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educação financeira é essencial para que uma sociedade prospere,
para que as pessoas possam realmente ter uma vida futura de forma
planejada. Quando você tem também um ambiente de crédito
sendo oferecido fartamente pelas instituições, a percepção é muitas
vezes equivocada de que os juros estão baratos. Está barato em
relação a quê? Está barato em relação ao passado. Não é barato.
Então, isso precisa entrar no exercício cotidiano das famílias, das
pessoas, de quanto isso impacta na sua renda. Qual o nível de sua
renda que já está comprometida com itens essenciais? Alimentação,
transporte, vestuário, educação, saúde... é muito comum perceber
famílias irem assumindo compromissos contando com melhores
dias ali na frente e vem um ambiente desses de isolamento
social que tira o chão. Esse choque é educativo.”
Bittar faz, entretanto, uma ressalva: é preciso difundir ainda
mais entre os corretores a capacitação como agende de distribuição
do mercado financeiro. “Acho muito ruim, em todas as situações, se
generalizar. Se nós temos hoje 100 mil corretores atuantes no Brasil,
não é de se imaginar que estes 100 mil se transformarão em agentes
autônomos de investimento. Não. Mais uma vez é uma oportunidade
que se cria, uma oportunidade que se disponibiliza, mas somente
um extrato desse universo é que vai buscar. ”, afirma Bittar,
que completa: “O corretor, primeiramente, precisa ter o desejo de
atuar também nesse segmento. A partir do momento em que tem
esse desejo, que identifica na sua carteira de clientes oportunidades
de atuação nesse seguimento, ele terá de adquirir conhecimento,
buscar aprendizado, e aí é só o cotidiano, o dia a dia, o êxito que
ele possa ter nessa empreitada é que vai fazer vingar ou não. Eu,
pessoalmente, não me interessei pela matéria, mas meu filho se interessou.”
A ENS participa ativamente da Semana Nacional da Educação
Financeira. No dia 24, a escola promoveu uma live em seu canal
no YouTube sobre o tema Cuidando das suas finanças, com o
professor da ENS e especialista no assunto Ildebrando Neres Júnior.
Além disso, há diversos cursos afinados com a educação financeira,
como Gestão Financeira, Mercado Financeiro, Análise Financeira e
de Investimentos, Cenários Econômicos e Tendências, Finanças e Investimentos,
Finanças Pessoais em Tempos de Crise e Planejamento
da Aposentadoria. Além da grade que incorpora premissas da Enef,
a ENS estimula o corretor de seguros a perceber as oportunidades
de negócios que tem com seus clientes, tornando-se um consultor
financeiro, um agente autônomo de investimento. “São cursos nos
quais a escola prepara os profissionais de mercado para atuarem assim”,
diz Bittar.
Para ele, o seguro em si é item indissociável da educação financeira.
“O que quero dizer com isso? Se você consegue adquirir
um automóvel, tem de se considerar que a preservação desse patrimônio
é um custo adicional. Tem que colocar numa planilha, além
das obrigações fiscais, emplacamento, tudo mais, nós temos de colocar
na planilha o seguro, pondera Bittar.
Para Serebrinic, da Mapfre, o corretor tem um papel essencial
nessa jornada para mostrar ao consumidor as possibilidades de proteção
disponíveis, com o cuidado de apresentar uma oferta personalizada.
Diante disso — enfatiza o executivo —, torna-se ainda mais
fundamental o papel consultivo do corretor,
de verdadeiro parceiro e educador
financeiro do cliente. Para isso, o corretor
precisa se preparar, conhecer as melhores
soluções de proteção e investimentos e
recomendar aos seus clientes. “Além disso
precisa conhecer de legislação, como
a nova previdência, e como funciona a dinâmica
do mercado financeiro. No final, o
que o cliente quer é alguém para se consultar
e confiar, e que sempre esteja atualizado
com os novos acontecimentos do
mercado e que ajude o cliente a tomar as
melhores decisões”, diz Serebrinic.
A VOZ DE QUEM ESTÁ NA
LINHA DE FRENTE
Com muitos anos de experiência
no mercado, a corretora Sonia Marra, não
abre mão dos conceitos de educação financeira
em seu dia a dia profissional.
“Apesar de não ser uma tarefa fácil no dia
a dia, empregar conceitos da educação financeira
nos permite provisionar melhor
os custos e alcançar os objetivos. Educação
financeira envolve fatores financeiros
e emocionais, nos ajuda a avaliar se
a compra de determinado produto ou
serviço é realmente necessária. É notório
que quando controlamos receitas e despesas
no orçamento, conseguimos economizar
para investir, o que nos permite
um futuro com mais tranquilidade.”
Para a experiente corretora, aprender
com situações adversas é o que previne
a todos de cometer os mesmos erros
no futuro: “Com a crise da Covid-19, muitos
brasileiros viram seus salários reduzidos
ou até mesmo suspensos. Buscar
proteção financeira através de seguros
passou a ser uma alternativa para compor
o planejamento”. O mercado de seguros
brasileiro, embora com indicadores ainda
abaixo do que realmente possa atingir,
comprometeu-se com essa premissa, e
vem atuando para incluir, definitivamente,
o seguro na pauta econômica do país.
Educação financeira e seguros tornaram-
-se premissas indissociáveis de qualquer
estratégia de mercado e, especialmente,
de sustentação para que o brasileiro olhe
para seu futuro com a convicção de dias
tranquilos e mais felizes.
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