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Revista Apólice #257

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ESPECIAL

A hora e a vez do seguro de vida

individual e o papel do corretor

consultor

Rogerio Araujo*

ANOS

Há anos venho me dedicando a disseminar

a cultura do seguro de vida, bem como o

da previdência complementar privada, não

somente junto à população brasileira economicamente

ativa, com o Ciclo de Palestras TGL, a que

chamamos de Despertar de Necessidades, mas

também aos corretores de seguros, os quais considero

o principal canal de distribuição dos seguros

de pessoas.

A adesão, ou melhor, a dedicação dos profissionais

do nosso mercado a esse segmento tão

nobre, sempre foi tímida, já que para obter-se resultados

positivos é necessário o estudo, a disciplina,

a persistência e sem sombra de dúvidas a

resiliência, a capacidade de se adaptar a um novo

cenário, o da consultoria em substituição ao processo

de venda.

Porém o momento do Vida Individual chegou,

bem como já havia chegado o da Previdência

Complementar, e duas situações recentes escancararam

as necessidades, antes ocultas, da população

brasileira, a recente reforma da previdência e a pandemia

pela qual estamos enfrentando, a temida e

desconhecida covid-19.

A incerteza quanto ao nosso futuro financeiro,

o processo de longevidade, a mudança demográfica,

fizeram com que o produto Previdência

Privada deixasse de ser um benefício de acesso de

poucos e passasse a ser um item de necessidade na

cesta básica de qualquer trabalhador, que tenha um

padrão de vida superior a três salários mínimos e,

que projete a sua aposentadoria para mais de 10

anos, já que a reforma da previdência de 2019 não

foi e não será a última.

Já a crise atual, provocada pela covid-19, que

até o momento em que escrevo esse texto, já havia

causado mais de 100 mil mortes no Brasil, trouxe

à população um “test-drive” do medo da perda, da

redução de padrão de vida, da incerteza da força e

possibilidade de geração de renda.

O brasileiro economicamente ativo, provedor

de renda familiar, passou a reconhecer, durante esse

isolamento, qual a sua importância financeira para

sua família, e percebeu, da pior maneira, como será

a vida de sua família, dos seus filhos, se a renda que

ele produz deixar de existir. Muitos tiveram a renda

reduzida, muitos perderam o emprego, profissionais

liberais tiveram uma queda drástica da suas

atividades e tiveram tempo suficiente para entenderem

como a sua falta ou invalidez pode impactar

negativamente os sonhos e projetos familiares, portanto

estão mais preparados para o nosso mercado

segurador, buscam por proteção.

Porém, como citado anteriormente, ao mesmo

tempo que temos uma oportunidade, demanda

pelo mercado, o nível de exigência na qualidade do

atendimento é cada dia maior, todos nós passamos

a ter, ainda mais, acesso a informações, o mundo é

digital, o mundo é online, e não compramos mais

baseados nas ofertas que nos fazem, mas sim em

nossas necessidades.

O corretor, o profissional do mercado de seguros,

deve estar preparado para atuar como um

consultor, o foco deve ser “entregar soluções” e não

vender produtos, e essas soluções devem estar alinhadas

e mensuradas com as necessidades dos segurados.

Enfim, em um mundo digital e cada dia mais

online, o relacionamento e a preocupação com o

próximo, com o segurado, é que fará toda a diferença

entre quem vai permanecer nesse mercado

e obter sucesso e aquele que aos poucos perderá

representatividade.

Mais do que nunca a frase do grande Professor

Marins fará sentido, “a intermediação que não

agrega valor, perde o sentido de existir”.

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