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edição de 17 de fevereiro de 2020

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epense É destaQUe na

sÉrie giro no mercado

Agência dos sócios Luna

Gutierres e Otavio Dias

questiona modelos de

negócio tradicionais e foca

em resultados. pág. 30

Joanna monteiro fala

sobre o Júri no d&ad

A criativa da FCB abre

série que o PROPMARK

realiza com os jurados

brasileiros na edição

2020 do festival. pág. 35

eletromidia apresenta

novidades ao mercado

Edu Alvarenga, Alexandre

Guerrero e Daniel Simões

celebram conquista da CPTM

e comentam sobre a fusão

com a Elemidia. pág. 12

propmark.com.br

ano 55 - Nº 2783 - 17 de fevereiro de 2020 r$ 15,00

colunistas sp elege destaques de 2019

almapbbdo foi eleita pela 6ª vez consecutiva a agência do ano; os executivos antonio fadiga (artplan) e

rafael Urenha (dpZ&t) foram reconhecidos como publicitário do ano e profissional do ano, respectivamente.

premiação elegeu ainda as marcas mais criativas do período. volkswagen, associação nacional de travestis

e transexuais, Uber, nissin, fiat e petz foram alguns dos grandes premiados. pág. 36

interpUblic cresce 3,3%

e sUpera concorrentes

Holding liderada pelo

CEO Michael Roth

reportou receita líquida

de US$ 8,63 bilhões,

em 2019. pág. 16

accentUre divUlga

Technology Vision

Pesquisa traz tendências

tecnológicas que redefinirão

o ambiente global

de negócios nos próximos

três anos. pág. 33

samsUng lanÇa

o galaxy Z flip

O segundo smartphone

dobrável da marca foi

um dos destaques de

evento realizado em

San Francisco. pág. 40

o propmarK nÃo circUlarÁ no próximo dia 24. o Jornal retornarÁ em 2 de marÇo.


editorial

Tiago Ferrentini

tamf@editorareferencia.com.br

Criatividade sempre funciona

Bastante interessante o experimento feito por um artista alemão

chamado Simon Weckert pelas ruas de Berlim. Conforme noticiou

o portal G1 do Grupo Globo, puxando um carrinho com 99 celulares

conectados ao Google Maps, ele caminhou por ruas desertas que passaram

a ser mostradas no aplicativo como se estivessem congestionadas.

Tudo foi filmado e pode ser visto na internet.

Quem realmente fizesse uso do Google Maps para se locomover naquele

momento por aquelas ruas, seria direcionado a caminhos alternativos

para fugir do congestionamento que na realidade era de celulares

e não de veículos.

O objetivo – alcançado – do artista foi evidenciar que os algoritmos podem

muitas vezes interpretar incorretamente os fatos e nos levar a atitudes

desnecessárias ou até mesmo erradas.

Trazendo para o mundo dos negócios e mais especificamente para o

mercado da comunicação, muito tem se focado em análise de dados

e criação de algoritmos para campanhas publicitárias. Não é de hoje o

movimento de agências de publicidade contratando profissionais de TI

e de empresas de consultorias contratando publicitários para prestarem

serviços de publicidade, já que são de há muito tempo acostumadas

a lidar com dados e números de seus clientes.

Oxalá mais e mais anunciantes reconheçam, passado o turbilhão tecnológico

dos últimos anos, que não podem abandonar suas agências

de publicidade porque elas continuam cruciais não só para alavancar

suas vendas, mas também e principalmente para valorizar e diferenciar

suas marcas.

E que daqui em diante, mais e mais agências de publicidade enxerguem

este movimento pendular que vem ocorrendo em muitos anunciantes

e consigam vender seu diferencial criativo. Sem, é claro, se descuidarem

de terem em seus quadros bons profissionais de tecnologia que

saibam lidar com esse mundaréu de dados, para que as peças de uma

campanha publicitária se utilizem dos canais de mídia mais adequados

aos objetivos e ao público que o cliente desejar atingir.

***

Esta edição traz reportagem de capa com os vencedores do Prêmio Colunistas

São Paulo 2019, promovido pelo PROPMARK. A AlmapBBDO

foi eleita pela 6ª vez consecutiva a Agência do Ano. Outros destaques

da premiação, que se mantém entre as mais relevantes do mercado de

comunicação, foram os Grandes Prêmios concedidos pelo júri, formado

por jornalistas e publicitários.

A mola mestra dessa troca de cadeiras ocorrida nos últimos anos foi a

ideia que tomou conta de todos, de que essa nova era dos algoritmos

garante a tão desejada eficácia das campanhas de marketing.

A maluca ideia de Simon Weckert mostrou que não é bem assim. Como

vimos, os algoritmos têm suas limitações e, portanto, não são a solução

definitiva que muitos acreditavam para uma campanha atingir o público

desejado. Mais do que isso, é preciso lembrar que no auge do surgimento

dos algoritmos como ferramenta de marketing houve quem profetizou

que a inteligência artificial acabaria com a atividade publicitária

como a conhecemos.

Nada como o tempo para nos mostrar que nem tudo que parece ser é.

Hoje, assim como o coronavírus não é a pandemia que se acreditou há

algumas semanas, estando restrito ao território chinês, conforme declaração

da Organização Mundial da Saúde dada a jornalistas na última

semana, temos visto que nem só de algoritmos e big data o marketing

está vivendo.

Grandes anunciantes, que acabam puxando os demais, formando um

círculo, neste caso, virtuoso e não vicioso, estão em busca de ações de

marketing com mais atenção à criatividade.

O brilho criativo emulado em bons textos, em imagens e vídeos publicitários

voltou a ser a preocupação número um dos anunciantes em suas

iniciativas de marketing.

Esse é o DNA da atividade publicitária que tem no talento criativo seu

diferencial para se manter relevante no mundo atual. Não que o conhecimento

de dados e o bom uso deles por meio da tecnologia sejam habilidades

menos importantes. Os algoritmos vieram para ficar, mas felizmente

o senso comum vem entendendo que isso não é suficiente, além

de muitas vezes os robôs estarem equivocados como vimos acima.

Os jurados reconheceram os melhores trabalhos criativos de marcas

como Volkswagen, Fiat, Nissin e Uber, e também elegeram o Profissional

do Ano (Rafael Urenha, da DPZ&T); o Publicitário do Ano (Antonio

Fadiga, da Artplan); além do Anunciante (Renault); Empresa de Mídia

Exterior (Eletromidia), Empresa de Live Marketing (BFerraz) e o Veículo

Impresso do Ano para a Folha de S. Paulo, que noticiou a conquista.

Copy do texto:

Folha é escolhida veículo impresso do ano pelo PROPMARK

A Folha venceu o Grande Prêmio de Veículo Impresso do Ano da premiação

Colunistas São Paulo 2019, promovida pelo jornal PROPMARK.

A escolha foi feita por um júri composto por nove jornalistas, cartunistas

e publicitários que se reuniram no último sábado (8) para avaliar

também os melhores trabalhos publicitários do ano passado.

“A Folha de S.Paulo foi o veículo do ano porque apresentou um expressivo

crescimento de assinaturas e, além disso, tem tido uma postura

combativa”, afirma Kelly Dores, editora-chefe do PROPMARK e uma

das juradas.

O prêmio existe desde 1968. Na atual edição, teve ainda categorias

como melhor agência publicitária, melhor publicitário e anunciante

do ano.

***

O PROPMARK não circulará no próximo dia 24, na semana de Carnaval,

e voltará em 2 de março com uma edição especial, trazendo um

levantamento inédito feito em parceria com o More Grls sobre como

está a presença (ou não) de lideranças femininas nas diferentes áreas

das agências brasileiras.

4 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


conexões

Fantastic!!! Bravo!

tatisantannas

última Hora

Instagram

Post: O @burgerkingbrasil recriou

os cartazes dos melhores

filmes do Oscar. Detalhes no site

do @propmark.

Maravilhoso.

flaviatgodoy

dorinHo

Ficou animal!

vihsimon

Só assim para gostar de Era Uma

Vez em Hollywood!

andressagonzaga

Facebook

Uber combate assédio, racismo e

homofobia em nova campanha

E os motoristas que são mortos

todos os dias? Nem um muito obrigado.

Thimóteo Soares

Responsabilizar uma plataforma por

um comportamento que impera desde

que o mundo é mundo, é incabível...

A responsabilidade é de todos

nós e, mesmo que minimamente, a

plataforma está se posicionando.

Gustavo Seguro

INSCRIçõES

O Fiap, festival de publicidade e criatividade da América

Latina, abriu as inscrições para sua 50ª edição. Elas vão até

15 de julho. O evento será realizado novamente em Miami

(EUA), entre os dias 15 e 17 de setembro. Quem se inscrever

até 15 de abril, segundo a organização da competição, terá

desconto de 10% em cada peça colocada para concorrer.

CONSELHO

Eduardo Schaeffer, diretor

de negócios integrados em

publicidade da Globo, foi

indicado pela Abert para

uma das vagas da entidade

no Conselho Superior das

Normas-Padrão do Cenp.

“A intensa renovação da

publicidade não prescinde

da autorregulação

praticada pelo Cenp”, diz

Schaeffer, acrescentando:

“É fundamental que

anunciantes, agências

e veículos busquem

permanentemente o

aprimoramento do modelo

brasileiro de publicidade.

O Cenp é o melhor lugar

para essas conversas”.

TINTAS

A VML venceu concorrência

e conquistou a conta de

comunicação integrada da

companhia holandesa Akzo-

Nobel, uma das principais

do mundo no setor de tintas

e revestimento. A agência

presidida por Fernando Taralli

cuidará das marcas Coral,

Alabastine e Sparlack, no

Brasil e América Latina.

LONDON

Rodrigo Castellari (foto ao

lado), que era da F/Nazca,

foi para a Saatchi & Saatchi

London. Ele assumirá

a posição de diretor de

criação e head of art. Vai

trabalhar com clientes

como Direct Line e Visa.

MERCHAN

Camila Couto é a nova

gerente de trade marketing

e merchandising da marca

de balas de gelatina Fini.

A executiva terá a missão

de oferecer mais inovações

ao consumidor. A empresa

conta com mais de 300

produtos no seu portfólio.

LEITE

O Grupo Rái conquistou a

conta da Yakult, empresa

dedicada à ciência e que

desenvolve pesquisas com

tecnologia avançada em

favor da saúde. Agência

será responsável por toda

a comunicação da marca,

inclusive redes sociais,

mídia programática e

marketing de influência.

IBP

A Binder ganhou a conta

do Instituto Brasileiro

de Petróleo, Gás &

Biocombustíveis (IBP),

que congrega mais de

200 empresas. Agência

desenvolverá trabalho

institucional e campanhas

para eventos.

6 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


Índice

Júri do colunistas

SP avalia e

destaca melhores

Premiação definiu principais

trabalhos e profissionais do

estado. AlmapBBDO é Agência

do Ano. Seu cliente Volkswagen

também levou GP, com Vida.

caPa

36

Reprodução

entreviSta

Divulgação

marcaS

Divulgação

Divulgação

Brasil é mercado

estratégico da deezer

Em um universo de 14 milhões de usuários

ativos na plataforma de streaming de áudio,

país ganhou destaque com a chegada do

brasileiro Marcos Swarowsky à direção geral

na América do Sul. Objetivo é impulsionar o

crescimento dos negócios. pág. 20

camPanHaS

ação de Ypê

traz Bandaloop

Divulgação

Ação tem foco na linha de lava-

-louças. Marca investe no grupo americano

de vertical dance performance famoso por

coreografias nas paredes de prédios. Ideia

é exaltar prazer de lavar louças. pág. 45

coca-cola Brasil

promove executiva

Poliana Sousa agora é VP de marketing.

Sob sua liderança, em 2019, marca atingiu

números expressivos com as plataformas

Vai no Gás e Melhor Juntos, com foco na

Coca-Cola sem açúcar. Ela é a primeira

mulher a assumir o cargo no país. pág. 45

giro no mercado

estratégia “fora da

caixa” vira mantra

Alê Oliveira

Repense, liderada por Otavio Dias e

Luna Gutierres, nasceu num período de

questionamentos. “Na época, a gente

não acreditava mais nesse modelo por

caixinha, a gente acreditava no modelo de

comunicação integrada”, fala Dias. pág. 30

fotografia

iStock quer diversidade

no carnaval brasileiro

Banco de imagens lançou fotos de

diferentes cenas da folia. As principais vêm

de quem brinca na rua. Empresa explica

que clientes fogem dos “clichês”. pág. 43

editorial ................................................................4

conexões ...............................................................6

curtas ..................................................................10

mídia ...................................................................12

agências .............................................................16

entrevista ...........................................................20

We Love mKt ......................................................22

inspiração ..........................................................23

Storyteller ..........................................................24

Beyond the Line .................................................25

opinião ................................................................26

arena do esporte ...............................................27

Quem fez ............................................................28

giro no mercado .................................................30

Produtoras ..........................................................32

Pesquisas ............................................................33

Prêmios ...............................................................35

marcas .................................................................40

Última Página ...................................................46

O jornalista Paulo Macedo está em férias e a coluna

Supercenas voltará em 2 de março

8 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


SE EM 2018

VOCÊ DESEJOU

FELIZ 2019

PARA A GENTE,

OLHA, DEU CERTO.

Entre as 5 melhores agências em new business.

5ª maior agência em investimento de mídia

(Kantar Ibope Media).

Uma das agências independentes mais sexy

da América Latina pela revista Campaign US.

5º ano de certificação pelo Great Place to Work.

Artplan Now liderando a cobertura

de grandes marcas no Rock in Rio.

Destaques em Cannes, El Ojo e Effie.

1ª mulher Profissional do Ano no Colunistas RJ

e Profissional do Ano no Colunistas Brasil.

Agência do Ano no Colunistas RJ.

2ª colocada no Colunistas SP.

GP de Relações Públicas no Colunistas SP.

Antonio Fadiga eleito Publicitário do Ano

no Colunistas SP.


curtas

risco de contágio do coronavírus provoca cancelamento de eventos

O surto de coronavírus vem causando

prejuízos inestimáveis para os negócios

pelo mundo, afetando eventos que, de

alguma forma, conversam com o setor

de comunicação. Na semana passada,

foi cancelado o Mobile World Congress,

principal feira mundial para o segmento

de TI e telecom, que atrai o universo das

marcas especialmente interessadas nos

impactos do 5G em suas estratégias de

comunicação. Colocando os números de

perdas em perspectivas, pode-se ter uma

ideia do tamanho do problema: o prejuízo

estimado com o cancelamento do MWC é

de € 490 milhões, sem contar a perda de 14

mil empregos na cidade de Barcelona que,

a cada ano, oferece diversos benefícios aos

congressistas. O evento ocorreria entre os

próximos dias 24 e 27 e costuma atrair muitos

chineses, cerca de 6% da audiência, segundo

a organização, de um total estimado

em 100 mil pessoas. “As preocupações com

coronavírus, viagens e outras circunstâncias

tornam impossível a realização do

MCW”, disse John Hoffman, presidente

Lucrezia Carmelos/Unsplash

Ameaça de surto gera cancelamentos de megaeventos

da GSMA. Foi o ato final após uma série de

empresas se retirarem do evento por conta

do coronavírus. Intel, Amazon, Sony, Ericsson,

Cisco, Facebook, Nvidia e LG foram

algumas delas. A questão agora preocupa

os organizadores de outros encontros. O

Global Marketing Week, da Word Federation

of Advertisers, que ocorreria em 31

de março, por exemplo, foi adiado, como

informou o The Drum. Agora, eventos

como SXSW e mesmo o Cannes lions estão

atentos. Cannes, que ocorre apenas em

junho, mantém a questão sob controle e

uma porta-voz afirmou ao Adweek que “o

festival segue aberto aos negócios” e que

“monitora os acontecimentos segundo

as autoridades francesas e a Organização

Mundial da Saúde”. O evento de Austin,

previsto para março, colocou recomendações

de segurança em seu site. “O SXSW

2020 vai ocorrer como planejado. Continuaremos

a monitorar a situação de perto

e atualizaremos conforme necessidade”,

disse a organização. Nesse caso, fica claro

que, mesmo sem risco aparente de cancelamento,

pode haver algum receio na

hora de se comprar propriedades dentro

do festival ou mesmo de já se adquirir as

credenciais. Ao Adweek, um executivo

afirmou que está segurando as compras

para o Dmexco, que ocorre apenas em setembro,

para aguardar informações. É por

esse mesmo receio que passa o mercado de

eventos e promotores internacionais.

bis preMia queM “boMbou”

publiCidade infantil pode voltar

More grls quer aMpliar atuação

Fotos: Divulgação

Peça da ação, que pretendeu aliviar as tensões

Bis fez a ação Bombou Ganhou para aliviar

a tensão de quem reprovou em alguma

matéria, pegou DP (dependência) e ficará

longe da antiga turma. Na última quarta-

-feira (12), a marca foi a universidades de

São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Curitiba e Porto Alegre para oferecer uma

caixa de Bis. Para cada matéria reprovada,

uma caixa do bombom. A ideia foi animar

os alunos que repetiram e sugerir que eles

dividissem o presente com os novos colegas

de classe. A iniciativa é assinada pela

Wieden+Kennedy São Paulo. Como parte

da ação, influenciadores que já reprovaram

na faculdade contaram suas experiências.

Nova consulta pode flexibizar publicidade infantil

O Ministério da Justiça e Segurança

Pública está com consulta pública para

avaliar a regulamentação da publicidade

direcionada ao público infantil na mídia,

proposta pela Secretaria Nacional do Consumidor

(Senacon). O espaço fica aberto

até o próximo dia 27. A proposta recebeu

críticas de entidades como o Instituto

Alana, que atua com proteção de direitos

das crianças, a ACT Promoção da Saúde e o

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

(Idec). Em nota, o Alana destacou que

normas da legislação brasileira apontam

ilegalidade da publicidade infantil e a iniciativa

pode abrir para a sua permissão.

Laura Florence e Camila Moletta

Aumentar o valor profissional e o número

de mulheres criativas no mercado é a

premissa do instituto More Grls. Com o objetivo

de expandir o alcance e a atuação da

plataforma de transformação, as fundadoras

do projeto, as criativas Camila Moletta

e Laura Florence iniciaram campanha de

financiamento coletivo. A dupla apresentou

plano para desenvolver a versão 2.0

do More Grls, que inclui o mapeamento

de talentos femininos na Europa, Estados

Unidos e América Latina. Além disso, querem

angariar recursos. Estratégia é conscientizar

as empresas sobre a importância

de ter mais mulheres nos setores criativos.

Diretor-presidente e jor na lis ta

res pon sá vel

Ar man do Fer ren ti ni

Editora-chefe: Kelly Dores

Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo

Macedo e Alê Oliveira (Fotografia)

Editores-assistentes: Danúbia

Paraizo e Leonardo Araujo

Repórteres: Alisson Fernández, Felipe

Turlão, Jéssica Oliveira e Marina Oliveira

Revisor: José Carlos Boanerges

Arte: Adu nias Bis po da Luz, Anilton

Rodrigues Marques e Lucas Boccatto

Departamento Comercial

Gerentes: Mel Floriano

mel@editorareferencia.com.br

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Monserrat Miró

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Diretor Executivo: Tiago A. Milani

Ferrentini

tferrentini@editorareferencia.com.br

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Atendimento a assinantes

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CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a

opi nião des te jor nal, po den do até mes mo ser con trá rias a ela.

IMPRESSO EM CASA

10 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


Criatividade,

igualdade e

liderança não

são palavras

escritas

no feminino

à toa.

Em março, o PROPMARK vai trazer uma pesquisa feita junto com o More Grls e um raio X detalhado

com dados inéditos sobre as mulheres do mercado de comunicação no Brasil.

PARTICIPE DESSA EDIÇÃO ESPECIAL E ANUNCIE.

Reserva: 20/2 Material: 27/2 Circulação: 2/3 Informações: comercial@editorareferencia.com.br


mídia

União entre Eletromidia e Elemidia

apresenta os primeiros resultados

Compra trouxe projetos integrados criados pela nova companhia, como

a conquista da concessão para uso do espaço publicitário da CPTM

MARINA OLIVEIRA

Anunciada há pouco mais

de duas semanas, a compra

da Elemidia pela Eletromidia

reverberou no mercado e

os primeiros projetos integrados

desenvolvidos pela nova

companhia já estão tomando

corpo. A empresa conquistou,

por dez anos, a concessão para

uso do espaço publicitário,

incluindo encargos, manutenção,

conservação, comercialização

e administração, das

sete linhas da Companhia Paulista

de Trens Metropolitanos

(CPTM) num pregão avaliado

em R$ 380 milhões.

Agora, Eletromidia/Elemidia

apresentam um novo produto

específico para shoppings

centers. A solução anunciada

por Alexandre Guerrero, VP

comercial da Eletromidia,

como sendo “a maior plataforma

de mídia de varejo no Brasil”,

deve oferecer, para mais

de 100 shoppings, de 20 redes,

um mega banner digital sem

custo de produção com ofertas

geolocalizadas por target ou

região em tempo real.

“Isso sintetiza bem algo que

era proibitivo até então, porque

o mega banner era estático,

tinha o custo de produção

e eram formatos diversos. Agora

a gente já nasce tendo uma

oferta de varejo no ponto de

venda sem o custo de produção

em tempo real, que é possível

trocar o cooperar ofertas

com algum varejista no principal

momento de atividade

econômica das datas de varejo

e com ofertas segmentadas. Ou

seja, a oferta do Shopping Eldorado

vai ser diferente da do

Shopping da Bahia, que será

diferente do Metrô Itaquera,

que será diferente do Iguatemi.

E não necessariamente para

marcas distintas”, defende.

Serão oito cotas comercializadas

com data prevista de início

no Dia das Mães, mas o projeto,

diz Guerrero, é sazonal e

Alexandre Guerrero, VP comercial da Eletromidia; Edu Alvarenga, CEO da Elemidia; e Daniel Simões, CEO da Eletromidia

contempla ainda Dia dos Pais,

Dia dos Namorados, Black Friday

e Natal.

“A combinAção dAs

duAs compAnhiAs

se trAnsformA

em um produto

comerciAl de

muitA relevânciA”

Alê Oliveira

Nova marca

O processo de aquisição,

que ocorreu em menos de dois

meses e teve investimento do

fundo H.I.G Capital, ainda passa

por ajustes quanto a cultura

organizacional, organograma,

modelos de vendas, estrutura

e marca.

A ideia, segundo Daniel Simões,

CEO da Eletromidia, e

Edu Alvarenga, CEO da Elemidia,

é concluir o processo de

transição antes do fim do ano.

Para Guerrero, em 60 dias é

possível que já haja definições

com relação a essas questões.

Até o momento trabalham

sob as duas bandeiras, integrando

as equipes e o portfólio,

que soma 40 mil faces digitais

e, em dois anos, deve ir para 68

mil, segundo Alvarenga.

“A nossa missão é considerar

toda a tecnologia da Elemidia

neste novo portfólio da companhia

para, no fim do dia, você

sentir que, toda vez que há uma

interação com a nossa tela, essa

informação é para você. Isso

leva ao engajamento, à qualidade

de impacto e à capacidade

de interagir para outro patamar”,

aponta Alvarenga.

Apesar da projeção de faturamento

para 2020 na casa dos

R$ 700 milhões e de figurar entre

as 10 maiores empresas de

mídia do país, os executivos

afirmam que a missão vai além.

“A combinação das duas

companhias se transforma em

um produto comercial de muita

relevância. A gente acha que

vai conseguir entregar um produto

raro, que vai acompanhar

a jornada, não só da saída de

casa, mas dentro de casa, porque

a Elemidia tem prédios residenciais,

até voltando para a

casa ao longo de todo um dia. A

única empresa que vai ter presença

em 100% da plataforma

do OOH e em todos os ambientes

estaremos presentes com

força”, aponta Simões.

12 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


MÍDIA

Globo define lideranças para os

núcleos comerciais integrados

São 11 executivos divididos por setores de mercado ou por praças

regionais que serão responsáveis pelo atendimento aos clientes

Dando continuidade à unificação

de todas as marcas

do Grupo Globo sob uma única

estrutura e a recém-integração

de seu departamento comercial,

a companhia anunciou o

novo quadro dederes para o

setor.

A comercialização de publicidade

será integrada contemplando

TV aberta, canais de TV

paga da Globosat, Globoplay e

digital (globo.com). Já o atendimento

para anunciantes foi

setorizado em núcleos de atendimento,

que a partir de agora

começam a funcionar com seus

respectivos líderes.

Os heads comerciais que

passam a atender os clientes de

acordo com setores do mercado

são: Eduardo Salvador (Serviços

e Telecom); Herbert Zeizer

Netflix cria ativação com “assalto”

para os fãs de La Casa de Papel

Um dos maiores sucessos da plataforma, série inspira uma experiência

imersiva que ocorre simultaneamente em São Paulo, Madrid e Paris

JÉSSICA OLIVEIRA

quarta temporada de La Casa

de Papel chega à Netflix

A

em 3 de abril. Mas dessa vez os

fãs podem ir além das telas.

No fim do mesmo mês, a

plataforma e a agência Fever

iniciam a La Casa de Papel Experience,

uma ativação imersiva

e internacional. A ação será

lançada simultaneamente em

São Paulo, Paris e Madrid.

A ideia é fazer o “maior assalto

da história” com os participantes

como parte do grupo.

Segundo a Netflix, será possível

“vivenciar a trama em uma

experiência imersiva única e

real”. “Você viu o que fizemos

até agora? Bom, não é nada

Eduardo Schaeffer, diretor de negócios integrados em publicidade da Globo

Divulgação

Divulgação

Em vídeo promocional, Netflix convida público a não ser só espectador: Junte-se a nós

(Bens de Consumo); Eduardo

Petribu (Financeiro e Auto);

Tatiana Souza (Comércio) e

Claudio Correa (Governo). Já os

heads para o atendimento de

mercados regionais são: Felipe

Heimbeck (Rio de Janeiro e

Sul); Marcella Maranzana (São

Paulo); Iuri Leite (Norte/Nordeste)

e Marcelo Ligere (Minas/

Centro Oeste/Espírito Santo).

André Vinicius é o head de

agências e Claudio Paim é o

head de excelência em vendas.

Todos os executivos se reportam

diretamente a Manzar Feres,

diretora de comercialização

da Globo. A executiva, ao

lado de Eduardo Becker, diretor

de soluções de negócios em

conteúdo, a Eduardo Schaeffer,

diretor de negócios integrados

em publicidade da Globo.

comparado ao golpe que temos

nas mãos…”, avisa no site.

O projeto é o segundo “ao

vivo” da plataforma este ano

no Brasil. Em janeiro, o Tudum

Festival reuniu em São Paulo

elenco de originais como Sintonia,

Para Todos os Garotos que

Já Amei e O Mundo Sombrio

de Sabrina, além de cenários e

produtos inspirados neles.

A venda de ingressos começou

no dia 13. Antes disso, mais

de 40 mil pessoas se inscreveram

na lista de espera.

A série é um dos maiores sucessos

de público e publicidade

no serviço de streaming, com

cases de product placement.

Não há informações sobre marcas

envolvidas na experience.

14 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


Ficha de Inscrição

Nº 897385

YOUNG LIONS COMPETITIONS 1942

Nome

Hedy Lamarr

Ideia

WI-FI

Idade

Categoria

28 ANOS CRIATIVIDADE

EM MEDIA

O problema

A solução

O exército americano precisa

de uma solução de comunicação

que não possa ser decifrada pelo

inimigo durante a 2ª Guerra.

Uma nova tecnologia sem fio

que viaja por ondas diferentes

das de rádio e não tem risco

de ser interceptada e decodificada.

0

1

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1

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1

0

1

0

Se em 1942 já existisse o Festival

de Criatividade Cannes Lions, a inventora

e atriz Hedy poderia ter sido Young Lion

na categoria Media com a criação

do Wi-Fi aos 28 anos de idade.

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agências

interpublic cresce 3,3% e supera os

concorrentes Omnicom e Publicis

Holding dona de redes de agências como FCB, MullenLowe e

McCann reportou receita líquida de US$ 8,63 bilhões em 2019

FELIPE TURLÃO

Na guerra de números entre

as principais holdings da

publicidade mundial, o Interpublic,

dono das redes FCB,

McCann e MullenLowe, dentre

outras, apresentou o maior

crescimento de receitas no consolidado

do ano de 2019.

A empresa atingiu faturamento

de US$ 8,63 bilhões, com

alta de 3,3% (em valores orgânicos,

sem considerar aquisições e

variações cambiais), superior

aos 2,8% do rival americano

Omnicom (das redes BBDO,

DDB e TBWA) e à queda de 2,3%

reportada pelos franceses do

Publicis Groupe (Publicis, Leo

Burnett e S&S).

Segundo o CEO Michael

Roth, os segmentos onde a empresa

teve melhor performance

foram os de telecom, healthca-

cheil tem novidades

na criação e RTV

Felipe Petroni e Regina Shnaider

são os novos contratados

Cheil tem duas

A novidades. O diretor

de criação Felipe

Petroni e a producer

sênior Regina

Shnaider são as novas

contratações da

agência. A ideia é reforçar

a área criativa.

Petroni já trabalhou

nas agências Grey,

Wieden+Kennedy,

Ogilvy e FCB, e trabalhou

com os anunciantes

Nike, Heineken, Nivea,

Volvo, Claro e Mondelēz, entre

outros. Durante sua trajetória

profissional, já foi premiado no

Cannes Lions, D&AD e El Ojo de

Iberoamérica, entre outros.

Já Regina é especializada

em negócios de TV e cinema

Michael Roth: “Estamos felizes com nossa melhora e a transformação no mercado”

A producer sênior Regina Shnaider e o diretor de

criação Felipe Petroni chegam à agência

Divulgação

pela Academia Internacional

de Cinema, e tem 21 anos de

experiência. Trabalhou nas

agências AKQA, DM9DDB, Isobar,

Lew’Lara\TBWA e Grey,

tendo atuado com as marcas

Google, Visa, Nissan, Procter

& Gamble e Under Armour.

Divulgação

gUT promove na mídia

e no atendimento

Camila Prado e Douglas Silveira

respondem agora como diretores

A GUT apresenta

promoções em

seu time: Camila de

Almeida Prado e Douglas

Silveira passam a

responder como diretora

de Grupo de Contas

e diretor de Mídia,

respectivamente.

Camila chegou à

GUT em março de

2019, logo no início

das operações do escritório

de São Paulo.

A profissional, que sempre trabalhou

na área de atendimento,

também teve passagens

na DPZT, onde ficou por nove

anos, na BorghierhLowe e na

EuroRSCG. Entre os clientes

que já atendeu constam Natura,

SOS Mata Atlântica, Johnre,

varejo, finanças e alimentação.

Para 2020, a previsão do

Interpublic é crescer mais 3%.

“Nossos resultados demonstram

a força de nossas ofertas

integradas ao cliente e a qualidade

de nossos profissionais,

uma combinação que produz

crescimento orgânico e margem

de lucro. Estamos felizes com

nossa melhora e a transformação

em nosso mercado. Temos

investido em ferramentas e tecnologias

em áreas como digital,

data services, estratégia, criatividade

e analytics.”

Se considerado apenas o resultado

do quarto trimestre, o

Interpublic cresceu 2,9%, com

receita de US$ 2,43 bilhões. Alguns

destaques foram as operações

de mídia Mediabrands

e UM, a área de healthcare da

FCB, a McCann e os novos negócios

da MullenLowe.

Douglas Silveira e Camila de Almeida Prado foram

promovidos na empresa

Divulgação

son & Johnson e Citroen.

Já Silveira, que está na GUT

desde junho de 2019, passou

dois anos na Ginga, quatro na

Wieden+Kennedy e outros

dois na Y&R. O profissional

conquistou o Young Lions 2017

em mídia.

16 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


# papel não desmata

Papel é feito de árvores plantadas.

Quanto mais papel for produzido, mais árvores vão existir!

As indústrias brasileiras de celulose e papel plantam todas as árvores que utilizam.

Hoje, são plantadas, diariamente, mais de 500.000 árvores para diversos usos

industriais, inclusive produção de celulose e papel. No total, já são 7,8 milhões de

hectares de plantações de árvores. Além disso, as indústrias de base florestal

preservam 5,6 milhões de hectares de matas nativas.

Fonte: Mitos e Fatos - Two Sides, 2019

Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada em 2008 por

membros das indústrias de celulose, papel e comunicação impressa. Two Sides

promove a produção e o uso responsável da impressão e do papel, bem como

esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desse

recurso. O papel, por ser proveniente de florestas certificadas e gerenciadas de

forma sustentável, é um meio de comunicação excepcionalmente poderoso, de

fonte renovável, reciclável e biodegradável.

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agências

africa é a única do

Brasil na contagious

Empresa aparece em seleta lista

que destaca as pioneiras em 2020

Contagious revelou

as Con-

A

tagious Pioneers

2020, agências que,

segundo a publicação,

“vêm consistentemente

definindo

padrões para

criatividade, inovação

e excelência em

marketing”. A Africa,

que faz parte

do Omnicom Group, é a única

brasileira que figura na seleta

lista criada pela Contagious. A

consultoria de insight e inteligência

para excelência criativa

e estratégica definiu a agência

como uma das “melhores e

mais corajosas do planeta”.

Além da Africa, este importante

reconhecimento também

destaca a BETC Paris,

CHE Proximity Australia, Colenso

BBDO Auckland, Dentsu

artplan faz mudança

na liderança em sP

Eduardo Megale foi promovido e

ainda vai comandar área de gestão

Artplan promoveu

A Eduardo Megale a

diretor-geral de atendimento

e operações

no escritório de São

Paulo. O executivo,

que até então ocupava

o posto de diretor-

-geral de atendimento,

assumiu também,

segundo a agência,

gestão mais estratégica

dos processos e de

toda a operação.

“É muito gratificante ter novos

desafios junto a esse time

de que faço parte há cinco anos.

É com brilho nos olhos e, sobretudo,

com um viés de contribuição

para os clientes e para

a agência, que assumo essas

responsabilidades. Estou muito

feliz com mais essa oportunidade”,

ressalta o publicitário.

A Contagious reconhece a criação de campanhas que

servem de inspiração para o setor

Eduardo Megale e Antonio Fadiga: crescimento da

unidade paulista provoca mudanças

Divulgação

Webchutney Índia, Droga5

Nova York, Happiness Bruxelas,

McCann Nova York, The

Brooklyn Brothers Londres e

VMLY&R Kansas City.

“Criar campanhas que sirvam

de inspiração para o setor

e para muitos clientes exige

dedicação e talento. É isso que

reconhecemos e recompensamos

com nossa lista”, explica

Alex Jenkins, diretor editorial

da publicação.

Divulgação

“Essa promoção é uma forma

de reafirmar a confiança

que depositamos no Edu Megale

e, principalmente, um modo

de agradecê-lo por toda dedicação

junto aos nossos clientes. O

Edu tem uma habilidade ímpar

de se relacionar em diferentes

esferas e segmentos”, diz Antonio

Fadiga, CEO da Artplan.

VMLY&R discute

inclusão e diversidade

Encontro global da rede também

abordou expectativas para 2020

Na última semana, foi promovido

o VMLY&R Annual

Meeting. Jon Cook, CEO global

da rede, abriu o evento, via

streaming, com uma retrospectiva

dos primeiros 16 meses

da fusão entre a VML e a Y&R

no mundo – o Brasil é o único

mercado em que as operações

continuam separadas –, além

das perspectivas para 2020. Em

seguida, Baratunde Thurston,

escritor e comentarista americano,

abordou os desafios das

questões raciais na cultura e no

ambiente de trabalho.

No Brasil, a programação

foi comandada por Fernando

Taralli, presidente da VML. Na

ocasião, Vera Santana, diretora-executiva

do Instituto Feira

Preta, apresentou um panorama

sobre os negócios de impacto

social no país. O evento

contou ainda com a participa-

Bullet contrata e

promove na criação

Érico Adachi e o redator Victor

Carvalho vão atuar como dupla

A Bullet reforçou

sua equipe com a

promoção e contratação

de heads de criação.

O diretor de arte

Érico Adachi e o redator

Victor Carvalho,

que vão atuar como

dupla, agora estão no

time comandado por

Mentor Neto, sócio e

CCO da agência.

Adachi foi promovido

e Carvalho retorna

à empresa. “Adachi assumiu

como head de criação/

art porque, numa agência de

ativação, experience, shopper,

é fundamental que o trabalho

de direção de arte seja impecável.

Ele provou seu skill ao

longo dos anos aqui na agência.

E para completar a equipe,

a Bullet trouxe de volta o Vic-

Divulgação

Domingues, Emmanuelle, Taralli, Sumara

Osório, VP de Estratégia, e Vera Santana

ção de Emmanuelle Goethals,

diretora-geral da RedFuse no

Brasil, e de dois novos clientes

– Fernando Domingues, CMO

de AkzoNobel para Tintas Decorativas

América do Sul; e Rodrigo

Fontes, country director

de Tinder no Brasil.

Divulgação

Érico Adachi, Mentor Neto e Victor Carvalho estão na

criação da Bullet

tor”, afirma Neto.

Com 24 anos de mercado,

Adachi atuou na BFerraz, Ínsula

Neogama, Leo Burnett

Tailor Made e Momentum.

Já Carvalho tem 13 anos de

carreira e acumula passagens

pelo Banco de Eventos,

TracyLocke Brasil, AktuellMix

e ScoreGroup.

18 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


AGÊNCIAS

Fri.to vence concorrência e

conquista conta digital da Sodebo

Empresa liderada pelo CEO Marcel Matsuda iniciou os trabalhos para a

marca com campanha que dá ênfase ao appetite appeal dos produtos

Fri.to, liderada pelo CEO

A Marcel Matsuda, é a nova

agência digital da Sodebo,

multinacional francesa de comida

pronta. A empresa venceu

concorrência e já iniciou

os trabalhos para a marca com

uma campanha que dá ênfase

ao appetite appeal dos produtos,

ações geolocalizadas e marketing

de influência. Com DNA

de varejo, a primeira medida da

agência foi pesquisar o mercado

do novo cliente. “Detectamos

que ela tem concorrentes indiretos,

que chamamos de outros

grupos estratégicos, tais como

comidas congeladas, massas

instantâneas, saladas, delivery,

fast-food, que, apesar de não

serem concorrentes diretos,

atraem a atenção do consumidor”,

conta Rodrigo Siqueira,

Um.a lança programa que promove

a diversidade dentro das empresas

Metodologia foi desenvolvida pela Pearson e conta com aulas presenciais

e online, além de certificar os profissionais que concluírem o curso

Com DNA de live marketing, a

agência Um.a#Diversidade

Criativa, em parceria com a

Pearson, lançou no fim do ano

passado o programa MDI –

Mestre Diversidade Inclusiva.

O CEO Ronaldo Ferreira Júnior

passou a se dedicar quase que

em tempo integral ao programa,

que capacita as empresas

a promoverem a diversidade

entre seus colaboradores. Um

dos clientes é o SBT. A metodologia

foi desenvolvida pela

multinacional britânica e conta

com aulas presenciais, online

e também vai certificar os

profissionais que concluírem o

curso. “As empresas têm grande

poder de transformação,

são a maior universidade do

Marcel Matsuda é CEO e sócio da Fri.to, fundada em 2009

planeta. Quando capacitamos

um profissional no mundo corporativo,

logo percebemos os

benefícios deste treinamento

em todas as conexões sociais

que ele frequenta”, diz Ferreira.

“Seguindo o modelo de

uma startup, o MDI veio para

curar três grandes dores do

mercado: parar de capacitar

profissionais já sensibilizados

e dialogar com mais pessoas,

fazer com que a consciência e

as ações discutidas no programa

se espalhem e influenciem

atitudes em todas as pontas do

negócio e, por fim, disseminar

o comprometimento da organização

interna e externamente,

para os clientes e toda a cadeia

de valor que a cerca.”

Divulgação

head de planejamento da Fri.to.

Siqueira destaca que 100% dos

molhos e das massas são feitos

pela Sodebo, assim como

os pães. No total, 82% de todos

os ingredientes são feitos pela

própria marca, daí o insight de

explorar o appetite appeal dos

produtos. Além de ações geolocalizadas

com foco em vendas e

ações em mídias sociais, a campanha

também contará com

influenciadores. “Queremos

mostrar algo feito de forma espontânea,

inserido no dia a dia

dos influenciadores, e não com

os influenciadores posando para

aquela foto clássica de propaganda,

porque entendemos

que isso hoje não vai convencer

as pessoas a experimentar algo

novo”, ressalta Marina Tumolo,

diretora de operações da Fri.to.

Ronaldo Ferreira, CEO da Um.a, se dedica ao programa com treinamento presencial

Divulgação

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 19


entrevista

Marcos swarowsky

diretor-geral da Deezer para o Brasil e América do Sul

a deezer quer

abrir Mais

o streaMing

de áudio

no brasil

Dentro de um universo de 14 milhões de

usuários ativos na Deezer em 180 países,

o Brasil é hoje o maior mercado para a

empresa e ganhou um novo destaque.

A plataforma global de streaming de áudio escolheu

o brasileiro Marcos Swarowsky como diretor-geral

para o país e para a América do Sul. O cargo não

existia até então. Seu objetivo é impulsionar o

crescimento dos negócios e alcançar novos públicos.

Na entrevista a seguir, o executivo fala sobre a

estratégia local e defende uma abordagem mais

humana e personalizada.

JÉSSICA OLIVEIRA

Como foi a aproximação com a Deezer?

Por que aceitou esse desafio?

Não estava esperando. Quando

conversei com a Deezer achei

um desafio incrível, porque tem

o lado b2c, de realmente agregar

valor para os usuários; e tem uma

parte de b2b muito forte, de ampliar

as parcerias. Além de um desafio

local muito grande.

O que muda na estrutura da Deezer?

Passo a cuidar de Brasil e América

do Sul, com um time bastante

forte na Colômbia e na Argentina.

Apesar das diferentes realidades,

existem muitas similaridades entre

os consumidores e as estratégias

são parecidas: ter um foco

local, procurar parceiros, levar os

serviços a todas as pessoas nesses

países. Acredito que essa similaridade

é muito bacana e mostra

um pouco do foco da Deezer na

América Latina, principalmente

na América do Sul.

O brasileiro tem uma forte relação

com a música?

A música faz parte do nosso

dia a dia, de todas as pessoas, e

no Brasil essa categoria tem um

desafio muito legal. Não é mudar

o hábito das pessoas, mas fazer

com que todos tenham mais

acesso. Estou falando de todos

os brasis, de todos os brasileiros.

A Deezer quer abrir mais o streaming

de áudio no Brasil. Temos a

visão de ser uma empresa que vai

desenvolver a categoria no país.

O Brasil tem outros grandes players,

como Spotify. Como essa competição

fica daqui para a frente?

Sempre gostei de trabalhar

para o player que não era o número

1 em sua categoria. A Avis tinha

um slogan que eu gosto muito:

We Try Harder. Tenho isso muito

comigo, de ter desafios que me

façam pensar, me tirem da zona

de conforto. Esse lado pessoal

combinado ao profissional foi o

que me fez decidir pela Deezer.

O que traz das experiências em empresas

como a Expedia e do olhar em

publicidade digital para o streaming

de áudio?

Na Expedia eu cuidava de toda

parte de supply, do relacionamento

com todos os fornecedores.

Era um foco muito grande

em parceiros de negócios. Vejo

na Deezer um carinho e um preocupação

muito forte com os parceiros

como gravadoras, produtoras,

assim como com os usuários.

Tem essa visão de valorizar os

artistas locais. A Deezer também

é um player de publicidade digital.

Tive uma experiência muito

grande com isso e temos uma

área com profissionais que trabalham

a presença de marca dentro

da Deezer. Temos diversas possibilidades

e acredito que o Brasil

ainda não explorou tanto esse

potencial na categoria.

A visão local sempre foi uma aposta

da empresa. Isso será intensificado?

A Deezer, como player global,

sempre atuou quase como um

player local. É uma plataforma

mais humana e pessoal, muito

próxima ao mercado em que está.

O investimento em artistas locais

é bastante grande. A Deezer apostou

nisso desde o começo, o que

nos diferenciou. O que faz todo

sentido, o brasileiro tem o costume

de ouvir muita música brasileira.

Recentemente, por exemplo,

do top 100 do dia, 95 músicas

eram brasileiras.

Como essa atuação local é feita?

De várias maneiras, sempre

para prover uma experiência mais

personalizada. Isso ocorre, por

exemplo, de duas maneiras. Tem

uma pegada mais tecnológica: de

acordo com as músicas que você

coloca na playlist, pula, dá um

like, a plataforma aprende com

você, individualmente, pelo seu

gosto pessoal. Ela passa a recomendar

músicas que acredita que

você vai gostar ou que, às vezes,

você nem lembra mais que gosta.

Tem um feature que chama Flow,

que é quase uma playlist personalizada

infinita. Ela é montada

com algoritmos de acordo com o

que você gosta. Ao mesmo tempo

tem uma pegada editorial: temos

editores para vários gêneros

musicais que montam playlists,

fazem relacionamento com os

artistas e permitem que as pessoas

descubram novidades. Do

ponto de vista do usuário, ter 56

milhões de músicas ao seu dispor

num aplicativo cria um problema

de abundância. O que ouvir? Requer

curadoria seja tecnológica

e/ou editorial. Essa combinação

ajuda a criar experiências personalizadas,

independentemente

do gosto musical.

O conteúdo original também é um

braço bastante forte nesse sentido.

São criados diferentes tipos de

conteúdo. Temos um estúdio no

escritório e só em 2019 vieram

mais de 100 artistas. Em termos

de dias úteis, é quase dia sim, dia

não. A ideia é aproximar artista

e usuário. No especial “Faixa a

Faixa”, ele conta bastidores e histórias

por trás das música. Para

quem é fã, é muito especial ter

esse contato. O “Essenciais” é sobre

a história de grandes artistas

brasileiros. Desde 2018, já fizemos

com Gal Costa, Djavan, Elza

Soares, Caetano Veloso e Lulu

Santos, o mais recente. É quase

uma autobiografia percorrendo

música e a carreira. Quando fazemos

eventos no estúdio, convidamos

alguns fãs, os top streamers

daquele artista. Sempre tem essa

preocupação da proximidade

com o público brasileiro, para que

a relação seja mais humana e não

simplesmente uma empresa ou

um aplicativo.

São sete anos no Brasil. Como o país

está posicionado atualmente?

Hoje é o maior país para a empresa

em número de usuários

ativos e o segundo em receita. O

Brasil conquistou uma posição

muito importante dentro da Deezer.

A estratégia tem funcionado

e há um respeito grande pelo que

é feito aqui e pelos profissionais.

Queremos estar cada vez mais

próximo do consumidor final,

para crescer mais na categoria

e chegar a todos os brasileiros e

não só a uma parte mais óbvia do

mercado.

Em que sentido?

A ideia é ser relevante para

todo mundo. Se música é impor-

20 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


tante para todo mundo, o serviço

tem de ser bom e acessível para

todo mundo. Isso é um desafio

de negócios. Um dos caminhos

é por meios de pagamento. Hoje,

se eu não me engano, a Deezer é

o player é o que tem mais possibilidades

para os brasileiros. Conseguimos

chegar em diferentes

modelos, como carteira digital,

parcerias e plano de benefícios de

algumas empresas, débito, crédito

e boleto, por exemplo.

Como estão essas parcerias? Quais

segmentos serão buscados?

O serviço de música agrega

muito valor para o usuário final.

Operadora é o mais natural, temos

uma parceria de longa data

com a TIM, por exemplo. Mas

fechamos recentemente uma

parceria com o Itaú para oferecer

o Deezer incluso a uma parte do

clientes. O mercado pode esperar

mais parcerias nessa linha, e elas

ser as mais variadas como uma

marca de bens de consumo. Para

as empresas é muito interessante.

É um serviço que fideliza muito o

usuário. Uma vez que você usa,

cria uma playlist, é difícil mudar.

Temos alguns dados que mostram

que o nível de fidelidade

com a empresa parceira aumenta

em função desse benefício.

A categoria tem muito espaço para

crescer?

Sim, muito. Pensando em streaming

de áudio/música foi só em

2016 que a indústria global de

música voltou em crescer, e foi

em 2018 que voltou a ter o tamanho

que tinha em 2007. Os serviços

de streaming estão agregando

muito valor para a indústria, para

os artistas e para os usuários.

Especificamente na região da América

do Sul, quais eram os desafios

para essa retomada?

Havia um mercado de informalidade

maior com relação a direitos

autorais, por exemplo. Com

o serviço de streaming agrega

valor ainda mais rápido, porque

ele transforma o hábito de ouvir,

que passa de maneiras alternativas

através do serviço, isso tudo

andando lado a lado com todos

“O serviçO

de música

agrega

muitO

valOr para

O usuáriO

final”

Divulgação

os envolvidos. Ainda há um grau

grande de informalidade. Existe

um papel de educação em como

ouvir música digital.

A indústria de streaming dedeo

andou mais rápido?

Um pouco mais rápido. Por que

o áudio demorou mais? O consumo

de áudio é muito mais on the

go e, para que isso funcione com

uma qualidade boa, é necessário

ter um bom celular e um bom serviço

móvel que permite ter essa

experiência. Essa estrutura, essa

equalização necessária, aconteceu

mais recentemente.

Qual o share de mercado da Deezer

hoje? E a meta para 2020?

Não abrimos esses dados. O

que faz parte da estratégia é manter

o crescimento. Ano passado

foi um ano muito bom para a empresa,

em que a Deezer teve um

bom ganho de share no Brasil e

queremos continuar nesse ritmo,

ganhando mercado e desenvolvendo

a marca.

Por que patrocinar o Lollapalooza

2020? O que significa a entrada da

Deezer nesse evento?

Ficamos muito felizes com a

nossa presença no Lollapalooza,

uma marca tão forte no país.

É um sinal para a indústria toda

de música que a Deezer está no

jogo para valer. No festival existe

um público do Brasil inteiro,

que é muito variado. Estamos

pensando nas ativações e nos benefícios

para os nossos usuários

premium. Temos várias ideias.

Temos uma preocupação muito

grande com nossos usuários fieis.

Estamos pensando muito sobre

qual a experiência de uma pessoa

chegando no festival e lá, em

como tornar isso melhor. Queremos

estar presentes em outros

festivais este ano.

“anO passadO

fOi um anO

muitO bOm

para a

empresa”

A estrutura de comunicação e marketing

da empresa no Brasil segue a

mesma? Haverá alguma mudança?

A princípio nada muda, está

funcionando muito bem. Trabalhamos

com a CP+B para mídia

e a AKQA como principal agência

de planejamento e criação. O

que não nos restringe a trabalhar

apenas com eles. Como exemplo,

trabalhamos com a Soko para

criação da campanha de Fat Family.

E nossa agência para PR e

Influenciadores é a ecomunica.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 21


we

mkt

Kelcie Gene Papp/Unsplash

O Airbnb não

é mais aquele...

“Ser ou não ser, eis a questão”.

William Shakespeare

Francisco alberto Madia de souza

Preservar consistência de foco é um megadesafio,

muito especialmente para

empresas vencedoras. E assim, em vez de

concentrar-se em seu modelo original com

todos os aperfeiçoamentos necessários, o

Airbnb de dois anos para cá começou a derivar,

perigosamente. Começo a desconfiar

que os negócios disruptivos vão trabalhar

com dois focos. O que origina o negócio,

disruptivo, detonador, que arrebenta cadeias

de valor, que vale-se da impunidade

por ausência total de regulação em alguma

iniciativa que não se previra porque não

existiam as plataformas e a tecnologia engatinhava,

pega todos de surpresa, e a ação

é devastadora.

E, depois, quando a ficha cai, os demais

players acordam, o estado quer seus

impostos, os incomodados colocam a boca

no trombone, e é aí, exatamente nesse

momento, que se vai descobrir se a startup

tem consistência em sua disrupção ou se só

disrupta, mata e morre. Tipo, Carcará! Airbnb,

disrupta, mata e morre! Claro, na voz

da Bethânia. Diante de alguns problemas

enfrentados na Europa e muito especialmente

nos Estados Unidos, o Airbnb passou

a incorporar prédios que teriam como

vocação principal ocupação temporária.

Mais adiante comprou dez andares no Rockefeller

Center, e escancara sinais de demência

precoce. E, agora, cria uma tabela

de preços específica, para aqueles que, ao

nascer, converteram-se em seus maiores

inimigos, os hotéis, para que os hotéis captem

hóspedes, também, pela sua plataforma.

Curto e grosso, o Airbnb pirou!

Mesmo considerando-se que o objetivo

final é o mesmo, vender diárias para hospedagens,

uma coisa é prestar esses serviços

para os milhões de proprietários de imóveis

em hoje praticamente todo o mundo.

E outra é inserir-se no trade de reservas,

prestando serviços para as grandes cadeias

hoteleiras, e concorrendo com Expedia,

Booking e duas dezenas mais. Um pé em

cada canoa! Costuma não dar certo. Lembram,

Kodak? Quando decidiu migrar para

as digitais a sua invenção e obra, já era tarde

demais. Afogou-se. Confiariam os hotéis

no aplicativo que colocou em risco todo o

business de hotelaria?

O quanto essa investida não vai enfraquecer

o Airbnb em seu modelo original

e junto aos milhões de proprietários que

confiaram no aplicativo? Ou, finalmente,

teria o Airbnb, diante das grandes confusões

que vai produzindo no mundo inteiro,

com brigas monumentais entre as pessoas

que compraram imóveis e moram nos imóveis,

com investidores que também compraram

imóveis no mesmo edifício, mas,

e através do Airbnb, alugam por dias para

estranhos, concluído que no médio e longo

prazo seu modelo disruptivo não suportará

as pressões de proprietários moradores, devidamente

amparados pelas prefeituras de

cada cidade?

Residência, ainda que provisória, é residência;

casa de tolerância, pensão, hospedaria

e motel, é outra, completamente

diferente. Tirem as criancinhas e os idosos

do corredor! Ou seja, conforme mais que

previsto, a hora da verdade dos disruptivos

vai se aproximando. Brevemente, o final

do primeiro ciclo onde, finalmente, constaremos

quais os disruptivos que tinham,

e quais os que careciam de consistência e

sustentabilidade.

Quais tinham e têm, de verdade, café

no bule. Os fundamentos dos negócios não

foram revogados. E nesse ritmo, o Where is

the Beef do Airbnb existia, mas, passado o

efeito surpresa, vai se dissipando, sumindo,

evaporando. Beef que é bom... Só que a

essa altura dezenas de gestores de investimentos

aplicaram centenas de milhões de

dólares no aplicativo... Ou seria, air, to be

or not to be?

Francisco Alberto Madia de Souza

é consultor de marketing

famadia@madiamm.com.br

22 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


inspiração

5 top x 2 = 10

“Peixe grande e suas histórias maravilhosas (Tim

Burton): obra-prima para a cabeça e o coração;

Tudo da Pixar, principalmente Toy Story”

AlexAndre “nego lee” PoPoviSki e

FABiAno Pinel

especial para o ProPMArk

por “nego Lee”:

5 Livros

• The copy book (D&AD): dicas sobre escrever

propaganda.

• Sobre a escrita (Stephen King): dicas sobre

escrever histórias.

• Romancista como vocação (Haruki Murakami):

dicas sobre escrever romances.

• Homens difíceis (Brett Martin): dicas sobre

escrever séries.

• Criatividade S.A. (Ed Catmull): dicas sobre

pensar antes de escrever.

Fotos: Divulgação

5 fiLmes

• Coração selvagem (David Lynch): veja o filme,

ouça a trilha, sinta o que quiser.

• Peixe grande e suas histórias maravilhosas

(Tim Burton): obra-prima para a cabeça e

o coração.

• Rocky (John G. Avildsen, com roteiro de

Sylvester Stallone): e porrada em quem

discorda.

• Qualquer um do Rob Reiner: começando

por Harry & Sally.

• Tudo da Pixar, principalmente Toy Story.

+ 1 (Desculpa a trapaça na edição final, Pinel!)

• Fora de série (Olivia Wilde): fora de série!

O Superbad das mina, só que mulher, não

tosco, e sim perfeito.

5 músicas

• Led Zeppelin: todas, mas, especialmente,

Kashmir.

• The Velvet Underground & Nico: Femme Fatale

(fatal também na versão do R.E.M.).

• The White Stripes: I Just Don’t Know What

To Do With Myself.

• Ney Matogrosso: qualquer uma do álbum À

Flor da Pele.

• System of a Down: 100% dos discos de

2005, Hypnotize e Mezmerize.

5 Lugares

• Home sweet home: não há lugar como o lar.

• Praça Dina: ou qualquer lugar que a minha

doguinha amar.

• Armazém Santa Ana: lugar-referência da

minha infância e o melhor barreado de

Curitiba.

• Arembepe: um lugar da Bahia para conhecer

antes de morrer em São Paulo.

• Japão: já fui duas vezes e quero mais desse

lugar.

• Tesão: não se faz nada sem ele. Nem ir à padaria.

5 coisas

• Sexo: :-)

• Drogas: tô fora, mas aceito um drinque.

• Rock & roll: can never die.

• Karatê: Oss.

• Carolina: minha filha e a maior inspiração.

Ô coisinha tão bonitinha do pai.

por fabiano pineL:

5 Livros

• O velho e o mar (Ernest Hemingway): a

vida é dura, mas, pelo menos, a recompensa

é pouca.

• Livro das perguntas (Pablo Neruda): duvido

sua cabeça sair ilesa.

• Ponto e9 linha sobre plano (Wassily Kandinsky):

Bauhaus esculpida em papel

sulfite.

• Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado

de Assis): tente você explicar para

um estudante o que é um defunto-autor.

• Manual do escoteiro mirim (Disney): formador

de caráter.

5 fiLmes

• Star wars – Episódio V: O império contra-

-ataca (Irvin Kershner): meus olhos (e

coração e cérebro) nunca mais foram os

mesmos.

• Indiana Jones e os caçadores da arca perdida

(Steven Spielberg): o jeito mais divertido

de o cinema entrar na vida de

alguém.

• Antes do amanhecer/do pôr do sol/da

meia-noite (Richard Linklater): naturalidade

impressionantemente registrada.

• Pulp fiction (Quentin Tarantino): a cultura

pop dando um cavalo de pau.

• Todos de Stanley Kubrick: o maior diretor

de cena e o maior diretor de fotografia

são a mesma pessoa.

5 músicas

• Thriller (Michael Jackson): o dia em que

eu vi uma música.

• Blood Sugar Sex Magik (o álbum do Red

Hot Chili Peppers): complicado e perfeitinho.

• R.E.M.: só erraram quando acabaram.

• Jorge Ben Jor: definição do que é o Brasil

para um extraterrestre.

• Jimi Hendrix: definição do que é um extraterrestre

para um extraterrestre.

5 Lugares

• Piraquê (Rio de Janeiro): a nascente dos

meus amigos.

• Praia de Ipanema: melhor playground da

infância.

• Mamirauá (Amazonas): o dia em que encostei

na natureza.

• Berlim: o dia em que encostei na história.

• Palenque (México): o dia em que encostei

em outro planeta.

5 coisas

• Pássaros: voam, cantam, são coloridos. Se

Deus tiver forma, é de pássaro.

• Quadrinhos: o jeito mais legal de entender

este (e outros) mundo(s).

• Beatles: passaram do nível “música” para

o nível “coisa”.

• Futebol: a mais importante das coisas menos

importantes.

• Tesão: não se faz nada sem ele. Nem ir à

padaria.

Alexandre “Nego Lee” Popoviski e Fabiano Pinel

são diretores de criação da F.biz

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 23


STORYTELLER

Jim Arnot/Unsplash

Debaixo d’água

Nessas horas penso em milhares de

outros como eu, que não têm a sorte de

começar o dia com essa tranquilidade

lula vieira

Tomei uma decisão: não falar nem escrever

a respeito de dois assuntos: chuva e

política. Chuva, porque não saberia mais o

que dizer sobre o que está acontecendo no

Rio, onde moro, e São Paulo, onde nasci e

parte querida de minha família vive.

Acordar de manhã e passar em revista

por telefone os parentes e amigos para saber

se todos chegaram em casa, se há casas,

se vão conseguir ir ao trabalho ou à escola,

faz me lembrar da guerra, onde nunca estive,

mas cujo clima conheço por ler e ouvir

relatos. As notícias chegam em ondas de

alívio: todos estão em casa, vivos e pretendem

tocar a vida.

Nessas horas penso em milhares de outros

como eu, que não têm a sorte de começar

o dia com essa tranquilidade. Que

nesta mesma hora da manhã não têm nada

de bom para contar. E deixo o jornal para

depois do café, na tentativa de relaxar um

pouco antes de entrar no mundo. E, sobre

política, quase a mesma coisa.

Não sei o que falar. Tanto quanto a chuva,

a política brasileira não tem me proporcionado

boas notícias. E as previsões não

são nada boas nem em um nem em outro

caso. O que mais me entristece é saber que

somos em boa parte os culpados.

Tanto na mudança climática quanto na

qualidade daqueles que escolhemos para

nos liderar. Esse pensamento vale para uma

longa história de decisões e atitudes erradas,

e parece que a conta está chegando.

O grande problema é que não há nenhum

assunto que não se encaminhe ou para o

clima ou para a política. Então vou só contar

uma história, como uma conversa de

trincheira, esperando algo acontecer.

É uma história sobre uma bomba. Calma,

que eu chego lá, é um caso que aconteceu

no aeroporto. Um passageiro colocou na

esteira um pacote meio estranho, com uns

fiozinhos aparecendo.

Imediatamente chegou um policial e perguntou:

“O que é isso?”. O sujeito, assustado,

respondeu: “Água...”. Foi o suficiente.

O policial deu-lhe um empurrão, apertou

o botão do intercomunicador na lapela.

Do nada apareceram mais três ou quatro caras

de terno que pararam a esteira, afastaram

todo mundo, cercaram a área. Logo em

seguida vieram três cachorros e logo mais

quatro figuras vestidas de robô de série antiga

de TV, que criaram um espaço onde depositaram

o pacote. Uma sirene começou a

tocar.

O aeroporto inteiro ficou estático, enquanto

boatos corriam. Desde atentado,

chegada do presidente ou Luan Santana. O

cara foi revistado, sob mira de armas. Uma

zona completa.

O pessoal vestido de astronauta (conforme

a descrição de uma pessoa ao celular)

abriu o pacote e lá de dentro saiu uma bomba

de aquário, toda coloridinha, de plástico.

Os cachorros farejaram, os robôs examinaram,

um pessoal fotografou, uma espécie

de raio x portátil surgiu do nada e jogou uns

raios coloridos.

Tratava-se, como constataram todos, de

uma inocente, infantil, bombinha de aquário.

Os policiais quase agrediram o cara.

“Tás gozando com a gente, cidadão?”

À esta altura a multidão já tinha inventado

umas dez piadas sobre o assunto. O

coitado do detido, todo amarfanhado, respondeu

humilde: “Claro que não... nunca!”.

E o mais parrudo dos policiais perguntou,

muito bravo: “Que merda de história de

água é essa que você falou?” Ao que o cara

responde: “Se eu fosse dizer que era uma

bomba d’água, antes de falar água eu tava

morto!”

Lula Vieira é publicitário, diretor do Grupo Mesa

e da Approach Comunicação, radialista, escritor,

editor e professor

lulavieira.luvi@gmail.com

24 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


eyond the line

Frankie Cordoba/Unsplash

Promoções de preço

funcionam, mas...

O melhor mesmo é tentar antever

situações típicas de queda de vendas

Alexis Thuller PAgliArini

Relendo o livro How brands grow, de Byron

Sharp, trazido ao Brasil pela Globo, me

deparei com um capítulo dedicado especificamente

às promoções de preço.

O estudo, realizado por John Dawes e

John Scriven, respectivamente professor da

University of South Australia e diretor do

instituto AHR, ambos da Austrália, analisa o

efeito das promoções de preço sobre os produtos.

O estudo é superválido: um dos dilemas

dos gestores de marketing ou promo é

a escolha da modalidade promocional mais

eficaz para ativar vendas, sem, porém, danificar

a imagem do produto.

De pronto, a constatação mais importante

é, sim, promover baixas de preço é muito eficaz

para resultados imediatos de incremento

de vendas. Porém, há um grande “mas” depois

dessa afirmação. A primeira ponderação

refere-se ao custo: é muito caro rebaixar

preço de forma contundente. Para impactar o

consumidor de verdade, o desconto não pode

ser modesto (nem enganoso). E aí a margem

acaba bastante sacrificada.

Só se justifica se o objetivo é desovar incômodos

estoques ou impedir penetração

de concorrente. Outro ponto a considerar é

a volubilidade dos consumidores. Rebaixar

preços não vai fazer você conquistar clientes

fiéis, necessariamente. Os consumidores têm

uma gama crescente de opções de produtos e

serviços à disposição.

Ele pode muito bem decidir pelo seu produto

em determinado momento, movido

apenas pela atratividade do preço mais baixo,

mas, em outra ocasião, optar por outro

mais vantajoso, sem a mínima consideração.

E há aqueles que já optariam pela sua marca

e simplesmente aproveitaram a promoção.

O importante é termos em mente que

toda marca tem um preço “normal”, que

reflete sua qualidade: o nível barato/básico,

sem frescura; o nível médio; e o nível

de produtos mais caros, com recursos

adicionais ou elementos de luxo. O que se

observa é que os consumidores não necessariamente

compram sempre os produtos

de preço mais baixo.

Depende do momento, do propósito da

compra, da percepção de marca, da perspectiva

de consumo. Por exemplo, se você vai

receber alguém em casa ou está adquirindo

produtos para um almoço especial de família,

há uma propensão a adquirir produtos

mais caros, mas que tenham uma imagem de

qualidade ou mesmo de luxo, que se queira

passar naquela ocasião.

Outro aspecto a ser observado é o tal “vício”

de promoção, ou seja: o consumidor só

adquire determinado produto se estiver em

promoção de preço. Isso acontece principalmente

com aqueles produtos que ainda não

conseguiram obter uma percepção de qualidade

evidente. A decisão de redução de preço

pode se dar ainda em função de pressão do

varejista, que usa a estratégia de preço baixo

para atrair mais consumidores.

As empresas acabam cedendo como forma

de manter sua presença em gôndolas e não

criar ruídos com o varejista. O fato é que há

muitas outras opções de ações promocionais

além da simples redução de preço.

E são tão eficazes quanto. As promoções

de quantidade (leve 3 e pague 2; pack de 12

pagando por 10; e embalagem com quantidade

adicional, sem aumento de preço, entre

outras); o vale-brinde (comprou-ganhou); os

concursos ou sorteios (comprou-concorre);

juntou-trocou...

Enfim, há diversas mecânicas e formas

atraentes de conquistar a atenção e a decisão

do consumidor no disputado ambiente

do ponto de venda, principalmente em auto-

-serviço.

O mais importante é usar processos criativos

que driblem a danosa percepção que tal

marca está desesperada para vender ou, pior,

que só vende se diminuir o preço. Isso só se

obtém com temas e mecânicas criativas, que

são objeto de atuação de boas agências do

mercado.

O melhor mesmo é tentar antever situações

típicas de queda de vendas e planejar

ações de calendário, com antecedência e com

a ajuda de agências competentes, e não cair

na tentação da solução simplista de diminuir

preço. Baixar preço até que funciona, mas...

Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da

Ampro (Associação de Marketing Promocional)

alexis@ampro.com.br

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 25


opinião

Ross Sokolovski/Unsplash

A liberdade será tão

maior quanto nossa

grandeza para tolerá-la

ElianE Proscurcin QuintElla

Vivemos em um novo mundo. O século

20 passou. Estamos todos interligados

pela internet. Hoje o poder não está mais

nas mãos de poucos. Antigamente eram as

emissoras de televisão, os jornais, as gravadoras

e as editoras que decidiam o que

você iria ver, ler e escutar. Agora não. Todos

podem pelo próprio celular produzir

conteúdo. Todos têm agora a oportunidade

de se lançarem no mundo pela internet

com suas músicas, seus livros, seu conteúdo

digital.

Agora são as pessoas que se lançam na

internet e conquistam seu público com a

ajuda das plataformas digitais.

As plataformas digitais

não aprovam conteúdo, como

se fazia no século 20, elas

deixam as próprias pessoas

livres para produzirem o que

quiserem e conquistarem o

seu público. Muito diferente.

Essa é uma realidade que

veio para ficar. No mundo de

hoje não cabe mais alguém

dizendo o que você deve assistir, ver ou ler

e em que horário. Não. Tudo mudou.

É você quem decide ver o que quiser, a

hora que quiser. E se quiser também produzir

conteúdo, você pode sim. Por que não

poderia? O poder mudou de mãos, está em

cada um de nós com nossos aparelhos celulares.

E, é claro, nas plataformas digitais,

que a todos nós conecta e a todos nós viabiliza

infinitas possibilidades.

Agora todos estão preocupados. Muito

preocupados. Como deixar tudo tão solto?

Esse é o grande engano. Nada está solto.

Não. O mercado tem se ajustado rapidamente,

aliás muito rapidamente. A velocidade

é espantosa. A autovigilância e a

autorregulamentação caminham passo a

passo com todas essas mudanças. Ferramentas

de controle. Canais de denúncia.

Autovigilância constante e veloz.

“Temos de

luTar para ser

uma sociedade

madura, que

saiba viver

nesse novo

mundo”

Tudo isso faz com que conteúdos impróprios

sejam denunciados, fake news desmascaradas,

fraudes detectadas, enfim, temos

encontrado uma forma de expelir tudo

aquilo que é nocivo e criminoso, e, por isso,

proibido por lei. Mas é claro que a liberdade

de expressão não entra nesse jogo. Ela não

pode ser tolhida. É um direito constitucional

dos mais relevantes.

E encontra o apoio das plataformas e

dos anunciantes. Por quê? Porque é o que

torna o negócio delas ainda mais rico,

porque nasceram da liberdade, inúmeros

são os motivos. E eu pergunto: não deveríamos

todos nós também lutar por esse

direito tão caro? Não é chegada a hora de

convivermos cada um de nós, com as diferentes

opiniões, pontos de

vistas? Por que não podemos

tolerar alguém fazendo o próprio

conteúdo e expressando

as próprias opiniões, inclusive,

e, por que não, falando bem ou

mal de determinada marca?

No momento em que começarmos

a ingressar na liberdade

de expressão das pessoas dizendo

o que elas podem falar e

sobre o que podem falar, estaremos censurando.

Os limites do abuso e do crime já

são muito bem definidos em lei. Cada um

tem a sua responsabilidade perante a lei.

Temos de lutar para sermos uma sociedade

madura, que saiba viver nesse novo

mundo em que as pessoas hoje podem,

sim, exercer seu poder e influência na internet,

um novo mundo em que esse poder

já não está mais nas mãos de poucos.

Precisamos educar, precisamos da autovigilância,

precisamos que anunciantes

tenham limites éticos e precisamos que

cada um de nós respeite a lei. Claro. A

responsabilidade precisa ser grande e de

toda a sociedade no momento em que a

liberdade é vasta.

Quero terminar com a frase de Simone

de Beauvoir: “Que nada nos limite. Que nada

nos defina. Que nada nos sujeite. Que a

liberdade seja nossa própria substância, já

que viver é ser livre”.

Eliane Proscurcin Quintella é vice-presidente do

Comitê Jurídico da ABA (Associação Brasileira

de Anunciantes), conselheira do Conar e head of

legal department na Danone

eliane.quintella@danone.com

26 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


arena do esporTe

Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br

Divulgação/ Caio Casagrande/LNB

MaTch

A paiN Gaming tem novo patrocinador.

A equipe de esports passa a contar com

o Tinder entre seus apoiadores para esta

temporada. O acordo tem duração de seis

meses e contempla ações 360 com os jogadores

e streamers em quatro modalidades:

Free Fire, Dota 2, Clash Royale e Counter

Strike: Global Offensive.

TalenTo 1

De 17 a 21 de fevereiro, os principais jovens talentos do basquete nacional se reúnem para

a 2ª edição do Nike Elite Camp, em São Paulo. O projeto contará com 25 atletas brasileiros

sub-17, que terão a oportunidade de trabalhar os fundamentos do esporte, com o objetivo

de melhorar seus níveis técnicos e táticos. O projeto tem parceria com a Liga Nacional de

Basquete (LNB), que participou do processo de seleção dos jovens.

TalenTo 2

Além de exercícios em quadra, os jovens também terão mentoria sobre desenvolvimento

de carreira, ética de trabalho, liderança e trabalho em equipe. Felipe Koslowski, head

of partnerships do Instagram no Brasil; Diego Garcia, gerente de marketing esportivo da

Nike; e mais um executivo do McDonald’s são alguns dos convidados.

Fotos: Divulgação

propósiTo

O mês de conscientização do orgulho LGB-

TQI+, em junho, será marcado por ação

promocional da Caloi. A fabricante acaba

de apresentar ao mercado a Bicicleta do

Orgulho. A Caloi Rainbow tem as cores do

arco-íris e terá seu valor arrecadado com

as vendas integralmente doado para a ONG

Casa 1, que defende os direitos da comunidade

LGBTQI+. A ideia foi criada pela

agência Tribal WorldWide.

Velocidade

A Adidas divulgou na semana passada

sua nova aposta para o segmento de

performance na corrida de rua. O tênis

Adizero Pro foi apresentado no Brasil

pelo maratonista Daniel Chaves (foto),

representante brasileiro para os Jogos

Olímpicos de Tóquio neste ano. Seguindo

a tendência de modelos feitos com

placa de carbono, o calçado produzido

para longas distâncias promete máxima

propulsão aos corredores e retorno de

energia. O modelo, considerado pela

marca como “o mais rápido de todos os

tempos”, estará disponível no Brasil a

partir do segundo semestre.

Baixa 1

A epidemia de coronavírus tem causado não apenas problemas de saúde pública, mas

também reflexos nos grandes eventos esportivos e, consequentemente, nos negócios de

marcas e organizações. O GP da China de F-1, por exemplo, até então marcado para 19

de abril, foi adiado. A informação foi publicada via nota oficial no site da F-1, na semana

passada, que ressaltou que vai “trabalhar com as equipes, promotores, federação e as

autoridades locais para monitorar a situação, com todas as partes, estudando a viabilidade

de datas alternativas neste ano, quando a situação melhorar”.

Baixa 2

O automobilismo não foi o único a sofrer o baque. Segundo a Folha de S.Paulo, a Associação

Chinesa de Futebol anunciou em janeiro a suspensão de todas as partidas agendadas

para o país, inclusive, da primeira divisão da liga nacional, marcada para começar em 22

de fevereiro. Os Torneios Pré-Olímpicos de diversas modalidades, como boxe e basquete

feminino, também foram remanejados para outros países. Já o Mundial de Atletismo foi

postergado para 2021.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 27


quem fez

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br

momento

A marca de chocolates Lindt investe na campanha

Derreta-se em seu momento e traz, pela

primeira vez no Brasil, a influenciadora Camila

Coutinho como estrela da ação digital.

A marca quer estar cada vez mais próxima

do consumidor brasileiro e tenta traduzir a

sensação de um Lindor na boca, globalmente

conhecida como melt into a moment of bliss.

PurPle cow

Lindt BrasiL

Título: Derreta-se em seu momento; produto: trufa

de chocolate; diretores de criação: Ícaro Diniz

e Ricardo Barbosa; criação: Rafael Reis e Marina

Matos; produtora: Labof Films; direção do filme:

Vitor Faria; produtora de Som: Liquo Audio; aprovação:

Natália José e Patricia Prado.

Fotos: divulgação

novo

Engov After tem seu primeiro comercial de

TV, que apresenta novo conceito de bebida,

com paródia inspirada na música Favela

chegou, de Ludmilla e Anitta. O filme mostra

nova assinatura: Você novo, de novo. O

lançamento coincide com o Carnaval e está

presente em estações de metrô de SP, RJ,

Salvador e BH, anúncios, PDV e parcerias

com influenciadores.

My agência

engov

Título: Chegou; diretor de criação: Woody Gebara;

produtora do filme: Sentimental; diretor

de fotografia: Daniel Belinky.

mudança

A Natura lançou a fragrância Tododia Amora Vermelha

e Jabuticaba e estreia campanha no pré-Carnaval.

Inspirada pelas funções da fórmula de hidratantes da

linha, a comunicação segue o conceito Sua pele vive

mudando com você. Ação engloba filme para TV e websérie

do Instagram. Serão 14 episódios da campanha,

intitulada Mudando todo dia com Natura TodoDia.

africa

natura

Título: Natura Tododia Amora Vermelha e Jabuticaba; produto:

Tododia Poema; direção de criação: Carolina Velloso

e Edson Rosa; criação: Guilherme Filippoff, Maria Clara Cardão,

Ricardo Montes, Michelle Gorodski e Ayslan Monteiro;

produtora do filme: Santa Transmedia; direção: Nina Torres;

produtora de som: LOUD; aprovação: Andrea Alvares,

Liliane Lima, Fabiana Andreoli, Lara Mereu e Juliana Rosa.

28 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


viajando

A Pizza Hut lançou a campanha Hut pra Viagem,

que tem como objetivo comunicar a nova

promoção de pizzas médias com três sabores

selecionados por apenas R$ 29,90, para viagem.

Inspirada no viral Bolo no pote, trouxe o

hip hop como estilo musical e reuniu uma série

de cenas em momentos descontraídos, que

contam até com um carro estilo lowrider. Além

de filme para TV aberta e fechada, ação esteve

presente nas rádios das principais cidades brasileiras,

na mídia out of home e no digital, com

ativação de influenciadores. Também fez parte

do planejamento de mídia o aplicativo TikTok.

A estratégia da campanha é se aproximar mais

do consumidor jovem.

greenz

Pizza Hut

Título: Hut pra Viagem; criação: PH Gomes, Leandro

Moreira e Lucas Carasek; direção de criação: Claudio

Cinelli e Vera Esteves; produtora do filme: Piccolo;

diretor do filme: Daniel Caselli.

partida

A Azul inaugura voos para Nova York a partir

de 15 de junho. Em sua nova campanha,

a companhia reforça o compromisso em

proporcionar a melhor experiência de viagem.

As peças para mídias digitais, OOH e

filme têm o conceito de que nada melhor do

que uma experiência incrível, com um ímã,

“personagem” central da ação na coleção.

iSoBar

azuL LinHas aéreas

Título: Ímã NY; produto: institucional; criação:

Marcio Flávio, Pedro Oliveira e Yasmin Borsato;

produtora: Polvo Content; direção: Oriol Barberà;

produtora de som: Audio Boutique; aprovação do

cliente: Claudia Fernandes, Fabio Marão, Tariana

Cruz, Francisco Almeida e Euristone Custódio.

dia a dia

A Sky tem nova campanha para os produtos Pós

(Conexões) e Pré-pago (Ninja), protagonizados,

respectivamente, por Gisele Bündchen e Fábio

Porchat. Os filmes apresentam um novo posicionamento

da marca: focado no dia a dia do

consumidor, cuja operadora pode estar presente

em todos os micromomentos da jornada.

fcB BraSil

sKY

Título: Achou Certo; produto: Pré-pago; diretor de

criação: André Pallú; diretor de arte: Guilherme Manzi

e Paulo Moraes; redator: Caio Camargo e Mario Morais;

produtora do filme: Saigon; direção: Dois e Silvio

Cunha; produtora de som: Quiet City Music+Sound;

aprovação do cliente: Gustavo Fonseca, Alex Rocco,

Claudia Benvenuti, Mariana Costa e Luciana Maru.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 29


giro no mercado by propmark

Fotos: Alê Oliveira

Otavio Dias e Luna Gutierres, sócios da agência, combinam passado focado no marketing de relacionamento com efetividade na entrega

repense alia relacionamento

com performance e criatividade

Agência dos sócios Otavio Dias e Luna Gutierres, que atua desde 2006

sob o mote da comunicação integrada, revela detalhes de sua estratégia

leonardo araujo

Segundo o pensador britânico

Beda, existem três caminhos

para o fracasso: não ensinar

o que se sabe, não praticar

o que se ensina e não perguntar

o que você não sabe. O mantra

define bem o pensamento da

agência Repense, liderada pelos

sócios Otavio Dias e Luna

Gutierres. Os executivos receberam

o PROPMARK no escritório

localizado na Vila Madalena

e explicaram a estratégia

do negócio.

Fundada em 2006, a agência

já nasceu num período de

questionamentos do mercado.

“Na época, a gente não acreditava

mais nesse modelo por

caixinha, a gente acreditava no

modelo realmente de comunicação

integrada”, explica Dias.

Segundo o CEO, hoje o CRM

e o marketing de relacionamento

têm total integração estratégica

e de raciocínio técnico com

as mídias digitais. “Essa feliz

coincidência faz com que hoje a

gente nade de braçada”, afirma

o executivo.

Entre as contas, há empresas

de diversos tamanhos. “O Banco

Itaú foi um cliente-fundador

e está com a gente até hoje”,

celebra Luna. “Um que temos

muito orgulho de atender é o

Médicos Sem Fronteiras. Tudo

Repense possui cerca de 75 colaboradores divididos entre São Paulo e Rio de Janeiro

que você vê na televisão de

MSF é da Repense”, menciona

a diretora.

Aliás, a veia do terceiro setor

é forte na empresa. “Nosso

DNA de marketing de relacionamento

traz pra gente uma

angústia positiva em relação

a métricas, performance das

campanhas. Em marketing direto,

uma campanha é bem-sucedida

quando ela dá resposta,

quando gera lead, quando ela

vende. Nosso trabalho, claro,

tem a ver com construção de

marca, mas, sobretudo, com

o impacto nos negócios dos

clientes. Quando a gente fala

de terceiro setor, o negócio é a

doação. Com a ressalva de que

para eles o investimento que

colocam em mídia é um dinheiro

muito mais suado”, explica

Dias. O executivo destaca que o

MSF e outras contas do terceiro

30 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


setor não são pro bonos. “Eles

entendem que a especialidade

da gente em performance e

marketing voltado para resultados

é um diferencial”, afirma.

A preocupação com os resultados,

obviamente, vai além na

carteira da Repense. Itaú, cujo

atendimento é concentrado em

comunicação dirigida e uma fatia

de digital, sempre busca algo

do cliente. “Quando falamos

em comunicação dirigida, estamos

falando de comunicação

de resposta direta. Tudo que

eu, Repense, faço para o Itaú,

estou pedindo para o cliente fazer

algo”, pontua Luna.

Além disso, a agência também

faz comunicação interna

para alguns de seus clientes.

“Antes, as empresas não entendiam

que a comunicação interna

deveria ser feita por uma

agência. O cara do RH fazia. Aí

ninguém via, ia para o mural.

Hoje eles perceberam que não,

a audiência interna é tão importante

quanto a audiência externa”,

comemora a sócia.

A agência é dividida em

squads e conta com os departamentos

tradicionais, além de

um braço de produção. “O olhar

da Repense é ser, sim, criativo,

você não consegue vender comunicação

sem criatividade.

[...] Lembra daquela frase: ‘eu

sei que 50% do que investir em

propaganda eu vou perder, o

problema é que eu não sei qual

é o 50%’. Hoje você sabe. Você

sabe exatamente onde está perdendo

dinheiro. A gente é obstinado

por resultado”, alerta

Luna.

Recentemente, a agência oficializou

três núcleos de negócio:

Comunicação & Conteúdo;

Data & Performance e Consultoria

& Treinamento. Sobre este

último, Luna explica que a oferta

foi, praticamente, inevitável.

“Nosso dinheiro vai ter de vir

disso. As agências vão migrar.

Nosso segmento vai precisar se

reinventar. O modelo tradicional

de agência está falido”, alerta.

A Repense começou a vender

as consultorias mesmo antes da

oficialização do negócio. “Itaú,

por exemplo, chamava a gente e

falava: ‘dá pra vocês darem um

treinamento aqui sobre jornada

do consumidor? [...] Começamos

a perceber: tem uma oportunidade”,

relembra.

“Listamos os principais temas

de treinamento de consultoria

que estávamos dando e

tínhamos autoridade, e desenhamos

a área de consultoria e

treinamento. Essa área está indo

superbem porque, na verdade,

os clientes já estavam utilizando”,

comemora Otavio Dias.

Sede da agência está localizada na VIla Madalena, em São Paulo. Empresa se divide em squads para atender clientes como Itaú

“As AgênciAs vão

migrAr. nosso

segmento vAi ter

de se reinventAr”

“A parte de dados e performance

também já existia dentro

da entrega do cliente. Mas

a gente não vendia isso separadamente”,

esclarece, celebrando

que a área está funcionando

como porta de entrada para novos

clientes.

Mas dar consultoria não faz o

cliente optar por não contratar a

agência? “A gente entende que o

mundo é colaborativo. [...] Vamos

morrer com nosso conhecimento?

Não, pois muitos clientes,

às vezes, não têm grana para

pagar nosso fee mensal, mas

têm para contratar a consultoria

nossa [...] A gente não tem medo

de compartilhar, por outro lado,

somos ávidos e obstinados pelo

novo. Temos sempre uma coisa

nova para falarmos aos clientes”,

elucida Luna.

A agência segue criando

novos braços. Recentemente,

anunciou a contratação de Guilherme

Cavallini, como head de

tecnologia e inovação; e Elisa

Moura, como head de produção.

O objetivo é viabilizar tecnologicamente

as ideias criativas

e intensificar a produção

audiovisual.

“Nosso core business vai ser

sempre comunicação. Não vamos

fazer consultoria de logística”,

finaliza Otavio, em meio

a risos.

Nas paredes da empresa, frases e imagens pregam o respeito mútuo

Área de produção é um dos diferenciais da agência

raio X

nome da agência: Repense

ano de Fundação: 2006

Lideranças: Otavio Dias, sócio e CEO; Luna Gutierres, sócia e diretora-geral

colaboradores: cerca de 75 pessoas, distribuídas pelas unidades de São Paulo

e Rio de Janeiro

Principais clientes: Itaú, Oi, Mondial Eletrodomésticos, Tecnisa, Pernambucanas,

DAF Caminhões, AES Tietê, Santa Marcelina EAD, Komatsu, Central Nacional

Unimed, SPC Brasil, IDEC, Médicos Sem Fronteiras, Action Aid, Greenpeace

e World Animal Protection.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 31


proDutoras

Delicatessen amplia portfólio de

entretenimento com Tower of Glass

Videoclipe da banda inglesa de electropop Ladytron foi dirigido

por Manuel Nogueira; curta foi rodado em Cabaceiras, na Paraíba

Delicatessen Filmes incluiu mais um

A projeto ao seu portfólio de entretenimento:

Tower of Glass, videoclipe do primeiro

single de 2020 da banda inglesa de

electropop Ladytron.

O single é fruto da união do diretor Manuel

Nogueira com a banda de Liverpool.

Nogueira já trabalhou para marcas como

como TRESemmé, Motorola, Spotify, C&A,

Louis Vuitton, Nexxus, Axe, Fila, Nowness,

Dove, Rexona e Samsung.

Estrelado pelos atores Larissa Porto e

Saulo Rocha, Tower of Glass foi rodado em

Lajedo de Pai Mateus, uma elevação rochosa

localizada na cidade de Cabaceiras, no

sertão da Paraíba.

Produzido em formato de curta-metragem,

o videoclipe é um conto subjetivo que aborda

questões humanas. Fala sobre a incapacidade

do indivíduo de controlar o próprio destino e

sobre os anseios de possuir a quem se ama.

A faixa faz parte de Ladytron, sexto álbum

do quarteto de synthpop. Produzido

por Daniel Hunt e Jim Abbiss (do Arctic

Monkeys), o disco foi lançado em 2019.

“Esse projeto nasceu como um convite

para dirigir e produzir um videoclipe. A primeira

inspiração visual veio após conversas

com Daniel Hunt, da banda, sobre suas ins-

Iconoclast segue modelo europeu

e americano e lança “new business”

Além de produzir vídeos na cena musical,

produtora aposta na área do entretenimento

Iconoclast Brasil segue o modelo praticado

na Europa e nos Estados Uni-

A

dos e acaba de lançar a área de new business,

focada em entretenimento.

Com isso, os diretores que atuam na

propaganda tradicional passam a ter a

oportunidade de conexão com outros

projetos não diretamente ligados à publicidade,

mas que de alguma forma conversam

entre si, seja através da linguagem

ou do envolvimento com marcas. Henrique

Danieletto, produtor-executivo da

Iconoclast, será o responsável pelo novo

núcleo.

“Com a abertura da área de entretenimento

aqui no Brasil, serão formadas

Manuel Nogueira: “Filme foi feito tendo o compromisso com aquilo que não é racional”

pirações para a letra e a música. Discutimos

a fragilidade da memória, sobre como nossa

cultura está se cancelando, sobre nossa

noção de tempo, amor e o medo de perder

tudo”, explica Nogueira, acrescentando:

“O filme foi feito tendo o compromisso

com aquilo que não é racional”. Para Daniel

novas frentes de trabalho, conectando

nossos diretores que atuam na publicidade

com outros tipos de projetos. É um

anseio deles”, pontua Francesco Civita,

CEO.

A Iconoclast é famosa por produzir videoclipes

para artistas da cena musical,

dirigidos pelos time de diretores da empresa.

No ano passado, produziu videoclipes

para artistas internacionais, rodados em

São Paulo: Liquid Slow, para a DJ belga

Charlotte de Witte, dirigido por Fernando

Nogari; e Are U Gonna Tell Her, para

a popstar sueca Tove Lo, assinado pela

dupla Alaska.

Divulgação

Hunt, o sentimento foi “de um convidado

em um novo universo”.

A banda Ladytron já fez outros trabalhos

no Brasil: em 2018, filmou o videoclipe The

Animals, em São Paulo.

Antes, porém, chegou a sair em turnê

com a banda nacional Cansei de ser Sexy.

Divulgação

Henrique Danieletto, produtor-executivo da Iconoclast

32 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


cada seis (85%) executivos de

negócios e de TI entrevistados

acreditam que, para competir

com sucesso na nova década, as

organizações precisam começar

a enxergar seus clientes como

parceiros, por meio de colaborações

genuínas. E não mais como

pessoas fora do controle e deixadas

à margem.

A segunda questão é da inteligência

artificial e como ela deve

contribuir para complementar

as atividades de trabalho, em

vez de ser apenas um respaldo

para automação. Assim, conforme

os recursos de IA crescem,

as empresas precisam repensar

o trabalho a fim de tornar a inteligência

artificial uma parte

importante do processo, tendo

a confiança e a transparência

como questões centrais. Atualmente,

apenas 37% das organizações

apostam no design centrado

nos consumidores para

melhorar a colaboração entre

pessoas e máquinas.

Outra lição é sobre os objetos

inteligentes e conectados,

que estão sempre em formato

“beta”, nunca na versão final

e definitiva. Conforme as empesquisas

Confiança surge como elo entre

consumidor, tecnologia e negócio

Estudo Technology Vision, da Accenture, indica que empresas precisam

equilibrar valor financeiro e princípios; análise identificou cinco lições

felipe Turlão

Accenture lançou na semana

passada a edição 2020 do

A

Technology Vision, estudo que

prevê as principais tendências

tecnológicas que redefinirão

o ambiente global de negócios

nos próximos três anos. Uma

das conclusões do documento

é que, na era pós-digital, as

empresas precisam buscar um

novo foco para equilibrar a ideia

de “valor” financeiro com “valores”

no sentido mais amplo,

de princípios e propósitos.

Uma parte importante para

atingir esse objetivo é a forma

como a tecnologia é aplicada

pela empresa à vida humana.

A sensação dos entrevistados é

que as empresas têm criado produtos

tecnológicos sem saber

o porquê e sem qualquer conexão

com os valores pessoais dos

consumidores.

Dos mais de 6 mil executivos

de negócios e de TI entrevistados,

83% reconhecem que a

tecnologia se tornou parte indissociável

da experiência humana.

Como parte da pesquisa

deste ano, a Accenture também

entrevistou 2 mil consumidores

da China, EUA, Índia e Reino

Unido, e 70% deles esperam que

sua relação com a tecnologia se

torne consideravelmente mais

significativa ao longo dos próximos

três anos.

“Muitas empresas ficaram

deslumbradas com as promessas

da tecnologia e criaram

produtos e serviços digitais por

criar, simplesmente porque

podiam. Elas não consideram

integralmente o impacto humano,

organizacional e social”,

explica Paul Daugherty, chief

technology & innovation officer

da Accenture. “Hoje, estamos

testemunhando um choque tecnológico

provocado pela tensão

entre as expectativas dos consumidores,

o potencial da tecnologia

e as ambições de negócios.

Isso é um ponto crucial de inflexão

das lideranças. Precisa-

Paul Daugherty: “Estamos testemunhando um choque tecnológico”

mos mudar nossa mentalidade

do ‘porque posso’ para ‘porque

confio’”, completa. Na prática,

ele sugere que as empresas

criem uma relação maior de

confiança com os consumidores

e entendam melhor os seus

valores, antes de oferecer novos

produtos tecnológicos.

De acordo com o estudo, se

as empresas mantiverem os modelos

de negócios e de aplicação

da tecnologia vigentes, elas podem

incomodar consumidores

e desengajar os colaboradores.

Além de limitar, permanentemente,

o potencial de inovação

e crescimento da empresa.

O Technology Vision, no entanto,

identificou cinco lições

principais que as empresas devem

considerar para reduzir o

efeito do choque tecnológico e

obter novas formas de valor nos

negócios pelos próximos três

anos.

A primeira delas é que as

empresas devem focar em experiências

e desenhar iniciativas

mais personalizadas para

cada consumidor. Neste caso,

os públicos passivos passarão a

participantes ativos. Cinco em

Divulgação

presas buscam introduzir uma

nova geração de produtos desse

tipo no mercado, será preciso

melhorar a forma como eles são

atualizados. Ao todo, 74% dos

executivos afirmam que produtos

e serviços conectados de

empresas passarão por atualizações

significativas ao longo dos

próximos três anos.

O quarto paradigma é dos robôs.

Com o 5G e seu potencial

de provocar uma aceleração no

ritmo de crescimento desta tendência,

todas as empresas precisarão

repensar seu futuro pelas

lentes da robótica. Os executivos

têm visões divergentes sobre

como os funcionários devem

lidar com o tema: 45% dizem

que devem encarar o trabalho

com robôs como um desafio, enquanto

55% acreditam que seus

funcionários vão descobrir facilmente

como trabalhar com eles.

Por fim, a busca pelo DNA da

inovação será outra lição importante,

pois faz com que as organizações,

que hoje têm acesso a

uma quantidade inédita de tecnologias

disruptivas, tenham de

gerir isso tudo. Para fazer na velocidade

que o mercado precisa,

as empresas terão de estabelecer

o próprio método para inovar.

Três quartos (76%) dos entrevistados

acreditam que os riscos

para a inovação nunca foram tão

altos; portanto, a assertividade

do processo depende de inovar

de novas maneiras com parceiros

no mesmo ecossistema e

com terceiros. Para o Technology

Vision de 2020, o processo

de pesquisa incluiu entrevistas

com pesquisadores e especialistas

do setor de tecnologia, bem

como com aproximadamente

100 líderes de negócios da Accenture.

Paralelamente, a Accenture

Research conduziu uma

pesquisa global online com 6

mil executivos de negócios e de

TI a fim de coletar impressões

sobre a adoção de tecnologias

emergentes. O estudo está disponível

no site www.accenture.

com/technologyvision.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 33


pesquisas

Brand Urbanism propõe integração

das marcas à vida nas cidades

Emirates Air Line e sua linha de teleférico sobre o Rio Tâmisa, em Londres; uma solução para o transporte no local

Divulgação

Estudo da JCDecaux

e da Saint Paul traz

soluções para tentar

melhorar cotidiano

JCDecaux apresentou na semana passada

a Brand Urbanism, pesquisa rea-

A

lizada em parceria com a escola de negócios

Saint Paul que aborda o novo papel

das marcas nas cidades. A ideia foi reunir

exemplos de trabalhos criativos que impactam

positivamente questões como lembrança

de marca e enraizamento local.

A prática emergente do Brand Urbanism

propõe às marcas alocar uma fração do orçamento

de marketing e publicidade para

financiar o desenvolvimento urbano e melhorar

a qualidade de vida dos moradores.

Permanentes ou temporários, esses projetos

resultam de uma estreita colaboração

com uma cidade e seus habitantes, visando

impactar efetivamente a vida das pessoas

de maneiras novas e positivas.

Em 2019, a Utopies celebrou o seu 25º

aniversário lançando 25 colaborações com

empresas ou ONGs para transformar os negócios

e o mundo. Uma dessas parcerias,

com a JCDecaux, permitiu explorar a ideia

do Brand Urbanism nesse estudo, por meio

de uma série de entrevistas e cerca de 40

pesquisas sobre casos concretos, de forma

a definir e ilustrar esse conceito.

Um dos projetos apresentados foi do

serviço de compartilhamento de bicicletas

do Itaú, que ocorre em seis cidades brasileiras

e no Chile. A mobilidade urbana parece

ser uma da grandes questões sendo

abordadas pelo Brand Urbanism, já que

diversas marcas estão promovendo transformações

no transporte em prol de meios

menos agressivos. Outra iniciativa mencionada

foi do compartilhamento de bikes

em Portland, promovido pela Nike com o

programa Bike Town.

Um dos projetos mais interessantes

apresentados foi da Domino’s Pizza, nos

Estados Unidos, o Paving for Pizza. Partindo-se

da ideia de que era preciso melhorar

a mobilidade no caminho da pizza até a

casa das pessoas, e com foco em desenvolver

a economia local, a empresa promoveu

a pavimentação de ruas e avenidas. A

ideia principal da ação é que “não deveria

haver pista ruim para pizza boa”. A Saint

Paul e a JCDecaux apresentaram ainda a

Emirates Air Line, uma linha de telefério

sobre o Rio Tâmisa, em Londes, que é solução

da companhia aérea Emirates para o

transporte no local.

34 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


prêmios

“As possibilidades

criativas crescem

com a tecnologia”

Uma das criativas mais conhecidas no

mundo, Joanna Monteiro abre a série de

entrevistas que o PROPMARK realiza

a partir desta edição com os jurados

brasileiros do D&AD 2020, que ocorre entre os dias

19 e 21 de maio, em Londres. Diretora de criação

para projetos globais da FCB, Joanna será presidente

no júri de Direct, que ela considera ser a categoria

mais aberta para diferentes e novas mídias. “Todos

querem estreitar cada vez mais a conversa com o

consumidor”. Ela fala também sobre criatividade,

tecnologia e as características do festival.

Divulgação

Joanna Monteiro: “As melhores experiências para o consumidor sempre terão sucesso”

KELLY DORES

expectAtivAs

A primeira vez que participei

do D&AD como presidente foi

em 2016, na categoria Integrated

& Innovative Media. Depois fui

jurada de Digital Marketing em

2018, e agora vou presidir o júri

de Direct. Eu tenho um amor dos

tempos de estudante, quando

morei em Londres por um ano e,

embora não trabalhasse ainda em

publicidade, descobri o D&AD.

Na época, me inscrevi para receber

os briefings, que, quando

desenvolvidos, concorriam a um

estágio, só para saber como eram.

A publicidade inglesa já era reconhecida

como a mais revolucionária

do mundo. O humor, a

inteligência e a provocação, sempre

voltadas para a eficiência da

comunicação com o consumidor,

seguem inspirando o mundo. Um

lápis do D&AD segue sendo o prêmio

que todo criativo do mundo

quer ganhar. Isso se explica pelo

seu critério claro: criatividade na

ideia, na execução e na estratégia.

Efetividade é a consequência de

quando todas elas são feitas com

maestria. Então, como sempre,

minhas expectativas são de ver,

reconhecer e festejar o que há de

mais fresco e promissor na indústria

criativa do mundo.

experiênciA

A troca de opiniões durante os

júris presenciais é sempre a parte

mais interessante. E os grupos de

júri do D&AD são sempre muito

diversos e com bastante experiência

em outros júris. Mas o foco

do D&AD é bastante claro, o que

ajuda muito na hora da discussão.

Os critérios ficam expostos o

tempo todo em cartazes que gritam

por onde devemos ir, independentemente

do resultado de

muitos trabalhos em outros júris.

D&AD

O D&AD é uma ONG, assim

como o Clube de Criação. Ele foi

criado por profissionais do mercado

de criatividade e design

para profissionais do mercado

de criatividade e design. Isso já o

faz diferente, porque a função do

festival é claramente festejar os

melhores trabalhos, mas também

criar mecanismos que apoiem,

eduquem, incentivem e compartilhem

a indústria da criatividade.

Então desde 1962 eles falam

em ideias brilhantes executadas

lindamente. E o nível de criatividade

e de design para os ingleses,

que têm algumas das melhores

universidades e escolas de design

e de propaganda do mundo,

é alto e inspira todos nós. Eu tenho

o privilégio de fazer parte

do Advisory Board do D&AD em

Londres, onde a palavra mais ouvida

é criatividade, e se debate o

que ela implica nas nossas vidas.

Eles deixam por escrito: “Seja

nos produtos que compramos ou

nos ambientes que nos moldam.

Criatividade é a diferença entre

conflito e trabalho em conjunto;

pensamento antigo e novas histórias;

pausa e progresso. Imagine

um mundo de excelência criativa.

Onde vozes diversas e talentos

emergentes atuam como catalisadores

de mudanças. Onde os negócios

não são realizados à custa

do bem comum. Onde a tecnologia

melhora nossas vidas e nosso

ambiente. Imagine um mundo

que vai durar.”

julgAmento

Não começamos a ver trabalhos

ainda. O festival é em maio e

as inscrições ainda estão abertas.

Mas é importante estudar e definir

bem o critério de Direct. Hoje

tudo vai para Direct, mesmo podendo

ser bem mais forte e coerente

em outras categorias.

Direct

Espero ver ideias supercriativas

que sejam estrategicamente

pensadas e desenvolvidas para

obter uma resposta direta de um

público específico. É uma categoria

que premia historicamente

ideias impactantes para os consumidores

nos mais diferentes

formatos, afinal, são 11 subcategorias:

Acquisition & Retention,

Writing for Direct, Mail, Press &

Poster, Digital, Film, Radio, Ambient,

Campanhas Integradas,

Produtos e Serviços e Inovação.

O que antes era uma subcategoria

virou quase um festival dentro do

festival, sempre trazendo ideias

geniais!

pré-requisitos

Direct é a categoria mais aberta

para diferentes e novas mídias.

Então as possibilidades criativas

só crescem com o uso da tecnologia

de forma criativa. Todos querem

estreitar cada vez mais a conversa

com o consumidor. Então a

experiência que a marca oferece é

cada vez mais importante.

tenDênciAs

As melhores experiências,

novas e memoráveis para o consumidor,

sempre terão sucesso.

Na maioria das vezes, quanto

mais personalizado e mais com a

personalidade da marca, melhor.

Dependendo da categoria, saber

que dados foram utilizados, também

contribui para saber como

foi o engajamento.

BrAsil

Grandes marcas tiveram trabalhos

brasileiros que foram muito

bem em outros festivais e devem

participar no D&AD, além de novos,

que podem fazer sua estreia

no D&AD. Mas, claro, para trabalhos

do Brasil ou do mundo, tudo

depende de com quem estarão

concorrendo na edição deste ano.

Como eu disse, essa é uma categoria

que só cresce, pela necessidade

das marcas de estarem mais

próximas, de forma relevante e

única. Estou muito animada.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 35


PrêmioS

Colunistas SP reconhece destaques

da propaganda no período de 2019

AlmapBBDO foi eleita a Agência do Ano; Antonio Fadiga e Rafael Urenha

receberam título de Publicitário e Profissional do Ano, respectivamente

Fotos: Divulgação

Luiz Sanches (AlmapBBDO), Antonio Fadiga (Artplan), Rafael Urenha (DPZ&T) e Kevin Zung (WMcCann) foram agências e profissionais de maior relevância em 2019

Danúbia Paraizo

Histórias que emocionam

combinadas com entretenimento

e alto teor viral. Esses

foram os principais elementos

dos grandes cases reconhecidos

pelo Prêmio Colunistas

São Paulo 2019. O julgamento

presencial com as campanhas

finalistas foi feito no último

dia 8, quando foram definidos

os trabalhos de comunicação e

marketing mais criativos do período.

A AlmapBBDO foi eleita pelo

sexto ano consecutivo Agência

do Ano, ficando em primeiro

lugar no ranking, seguida por

Artplan e WMcCann. Segundo

Luiz Sanches, chairman e CCO

da Almap, o reconhecimento

comprova a consistência dos

trabalhos feitos na casa. Não à

toa, apenas na última década,

a agência ganhou sete das 10

edições do prêmio. “É comum

ser uma agência que tem seus

altos e baixos, mas a Almap

transita lá em cima, com alta

O filme Vida, da AlmapBBDO para a Volkswagen, ganhou o GP de Filme no Colunistas São Paulo

“Vendemos

criatiVidade

e isso é um

negócio que traz

muito Valor”

relevância, há muito tempo. E

essa consistência é a materialização

de que criatividade faz a

diferença e mexe positivamente

nos negócios dos clientes.

Vendemos criatividade e isso é

um negócio que traz muito valor.

Os profissionais do mercado

reconhecem isso”, destaca

Sanches.

Eleito Publicitário do Ano,

Antonio Fadiga, CEO da Artplan,

também reflete sobre a

percepção da agência, sobretudo,

no mercado paulista.

Originalmente carioca, a Artplan,

quando chegou à capital

paulista, em 2009, precisou se

realinhar para se mostrar relevante

no competitivo mercado

local. À frente da operação

desde 2014, Fadiga celebra o

reconhecimento não apenas do

mercado publicitário - a agência

ficou em segundo lugar no

ranking geral do Colunistas -,

mas principalmente dos clientes.

Baseando-se em um levantamento

anual da Scope sobre

os principais anseios dos anunciantes,

Fadiga reorganizou

a operação paulista para que

seu time conhecesse profundamente

o negócio do cliente,

para que, a partir daí, o plane-

36 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


jamento estratégico e a criatividade

saíssem redondos e com

menos refações. “Despertamos

no cliente o espírito criativo e

colaborativo, e não só de aprovador.

Ele quer participar, cocriar,

e isso tem sido positivo”.

Completando o pódio das

três melhores agências do ano,

a WMcCann também marcou

presença em terceiro lugar na

premiação. Os trabalhos para

Chevrolet e Mastercard, principalmente,

colocaram a agência

em outro patamar. O case Mascotes

Impossíveis, por exemplo,

colocou em campo crianças

em tratamento contra o câncer

para entrar com os jogadores

da seleção brasileira durante a

Copa América. Isso foi possível

graças à tecnologia, uma vez

que robôs conectados mimetizaram

a presença das crianças

em campo, por meio de câmera

em tempo real. “As marcas têm

buscado, cada vez mais, ter relevância

na vida das pessoas.

E o que procuramos todos os

dias é colocar o resultado dos

nossos clientes e a conquista

no coração de seus respectivos

consumidores como prioridade”,

destaca Kevin Zung, COO

da agência.

Campanha Meu Primeiro Sutiã, da Madre Mia para a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, trouxe reflexão sobre diversidade

Filme Caverna do Dragão divulgou o lançamento do Renault Kwid em 2019; campanha tem criação da DPZ&T

EfEtividadE

Criatividade orientada para

os negócios tem sido um dos

mantras da DPZ&T, principalmente,

após a fusão com a Taterka,

há cinco anos. O reconhecimento

do mercado é um

dos sinais de que o caminho

está correto. No Colunistas São

Paulo, o CCO da agência, Rafael

Urenha, recebeu o prêmio

de Profissional de Propaganda

do Ano. Responsável por cases

que lideraram as conversas na

imprensa e nas redes sociais em

2019, como os filmes Caverna

do Dragão e Aposta, ambos para

a Renault, a agência também

contribuiu para que a fabricante

de automóveis fosse eleita

pelo júri como Anunciante do

Ano. “Esse duplo reconhecimento

é um reflexo do trabalho

da agência como um todo nos

últimos anos. Renault, principalmente,

teve um amadurecimento

de marca notável. E, do

ponto de vista de criação, ao

longo do ano tivemos campanhas

com sucesso e com perfil

interessante em um momento

onde modelos tradicionais de

propaganda estão sendo questionados”,

destaca Urenha. O

“não dá para

ter esse tipo

de propaganda

intrusiVa. nosso

papel é propor

uma conVersa”

A personagem Vivi Guedes (Paolla Oliveira), em a Dona do Pedaço: atriz foi garota-propaganda da Fiat na vida real e na ficção

case Caverna do Dragão, que ficou

com um Ouro em Filme, é o

que melhor traduz a estratégia

de ressignificar formatos tradicionais

de mídia. “O segmento

de automóveis é muito competitivo,

há uma série de códigos

na categoria que o consumidor

quase não presta atenção.

Lançamento de carro não é um

assunto, mas, neste caso de Renault,

se tornou assunto antes

mesmo de levarmos para a mídia”,

explica o criativo. “É mais

sobre uma campanha que gera

assunto do que tentar empurrá-

-la para as pessoas. Não dá para

ter esse tipo de propaganda intrusiva.

Nosso papel é propor

uma conversa que as pessoas

queiram fazer parte”.

A disciplina de mídia e os novos

formatos de publicidade,

aliás, ganharam relevância nos

projetos contemplados no Colunistas

São Paulo. As áreas de

live marketing e mídia exterior

têm conquistado espaços importantes

no planejamento das

marcas. Nesta edição do prêmio,

a BFerraz e a Eletromidia,

respectivamente, foram contempladas

como Empresa de

Live Marketing e de Mídia Exterior

do Ano. Para Bazinho Fer-

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 37


PrêmioS

Goleiro Santos, do Athletico-PR, ganhou as conversas nas redes sociais por usar o celular durante partida de futebol em ação da Uber

Os sertanejos Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e Leonardo usaram as redes sociais para anunciar o retorno de turnê

raz, sócio-fundador da BFerraz,

o reconhecimento é reflexo dos

20 anos da companhia no Brasil,

o que tem garantido entregas

cada vez mais ágeis, criativas

e eficientes, exigências

que permeiam todo o mercado

de comunicação. Entre os pilares

para criar relevância para o

cliente, o executivo destaca o

poder das experiências. “Sabemos

que a experiência está em

tudo e se inicia muito antes da

concretização da compra de um

produto ou serviço. Dessa forma,

trabalhamos projetos com

um pensamento omnichannel

que coloca o shopper no centro

da estratégia”.

A lógica é semelhante na mídia

exterior, que ganha múltiplos

formatos e oportunidades

em uma capital do porte de São

Paulo. Traduzindo o bom momento

do OOH na cidade, a Eletromidia

celebrou a conquista.

“Ficamos muito felizes que nosso

trabalho está sendo reconhecido.

Só mostra que as pessoas

estão gostando e respeitando

nosso trabalho”, define Daniel

Simões, CEO da Eletromidia.

Completando o time de premiados

desta edição, o jornal

Folha de S.Paulo foi eleito o

Veículo Impresso do Ano. Liderando

o crescimento de circulação

(6,8%) entre os jornais

no Brasil, totalizando 328.438

exemplares diários pagos, segundo

dados do IVC, a Folha

se consolidou como principal

veículo na opinião dos jurados.

Antonio Manuel Teixeira Mendes,

diretor-superintendente

do Grupo Folha, comenta o reconhecimento.

“O ano de 2019

foi, sem dúvida, um dos melhores

para a Folha, tanto do ponto

de vista editorial quanto de

circulação e negócios. Isso se

deve à força da marca num momento

em que a credibilidade

do veículo se coloca acima de

qualquer outra situação. O jornal

completa, no dia 19 de fevereiro,

99 anos. Esse histórico

de independência mostra nossa

força e relevância”.

“o futebol Virou

uma tremenda

mídia para

concentrar

atenção”

Pet-Commerce, da Ogilvy para a Petz, usou reconhecimento facil para que animais de estimação pudessem fazer compras online

Fotos: Divulgação

GrandES PrêmioS

Em sua 52ª edição, o Prêmio

Colunistas reconhece os melhores

trabalhos em 14 categorias,

entre elas Mídias Integradas;

Branded Content; Design;

Digital; Filme; Inovação; Marketing

Direto; Mídia; Exterior;

Imprensa; Promo e Live Marketing;

Rádio; RP e Técnica. Nesta

etapa São Paulo, além das distinções

de Ouro, Prata e Bronze,

também foram eleitos os Grand

Prix para os cases de maior destaque.

Esse foi o caso de sete

trabalhos. A campanha Recebidões,

Fotos e Moda, da Leo

Burnett Tailor Made para a Fiat,

levou o GP em Mídias Integradas.

O projeto, em parceria com

a TV Globo na novela A Dona do

Pedaço, incluiu ações de merchandising

com a personagem

Vivi Guedes (Paolla Oliveira),

na TV linear e no digital, entre

outros formatos. Para Marcelo

Reis, co-CEO e CCO da Leo,

a agência está em uma busca

constante de projetos cada

vez mais integrados. “Ficamos

muito contentes em ganhar um

38 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


Presidente da Nissin Lámen do Brasil pediu desculpas aos brasileiros por não saber fazer o macarrão perfeito em ação da Dentsu

GP com esse projeto, que foi tão

divertido e inédito de fazer. O

Colunistas é uma das maiores

e mais reconhecidas premiações

da nossa indústria, formada

por sumidades do mercado

que acompanham ao longo dos

últimos 50 anos a evolução da

publicidade e a forma de fazer

propaganda”.

Quem também levou um GP,

desta vez em Técnica, por Melhor

Roteiro, foi a campanha

Meu Primeiro Sutiã, da Madre

Mia Filme para a Associação

Nacional de Travestis e Transexuais.

Inspirado no filme O

primeiro sutiã a gente nunca

esquece, criado por Washington

Olivetto para a Valisere, nos

anos 1980, a peça abordou com

sensibilidade a causa da transfobia

trazendo a história real

de Ludmilla Galvan. O Brasil é

o país que mais mata transexuais

no mundo. A cada 48 horas,

uma pessoa trans é assassinada.

“Ela gerou reflexão na questão

do acolhimento familiar de

pessoas trans como pudemos

perceber em torno de toda repercussão

que o filme teve”,

explica Edgard Soares Filho,

sócio da produtora.

Na categoria Branded Content,

o grande premiado foi o

case Goleiro, da agência Tech

& Soul para a Uber. Para chamar

a atenção para o número

de acidentes de trânsito no Brasil

devido ao uso de celular ao

volante, o goleiro Santos, do

Athletico-PR, foi flagrado mexendo

no celular em plena partida,

o que gerou inúmeros comentários

nas redes sociais. Ao

final do jogo, o atleta revelou o

real propósito de sua atitude.

“Esse trabalho foi feito em colaboração

com a agência interna

da Uber e um bando de craques.

Hoje, o futebol virou uma tremenda

mídia para concentrar

atenção”, destaca Flavio Waiteman,

sócio e CCO da Tech

and Soul. Segundo o executivo,

em meio a um cenário de fake

news, quando o assunto é publicidade,

a verdade é o único

caminho. “A Uber fez a disrupção

utilizando esses mesmos

elementos: celular e direção. De

um jeito bom. Por isso a narrativa

dessa peça soa tão real. Porque

realmente é”.

Aspectos reais do cotidiano

também alicerçaram a campanha

Vida, da AlmapBBDO para a

Volkswagen. A peça, que narra a

história de uma personagem que

foi concebida em um automóvel

da marca e também renasceu

em um veículo da Volks graças

aos seus features de tecnologia,

levou o GP em Filme na premiação.

Para Sanches, a grande sacada

foi conseguir amarrar uma

história que trouxe identificação

com os consumidores e ao

“capacidade de

gerar conVersas

ajuda a deixar a

ideia mais forte

e releVante”

mesmo tempo incluir atributos

da marca. “Vida é uma história,

mas o coração dessa narrativa

é o produto. Esse é o branded

content moderno. As pessoas se

identificam com a história, é entretenimento,

mas se você tirar

o produto dali, a campanha não

para em pé e o filme não acontece.

Isso eletrifica o que o produto

é e seu papel no filme”.

O júri do Colunistas São Paulo se reuniu na semana passada para definir os trabalhos de destaque na edição 2019 do prêmio

Alê Oliveira

inovação, Promo E rP

As compras realizadas no ecommerce

têm conquistado a preferência

dos brasileiros e, diante

desse potencial de crescimento,

por que não estender essa experiência

também aos animais de

estimação? Apesar de causar estranhamento

ao primeiro olhar,

essa foi a proposta da Petz com

seu Pet-Commerce, criado pela

Ogilvy. O projeto que usou inteligência

artificial e reconhecimento

facial para que os cães

possam fazer suas compras no

site da rede recebeu o GP em

Inovação. Segundo Félix Del

Valle, CCO da Ogilvy, o projeto

ganhou as conversas das pessoas,

expandindo o alcance da

ideia. “A ação é contagiante,

divertida, entretém e funciona,

realmente. Uma tecnologia

nova que desperta a curiosidade

por ser inusitada. O Pet-

-Commerce virou notícia assim

que foi lançado. Essa capacidade

de gerar conversas ajuda a

deixar a ideia mais forte e relevante,

além de mostrar o poder

da comunicação de fazer parte

da vida das pessoas”.

A categoria de Promo e Live

também reconheceu com um

GP a Nissin pela campanha

Apology – Pedido de Desculpa,

da Dentsu Brasil. No case,

Takashi, presidente da companhia

de macarrão instantâneo,

pediu desculpas por não saber

cozinhar o lámen perfeito. A

ação contou com embalagem

promocional temática com o

dizer Lámen (ta), em referência

ao pedido de desculpa.

Na Categoria Relações Públicas,

o case Amigos 20 anos,

da Artplan para a Peep Experiências

Musicais, ficou com o

último GP da premiação. Para

divulgar a turnê de reencontro

dos sertanejos Zezé di Camargo

e Luciano, Chitãozinho e Xororó

e Leonardo, a agência usou

a música Evidências para dar

pistas do reencontro nas redes

sociais dos cantores.

O Colunistas São Paulo é uma

realização da Associação Brasileira

dos Colunistas de Marketing

e Propaganda em parceria

com o PROPMARK.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 39


mArcAS

Samsung apresenta família Galaxy

S20 e nova categoria de smartphones

Modelo ‘ultra’ pode alcançar zoom de 100x e resolução de 108 MP;

empresa traz também o seu segundo celular dobrável, o Galaxy Z Flip

Alisson Fernández

de san Francisco

Quem nunca se emocionou

ao encontrar fotos antigas?

Afinal, nossa vida é feita

de memórias. Com o objetivo

de redefinir as experiências

em um universo onde quase

tudo é compartilhado nas redes

sociais, a Samsung apresentou

no último dia 11, em

San Francisco, nos Estados

Unidos, os três novos celulares

da linha Galaxy S: S20, S20

plus e S20 ultra.

Segundo a empresa sul-coreana,

a nomenclatura adotada

- que pulou do S10 para o

S20 - acompanha o início e as

transformações de uma nova

década. “Possuímos um DNA

inovador e buscamos sempre

criar o futuro. Trouxemos em

2002 o primeiro smartphone

com display de LCD do mercado.

Na sequência, os primeiros

com câmera frontal. Em 2014,

os aparelhos com leitura biométrica.

Já em 2019, o primeiro

celular dobrável”, diz Mario

Laffitte, vice-presidente de

marketing e assuntos corporativos

da Samsung na América

Latina.

“As pessoas usam muito o

smartphone para tirar fotografias.

Com isso, trazemos

para uma série de aparelhos

ainda mais resolução em fotos

e vídeos”, revela Renato Citrini,

gerente sênior de produto

da divisão de dispositivos móveis

da Samsung Brasil.

Ainda segundo Citrini,

além da nova identidade visual

e diversas outras funcionalidades

como o ‘Single Take’

- que captura 10 segundos de

imagens, vídeos e entrega a

melhor seleção de momentos

daquela cena -, um dos diferenciais

que vão chamar a

atenção dos consumidores é a

capacidade de realizar vídeos

em 8k. Ainda não há informações

sobre preço e lançamento

no Brasil.

Os novos modelos Galaxy S20, Galaxy S20 Plus e Galaxy S20 Ultra foram lançados em San Francisco, nos EUA

GALAXY Z FLIP

Um ano após apresentar o

Galaxy Fold, a Samsung traz

o seu segundo smartphone

dobrável, o Galaxy Z Flip. No

último dia 9, uma prévia já

havia sido revelada durante o

intervalo comercial do Oscar.

O novo aparelho – com tela de

vidro de 6,7 polegadas – chega

ao mercado em três cores: preto,

roxo e ouro e será comercializado

por US$ 1.380 a partir de

14 de fevereiro, inicialmente,

na Coreia e Estados Unidos. No

Brasil, o valor estimado é de R$

8.999. O Galaxy Z Flip abre uma

“trazemos para

uma série de

aparelhos ainda

mais resolução em

fotos e vídeos”

Fotos: Divulgação

nova categoria de smartphones

na Samsung. “Este produto

vai posicionar a Samsung mais

uma vez como uma empresa

inovadora e pioneira”, comenta

Loredana Sarcinella, diretora

sênior de marketing da divisão

de dispositivos móveis da Samsung

Brasil.

Para apresentar os lançamentos,

a Samsung prepara uma comunicação

robusta. Com um investimento

maior em relação ao

do ano passado, a marca vai trabalhar

com campanhas e ações

em todas as mídias. As agências

Leo Burnett Tailor Made e Mutato

são as responsáveis pela

comunicação da nova linha de

produtos, que traz como mote

Descubra com o novo Galaxy.

“Teremos filmes em TV aberta,

fechada, digital, OOH e CRM.

Vamos começar nossas ações no

Carnaval do Rio de Janeiro, pois

somos patrocinadores do camarote

Quem/ O Globo. Também fechamos

parceria com os programas

Caldeirão do Huck, da Rede

Globo; e Masterchef, da Band;

ESPN e com o canal do YouTube

Porta dos Fundos”, diz.

40 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


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MARCAS

Allianz Parque cria clube para donos

e patrocinadores de seus camarotes

Objetivo do projeto baseado nos pilares de experiências, negócios e

diversão é proporcionar relacionamento e ampliar o escopo dos espaços

jéssica Oliveira

Allianz Parque, que em outubro

de 2019 alcançou a

O

venda de todos os seus 160 camarotes

- e estava com fila de

espera -, apresentou nova iniciativa

para os patrocinadores

e proprietários dos espaços.

A partir desse mês, a arena

inicia o “Clube 160”, projeto

baseado nos pilares de experiências,

negócios e diversão. A

ideia é proporcionar relacionamento

e ampliar o desenvolvimento

de experiências dentro

dos espaços.

A plataforma está integrada

ao site e é de uso exclusivo

dos clientes. Entre as empresas

à frente de camarotes na arena

estão Allianz Seguros, Prevent

Sênior, Bradesco, Votorantim,

Uber combate assédio, homofobia e

racismo em campanha de Carnaval

Aplicativo renovou Código de Conduta e pretende deixar ainda mais

claro os comportamentos que não aceita entre usuários e motoristas

iniciativa da Uber para o

A Carnaval 2020 reforça o

combate ao assédio, ao racismo

e à homofobia.

A ação divulga o Código de

Conduta da plataforma, recém-

-atualizado. Além disso, ela

visa ressaltar o compromisso

da empresa com a segurança e

o respeito entre motoristas parceiros,

entregadores parceiros,

restaurantes e usuários.

A renovação do material pretende

deixar ainda mais claro”

as condutas que não são aceitas

dentro da plataforma e podem

levar ao banimento.

Focada no OOH, com mídia

em pontos de ônibus, a campanha

fica no ar até o início de

março. As peças visam conver-

Marcio Flores, do Allianz Parque, e Luis Davantel, CFO da WTorre

Peças nas ruas têm mensagens que destacam atualização do Código de Conduta

Divulgação

Divulgação

J&F, Crefisa, 99 e Cielo. Juntas,

todas possuem patrimônio superior

a R$ 150 bilhões.

Na avaliação de Marcio Flores,

diretor de marketing e

inovação do Allianz Parque, o

projeto também deve despertar

o senso de pertencimento.

“Eles também são donos de um

pedaço da nossa arena, que é o

maior equipamento de entretenimento

do país”, afirma.

Os benefícios para 2020 incluem

o campeonato Copa 160,

experiências focadas na culinária

de estádios ao redor do

mundo, uma festa de inauguração

do rooftop do estádio, e

visita a áreas como o camarim e

o palco de um dos shows. Antes

ou após cada evento, os integrantes

podem marcar encontros

no Lounge Bar 160.

sar com os foliões.

A estratégia também tem peças

em redes sociais. O conteúdo

amplia as mensagens sobre

assédio e discriminação, além

de realçar as mensagens a respeito

de preconceito.

Luciana Ceccato, diretora de

marketing para a Uber na América

Latina, afirma que o objetivo

é que todos que usam a plataforma

se sintam tranquilos.

Segundo ela, “como uma

empresa comprometida com

a diversidade e a inclusão”,

o Código de Conduta reflete

esse compromisso. “Ele é uma

parte importante da nossa plataforma

e convidamos todos a

conhecerem seu conteúdo”, comenta

a executiva.

42 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


marCas

Getty Images busca representação

genuína para Carnaval brasileiro

Estúdios foram deixados para trás e a festa nas ruas, com os bloquinhos,

tornou-se o principal cenário das imagens disponibilizadas na iStock

leonardo araujo

Carnaval. O que vem à sua

mente quando você lê esta

palavra? A festa mais famosa

do Brasil costuma ser lembrada

de maneira estereotipada pela

publicidade, com fotos posadas

que focam em desfiles de escolas

de samba, por exemplo. Mas

há muito tempo a festa não é

restrita a isso. Daí a criação de

uma série com imagens mais

diversas. O projeto é da iStock,

plataforma da Getty Images.

Os estúdios foram deixados

para trás e a festa nas ruas,

com os bloquinhos, tornou-se o

principal cenário das imagens.

“Nossos clientes não estão

procurando a versão ‘clichê’ do

Brasil, como Carnaval no Rio,

Caipirinha ou a bandeira do

Brasil, porque são muito mais

do que isso. É por isso que a

autenticidade é tão importante

para nós. Vencemos ao entender

essa necessidade crescente,

poder guiar nossos colaboradores

e oferecer isso a nossos

clientes”, explica Renata Simões,

gerente sênior de conteúdo

criativo da iStock e Getty

Images na América Latina, líder

do projeto.

“No que diz respeito ao Carnaval

brasileiro, clientes nos

disseram muitas vezes que desejam

imagens com as quais

seu público-alvo possa se identificar.

Devido à crescente popularidade

do Carnaval de rua

em todo o Brasil, essas imagens

são as nossas mais vendidas

nesta época do ano. Temos colaboradores

do Nordeste para o

Sul, cobrindo o autêntico Carnaval

de rua para satisfazer as

necessidades de nossos clientes”,

explica Renata.

Em 2019, a plataforma lançou

o projeto #ShowUs, em parceria

com Dove e Girlgaze. “Foi

a resposta a uma pesquisa que

mostrou que 70% das mulheres

dizem que ainda não se sentem

representadas nas imagens que

veem todos os dias”, relata a

“Nossos clientes não estão procurando a versão ‘clichê’ do Brasil”, explica Renata Simões

(destaque), gerente sênior de conteúdo criativo da iStock e Getty Images na América

Latina. Região lidera projeto que mostra o Carnaval menos estereotipado

“SomoS tão

alfabetizadoS

viSualmente que

SabemoS quando

aS imagenS não

São autênticaS”

gerente. Segundo Renata, nos

últimos 12 meses, houve “grandes

aumentos” nas pesquisas

no site da Getty Images pelos

seguintes termos: “Pessoas reais”

- 115%; “Sincero” - 101%;

“Real” - 126%; “Mulher de verdade

- 150% e “Pessoas comuns”

- 156%.

“Somos tão alfabetizados visualmente

que sabemos muito

bem quando as imagens não

são autênticas e ‘de banco de

imagens’. É facilmente identificável

e carece da capacidade de

se relacionar com um público

Divulgação

amplo. Atualmente, as marcas

estão procurando maneiras de

se diferenciar da concorrência

e em um mundo dominado por

conteúdo visual (imagens estáticas

e vídeo), imagens de qualidade

são essenciais para se

destacar”, analisa a executiva.

A gerente explica que as

equipes de ciência de dados

da iStock by Getty Images desenvolveram

algoritmos que

fazem exatamente isso. “Essa

é uma das maneiras pelas quais

a IA e o aprendizado de máquina

podem fazer grandes coisas

para ajudar os clientes a encontrar

conteúdo que corresponda

ao seu estilo visual. Quando

entendemos o que torna uma

imagem autêntica, podemos

começar a ajudar os clientes

de maneiras que não apenas os

ajude a definir sua assinatura

visual da marca, mas a encontrar

a imagem certa que corresponde

à história que eles querem

contar”, esclarece.

Outros esforços visam a veiculação

de imagens mais verdadeiras

na publicidade. Além

do já citado #ShowUs, também

em 2019 o coletivo gaúcho Viva

Voz, composto por cinco estudantes,

desenvolveu a iniciativa

Tem Que Ter. Trata-se de um

banco de imagens que retrata

LGBTs em cenas cotidianas e

que tem como objetivo descontruir

a visão preconceituosa e

estereotipada. Pouco antes, em

2018, a Shade, uma agência de

Nova York, criou o Nappy, um

site com fotos em alta resolução

de pessoas negras e 100%

gratuito.

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 43


marcas

coca-cola tem primeira mulher no

comando do marketing no Brasil

Poliana Sousa assume a

vice-presidência da área e passa

a liderar 27 marcas no novo cargo

executiva Poliana Sousa foi

A promovida a VP de marketing

da Coca-Cola Brasil. Ela é

a primeira mulher a assumir

o cargo no país. A profissional

ingressou na companhia em

agosto de 2018 como diretora

de marketing de Coca-Cola trademark.

Sob sua liderança e em

parceria com outras áreas, em

2019, a marca atingiu resultados

significativos com as plataformas

Vai no Gás e Melhor

Juntos, com foco na Coca-Cola

sem açúcar. A plataforma passou

a ser referência para outras

unidades de negócios da companhia.

Poliana também lidera

a pauta de igualdade de gênero

na Coca-Cola Brasil e tem um

papel ativo nos pilares de diversidade

e inclusão.

Como VP de marketing, ela

continuará liderando 27 marcas

e estreitando a parceria do marketing

com as outras áreas.

Poliana é formada em administração

de empresas pela

Iowa State University e MBA

pela Xavier University, ambas

nos Estados Unidos. Antes

de ingressar na Coca-Cola Brasil,

ela ocupou cargos de liderança

na Procter & Gamble por

mais de 19 anos. Iniciou a sua

carreira na sede da empresa

em Cincinnati, Ohio, e ocupou

cargos em várias unidades de

negócios nos Estados Unidos e

Porto Rico.

De volta ao mercado brasileiro

em 2009, trabalhou com

as principais marcas da P&G,

como Gillette, Koleston, Pampers,

Oral-B e Duracell. Ainda

na P&G, ocupou o cargo de diretora

de marketing, comunicação

e mídia de 2015 a 2018.

Poliana Sousa: performance da marca em 2019 foi responsável pela promoção

Divulgaçao

Walt Disney company Brasil ganha

nova estrutura e líderes locais

Executivo da empresa fala que o momento é de transformação e requer

mudanças para que ela continue no caminho do desenvolvimento

The Walt Disney Company

A Brasil tem nova estrutura

e líderes locais.

O objetivo é maximizar o

desempenho e as operações

no país, com visão concentrada

no consumidor. Eles vão

responder a Hernán Estrada,

general manager da The Walt

Disney Company Brasil.

Para ele, este é um momento

de grande transformação,

que marca um caminho de

desenvolvimento para a companhia.

Entre as mudanças na estrutura

estão envolvidos profissionais

como Giselle Ghinsberg,

head of ad sales; Cristiano

Lima, head of content strategy

and programming, general

entertainment; Carlos Maluf,

head of sports, que responde

pelo gerenciameno dos negócios

da ESPN no país; Juliana

Oliveira, head of digital strategy

and operations; Ricardo

Rubini, head of content sales;

Karina Alonso, head of human

resources Brazil.

Camila Di Monaco, head

of publicity & corporate communications

Brazil, deve assegurar

uma estratégia de

comunicação integrada para

as campanhas de produtos,

negócios e iniciativas corporativas

em comunicação interna

e externa, além do gerenciamento

de crises no país.

Giovana Marques, head of

live entertainment & special

events Brazil, cuida dos eventos

ao vivo e música.

Eduardo Navarro, head of

security operations Brazil, na

implementação de processos

de segurança, gestão de crises,

proteção executiva e estratégias

de intervenções, além de

investigações corporativas.

Claudia Neufeld, head of

marketing Brazil; Lucia Paolini,

head of legal Brazil; e Dalmon

Zapata, head of finance

Brazil; também estão envolvidos

nas mudanças.

Hernán Estrada: transformação

Divulgação

44 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


marcas

Ipê valoriza o ato de lavar louças

com grupo de dança Bandaloop

A campanha foi criada pela Area.G, empresa de estratégia de

comunicação, mídia e branding da holding Inovation; ideia é entreter

Ypê completa 70 anos em 2020 e, como

parte das comemorações, lança uma

campanha protagonizada por artistas internacionais

com foco em sua linha de

lava-louças.

Neste domingo (16), no intervalo do

Fantástico (Rede Globo), vai ao ar o filme

Ypê Bandaloop, que mostra a companhia

americana de vertical dance performance

Bandaloop, famosa por suas coreografias

nas paredes de prédios, que misturam

dança e tecnologias de escalada.

A campanha foi criada pela Area.G, empresa

de estratégia de comunicação, mídia

e branding da holding Inovation, fundada

por Alexandre Gama. O conceito da ação

partiu de um insight: tornou-se comum as

pessoas cantarem e ouvirem música enquanto

lavam a louça.

A linha de lava-louças Ypê, líder absoluta

de mercado, é apresentada em uma

linguagem que é puro entretenimento. No

filme, produzido pela Hungry Man, artistas

do Bandaloop surgem nas paredes externas

de um prédio e, em meio à coreografia,

interagem com homens e mulheres

que estão lavando a louça e se entregam a

momentos de descontração.

As pessoas se contagiam, ouvindo a

música, dançando e se sentindo inspiradas

pela abordagem inovadora da marca.

É assim que Ypê quer ressignificar o ato

de lavar louça, que deixa de ser encarado

como uma obrigação doméstica para ser

visto como uma pausa, uma possibilidade

de extravasar ou se divertir durante uma

atividade cotidiana.

O conceito da campanha é Lava-louças

Ypê. Sempre um show de rendimento e limpeza

na sua louça.

“A campanha é um convite para que o

ato de lavar louça seja leve e divertido.

Lavar louça com Ypê é o novo cantar no

chuveiro”, afirma Márcio Ribas, sócio e

diretor-geral de criação da Area.G.

O diretor de marketing de Ypê, Cesar Nicolau,

reforça a proposta: “Ypê transforma

o ato de lavar louça em um grande show”.

E o CEO Alexandre Gama pontua: “A

Area.G é o braço de propaganda e comunicação

do hub Inovation e, como não poderia

deixar de ser, tem viés forte de inovação.

Essa ideia para a Ypê faz exatamente

isso: rompe com os códigos da categoria

de detergentes e inova na linguagem. A

marca é líder em detergente e mostra que

não quer e não vai se acomodar”, argumenta.

Companhia americana de dança vertical em cena do comercial de Ypê, que faz 70 anos

Divulgação

jornal propmark - 17 de fevereiro de 2020 45


última página

Eye for Ebony/Unsplash

Cada qual com

seu telhado

Neusa spaulucci

curta-metragem de animação Love

O Hair, patrocinado por Dove, da Unilever,

que conquistou o Oscar na sua categoria

no último dia 9, dá uma mostra de

quanto evoluímos na aceitação do nosso

visual, da nossa realidade e personalidade.

Embora muitos ainda insistam em

disfarçar, na real, o mundo está mais para

aceitar as pessoas como elas são. E Dove

não perdeu tempo nesse quesito e encampou

um movimento que fez e faz muitas

mulheres e homens serem do jeito que

são. Isso, aliás, tira um peso gigante das

costas das crespas.

Idealizado e dirigido por Matthew A.

Cherry, o premiado curta conta

a história de um pai jovem

negro que tem de cuidar da filha,

principalmente do cabelo

crespo da menina, em um dia

especial. A ideia é transmitir

mensagem de aceitação, autoconfiança

e amor. A missão

não é fácil, mesmo para aqueles

que estão acostumados a

lidar com madeixas teimosas.

Tentar deixá-las mais de acordo

com os padrões de beleza estabelecidos

pela sociedade branca reflete muito do preconceito

que mora dentro de nós.

O marketing de Dove acertou em cheio

quando decidiu ancorar sua estratégia na

beleza natural. Pode ainda não ter modificado

muito, mas já conseguiu alguma coisa

e, com isso, elevou a autoestima de muita

gente que assumiu o que é e ponto. Quem

quiser aceitar é bem-vindo. Quem não,

azar. Dove diz acreditar que a beleza deve

ser uma fonte de confiança, não de ansiedade.

“É por isso que estamos aqui para ajudar

mulheres do mundo todo a desenvolverem

uma relação positiva com sua aparência,

“Se você é do

tipo que uSa

expreSSõeS

como ‘cabelo

ruim’, é melhor

avaliar SeuS

conceitoS”

ajudando-as a aumentar sua autoestima e

perceber todo seu potencial”.

Segundo a Dove, ao desenvolver projeto

batizado como Autoestima, fundado

em 2004, teve a intenção de ajudar a próxima

geração de mulheres a crescer feliz

e confiante com sua aparência. Para se ter

uma ideia do quanto a sociedade é estranha

e encanada com a beleza e aparência,

segundo uma pesquisa global da marca,

apenas 4% das mulheres no mundo todo

se consideram bonitas e a ansiedade com

a aparência começa quando ainda são muito

jovens. Conforme estudo de Dove, seis

entre dez garotas ficam tão preocupadas

com a aparência “que até deixam de fazer

coisas no dia a dia, como nadar, praticar

esportes e até mesmo dar

opiniões. “Nós queremos que

mulheres e garotas de todas as

idades encarem a beleza como

uma fonte de confiança, não de

ansiedade”.

Se você é do tipo que usa expressões

como “cabelo ruim”

ou “cabelo crespo está na moda

agora, né?”, é melhor avaliar

seus conceitos, pois esses comentários

beiram ao racismo e desmerecem

o movimento contra o preconceito. Até

o Google aponta diferenças gritantes em relação

ao assunto. Por que, então, não mudar

ou rever posições? Estudo realizado pelo

Google BrandLab revelou que a procura por

cabelos cacheados no buscador superou a

procura por cabelos lisos, com um crescimento

de 232% entre 2015 e 2017. Com relação

aos crespos, o interesse foi ainda maior.

A busca por cabelos afro aumentou 309%

no mesmo período. Quando uma pessoa assume

seu tipo de cabelo ou até a falta dele,

não é apenas questão estética. Envolve um

processo de aceitação. Pense na menina de

Love Hair e no seu telhado.

46 17 de fevereiro de 2020 - jornal propmark


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