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Revista Apólice #261

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educação financeira é essencial para que uma sociedade prospere,

para que as pessoas possam realmente ter uma vida futura de forma

planejada. Quando você tem também um ambiente de crédito

sendo oferecido fartamente pelas instituições, a percepção é muitas

vezes equivocada de que os juros estão baratos. Está barato em

relação a quê? Está barato em relação ao passado. Não é barato.

Então, isso precisa entrar no exercício cotidiano das famílias, das

pessoas, de quanto isso impacta na sua renda. Qual o nível de sua

renda que já está comprometida com itens essenciais? Alimentação,

transporte, vestuário, educação, saúde... é muito comum perceber

famílias irem assumindo compromissos contando com melhores

dias ali na frente e vem um ambiente desses de isolamento

social que tira o chão. Esse choque é educativo.”

Bittar faz, entretanto, uma ressalva: é preciso difundir ainda

mais entre os corretores a capacitação como agende de distribuição

do mercado financeiro. “Acho muito ruim, em todas as situações, se

generalizar. Se nós temos hoje 100 mil corretores atuantes no Brasil,

não é de se imaginar que estes 100 mil se transformarão em agentes

autônomos de investimento. Não. Mais uma vez é uma oportunidade

que se cria, uma oportunidade que se disponibiliza, mas somente

um extrato desse universo é que vai buscar. ”, afirma Bittar,

que completa: “O corretor, primeiramente, precisa ter o desejo de

atuar também nesse segmento. A partir do momento em que tem

esse desejo, que identifica na sua carteira de clientes oportunidades

de atuação nesse seguimento, ele terá de adquirir conhecimento,

buscar aprendizado, e aí é só o cotidiano, o dia a dia, o êxito que

ele possa ter nessa empreitada é que vai fazer vingar ou não. Eu,

pessoalmente, não me interessei pela matéria, mas meu filho se interessou.”

A ENS participa ativamente da Semana Nacional da Educação

Financeira. No dia 24, a escola promoveu uma live em seu canal

no YouTube sobre o tema Cuidando das suas finanças, com o

professor da ENS e especialista no assunto Ildebrando Neres Júnior.

Além disso, há diversos cursos afinados com a educação financeira,

como Gestão Financeira, Mercado Financeiro, Análise Financeira e

de Investimentos, Cenários Econômicos e Tendências, Finanças e Investimentos,

Finanças Pessoais em Tempos de Crise e Planejamento

da Aposentadoria. Além da grade que incorpora premissas da Enef,

a ENS estimula o corretor de seguros a perceber as oportunidades

de negócios que tem com seus clientes, tornando-se um consultor

financeiro, um agente autônomo de investimento. “São cursos nos

quais a escola prepara os profissionais de mercado para atuarem assim”,

diz Bittar.

Para ele, o seguro em si é item indissociável da educação financeira.

“O que quero dizer com isso? Se você consegue adquirir

um automóvel, tem de se considerar que a preservação desse patrimônio

é um custo adicional. Tem que colocar numa planilha, além

das obrigações fiscais, emplacamento, tudo mais, nós temos de colocar

na planilha o seguro, pondera Bittar.

Para Serebrinic, da Mapfre, o corretor tem um papel essencial

nessa jornada para mostrar ao consumidor as possibilidades de proteção

disponíveis, com o cuidado de apresentar uma oferta personalizada.

Diante disso — enfatiza o executivo —, torna-se ainda mais

fundamental o papel consultivo do corretor,

de verdadeiro parceiro e educador

financeiro do cliente. Para isso, o corretor

precisa se preparar, conhecer as melhores

soluções de proteção e investimentos e

recomendar aos seus clientes. “Além disso

precisa conhecer de legislação, como

a nova previdência, e como funciona a dinâmica

do mercado financeiro. No final, o

que o cliente quer é alguém para se consultar

e confiar, e que sempre esteja atualizado

com os novos acontecimentos do

mercado e que ajude o cliente a tomar as

melhores decisões”, diz Serebrinic.

A VOZ DE QUEM ESTÁ NA

LINHA DE FRENTE

Com muitos anos de experiência

no mercado, a corretora Sonia Marra, não

abre mão dos conceitos de educação financeira

em seu dia a dia profissional.

“Apesar de não ser uma tarefa fácil no dia

a dia, empregar conceitos da educação financeira

nos permite provisionar melhor

os custos e alcançar os objetivos. Educação

financeira envolve fatores financeiros

e emocionais, nos ajuda a avaliar se

a compra de determinado produto ou

serviço é realmente necessária. É notório

que quando controlamos receitas e despesas

no orçamento, conseguimos economizar

para investir, o que nos permite

um futuro com mais tranquilidade.”

Para a experiente corretora, aprender

com situações adversas é o que previne

a todos de cometer os mesmos erros

no futuro: “Com a crise da Covid-19, muitos

brasileiros viram seus salários reduzidos

ou até mesmo suspensos. Buscar

proteção financeira através de seguros

passou a ser uma alternativa para compor

o planejamento”. O mercado de seguros

brasileiro, embora com indicadores ainda

abaixo do que realmente possa atingir,

comprometeu-se com essa premissa, e

vem atuando para incluir, definitivamente,

o seguro na pauta econômica do país.

Educação financeira e seguros tornaram-

-se premissas indissociáveis de qualquer

estratégia de mercado e, especialmente,

de sustentação para que o brasileiro olhe

para seu futuro com a convicção de dias

tranquilos e mais felizes.

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