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Gestão Hospitalar N.º 20 2020 + Suplemento Comercial

#OBRIGADO Desafios da saúde pública no contexto da pandemia Agentes Comunitários Vivemos em tempo excecional Reorganização dos hospitais portugueses neste tempo de Covid-19 A primeira linha de contenção da pandemia Reflexos da SARS de 2003 vs Covid-19 Ponto de não retorno, mas de esperança de centralização dos cuidados de saúde no doente Inteligência dos dados: quando e porquê? Covid-19: a revolução na telesaúde A escola na resposta à pandemia Lembro-me de Nemésio no “Verbo e a Morte” A comunicação no combate à pandemia Catherine Alves Pereira Inovação nos ecossistemas de saúde durante a Covid-19: o caso da Vent2life Vítimas colaterais da Covid-19 Projetos em contexto Covid-19: a unidade de ambulatório e packing da farmácia do CHULC Seguros para gestores hospitalares Index nacional do acesso ao medicamento hospitalar Barómetros de internamentos sociais: mais de 1.500 pessoas internadas de forma inapropriada em 2020 Prémio vai distinguir projetos desenvolvidos no âmbito da resposta à pandemia Código dos Contratos Públicos Novos modelos de contratação pública: dos desafios às oportunidades Medicina de precisão: como promover o tratamento certo, à pessoa certa, no momento certo? APAH dinamiza partilha de conhecimento e boas práticas em rede Ciclo de webinars ibéricos União ibérica em tempos de crise

#OBRIGADO
Desafios da saúde pública no contexto da pandemia
Agentes Comunitários Vivemos em tempo excecional
Reorganização dos hospitais portugueses neste tempo de Covid-19
A primeira linha de contenção da pandemia
Reflexos da SARS de 2003 vs Covid-19
Ponto de não retorno, mas de esperança de centralização dos cuidados de saúde no doente
Inteligência dos dados: quando e porquê?
Covid-19: a revolução na telesaúde
A escola na resposta à pandemia
Lembro-me de Nemésio no “Verbo e a Morte”
A comunicação no combate à pandemia Catherine Alves Pereira
Inovação nos ecossistemas de saúde durante a Covid-19: o caso da Vent2life
Vítimas colaterais da Covid-19
Projetos em contexto Covid-19: a unidade de ambulatório e packing da farmácia do CHULC
Seguros para gestores hospitalares
Index nacional do acesso ao medicamento hospitalar
Barómetros de internamentos sociais: mais de 1.500 pessoas internadas de forma inapropriada em 2020
Prémio vai distinguir projetos desenvolvidos no âmbito da resposta à pandemia
Código dos Contratos Públicos
Novos modelos de contratação pública: dos desafios às oportunidades
Medicina de precisão: como promover o tratamento certo, à pessoa certa, no momento certo?
APAH dinamiza partilha de conhecimento e boas práticas em rede
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GH Iniciativa APAH | Barómetro Internamento<br />

BARÓMETROS DE INTERNAMENTOS SOCIAIS<br />

MAIS DE 1.500 PESSOAS<br />

INTERNADAS DE FORMA<br />

INAPROPRIADA EM <strong>20</strong><strong>20</strong><br />

Sara Geraldes<br />

EY Senior Manager - Operational Lead of the Health, Sciences<br />

and Wellness Sector for Advisory Services<br />

Os internamentos sociais (ou inapropriados)<br />

referem-se ao fenómeno<br />

de permanência do doente em ambiente<br />

hospitalar quando o mesmo<br />

já não apresenta sintomatologia clínica<br />

que o justifique. O prolongamento dos dias de<br />

internamento social acarreta impactos quer para a própria<br />

pessoa, quer para o país. O aumento do risco de<br />

infeção, depressão, quedas e agravamento do estado<br />

de dependência, são algumas das complicações clínicas<br />

evitáveis com a diminuição do número e dias de internamentos<br />

sociais.<br />

Adicionalmente, o referido fenómeno repercute-se no<br />

prolongamento da ocupação das camas hospitalares<br />

e, por conseguinte, no aumento dos tempos de espera<br />

para internamentos eletivos e na respetiva degradação<br />

dos cuidados de saúde prestados aos Portugueses.<br />

O Barómetro de Internamentos Sociais é uma iniciativa<br />

anual da Associação Portuguesa de Administradores<br />

<strong>Hospitalar</strong>es (APAH) com o suporte da EY e com<br />

o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Medicina<br />

Interna (SPMI), que pretende monitorizar e caracterizar<br />

os internamentos sociais, bem como os seus<br />

principais motivos.<br />

Este ano, foi desenvolvida a 4ª Edição do Barómetro,<br />

com dados referentes a 18 de fevereiro de <strong>20</strong><strong>20</strong>, a<br />

qual contou com a participação de 40 entidades de<br />

saúde do setor público, distribuídas por todo o país<br />

(entre Portugal Continental e Açores), representando<br />

por sua vez uma taxa de participação de 90% ao<br />

nível do número de camas.<br />

Em <strong>20</strong><strong>20</strong>, foram registados 1.551 internamentos inapropriados,<br />

num total de 17.826 internamentos registados<br />

nas instituições participantes, levando a um índice<br />

de inapropriação de internamento de 8,7% (excluindo<br />

unidades psiquiátricas).<br />

O número registado de internamentos inapropriados<br />

revelou um aumento de cerca de 85% face à edição<br />

de <strong>20</strong>19, sendo este fator reforçado pelo aumento do<br />

número de instituições participantes no Barómetro (de<br />

33 em <strong>20</strong>19, para 40 unidades hospitalares este ano).<br />

Os internamentos inapropriados estão maioritariamente<br />

representados nas regiões de Lisboa e Vale do<br />

Tejo e Norte, que são responsáveis por 81% do total<br />

a nível nacional, sendo que 80% de doentes apresentam<br />

idades acima dos 65 anos.<br />

A falta de resposta da Rede Nacional de Cuidados<br />

Continuados Integrados (RNCCI), bem como a incapacidade<br />

de familiares ou cuidadores, continuam a ser<br />

(à semelhança das edições anteriores) as principais<br />

causas dos internamentos inapropriados. Adicionalmente,<br />

a falta de capacidade das Estruturas Residenciais<br />

Para Idosos (ERPI), incluída pela primeira vez<br />

nesta edição do Barómetro, assume uma expressão<br />

relevante, sendo o terceiro principal motivo dos internamentos<br />

sociais.<br />

Apesar da diminuição da duração média de um internamento<br />

social (de 98,4 dias para 77,4 dias, excluindo<br />

unidades psiquiátricas), o aumento exponencial do<br />

número dos internamentos sociais, juntamente com o<br />

aumento do preço base de internamento (de 2.285€<br />

em <strong>20</strong>19 para 2.759€ em <strong>20</strong><strong>20</strong>) conduziram a um<br />

aumento de 48% da valorização financeira dos internamentos<br />

sociais, passando de 31,5M€ (em <strong>20</strong>19)<br />

para 46,6M€, em <strong>20</strong><strong>20</strong>. A extrapolação deste valor<br />

para um ano, com o pressuposto de que os internamentos<br />

inapropriados se mantêm constantes ao longo<br />

ano, evidencia um impacto estimado superior a 184M€<br />

anuais para o Estado Português.<br />

Tendo em consideração o contexto em que vivemos<br />

atualmente, e o particular aumento da afluência aos<br />

Hospitais, decorrente da Pandemia SARS-CoV-2, a<br />

APAH, a EY e a SPMI voltaram a unir esforços de modo<br />

a realizar o levantamento e caracterização do número<br />

de internamentos inapropriados, à data de 5 de<br />

maio de <strong>20</strong><strong>20</strong>, associado apenas a doentes com Covid-19<br />

que, apesar de já não apresentarem sintomatologia<br />

clínica e estarem elegíveis para alta, permane- }<br />

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