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[ JANEIRO 2020 | Edição Nº. 260 | ANO XXVI | Direcção: Sandra Ferreira + Armindo Alves | Publicação mensal gratuita ]
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EDITORIAL
ESTATUTO
EDITORIAL
PÁGINA 3
DEPENDÊNCIA
QUÍMICA
PÁGINA 4, 5
SAÚDE
ACTUALIDADE
POBREZA NA
SUÍÇA
AUMENTA
PÁGINA 16
DezEMBRO 2019
Página 06
2
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Serviçoa sociais: 031 351 17 42
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Polícia 117
Bombeiros 118
Ambulância 144
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Rega 1414
Edição anterior
L U S I T A N O
ANO XXV - Nº. 259 - DIRECÇÃO: Sandra Ferreira + Armindo Alves - Publicação mensal gratuita
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Juniores D
sagraram-se
campeões de
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Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
EDITORIAL
3
Estatuto editorial
A DIRECÇÃO: Sandra Ferreira
Armindo Alves
1 — O “Lusitano de Zurique” é um jornal de informação geral e é
propriedade do Centro Lusitano de Zurique, com sede Birmensdorferstr.
48 - 8004 Zurique - Suíça.
2 — O “Lusitano de Zurique” está essencialmente ao serviço
das Comunidades Lusófonas.
3 — O “Lusitano de Zurique” coloca o bem comum acima dos
interesses particulares e não privilegia ninguém, procurando, no
entanto, ser a voz dos sem voz.
4 — O “Lusitano de Zurique” rejeita quaisquer totalitarismos,
quer de direita quer de esquerda. Rejeita todas as formas de
violência e preconiza o diálogo como forma normal de resolver
os diferendos.
5 — Como instrumento ao serviço da pessoa humana, o “Lusitano
de Zurique” considera condenável tudo quanto se opõe à
vida humana, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio,
pena de morte e tudo o que viola a integridade da pessoa
humana, como as mutilações, os tormentos corporais e
mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências;
tudo quanto ofende a dignidade da pessoa, como as
condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as
deportações, a escravidão, a prostituição, o tráfico de mulheres
e jovens; as condições degradantes de trabalho, em
que os operários são tratados como meros instrumentos de
lucro e não como pessoas livres e responsáveis.
6 — Como publicação periódica de informação geral destinada
às Comunidades Lusófonas, o “Lusitano de Zurique”
está ao serviço de uma informação verdadeira e objectiva,
diversificada e completa e está aberta ao pluralismo e à diversidade
de opiniões.
7 — O “Lusitano de Zurique” é uma publicação, onde se
procura distinguir a informação da opinião e actua de acordo
com o princípio, segundo o qual os factos são sagrados
e os comentários são livres. Vincula-se ao respeito pelos
princípios deontológicos e pela ética profissional dos jornalistas,
assim como pela boa-fé dos leitores.
8 — O “Lusitano de Zurique” é uma publicação independente
de qualquer poder político, religioso, desportivo, ou
económico.
EQUIPA REDACTORIAL
EMAIL: LUSITANOZURIQUE@GMAIL.COM
Sandra Ferreira
Armindo Alves
DIRECTOR A CC12 A
SUB-DIRECTOR CC15 A
Natascha D´Amore
Domingos Pereira
Maria dos Santos
Carmindo de
Carvalho
Lúcia Sousa
Euclides Cavaco
Zuila Messmer
Pedro Barroso
Joana Araújo
CC11 A
Carlos Matos
Gomes
Cristina F. Alves
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jornalista 3000 A
Jorge Macieira
CC28 A
EDIÇÃO,
COMPOSIÇÃO
E PAGINAÇÃO
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Jornalista 3000 A
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Tiragem: 2000 exemplares
Periodicidade: Mensal
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Centro Lusitano de Zurique
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Nuno
Brandão
Esta publicação não
adopta nem respeita o inútil
(des)Acordo Ortográfico
Apoios:
Daniel Bohren
Jurista
Pedro Nabais
CC14 A
Aragonez
Marquez
Ivo Margarido Jeremy da Costa Nelson Lima
NOTA: Os artigos assinados reflectem tão-somente a opinião dos seus
autores e não vinculam necessariamente a direcção desta revista
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
4
SAÚDE
Dependência química
ZUILA MESSMER
A dependência química é uma doença crónica e progressiva,
ou seja, que piora com o passar do tempo, caso não seja tratada,
e que gera outras doenças. É considerada também um
transtorno mental e psicológico, caracterizando-se por um conjunto
de sinais e sintomas decorrentes do uso de drogas*.
A condição física e psicológica causada pelo consumo constante
de substâncias psicoactivas faz com que o corpo humano
se torne cada vez mais dependente das mesmas, tendo como
consequências sintomas que afetam o sistema nervoso.
Quando o indivíduo deixa de consumir, tem a sensação de ressaca
(indisposição), considerada um dos principais motivos que
impedem o abandono das drogas por parte da pessoa dependente.
A dependência varia conforme o vício, o tipo de substância usada
e a frequência de consumo do indivíduo. Uma das áreas mais
afectadas do dependente químico é a psicológica, pois altera
bruscamente a sua maneira de viver e a sua interacção com a
sociedade e a família.
O crack, por exemplo, é uma substância química que causa
muita dependência, porque tem um efeito mais imediato que
outras drogas, e por isso o seu consumo tem aumentado bastante
nos últimos anos. O consumo de crack e de outras drogas
pode levar à insanidade, à prisão e até mesmo à morte.
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Sintomas
Tríade do viciado: Tempo, dosagem e abstinência
É possível identificar se a pessoa é ou não dependente química.
Considera-se que um indivíduo está viciado quando não
consegue passar muito tempo sem consumir a droga em
questão, sob a consequência de acusar a abstinência. Todavia,
é importante salientar que, de um modo geral, o consumo de
drogas segue um padrão que, muito rapidamente, acaba por
levar à dependência química.
Um dos sinais que pode ajudar a identificar é quando o indivíduo
sente a necessidade de aumentar a dosagem da droga
para que esta continue a fazer efeito. O consumo torna-se cada
vez mais constante e, apesar de desejar consumir menos, esse
é o sinal mais explícito no que diz respeito a um dependente
químico.
Quanto ao processo de abstinência, quando a pessoa deixa de
usar a droga depois de um tempo de consumo, o seu corpo vai
acusar abstinência, cujos principais sintomas são:
- irritação, insónia, confusão mental, inquietação, alucinações,
convulsões, desejo muito forte de consumir a droga,
desespero, afastamento social, descuido consigo mesmo,
com a sua aparência e outros sinais.
Quando uma pessoa consome uma droga para relaxar, e esse
efeito passa, há um aumento da ansiedade e por isso os efeitos
de abstinência são imediatos, causando a necessidade de voltar
a consumir a droga para obter relaxamento.
SAÚDE
5
Tratamento
A dependência química é bastante difícil de ser tratada, porque
existe um elevado índice de reincidência, muito por culpa
dos efeitos da abstinência (ressaca). Por mais que a pessoa
queira parar de consumir, o seu corpo vai necessitar da substância,
causando um grande desconforto. Por isso, para se
recuperar, o consumidor necessita de muita força de vontade,
sendo importante uma estímulo constante para continuar
o tratamento.
O tratamento em si faz com que o indivíduo deixe de usar as
drogas, sendo preparado para enfrentar os sinais de abstinência.
Na maioria dos casos, a dependência é tão forte que
o paciente não pode deixar de imediato de usar as drogas,
tendo então o consumo de ser reduzido de forma gradual, até
que chegue a zero. O dependente é tratado de acordo com
a droga que consumia e com o grau de dependência em que
se encontrava.
O dependente deve ser acompanhado por um psicólogo e
ter sempre cuidados, sendo difícil poder afirmar que esteja
totalmente curado, devido às possíveis recaídas, que podem
acontecer de um momento para o outro, influenciado pelas
vivências do dia-a-dia, por alguns problemas ou situações
difíceis.
Diferentes tipos de medicamentos podem ser utilizados no
tratamento, mas sempre com acompanhamento médico, visto
que também estes podem causar dependência. O tipo de
ajuda mais adequado para cada pessoa varia de acordo com
as características pessoais, quantidade e padrão de uso de
substâncias, e se já apresenta problemas de ordem emocional,
física ou interpessoal decorrentes desse uso.
Para a reabilitação de um dependente químico, é essencial
ajudá-lo a encontrar actividades que substituam o prazer
proporcionado pela droga. Existem várias clínicas especializadas,
que têm como objectivo ajudar o paciente a construir
um novo estilo de vida e a reintegrar-se no meio familiar e na
sociedade.
A avaliação e tratamento do paciente envolve diversos profissionais
de saúde, como médicos clínicos e psiquiatras,
psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos,
assistentes sociais, enfermeiros, bem como a família. Quando
diagnosticada, a dependência química deve contar com
acompanhamento a médio/longo prazo para assegurar o sucesso
do tratamento, que varia de acordo com a progressão
e gravidade da doença.
*Droga é o nome genérico dado a todo o tipo de substância,
natural ou não, que, ao ser introduzida no organismo, provoca
mudanças físicas ou psíquicas.
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07.03.2020
Torneio
de Futebol
08.03.2020
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6
ESPECTÁCULO
António
Zambujo
em Zurique
SANDRA FERREIRA
No próximo dia 29 de Janeiro, o cantor António
Zambujo desloca-se a Zurique, em tourné, para
apresentar o seu último trabalho discográfico
„Do Avesso“, no ambiente íntimo do maior símbolo
de Zurique, a Igreja Reformista Neumünster.
O cantor, com uma voz incontornável, que consegue
respeitar a música de Amália Rodrigues
ao pormenor atingiu o seu sucesso com o álbum
“Quinto“, em 2012, que esteve mais de dois anos
em primeiro lugar nos “Charts“ portugueses,
transmite-nos um ambiente relaxante através de
uma mistura harmoniosa entre um Jazz moderno
e uma leve Bossa Nova.
Neste novo Álbum “Do Avesso“, o músico natural
de Beja, abraça novas abordagens à música
e evoca referencias até hoje pouco exploradas
no seu percurso. Para esta produção, António
Zambujo contou com uma equipa extraordinária,
reunindo três dos melhore músicos e produtores
nacionais: Filipe Melo, Nuno Rafael e Jãao
Moreira. Para o álbum contou ainda com a participação
da Orquestra Sinfonietta de Lisboa e do
maestro Vasco Pearce de Azevedo, entre várias
colaborações musicais.
Para este concerto em Zurique, António Zambujo
faz-se acompanhar de Bernardo Couto, na
guitarra portuguesa, Jose Miguel Conde no clarinete,
João Moreira no Trompete e por Ricardo
Cruz no baixo.
Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais,
para um concerto que promete superar
todas as expectativas a que António Zambujo já
habituou os seus seguidores.
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Únicos concertos na Suíça!
COMUNIDADE
7
António
Zambujo
A nova voz
de Portugal
MARIZA
A diva do Fado:
«20 Years Jubilee Concert»
Quarta-feira 29.1.20 20.00 Kirche Neumünster Zürich
Terça-feira 7.4.20 20.00 Théâtre du Léman Genève
Quarta-feira 8.4.20 20.00 Samsung Hall Zürich
VENDAS ANTECIPADAS: allblues.ch ticketcorner.ch
Tel. 0900 800 800 (CHF 1.19/min.) • todos los Ticketcorner, La Poste, Manor ORGANIZADOR: AllBlues Konzert AG
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NÃO IMPORTA
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Rue de Lausanne 67/69, 1202 Genève
Tel: Genève - 022 9080360 I Tel: Zurique - 078 6002699 I Tel: Lausanne – 078 9152465
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C.L.Z. festeja Natal e
8
COMUNIDADE
SANDRA FERREIRA
No passado dia 7 e 8 de Dezembro a direcção
do Centro Lusitano deu um jantar de natal
a toda a sua equipa e departamentos, em
forma de agradecimento pelo trabalho realizado
por mais um ano consecutivo.
Como é habitual todos os anos, o C.L.Z. realiza
um jantar de Natal para todos os seus departamentos:
Futebol, folclore, Revista e direcção. O
jantar teve lugar no salão desportivo em Schlieren
e contou com a presença de toda a família
lusitano.
Um momento de convívio entre todos, que foi
ainda alegrado com a música de baile trazida
pelos “Nova Onda“.
Durante a noite a direcção do C.L.Z. teve a oportunidade
de agradecer a todos os presentes,
pelo trabalho e colaboração prestadas em prol
da associação, e foi esta também surpreendida
pelo agradecimento especial de uma equipa júnior,
que cresceu e foi vencedora nesta casa, e
que em forma de agradecimento ofereceu um
quadro da esquipa, ao presidente da associação,
Armindo Alves, que recebeu esta oferta de
uma forma muito emotiva.
No domingo, dia 8 de Dezembro, foi a vez das
crianças do C.L.Z. terem a sua festa de Natal.
Ao contrário dos anos anteriores, a festa das
crianças iniciou este ano pela manhã, com algumas
actividades, dando lugar a um almoço
de Natal para todos, numa mesa comum e terminou
com a habitual visita do Pai Natal. Um dia
divertido que de certeza os mais pequenos não
esquecerão.
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COMUNIDADE
9
m família
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10
ENTREVISTA
A mais
Rancho
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ENTREVISTA
11
jovem presidente do
folclórico de São Galo
MARIA DOS SANTOS
Melanie dos Santos é uma jovem portuguesa radicada
em São Galo. Nasceu na cidade de Flawil no
ano 2000.
Filha de portugueses originários de Chaves -Tabuaço,
distrito de Viseu. A Melanie sente-se portuguesa
acima de tudo, mas sabe partilhar com muita
inteligência emocional a cultura suíça.
É a mais jovem presidente de um grupo português
de folclore em terras Helvéticas.
Em plenos estudos e escolha de profissão, esta jovem
tem muitos sonhos e projectos para realizar.
Lusitano Zurique - Melanie, como é que vives o
teu dia a dia em terras de São Galo?
Melanie dos Santos - Trabalhando e estudando
para alcançar os meus sonhos.
Lusitano Zurique - Quais são as tuas prioridades
entre as duas culturas?
M.S.- Para mim a maior prioridade é respeitar as
duas culturas.
Lusitano Zurique - Como é que surgiu a oportunidade
de seres eleita presidente do mais
recente grupo de folclore formado na Suíça, o
Rancho Folclórico de São Galo?
M.S.- Sempre gostei do Folclore. Como estamos
longe do nosso país é importante não deixar morrer
as nossas tradições. Por isso, quando formámos
este grupo, os elementos do rancho acharam
que eu era a pessoa ideal para ser eleita presidente.
Lusitano Zurique - Como jovem que és, na flor
da idade, onde encontras motivação e força
para uma actividade como o folclore?
M.S.- Agradeço à minha família pelo apoio que me
estão a dar e por lutarem comigo. Também luto por
este rancho e tenho forças graças ao meu falecido
avô, porque sei o quanto ele adorava ver-me tocar
concertina. Por isso estou aqui, para que ele, mesmo
estando longe, se sinta orgulhoso de mim.
Lusitano Zurique - Quais são as tuas referências
folclóricas?
M.S.- Tenho um grande respeito pela senhora Maria
dos Santos, pela mulher que é e agradeço por
todo apoio que ela me dá.
Lusitano Zurique - Suponho que tens atrás de
ti um grande grupo de apoio. Como geres as
vossas saídas, reservas e tudo o que implica
uma actuação?
M.S.- Graças à minha mãe e à nossa direcção.
Porque unidos se vai longe. E queremos marcar
presença.
Lusitano Zurique - O vosso grupo foi formado
em 22 Setembro 2018. Que região de Portugal
representam?
M.S.- Nós representamos Portugal de Norte a Sul.
Lusitano Zurique - Que sonhos gostarias de
realizar, com o vosso grupo de folclore?
M.S.- Porque tudo o que fazemos é com amor e
força de vontade. Queremos fazer história e por
isso estamos aqui. Nós vamos até onde for preciso
para levar este grupo ao mais alto nível. Vamos
lutar para não deixar morrer as nossas tradições.
Porque foi esta a principal razão de nos juntarmos
em prol da cultura folclórica. : União!
Lusitano Zurique - Sei que no decorrer de 2020,
irá ser realizado o vosso primeiro festival! Queres
revelar a data e o local?
M.S.- Sim correcto. Este ano vamos ter o nosso
primeiro festival. A data ainda não posso dizer, mas
será realizado em Gossau ,no Cantão de São Galo.
Lusitano Zurique - Que mensagem gostarias
de deixar ao vosso grupo e a todos aqueles que
são fãs de folclore?
M.S.- Obrigada ao Rancho Folclórico de São Galo
por tudo! Estamos juntos e juntos iremos longe.
Obrigada a todas as pessoas que nos apoiaram
desde o primeiro dia. Sem vocês nada seria possível.
Estou muito contente por fazer parte deste
grupo que para mim é como uma segunda família.
Sou a mais jovem, mas, por isso mesmo, estou
aqui para dar o melhor de mim.
Um beijinho especial ao senhor Manuel Fernandes,
da Casa da Picanha de Zurique, por todo o apoio
que dá ao nosso grupo e que nunca se esquece de
uma palavra de motivação, para que siga na linha
folclórica traçada por todos nós.
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12
CRÓNICA
Do nosso cantinho para o vosso cantão
RETRATO DE UM VELHO DO
MEU MUNDO
ARAGONEZ MARQUES
Escorria-lhe do canto da boca,
baba viscosa que lhe molhava
a beata curta, apagada, enganadora
do vício que teimava em enganá-lo.
Nunca vi mãos que tremessem tanto,
mas as palavras eram seguras,
directas, eram palavras com força,
contendo uma história em cada letra.
- Sabe, Senhor? Nasci aqui, no
Alentejo, ainda fui à escola, sim senhor.
Pouco tempo, mas fui. Conhece
a Rosa do montado? Namorei-a
nove anos!... antes de conhecer a
minha patroa. Andámos juntos na
escola. O pai dela era merceeiro,
uma profissão muito boa naquela
altura. Tirou a quarta classe e foi
estudar para a cidade. Hoje é professora.
Mas, namorei-a nove anos,
sim senhor! É que… sabe? Ela nas
férias vinha à aldeia, e eu... gostava
dela, naquela altura... coisas de
gaiatos... (sorriu) era bonita,
muito bonita mesmo. Depois,
a cidade subiu-lhe à cabeça,
começou a dar aulas aos cachopos
e conheceu um qualquer
desses das Finanças,
que lhe deu um carro, uma
casa... encheu-lhe a barriga.
- Eu não podia, tirei só a terceira
classe. Andava pelo
campo a guardar catorze
ovelhinhas. Ganhava um tostão
por dia.
- Hoje, ela é uma senhora
fina, dona do montado.
- Se calhar já se nem lembra
de mim. Nem me olha na rua.
- Coisas de crianças, sabe?
Coisas de crianças...
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CRÓNICA
13
Alice Vieira foi
abandonada
(mas ofereceu ao mundo o que nunca teve)
LUÍS OSÓRIO
1.
Alice Vieira celebrou
neste ano o 40º aniversário
da edição
do seu primeiro livro,
“Rosa, minha irmã
Rosa”. Ela é o nome
maior da literatura
infantil e juvenil portuguesa
das últimas
décadas. E tantas e
tantas vezes deslocou-se
graciosamente
a escolas e a todos os
lugares onde existiam
crianças para a ouvir
falar sobre os livros.
2.
Alice foi abandonada
pela mãe quando tinha
15 dias. “Não era
pobre nem mãe solteira”
como no sábado
a Alice comentou na
minha página, a mãe
deu-a a quem melhor
pudesse cuidar dela.
E foi à sua vida. A Alice
ficou sem mãe, desamparada
de afetos.
Cresceu com tios-avós.
Sozinha na maior
parte do tempo. Sem
os abraços que merecia.
Que merecem
todas as crianças.
Sem a rede que todas
precisam tinha tudo
para falhar… mas não
falhou.
Mais do que isso, ofereceu
ao mundo o que
a si própria lhe faltava.
Dedicou-se à escrita e
a crianças a quem influenciou,
amparou e
ofereceu rede. A rede
que nunca teve. O afeto
e amparo que nunca
sentiu.
Ousou caminhar contra
o destino. Preferiu
construir-se rodeada
de pessoas por todos
os lados, de amigos,
de gerações de portugueses
que começaram
a ler por terem
caminhado nos seus
livros.
3.
Há pessoas assim.
Não tantas como
precisaríamos, mas
há. Passam pela vida
como se voassem acima
dos nossos pés.
Atrevem-se a fazer
tudo ao contrário do
que imaginávamos
ser possível. Mandela
saiu da prisão e em
vez de ódio ofereceu
ao mundo compaixão.
Alice Vieira nunca teve
uma mãe e em vez de
lhe terem nascido ervas
daninhas sobrou-
-lhe uma enorme vontade
de poder ser mãe
de todas as crianças.
Uma espécie de mãe
feita de palavras, feita
de perguntas para
perguntar e de sonhos
para serem sonhados.
Não há destino melhor
do que aquele
que tiveste, querida
Alice. Mesmo que
chores todos os dias
até à eternidade, não
podias querer melhor
destino.
Foto: Miguel Valle de Figueiredo
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14
AGENDA CULTURAL
DOMINGO 5.1.
PATINAR GRATUITAMENTE NO
GELO
Hoje a entrada na pista de patinação no
gelo de Heuried e Oerlikon são gratuitas.
Além disso, o aluguel dos patins de gelo
também é gratuito. 10:00-19:00.
Sportzentrum Heuried. Wasserschöpfi 71;
Kunsteisbahn Oerlikon. Siewerdtstr. 80.
Tram 9/14 bis “Heuried”; Tram 10/11 oder
Bus 781/787 bis „Leutschenbach”.
http://www.stadt-zuerich.ch/ssd/de/index/
sport/eislaufen/gratis_aufs_glatteis.html
TERÇA-FEIRA 7.1.
FESTIVAL DE MÚSICA (07.01.-18.01.)
Os estudantes de jazz e pop da Zürcher
Hochschule der Künste (ZHdK) apresentam
em seu semestre final uma programação
multivariada. Vivencie 30 bandas durante
11 dias. Programação: www.mehrspur.ch.
Entrada grátis.
Mehrspur, Musikklub Toni-Areal. Förrlibuckstr.
109.
Tram 4 bis “Toni-Areal” oder Tram 6/8/17
bis „Fischerweg”.
http://www.mehrspur.ch/label/jazz-pop-
-output-festival-zhdk
QUARTA-FEIRA 8.1.
BANHAR-SE AO AR LIVRE
Como todo inverno há banheiras à disposição
na “Werk-Brache” no “GZ Leimbach”.
As banheiras são aquecidas com fogo para
que a água fique suficientemente quente
para o banho. Quem se aventurar em
tomar um banho de inverno, receberá um
chá quente no bistrô. Levar: roupa de banho,
toalha de banho e calçados de banho.
14:00-17:30. Participação gratuita.
GZ Leimbach. Leimbachstr. 200.
Bus 70 bis „Sihlweidstrasse”.
http://www.gz-zh.ch/gz-leimbach
QUINTA-FEIRA 9.1.
VISITA GUIADA NO JARDIM
Uma especialista faz uma visita guiada no
jardim botânico e fala sobre “Leben unter
tropischen Bedingungen”. Ponto de encontro
no terraço da cafeteria. 18:00-19:00.
Participação gratuita.
Botanischer Garten. Zollikerstr. 107.
Bus 33/77 bis “Botanischer Garten”, Tram
11 oder Bus 31/33/77 bis “Hegibachplatz”,
Tram 2/4 bis „Höschgasse”.
http://www.bg.uzh.ch
SEXTA-FEIRA 10.1.
TEMPO DE HISTÓRIAS
Descubra com os seus filhos (2-3 anos) novas
e incríveis histórias. Uma animadora da
biblioteca conta as histórias para as crianças.
10:00. Entrada grátis, contribuição espontânea.
PBZ Schwamendingen. Winterthurerstr.
531.
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
Tram 7/9 oder Bus 61/62/75/79 bis „Schwamendingerplatz”.
http://www.pbz.ch/angebot/fuer-kinder-
-und-familien
SÁBADO 11.1.
ANDAR DE TRENÓ NO UETLIBERG
caminhadas no Uetliberg. Você pode descer
de trenó pela pista de 330 metros de
comprimento não só durante o dia como
também à noite. Informações sobre as condições
das pistas: Tel. 044 412 14 71 ou
www.uetliberg.ch/schlittelweg. Custos: Bilhete
de trem até a parada „Uetliberg”.
Bergstation Uetliberg.
S10 bis „Uetliberg”.
http://www.stadt-zuerich.ch/ted/de/index/
gsz/natur-erleben/freizeit-im-gruenen/
schlitteln.html
DOMINGO 12.1.
ARTE NA CIDADE DE ZURIQUE
A “Helmhaus” expõe obras contemporâneas
de artistas que moram na Suíça.
Atualmente você pode ver a exposição
“Kunstankäufe der Stadt Zürich 2011-2018”.
Ter-dom 11:00-18:00, qui 11:00-20:00. Entrada
grátis.
Helmhaus Zürich. Limmatquai 31.
Tram 4/15 bis „Helmhaus”.
http://www.helmhaus.org
SEGUNDA-FEIRA 13.1.
MUSEU RIETBEG
A exposição “Fiktion Kongo” expõe obras
do passado e da atualidade. A República
Democrática do Congo é conhecida pela
cena artística multifacetada, criativa e de
grande atualidade. Ter-dom 10:00-17:00.
Qua 10:00-20:00. Entrada grátis com
“N-Ausweis” ou KulturLegi (ao invés de
CHF 18.-).
Museum Rietberg. Gablerstr. 15.
Tram 7 bis “Museum Rietberg“.
http://www.rietberg.ch
QUARTA-FEIRA 15.1.
HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS
Descubra com os seus filhos (a partir de
4 anos) livros ilustrados e viva aventuras
emocionantes. Hoje vocês escutarão a história
“Die Reise zu den Papageien”. 15:00.
Entrada grátis, contribuição espontânea.
PBZ Altstetten. Lindenplatz 4.
Tram 2 oder Bus 35/78/80 bis „Lindenplatz”.
http://www.pbz.ch/angebot/events/wundertueten
QUINTA-FEIRA 16.1.
CONCERTO
Hoje os músicos tocam todos os estilos e
formas do “Gypsyjazz”. Venha, desconecte-se
do cotidiano e mergulhe no universo
do “Swing”. 19:30. Entrada grátis.
Lebewohlfabrik. Fröhlichstr. 23.
AGENDA C
de Zu
O que acontec
(tempos livr
Tram 2/4 oder Bus 33 bis „Fröhlichstrasse”.
http://www.lebewohlfabrik.ch/monatsprogramme/2020/Jan20.pdf
QUINTA-FEIRA 16.1.
CURSO DE ELETRÔNICA PARA
CRIANÇAS
O curso destina-se a crianças a partir da
1a série que tenham interesse em aparelhos
eletrônicos. Somente com inscrições
até o dia 07.01.: gz-zh.ch. 16.01.-05.03., às
quintas-feiras. 16:00-18:00. Com KulturLegi
CHF 25.- por 6 vezes (ao invés de CHF 50.-).
GZ Leimbach. Leimbachstr. 200.
Bus 70 bis „Sihlweidstrasse”.
http://www.gz.ch/gz-leimbach
SÁBADO 18.1.
VISITAS GUIADAS À CIDADE
A associação “Free Walk” oferece diariamente
diversas visitas guiadas gratuitas
pela cidade de Zurique. Garantia de percursos
originais e divertidos com várias dicas
interessantes. Visitas em alemão ou inglês.
Por exemplo, a “Altstadtführung” começa
todos os dias às 11:00 na Paradeplatz. Ponto
de encontro: em frente do banco “Credit
Suisse”. As visitas guiadas duram 90 minutos.
Participação gratuita, contribuição
espontânea.
Paradeplatz.
Tram 2/7/8/9/10/11/13/17 bis „Paradeplatz”.
http://www.freewalk.ch/zurich/
AGENDA CULTURAL
15
ULTURAL
rique
e em Zurique
es e cultura)
DOMINGO 19.1.
COLECÇÃO DE PLANTAS SUCULEN-
TAS
Para escapar ao Inverno, mergulhe noutro
mundo. A colecção de cactos e outras suculentas
de Zurique é uma das maiores do
mundo. Seg-dom 09:00-16:30. Entrada gratuita.
Sukkulentensammlung. Mythenquai 88.
Bus 161/165 bis „Sukkulentensammlung”.
http://www.stadt-zuerich.ch/sukkulenten
TERÇA-FEIRA 21.1.
JOGAR PING PONG
Gosta de jogar ténis de mesa e deseja conhecer
outras pessoas? Então o seu lugar
é mesmo no “Ping Pong Lounge Zürich”.
Apareça e participe numa ronda “Rundlauf”.
Ter-sex a partir das 18:00. Entrada gratuita,
raquetes e bolas estão gratuitamente à disposição
(apenas na „Rundlauf”).
Ping Pong Lounge Zürich. Hardstr. 305.
Tram 4/6/8/11/13/17 oder Bus 33/72/83 bis
„Escher-Wyss-Platz”.
http://www.pingponglounge.ch
QUARTA-FEIRA 22.1.
ALEMÃO PARA PRINCIPIANTES
À quarta-feira realiza-se um curso rápido de
alemão para principiantes no centro comercial
Letzipark. Um(a) assessor(a) informa-o
sobre cursos de alemão em Zurique. Com
acompanhamento de crianças gratuito.
09:30-11:30. Participação gratuita.
Einkaufszentrum Letzipark. Baslerstr. 50.
Bus 31 bis “Letzipark” oder Bus 83/89 bis
“Letzipark West“.
http://www.aoz.ch/introdeutsch
QUINTA-FEIRA 23.1.
HISTÓRIA DO CANTÃO DE ZURIQUE
A “Zürcher Bibliographie” é ideal para todos
aqueles que se interessam pela história cultural
e regional de Zurique. Descubra livros,
artigos de jornal, DVDs e outros materiais ligados
a temas sobre o cantão de Zurique e
a sua história. 17:15-18:15. Entrada gratuita.
Zentralbibliothek, Seminarraum A. Zähringerplatz
6.
Tram 4/15 bis „Rudolf-Brun-Brücke”.
http://www.zb.uzh.ch
SEXTA-FEIRA 24.1.
ESTÁBULO DE PORTAS ABERTAS
O centro comunitário “GZ Wipkingen” abre
as portas do estábulo a todos os curiosos.
Dê uma ajudinha no estábulo ou sente-se
no recinto junto dos porquinhos-da-Índia e
observe os animais. Pode alimentar e fazer
festinhas a alguns animais. Há ainda uma
fogueira e a possibilidade de cozer pão
“Schlangenbrot”. Para crianças e adultos,
crianças até aos 7 anos apenas quando
acompanhadas. Não se realiza se chover.
14:00-15:30. CHF 2.- com KulturLegi (em vez
de CHF 4.-).
GZ Wipkingen. Breitensteinstr. 19a.
Tram 4/6/8/11/13/17 oder Bus 33/72/83 bis
„Escher-Wyss-Platz”.
http://www.gz-zh.ch/gz-wipkingen
SÁBADO 25.1.
TEATRO MUSICAL
Em parceria com “Gessnerallee Zürich”, o
artista de teatro suíço “Thom Luz” concebeu
uma noite musical para 5 afinadores
de piano. A peça de teatro aborda o tema
da busca da ordem no caos. Espectáculos
também a 26.01./27.01. 20:00. Entrada gratuita.
Reserva aconselhável.
Gessnerallee Zürich. Gessnerallee 8.
Tram 3/14 oder Bus 31 bis „Sihlpost”.
http://www.gessnerallee.ch
DOMINGO 26.1.
VISITA GUIADA SOBRE ALTERA-
ÇÕES CLIMÁTICAS
Em certos domingos o “Focus Terra”, o
Centro de Pesquisa e Informação da ETH
Zürich oferece visitas guiadas com temáticas
variadas. Tema de hoje: “Klimaänderungen:
Von Warm- zu Kaltzeiten”. 14:00-15:00.
Participação gratuita.
FocusTerra. Sonneggstr. 5.
Tram 6/9/10 bis „ETH/Universitätsspital”.
http://www.focusterra.ethz.ch/news-
-und-veranstaltungen/naechste-veranstaltungen/veranstaltungsdetails.
klimanderungen-von-warm-zu-kaltzeiten-ffentliche-sonntagsfhrung.50323.html
DOMINGO 26.1.
JOGO E DESPORTO
Crianças do jardim de infância até ao 6º Ano
passam uma tarde activa nos pavilhões deportivos
Hardau 10:00-13:00 e Buchwiesen
13:00-16:00. Há torneios de futebol ou de
unihóquei, além de diversos equipamentos
desportivos para descobrir. Participação
gratuita.
Sporthalle Hardau. Bullingerstr. 80; Sporthalle
Buchwiesen. Schönauweg 15.
Tram 8 oder Bus 33/72 bis “Hardplatz” oder
Bus 31 bis “Herdernstrasse”; Bus 75 bis
„Schönauring”.
http://www.sportamt.ch/spielundsport
TERÇA-FEIRA 28.1.
CONTO DE FADAS PARA ADULTOS
O teatro “Schauspielhaus Zürich” apresenta
o conhecido conto “Schneewittchen” e
estabelece uma ligação com o tempo presente.
Recomendado a partir dos 16 anos.
20:00. O teatro disponibiliza para cada espectáculo
um conjunto de bilhetes a CHF
20.- ou CHF 10.- com KulturLegi. Disponibilidade
limitada. O escritório da MAPS oferece
2×2 bilhetes para a sessão de hoje. Basta
ligar 044 415 65 89 ou enviar um mail para:
maps@aoz.ch. Fim do prazo de envio: 17.01.
Schauspielhaus. Spielort Pfauen. Rämistr.
34.
Tram 3/5/9 oder Bus 31 bis „Kunsthaus”.
http://www.neu.schauspielhaus.ch/de/
kalender/1558/schneewittchen-fr-erwachsene
TERÇA-FEIRA 28.1.
SOPA PARA TODOS
Apareça e saboreie uma sopa quente. Conheça
outras pessoas e troque ideias neste
ponto de encontro social. 18:00-19:00. Participação
gratuita.
GZ Wollishofen. Bachstr. 7.
Tram 7 oder Bus 70/184/185 bis “Post, Wollishofen”
oder Bus 161/165 bis “Rote Fabrik“.
http://www.gz-zh.ch/gz-wollishofen
QUARTA-FEIRA 29.1.
SALA DE TRABALHOS MANUAIS
Nas tardes de quarta-feira e de sábado (excepto
férias escolares) as crianças fazem
trabalhos manuais com diversos materiais:
barro, pedra, papel, têxteis, cores e pele.
Os adultos têm máquinas de costura à disposição.
Qua 14:00-18:00. Sáb 13:00-17:00.
Contribuição para as despesas CHF 2.-.
GZ Affoltern, Bodenacker 25.
Bus 62 bis „Unteraffoltern”.
http://www.gz-zh.ch/affoltern
Fonte: www.maps-agenda.ch/
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16
ACTUALIDADE
Pobreza na Suíça aumenta
10% em um ano
Embora a Suíça seja rica, a pobreza no país continua a aumentar,
diz um relatório divulgado pela Caritas Suíça.
A pobreza pode nem sempre ser visível, mas afeta cerca de 100 mil crianças na Suíça - © (Keystone)
POR, SWISSINFO
A pobreza afetou 675 mil
pessoas, incluindo 100 mil
crianças em 2017, um aumento
de 10% em relação ao
ano anterior, de acordo com
o relatório (em francês) da organização
não-governamental
Caritas.
Em 2014, a pobreza afetou
6,7% da população da Suíça,
mas aumentou para 8%
em 2017. O aumento ocorre
apesar de uma economia
saudável e de uma taxa de
desemprego (2,6%) que foi
para o seu nível mais baixo
dos últimos dez anos.
Mas, em 2018, havia 35.000
desempregados que tinham
utilizado os seus subsídios
de desemprego, um número
que se estabilizou em um nível
elevado, diz a Caritas. Havia
também 360 mil pessoas
que gostariam de trabalhar
mais, mas não conseguiram
encontrar uma oportunidade
adequada.
Isso afeta principalmente as
mulheres, que são três vezes
mais propensas a trabalhar
em tempo parcial do que os
homens. Como consequência,
as aposentadorias das
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
mulheres são, em média,
37% mais baixas do que as
dos homens.
As mensalidades dos planos
de saúde obrigatórios
estão também afetando os
rendimentos das pessoas.
Os convênios mais do que
dobraram nos últimos 20
anos, enquanto os salários
aumentaram apenas 14%
em termos reais durante o
mesmo período. Segundo a
Caritas, na maioria dos cantões
as pessoas pagam em
média 15% a 18% dos seus
rendimentos em seguros de
saúde, muito mais do que o
limite máximo de 8% inicialmente
fixado pelo governo.
Verificou-se que, na maioria
das cidades, o risco de dependência
das prestações
da assistência social aumenta
fortemente a partir dos 46
anos de idade. O risco aumentou
mais acentuadamente
para as pessoas idosas.
Perante o aumento da pobreza,
a Caritas faz um apelo por
uma reforma do sistema de
assistência social para proporcionar
uma melhor rede
de previdência pública.
Escrito em Portugês do Brasil
Unterstützt durch das Kantonale Integrationsprogramm
und die Integrationsförderung der Stadt Zürich.
Centro Lusitano de Zurique
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Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
RECANTOS HELVÉTICOS
19
cado das cebolas em Berna
MARIA DOS SANTOS
Realizou-se, no passado dia 25 de Novembro, a tradicional
festa das cebolas, na cidade de Berna, que
chega a receber milhares de visitantes.
Bem cedo pela manhã, a cidade de Berna vestiu-se
de cor, música, movimento, alegria e muita animação
para receber os cerca de 100 autocarros e inúmeros
comboios que estão à disposição dos milhares de
visitantes desta tradicional festa.
Este mercado começou oficialmente no longínquo
ano de 1850 e sempre na última segunda-feira do
mês de Novembro. Criações inéditas feitas de cebolas
adornam as várias barraquinhas, a maior parte
construídas em madeira, que são o ponto principal
da festa.
O artesanato também faz parte das 648 casinhas miniaturas,
bem como vários confeitos.
Na gastronomia, encontramos a deliciosa tarte de
cebola e a tradicional sopa de cebola.
Esta tradição helvética está inscrita na lista das tradições
vivas da Suíça. Nela são vendidas cerca de
cinquenta e sete toneladas de cebolas. Este ano o
recorde de vendas ficou estabelecido em 70 toneladas
de cebolas vendidas.
Na principal artéria da cidade de Berne pôde-se
apreciar o desfile de bandas, cavaleiros da época
medieval, rigorosamente.
Curiosamente neste cortejo podemos ver cada ano
os grupos de Fribourg o que desperta certa curiosidade.
A participação está ligada ao profundo
agradecimento que Berne tem para com esta cidade.
Conta a história que no mês de Maio de 1405, a
fonte „Brunngasse“ se desfez em cinzas num devastador
incêndio, alimentado por um forte vento, destruindo
650 casas e originando a morte de cem pessoas.
Todas as povoações que rodeiam Berne se juntam
numa pinha solidária, limpando os destroços deixados
pelo incêndio e recolhendo donativos para
ajudar os lesados. Os homens de Fribourg limparam
a cidade e entregaram, a Berna, todos os objectos
de valor encontrados nos escombros. Berna, por
sua vez, e em forma de reconhecimento, concede
a Fribourg a possibilidade de vender os seus produtos,
nomeadamente as cebolas no seu mercado.
Desde então, a participação de Fribourg é apreciada
neste mercado que encanta todos os visitantes.
No próximo ano Berna recebe o mercado das cebolas
a partir das quatro da manhã, a 23 de Novembro.
Convido-o a deixar-se encantar pela fantasia decorativa
de „ Zibelemärit“ na capital Suíça.
Desejo a todos um ano pleno de saúde, muitos projectos
e fiquem sempre com a melhor parte da vida.
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20
SOCIEDADE
“Ano novo, vida nova...”
LÚCIA SOUSA
… e resoluções antigas! A chegada
do novo ano é um marco
importante no calendário, um
sinónimo de recomeço, sendo a
altura ideal para fazer o inevitável
balanço do ano anterior e
delinear metas para os 12 meses
seguintes.
A passagem de ano traz sempre consigo
uma grande expectativa e também
uma certa pressa em mudar, mas muitas
vezes estabelecemos objectivos demasiado
ambiciosos ou pouco realistas que
rapidamente acabamos por esquecer, o
que pode causar sensação de frustração
e fracasso.
Habitualmente, fazemos uma lista, por
escrito ou mentalmente, comemos de
forma determinada as passas ao som
das 12 baladas na noite de passagem
de ano, enquanto vamos somando as
nossas resoluções para os próximos 365
dias, brindamos aos desafios que nos
esperam, apreciamos o fogo-de-artifício,
dançamos, comemos, bebemos, divertimo-nos,
mas depois…
Bem, depois, o mais certo é passamos
os primeiros dois ou três dias de Janeiro
a curar a ressaca, a organizar as coisas
após o regresso de umas curtas férias
ou, simplesmente, a voltar a uma rotina
que decorre igualzinha à que levávamos
antes de o calendário virar.
Lembremos alguns dos prováveis objectivos/desejos:
“Fazer dieta/perder peso” - Mas como,
se durante a época festiva na casa de
familiares, a mesa está sempre posta e
repleta de iguarias irresistíveis? E com as
festas de família, do trabalho, os aniversários
ao longo do ano, pensamos: “Dieta?
Começo amanhã!” – seguindo o lema
do famoso e rechonchudo gato Garfield
que adora comer.
“Praticar (mais) exercício físico/frequentar
um ginásio” – Sim, mas quando?
Quando, se ao final do dia, após o trabalho,
o cansaço é enorme e ainda há uma
quantidade de coisas a tratar? O dia tem
apenas 24 horas!
“Ler (mais)” – Como, se os olhos se fecham
cheios de sono, ao pegar num livro,
já tarde? Daí a poucas horas já está
o despertador a tocar e começa mais um
dia a correr…
“Poupar/pôr algum dinheiro de parte” –
praticamente impossível, com o reduzido
ordenado/reforma que recebe? Tem
muitas despesas mensais, não lhe sobra
nada no final do mês?
“Deixar de fumar” – Há anos que promete
a si próprio acabar com este vício, que
prejudica a sua saúde e as suas finanças,
mas vai sempre adiando? Desta vez, experimente
fazer um plano sobre a melhor
forma de deixar o tabaco, tendo em conta
as suas próprias limitações. Tem força
de vontade para o fazer de forma radical,
ou no seu caso será mais adequado ir
deixando de fumar gradualmente? Poderá
recorrer a tratamentos específicos
com acompanhamento médico.
A lista pode ser mais ou menos longa,
mas quaisquer que sejam as suas resoluções
para o novo ano, há uma coisa de
que jamais pode prescindir – motivação.
Ao formular as suas resoluções, procure
ser realista e objectivo, e considere a
sua própria vontade, não o que os outros
esperam de si. É preciso saber o que é
uma boa decisão de fim de ano antes de
nos pormos a fazer juras a nós próprios.
Quantificar e estabelecer prazos. Uma
data. Um timing.
No que toca a objectivos pessoais também
se pode medir e quantificar o sucesso.
Se não definir de forma adequada as
suas metas, maior será a probabilidade
de falhar, porque a tendência é continuar
a agir como anteriormente e, claro, assim
não ocorre a desejada mudança.
O que fazer, então, para não voltar a fazer
tudo como antes? Como conseguir
que (algumas d)as metas que definiu no
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
SOCIEDADE
21
arranque do novo ano passem do papel
para a realidade?
Por um lado, é necessário reconhecer
que a maioria das pessoas não consegue
cumprir as promessas feitas. E, verdade
seja dita, esse incumprimento também
não é assim tão dramático. Evite, portanto,
a ansiedade e o sentimento de culpa,
e não seja demasiado rígido consigo próprio.
Talvez tenha de reformular os seus
objectivos ou adaptar os prazos.
Por outro lado, se deseja realmente mudar
algo em concreto, experimentar alguma
coisa nova ou aumentar a sua qualidade
de vida, comece por definir um plano,
formule objectivos específicos, de início
simples, estabeleça prazos, acredite em
si mesmo e seja persistente. A meta de “Ir
ao ginásio às terças-feiras de tarde e aos
sábados de manhã” tem mais hipóteses
de êxito do que simplesmente decidir “Ir
mais ao ginásio”.
Procure apoio, pois contar com outras
pessoas que tenham os mesmos objectivos,
o compreendam e apoiem as suas
decisões pode ser uma óptima fonte de
motivação. Tal pode implicar comprometer-se
a ir a uma aula de yoga com um
amigo, por exemplo. Divulgar pelos amigos
e conhecidos os seus compromissos/
desejos também ajuda a que se sinta mais
empenhado em cumpri-los.
O factor motivação é crucial para resistir
firmemente à tentação, tal como manter-
-se focado: procure uma maneira de associar
uma coisa positiva que já faz sem
pensar, a uma outra que exige algum esforço
– por exemplo, use fio dentário depois
de escovar os dentes e não antes.
Quando surgirem dificuldades e falhar,
tire um momento para reavaliar a situação,
reconheça as suas potencialidades
e continue na sua demanda. Quais foram
os obstáculos que enfrentou? Que estratégias
se revelaram mais eficazes? Quais
foram menos? Seja honesto consigo mesmo,
supere o fracasso e celebre até o
mais pequeno sucesso.
O êxito de começar a cumprir as decisões
está em iniciá-las pelas mais simples e
que menos força de vontade exigem. E
porquê? Porque quando consegue activar
a força de vontade, está a usar uma
função do córtex pré-frontal, que deixa as
outras funções mentais esgotadas. Isto
também significa que a força de vontade
é como um músculo que deve ser treinado
regularmente. Ora aí está uma excelente
decisão de ano novo, seja qual for a faixa
etária em que se encontre: exercitar o
cérebro!
Todas as partes do nosso corpo envelhecem,
até mesmo o cérebro. Com o passar
do tempo, a memória começa a pregar-nos
partidas, o raciocínio vai ficando
cada vez mais lento e a capacidade de
compreender as informações e de estabelecer
relações também vai diminuindo.
Para retardar essa quebra a nível cerebral,
é muito benéfica a prática de certas actividades,
tais como ler por puro prazer,
tocar um instrumento musical, aprender
uma nova língua, praticar exercício físico,
fazer jogos, sopas de letras, palavras cruzadas,
quebra-cabeças, entre outras que
mantêm os seus neurónios ocupados.
E lembre-se: até as pequenas mudanças,
como fazer algo rotineiro de forma diferente,
podem conduzir a interessantes
experiências e ajudá-lo a aprender coisas
novas ou a descobrir perspectivas inesperadas.
Feliz Ano Novo!
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
Tributo
22
COMUNIDADE
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
COMUNIDADE
23
a António e Olinda Teixeira
MARIA DOS SANTOS
Neste mês de Janeiro, o Centro Lusitano de Zurique
sai à rua para cantar as Janeiras. Uma tradição que já
vem de longa data. Porém, este ano irá fazê-lo sem
dois seres humanos muito apreciados pela comunidade
portuguesa e pessoas que deixaram um verdadeiro
percurso cultural. Podemos dizer que foram,
são e serão para sempre um desvelo do nosso património
folclórico. São eles António e Olinda Teixeira.
Nesta viagem de regresso a Portugal teríamos muito
para contar, mas a vossa história não cabe em nenhum
livro. Como amiga, arrisco a render-vos esta
singela homenagem, em nome próprio e representando
todos os que, ao longo dos anos, vos apoiaram
e estiveram incondicionalmente do vosso lado. Portugal
recebe-vos de braços abertos e nós, na Suíça,
sentiremos saudades.
A Associação Portuguesa de Wetzikon criou o rancho
folclórico que, no seu percurso de 25 anos, deixou
um testemunho ímpar no seio da comunidade
residente em terras helvéticas.
O seu fundador e primeiro presidente é o Sr. António
Teixeira. Homem humilde, generoso, tolerante,
respeitador - e muito mais poderíamos acrescentar.
Um ano após a criação deste rancho, a sua esposa
Olinda Teixeira junta-se ao grupo. Passados alguns
anos, são os filhos deste casal que dançam já no rancho
infantil: falamos do Leandro e do Nélio. Actualmente,
a terceira geração está presente com a neta
Eleonora.
Pioneira no percurso folclórico deste rancho, esta família
tem sabido transmitir todos os valores, técnicas
de canto, dança e coreografias de uma forma singular.
Passaram por momentos muito bons e também alguns
menos favoráveis, mas foi a sabedoria, nobreza
e grandiosidade do grupo que os tornou mais fortes
e, por conseguinte, mais firmes na defesa desta forma
de cultura popular.
Com o passar do tempo, outros presidentes tomaram
as rédeas deste grupo hoje conhecido em toda a
Suíça e além-fronteiras, sendo que esta família, ficou
e esteve sempre presente na bela trajetória que soube
delinear.
O mês de Dezembro foi escolhido por esta família
para dizer adeus a muitos anos de trabalho, esforço,
sacrifício e dedicação à nossa cultura. Despedimo-nos
de um homem e de uma mulher que nos deixam
um exemplo ímpar.
Recolheram muitos troféus e todos eles têm muito do
vosso suor. Desses fazem parte as vossas discussões,
sorrisos, abraços, emoções fortes, conquistas
exemplares e. sobretudo. os vossos serões de ensaios
a cada sexta-feira.
O Rancho Folclórico de Wetzikon agradece a vossa
modéstia e tenacidade. Foram uma lição, não só
para o rancho como para todos quantos privaram
convosco. No vosso olhar cabem todos os momentos
de folclore. Sois infinitos.
Fica-me o consolo que nos vossos corações existe
um espaço para mim.
Queremos que sejam felizes na escolha que fizeram
de regressar às raízes e ao sítio que vos viu nascer.
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24
CRÓNICA
A universidade dos
quadradinhos
ALICE VIEIRA
Existe neste nosso mundo
uma universidade popular
e livre que, à margem
dos ensinos oficiais
e programados, enche
de uma especial sabedoria
as mais diversas
camadas da população.
Não dá diploma, não
assegura emprego nem
reforma—mas dá ao rosto
de quem a possui um
halo de beatitude que geralmente
só transpira do
coração dos iluminados.
Para além de, como afirma
a minha psicóloga,
dar uma grande serenidade
a quem está à procura
dela.
Refiro-me à sabedoria
das palavras cruzadas.
As pessoas que me vêem
a saudar um velho amigo,
que faz palavras cruzadas
para tudo o que é jornal,
abrem a boca de espanto
quando nos ouvem
dizer: “então, osculinhos
e amplexos”.
Estamos apenas a dizer
“beijinhos e abraços”
Com alguns meses de
prática, qualquer pessoa
ficará perfeitamente apta
a saber que ”arala” é novilha
de dois anos, que
“finfar” é vestir bem, que
“aru” é sapo do Amazonas
(não confundir com
”uro”, que é toiro bravo),
que “uta” é joeirar, e
“ciar” é remar para trás.
Com um pouco mais
de prática, conseguirá
em breve discernir entre
“Aar” (rio da Suíça), “aas”
(duna na Suécia) e “aal”
(antiga porcelana do
oriente) - coisas importantíssimas
para o seu
dia a dia.
(Aqui queria apenas recordar
a manhã em que,
estava eu na Suíça e passeava
com uma amiga
pelas ruas de Berna, à
espera de horas para ir
com ela à escola que me
esperava — e, de repente,
fico com cara de parva
a olhar para a pequena
placa sobre a ponte do
rio que passava ao nosso
lado.
“Aar??? Rio Aar??? Olha,
existe mesmo…”
Sim, porque apesar de
preenchermos tudo rapidinho,
uma coisa é ver no
papel, outra coisa é ver a
sério…)
Nos cafés que ainda não
fecharam, ainda vão aparecendo
alguns velhotes
maluquinhos que, dando
uns minutos de folga ao
telemóvel, abrem um jornal
e lá se vão movimentando
pelo labirinto dos
quadradinhos, rapidamente
escrevendo “cró”
em “nome de jogo”, “cós”
em “mealheiro”, “io” em
satélite de Júpiter, “tas”
em bigorna, ou “raer” em
“varrer o forno depois de
aquecido”.
Um cruzadista ferrenho
pode desconhecer o
“rosa-rosae” dos velhos
tempos do liceu, mas
sabe na ponta da língua
que “ea” é “a palavra latina
por que começam
muitos documentos de
interesse para Portugal”
(embora ignore que documentos
são esses…).
E uma dona de casa
pode ignorar a açorda de
coentros alentejana, mas
sabe que “apa” é “bolo
de azeite e mel feito na
Ásia”.
Num momento como este
que atravessamos, em
que o ensino anda complicado
e tanto alunos
como professores levam
as mãos à cabeça
sem saber que voltas dar
à vida, não tarda que o
ministro da Educação
se lembre desta nova
escola , capaz de suprir
muitas das deficiências
existentes—e que não vai
pesar no orçamento geral
do Estado.
O tipo de conhecimento é
capaz de não ser lá muito
aprofundado, pois não,
mas sempre se podem
ganhar uns euritos valentes
nos concursos da
televisão.
E de resto, digam-me:
há lá coisa mais útil para
o nosso dia-a-dia – em
casa, no trabalho, com
os amigos – do que saber
o símbolo químico do
césio, do bário ou do praseodímio?
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OPINIÃO
25
A política, a corrupção e a
demagogia
CARLOS ESPERANÇA
Nunca vi um estudo a provar que os
cidadãos que exercem funções políticas
sejam mais desonestos do que
qualquer outro grupo de referência.
Pelo contrário, são habitualmente mais
escrutinados os que chegam o poder,
quase sempre com remunerações inferiores
às que obteriam noutros empregos
e os incapazes acabam por ser
penalizados na eleição seguinte.
Acontece que nenhum cidadão, em qualquer
outra função, é tão enxovalhado e
agredido como os governantes e os deputados.
Os próprios autarcas passam incólumes,
não raro, a fazerem campanhas
negando ser políticos, o estigma de 48
anos ditadura. Salazar, um hábil e sinistro
ditador, passava a mensagem de que
a política não o cativava, apenas o bem
do povo, que manteve pobre, analfabeto
e domado pela censura, polícia política e
poder discricionário dos seus próceres.
Acusar todos os políticos de desonestos
é a prática dos desempregados políticos
e dos demagogos que, fingindo não ser
políticos, pretendem que os considerem
honestos.
Os ataques ao carácter dos políticos a
pretexto de opções, que raramente os críticos
têm preparação para analisar, não
passam de demagogia, que afasta os mais
capazes e lança o labéu sobre os mais honestos
e dedicados servidores públicos.
A ética republicana obriga-nos a distinguir
o comportamento crapuloso dos que lesam
o Estado deliberadamente dos que
tomaram opções, eventualmente erradas,
de boa fé, e que cabe aos eleitores julgar
em atos eleitorais.
Os ataques sistemáticos aos políticos,
de qualquer quadrante, a demagogia dos
ineptos e a inveja dos néscios levam às
suspeitas que antecedem uma qualquer
ditadura.
À medida que vai desaparecendo a memória
da guerra colonial, das prisões políticas,
da censura, do degredo, das cargas
policiais, da devassa da correspondência,
das torturas e perseguições, do regime
monopartidário, da religião imposta, e de
todas as afrontas que a ditadura fez ao
povo português, há cada vez mais saudosistas
que, no ódio vesgo aos políticos,
preparam as condições para o regresso a
um fascismo de coreografia diferente.
Nunca as ameaças à sobrevivência coletiva
foram tão grandes. A falta de água potável,
ar respirável, alimentos e paz ameaçam
os países mais ricos com a invasão
de multidões que fogem à fome e à guerra
impelidas pelo medo e desespero.
Quando os políticos precisam de tomar
decisões urgentes para salvar o Planeta,
decisões que mexem com o bem-estar e
hábitos das populações, a iliteracia política,
a inveja e o ressentimento encarregam-se
de impedir as soluções e inviabilizar
o futuro.
Quarenta e cinco anos de democracia,
acompanhados de níveis de riqueza, bem-
-estar e aumento notável de esperança de
vida, parecem exíguos a quem esqueceu
o passado e a quem não o conheceu.
Os reiterados apelos para a redução dos
vencimentos dos políticos, quando o próprio
PR tem numerosos titulares de cargos
do Estado muito mais bem remunerados,
é um iníquo desejo criado pela ignorância,
mesquinhez e, sobretudo, falta de cultura
democrática.
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26
CULTURA
Por mim y por ti, companero, solos
por nosostros e nadie mas!...
PEDRO BARROSO
Há pessoas que conhecemos cinco minutos
e já foi tempo demais. Outras que
conhecemos dezenas de anos e todos
os minutos e palavras que trocámos foram
de menos. Assim foi minha amizade
com o Patxi Andion.
Estreamo-nos ambos pela 1ª vez no histórico
Zip Zip. Encontrámo-nos uns anos
mais tarde - nos idos de 80, talvez - numa
iniciativa quase desconhecida que realizamos,
entre cantautores portugueses e
espanhóis, para subsidiar uma injecção
caríssima – holandesa, salvo erro. Ai estivemos
no “Eligeme” - que já não existe,
mas era um “Bar concerto” enorme - e
solidário nestas causas, que havia em
Madrid, onde fui com o Vitorino, o Janita,
creio, o Zé Mário e a Zélia Afonso e
nos juntamos ao Pi de la Serra, ao Luis
Pastor e a ele para um concerto de solidariedade.
A última e impensável vez, foi aqui, há
uns meses, em Lisboa, no Coliseu, para
gravarmos o programa de 25 de Abril; e
combinei nessa ocasião e concordaste
desde logo, em cantar e gravar comigo
um tema deste meu último CD “Novembro”.
Sim vai ser esse o título. Em Novembro
nasci; em Novembro acabei o
cd; e em Novembro me sinto.
Ontem, contudo, tornou-se num dia de
luto próprio por notícias de minha saúde
e por ti. Apesar de ocultada, por piedosa
amizade, tanto por minha mulher, como
pelo editor, vim, ao fim da tarde, a descobrir
a tua morte; ainda hospitalizado foi
duro roer sozinho ambas as notícias de
cujas ainda não estou em mim.
Resultado:- que se lixe o protocolo, os
direitos de autor, as caixas de notiícias e
exclusivos. Por mim y por ti, companero,
solos por nosostros e nadie mas!... – a
qui divulgo o que, de meu pouco génio
quiseste honrar com a tua voz, num diálogo
de amigos que sempre se quiserem
bem para lá de todos os improváveis
inesperados da vida e da morte.
G
https://www.facebook.com/transportes.fernandes
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CULTURA
27
45 años de estar juntos
JULIO ISIDRO
Foi uma noite épica,
prenúncio de que algo
estava para acontecer.
24 de Março de 1974 no
Coliseu de Lisboa, cantava-se
com coragem
porque se sentia no ar
um vento de mudança.
No palco por onde passaram
tantos trovadores
do mundo novo, o
basco Patxi Andion,
desta vez cantou até
ao fim e não foi expulso
do país como tinha
acontecido em duas
ocasiões.
Num camarote sobre
o palco, o Rádio Clube
Português transmitia
o espectáculo, justificando
o título que lhe
foi atribuído um mês
depois, Emissora da
Liberdade.Nos bastidores,
aconteceu-me a
entrevista com o cantautor,
maldito em Espanha
e mal recebido
em Portugal.Quando no
final da sua participação
Patxi cantou com
raiva e amor El maestro
e citou Federico Garcia
Lorca, a casa veio abaixo.
Voltei a pisar o palco
com Patxi na gala Vozes
de Abril há 10 anos
e este ano no mesmo
Coliseu na gala Retratos
de Abril iniciativa
da Associação 25 de
Abril.Coincidência ou
talvez não, o primeiro
álbum de Patxi em 1969
chamava-se Retratos e
foi no ZIP ZIP da RTP
que se estreou.Nesse
intervalo passou do
preto, branco e cinzento
para as cores.- Eu
também sou português
- dizia com orgulho,
o criador de Una, dos
y tres, La Jacinta ou
Samaritana.Tão português
que veio aqui
comemorar os seus
50 anos de carreira,
e apresentar a última
obra La hora del Lobican.Tão
português que
ostentava com orgulho
um cravo ao peito.Tão
atento ao mundo em
que sobrevivemos, que
afirmava que estamos
a pagar caro os bens
materiais. Quanto mais,
menos preocupações
sociais, menos tempo
e menos liberdade.Por
isso, as suas “Velhas”
canções foram ganhando
actualidade.Também
por isso se devesse
ouvir com atenção o
Despierta Niño.
Tive em Patxi um amigo
daqueles que valem a
pena, porque na distância,
ou nos eventuais
encontros, nos sentíamos
muito próximos
com respeito e partilha.Vamos
continuar a
ouvir Patxi e a entender
a sua luta pela liberdade
criativa e outras liberdades.Nos
cinquenta
anos de Abril, sei que
ele estaria, (ou estará?)
de viola na mão num
Coliseu, a cantar com
Toda la mar detras.Se
estivéssemos (ou estivermos?)
juntos, falaremos
de cosas de viejos.
Patxi
ANTONIO MANUEL RIBEIRO - (UHF)
Quando o estado totalitário
governava Portugal e os cantautores
lusitanos estavam banidos
da rádio, revelo aos mais
novos que era pela voz de Patxi
Andion, Paco Ibañez ou Juan
Manuel Serrat que seguíamos
as canções do despertar, onde
as palavras, mais do que flores,
tinham valor. A censura, com
os tiques costumeiros da burrice,
permitia a palavra espanhola
e escondia a de Camões.
Como aos sete anos já aprendia
espanhol (e bebia chá destemperado
com leite), o meu tio
e padrinho de baptismo, actor,
casara com a Mari das ilhas
Canárias que me revelava Cervantes,
deu-me jeito na adolescência
essa cultura do lado de
lá da fronteira.
Cruzei-me com o Patxi Andion
em Abril deste ano nos bastidores
do Coliseu, quando ali
fomos (muitos) gravar um especial
para o 25 de Abril; certamente
ele não sabia quem
eu era, mas eu reconheci o seu
vozeirão quente.
Nasceu em Madrid, mas era
um basco inteiro. Partiu ontem;
guardarei os teus discos,
incluindo o último, que me deliciou
há dias numa viagem solitária
até Leiria.
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28
MOTORES
Carros:
Caixas negras vão saber
consumo de combustível
e/ou energia elétrica
PEDRO PINTO (*)
O Parlamento Europeu aprovou a necessidade de instalação de um limitador de velocidade para carros
produzidos a partir de 2022. Além disso, os carros vão também passar a ter uma caixa negra
idêntica à dos aviões!
De acordo com informações, as caixas negras vão registar os consumos. Os
carros elétricos também terão.
É já a partir de 2022 que os carros vão ser obrigados a ter novos “mecanismos de segurança”.
O conjunto de medidas já tinha sido aprovado pela Comissão Europeia e foram aprovadas
pelo Parlamento Europeu – ver aqui.
O Regulamento da União Europeia 2018/1832 exige que os fabricantes instalem um sistema para
a medição constante do consumo de combustível e da energia elétrica nos novos modelos de
veículos homologados a partir de 1 de janeiro de 2020. A partir de 1 de janeiro de 2021 estas
medidas serão alargadas a todos os veículos novos matriculados a partir dessa data.
De acordo com o regulamento, a “Monitorização do consumo de combustível e/ou de energia
a bordo» («dispositivo OBFCM») é qualquer elemento da conceção, software e/ou hardware, que deteta e utiliza
os parâmetros do veículo, motor, combustível e/ou energia elétrica para determinar e disponibilizar pelo menos as
informações indicadas no ponto 3 e registar os valores do ciclo de vida a bordo do veículo”.
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MOTORES
29
Informação a determinar, registar e
disponibilizar
O dispositivo OBFCM determina vários
parâmetros e regista os valores do ciclo de vida
a bordo do veículo.
Para veículos NÃO OVC-HEV
• a) Combustível total consumido (ciclo
de vida) (litros);
• b) Distância percorrida total (ciclo de
vida) (quilómetros);
• c) Caudal do combustível do motor
(gramas/segundo);
Para OVC-HEV
• a) Combustível total consumido (ciclo
de vida) (litros);
• b) Combustível total consumido em
funcionamento de perda de carga (ciclo de vida)
(litros);
• c) Combustível total consumido
em funcionamento de aumento de carga a
selecionar pelo condutor (ciclo de vida) (litros);
• d) Distância percorrida total (ciclo de
vida) (quilómetros);
• e) Distância total percorrida em
funcionamento de perda de carga com o motor
desligado (ciclo de vida) (quilómetros);
• f) Distância total percorrida em
funcionamento de perda de carga com o motor
em funcionamento (ciclo de vida) (quilómetros);
• g) Distância total percorrida em
funcionamento de aumento de carga a
selecionar pelo condutor (ciclo de vida)
(quilómetros);
• h) Caudal do combustível do motor (gramas/
segundo);
• i) Caudal do combustível do motor (litros/
hora);
• j) Caudal do combustível do veículo (gramas/
segundo);
• k) Velocidade do veículo
(quilómetros/hora);
• l) Energia de rede total para a
bateria (ciclo de vida) (kWh).
Os OVC-HEV são veículos
híbridos elétricos carregáveis
do exterior, alimentados por
eletricidade.
O objetivo destes medições
traz duas vantagens. Por um lado,
permite detetar e criar um modelo
de avaliação quer poderá garantir
um “desconto” no ciclo de homologação
WLTP . Por outro lado, serve para que o
condutor ter uma noção real do consumo do
seu veículo.
Novos Sistemas Obrigatórios
• ISA (Intelligent Speed
Assistence): limitador de velocidade automático
que vai cruzar informações do GPS com
dados locais da via em que o condutor está, o
motorista será impedido de exceder os limites
de velocidade;
• Sistema de Câmaras de
Monitorização Interna: avalia o estado do
condutor através de câmaras internas. Avisar
o condutor no caso de sonolência e distração
(uso de telemóveis, por exemplo). Pode
bloquear o veículo se notar que o motorista não
está em condições de conduzir por causa de
drogas ou álcool;
• Gravador de Dados de Eventos
(EDR):Caixa negra do veículo, que regista o que
houve no caso de um acidente;
• Sistema de Câmaras e Assistência de
marcha atrás:passa a ser obrigatória para todos
os veículos, com recurso à câmara e sensores;
• Paragem automática de emergência:o
veículo reconhece o sinal vermelho;
• Lane-Keeping Assistance:sistema
automático que garante que o veículo não
sai da faixa de rodagem de forma abrupta;
• Travagem de emergência automática
(AEBS, em inglês):o radar mede continuamente
a distância entre os veículos, peões e ciclistas,
e faz a travagem de emergência se o motorista
não responder em tempo útil;
• Cintos de Segurança
otimizados:testados em simulações de choques
frontais;
• Vidros de segurança
otimizados:testados em simulações de choques
frontais;
• Barra de proteção de impacto
lateral:para melhorar a segurança dos
ocupantes dos veículos;
• Melhoramento da visão dos motoristas
de autocarro e camiões: objetivo é remover
pontos cegos dos condutores;
• Sistemas de aviso na frente e
lateral do veículo: para detetar e avisar aos
motoristas sobre peões e ciclistas na estrada,
especialmente nas curvas;
• Sistema automático de monitorização
da pressão dos pneus
•
•
•
• (*) com Jeremy da Costa
•
• Autor escreve segundo o Acordo Ortográfico
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NEUROCIÊNCIA
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O lado negro do envelhecimento
Muitos idosos já não temem nada que não seja o medo de morrerem
sem um abraço vivo e sentido dos filhos...
NELSON S. LIMA
Muitos idosos já não temem nada que não
seja o medo de morrerem sem um abraço
vivo e sentido dos filhos que um dia seguiram
porta fora para viverem os seus sonhos.
Recordo muitas vezes os tempos de infância e
de juventude em que a minha família formava
uma pequena comunidade.
Depois tudo foi mudando. Cresci, tornei-me
homem e os mais velhos (avós e pais) foram
ficando para trás e foram morrendo.
Chegou, depois, a minha vez. Homem feito, filhos
crescidos e uma sociedade disfuncional.
Os que de mim descendem seguiram os seus
destinos. Com a diferença de que, ao contrário
do passado, os filhos tornaram-se mais ausentes
e independentes das suas origens.A globalização,
as novas profissões e os novos lugares
para viver afastaram todos.
Os novos meios de comunicação não conseguem
substituir a presença de quem agora vive
e trabalha a milhares de quilómetros.No Natal
e nas férias de Verão há quem venha mas nem
sempre isso chega para preencher o vazio deixado.
As distâncias físicas podem tornar-se
cruéis. Os abraços das despedidas são preenchidas
com lágrimas. A solidão dos mais idosos
aumenta com o envelhecimento. O futuro é
curto. Já não há lugar para fazer grandes projectos.
Começamos a reparar nos que, tendo
a nossa idade, ficam severamente doentes ou
morrem.
As ligações familiares são intermitentes, espaçadas
no tempo e no espaço. Os pais tornam-
-se órfãos e solitários. As memórias pesam e
criam mais saudades. Muitos idosos já não temem
nada que não seja o medo de morrerem
sem um abraço vivo e sentido dos filhos que
um dia seguiram porta fora para viverem os
seus sonhos. E quando for a vez deles, quando
forem eles os velhos com os filhos do outro
lado do mundo? Como irão eles enfrentar essa
etapa, a última da sua vida?
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HUMOR
O Joãozinho chega em casa
e diz:
– Mãe, descobri que sou mais
inteligente que a professora.
– Porque dizes isso?
– Porque eu passei de ano e
ela continuou no mesmo.
A professora de inglês pede
ao Joãozinho:
— Joãozinho, formule uma
frase com a palavra “window”.
Diz o Joãozinho:
— Quando me chamam, eu
aviso: “Já estou window!”
Joãozinho chegou muito
atrasado à escola, e a professora
perguntou:
— O que aconteceu?
— Fui atacado por um crocodilo!
— Oh, meu Deus! E ficaste
magoado?
— Magoado não, mas o trabalho
de matemática ele comeu
todinho.
Certo dia, a professora pergunta
para o Joãozinho:
— O que queres ser quando
crescer, Joãozinho?
— Eu quero ser soldado.
— Mas corres o risco de ser
morto pelo inimigo.
— Então quando crescer quero
ser inimigo.
O Joãozinho pergunta à professora:
— Professora, um menino
como eu pode ter filhos?
— Claro que não Joãozinho,
tu só tens 10 anos!
— E uma menina como a Mariazinha
pode ter filhos?
— Também não meu amor, ela
só tem 9 aninhos!
Joãozinho vira-se para Mariazinha
e diz:
— Eu não disse que não tinha
perigo!
Um jovem vai à igreja confessar-se:
– Padre, eu toquei nos seios
da minha namorada.
– Você tocou por cima ou por
baixo da blusa dela?
– Foi por cima da blusa dela,
padre.
– Mas tu és muito idiota! Por
baixo da blusa, a penitência é
a mesma!
Na hora do almoço, a madre
superiora anuncia:
– Irmãs, hoje teremos bananas
de sobremesa!!
– Ehh!!!! Vibram as freiras.
– Em rodelas!!
E as freiras, dececionadas:
– Óhh!!!!
Joãozinho volta da aula de
catecismo e pergunta ao pai:
– Pai, por que é que Jesus,
quando ressuscitou, apareceu
primeiro para as mulheres
e não para os homens?
– Não sei meu filho! Se calhar
é porque ele queria que
a notícia se espalhasse mais
depressa!
Um cão vinha todo contente
de uma árvore de Natal, pergunta
outro:
– Porque está todo contente?
E responde o primeiro:
– Finalmente colocaram luz na
casa de banho!
Hoje aprendi que o Homem
tem quatro idades:
– Quando acredita no Pai Natal.
– Quando já não acredita no
Pai Natal.
– Quando assume o papel de
Pai Natal.
– Quando se parece com o
Pai Natal!
A professora pergunta ao
menino Joãozinho o que quer
ser quando for grande. O menino
responde:
– Quero ser o Pai Natal!
Espantada pergunta a professora:
– O Pai Natal?! Então mas
porquê?
Explica o Joãozinho:
– Ora! Ao menos assim só trabalhava
uma vez por ano…
Qual é a bebida preferida do
Pai Natal?
– É o Gin-Gobel
Joãozinho estava a brincar
com seu arco e flecha, que
tinha ganho no Natal.
De repente ele soltou uma
flecha que caiu no quintal da
Dona Maria.
— Dona Maria, posso apanhar
a flecha que caiu no seu
quintal?
— Não, diz-me onde está que
eu apanho!
— Er… Não, Dona Maria, deixa
que eu apanho.
— Diz logo onde está menino,
se não eu não apanho mais.
— Está bem… Está no seu
gato!
Pai Natal estava passando
na Serra Leoa, em África, e as
crianças gritaram:
– Pai Natal, Pai Natal… Presente,
presente…
– Ho ho ho! Só dou presente
a quem come direito ho ho ho
Porque é que o livro de matemática
se suicidou?
Porque tinha muitos problemas.
O que é que todos os bebés
fazem aos 12 meses?
1 ano.
Um amigo vira-se para o outro
e diz:
– Vamos à feira dos frutos secos?
-Quem?
-Nós.
O que diz um pato para outro
pato?
Estamos empatados.
Para que serve um Fiat Panda?
Serve pandar.
Uma criança vira-se para a
outra e diz:
– O meu pai é gay.
Pergunta a outra:
– Qual deles?
DATAS COMEMORATIVAS - Janeiro 2020
Feriados e Datas Comemorativas de Janeiro 2020
06 DOM Dia de Reis
06 DOM Epifania do Senhor
07 SEG Dia de São Luciano
08 TER Dia da Rotação da Terra
08 TER Dia de Santa Gúdula
09 QUA Dia de São Julião
10 QUI Dia de São Agatão
11 SEX Dia Internacional do Obrigado
12 SÁB Dia de Santo António Maria Pucci
13 DOM Dia do Velho Ano Novo
13 DOM Dia de Santo Hilário
14 SEG Dia de São Dácio
15 TER Dia Mundial do Compositor
15 TER Dia de Santo Amaro
16 QUA Dia Internacional da Comida Picante
17 QUI Dia de Santo Antão
18 SEX Dia Internacional do Riso
18 SEX Dia Internacional do Fetiche
19 SÁB Dia de São Bassiano
20 DOM Dia Mundial da Neve
20 DOM Dia de São Fabiano
21 SEG Dia Mundial da Religião
21 SEG Dia de Santa Inês
22 TER Dia de São Vicente
23 QUA Dia Mundial da Liberdade
23 QUA Dia da Escrita à Mão
24 QUI Dia de Santa Xénia
25 SEX Conversão de São Paulo
26 SÁB Dia de São Timóteo
27 DOM Dia Mundial dos Leprosos
27 DOM Dia Internacional em Memória das Vítimas
do Holocausto
27 DOM Dia Internacional do Vinho do Porto
28 SEG Dia Internacional da Privacidade de Dados
29 TER Dia Mundial do Puzzle
30 QUA Dia de Santa Martinha
30 QUA Dia Escolar da Não Violência e da Paz
31 QUI Dia Mundial do Mágico
31 QUI Dia de São João Bosco
31 QUI Dia ao Contrário
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
A lógica deste desafio é simples, o último número corresponde a dezena,
e a somatória de todos os números é a unidade, a resposta correta então
é 79 -
PASSATEMPO
33
QUEBRA
CABEÇAS
- Solução: use um espelho
Observe que a letra “o” se repete em 2 vezes consecutivas.
- Solução: use um espelho
TESTE DE VISÃO - 2 A CADA 10 PESSOAS NÃO CONSEGUEM VER O
ELEFANTE - Solução: gire a imagem
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34
HORÓSCOPO
O Signo Capricórnio,
ambicioso e solitário
22/12
20/1
RV - JOANA ARAÚJO (*)
O Signo Astrológico Capricórnio (22/12 – 20/1) é o
décimo signo do Zodíaco e é influenciado pelo planeta
Saturno. Estas nativos são de caráter muito
complexo. Existe dois tipos de capricornianos, um
é muito ambicioso e com uma grande capacidade
de iniciativa enquanto que o outro nunca encontra
a a motivação certa para enfrentar a vida de uma
forma construtiva, pelo que passa a vida a queixar-se
de tudo e de todos e a encontrar culpados
nos obstáculos que o impede de ir mais além.
São pessoas solitárias e com uma enorme tendência
para estarem sempre a resmungar.
No amor
No campo amoroso, as suas emoções são sempre
controladas. Geralmente o que o capricorniano promete,
cumpre. Para se sentirem realizados no campo
do amor, precisam de se sentir relaxados.
Os Capricornianos precisam de algum tempo para
perceberem que estão apaixonados por alguém. Uma
vez apaixonado, irá comprometer-se profundamente
com o seu companheiro para o resto dos seus dias.
A sua forte intuição, não o engana e dá-lhe a certeza
da sua escolha, é essa a pessoa certa para si mesmo
que ainda não tenha assumido o compromisso.
Na família
Os nativos de Capricórnio gostam de impressionar
pelo que a sua casa será desenhada para impressionar
os outros. A sua personalidade será ajustada de
acordo com o estilo de casa escolhido para viver com
a sua casa.
É frequente terem necessidade de mudar de casa á
medida que a sua vida profissional e familiar vão se alterando.
Á medida que vão progredindo na sua carreira,
mudam de casa de acordo com o seu novo status.
Não gastam dinheiro sem ser estritamente necessário,
eles odeiam deitar dinheiro á rua. Esta característica
torna-se mais evidente no momento de escolher
as suas roupas, móveis para a casa e outros objetos
de utilização no seu dia a dia.
Atividades preferidas do Signo Capricórnio:
• Corrida: Os nativos de Capricórnio
adoram correr e conhecer pessoas
novas no seu jogging matinal.
• Geologia: Os seus assunto
preferidos são os acontecimentos da história
da humanidade e todas os assuntos
relacionados com o planeta Terra.
• Destinos: As Ilhas Órcadas,
as Ilhas Shetland na Inglaterra, México e
Índia.
Alimentos relacionados com o Signo Capricórnio:
• sal
• cravo
Simbolismo do Signo Capricórnio:
• Planeta: Saturno.
• Cores: Cinzento e verde escuro
• Erva: Não tem nenhuma erva
especifica.
• Metal: Chumbo.
• Animal: Cabra.
• Cristais: Turquesa e Ametista.
• Árvores: Pinho e teixo.
• Flores: Amor-perfeito e hera.
• Signo do Zodíaco Chinês
correspondente: Boi
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36
LITERATURA
Natal
Tanto, tanto Natal à solta!
Natal nas bocas das pessoas
No brilho das prendas
Que a tradição a muitos obriga.
Natal do 25 de amanhã que se avizinha.
Natal que a 26 ( costuma ser assim ) já foi, Já não é Natal.
Depois dos sorrisos
Depois dos olhos cheios
De espanto esbugalhados
Pelas prendas recebidas
Depois das panças cheias
Depois do repasto das guloseimas
Comidas, digeridas
E evacuadas
Já ninguém se lembra que houve Natal.
VCARMINDO
DE CARVALHO
Ghttps://www.facebook.
com/carmindo.carvalho
Eis o Natal de sonoras gargalhadas!
Pela - sem vergonha -
Pela gula
Pela ganância
Ao vento largadas.
Esquecidos que há outro Natal:
O Natal dos descamisados
Dos enjeitados
Dos desgraçados.
Natal, que é Natal
De lágrimas derramadas.
E eu penso:
“O que pensará disto tudo aquele sem abrigo que retorna à
sua casa de cartão, depois de obrigatoriamente ter despejado
a “carga” do jantar especial - jantar de Natal - cheio com mão
no lombo e afagos de presidente?”
24, Dezembro, 2018
Ano Novo
P’ra celebrar a passagem
Do ano, em todo o mundo
Faz-se do tempo a contagem
No fim segundo a segundo .
Um comum comportamento
Que apraz à sociedade
Sublimando o momento
Com pompa e solenidade .
VEUCLIDES
CAVACO
Ghttps://www.facebook.
com/euclides.cavaco
Há festas e euforia
Celebrações entre o povo
Na transição deste dia
Para mais um Ano Novo.
Esquecem-se as arrelias
Que se afogam na bebida
Entre galas e folias
Celebra-se enfim a vida.
Trocam-se saudações
Em êxtase de alegria
Tomam-se resoluções
Tão notórias deste dia.
Chega mais um Novo Ano
Que vivê-lo valha a pena.
Salutar prò ser humano
Nesta passagem terrena !...
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
LITERATURA
37
O velório
AMÉRICO LISBOA AZEVEDO (*)
Esmeralda deliciava-se com o terno calor do
sol a a acariciar-lhe o rosto macio, com o intenso
odor das flores silvestres e das ervas bravias
a roçar-lhe as sensíveis narinas. Os seus
pés deslizavam pelo empedrado com tal leveza
que mais parecia que ela temia pisar as pedras.
Apesar disso, os seus passos eram cautelosos
e inseguros como se Esmeralda receasse encontrar
algum obstáculo que não conhecesse.
Tinha por hábito ir sentar-se num seixo junto
ao ribeiro. Ali se mantinha a escutar as águas
a correrem e a saltarem de pedregulho em pedregulho.
À sua volta havia árvores e arbustos
e um constante chilrear de pássaros inquietos.
"Como tudo isto deve ser lindo", pensava Esmeralda.
"E eu que nada mais vejo além deste
interminável vazio".
Esmeralda já há 20 anos que era cega. Assim
nascera e assim viveria todos os dias de sua
vida. O oftalmologista que desde muito cedo
acompanhara Esmeralda sempre dissera que a
medicina não tinha solução para casos como
aquele.
E as pessoas da aldeia já se tinham acostumado
à ideia que Esmeralda seria cega para
sempre.
Os rapazes e as raparigas gostavam muito dela
e não a queriam ver triste. Para eles Esmeralda
era alguém que protegiam como se ela fosse
um ser demasiado frágil. Estavam sempre
atentos se qualquer estranho se aproximava
de Esmeralda. Nada queriam que de ruim lhe
acontecesse.
Leandro era um dos seus amigos mais fieis e
ficava nervosamente a roer as unhas se via algum
outro jovem chegar perto dela. A verdade
é que Leandro amava Esmeralda em segredo,
mas nunca seria capaz de confessar o seu amor
por uma mulher que não enxergasse. Complexos
que grande parte do nosso povo ainda não
soube ultrapassar, até porque em pleno final de
século XX muita gente continua a desconhecer
as reais capacidades das pessoas cegas.
Por seu turno, Esmeralda nem sequer queria
sonhar com essas belas histórias de amor que
lia nos livros em braille. Tudo aquilo devia ser
lindo demais para ela um dia poder experimentar.
"Que homem atraente e inteligente quereria
viver ao lado duma cega como eu!?", reflectia
Esmeralda.
Mas D. Gervásia, uma anciã da aldeia, não partilhava
dessa opinião e sempre que se encontrava
com Esmeralda lhe dizia:
- Ai menina, a alegria maior que eu podia ter
antes de morrer era vê-la bem casada.
- Ora.. - corava Esmeralda - Isso é impossível.
Eu nem homem conheço. E depois, quem ia
deixar-se apaixonar por uma cega?!
- A menina é cega, mas possui os olhos do coração
que enxergam melhor que os da cara.
Além disso, é muito bonita e versada. Sabe falar
de coisas tão lindas.
Decorridas algumas semanas após esta conversa,
uma triste notícia espalhou-se pela aldeia.
E o coração de Esmeralda encheu-se
de luto. Numa manhã pardacenta, D. Gervásia
despedira-se do mundo dos vivos.
Todo o povoado chorava e lamentava a morte
da anciã e todos se juntaram para lhe prestar as
últimas homenagens na noite do velório. Esmeralda
também lá esteve e de lá não arredou pé
até os primeiros alvores começarem a clarear
o dia.
Também durante toda a noite, um dos jovens
netos da defunta não desviara o olhar de Esmeralda.
"Quem seria aquela donzela que irradiava uma
beleza ofuscante?", perguntava-se Nuno. E
mordendo-se de curiosidade, fez a pergunta a
Vicença, sua tia predilecta.
- É Esmeralda, a moça mais amada neste pedaço
de terra. E bem que merece todo o nosso
amor. Nunca conhecemos menina mais simpática.
- Tem um jeito tão estranho de nos olhar! É que
mal nos olha; é como se nem nos quisesse ver.
- observava Nuno.
Vicença pigarreou e um pouco desconfortável,
disse:
- Esmeralda é cega.
De súbito, Nuno lembrou-se de outros cegos
que conhecia na cidade e de como lhes admirava
a alegria de viver e o espírito de inter-ajuda.
Em todo o tempo em que Nuno estivera de
olhos postos em Esmeralda sobressaíra-lhe a
extraordinária discrição das suas atitudes e serenidade
das suas feições.
Após um longo período duma pertinente hesitação,
Nuno decidiu abordar Esmeralda:
- Olá, Esmeralda.
- Olá. Quem está aí? - perguntou ela, ligeiramente
sobressaltada.
- Sou Nuno, o neto da falecida.
- Sinto muito a morte da tua avó. Foi uma grande
mulher.
- Vejo que gostavas muito da minha avó. Já
quase todos se recolheram a suas casas e apesar
dos primeiros alvores tingirem já a longa
noite, tu não arredas pé.
- Sim, malgrado a grande diferença de idades
entre as duas, éramos grandes amigas. D. Gervásia
compreendia bem a juventude.
E continuaram a falar disto e daquilo e quando
estavam prestes a se separarem, Nuno indagou:
- Onde te poderei encontrar?
- Vou sentar-me todas as tardes num dos seixos
da margem do ribeiro.
- Amanhã vou lá ter contigo.
- Mas não tens que regressar à cidade?
- Mesmo que a minha avó não morresse, estava
previsto vir para cá passar um período de
férias.
E a partir dessa altura, Esmeralda passou a ter
a companhia de Nuno nas tardes junto do ribeiro.
Os laços afectivos depressa se estreitaram entre
ambos.
- Esmeralda, como é que tu imaginas o meu
rosto?
Esmeralda nem sequer pensou duas vezes.
Tacteou-lhe as faces, a cabeça, os ombros.
- És muito elegante.
- E as tuas mãos parecem de veludo.
- Gostava de poder ver os teus olhos. - disse
Esmeralda.
- Muitíssimo mais belos são os teus
- Mas falta-lhes a luz do sol.
- No entanto, transmitem u calor da vida. - explicou
Nuno.
- A tua avó dizia-me o mesmo.
- Como vês não exagero.
De repente fizeram um curto silêncio.
- Porque me olhas assim? - perguntou Esmeralda.
- Como sabes que estou a olhar para ti? - sobressaltou-se
Nuno.
- Nem eu te sei explicar. São coisas que sinto.
A tua avó dizia que eu vejo com os olhos do
coração.
- E que mais conseguem ver os olhos do teu
coração?
Esmeralda baixou a cabeça. Tinha vontade de
lhe dizer que já descobrira que Nuno a amava
e que ela também o amava. Porém, temia que
Nuno a considerasse ridícula e troçasse dela.
Afinal, era cega e na tal cidade haveria por certo
moças mais graciosas e prendadas e que
fariam a felicidade dus homens que as elegessem
para suas esposas.
"Não, Nuno não pode sequer sonhar que o
amo. É melhor que me vá embora e que nas
próximas tardes eu deixe de vir aqui.", reflectia
Esmeralda.
- Não te estás a sentir bem? - reparou Nuno.
- É uma ligeira indisposição. É melhor que...
- Julgo ter o remédio para essa indisposição.
- e dizendo isto, Nuno procurou-lhe os lábios.
Esmeralda ainda tentou resistir, mas o seu esforço
era em vão, porque depressa perdeu o
domínio. Porque havia de negar que estava
cega de desejo!
Quando o beijo terminou e Esmeralda pôde
pensar de novo, ficou muito nervosa e insegura
e gritou:
- Vai-te embora! Vai-te embora, para sempre!
Porém, Nuno estava dono da situação:
- Agora já é tarde. Nunca mais ficarei longe de
ti.
- Sou cega!
- Nunca ninguém ficou famoso por amar com
os olhos. - tentou Nuno gracejar.
Esmeralda estava confusa. Realmente, Nuno
tinha razão. Ninguém precisava dos olhos para
amar.
- Esmeralda, unamos as nossas vidas. Juntos
veremos melhor. Eu serei a luz dos teus olhos
e tu serás um bom guia para o meu coração.
(*) https://www.facebook.com/jorge.tomas.3975
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
38
OPINIÃO
Os movimentos neofascistas:
os onanistas da política!
foto: aideia.blog
CARLOS MATOS GOMES (*)
De onde vêm movimentos como
o Chega ou o Zero dos polícias?
Vêm do que podemos designar como o
Mal! Da parte do Mal que existe na natureza
e que na sociedade dos humanos se
opõe à Moral.
A noção do mal? Nas nossas línguas modernas
não há um sinónimo para a palavra
“mal”. Mas a palavra latina malum deriva
da grega mêlon, que corresponde a maçã
e a mêlas, negro.
Estes movimentos como o Chega e o Zero
dos polícias são a maçã que, através da
serpente, representa o primeiro mal bíblico,
a primeira imoralidade: a traição. Eles
são traidores dos valores da humanidade.
Provocam a escuridão onde vale tudo.
Não por acaso, os seus símbolos são predominantemente
negros.
São portadores da mais desumana qualidade
do mal: a intolerância. A intolerância
que é a sua marca não é fruto da estupidez,
é fruto da cobardia. Do medo do
outro. Por isso a sua ação é por natureza
violenta. O brasão dos cobardes.
Os movimentos neofascistas deste tipo
representam o mal enquanto ato político.
As sociedades europeias, a duras penas,
desenvolveram e criaram o atual Estado-
-nação para promoverem as três condições
propostas na Revolução Francesa:
Liberdade – Igualdade – Fraternidade. E
promoveram a nova noção de cidadão.
Estes movimentos são contra civilização
que criou a cidadania, contra o conceito
de cidadão, do ser humano portador
de direitos iguais a todos os outros, são
contra a liberdade, são contra a ideia de
Estado promotor da igualdade e de redistribuidor
de recursos e bens comuns.
Veja-se o programa do Chega de negação
de serviços públicos, incluindo o de previdência
social! São, obviamente, contra a
fraternidade e a igualdade. São racistas e
xenófobos.
Como não se assumem nem na qualidade,
nem no género, iludem a violência,
a xenofobia e o racismo chamando-lhes
“fatores identitários”. Um travestismo até
na linguagem.
Estes movimentos contêm e promovem
uma violência que eles querem fazer parecer
como natural e o seu sucesso é obtido
pela proposta encantatória da “satisfação
de si”. São movimentos do tipo onanista.
Apresentam-se como superadores de
frustrações individuais.
Ao ler e ao ouvir os chefes destes movimentos
é clara a ideia que tentam transmitir
de superioridade. Eles afirmam-se
superiores aos outros por medo de não
serem como os outros. E a sua propaganda
tem conseguido projetar uma imagem
de força e de razão. Há cúmplices nesta
mistificação do mal!
Em termos políticos estes movimentos
também realizam uma inversão – são invertidos
por natureza – pois promovem a
ausência de valores enquanto atacam os
valores essenciais. Os valores são substituídos
pela agressão, pela recusa de
qualquer relativização, ou compreensão.
A razão é substituída, como nos toiros,
pelo instinto: marram contra o que mexe
e eles entendem tudo o que mexe à sua
volta como uma ameaça.
À primeira vista e atendendo apenas ao
modus operandi, este fenómeno de que o
Chega é uma frente política e o movimento
Zero a milícia armada, lembram a relação
que se estabeleceu na República com
a “Formiga Branca”. Tal como o movimento
Zero, a Formiga Branca esteve sempre
pronta para o trabalho sujo que permitisse
um reforço das posições de Afonso Costa
e do seu partido. Com uma diferença
essencial, Afonso Costa tinha um pensamento
e o partido Republicano tinha um
projeto político, enquanto o Chega é um
vazadouro de frustrações e o seu chefe
um videirinho. O Movimento Zero, esse
sim, mantem a caraterística de fornecer
caceteiros de serviço da Formiga Branca.
Uma outra inversão do Chega é a de os
seus chefes se apresentarem como defensores
da Ordem, quando são eles os
fatores da desordem. Um caso clássico
de atribuir o mal a um outro para justificar
a violência. Nada de novo. Aqui em Portugal
a Inquisição praticou essa artimanha
e na Alemanha e em Itália os nazis e os
fascistas também.
Os relativistas do mal que pululam pela
Comunicação Social tendem a justificar a
emergência de fenómenos como o Chega
ou o Movimento Zero com o descontentamento.
Não. Estes movimentos não
são fruto do descontentamento, são movimentos
que arrebanham frustrados. Daí
o sucesso que por vezes obtêm em zonas
desfavorecidas que noutras circunstâncias
votaram comunista, por exemplo. O
aproveitamento político do antigo lúmpen
proletariado é um truque também muito
conhecido e com os dramáticos resultados
que se sabe.
Os elementos das forças policiais são
particularmente vulneráveis à frustração e
ao aliciamento para grupos e milícias radicais.
Frustração porque na sua maioria
exercem a atividade fora do seu meio, seja
o familiar, seja o de enquadramento, são
desenraizados e buscam nestes gangues
a compensação para as suas frustrações
– ausência de laços familiares, afetivos,
sociais, são relativamente mal pagos e
sentem pouco reconhecimento social. Um
terreno propício à demagogia.
O dramático não é a existência do Chega
e do Movimento Zero, o dramático para o
nosso futuro enquanto sociedade é a atitude
de aparente aceitação deles, como
se fosse normal promover a violência, a
desigualdade, a destruição dos serviços
que redistribuem bens como a educação,
a saúde, a reforma, que amparam os cidadãos
nos momentos de doença, de
desemprego, que promovem a censura, a
perseguição do outro. Há jornais e televisões,
grupos de “fakenews” a lavar a cara
a estas matilhas e aos seus chefes.
O dramático é a sociedade aceitar como
normais os portadores destas taras.
(*) Autor escreve segundo o Acordo Ortográfico
Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
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Janeiro 2020 | Lusitano de Zurique | www.cldz.eu
Pedro Barroso despede-se
Devido a doença prolongada, cessa actividade como músico e lança novo CD
ÚLTIMA
MANUEL ARAÚJO
Pedro Barroso, de 69 anos,
homem de música e palavras,
que gravou mais de 30 discos,
actuou no passado dia 21 de
Dezembro em Torres Novas,
no Teatro Virgínia, onde festejou
o 50.º aniversário de carreira
e que foi também a sua
"despedida das canções".
Nesta última aparição em palco
como músico, no Teatro
Virgínia, Pedro Barroso esteve
acompanhado dos músicos,
Miguel Carreira, David Serrão,
David Zagalo, Luís Sá Pessoa e
Susana Santos, Manuel Rocha,
e ainda do seu filho Nuno Barroso,
Francisco Fanhais, João
Chora, António Laranjeira, Teresa
Tapadas, o Coral Phidelius, e
o grupo “Os Camponeses”, de
Riachos. A apresentação esteve
a cargo de Armando Carvalheda,
com quem conversou
sobre a sua carreira. No final do
espectáculo, ofereceu flores e
um caloroso beijo à sua esposa
Manela, que na sombra apoia-o
sempre, nos bons e maus momentos.
Pedro Barroso, tem um novo
disco pronto, já está na Editora.
Será lançado muito brevemente
e chama-se Novembro, mês em
que foi terminado e é o mês do
nacimento do autor.
O novo trabalho inclui um tema
Que Rumos, cantado em parceria
com o Patxi Andión, músico
espanhol que faleceu dias
antes deste último espectáculo,
num acidente de viação. (Ler páginas
26 e 27 desta edição)
Para Pedro Barroso, que se
estreou no programa televisivo
Zip Zip de Júlio Isidro em 1969,
Novembro constituirá a sua
despedida das canções.
A condição física, após mais
um ano de tratamentos médicos,
impede-me de tocar; e,
mesmo na parte de canto, canso-me
ao fim de minutos, disse
Pedro Barroso, que mantém a
firme disposição de um adeus
aos palcos em Torres Novas, no
Ribatejo.
Pedro Barroso, maestro, escritor,
poeta, autor, compositor,
pintor, pensador, libertário, republicano,
agnóstico, epicuro,
pai, avô e sobretudo músico,
actuou por todo o mundo; Espanha,
França, Croácia, Canadá,
Estados Unidos, Brasil,
Países Baixos, Bélgica, Suécia,
Suíça, Luxemburgo, Hungria,
Alemanha e China.
Pedro Barroso fez o curso de
Educação Física do Instituto Nacional
de Educação Física (actual
Faculdade de Motricidade
Humana) (1973) e foi professor
no Ensino Secundário, durante
mais de vinte anos.
Mais tarde obteve um diploma
pós-graduado em Psicoterapia
Comportamental (1988), tendo
trabalhado na área da Saúde
Mental e Musico-terapia durante
alguns anos. Foi, neste campo,
pioneiro no ensino de crianças
surdas-mudas, numa escola de
ensino especial de Lisboa. É
co-autor de um tema “Afrodite”
com poema de José Saramago
- prémio Nobel da Literatura e foi
distinguido com vários prémios
nacionais e estrangeiros e recebeu
a Medalha de Honra da Sociedade
Portuguesa de Autores.
O anúncio do fim de carreira,
provocou uma onda de pesar
e de tristeza, no seio dos seus
fieis seguidores e amigos.
© Cláudia Sardinha