, as vantagens resultam<br />
da eliminação dos tempos de espera<br />
entre demãos e da redução dos consumos<br />
com esta técnica de demãos<br />
consecutivas.<br />
Tecnologias eficazes<br />
Dentro da ampla gama de vernizes<br />
oferecidos pelas diferentes marcas de<br />
tinta, destacamos aqueles que proporcionam<br />
as secagens mais eficientes.<br />
Os vernizes acrílicos polivalentes,<br />
além de poderem ser aplicados<br />
em diferentes processos e sobre diferentes<br />
substratos, também apresentam<br />
uma ampla janela de secagem.<br />
A opção mais rápida de secagem<br />
encontra-se entre 5 a 10 minutos,<br />
a 60 °C, mas existem, também, outras<br />
possibilidades de secagem muito<br />
eficientes. Por exemplo, em estufas<br />
antigas com pouco poder calorífico<br />
ou em condições climatéricas muito<br />
adversas, de muito frio, as secagens<br />
serão muito eficientes mantendo a<br />
temperatura de secagem entre 40 -<br />
45 °C durante 15 - 20 minutos.<br />
Os vernizes com resinas especiais<br />
são soluções de última geração. Geralmente,<br />
são uma mistura de diferentes<br />
resinas. Entre elas, as poliaspárticas,<br />
que permitem realizar uma<br />
secagem, exclusivamente, ao ar ou<br />
com aplicação de calor em estufa. A<br />
grande vantagem destes vernizes é a<br />
sua secagem extremamente rápida,<br />
mantendo um ótimo nível de brilho<br />
- talvez não o mais elevado dentro de<br />
uma gama de vernizes - e obtendo<br />
uma camada superficial uniforme e<br />
com boa qualidade. Proporcionam,<br />
também, uma excelente dureza e resistência.<br />
Regra geral, este tipo de vernizes costuma<br />
utilizar endurecedores específicos<br />
ou aditivos aceleradores, em<br />
substituição dos diluentes convencionais.<br />
Permitem a possibilidade de<br />
secagem com calor na estufa/forno<br />
com tempos muito curtos (5 - 15 minutos)<br />
ou, também, completamente<br />
ao ar, entre 60 - 90 minutos.<br />
Existem outros vernizes que secam<br />
ao ar por absorção de humidade.<br />
As condições ideais de temperatura<br />
encontram-se entre os 20 - 25 °C e<br />
as de humidade relativa do ar entre<br />
50 - 60%. Estes vernizes apresentam<br />
uma mistura certamente peculiar, já<br />
que a sua proporção é de 1:1 com o<br />
seu catalisador específico, sem necessidade<br />
de diluente.<br />
Como grande particularidade e de<br />
cumprimento obrigatório, é necessário<br />
ativar a base bicamada aquosa<br />
com um aditivo específico numa proporção<br />
de 5%. Desta forma, será possível<br />
obter uma perfeita aderência<br />
entre a base bicamada e este verniz.<br />
Quando as peças estiverem isentas<br />
de poeiras, aproximadamente aos 10<br />
- 15 minutos, a 20 °C, devem ser retira<strong>das</strong><br />
da estufa e, através da absorção<br />
da humidade, terminarão a secagem.<br />
Os tempos de secagem podem variar<br />
entre 50 - 60 minutos, dependendo<br />
da espessura aplicada e sobretudo,<br />
<strong>das</strong> condições de temperatura e humidade<br />
relativa.<br />
Qualquer <strong>das</strong> três tecnologias anteriormente<br />
referi<strong>das</strong> oferece excelente<br />
resistência a raios ultravioletas, a riscos<br />
superficiais e a diferentes agentes<br />
químicos (ceras, gasolinas e óleos,<br />
entre outros), que possam comprometer<br />
as qualidades dos vernizes.<br />
Aditivos de secagem ao ar<br />
Alguns fabricantes de tintas oferecem<br />
a possibilidade de utilizar aditivos de<br />
secagem ao ar com o objetivo de otimizar<br />
os processos de secagem tanto<br />
nos aparelhos como nos vernizes. Estes<br />
aditivos também permitem à oficina<br />
a possibilidade de poupar energia<br />
durante a secagem (além da configuração<br />
de processos de trabalho mais<br />
flexíveis e produtivos, libertando espaço<br />
na estufa/forno para outros trabalhos<br />
de pintura e, por conseguinte,<br />
aumentando a sua produtividade).<br />
Os aditivos de secagem ao ar também<br />
são recomendáveis para processos<br />
de pintura sobre peças de plástico,<br />
garantindo a forma original <strong>das</strong><br />
peças plásticas, visto não existir calor<br />
durante a sua secagem. A utilização<br />
é muito simples: basta substituir o<br />
diluente convencional pelo aditivo<br />
específico de secagem ao ar, numa<br />
mistura clássica de aparelhos ou<br />
vernizes. O lixamento dos aparelhos<br />
com este aditivo poderá ser realizado<br />
após 40 minutos a 20 °C, embora<br />
dependa da espessura aplicada e do<br />
número de demãos, entre outros fatores.<br />
l<br />
94 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TRAVÕES BATERIA REVISÃO MECÂNICA MUDANÇA ÓLEO CLIMATIZAÇÃO PNEUS PRÉ-CONTROLO<br />
TÉCNICO<br />
SUSPENSÃO VISIBILIDADE KIT DE<br />
ESCAPE<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
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conhecimento do mercado multimarca. Presente em 25 países, com mais de 4400 oficinas em todo<br />
o mundo e mais de 150 em Portugal, o nosso grupo tem tudo o que precisa para levar a sua oficina ainda<br />
mais longe.<br />
Algumas <strong>das</strong> vantagens dos nossos aderentes:<br />
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• LINHA DE APOIO TÉCNICO<br />
• ACESSO A PLATAFORMA DE COMERCIALIZAÇÃO DE VIATURAS USADAS/SEMI-NOVAS<br />
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NOTÍCIAS // A ÁREA MAIS COLORIDA DO AFTERMARKET<br />
repintura<br />
ROBERLO<br />
CAMPANHA GRAND PRIX EM CURSO<br />
A<br />
Roberlo, empresa multinacional especializada no fabrico e venda de soluções<br />
para o setor da repintura automóvel, deu início a uma nova campanha<br />
de publicidade internacional, na qual os clientes assumem o verdadeiro<br />
papel de líder. Desde 15 de outubro que a empresa está a realizar esta iniciativa<br />
original, que entregará 40 prémios no valor de €100 ou equivalente na moeda do<br />
país de residência dos vencedores. A campanha chama-se Roberlo Grand Prix,<br />
como as corri<strong>das</strong> de Fórmula 1, e será vinculada a um dos principais produtos da<br />
Roberlo, que se destaca pela sua rápida velocidade de secagem: o primer Multyfiller<br />
Express. Esta massa acrílica espessa oferece uma grande cobertura, é fácil de<br />
lixar e, acima de tudo, seca muito rapidamente. Uma propriedade que a transformou<br />
no produto ideal para todos os tipos de reparações, combinando dois conceitos<br />
chave no setor de repintura de hoje: velocidade e qualidade. Participar é muito<br />
fácil. Só precisa de ter mais de 18 anos, trabalhar no setor de repintura ou reparação<br />
e adquirir o produto diretamente ou através da empresa em que trabalha.<br />
96 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
ZAPHIRO<br />
NOVA PISTOLA<br />
DEVILBISS<br />
A<br />
Zaphiro lança a mais recente novidade do catálogo<br />
DeVilbiss, a pistola DV1 Clearcoat. Trata-se de uma<br />
pistola especialmente projetada para aplicar todos<br />
os tipos de vernizes, incluindo a última geração, que oferece<br />
alta produtividade, desempenho e segurança. A série DV1,<br />
da Zaphiro, começou, há um ano, com o lançamento da DV1<br />
Basecoat para tintas à base de água, um produto desenvolvido<br />
a partir do zero pela DeVilbiss, que revolucionou a indústria<br />
graças ao desempenho otimizado. A nova Clearcoat, revestida<br />
com um preto fosco de extraordinária elegância, aproveita<br />
a plataforma DV1 e introduz modificações projeta<strong>das</strong><br />
especificamente para a aplicação de toda a gama de vernizes<br />
no mercado. Desde vernizes HS (alto teor de sólidos) ou UHS<br />
(ultra teor de sólidos) aos de média e baixa densidade e até<br />
mesmo de compostos orgânicos voláteis, a nova Clearcoat DV1<br />
oferece melhor desempenho, aplicação mais rápida e economia<br />
significativa de produtos, garantindo um acabamento perfeito e<br />
de alta qualidade.<br />
PUB<br />
21 Furos 57 Furos<br />
Interface<br />
Ultravent<br />
150 mm<br />
Prato-Suporte<br />
Ultravent<br />
Ultravent agrega valor<br />
pela economia de tempo<br />
e por proporcionar um<br />
ambiente de trabalho livre<br />
de poeira.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 97
Notícias<br />
repintura<br />
MOTA & PIMENTA<br />
BETUMES SPRALAC<br />
A<br />
empresa de Vila Nova de Famalicão, especialista em repintura<br />
automóvel, já fez saber que dispõe dos novos betumes<br />
Ultralight e Light da marca Spralac. Respondem<br />
pelo nome de SP7011 e SP7022 Betume Light as novas adições<br />
ao portefólio de produtos da Mota & Pimenta. Mas vamos por<br />
partes. Começando pelo SP7011 Betume Ultralight, produto que<br />
anuncia excelente aderência na maioria <strong>das</strong> superfícies dos automóveis.<br />
Segundo a Spralac, oferece uma capacidade de preenchimento<br />
de alta construção, sendo muito fácil de lixar. Já o SP7022<br />
Betume Light, leve e completo, foi projetado para ser lixado com<br />
facilidade, de modo a obter-se um acabamento perfeito, usando,<br />
progressivamente, os tipos de lixa P80, P120 e P240. De acordo<br />
com a Spralac, o SP7022 Betume Light oferece boa aderência, especialmente<br />
nos cantos, sendo multifuncional para todos os tipos<br />
de reparações.<br />
R-M E RIBEIRO & MARQUES<br />
JUNTAS EM EVENTO<br />
No passado mês de setembro, a R-M, em conjunto com o seu distribuidor<br />
R-M Ribeiro & Marques, organizou mais um evento direcionado às oficinas<br />
de reparação e repintura automóvel. No evento, foram apresenta<strong>das</strong><br />
algumas <strong>das</strong> últimas novidades aos mais de 50 clientes que marcaram presença<br />
nesse dia. A R-M, enquanto marca de repintura premium representada pela Ribeiro<br />
& Marques, não quis perder a oportunidade de poder apresentar, em primeira<br />
mão, as suas últimas novidades, assim como partilhar com os presentes o seu<br />
100.° aniversário, que está a ser celebrado ao longo de 2019. Através <strong>das</strong> demonstrações<br />
realiza<strong>das</strong> pela equipa presente ao longo desse dia, os participantes do<br />
evento puderam conhecer as vantagens do aparelho de secagem UV (ultravioleta)<br />
– UV Light Filler Grey P2530 - lançado pela R-M, que constitui uma <strong>das</strong> grandes<br />
inovações dos últimos tempos. O espírito de camaradagem e a competitividade<br />
entre os participantes contribuiu, de forma decisiva, para o grande sucesso deste<br />
dia de partilha e de convívio.<br />
ASB<br />
SERVIÇO ON THE ROAD<br />
Foi no passado dia 21 de setembro, no âmbito do evento comercial<br />
da ASB – Álvaro Sousa Borrego, que foi inaugurado o mais<br />
recente serviço ASB on the road. Neste evento, estiveram presentes<br />
os colaboradores da área comercial e técnica da empresa, que<br />
contando ainda com um convidado especial, Alexandre Van De Vel<br />
Sousa, que fez as honras de inaugurar a viatura ASB on the road e<br />
desvendar a surpresa à equipa. A aposta neste serviço sobre ro<strong>das</strong><br />
prende-se com a crescente procura de formação direcionada, essencialmente,<br />
às questões com as quais as oficinas se deparam todos os<br />
dias. Com este novo serviço, a ASB está mais apta a responder localmente<br />
e de uma forma mais célere às necessidades dos seus clientes.<br />
98 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Mundo<br />
automóvel<br />
KIA XCEED 1.6 CRDI TECH<br />
FatoR X
DEPOIS DOS CEED, CEED SPORTSWAGON E PROCEED, EIS O XCEED.<br />
A GAMA CEED ESTÁ CADA VEZ MAIOR E A KIA ESTÁ CADA VEZ MELHOR.<br />
ESTE CROSSOVER UTILITY VEHICLE (CUV), QUE COMBINA O CARÁCTER<br />
PRÁTICO DE UM SUV COM A ARQUITETURA DESPORTIVA DE UM<br />
HATCHBACK, TEM TUDO PARA SER UM SUCESSO. A COMEÇAR PELO<br />
DESIGN IRREVERENTE E A ACABAR NOS SETE ANOS DE GARANTIA<br />
por Bruno Castanheira<br />
Seria um hatchback (carroçaria de dois volumes<br />
e meio com cinco portas) igual a<br />
tantos outros, não fosse o “X” que lhe está<br />
associado. O crossover urbano XCeed é produzido<br />
na fábrica europeia da Kia, em Zilina, na Eslováquia,<br />
tal como os Ceed, Ceed Sportswagon e<br />
ProCeed. Segundo a marca sul-coreana, o XCeed<br />
é um crossover por mérito próprio, tendo sido<br />
concebido como um projeto autónomo dentro<br />
da gama Ceed. E este é, precisamente, um dos<br />
fatores que o torna único no mercado. Quer saber<br />
porquê? Viaje connosco pelas linhas que se<br />
seguem.<br />
Desenvolvido na Europa<br />
Concebido no centro europeu de design da Kia,<br />
em Frankfurt, na Alemanha, os sinais de exclusividade<br />
do XCeed são claros e demarcam-no<br />
de outras propostas existentes no mercado, cuja<br />
diferenciação se fica pelos arranjos estéticos ou<br />
plásticos adicionais aplicados no exterior. A carroçaria,<br />
estilo coupé, ainda que o cinzento que<br />
reveste esta unidade não seja, em nossa opinião,<br />
a que melhor resulta (amarelo, vermelho ou azul<br />
são as tonalidades mais indica<strong>das</strong>, estando a pintura<br />
metalizada disponível por €430), é um dos<br />
grandes argumentos do XCeed. Desenvolvida de<br />
raiz (apenas as portas dianteiras foram extraí<strong>das</strong><br />
dos Ceed e Ceed Sportswagon), a carroçaria, com<br />
uma altura ao solo de 184 mm, coloca o XCeed<br />
ao nível de muitos SUV e confere-lhe real versatilidade.<br />
As jantes de 18”, a grelha escura, as<br />
inserções brilhantes e a dupla saída de escape<br />
quadrangular, são elementos que resultam muito<br />
bem.<br />
O interior mantém a mesma tónica, ainda que,<br />
diga-se em abono da verdade, seja bem mais sóbrio<br />
do que o exterior. A qualidade de construção<br />
situa-se num patamar bastante convincente,<br />
o posto de condução é simplesmente ótimo e<br />
quanto a espaço disponível para ocupantes e bagagem,<br />
o XCeed cumpre a sua missão sem deslumbrar.<br />
Anunciando 426 litros com os bancos<br />
traseiros na posição normal (1378 litros com eles<br />
rebatidos), a bagageira é 31 litros maior face à do<br />
Ceed, o que reforça a singularidade e o carácter<br />
prático da sua faceta de crossover.<br />
O XCeed está disponível com o primeiro painel<br />
de instrumentos totalmente digital da Kia: Supervision,<br />
de 12,3”. Concebido para fornecer as<br />
informações da forma mais clara possível, apresenta<br />
um ecrã de alta definição (1920x720 pixels),<br />
que substitui os mostradores convencionais.<br />
O seu monitor, único e perfeitamente integrado<br />
no tablier, incorpora mostradores digitais extremamente<br />
claros para as funções de velocímetro<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 101
KIA XCEED<br />
Embalagem e<br />
conteúdo a condizer.<br />
O XCeed foi<br />
concebido como um<br />
projeto autónomo<br />
dentro da gama<br />
Ceed. Argumentos<br />
não lhe faltam<br />
O XCEED É A QUARTA DECLINAÇÃO DA FAMÍLIA<br />
CEED E ESTÁ DISPONÍVEL COM O PRIMEIRO PAINEL<br />
DE INSTRUMENTOS TOTALMENTE DIGITAL DA KIA<br />
e de conta-rotações. Um ecrã multifunções<br />
entre os mostradores exibe<br />
instruções de navegação e informações<br />
áudio, para além de indicações<br />
de bordo aprofunda<strong>das</strong>, alertas de<br />
diagnóstico do veículo e notificações<br />
instantâneas relaciona<strong>das</strong> com os diversos<br />
sistemas de segurança.<br />
Criado para o mundo<br />
Equipado com inúmeros dispositivos<br />
de assistência à condução, o<br />
XCeed faz uso de uma vasta gama<br />
de tecnologias: Sistema de Controlo<br />
da Velocidade Inteligente, com função<br />
Stop&Go, Sistema de Deteção<br />
do Ângulo Morto, Aviso de Colisão<br />
Frontal com deteção de automóveis e<br />
de peões, Aviso de Limite de Velocidade<br />
Inteligente, Sistema Inteligente<br />
de Auxílio ao Estacionamento, Assistência<br />
à Manutenção na Faixa de<br />
Rodagem, Assistente de Máximos e<br />
Gestão da Estabilidade do Veículo,<br />
que aumenta a estabilidade na travagem<br />
e em curva através da atuação<br />
do Controlo Eletrónico de Estabilidade<br />
(ESC). Já o Aviso de Atenção<br />
do Condutor, aconselha a fazer uma<br />
pausa se forem detetados sinais de<br />
fadiga. E a Assistência à Circulação<br />
na Faixa de Rodagem (LFA) consiste<br />
na tecnologia de condução autónoma<br />
de “Nível 2” da Kia, que controla<br />
a aceleração, a travagem e a direção.<br />
Contudo, o XCeed, na especificação<br />
Tech, não dispõe de todos estes<br />
dispositivos. Mas quase. Por €1.100<br />
pode ser requisitado o Pack ADAS,<br />
que inclui Alerta de Colisão Frontal<br />
para Peões, Detetor de Ângulo Morto<br />
e Alerta de Tráfego na Retaguarda.<br />
Entre os cuidados especiais tidos na<br />
elaboração deste modelo, encontra-<br />
-se a suspensão, com uma afinação<br />
exclusiva e batentes hidráulicos na<br />
dianteira, que permitem uma melhor<br />
absorção <strong>das</strong> irregularidades, resultando,<br />
assim, num maior conforto<br />
em pisos degradados. É a verdade é<br />
que o XCeed é um CUV cómodo e<br />
que dá gosto conduzir, ainda que o<br />
comando da caixa manual pudesse<br />
ser mais preciso. A direção é comunicativa<br />
q.b., os travões cumprem o seu<br />
papel com competência, o rolamento<br />
da carroçaria em curva é pouco acentuado<br />
e mesmo nas situações perto<br />
dos limites da física este Kia lida bem<br />
com a pressão. Os 136 cv e 280 Nm<br />
do motor Diesel 1.6 CRDi, equipado<br />
com filtro de partículas, quatro válvulas<br />
por cilindro, injeção common<br />
rail, sistema start&stop, turbo de<br />
geometria variável e intercooler, proporcionam<br />
uma condução agradável,<br />
ainda que sem grandes motivos para<br />
euforias.<br />
O XCeed é, sem dúvida, dos modelos<br />
mais interessantes e apelativos da<br />
Kia, marca que tem sabido, aos poucos,<br />
conquistar as preferências dos<br />
consumidores portugueses. A versão<br />
aqui em ensaio custa (sem despesas<br />
nem extras) €34.647, mas a gama arranca<br />
nos €26.747 da variante a gasolina<br />
1.0 T-GDi Drive de 120 cv com<br />
caixa manual de seis velocidades. l<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
77,0x85,8<br />
Taxa de compressão 15,9:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 280/1500-3000<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção common rail<br />
Sobrealimentação turbo VTG + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESC<br />
Caixa de velocidades manual de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 12,7<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (288)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (272)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
Multilink<br />
Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 196<br />
0-100 km/h (s) 10,6<br />
Consumo combinado WLTP (l/100 km) 5,3<br />
Emissões de CO 2 WLTP (g/km) 138<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comp./larg./alt. (mm) 4395/1826/1495<br />
Distância entre eixos (mm) 2650<br />
Vias frente/trás (mm) 1575/1573<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 426-1378<br />
Peso (kg) 1472<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 10,82<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx18”<br />
Pneus de série 235/45 R 18<br />
Pneus de teste Continental ContiSportContact 5<br />
235/45 R 18 94V<br />
GARANTIAS<br />
Mecânica<br />
7 anos ou 150.000 km<br />
Pintura<br />
5 anos ou 150.000 km<br />
Anticorrosão<br />
12 anos sem limite km<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 1 ano ou 15.000 km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €35<br />
Intervalos<br />
1 ano ou 15.000 km<br />
PREÇO (sem despesas) €34.647<br />
Unidade testada €34.647<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €158,92<br />
102 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
O CAMINHO<br />
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RELEASE THE FULL POTENTIAL
Mundo<br />
Automóvel<br />
NOTÍCIAS por Bruno Castanheira<br />
VOLVO XC40 RECHARGE<br />
O PRIMEIRO 100% ELÉTRICO<br />
A Volvo apresentou o seu primeiro modelo 100% elétrico: o XC40<br />
Recharge. Nos próximos cinco anos, a marca sueca lançará um novo<br />
veículo com esta tipologia a cada ano. A Volvo Cars pretende que,<br />
em 2025, metade <strong>das</strong> suas ven<strong>das</strong> mundiais seja constituída por<br />
modelos elétricos, sendo a restante quota preenchida por híbridos.<br />
Recharge será o nome que a marca atribuirá a todos os Volvo que<br />
sejam recarregáveis (100% elétricos ou híbridos plug-in). O Volvo<br />
XC40 Recharge, que chega a Portugal em 2021, terá 408 cv e uma<br />
autonomia de 400 km (WLTP). Será possível carregar 80% <strong>das</strong> suas<br />
baterias em 40 minutos através de um sistema de carga rápida. Para<br />
ajudar a manter os passageiros seguros e as baterias intactas em<br />
caso de colisão, a Volvo desenvolveu uma nova estrutura. Oito cores<br />
exteriores, onde se inclui a nova “Sage Green metallic”, permitem<br />
uma vasta personalização, sendo o teto preto de série. Estão,<br />
também, disponíveis duas novas opções de jantes de 19” e 20”.<br />
MERCEDES-BENZ<br />
A MARCA AUTOMÓVEL MAIS VALIOSA<br />
A<br />
Mercedes-Benz foi, uma vez mais, considerada a marca automóvel de luxo mais valiosa do<br />
mundo. No último ranking “Best Global Brands”, da consultora norte-americana Interbrand,<br />
a marca alemã reafirmou o resultado alcançado no ano passado, ao ocupar o 8.° lugar. A<br />
Mercedes-Benz continua a ser a única marca europeia a figurar entre as 10 primeiras posições. Em<br />
comparação com 2018, o valor da Mercedes-Benz aumentou mais 5%, para 50.832 mil milhões de<br />
dólares, naquela que é a continuação de uma história de sucesso ininterrupta, pois a marca tem aumentado,<br />
continuamente, o seu valor desde 2009. A Interbrand, consultora dos EUA, avalia as 100<br />
marcas mais valiosas do mundo de acordo com três aspetos: “Desempenho financeiro dos produtos<br />
ou serviços da marca”; “Papel da marca no processo de decisão de compra”; “Força da marca visando<br />
salvaguardar as receitas futuras da empresa”.<br />
HYUNDAI<br />
CAMPANHA COM NEXO EM ESPANHA<br />
A<br />
Hyundai Motor Espanha lançou uma campanha com a embaixadora da marca, Mireia<br />
Belmonte, onde a atleta testa a tecnologia ecológica do modelo NEXO. A Campeã Olímpica<br />
enfrentou o desafio de treinar dentro de uma bolha ligada ao tudo de escape de um NEXO,<br />
respirando as emissões diretamente do veículo. Este é o primeiro modelo fuel cell a ser matriculado<br />
em Espanha, revelando o compromisso da Hyundai para com a tecnologia de hidrogénio destinada a<br />
utilização urbana. Além de não produzir emissões poluentes, este modelo reduz ainda a pegada ambiental<br />
dos outros condutores. O NEXO é considerado uma peça chave na estratégia ecológica da<br />
Hyundai, que pretende lançar 38 modelos “verdes” até 2025, acelerando o desenvolvimento da condução<br />
com zero emissões. Com um design minimalista e fluido, o Hyundai NEXO conjuga a mais<br />
recente tecnologia com o estilo SUV, sendo a ponte para o futuro da mobilidade.<br />
FORD<br />
PRODUÇÃO DO PUMA COMEÇOU<br />
A produção em série do inovador e eletrificado Puma, a partir <strong>das</strong><br />
instalações de ponta da Ford em Craiova, na Roménia, já teve início.<br />
Proposto com a avançada tecnologia mecânica eletrificada EcoBoost<br />
Hybrid 48 Volt, o novo crossover compacto da Ford, de inspiração<br />
SUV, é o primeiro veículo híbrido a ser fabricado na Roménia. Para<br />
o efeito, a Ford contratou uma equipa adicional composta por<br />
1.700 pessoas e investiu, aproximadamente, 200 milhões de euros<br />
na unidade fabril de Craiova. O novo Puma é um dos oito modelos<br />
eletrificados que a Ford está a trazer para o mercado europeu<br />
em 2019. No início do ano em curso, a marca anunciou que cada<br />
novo modelo seu de passageiros incluiria, na gama, uma opção<br />
eletrificada – mild hybrid, full hybrid, plug-in hybrid ou 100%<br />
eléctrica – disponibilizando, assim, aos clientes europeus um<br />
dos mais abrangentes leques de opções electrifica<strong>das</strong>. ST-Line e<br />
Titanium X serão duas <strong>das</strong> versões disponíveis.<br />
104 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Mundo<br />
Automóvel<br />
EM ESTRADA<br />
por Jorge Flores<br />
RENAULT TWINGO LE COQ SPORTIF<br />
CANTAR DE GALO<br />
A<br />
versão Le Coq Sportif do Renault Twingo é como um regresso ao passado. Ambas as marcas<br />
têm uma história de relevo em matéria de popularidade e estilo. Com esta edição especial (a<br />
mais elitista da gama), a marca francesa – ambas – procuram piscar o olho aos espíritos mais<br />
saudosistas da década de 90. Mas será que o pequeno galo francês ainda sabe cantar? Dotada de uma<br />
caixa automática de dupla embraiagem (EDC) e um motor a gasolina com 95 cv de potência, esta<br />
versão especial custa €16.090, enquanto a proposta tradicional custa €11.760 (caixa manual de cinco<br />
velocidades e motor de 75 cv). A diferença está nos detalhes que a versão Le Coq Sportif acrescenta.<br />
Quais? Permite optar por três cores: branca (como a unidade ensaiada), azul e vermelho. To<strong>das</strong> estas<br />
opções de carroçaria exibem, no exterior e interior, emblemas com a imagem da marca de vestuário e calçado. Contempla ainda vários elementos<br />
exclusivos, como, por exemplo, o ar condicionado automático, o sistema multimédia Easy Link com ecrã tátil de 7’’ compatível com Android Auto<br />
e Apple Car Play, o regulador/limitador de velocidade, o banco do condutor regulável em altura, o sistema de ajuda ao estacionamento traseiro<br />
com câmara de marcha-atrás, os sensores de chuva e luminosidade e os estofos com personalizações em vermelho.<br />
Motor 3 cil. linha, transv., tras. Cilindrada (cc) 898 Potência máxima (cv/rpm) 95/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 135/2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 165 0-100 km/h (s) 11,1 Consumo combinado (l/100 km) 6,0 Emissões de CO 2 (g/km) 105<br />
Preço €16.090 IUC €94,42<br />
FIAT TIPO SW 1.3 MULTIJET MIRROR<br />
CONECTIVIDADE ACRESCIDA<br />
De linhas discretas, mas elegantes, a carrinha Fiat Tipo ganhou uma nova versão:<br />
Mirror (espelho, em inglês). Um reforço em matéria de conectividade e infoentretenimento,<br />
imposição dos tempos modernos. Integra um sistema Uconnect HD<br />
Live, com ecrã tátil de 7” e integração com Apple CarPlay e compatibilidade com Android Auto.<br />
Permite, deste modo, aceder ao smartphone e às suas aplicações, a partir do posto de condução.<br />
Em exclusivo para esta versão da carrinha Fiat Tipo, uma nova cor: azul “Venezia”, além de uma<br />
série de elementos cromados, como os puxadores <strong>das</strong> portas, os frisos laterais, o contorno da grelha<br />
inferior, as molduras dos faróis de nevoeiro e o revestimento dos retrovisores. Trunfo é, também, a<br />
habitabilidade, que continua generosa, e uma bagageira a condizer, com 550 litros. O motor Diesel<br />
de 1,3 litros com 95 cv não é um primor, sobretudo, em termos audíveis, mas compensa em termos de consumos: 3,7 l/100 km. Em termos dinâmicos,<br />
esta carrinha não compromete. Mas também não entusiasma. Equipada com caixa manual de cinco relações, a carrinha Fiat Tipo cumpre o arranque<br />
dos 0 aos 100 km/h em 12,5 segundos e alcança os 200 km/h de velocidade máxima.<br />
Motor 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1248 Potência máxima (cv/rpm) 95/3750 Binário máxi mo (Nm/rpm) 200/1500<br />
Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 12,5 Consumo combinado (l/100 km) 3,7 Emissões de CO 2 (g/km) 98 Preço €23.207 IUC €94,42<br />
106 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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tecnologia<br />
FÁBRICA DA ŠKODA EM MLADÁ BOLESLAV<br />
HUB DE PINTURA CHECO<br />
A FÁBRICA DA ŠKODA NA CIDADE DE MLADÁ BOLESLAV PASSA A SER DAS MAIS MODERNAS DO MUNDO EM<br />
TERMOS DE PINTURA DE AUTOMÓVEIS. DEPOIS DE UM AVULTADO INVESTIMENTO, A UNIDADE PASSOU A SER MAIS<br />
LIMPA E ECOLÓGICA. CONHEÇA, EM DETALHE, A NOVA ALA DE PINTURA QUE SE RECICLA POR SI SÓ por Ricardo Carvalho<br />
A<br />
Škoda inaugurou uma ala de<br />
pintura na sua fábrica de<br />
Mladá Boleslav, na República<br />
Checa. Nesta ala, está previsto que<br />
sejam pintados, a cada ano, um total<br />
de <strong>168</strong> mil carroçarias adicionais, o<br />
que eleva a capacidade anual total<br />
desta fábrica para 812 mil veículos. A<br />
marca checa do Grupo VW investiu<br />
um total de 214,5 milhões de euros<br />
no novo edifício, que se transforma<br />
num dos mais modernos e ecológicos<br />
deste género na Europa. Ao mesmo<br />
tempo, criou mais 650 novos postos<br />
de trabalho.<br />
Muitas <strong>das</strong> diferentes fases de produção<br />
serão realiza<strong>das</strong> ou assisti<strong>das</strong><br />
por um total de 66 robots dotados de<br />
tecnologia, todos de funcionamento<br />
autónomo. A utilização de tecnologias<br />
inovadoras permite que as<br />
várias estações de trabalho dos colaboradores<br />
da fábrica sejam particularmente<br />
ergonómicas. As tecnologias<br />
de pintura de última geração<br />
utiliza<strong>das</strong> nesta nova ala da fábrica<br />
da Škoda incluem um sistema totalmente<br />
autónomo para transportar as<br />
carroçarias individualmente durante<br />
o pré-tratamento e a aplicação do<br />
primário. Graças a este método de<br />
transporte, os parâmetros do processo<br />
de cada veículo podem ser selecionados<br />
individualmente, numa personalização<br />
que não é possível nas<br />
linhas de pintura tradicionais.<br />
Estratégia GreenFuture<br />
Todos os dados do processo de produção<br />
são coordenados de forma eletrónica<br />
com a identificação de cada<br />
veículo, sendo transmitidos, posteriormente,<br />
por rádio, à estação de<br />
trabalho. A Škoda Auto preocupou-se<br />
em conseguir um consumo de energia<br />
muito reduzido com este novo espaço.<br />
Para isso, utiliza uma nova tecnologia<br />
de secagem, que faz com que os recuperadores<br />
centrais soprem ar quente<br />
em certas áreas para reduzir até 20%<br />
a energia empregue para secar as cama<strong>das</strong><br />
de pintura dos veículos. Graças,<br />
também, a um inovador sistema de escovas<br />
húmi<strong>das</strong> para limpar as carroçarias,<br />
a selagem e a imprimação da tinta<br />
são realizados ao mesmo tempo.<br />
Os 66 novos robots de pintura dispõem<br />
de um inovador sétimo eixo de<br />
rotação no seu braço móvel, que lhes<br />
permite pintar carroçarias de automóveis<br />
com uma superfície total de<br />
até 108 m 2 . As instalações da Škoda<br />
Auto aplicam apenas as cama<strong>das</strong> à<br />
base de água, com exceção da camada<br />
transparente final. Não obstante,<br />
nesta nova ala, 55% da camada superior<br />
é feita com matéria sólida. Precisamente<br />
por isso, cada veículo precisa,<br />
aproximadamente, de menos 210<br />
gramas de dissolvente e até mesmo a<br />
quantidade da camada transparente<br />
é reduzida em 17%.<br />
A nova ala de pintura da fábrica de<br />
Mladá Boleslav dispõe ainda de um<br />
sistema que dá pelo nome de “separação<br />
de secagem” e que absorve<br />
os resíduos de pintura, bem como<br />
de outro sistema, que se encarrega<br />
de eliminar termicamente to<strong>das</strong> as<br />
emissões. Assim, é possível reduzir<br />
108 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A LINHA DE PINTURA MAIS avanÇada DA EUROPA<br />
66<br />
robots<br />
Muitas <strong>das</strong><br />
operações passaram<br />
a ser assegura<strong>das</strong> por robots.<br />
Graças à utilização de tecnologias<br />
inovadoras, os locais de trabalho são<br />
funcionais e ergonómicos<br />
20 % menos energia<br />
Tecnologia de secagem única diminuiu o consumo<br />
de energia em um quinto<br />
2 componentes de pintura<br />
Dois novos e modernos componentes de pintura<br />
reduzem o impacto ecológico durante a aplicação<br />
da tinta<br />
17% menos tinta<br />
Um método de pintura mais preciso reduz o<br />
conjunto de agentes dissolventes utilizados e o<br />
desperdício de tinta que foi criado<br />
17 tonalidades com e sem efeitos<br />
metalizados e pérola<br />
Ecológica<br />
Novos métodos de aplicação da tinta<br />
Secagem separada<br />
Ao utilizar calcário, elimina o<br />
desperdício na forma de lodo de tinta<br />
Recicla até 80% de ar<br />
Reduz a necessidade do seu tratamento<br />
36%<br />
Menos emissões de substâncias orgânicas<br />
Poupança de energia<br />
Eliminação de um dos estágios da pintura<br />
Nova ala de pintura<br />
em números<br />
25.094 m 2<br />
Área onde a oficina<br />
de pintura foi<br />
construída ocupada<br />
equivale a três campos<br />
de futebol<br />
828.058 m 3<br />
Volume de ar aproximado equivale ao<br />
volume de água de 265 piscinas olímpicas<br />
35 m de altura<br />
A oficina de pintura com sete andares<br />
é o edifício mais alto da fábrica checa<br />
em 36% as emissões deriva<strong>das</strong> da<br />
produção de compostos orgânicos<br />
voláteis (VOC) gerados durante o<br />
processo de pintura. Todo o investimento<br />
no novo espaço de pintura<br />
ecológico insere-se na estratégia<br />
GreenFuture e constitui um pilar<br />
importante do objetivo de sustentabilidade<br />
da marca checa. l<br />
O sistema de pintura inclui cinco cama<strong>das</strong> com uma espessura de cerca de 100 micrómetros<br />
Camada exterior - 30 µm<br />
Cor - 20 µm<br />
Camada anti-corrosão - 18 µm<br />
Fosfato - 2 µm<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 2019 109
Mundo<br />
Automóvel<br />
USO PROFISSIONAL FORD TRANSIT ECOBLUE HYBRID<br />
MECÂNICA MUITO PRÓPRIA<br />
A FORD ADIANTA-SE À CONCORRÊNCIA COM UM SISTEMA MICRO-HÍBRIDO, ESTREIA NO<br />
SEGMENTO, CAPAZ DE REDUZIR, EFICAZMENTE, O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL SEM COMPROMETER<br />
A SUA UTILIZAÇÃO, GRAÇAS À TECNOLOGIA DE BATERIAS DE 48V por Ricardo Carvalho<br />
A<br />
“hibridização” é mais uma<br />
necessidade do que uma<br />
moda passageira. Trata-se<br />
de uma nova tecnologia de redução<br />
de consumos e emissões que, agora,<br />
faz mais sentido do que nunca no<br />
segmento dos veículos comerciais<br />
ligeiros. Por isso, a Ford colocou<br />
“mãos à obra” e desenvolveu a sua<br />
tecnologia micro-híbrida para a<br />
Transit, paralelamente ao anúncio<br />
da utilização da tecnologia híbrida<br />
plug-in, presente na sua “irmã menor”,<br />
a Custom. Voltando ao tema<br />
deste artigo, o maior furgão da marca<br />
da oval azul recorre, em opção, a<br />
uma bateria de 48V, que proporciona<br />
maior potência elétrica à rede,<br />
permitindo novas funcionalidades<br />
em elementos como o novo alternador,<br />
que substitui o original, e que<br />
também faz, por vezes, de motor<br />
de arranque e gerador. Este recupera<br />
energia nas desacelerações e<br />
guarda-a na bateria, podendo ainda<br />
reaproveitá-la nas fases de desaceleração.<br />
O objetivo não passa por melhorar<br />
as prestações (ainda que a resposta<br />
ao acelerador seja mais rápida), mas<br />
por aumentar a eficiência do motor<br />
Diesel. Ao conquistar um extra de<br />
binário em aceleração, o bloco Diesel<br />
fica sujeito a menor esforço e, em<br />
consequência, gasta menos combustível.<br />
A Ford afirma que gasta menos<br />
3% de combustível e que pode chegar<br />
aos 8% em condução urbana,<br />
precisamente no ambiente em que<br />
mais se pode aproveitar esta componente<br />
híbrida.<br />
Elevada eficiência<br />
A Ford propõe este sistema MHEV<br />
nos seus motores Diesel combinados<br />
com tração dianteira ou traseira.<br />
Motores que recebem uma atualização<br />
para estarem de acordo com as<br />
novas normas anti-contaminação. A<br />
gama, baseada no mesmo bloco 2.0<br />
EcoBlue, recebe novos injetores, novas<br />
soluções para reduzir as fricções<br />
e uma nova bomba de óleo, que adequa,<br />
de forma mais eficiente, o fluxo<br />
de acordo com o que é pedido. São<br />
três níveis de potência (105, 130 e 170<br />
cv), aos quais se junta um novo patamar<br />
com 185 cv e 415 Nm de binário.<br />
Por outro lado, a Transit é proposta<br />
tanto com transmissão manual como<br />
automática, ambas de seis velocidades.<br />
A partir da primavera de 2020,<br />
vai passar a existir uma opção de caixa<br />
automática de 10 relações (só para<br />
as Transit de tração traseira).<br />
Muito completa<br />
Como vem sendo habitual, a gama da<br />
Transit foi pensada para todo o tipo<br />
de utilizações e utilizadores. Está<br />
disponível em carroçaria furgão, com<br />
três comprimentos e duas alturas,<br />
que dão forma a uma caixa de carga<br />
entre 9,5 e 15,1 m 3 . O peso bruto oscila<br />
entre os 3.100 e os 4.700 kg. Os<br />
que precisarem de um espaço de carga<br />
mais versátil, têm na chassis-cabina<br />
a sua melhor aliada, pois pode<br />
servir de base a transformações com<br />
até cinco comprimentos de chassis,<br />
entre os 5,22 e os 7,57 m.<br />
Por fim, as versões de passageiros<br />
também foram contempla<strong>das</strong> pela<br />
Transit. Primeiro, as Kombi e mistas<br />
que oferecem até nove lugares e<br />
ainda espaço de carga de acordo com<br />
as necessidades. Depois, as Bus, desenvolvi<strong>das</strong><br />
para o transporte escolar<br />
ou shuttle VIP, com capacidade entre<br />
11 e 18 passageiros, ainda que, neste<br />
caso, seja necessário carta de condução<br />
de pesados de passageiros. l<br />
110 Novembro I 2019 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com