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O próximo desafio da empresa é co-relacionar os produtos,
entendendo como o cliente entra na plataforma e quais produtos
realmente fazem sentido para a realidade de cada um. A Ciclic quer
sair deste movimento de ofertar tudo para todo mundo. Seu objetivo
é direcionar campanhas programáticas, utilizando Inteligência
Artificial e um bot automatizado para venda via WhatsApp - já em
funcionamento.
“O cliente chega até a empresa e cota algum produto, posteriormente
nós fazemos um contato automaticamente para direcioná-lo
na jornada de quatro dos nossos produtos: saúde, viagem,
celular e residencial”. A venda automatizada esta sendo ‘treinada’
para ficar cada vez mais inteligente, entendendo as demandas dos
clientes.
A empresa oferece também um aplicativo de carteira de seguros,
que guarda os dados e faz a gestão da carteira de apólices do
consumidor. Isso dentro de todas as normas da Lei Geral de Proteção
de Dados. O cliente baixa o aplicativo na loja da sua operadora
e compartilha os dados das suas apólices com a Ciclic - que sobe
as informações de forma estruturada. A Ciclic informa vencimentos,
gama de produtos, permite que o cliente acione suas apólices diretamente
do App - independente da seguradora e corretora que vendeu
o produto etc. Sempre visando conveniência para os usuários.
A base de informações que a Ciclic acumula será útil para entender
cada tipo de pessoa. “O mercado tratava todo mundo como
igual. Depois, com o questionário de avaliação de risco, ele passou
a tratar em grupos, mas a tendência é partir para o atendimento
customizado e com precificação personalizada”, avalia Swierczynski.
Este movimento é imprescindível pois a penetração do mercado
de seguros na sociedade ainda é muito baixa, porque as pessoas
não conhecem o modelo ou não encontram produtos que verdadeiramente
atendam às suas necessidades. O CEO sentencia: “o
produto tem que ser compatível com as necessidades de cada um”.
COMO SERÁ O FUTURO?
Apesar de algumas pessoas crerem que os mais jovens são
menos preocupados, isso não é uma verdade absoluta, principalmente
no período pós-pandemia. Segundo Swierczynski, para atrair
a atenção das pessoas, é preciso mostrar o produto de forma clara e
transparente - demonstrando por que o cliente deveria contratá-lo
- que problema este produto resolve na vida dele? “O caminho natural
do cliente quando pensa em adquirir um produto é procurar nas
redes de busca - e aí entra a mídia programática - onde buscamos
aparecer para aqueles consumidores que tem o perfil dos nossos
clientes, onde acreditamos que podemos ser relevantes para ele.
Assim, ele é atraído para a página da Ciclic e, conseguimos mostrar
os principais atributos dos nossos produtos. Importante também
sempre evoluirmos no ranking orgânico das buscas, pois os clientes
estão começando a entender que estas são as empresas mais relevantes
do segmento.
“Nós vamos criar um Índice de Proteção Ciclic, para indicar
qual a necessidade de cada cliente, apresentando a ele as alternativas
possíveis e desejáveis”. A pandemia trouxe a preocupação de
que as pessoas precisam se preparar para o imponderável - que não
RAPHAEL SWIERCZYNSKI, da Ciclic
conseguimos controlar tudo ao nosso redor.
Por isso, no pós-pandemia os consumidores
devem buscar ainda mais sobre
as possibilidades de proteção. Além dos
seguros relacionados à vida, a cobertura
para saúde será ainda mais demandada,
principalmente porque as pessoas sentiram
na pele a diferença de se ter acesso
a saúde através de um plano privado e o
surgimento de novas alternativas, como
da própria Ciclic, abriram novas oportunidades
para a maior parte da população.
“Fora das grandes operadoras, o
mercado de saúde despertou para essa
parcela de aproximadamente 80% das
pessoas que não têm plano de saúde.
Este é um setor que vai crescer muito,
principalmente com o surgimento de
novas healtechs. Elas trazem em seu escopo
novidades que podem incluir novos
consumidores ao setor de saúde”, prevê
Swierczynski.
As pessoas migraram para o digital
e a pandemia foi um fator de aceleração
para esta tendência, que deve continuar
em 2021. “Vejo que produtos por demanda
(pay per use) e os riscos cibernéticos
para pessoas físicas devem ser tendência
também, pelo risco de fraudes usando as
informações que todos nós carregamos
nos nossos celulares frequentemente”,
avalia o CEO da Ciclic. O digital traz como
desafio atrair mais consumidores para o
mundo dos seguros, entendendo os diferentes
perfis, simplificando a jornada do
cliente e oferecendo produtos mais aderentes
às suas necessidades”.
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