Bauru de todos nós
Livro da Academia Bauruense de Letras em homenagem a Bauru no seu 124º aniversário
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Este é o jeito de ser bauruense
A história é uma só.
O que muda é a maneira de como se conta ou se
narra.
Como uma grande maioria de pessoas que compõem
a população da cidade de Bauru, também não sou filha da
terra. Sou moradora de acolhida, ou como prefiro dizer:
“Bauruense de Coração”.
E foi assim que me tornei Bauruense. Meus pais, em
setembro de 1954, com as três filhas, chegaram de mudança
à cidade. Na época, Bauru não tinha muito mais do que 50
mil habitantes. Mas já era pujante no cenário interiorano,
com seu comércio e o entroncamento férreo. Conservava
ainda ares e costumes de cidade pequena, como colocar cadeiras
nas calçadas em fins de tardes, para apreciar o movimento
e conversar.
Andava-se muito a pé. Crianças iam para a escola e a
todos os lugares, sozinhas. Tudo muito tranquilo.
Enfim, tudo era feito na sola do sapato e de sombrinha
ou guarda-chuva em punho.
Os muros das residências eram somente linhas de demarcação
da área, e os portões geralmente ficavam abertos.
O respeito era mantido. Não havia invasão de intruso.
Em casas de fachadas limpas, as famílias viviam em
segurança em seus lares e nas ruas.
Tudo era vendido nas portas ou em mercadinhos e
pequenos comércios.