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Revista Apólice #257

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ESPECIAL 25 ANOS

ECONOMIA

Futuro sem

bola de cristal

APÓLICE REUNIU RESPEITÁVEIS

ECONOMISTAS PARA DEBATEREM

A POLÍTICA ADOTADA PELO

GOVERNO NO COMBATE A ATUAL

CRISE, RESULTADO TRÁGICO DA

PANDEMIA DO CORONAVÍRUS.

OS ESPECIALISTAS TAMBÉM

ABORDARAM O PAPEL DO MERCADO

DE SEGUROS NESSE CENÁRIO

SOCIOECONÔMICO CAÓTICO

INSTAURADO NOS ÚLTIMOS MESES

E SEM DATA PARA ACABAR

André Felipe de Lima

O

que um governo precisa fazer

diante de uma devastadora

pandemia como a que assola

o planeta nos últimos meses? Deve

salvar vidas ou blindar a economia?

Qual seria, afinal, a prioridade? O arcabouço

ético e moral que constrói

sociedades e culturas esbarra na incerteza

do que reserva o futuro para

indivíduos e economia mundo afora.

Países da Europa parecem atentos a

esses questionamentos e controlam

paulatinamente a covid-19 ao eleger

logo no começo da crise sanitária uma

política rigorosa de isolamento social

e em escalas devidamente cumpridas

por governantes e cidadãos.

Em meio a danos irreparáveis,

muitas economias começaram a ser

reabertas no Velho Continente. Está

dando certo. Alemães e italianos são a prova cabal de que a vida

vem em primeiro lugar. Na mão inversa dos europeus, os Estados

Unidos, com seu presidente regurgitando um preocupante discurso

negacionista, viram-se isolados internacionalmente. Donald Trump

mudou o tom da fala, mas não impediu o desastroso resultado de

sua política inicial diante do coronavírus. A mais poderosa economia

global lidera o triste ranking mundial de mortos e infectados.

Na América do Sul, o Brasil seguiu à risca a linha americana ao abrir a

economia em meio ao pico de contaminação, que não para de crescer

pelo interior do país. O Brasil tem, atualmente, uma média superior

a mil mortos por dia. Está logo atrás dos americanos na trágica

lista da covid-19. De norte a sul, em todas as cidades, em todos os

estados, o vírus alastrou-se.

Ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento

entre 1985 e 1989 e PhD em economia pela Universidade

de Yale, nos Estados Unidos, Raul Velloso alerta que agora, “mais

que nunca”, estados e municípios dependem de recursos da União.

Mas será que o dinheiro que anseiam está chegando à ponta como

deveria? “Os órgãos governamentais tendem a ser lentos, especialmente

quando se trata de gastar dinheiro”, argumenta Velloso, para

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