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29HORAS - Janeiro 2020

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12 HORA H<br />

ANIVERSÁRIO<br />

Histórias<br />

centrais<br />

Para comemorar os 466 anos da<br />

maior metrópole da América do Sul,<br />

decidimos voltar ao começo: ao<br />

centro de São Paulo, região rica em<br />

história, segredos e encantos. Siga<br />

com a gente nesse roteiro repleto de<br />

cultura, arte e gastronomia<br />

POR JOÃO BENZ,<br />

JULYA ZANCOPER<br />

E LETÍCIA PRALON<br />

SÃO PAULO É uma cidade que não nasceu<br />

apenas uma vez, mas várias. De terra<br />

sagrada dos tupiniquins à metrópole<br />

fervilhante dos arranha-céus, as transformações<br />

nunca deram trégua. Lar de<br />

italianos, japoneses, árabes, nordestinos<br />

e africanos, ela foi erguida por pessoas<br />

à procura de uma vida melhor. Suas<br />

raízes cosmopolitas e ritmo acelerado<br />

distinguem São Paulo das demais cidades<br />

brasileiras, ao mesmo tempo que a aproximam<br />

de outras megalópoles mundo<br />

afora. No dia 25, Sampa celebra os seus<br />

466 anos, e não há lugar melhor para<br />

comemorar tanta história do que em um<br />

passeio pela região central.<br />

“O centro é esse lugar que, uma vez<br />

desvendado, torna possível que nos apossemos<br />

da cidade a partir dele. Pela densidade<br />

da história que ele abriga em seus<br />

espaços, ele nos oferece possibilidade de<br />

deixarmos de ser reféns do presente de<br />

nossa cidade. Quando compreendemos<br />

sua história, entendemos melhor nossos<br />

problemas, contradições e potencialidades<br />

como cidade”, observa Fraya Frehse,<br />

professora livre-docente em sociologia da<br />

USP, que há anos estuda as relações entre<br />

pedestres e espaços públicos centrais<br />

de grandes metrópoles do mundo e, em<br />

particular, de São Paulo. Para Frehse, um<br />

dos lugares fundamentais para entender<br />

São Paulo é o Pateo do Collegio. E é lá que<br />

vamos começar nosso passeio.<br />

Endereço nº 1 da cidade, da construção<br />

original de 1554 restou apenas uma parede<br />

de taipa de pilão, exposta dentro do prédio,<br />

símbolo da história latente do local – a<br />

construção atual foi feita entre 1954 e 1979,<br />

reproduzindo a arquitetura da época dos<br />

jesuítas. Quem passa por lá pode fazer uma<br />

parada para um cafezinho (ou almoço!)<br />

no Café do Pateo, um verdadeiro oásis<br />

em meio à agitação. Não deixe de provar<br />

o Pão do Pateo, feito a partir de um relato<br />

de São José de Anchieta, presente em uma<br />

carta a Santo Inácio de Loyola, fundador<br />

da Companhia de Jesus.

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