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*Maio/2020 Referência Florestal 218

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ECONOMIA<br />

S<br />

anta Catarina é responsável por gerar 15%<br />

do número de empregos formais dentro do<br />

setor florestal brasileiro de base plantada, ao<br />

longo dos últimos anos. O Estado também<br />

tem outros índices positivos na área, conforme<br />

o panorama divulgados pela ACR (Associação Catarinense<br />

de Empresas Florestais) no início de maio de <strong>2020</strong>.<br />

Os dados foram retirados do Anuário Estatístico de<br />

Base <strong>Florestal</strong> para o estado de Santa Catarina 2019, das<br />

pesquisas do Funpinus (Fundo Cooperativo para Melhoramento<br />

de Pinus) e de um estudo desenvolvido em 2019<br />

pela Udesc-cav (Universidade do Estado de Santa Catarina),<br />

a pedido da ACR. Por esta razão, não considera o cenário<br />

atual da pandemia da Covid-19, mas um levantamento<br />

até o ano anterior ao da pesquisa.<br />

No aspecto de emprego e renda, o Brasil registrou,<br />

em 2018, 598 mil empregos diretos no setor florestal em<br />

2017,com manutenção nos níveis de emprego em 2018, o<br />

que representou aproximadamente 600 mil postos de trabalho.<br />

Santa Catarina, que em 2017 consolidou 90 mil empregos,<br />

teve um acréscimo de 200 novos postos em 2018.<br />

Outro reflexo está na arrecadação de tributos, diretamente<br />

proporcional ao desempenho do setor florestal no Vbps<br />

(Valor Bruto da Produção da Silvicultura). A produção de<br />

madeira em toras em Santa Catarina no ano de 2018 arrecadou<br />

R$ 137,6 milhões em tributos.<br />

Estatísticas do número de empresas por segmento no<br />

estado de 2018 contabilizam 2.568 empresas de móveis,<br />

representando 46% do total. Este segmento é seguido<br />

pelo de serrarias com desdobramento de toras com 1.028<br />

estabelecimentos, ou seja, 18% do total de empresas no<br />

estado. Na sequência, observam-se fábricas de esquadrias<br />

de madeira e de peças para instalações industriais/comerciais<br />

com cerca de 500 empresas, representando 9% do<br />

total. As demais empresas somam 1.486 estabelecimentos<br />

e representam 27% do total presente no estado.<br />

A produção de madeira em<br />

toras em Santa Catarina no<br />

ano de 2018 arrecadou<br />

R$ 137,6 milhões em tributos<br />

PINUS É DESTAQUE<br />

O estudo identificou que o estado catarinense possui<br />

828,9 mil hectares de área com florestas plantadas. Desta<br />

totalidade, a grande maioria ou 67% (553,6 mil hectares)<br />

com Pinus. Cerca de 33% (275,3 mil hectares) são ocupados<br />

com Eucalyptus.<br />

Especialmente o Pinus adaptou-se na localidade devido<br />

às condições edafoclimáticas serem favoráveis para o<br />

seu desenvolvimento.<br />

A IMA (produtividade florestal média) no Brasil é de<br />

30,5 m³/ha.ano para o Pinus (IBÁ, 2017). Empresas de<br />

maior porte e com alto nível tecnológico atingem médias<br />

maiores, dependendo da localização dos seus plantios e<br />

investimento empreendido. Em relação à Santa Catarina,<br />

no que diz respeito ao clima, o estado apresenta temperaturas<br />

mais baixas nos meses de inverno, o que não compromete<br />

o desenvolvimento deste gênero (espécies Pinus<br />

taeda e Pinus elliottii). A produtividade florestal média do<br />

Pinus nessa região está entre 34-37 m³/ha.ano.<br />

Em 2018 a produção de madeira serrada de Pinus no<br />

Brasil atingiu 7,84 milhões de m³, enquanto o consumo<br />

aparente foi de 5,30 milhões de m³ do produto. A evolução<br />

histórica da produção de madeira serrada de Pinus no Brasil<br />

se manteve praticamente constante entre 2009-2013,<br />

com a taxa de crescimento anual na produção de 0,9%.<br />

DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL GENÉTICO<br />

As condições de clima e solo e um longo trabalho de<br />

melhoramento genético transformaram a Região Sul do<br />

Brasil em uma das principais produtoras de madeira de<br />

pinus, capaz de atender uma diversificada linha de produtos:<br />

celulose e papel, embalagens, madeira serrada para<br />

móveis e diversos outros segmentos.<br />

As pesquisas com pinus começaram na década de<br />

1970, quando Brasil, África do Sul, Colômbia, Zimbábue,<br />

Índia e Honduras criaram uma rede experimental através<br />

de um programa de cooperação internacional. O melhoramento<br />

do pinus no Brasil foi implementado por empresas<br />

florestais, principalmente indústrias de celulose e papel e<br />

instituições de pesquisa, entre elas a Embrapa Florestas.<br />

“O principal objetivo do melhoramento é a perpetuação<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br

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