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Negócios Novembro 2019

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4 | JORNAL DE NEGÓCIOS<br />

Empreender<br />

Envelhecimento da população, preocupação com o bem-estar e desafios<br />

Nathália Tavares, da Troposlab,<br />

aceleradora responsável pela<br />

CareTech: encontro de investidores<br />

com inovação em saúde<br />

Ana Carolina Nunes<br />

A<br />

plataforma brasileira Cuidas<br />

nasceu a partir da percepção<br />

de seus criadores de que a<br />

área da saúde é uma das mais promissoras<br />

no País – e também uma<br />

das que mais precisam de melhorias.<br />

“Pensamos em qual problema poderíamos<br />

solucionar de forma social e<br />

financeiramente sustentável, e identificamos<br />

que a área da saúde era a<br />

que mais oferecia desafios”, conta<br />

Matheus Silva, um dos três fundadores<br />

da startup.<br />

A avaliação dele e dos sócios Deborah<br />

Alves e João Henrique Vogel<br />

ganhou reforço diante de uma pesquisa<br />

da consultoria McKinsey feita<br />

com 5 mil brasileiros apontando que<br />

a maior insatisfação da população<br />

era com a área da saúde. Mesmo com<br />

um sistema de assistência de saúde<br />

universal e gratuita, ainda há muitas<br />

falhas e, principalmente, muita desigualdade<br />

no acesso e na qualidade<br />

do atendimento no País. Os desafios<br />

atuais, aliados às mudanças sociais,<br />

ao envelhecimento da população e à<br />

evolução tecnológica, criam uma variedade<br />

de oportunidades de negócios<br />

nesse segmento – e é aí que ganham<br />

espaço as chamadas healthtechs, as<br />

startups voltadas para a saúde.<br />

No caso da Cuidas, o foco são os<br />

cuidados primários. É uma solução<br />

para empresas, mas não é um plano<br />

de saúde e tampouco possui clínicas,<br />

laboratórios ou hospitais. É uma plataforma<br />

que coloca à disposição dos<br />

funcionários da empresa contratante<br />

uma equipe de médicos e enfermeiros<br />

para atendimento básico de queixas,<br />

no local de trabalho, e, ao mesmo<br />

tempo, atua na gestão da saúde básica<br />

dos participantes. “Conseguimos<br />

absorver mais de 80% dos primeiros<br />

cuidados da saúde”, conta Silva.<br />

Isso significa que dores de cabeça,<br />

dores nas costas ou algum mal-estar<br />

simples não chegam até o atendimento<br />

de urgência e emergência,<br />

como geralmente ocorre, impactando<br />

o sistema e aumentando o custo<br />

desse serviço de saúde, seja no setor<br />

público ou no privado.<br />

POTENCIAL<br />

Apesar de algumas limitações,<br />

como a questão regulatória, Silva vê<br />

o setor de saúde com bastante espaço<br />

para empreender, já que, segundo<br />

ele, ainda é uma área conservadora<br />

e carente de inovações. “Dá para fazer<br />

mais, de forma mais eficaz e eficiente<br />

e com mais economia. O uso<br />

da tecnologia nos processos ainda é<br />

limitado. Hoje, no Brasil, 70% dos

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