Bauru de todos nós
Livro da Academia Bauruense de Letras em homenagem a Bauru no seu 124º aniversário
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Bauru e seus limites!
Bauru, cidade de nome indígena que chegou nos trilhos
da estrada de ferro.
Cresceu por conta de relógios estrategicamente atrasados.
É cercada por rodovias que se encarregaram de espalhar
seus filhos pelo mundo. Uba-uru, onde um urubu cagou
em cima do baú. Cidade que enviou Ozires aos ares e
Pontes um pouco mais acima. Bauru origem do lanche homônimo
e do termo "batistar". Cidade amaldiçoada por demolir
a igrejinha para dar lugar à Catedral. Abençoada com
a construção do Templo Tenrikyo. Teve explodida a Avenida
Nações Unidas e construiu outras como a Nuno de Assis e a
Getúlio Vargas. Teve sua praça central privada dos animais
que lá viviam; jacarés e outros bichos. E agora lá temos concreto,
cimento e novos bichos.
Muitos estudantes aqui vêm como primeiro passo
rumo a um futuro cada vez mais incerto. Foi daqui o maior
puteiro do Brasil, perdendo apenas para Brasília.
Entre altos e baixos... a Nações inunda em dias de
chuva; e a periferia chora. Na mesma Nações temos nosso
Teatro Municipal, construído onde era o mercado municipal;
passou-se o tempo e cada um "vende seu peixe".
Bauru possui um emblema arquitetônico que é a sua
estação ferroviária, na região central da cidade. E ali tudo se
torna decrépito com o descaso público com o público. E o
público não colabora com o que é público, e reclama do Ministério
Público. Atrelados ao mundo, sofremos como o resto