Revista Newslab Edição 164
Revista Newslab Edição 164 - Março 2021
Revista Newslab Edição 164 - Março 2021
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evista
Editorial
Estimado leitor,
Nesta edição, publicada no mês das
mulheres, gostaríamos de homenagear
e parabenizar todas as clientes, leitoras,
anunciantes, autoras e colaboradoras que
fazem parte da nossa história e reconhecer
todas as grandes mulheres que fizeram e
fazem parte de tudo que somos hoje no
universo da medicina diagnóstica.
Temos grandes nomes como Gertrude
Elion, a bioquímica americana que
ganhou um Prêmio Nobel de Medicina
em 1988 por desenvolver medicamentos
cruciais para o tratamento da leucemia. No
decorrer do seu trabalho, Elion descobriu
importantes princípios da quimioterapia.
Saudações também a Françoise
Barré-Sinoussi, a virologista francesa
que descobriu a existência do HIV.
Em 1983, ela publicou na revista
Science a descrição completa do
vírus da imunodeficiência adquirida
quando, até então, a doença ainda
não havia se tornado uma epidemia. O
reconhecimento chegou em 2008 com o
Prêmio Nobel de Medicina.
Nossos cumprimentos a todas as
mulheres, que com suas lutas marcam
posição na criação de novos caminhos
para a sociedade.
A edição 164 traz um artigo
fantástico escrito pela Dra. Rachel
Siqueira de Queiroz Simões onde
ela discorre sobre a emergência de
viroses zoonóticas através da interface
homem e as distintas espécies, sobre
a potencial transmissibilidade, taxa de
recombinação genômica e adaptação
em novo hospedeiro. Relata também, as
semelhanças das pandemias do passado
com o nosso presente.
Infelizmente ainda não temos
grandiosas notícias de melhora com
relação a pandemia no mundo, pior, há
um cenário de agravamento!
Pensei que evoluiríamos devagar
devido a morosidade da vacinação, mas
retroceder, jamais!
Continuo desejando fortemente que suas
esperanças não se esgotem, que possamos
Ano 28 - Edição 164 - Março 2021
seguir em frente nos protegendo e
protegendo todos ao nosso redor com
atos responsáveis, sempre firmes em
busca de dias melhores.
A vida não pode parar!
Continuem conectados a nossa
multiplataforma de comunicação para
ter acesso ao que há de melhor sobre o
diagnóstico laboratorial.
Luciene Almeida
Editora Chefe
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,
acessem nossas redes sociais:
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Ano 28 - Edição 164 - Março 2021
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em produção
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Ano 28 - Edição 164 - Março 2021
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A Revista Newslab, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para
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Filiado à:
0 4
Índice remissivo de anunciantes
ordem alfabética
revista
Ano 28 - Edição 164 - Março 2021
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.
BECKMAN COULTER - DIV. LIFE SCIENCE 07
BIOCON 51
BIOTÉCNO 21
BUNZL SAÚDE 05
CELER 124-125
CELLAVISION 79
CEPHEID CAPA | 59
DB DIAGNÓSTICOS 4ª CAPA | 93
DIAGNO 122-123
DIAGNÓSTICA CREMER 31
EBRAM 107
EQUIP 73 | 83
EQUIPNET 121
ERBA 91
EUROIMMUN 135
FIRSTLAB 37
GREINER 71 | 137
GRIFOLS 11
GT GROUP 49
HERMES PARDINI 62-63
HORIBA 2ª CAPA | 139
J. R. EHLKE&CIA 08-09 | 40-44
KOLPLAST 47 | 95
LABORLINE 13
LABTEST 155
LUMIRADX 99
MEDLEVENSOHN 143
MGI AMERICA 147
MOBIUS LIFE SCIENCE 103
NEWPROV 117
NIHON KOHDEN 113
NIHON KOHDEN DISTRIBUIDORES 34-35
PMH PRODUTOS 87
PNCQ 161
PRIME CARGO
3ª CAPA
QIAGEN 141
RENYLAB 105
SARSTEDT 151
SIEMENS 109
SNIBE 27
TBS -BINDINGSITE 67
TG ENERGIA 89
VEOLIA 157
VIDA BIOTECNOLOGIA 03
VYTRA DIAGNÓSTICOS 16-17
WAMA 69
Conselho Editorial
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.
Colaboraram nesta Edição:
Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Suzimara Tertuliano, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva, Regina Paula Soares Diego,
Alexandre Freire Rocha Gomes, Laila de Menezes Cardoso Vieira, Maria Soares, Caio Santos de Souza, Giovana Santos Caleiro, Camila Malta Romano, Diego Lasier Mendes, Eloir Dutra Lourenco,
Brunno Câmara e Luciana Chavasco.
0 6
ÍNDICE
revista
Ano 28 - Edição 164 - Março 2021
MATÉRIA DE CAPA
54
Sistema GeneXpert®
Simples, Rápidos e precisos.
A melhor escolha em diagnósticos
moleculares.
12
ARTIGO CIENTÍFICO I
PANDEMIAS E AS PLATAFORMAS
TECNOLÓGICAS VACINAIS
24
ARTIGO CIENTÍFICO II
ATENDIMENTO PEDIÁTRICO EM LABORATÓRIO
Autores: Mauren Isfer Anghebem; Geraldo Picheth;
Fabiane Gomes de Moraes Rego.
Autoras: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce
Carvalho Negreiros; Kelen Cristina da Silva.
02
60
75
86
94
96
102
112
114
116
118
120
163
- Editorial
- Automação em Análises Clínicas
- Bancos de Sangue
- Medicina Genômica
- Logística Laboratorial
- Marketing em Saúde
- Lady News
- Hematologia
- Análises Clínicas
- Citologia
- Biossegurança
- Informe de Mercado
- Pathocordel
32
ARTIGO CIENTÍFICO III
PERFIL DA POPULAÇÃO SUBMETIDA A
ANÁLISE SERIADA DE ENZIMAS CARDÍACAS
COMO BIOMARCADORES DO INFARTO AGUDO
DO MIOCÁRDIO
45
GESTÃO LABORATORIAL
REFLEXÕES SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA
NOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS
68
MINUTO LABORATÓRIO
VALIDAÇÃO DE ENSAIOS
EM ANÁLISES CLÍNICAS
Autores: Bruno de Souza Mayer, Carolina
Mallmann Wallauer de Mattos.
Autor: Humberto Façanha.
Autoras: Fábia Bezerra;
Mariana M. Zanotto de Araújo.
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ARTIGO CIENTÍFICO I
PANDEMIAS E AS PLATAFORMAS
TECNOLÓGICAS VACINAIS
PANDEMICS AND VACCINES TECHNOLOGICAL PLATFORMS
* Imagem ilustrativa
Autora:
Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1
1 Fundação Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro.
Resumo
Diversos estágios evolutivos para a emergência de
viroses zoonóticas e reemergência dessas enfermidades
são um ponto crucial na interface do homem com
distintas espécies. A introdução de um novo patógeno
de uma espécie para outra sinaliza o grande potencial
de transmissibilidade com elevada taxa de recombinação
genômica e uma resposta rápida de adaptação no
novo hospedeiro. Associado a esse contexto de transição
entre a história das pandemias e as plataformas tecnológicas
dos possíveis candidatos vacinais, em conjunto
com inúmeras biofarmacêuticas na pesquisa mundial,
descortinam antigas questões no âmbito da saúde pública.
O cenário das pandemias perpassando pela praga
de Justiniano, a peste negra do século XIV, a descoberta
da variolização, a gripe russa, espanhola e a gripe suína
são pandemias que deixaram legados históricos e
apresentam semelhanças ao coronavírus, SARS, MERS e
SARS-CoV-2.
Palavras-Chave: Coronavírus, Pandemias, Plataformas
Tecnológicas, SARS-CoV-2, Vacinas.
Abstract
Several evolutionary stages for the emergence of
zoonotic viruses and reemergence of these diseases
are a crucial point in the interface between man and
different species. The introduction of a new pathogen
from one species to another signals the great potential
for transmissibility with a high rate of genomic
recombination and a rapid adaptation response in the
new host. Associated with this context of transition
between the history of pandemics and the technological
platforms of possible vaccine candidates, together
with numerous biopharmaceuticals in world research,
they reveal old issues in the field of public health. The
scenario of pandemics passing through the plague of
Justinian, the black plague of the 14th century, the
discovery of variolization, the Russian Flu, Spanish Flu
and Swine Flu are pandemics that left historical legacies
and show similarities to coronavirus, SARS, MERS
and SARS-CoV-2.
Keywords: Coronavirus, Pandemics, Technological Platforms,
SARS-CoV-2, Vaccines..
0 12
Revista NewsLab | Março 2021
ARTIGO CIENTÍFICO I
Introdução
O termo imunidade de rebanho, do inglês
herd immmunity e a preocupação
rio da pandemia do novo coronavírus
com estratégias de autoconfinamento
voluntário motivado pelas condições
XIX, a Peste reapareceu e dizimou
entre 75 a 200 milhões de pessoas
(Rodrigues, 2020).
de disponibilidade de vacinas que da-
preventivas (Sanar, 2020).
tam do século XVIII transitam historica-
O impacto nas melhorias de hi-
mente sobre a saúde pública até os dias
Peste Bubônica (séc XIV)
giene e saneamento das cidades foi
atuais. O desenvolvimento tradicional
A Peste Bubônica, conhecida po-
diretamente proporcional a diminui-
e acelerado das plataformas clássicas
pularmente como Peste Negra, foi a
ção populacional de ratos urbanos. E
e de nova geração de vacinas contra o
primeira grande pandemia de que se
desse modo, acredita-se que a Peste
SARS-CoV-2 passando pelo escalona-
tem conhecimento. Não há consenso
Bubônica atingiu a curva descenden-
mento de doses, segurança e eficácia
quanto ao número de mortos, mas
te. A cidade de Veneza, na Itália foi
são tópicos que serão abordados no
estima-se que aproximadamente um
considerada o Epicentro Europeu da
decorrer do artigo. O objetivo central é
terço da população europeia foi dizi-
Peste Bubônica. E a origem do termo
revisitar o passado das pandemias para
mada pela peste em meados do sécu-
“quarentena” parece ter sido herda-
uma analogia com a pandemia presen-
lo XIV. Entre os anos de 1343 a 1353 na
do por inspiração bíblica pelo tempo
te no que tange às novas variantes e as
Idade Média, mais de 50 milhões de
de isolamento de 40 dias que Jesus
vacinas em desenvolvimento.
pessoas foram acometidas na Europa,
Cristo passou na sua travessia pelo
Ásia e Norte da África. Naquela época
deserto. Além de ter sido documen-
A praga de Justiniano
era comum os médicos utilizarem um
tado no Velho Testamento da Bíblia
Em 541-544 d.c surgiu no Egito uma
tipo de máscara similar ao bico de tu-
como tempo de isolamento para
enfermidade que um ano após o rei-
cano para se protegerem da transmis-
surtos de hanseníase na antiguida-
nado do bizantino Justiniano chegou
são e eram comumente chamados de
de. Outras linhas, acreditam que o
à capital do Império, Bizâncio (atual
médicos da peste. Os sintomas eram
termo quarentena foi originário da
Istambul), o qual deu-se o nome de
similares de uma gripe forte, com
prática de restringir a circulação livre
Praga de Justiniano. Responsável por
febre, calafrios e dores musculares,
de pessoas, não apenas por isolar os
assolar cerca de 5.000 a 10.000 víti-
também apresentavam inchaço dos
doentes daqueles sãos como tam-
mas por dia, o imperador Justiniano
gânglios linfáticos, e manchas pretas
bém impedir o desembarque de na-
superou a doença e continuou gover-
ao redor da pele. A epidemia medie-
vios ao porto (Sanar, 2020).
nando por mais uma década. É sur-
val foi causada por uma bactéria, a
preendente que cenas de uma pan-
Yersinia pestis, transmitida por meio
Gripe Espanhola (séc XX)
demia de 1.500 anos atrás se repetem
de pulgas que infestavam os ratos e
Com estimativa entre 17 e 100 mi-
até os dias de hoje remetendo o cená-
outros roedores. No início do século
lhões de mortos ao redor de todo o
0 14
Revista NewsLab | Março 2021
Autor: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões.
mundo, a Gripe Espanhola infectou
27% da população mundial e milhares
de pessoas no Brasil. O vírus
tinha procedência da Europa, e
chegara no Brasil a bordo do navio
Demerara, um transatlântico que
desembarcou em setembro de 1918
passageiros infectados no Recife,
Salvador e Rio de Janeiro (Rodrigues,
2020; Sanar, 2020).
Funcionários inspecionam limpadores de rua durante a gripe espanhola em Chicago em 1918.
Arquivo Bettmann / Bettmann
ARTIGO CIENTÍFICO I
No Brasil, mais de 35 mil pessoas
infectadas vieram a óbito inclusive o
próprio presidente da época Rodrigues
Alves se infectou e faleceu em
1919, antes de assumir a presidência
pela segunda vez. Sua notoriedade
de figura histórica deve-se ao fato
que Rodrigues Alves foi o governante
que mais combateu as epidemias
no Brasil. Esteve liderando o governo
de São Paulo, enfrentou a varíola e a
peste bubônica. Além disso fundou o
Instituto Butantan, pioneiro do país
em soros e vacinas com o médico Vital
Brazil na linha de frente. O líder
que esteve na Presidência da República
entre os anos de 1902 a 1906,
saneou o Rio de Janeiro, acabou com
a Febre Amarela e instituiu a obrigatoriedade
da vacina contra a varíola,
o que deu origem à Revolta da Vacina
em 1904 com cientista Oswaldo Cruz
no comando do Instituto Soroterápico
Federal, atual Fundação Oswaldo
Cruz (Rodrigues, 2020; Sanar, 2020).
Com a falta de medicamentos para
controlar a pandemia, anúncios de
remédios milagrosos começaram
a surgir desde a oferta a água tônica
de quinino a balas à base de
ervas, de purgantes a fórmulas com
canela. A procura era tão grande
que as farmácias se aproveitaram
da situação e levaram os preços às
alturas. A prefeitura da cidade do
Rio de Janeiro reagiu tabelando o
preço dos remédios. Em São Paulo,
a população recorreu a um remédio
caseiro de cachaça com limão e
mel. E segundo o Instituto Brasileiro
da Cachaça acredita-se que esse
episódio se deve ao surgimento da
caipirinha. Em 1918, ainda em São
Paulo, uma das peças de maior sucesso
no teatro paulista chamou-se
A Caipirinha (Rodrigues, 2020; Sanar,
2020).
Das marchinhas aos carros alegóricos,
o tema da festa: o “chá da
meia-noite” - que não bota medo
em mais ninguém, foi tema do
Carnaval de 1919 quando os cariocas
caíram na folia em blocos de
rua e bailes comemorando o fim
da gripe espanhola. Curiosamente,
houve a lenda do “chá da meia-
-noite” onde uma multidão morria
todos os dias, e começava a correr
a história de que a Santa Casa
de Misericórdia do Rio de Janeiro,
para abrir novos leitos, acelerava
Revista NewsLab | Março 2021
0 15
Autor: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões.
ARTIGO 01
a morte dos doentes em estado
terminal. Isso se daria por meio de
um chá envenenado administrado
primeira a ser documentada com
proliferação inicial de duas semanas
sobre o Império Russo, e chegando
reduzir as chances de o indivíduo
adquirir a forma grave e letal da varíola.
Em 1774, o fazendeiro inglês
aos pacientes na calada da noite.
até a cidade do Rio de Janeiro aon-
Benjamin Jesty inoculou a esposa
Os jornais apelidaram o hospital
de aproximadamente um milhão de
e filhas na tentativa de protegê-
de “Casa do Diabo” (Rodrigues,
pessoas morreram por conta de um
-las. Entretanto, em 14 de maio
2020; Sanar, 2020).
subtipo de Influenza A (Sanar, 2020).
de 1796 o fluido da ordenhadora
Sarah Nelmes foi inoculado por
Um dos marcos históricos depois da
Gripe Suína (séc XXI)
Edward Jenner no braço do menino
Primeira Guerra Mundial foi a criação
Foi denominada a primeira pande-
de 8 anos de idade chamado James
da Liga das Nações, com suas res-
mia do século 21. O vírus Influen-
Phipps. Dois anos mais tarde, em
pectivas áreas sanitárias. Em 1902,
za - uma variação do vírus H1N1,
1798, a descoberta foi publicada e
houve o surgimento da Organização
documentado em 2009 no México
houve resistência da comunidade
Pan-Americana da Saúde (OPAS),
foi identificado em suínos, e se es-
médica alegando que a população
que foi um passo importante para
palhou rapidamente pelo mundo,
se tornaria híbrido homem e parte
fundar a Organização Mundial de
matando mais de 18 mil pessoas. No
bovino. Assim, Louis Pasteur propôs
Saúde (OMS) em 1948.
Brasil, o primeiro caso foi confirmado
o termo “vacina” oriundo da palavra
em maio do mesmo ano e, no fim de
vacca e por esse feito, no século
Assim a gripe espanhola deixou um
junho de 2009, cerca de 627 pessoas
XVIII o médico inglês Edward Jen-
legado histórico com o nascimento
já estavam infectadas. A gripe suína
ner ficou conhecido como o Pai da
do Ministério da Saúde em 1930, an-
era transmitida a partir de gotículas
Vacinologia.
tigo Ministério dos Negócios da Saú-
respiratórias no ar e em superfícies
de e da Educação Pública, e o surgi-
contaminadas e apresentava sinto-
A varíola é uma das doenças mais
mento do Sistema Único de Saúde
mas equivalentes de gripe como fe-
antigas descrita por mais de 3 mil
(SUS), previsto na Constituição de
bre, tosse, dor de garganta, calafrio e
anos atrás. Relatos descrevem que
1988 (Rodrigues, 2020).
dor no corpo (Rodrigues, 2020).
o faraó egípcio Ramsés II morreu
vítima do vírus juntamente com
Gripe Russa (séc XVI)
Varíola
cerca de 300 milhões de pessoas
Em 1580 houve relatos da primeira
O termo variolização é designado
acometidas desde 1796 até 1980
pandemia de gripe, que se espalhou
aos fluidos provenientes de lesões
com a campanha de vacinação em
pela Ásia, Europa, África e Améri-
de pessoas doentes que eram ino-
massa para erradicação da doença
ca. Já em 1889, a Gripe Russa foi a
culados em pessoas sadias para
(Rodrigues, 2020).
0 18
Revista NewsLab | Março 2021
Coronavírus: SARS-CoV e MERS-CoV
Epidemias recentes datam de
2002/2003 quando foram identifica-
Nidovirales, subordem Cornidovirineae
com duas subfamílias, Letovirinae
e Orthocoronavirinae pertencentes à
demonstra que o primeiro registro
do novo coronavírus teve origem em
Wuhan, província da China especifica-
ARTIGO 01
dos os primeiros casos de infecção da
família Coronaviridae, presentes em
mente no mercado de peixes e maris-
Síndrome Respiratória Aguda Grave
quatro gêneros e 24 subgêneros que
cos, local do foco da epidemia (Sironi
(SARS-CoV) na China acometendo 650
acometem diversas espécies.
et al., 2020).
indivíduos levando ao óbito. O SAR-
S-CoV é um vírus recombinante que
Os membros da subfamília Orhtho-
Existem diversos estágios evolutivos
circulou em civetas (Paguna larvata) e
coronavirinae infectam mamíferos,
para a emergência das viroses zoonó-
adaptou-se em humanos. Em 2003, o
aves e peixes pertencentes a quatro
ticas e propagação entre a interface
SARS-CoV surgiu a partir de recombi-
gêneros: Alphacoronavirus (feline
do homem com espécies diferentes. O
nações entre o coronavírus de morce-
infectious peritonitis virus - FIPV,
grande potencial de transmissibilidade,
gos do gênero Phinolopus sendo o hos-
Rhinolophus bat coronavirus - HKU2)
a rápida adaptação em novos hospe-
pedeiro natural da transmissão viral.
e Betacoronavirus (SARS-CoV cepas
deiros, a alta taxa de mutação gênica,
GD02 da fase inicial da infecção em
a elevada taxa de recombinação e o
Em 2012 foi identificada pela primei-
humanos e SZ3 originário de civetas,
tamanho do genoma são alguns dos
ra vez na Arábia Saudita a Síndrome
SARS-CoV cepa hTor02 de humanos
fatores que caracterizam o fenômeno
Respiratória do Oriente Médio, do in-
durante as fases moderada e tardia da
conhecido como spillover do SARS-
glês Middle East Respiratory Syndrome
infecção viral, morcego SARS-asso-
-CoV-2, traduzido como “derrama-
Coronavirus - MERS-CoV. A partir de
ciado coronavírus (SARSr-CoV) cepa
mento” ou “salto” com a introdução de
morcegos, o vírus se adaptou a dro-
WIV1, MERS-CoV e vírus da hepatite
um novo vírus de uma espécie para se
medários e passou a infectar humanos
de camundongo (MHV) que aco-
adaptar em outra espécie hospedeira
ocasionando mais de 800 mortes no
metem os mamíferos, e os gêneros
(Rodriguez-Morales et al., 2020; Nunez
Oriente Médio (Barth & Simões, 2019).
Gammacoronavirus (vírus da bronqui-
et al., 2020).
te infecciosa (IBV) e Deltacoronavirus
Novo coronavírus: SARS-CoV-2
(bulbul coronavirus HKU11) que aco-
Biossíntese viral
metem as aves (Simões, 2020;, 2020).
Os coronavírus são partículas esféricas
Taxonomia e Filogenia
de 100 a 160 nm de diâmetro. O ge-
De acordo com Coronaviridae stu-
Os primeiros isolados de sequências
noma é um RNA de fita simples polari-
dy group do comitê internacional de
virais da árvore filogenética de máxi-
dade positiva (ssRNA +) com envelope
taxionomia viral, o coronavírus está
ma verossimilhança analisadas pelo
viral aonde 2/3 do seu genoma estão
classificado no reino Riboviria, ordem
Nextstrain (https://nextstrain.org/ncov)
situados na primeira região aberta de
ARTIGO 01
leitura, do inglês open reading frame
ORF1a/b, responsável por codificar 16
proteínas não estruturais (NSPs) e 1/3
permite que a spike interaja com outra
enzima, a TMPRSS2 e ocorra a fusão da
célula infectada com outra célula sadia
K), variantes com mutações em ambas
UK/AZ além de mutações de variantes
de humano para animais (Garry et al.,
do RNA viral é responsável por codi-
justificando sua alta transmissibilidade
2021). Um dos genes altamente vari-
ficar quatro proteínas (S, E, M, N). A
e virulência (Pohlmann, 2020).
áveis nos coronavírus é a região ORF 8
entrada do vírus ocorre principalmente
e acredita-se que esse gene evolui por
mediante a glicoproteína S (Spike) que
A estrutura tridimensional da prote-
meio de recombinação modular. Sabe-
se liga aos receptores da célula hospe-
ína spike no genoma de SARS-CoV-2
-se que a recombinação gênica ocorre
deira através da enzima conversora de
tem sido detectada por modelagem
no início e no final da ORF 8, onde as
angiotensina- 2 (ACE-2).
computacional usando técnicas de
sequências de ácido nucleico são idên-
microscopia crioeletrônica. Em simu-
ticas entre as sequencias analisadas
O SARS-CoV utiliza duas enzimas pre-
lações de dinâmica molecular, docking
(SARS-CoV e o grupo B batCoVs) (Li et
sentes em algumas de nossas células,
por computador do SARS-CoV-2 tem
al., 2020).
a serina-protease transmembranar 2
sido utilizado para a descoberta de no-
(TMPRSS2), do inglês Transmembrane
vos fármacos baseado na estrutura viral
Plataformas tecnológicas e
Serine Protease 2, e catepsinas. Já o
(Yan et al., 2020; Simões et al., 2020).
vacinas
vírus SARS-CoV-2 utiliza além dessas
Diversas plataformas tecnológi-
enzimas, mais uma outra enzima cha-
Mutação e recombinação genética
cas estão sendo utilizadas para o
mada furina, presente em grande quan-
Novas mutações na proteína spike do
desenvolvimento de possíveis can-
tidade em células humanas. O conjunto
vírus tem alarmado as entidades e pre-
didatos vacinais. Dentre elas des-
dessas três enzimas age como tesouras
ocupado as biofarmacêuticas quanto
tacam-se as vacinas de primeira
genéticas que cortam a proteína da
a eficácia das vacinas aprovadas para
geração (inativadas e atenuadas),
espícula para sua ativação e início do
uso emergencial, a seguir: variante do
as vacinas de segunda geração
ataque viral com a fusão da membrana
Amazonas (BR): (P1) B.1.1.28 (K417N/
caracterizadas pelos vetores virais
viral com a membrana celular (Simões,
E484K/N501Y), variante do Reino Uni-
replicantes e não replicantes, as
2020) e cerca de 12 nucleotídeos extras
do (UK): B.1.1.7 (N501Y – o aminoá-
vacinas de sub-unidades proteicas
do genoma viral geram uma nova re-
cido asparagina N foi substituído por
e as vacinas semelhantes a vírus,
gião de corte para a furina. Assim essa
tirosina Y na posição 501 da proteína
do inglês virus-like particles - VLP,
enzima faz um primeiro corte na região
S do vírus), variante da África do Sul
e as vacinas de terceira geração
spike dos novos vírus que saem das cé-
(ZA): B.1.351 (501Y.V2) e E484K (no
desenvolvidas em plataformas de
lulas humanas pré-ativadas facilitando
4840 aminoácido da proteína S houve
ácidos nucleicos, DNA e RNA (Van
nova invasão viral. Esse primeiro corte
a substituição do glutamato E por lisina
Riel & Wit, 2020).
0 20
Revista NewsLab | Março 2021
As vacinas de primeira geração
incluem diversas vacinas inativadas
que estão sendo desenvolvidas por
Institute of Biotechnology. A segurança,
taxa de tolerância e imunogenicidade
da vacina recombinante
University of Oxford em parceria com
a farmacêutica AstraZeneca (Folegatti
et al., 2020). A empresa Jansen
ARTIGO 01
distintas empresas farmacêuticas
quanto ao escalonamento de doses,
Pharmaceutical Companies of John-
como Beijing Institute of Biological
rótulo aberto, estudo não-randomi-
son & Johnson também desenvol-
Products em parceria com Wuhan
zado e triagem clínica em humanos
veu a vacina JNJ-78436735 que se
Institute of Biological Products, Si-
têm sido continuamente investiga-
encontra na fase III do ensaio clínico.
novac, Sinopharm e Bharat Biotech
das (Zhu et al, 2020).
Ensaios clínicos com a platafor-
(Gao et al., 2020).
ma tecnológica de adenovírus de
Estudos preliminares dos ensaios
chimpanzé (ChAd) utilizando veto-
As vacinas de segunda geração in-
clínicos randomizados foram rea-
res contra o vírus do HIV, influen-
cluem a plataforma tecnológica de
lizados em outra vacina AZD1222
za, hepatite C e Ebola foram bem
adenovírus humano tipo 5 como um
utilizando adenovírus de chimpanzé
toleradas em humanos e apresen-
vetor viral não replicante desenvolvi-
(ChAdOx1 nCoV-19), um vetor viral
taram boa imunogenicidade (Van
do pela CanSino Biological e Beijing
não replicante, desenvolvido pela
Doremalen et al., 2021). Os ensaios
ARTIGO CIENTÍFICO I
experimentais em animais de laboratório
da vacina testada para MERS
(ChAdOx1 MERS) gerou imunidade
tion Immunology em parceria com
GSK. Além do Instituto Alemão
Max-Planck-Gesellschaft e Serum
neutralizantes após a segunda dose.
Os efeitos colaterais locais e sistêmicos
foram maiores após a segunda
protetora em macacos rhesus (Van
Institute of India.
dose, porém, aceitáveis nas doses
Doremalen et al., 2021), anticor-
mais baixas utilizadas (Jackson et
pos neutralizantes e reposta imune
Um outro exemplo de vacina da se-
al., 2020). Outras biofarmacêuticas
celular em camundongos (Alharbi
gunda geração é a vacina russa Spu-
como a Genexine, Glaxo Smith Kline
et al., 2017), além de induzir res-
tinik V desenvolvida pelo Instituto da
(GSK) e Curevac também estão se
postas de células T e anticorpos em
Gamaleya National Center of Epide-
unindo para o desenvolvimento de
humanos (Folegatti et al., 2020).
miology and Microbiology que utiliza
novas vacinas de ácido nucleico.
A eficácia e segurança da vacina
uma estratégia de adenovírus huma-
AZD1222 foi analisada por quatro
no capaz de contornar o problema
Na plataforma de nova geração en-
ensaios clínicos randomizados no
na segunda dose, ao usar diferentes
contram-se as vacinas de células apre-
Brasil, África do Sul e Reino Unido
vetores virais, pois a composição an-
sentadoras de antígenos em fase de
(Voysey et al., 2021).
tigênica do adenovírus 26 é distinta
ensaios clínicos 1 e 2 como por exem-
daquela do adenovírus 5.
plo LV-SMENP - DC e COVID-19/aAPC
O primeiro ensaio clínico com
(do inglês, artificial antigen-presenting
vacina de nanopartícula recom-
As vacinas de terceira geração in-
cell) modifificadas com vetor lentivi-
binante da proteína spike foi de-
cluem a plataforma tecnológica de
ral expressando minigenes sintéticos,
senvolvida pela Novavax demons-
DNA e RNA. A vacina de plasmídeo
ambas ainda não estão licenciadas
trando segurança e poucos efeitos
de DNA com eletroporação foi desen-
para uso em humanos (Thanh Le et al.,
adversos, quando administrada em
volvida pela biofarmacêutica Inovio
2020). Essas células dendríticas e ma-
duas doses com um intervalo de
Pharmaceuticals enquanto o candi-
crófagos são capazes de disparar uma
14 dias. Seus resultados com anti-
dato vacinal mRNA (BNT162b1) foi
cascata de sinalização que culmina na
corpos neutralizantes foram muito
desenvolvido pela BioNTech e tes-
expressão de genes pró-inflamatórios
encorajadores com títulos mais al-
tada sua eficácia em adultos com
e estimulam os linfócitos T CD4+, lin-
tos mesmo com a dose mais baixa
18 a 55 anos de idade (Mulligan et
fócitos T CD8+ e células Natural Killer
produzida pelo fabricante (Keech
al., 2020). Além da candidata va-
(NK) que reconhecem o vírus através
et al., 2020). Outras biofarmacêu-
cinal mRNA da Empresa Moderna,
de receptores do reconhecimento pa-
ticas com vacinas de proteínas de
que demonstrou a capacidade de
drão (PRR), do inglês Pattern Recogni-
subunidade envolvem Clover Bio-
indução de anticorpos anti-spike
tion Receptor. Um dos principais tipos
pharmaceuticals, Dinavax Innova-
e níveis detectáveis de anticorpos
de PRR são os receptores TLRs, Toll like
0 22
Revista NewsLab | Março 2021
eceptors, que reconhecem diferentes
padrões moleculares associados à vírus
chamados de PAMPs, do inglês Pathogen
Associated Molecular Pathern
(Vabret et al., 2020).
Um ponto chave que merece ser
destacado é o desenvolvimento de
vacinas contra o SARS-CoV-2 em
instituições nacionais utilizando plataformas
tecnológicas de nova geração
como o RNA replicante, vacina
proteica recombinante e vacina sintética
em ensaios de fase pré-clínica.
Considerações Finais
Desde a antiguidade, o desenvolvimento
das vacinas de forma empírica
e atualmente com comprovação
científica remetem ao uso dos
animais de laboratório nas pesquisas
em seus ensaios pré-clínicos e
suas sucessivas etapas com grupos
controles e experimentais. A corrida
biotecnológica para o avanço de
novas técnicas possui um objetivo
único – de prevenir e controlar a
atual pandemia que assola a humanidade
e reporta cronologicamente
as condições sanitárias de épocas
históricas. O conhecimento adquirido
e aplicado evidencia a fusão
de ideias na tentativa de alcançar
a equidade vacinal no bem comum
da saúde coletiva.
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ARTIGO CIENTÍFICO I
Revista NewsLab | Março 2021
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ARTIGO CIENTÍFICO II
ATENDIMENTO PEDIÁTRICO
EM LABORATÓRIO
Autoras:
Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.
Resumo
Estudo qualitativo com o objetivo de discutir a humanização do atendimento à criança
na visão de mães à luz da Política Nacional de Humanização. Os dados foram coletados
por meio de formulário aplicado à 10 mães acompanhantes; o profissional de qualidade
foi apontado como principal no atendimento a criança. A falta de paciência, o ambiente
inadequado para crianças e responsáveis são fatores que não contribuem para a
humanização do atendimento. Para as participantes alguns problemas identificados no
laboratório são de fácil resolução tendo por intuito humanizar o atendimento.
Palavras-Chave: Atendimento Pediátrico; Atendimento Laboratorial; Crianças.
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Revista NewsLab | Março 2021
Introdução
Segundo alguns autores, existem
diversos modelos que medem a satisfação
do paciente nos serviços de
saúde, e enfatizam que todos têm
como pressupostos as percepções do
paciente em relação às suas expectativas,
valores e desejos (Linder-Pelz,
1982; Williams, 1994; De Silva,
1999).
Para tanto (Linder-Pelz, 1982) diz
que a satisfação do paciente pode
ser determinada como "avaliações
positivas individuais de distintas dimensões
do cuidado à saúde". Estas
avaliações expressariam uma ação,
ou seja, uma resposta real baseada
na crença de que o cuidado possui
certos atributos que podem ser avaliados
pelo próprio paciente (Sitzia &
Wood, 1997).
A descrição profissional “saúde e
paciente” é o foco principal para contribuir
na qualidade dos serviços de
saúde e divide-se em vários focos,
como a individualização da assistência,
a humanização do atendimento,
a comunicação entre os envolvidos,
o sofrimento do paciente e o direito
à informação.
A qualidade é vista, com frequência,
como aspecto central a ser considerado
para a avaliação em saúde.
E esta é constituída pela efetividade,
eficiência, adequação e qualidade
técnico-científica. Os benefícios dessa
qualificação incluem a capacidade
de transmitir maior confiança ao
paciente, maior segurança pessoal,
além da aquisição de conteúdos teórico-práticos
que melhorem a sua
atuação profissional diariamente
(Zanchetta MS, Leite LC, Perreault M,
Lefevre M, 2004).
Um atendimento humanizado é
aquele que está ligado ao cuidado,
a união entre a qualidade do tratamento
técnico e a qualidade do
relacionamento que se desenvolve
entre paciente, familiares e equipe.
No processo de atendimento
no laboratório, muitos são os desafios
que se enfrentam quando se
está em defesa da vida e direito à
saúde, principalmente o padrão de
acolhimento a criança, a postura
e a prática nas ações de atenção e
gestão nas organizações facilitam a
construção de uma relação de confiança
entre profissional e paciente
e mães responsáveis. Pesquisas indicam
que a prática do acolhimento
está ligada à atenção primária, e
que as modernidades e facilidades
da atualidade criam uma barreira
no relacionamento personificado.
(NewsLab, 2019)
Objetivos
Objetivo Geral
Analisar a visão das mães ou responsáveis
de crianças até 12 anos,
em relação ao atendimento pediátrico
para realização de exames
laboratoriais.
Objetivos Específicos
• Identificar quais as expectativas de
uma mãe/responsável em um atendimento
em laboratório
• Evidenciar o que a mãe/responsável
valoriza em um profissional de
atendimento pediátrico
• Identificar pontos de distração para
as crianças neste momento;
• Conhecer as técnicas utilizadas pelas
mães /responsável no preparo da
criança para uma coleta de exames.
• Saber como uma mãe/responsável
entende e comunica a criança caso
seja necessária uma segunda punção.
• Identificar os pontos críticos na melhoria
do processo do o atendimento
pediátrico em laboratório
Métodos
Aspectos Éticos da Investigação
O preenchimento do questionário é
feito de forma anônima, em que antes
do preenchimento do questionário, o
participante terá acesso as observações,
onde será deixado claro que nomes,
dados e informações serão apresentados
apenas em forma de estatística.
Tipo de Delineamento
A pesquisa deste trabalho, de acordo
com os objetivos do mesmo e a abordagem,
será classificada como descritiva
e qualitativa, de forma objetiva para
identificar as expectativas da mãe ou
responsável no atendimento da criança,
de acordo com as boas práticas no atendimento
pediátrico ao laboratório, identificando
os pontos a serem melhorados.
ARTIGO CIENTÍFICO II
Revista NewsLab | Março 2021
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Autoras: Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.
ARTIGO CIENTÍFICO II
Participantes
Os participantes da pesquisa serão
os que tiverem contato com o link do
formulário online, via Whatsapp ou
por email. A amostra total (n) foi de 10
mães/responsáveis participantes.
Por critérios de exclusão, mães ou
responsáveis de maiores de 12 anos
ou pessoas que não possuem filhos,
não participarão do preenchimento
do formulário.
O perfil das pessoas participantes
correspondem a: uma mãe/responsável
de criança de 2 anos (10%),
uma mãe/responsável de criança de
4 anos (10%), uma mãe/responsável
de criança de 6 anos (10%), duas
mães/responsáveis de crianças de 7
anos (20%), duas mães/responsáveis
de crianças de 10 anos (20%), duas
mães/responsáveis de 11 anos (20%)
e uma mãe/responsável de criança de
12 anos (10%).
Coleta de Dados
A coleta de dados será realizada por
meio de um formulário eletrônico tabulado
no Google Forms e o acesso será
disponibilizado via email ou via link.
Os entrevistados terão sua identidade
preservada, uma vez que, a pesquisa é
de forma anônima. O formulário solicitará
a faixa etária da criança e outras cinco
questões de preenchimento obrigatório.
As questões aplicadas foram:
• O que você espera do atendimento
em laboratório?
• No atendimento pediátrico, o que
você valoriza num profissional?
• O que a mãe/responsável espera
que o laboratório oferte para distrair
a criança?
• Como a mãe/responsável prepara/
motiva a criança para a coleta em
laboratório?
• Caso seja necessária uma segunda coleta,
como a mãe/responsável entende
a repunção e como comunica a criança?
Resultados
As respostas, de forma específica para
cada pergunta, foram:
O que você espera do atendimento
em laboratório?
• Eficiência e rapidez;
• Confiança, agilidade, simpatia e atenção
à criança;
• Acolhedor e humanizado;
• Em se tratando de criança que já compreende
o processo, empatia, segurança,
explicação bem breve do procedimento
de coleta para a criança e acompanhante
para a colaboração, ética e em comentários
desnecessários. Quanto ao procedimento
em si, o uso dos EPIs, cuidados
com higienização, identificação das
amostras, boas práticas;
• Rapidez no atendimento e higiene;
• Rápido e seguro;
• Agilidade, carinho com a criança
e limpeza;
• Tenha informações necessárias e que
passe segurança no atendimento;
• Que seja rápido;
• Resultados confiáveis e profissionais
competentes e empáticos.
No atendimento pediátrico, o que
você valoriza em um profissional?
• Que além do tratamento da doença esteja
preocupado também com as causas,
para evitar que continue ocorrendo;
• A empatia com a criança e o conhecimento;
• Paciência e profissionalismo;
• Postura, conhecimento, descrição e
empatia em relação ao menor e aos pais;
• Atenção e paciência com a criança. Quando
tenta conquistar a confiança, sem pressa;
• Atenção e os cuidados que o profissional
passa a criança;
• Que receba a criança com atenção e que
converse sobre as preocupações da mãe;
• A delicadeza, atenção e o conhecimento
necessário para realizar todos os
procedimentos necessários;
• Paciência;
• Competência, empatia, ética e humanização.
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Revista NewsLab | Março 2021
Autoras: Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.
ARTIGO CIENTÍFICO II
O que a mãe/responsável espera
que o laboratório oferte para distrair
a criança?
• Sejam calmos e tenham profissionais
que saibam lidar com a criança, tendo paciência
e diminuindo o máximo possível o
stress. Na coleta de sangue, por exemplo,
ter pessoas que tenham facilidade para
achar a veia sem causar muita dor;
• Jogos e livros;
• Jogos interativos;
• Nada que possa ser colocado na boca,
no caso dos menores, pode ser local
com cores ou adesivos de parede, e no
pós coleta um pequeno brinde como
lápis, adesivos divertidos;
• Brinquedos ou TV como programa
infantil;
• Brinquedos educativos;
• Atenção da equipe, qualquer objeto
lúdico ajuda neste momento;
• Um profissional bem atencioso é o
suficiente;
• Vídeos, brinquedos e jogos;
• Considerando a faixa etária, jogos educativos
e tecnológicos para distraí- los.
Como a mãe/responsável prepara/motiva
a criança para a coleta
em laboratório?
• Procuro falar o que realmente vai
acontecer, deixando claro que é necessário
e normal, que muitas crianças
fazem isso;
• Com uma boa conversa;
• Falando sobre a importância da realização
de exames, explicando o real
objetivo;
• Deixar ciente que o profissional é qualificado
e fará o procedimento da forma
mais tranquila;
• Explicando o que irá acontecer e que a
mãe estará junto;
• Procurar uma distração e explicar o
que irá acontecer. Falar que é só “uma
picadinha”;
• Conversa sobre a prevenção da doença;
• Oriento sobre a coleta, informando
que é necessário para melhorar o estado
de saúde. Que será rápido;
• Tento explicar como vai acontecer a
coleta, para não se assustar tanto;
• Explicando a importância do procedimento
e mostrando o quanto ele
é corajoso.
Caso seja necessário de uma
segunda coleta, como a mãe/responsável
entende esta repunção
e como comunica a criança?
• Já passei por isso. Comuniquei que era
normal e necessário. Mas não fiquei nem
um pouco satisfeita com o laboratório;
• Seja lá qual for o motivo, em caso de
repunção, o exame deve ser realizado,
comunico minha filha a explicando o
motivo. Isto já aconteceu com ela;
• Sempre falando a verdade, mas ficaria
com dúvidas sobre a recoleta;
• Neste caso, que será necessária coleta
de nova amostra para se ter certeza do
resultado, ajudando o médico e os pais
a garantirem sua saúde;
• Da mesma forma como foi feito da
primeira vez, mas sem muita explicação
para não parecer algo mais grave
do que é;
• Normal, o importante é realizar o exame;
• Eu fico péssima, mas para a criança
digo que temos que fazer novamente,
pois da primeira vez não deu certo, mas
que agora dará;
• Questiono sobre a real necessidade.
Mas entendo que se há necessidade,
precisa ser feito;
0 28
Revista NewsLab | Março 2021
• Se for necessária uma segunda coleta,
• Que seja rápido;
Discussão
ARTIGO CIENTÍFICO II
não vejo problema nenhum. Tento expli-
• Resultados confiáveis e profissionais
Na visão das mães, a humanização
car com calma e paciência o que será feito;
competentes e empáticos.
no atendimento à criança envolve a
• Como uma necessidade e inclusive
formação de vínculo entre profissio-
deve ser bem assertiva, pois não terá
No atendimento pediátrico,
nais e usuários, o estímulo à participa-
uma terceira coleta. Em relação a co-
o que você valoriza em um
ção dos pais/cuidadores na saúde da
municação, deverá ser bem criativa e
profissional?
criança, o acolhimento e a disposição
empática, relaxando a criança que será
• Que além do tratamento da doen-
de espaços com condições físicas e de
submetida a dupla dor.
ça esteja preocupado também com
pessoal adequadas ao atendimento da
as causas, para evitar que continue
criança. Contudo, para algumas, o en-
O que você espera do atendi-
ocorrendo;
tendimento sobre humanização ainda
mento em laboratório?
• A empatia com a criança e o conhe-
se encontra restrito ao ato de receber
• Eficiência e rapidez;
cimento;
atendimento no serviço de saúde.
• Confiança, agilidade, simpatia e aten-
• Paciência e profissionalismo;
ção à criança;
• Postura, conhecimento, descrição e
Vale a pena ressaltar que as respos-
• Acolhedor e humanizado;
empatia em relação ao menor e aos pais;
tas das mães em grande maioria foi
• Em se tratando de criança que já com-
• Atenção e paciência com a criança.
possível verificar o quanto em geral a
preende o processo, empatia, segurança,
Quando tenta conquistar a confiança,
humanização do atendimento emite a
explicação bem breve do procedimento
sem pressa;
idéia de dignidade e respeito a criança
de coleta para a criança e acompanhante
• Atenção e os cuidados que o profissio-
atendida no laboratório e, além disso
para a colaboração, ética e em comen-
nal passa a criança;
enfatizaram em suas respostas, a im-
tários desnecessários. Quanto ao proce-
• Que receba a criança com atenção e
portância e a dimensão ética na relação
dimento em si, o uso dos EPIs, cuidados
que converse sobre as preocupações
entre pacientes e profissionais.
com higienização, identificação das
da mãe;
amostras, boas práticas;
• A delicadeza, atenção e o conheci-
Foi possível identificar, segundo estas
• Rapidez no atendimento e higiene;
mento necessário para realizar todos os
usuárias, uma diferença de atitude entre os
• Rápido e seguro;
procedimentos necessários;
profissionais no atendimento ao laboratório
• Agilidade, carinho com a criança e limpeza;
• Paciência;
em relação a comunicação, pelo fato de
• Tenha informações necessárias e que
• Competência, empatia, ética e
nem todos acolherem e explicarem o aten-
passe segurança no atendimento;
humanização.
dimento de forma clara aos usuários.
Revista NewsLab | Março 2021
0 29
ARTIGO CIENTÍFICO II
Foi possível observar que a maioria
das mães/responsáveis valorizam um
atendimento humanizado, onde o pro-
a preocupação de seu responsável. Por
isso, atitudes são tomadas para que a
experiência se torne algo mais leve e
É notável que para existir um bom
trabalho e para que o objetivo seja concluído
com êxito e sem gerar traumas
fissional tem empatia e paciência com
confortável.
à criança, o preparo começa em casa,
a criança, e que ainda sim, realize o tra-
com a conscientização da criança e
balho com rapidez.
Para que essas atitudes possam ter
acaba apenas na saída do laboratório,
tomadas, é necessário o entendimento
com o exame concluído e ambas as
Em relação ao local da coleta, as
das preocupações da mãe/responsá-
partes satisfeitas.
mães/responsáveis se preocupam e
valorizam com as distrações oferecidas
pelo laboratório, como brinquedos e jogos.
Ainda se mostrou uma preocupação
com objetos pequenos que possam
ser colocados na boca das crianças.
De casa, as mães/responsáveis geralmente
fazem sua parte conversando
com a criança sobre a importância da
realização do exame e o quanto é comum
crianças de tal idade realizarem.
No caso da necessidade de uma segunda
coleta, ficou claro a preocupação de
algumas mães e a uma dúvida sobre a
real necessidade de uma repunção, mas
orientam seus filhos de forma tranquila,
para não passar uma impressão de
algo mais “grave” do que é.
Conclusão
O atendimento pediátrico em laboratório
é um assunto delicado por envolver
duas partes, a dor da criança e
vel e empatia, para entender como a
criança se sentiria mais segura em uma
situação em que é necessária ir até um
laboratório.
Na literatura já existente é possível
observar os diversos estudos feitos em
cima deste assunto e a importância de
existir um atendimento humanizado.
As necessidades encontradas são baseadas
em experiências positivas, com
atitudes que gostariam que se repetissem,
e negativas, com atitudes que
devem mudar, que mães ou responsáveis
já passaram ao levar a criança para
realizar alguma coleta em laboratório.
Dentre as necessidades mais encontradas
pela pesquisa, está a agilidade e
o conhecimento transparecido do profissional
que realizará a coleta, além do
bom preparo do laboratório para atender
a área pediátrica, com espaços diferenciados
e instrumentos para distração.
Referências
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0 30
Revista NewsLab | Março 2021
ARTIGO CIENTÍFICO III
PERFIL DA POPULAÇÃO SUBMETIDA
A ANÁLISE SERIADA DE ENZIMAS CARDÍACAS COMO
BIOMARCADORES DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul (PUCRS)
Resumo
O infarto agudo do miocárdio é a cardiopatia mais acometida
pela população mundial, com alto índice de letalidade.
O eletrocardiograma é o principal exame de triagem,
entretanto, 50% dos pacientes não apresentam alterações
indicativas. Os exames como creatinofosfoquinase total,
creatinofosfoquinase MB e troponina I auxiliam a elucidar
o diagnóstico, com mais de 95% de sensibilidade e especificidade,
quando seriados. Estas enzimas demoram para
se demonstrarem alteradas, por isso a recomendação em
seriar as análises. Deste modo, os objetivos da pesquisa
foram avaliar o perfil da população submetida a análise
seriada das enzimas cardíacas e verificar a prevalência de
resultados alterados. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva
e transversal, de outubro de 2018 a outubro de 2020,
em um laboratório de análises clínicas em Viamão, RS. Foram
avaliados 507 laudos de 219 pacientes. Dos 219 pacientes,
14,6% eram do perfil feminino entre 60-69 anos.
9,1% apresentaram resultados alterados ao decorrer das
análises, sendo prevalente o perfil masculino entre 50-59
anos, em 35,0%. A população masculina adulta e idosa
é prevalente nos casos de infarto agudo do miocárdio, o
que condiz com dados nacionais e internacionais, porém
há uma mudança neste perfil.
Palavras-Chave: Infarto Agudo do Miocárdio; Creatina
Quinase; Creatina Quinase Forma MB; Troponina I; Testes
Clínicos de Laboratório.
Abstract
Acute myocardial infarction is the heart disease most
affected by the world population, with a high mortality
rate. The electrocardiogram is the main screening test,
however, 50% of patients have no indicative changes.
Tests such as total creatinophosphokinase, creatinophosphokinase
MB and troponin I help to elucidate
the diagnosis, with more than 95% sensitivity and
specificity, when serialized. These enzymes take time
to show that they are altered, so the recommendation
to serialize the analyzes. Thus, the objectives of the
research were to evaluate the profile of the population
submitted to serial analysis of cardiac enzymes and to
verify the prevalence of altered results. This is a retrospective
and transversal research, from October 2018 to
October 2020, in a clinical analysis laboratory in Viamão,
RS. 507 reports from 219 patients were evaluated.
Of the 219 patients, 14,6% were female between
60-69 years old. 9,1% showed altered results during
the analysis, with a male profile between 50-59 years
old, in 35,0%. The adult and elderly male population is
prevalent in cases of acute myocardial infarction, which
is consistent with national and international data, but
there is a change in this profile.
Keywords: Myocardial Infarct; Creatine Kinase;
MB Creatine Kinase; Troponin I; Clinical Laboratory
Testings.
0 32
Revista NewsLab | Março 2021
Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.
Introdução
As cardiopatias são responsáveis
por altas taxas de óbitos no mundo,
sendo consideradas umas das principais
doenças não transmissíveis
do século (1) . Em 2015, mais de 17,7
milhões de pessoas foram a óbito
em decorrência das complicações
cardiovasculares (2) . Já no Brasil, mais
de 1100 mortes são registradas por
dia e, até a primeira quinzena de
dezembro de 2020, mais de 380 mil
pessoas foram a óbito (3) .
Fatores hereditários, conhecidos
como fatores não modificáveis, contribuem
para o desenvolvimento destas
patologias, entretanto, 90% dos fatores
são ocasionados pelo tabagismo,
elitismo, dislipidemia, hipertensão
arterial, obesidade, sedentarismo e
diabetes mellitus, conhecidos como
fatores modificáveis (1,2) . Distúrbios
secundários, como apneia obstrutiva
do sono, podem aumentar em mais
de 3% as chances (2) . Tais fatores modificáveis
podem ser reduzidos e, até
mesmo eliminados, através de hábito
alimentar saudável, prática de atividades
físicas, vida pessoal e profissional
livres de estresse, abandono do
hábito de fumar e de ingerir bebidas
alcoólicas e acompanhamento médico
regular (1-3) .
O infarto agudo do miocárdio (IAM)
é a cardiopatia mais acometida entre
a população mundial e se caracteriza
pelo processo de necrose de
parte do tecido cardíaco ocasionado
pela falta de oxigenação deste tecido.
Na maioria dos casos, a falta de
oxigenação é gerada pela presença
de placas de aterosclerose em veias
e artérias (1,2) . Na década de 50, foi
responsável por 30% dos óbitos hospitalares.
Ao decorrer das décadas
e dos avanços medicinais, os óbitos
reduziram em mais da metade, mas
ainda representa um sério problema
de saúde pública mundial (4) .
O IAM é classificado de acordo com
o resultado do eletrocardiograma em
com supradesnível de ST ou sem supradesnível
de ST. Apenas 50% dos
pacientes apresentam supradesnível
de ST e/ou o desenvolvimento de
onda Q, já os demais não apresentam
tais alterações, o que pode confundir
o diagnóstico com angina instável,
por isso, a necessidade de seriar o
eletrocardiograma (4,5) . Para elucidar
o IAM, são realizados exames laboratoriais
como creatinofosfoquinase
total (CK total), creatinofosfoquinase
fração MB (CK-MB), mioglobina e
troponinas C, I e T, enzimas liberadas
na corrente sanguínea em maior
quantidade na presença de lesão do
miocárdio (6) . Em rotinas laboratoriais,
é usual a análise de CK total,
CK-MB e troponina I por apresentarem
melhores resultados de sensibilidade
e especificidade, ambos
acima de 95%, quando seriados (6,7) .
Deste modo, os objetivos desta
pesquisa foram avaliar o perfil da
população submetida a análise seriada
de CK total, CK-MB e troponina
I e verificar a prevalência de resultados
alterados ao decorrer das análises
seriadas.
Material e Métodos
Pesquisa de caráter retrospectiva
e transversal. Foram avaliados 507
laudos de CK total, CK-MB e troponina
I de 219 pacientes submetidos
as análises seriadas, no período
de outubro de 2018 a outubro de
2020, em um laboratório de análises
clínicas localizado na cidade de
Viamão, Rio Grande do Sul. Entende-se
por análise seriada as repetições
em 2, 3 ou 4 vezes do mesmo
paciente em intervalos de 2 a 3
horas entre cada análise, e entende-se
por resultados alterados a
tríade CK total acima de 155 U/L,
CK-MB acima de 10% do valor da
CK total e troponina I reagente (7) . A
CK total e CK-MB foram analisadas
de modo automatizado, pela metodologia
teste UV, já a troponina
I foi analisada pela metodologia
imunocromatografia sensível.
Após avaliação dos laudos, as informações
foram compiladas em
planilha no software Microsoft Excel
versão 2019, a fim de obter os dados
pertinentes aos objetivos e resultados
desta pesquisa.
ARTIGO CIENTÍFICO III
Revista NewsLab | Março 2021
0 33
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Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.
ARTIGO CIENTÍFICO III
Resultados
A fim de traçar o perfil da população
submetida as análises seriadas
de CK total CK-MB e troponina I, foram
correlacionadas as informações
de intervalo de idade e sexo, como
mostra a Tabela 1.
Tabela 1. Caracterização da população submetida as análises seriadas de CK-total, CK-MB e
troponina I, no período de outubro de 2018 a outubro de 2020 em Viamão, Rio Grande do Sul
De acordo com os dados analisados
na Tabela 1, percebeu-se o
predomínio do perfil feminino de
60-69 anos, em 14,6% (n= 32) dos
casos. Em relação ao sexo, 54,3%
(n= 119) eram do sexo masculino
e 45,7% (n= 100) eram do sexo feminino.
Já em relação ao intervalo
de idade, houve o predomínio do
grupo de 60-69 anos, em 27,4%
(n= 60).
Dos 219 pacientes submetidos as
análises seriadas, 9,1% (n= 20)
apresentaram resultados das enzimas
cardíacas alteradas. Percebeu-
-se a prevalência do perfil masculino
de 50-59 anos, em 35,0% (n=
7) dos casos. Em relação ao sexo,
65,0% (n= 13) eram do sexo masculino
e 35,0% (n= 7) eram do sexo
feminino. Já em relação ao intervalo
de idade, houve a prevalência do
grupo 50-59 anos, em 45,0% (n=
9), como exemplifica a Tabela 2.
Tabela 2. Caracterização da população com os resultados de CK total, CK-MB e troponina I
alterados, no período de outubro de 2018 a outubro de 2020 em Viamão, Rio Grande do Sul
0 36
Revista NewsLab | Março 2021
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ARTIGO CIENTÍFICO III
Em relação a quantidade de análise
seriada por paciente até as
alterações se tornarem evidentes,
60,0% (n= 12) foram evidentes
na segunda análise, 35,0% (n= 7)
foram evidentes na terceira análise
e 5,0% (n= 1) foi evidente na
quarta análise.
Observou-se também que 3,2%
(n= 7) pacientes apresentaram
alterações das enzimas cardíacas
na primeira análise e 3,7% (n= 8)
apresentaram resultados alterados
de CK total e CK-MB e troponina I
indeterminada.
Discussão
Apesar dos avanços medicinais e
vasto conhecimento sobre as cardiopatias,
a população mundial
ainda é acometida por tais doenças
pertencentes a este grupo.
De 2004 a 2014, as cardiopatias
estiveram em quarto lugar como
causa de óbito na população brasileira,
muito acima quando comparado
com demais países como
França, Espanha, Argentina, Japão
e Estados Unidos (8) . Com pandemia
da Covid-19, em março de
2020 houve um aumento de 31%
dos registros de mortes por doenças
cardiovasculares, quando
comparado com o mesmo período
em 2019, por conta das faltas nas
consultas médicas de acompanhamento.
Ressalta-se a importância
de procurar atendimento médico
na presença de sinais e sintomas,
principalmente indivíduos com
comorbidades e doenças pré existentes
associados, além de manter
os cuidados preventivos, como
comparecimento em consultas
médicas de rotina (9) .
As enzimas cardíacas CK total,
CK-MB e troponina I são ótimos
biomarcadores para elucidar o
diagnóstico de IAM, quando analisados
de forma seriada e em
conjunto. A CK total analisada isoladamente
não é indicada por ser
um biomarcador sensível, ou seja,
apresenta-se alterada por outras
razões além do IAM, como uso
de medicamentos, uso de drogas
ilícitas, constante prática de atividades
físicas e outras patologias. A
CK-MB e a troponina I são biomarcadores
mais específicos. Por conta
da lenta liberação no organismo,
que pode começar a aumentar
entre 4 e 6 horas, estas enzimas
precisam ser analisadas de forma
seriada, com intervalo de 3 horas
entre cada análise (10-12) .
No presente estudo, foi observado
que 9,1% dos pacientes apresentaram
alterações das enzimas
cardíacas somente a partir da
primeira análise seriada, por isso
existem diretrizes e referencias que
enfatizam a importância de seriar
tais enzimas, assim como o eletrocardiograma.
Devido a ausência
de pesquisas sobre análise seriada
de CK total, CK-MB e troponina I
para o diagnóstico de IAM, não foi
possível traçar uma estimativa em
relação a população estudada (4,5,7) .
Estudos sobre o perfil de indivíduos
acometidos pelo IAM no Brasil
demonstraram que houve o predomínio
de casos do sexo masculino
entre 60 a 80 anos, o que corrobora
com esta pesquisa, entretanto,
pesquisas relataram que idosas do
sexo feminino sofreram com maiores
taxas de IAM com letalidade.
Em comparação com esta pesquisa,
percebeu-se que as mulheres
do grupo de 60-69 anos procuram
atendimento médico na presença
de sintomas sugestivos, mas o perfil
masculino de 50-59 anos é o que
apresenta alterações laboratoriais
e confirma o IAM (13-15) . Outro estudo
realizado por regiões brasileiras
demonstrou que a região sudeste
0 38
Revista NewsLab | Março 2021
Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.
liderou com o percentual de óbitos,
em 47,9%, posteriormente a região
nordeste com 20,2%, a região sul
com 14,8%, a região centro-oeste
com 9,1% e a região norte com
8%. Os percentuais de cada região
estão intimamente relacionados a
fatores socioeconômicos e ambientais,
fatores que desencadeiam uma
má qualidade de vida causado pelo
sedentarismo, estresse, sobrepeso,
consumo de alimentos industrializados
e hábitos de fumo e ingesta
de bebidas alcóolicas (16) .
No mundo, 8,5 milhões de mulheres
morrem em decorrência das doenças
cardiovasculares e o risco de
óbito por IAM nas mulheres é 50%
maior quando comparado com os
homens. Fatores fisiológicos como
menopausa e fatores externos como
jornada de trabalho e cuidado com
os filhos e tarefas domésticas contribuem
para estas taxas (17) .
Em contrapartida, populações que
adotaram um estilo de vida saudável
e livre de vícios nocivos reduziram
a taxa de mortalidade na população
masculina de 30 a 64 anos,
como na Finlândia, com queda de
65%, e na Carélia do Norte, com
queda de 73% (18) .
Em relação aos casos com alteração
da CK total e da CK-MB e
troponina I indeterminada, seria
necessário maiores investigações
laboratoriais, como uma outra
análise seriada. A falta de outra
análise seriada pode ser justificada
pela presença de alteração do
eletrocardiograma seriado.
Conclusão
A população adulta e idosa feminina
procura atendimento médico na presença
de sinais e sintomas, o que se
explica pela quantidade de atendimentos
deste público, entretanto, o público
adulto e idoso masculino é acometido
pelas alterações laboratoriais indicativas
de IAM. Embora exista a prevalência
masculina correlacionada a esta
patologia, pesquisas apontam que há
uma mudança neste perfil. É necessário
que a população adquira hábitos
de vida mais ativa e saudável a fim de
evitar ou minimizar as cardiopatias e
patologias associadas.
Observou-se que 9,1% da população
analisada nesta pesquisa foi
acometida pelas alterações cardíacas
com o tempo, o que corrobora com
indicações de diretrizes e referenciais.
Entretanto, a ausência de pesquisas
nacionais e internacionais em
relação a análise seriada das enzimas
cardíacas não possibilitam traçar
uma estimativa de aumento ou diminuição
de casos quando comparados
com a presente pesquisa.
Conflitos de interesse: não há.
Financiamento por instituição financeira: não.
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SOCESP. 4. ed. Barueri: Manole; 2019: 2-4.
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em: 20 dez. 2020]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-36699060
ARTIGO CIENTÍFICO III
Revista NewsLab | Março 2021
0 39
REFLEXÕES SOBRE OS IMPACTOS
DA PANDEMIA NOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS
GESTÃO LABORATORIAL
Continuo tratando do tema que envolve
a sobrevivências dos laboratórios
clínicos. A pandemia da COVID –
19 trouxe ameaças e oportunidades.
Em síntese, desde março de 2019
vimos por força da lei, laboratórios
sendo fechados, outros mantendo
portas abertas, contudo, sem clientes
e, praticamente todos, sofrendo
um colossal impacto no faturamento
nos primeiros meses da pandemia.
Foram tempos difíceis, angustiantes,
pois, apesar dos custos variáveis
terem despencados na proporção
da ausência de clientes, os CUSTOS
FIXOS permaneceram, gerando uma
inequação. Adicionalmente, muitos
custos fixos para reduzir, exigem
no início, um dispêndio maior, tal é
o caso da folha de pagamento, um
dos principais centro de custo. E,
de uma forma geral, o resultado de
qualquer ação para controlar custos
demanda tempo para as negociações
e o impacto nos resultados tarda
para aparecer no fluxo de caixa.
Entrementes, a produção de exames
caiu, reduzindo a receita consideravelmente,
piorando mais ainda,
o fluxo de caixa. Para laboratórios
com pequeno ou nenhum capital
de giro, a sinergia destes dois fatos
concorrentes, pode levar à necessidade
de captação de recursos
externos, por exemplo, em bancos.
Normalmente nestes, as taxas de
juros são leoninas, quiçá maiores
que a própria margem de lucro dos
laboratórios, podendo conduzir o
laboratório a uma espiral descendente
dos resultados operacionais.
Nestes tempos difíceis, muita atenção
é necessária para evitar a queda
na competitividade e o incremento
do risco de insolvência da organização.
Por outro lado, analisando
sob ao ângulo das oportunidades, é
inquestionável o aumento do menu
dos exames, com a chegada dos testes
relativos ao coronavírus. Estes
exames apresentam boas margens
de contribuição, ajudando de forma
notável para o reequilíbrio econômico
e financeiro dos laboratórios,
inclusive, em muitas situações gerando
rentabilidades superiores às
incorridas no período pré-pandemia.
Todavia, na contramão, temos
a inflação dos custos fixos controlados
ou não pelo governo (energia
elétrica, água etc.), bem como dos
custos variáveis, havendo casos excepcionais,
por exemplo, das luvas
descartáveis que atingiram algo em
torno de 700% de aumento. O Brasil
é um país de dimensão continental,
portanto, apresenta inúmeras realidades
de mercado, seja ele dos
fornecedores, dos produtores e dos
consumidores. O ticket médio dos
exames pode chegar fantásticos
600% entre extremos, então, disto
decorre uma miríade de situações
de rentabilidade e equilíbrio econômico.
Mas, de uma forma geral,
nossa experiência em consultoria
denota que o mercado das análises
clínicas não é mais propício para
gestão amadora das organizações
que militam na área, não obstante,
a existência de nichos privilegiados,
onde o alto ticket médio gera
lucros apreciáveis. A concorrência é
predatória, havendo uma abertura
de novos laboratórios sem o devido
estudo da necessária e suficiente
demanda para assegurar a prosperidade,
a precificação dos exames é
quase estática (vide tabela do SUS,
das Unimed’s e convênios em geral).
Esses fatores aliados socialização da
medicina e a produção industrial
proporcionada pelos equipamentos
automatizados de última geração,
causa uma verdadeira “carnificina”
por ocasião das negociações das tabelas
de preços dos exames. Existe
de tudo na luta pela sobrevivência,
desde a quebra ética pela redução
da qualidade intrínseca até as fusões
e aquisições, passando pela
prática de dumping. A vitória nesta
luta depende do ganho de escala e
ou algum diferencial competitivo na
prestação dos serviços. Entretanto,
vejo normalmente a carência de
gestão profissional nos laboratórios
clínicos como a causa que, se elimi-
Revista NewsLab | Março 2021
0 45
GESTÃO LABORATORIAL
nada, poderia mudar radicalmente
o futuro dessas organizações. Neste
caos em que está o mercado, os gestores
buscam culpados de todos os
jeitos, senão vejamos os resultados
que obtive em pesquisa informal
em várias regiões do Brasil, quando
ministrava cursos e conferências. Já
publiquei este texto em outra coluna
no passado, mas pela importância,
pertinência e validade atual, repito
a publicação. As manifestações
normalmente convergem e, sobretudo,
se repetem, exaustivamente
para os seguintes tópicos:
1. - Situação econômica e financeira
ruim, fato que aumenta o risco de
insolvência destas organizações. Isto
atualmente delimita o problema
comum dos gestores laboratoriais.
2. - Culpados que invariavelmente são
citados como responsáveis:
2.1 - Compradores dos produtos
(Convênios etc.).
2.2 - Médicos assistentes que
demandam os produtos (Serviços e
exames laboratoriais).
2.3 - Laboratórios de apoio.
2.4 - Governos (Federal, estadual e
municipal).
2.5 - Fornecedores de insumos.
2.6 - Colegas de profissão
(Empresários na área das análises
clínicas).
2.7 - Capital externo (Investidores
estrangeiros).
O que posso dizer sobre estes
tópicos? Quanto ao número 1,
temos uma constatação real,
tangível e inquestionável, com
raras exceções, seria negar uma
evidência. Este tópico define o
problema. Entretanto, com relação
aos demais tópicos, se me
permitem, vou externar minha
opinião pessoal, por decorrência,
sujeita às falhas inerentes ao ser
humano e a minha própria ignorância,
mas é o que penso. Todavia,
com muita vontade de mudar
perante a novas argumentações.
Sabemos que a verdade pertence
ao saber coletivo e muda de forma
permanente com a realidade
objetiva dos fatos e o saber da ciência.
Dito isto, passo a comentar
os tópicos citados.
2.1 - Culpar os clientes (Convênios),
ainda que atores intermediários
com o usuário final,
é culpar a “razão de existir” das
organizações humanas e, dentre
estas, os laboratórios clínicos,
cuja missão é fornecer serviços
e produzir informações (laudos/
exames) para os clientes! Cliente,
em qualquer negócio, é solução,
não problema. Enquanto houver
clientes, haverá esperança. Sem
eles, não existirá o negócio.
2.2- Os médicos que solicitam
os exames estão praticamente
no mesmo nível de importância
dos pacientes. Pois, é através do
médico que, tendo como uma das
fontes de informação os exames,
poderá elaborar o diagnóstico
para a solução do problema do
cliente. Sem o médico assistente,
praticamente, não existiria o
laboratório, portanto, este será
parte importante da solução, não
a causa de problemas! Se ocorrem
direcionamentos ou falta
disto, preferências e exigências
feitas pelos médicos, estas serão
oportunidades de melhorias para
os competentes. Ou será que os
médicos colocam condicionantes
ilegais, antiéticas, desonestas ou
desleais? E, somente para você?
2.3- Atualmente, face a logística
e principalmente a multiplicidade
e complexidade da tecnologia
que avança a taxas crescentes,
não mais é possível existir um
laboratório que não seja apoiado
por outros, em qualquer parte do
planeta. Então, torna-se inútil
“declarar guerra” aos laboratórios
de apoio, pois eles são uma
exigência para o sistema global
funcionar. O “cluster” das análises
clínicas não pode operar
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Revista NewsLab | Março 2021
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GESTÃO LABORATORIAL
com eficiência sem o conceito
do “apoio”. São como os “impostos”,
não há o que discutir sobre
se devem ou não existir, contudo,
pode e se deve debater suas
formas de atuação. Finalmente,
hoje vejo eles mais como solução
do que como problema. Provavelmente,
sem eles, a grande
maioria dos pequenos e médios
laboratórios já poderiam ter se
encaminhado para a insolvência,
ou pelo menos, buscado uma
solução radical (?) para resolver
como produzir os exames complexos
exigidos pelo mercado
cada vez mais tecnológico, e sem
dispor de recursos financeiros
para tal desafio. A solução óbvia
para isto, é a união dos pequenos
e médios laboratórios formando
central única de produção,
que pelo porte teria a vantagem
competitiva das compras conjuntas
de insumos, proporcionando
ganho de escala para os participantes.
O custo de produção
(eficiência produtiva vinculada
ao custo variável unitário dos
exames) será baixo e o mesmo
para todos, definindo idêntico e
eficiente ponto de partida para
os laboratórios do empreendimento.
A concorrência continuará
existindo, negar isto seria
negar uma evidência, mas será
definida pela qualidade em serviços,
pela competência de cada
um em criar diferenciais competitivos
percebidos pelos clientes,
que serão fidelizados. Existe um
universo (de serviços) no qual as
possibilidades são inúmeras e
certamente classificarão os mais
aptos em melhores posições no
mercado. Então, por que esta
solução racional, inquestionável,
raramente (ou nunca) ocorre? A
resposta é simples: EGOÍSMO! Os
donos de laboratórios normalmente
preferem falir sozinhos a
prosperar juntos! O concorrente é
visto como um inimigo que precisa
ser destruído, nunca como
um parceiro para a solução do
problema. Vejo este obstáculo
como quase que intransponível,
pois remete para a “origem do
mal” que aflige a humanidade,
onde nos falta humildade, perdemos
a capacidade de perceber
a dependência universal entre
todos os seres de todos os reinos,
onde não sobrevivemos mais que
cinco minutos na falta de um
gás (oxigênio) e, para vivermos
um único dia, dependemos dos
produtos elaborados e serviços
prestados por milhões de outros
seres! Somos dependentes e frágeis,
então por que da prepotência,
da arrogância, da soberba,
da crença na superioridade do
indivíduo (EU/EGO)? Por que crer
que eu devo ser o primeiro a me
servir do buffet em um casamento?
Atendido numa mesa de restaurante?
No balcão do INSS? A
ser o primeiro a entrar no avião,
desde, é claro, que eu seja também
o primeiro a desembarcar?
Enquanto o egoísmo predominar
em detrimento da caridade, NÃO
HAVERÁ CENTRAIS DE PRODUÇÃO
fruto da união entre os pequenos
e médios laboratórios! É o que
penso. Não nos cabe a missão de
mudar o mundo, mudar os outros,
cabe sim, fazer a nossa parte
nesta cadeia de dependência,
devemos mudar a nós mesmos,
progredirmos espiritualmente,
moralmente, usarmos nosso livre
arbítrio na tomada de ações
balizadas por elevados padrões
de caráter, pela decência de procedimentos
e, se agindo assim,
servirmos para ajudar alguém, já
estaremos deixando um legado.
2.4- O Governo é o maior comprador
de exames, portanto,
seguramente um dos maiores
clientes, e como já vimos, cliente
é solução, não problema. Ainda, o
Governo detém o poder de regular
legalmente o funcionamento
de todo o sistema. Finalmente,
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Revista NewsLab | Março 2021
GESTÃO LABORATORIAL
estipula os impostos. Com um
“stakeholder” desta magnitude,
em alguns pontos devemos acatar
(onde houver poder de polícia),
em outros se unir (greves
localizadas em comunidades com
poucos prestadores, por exemplo),
em outros influenciar via
Sociedades Científicas (regulação
técnica), bem como em outros
sermos mais competitivos, fazendo
mais com menos, mantendo
a qualidade exigida legalmente.
Finalmente, quando isto não
for possível, deixar de atender!
Ninguém, nenhum laboratório
que se preza, pode se submeter
a viver de um só cliente!
2.5- Os fornecedores de insumos
fazem parte do mesmo mercado
competitivo que os laboratórios
estão inseridos, portanto,
faça com que eles sejam parte
da solução e não do problema.
Tenha competência gerencial,
a gestão tem que ser profissional,
não existe mais espaço para
o amadorismo no universo das
análises clínicas!
2.6- Os colegas de profissão e
empreendedores nada mais são
do que um elemento indispensável
no mercado, sem eles, não
existiria o próprio mercado, lugar
onde todos nós atuamos! Seria a
utopia de ter um único fornecedor
ou um grupo com dois tipos
de fornecedores: os que reclamam
dos colegas e os que são os
“espertos”, egoístas, antiéticos e
desleais, que aviltam os preços,
complicam licitações, enfim, semeiam
a discórdia e fomentam
a desunião da classe, e por aí
vai. Pois bem, se isto for verdade,
porque não se unem, pelo
menos, os do grupo que quer a
união, que são éticos? Ou será
que em todas as cidades só têm
um destes, divididos de tal forma
que não existe a possibilidade
geográfica da união? Ou será que
existe a predominância implacável
dos “maus colegas”, por decorrência,
marcando inevitavelmente
a classe dos proprietários
de laboratórios clínicos, como
aética, com indivíduos carentes
de uma boa moral?
2.7- O capital externo veio para
ficar. O mundo globalizado é caracterizado
exatamente por isto:
intercâmbio de riquezas de toda
a espécie (commodities, investimentos
financeiros, conhecimento,
seres humanos, cultura...). Ele
traz consigo a concorrência internacional
à nossa porta, acompanhada
de ameaças, mas também
de oportunidades. Sejamos gestores
profissionais, competentes,
para aproveitá-las! A concorrência
é competitiva, aguerrida e
disputa com ferocidade toda e
qualquer fatia do mercado. Não
há espaço para “choro”, lamentação
ou reclamação, só existe
um objetivo: sobreviver e lucrar!
Não adianta argumentar que isto
não é justo, aliás, não existe para
quem reclamar.
Portanto, conclamo os colegas
gestores de laboratórios clínicos:
vamos mudar a percepção das
causas do problema (que, sem
dúvidas, existe) e das soluções!
Basta de reclamações. Ao invés
de buscar as causas somente
no ambiente externo, colocar a
culpa do problema nos outros,
bem como esperar que terceiros
apresentem soluções, vamos
voltar nossa atenção para dentro
dos nossos laboratórios, para as
nossas atitudes gerenciais, o que
de fato estamos fazendo além de
protestar? Que ações gerenciais
estamos adotando para aumentar
a produtividade, reduzir riscos,
incrementar competitividade
e lucros? Você está avaliando
a competitividade do seu laboratório?
Quantificando os custos
0 50
Revista NewsLab | Março 2021
GESTÃO LABORATORIAL
de produção? Metrificando a
rentabilidade de exames, clientes,
equipamentos e setores da
produção? Calculando o momento
certo para a terceirização mais
rentável? Você está se comparando
(processo de benchmarking)
com os seus concorrentes para
saber onde está pior e deve melhorar?
E como melhorar? E quanto
esperar de retorno? As metas
do planejamento estratégico são
estabelecidas com base na concorrência?
E ainda, o laboratório
é um negócio viável considerando
as características da região
onde opera? Caso tenha uma
única resposta negativa, poderá
não estar controlando adequadamente
os processos da sua organização,
ainda que hoje esteja
lucrando bem! A solução para todas
estas questões, virá somente
com gestão profissional.
No meu trabalho já vi de tudo
em gestão. Apreendi com os
meus clientes muito! Mas quem
sabe controlar os seus processos,
quem faz gestão profissional,
não está mal neste País.
Nem sempre um ticket médio
alto assegura sucesso e, muitas
vezes um ticket médio mais baixo
produz melhores resultados
financeiros, mantendo a qualidade
legal dos exames. Para
isto acontecer, tem que ser gestor
profissional, não tem mais
espaço para amadorismo. A luta
é por centavos. Os laboratórios
clínicos são uma alternativa de
investimento (além de uma paixão!),
portanto, como todos os
investimentos, têm que ser geridos
com cuidado, por profissionais.
Você faria uma cirurgia
nos olhos com um carpinteiro?
Um implante dentário com um
ferreiro? É óbvio que não. Então,
por que não tratar do seu investimento
com profissionalismo?
Não quer que ele prospere?
Quem não sabe calcular a sua
competitividade e avaliar o seu
risco de insolvência, não sabe
se localizar no "Mapa da concorrência
mundial". E quem não
sabe onde anda, está perdido!
Simples assim, quem não resolve
os problemas estruturais (internos),
não pode simplesmente
jogar a culpa nos agentes externos
(conjunturais). Quem não
mensura e compara os seus processos,
não gerencia, portanto,
fica ao sabor dos ventos (externos
ao barco), não ajusta as suas
velas, não comanda o leme. Qual
a consequência? Vai para onde o
vento levar. O capitão do navio
passa a ser os agentes externos,
o comandante não sabe aonde ir
e o leme está quebrado. Quem
quiser sobreviver vai ter que se
capacitar ou reavaliar a ética.
É o mercado impondo suas leis
naturais ou "artificializadas",
mas determinantes. Não é justo?
Não. Tem para quem reclamar?
Não. O cidadão mais honesto,
decente, sábio, humilde e caridoso
que existiu no mundo, foi
vilipendiado, torturado e crucificado!!
Foi isto justo? Não. Reclamou?
Não. Então quem somos
nós para reclamar de justiça?!
Vamos arregaçar as mangas, nos
capacitar, trabalhar, trabalhar,
trabalhar..., pois sendo leão ou
gazela, temos que correr para
sobreviver! “A vida é luta renhida,
que aos fracos abate, e aos
fortes, só faz exaltar.” (Canção
do Tamoio – Gonçalves Dias). Todos,
simplesmente, todos temos
que lutar, não há escolha para
o sucesso honesto!”. Em síntese
um fato é inquestionável: existe
um excesso de laboratórios em
relação à necessidade do mercado,
sendo a oferta muito maior
que a demanda, e, esta lei não
perdoa, portanto, laboratórios
fecharão suas portas queiramos
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Revista NewsLab | Março 2021
ou não, sobreviverão os mais aptos,
os que tiverem sistemas de
gestão profissional estarão mais
capacitados, o resto são favas
contadas, não adianta buscar
culpados de forma disseminada,
somente quando a oferta for
equilibrada com a demanda, teremos
relações civilizadas, contudo,
o que vemos é a abertura
contínua de novas unidades,
logo, as falências persistirão.
Estamos fazendo a nossa parte,
buscando deixar um legado ao
universo das análises clínicas do
País, desenvolvendo produtos
de tecnologia da informação,
possibilitando o acesso de qualquer
laboratório à sistemas profissionais
de gestão econômica.
Criamos o PROGELAB – Programa
Nacional para Profissionalização
da Gestão Laboratorial,
que socializa a expertise do controle
para aqueles que mais necessitam
e que menos condições
de adquirir têm: os pequenos
e médios laboratórios do País,
entretanto, para isto acontecer,
tem que haver a iniciativa dos
gestores e proprietários. Nós
temos a solução do problema,
basta os responsáveis pelos
laboratórios decidirem o que
querem: continuar as lamentações
ou agir! Esperando termos
contribuído para os negócios na
área das análises clínicas, nos
despedimos até a próxima edição
da revista NewsLab.
Boa sorte e sucesso!
Humberto Façanha
51-99841-5153
humberto@unidosconsultoria.com.br
www.unidosconsultoria.com.br
*Humberto Façanha da Costa Filho
Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),
curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.
www.unidosconsultoria.com.br
GESTÃO LABORATORIAL
Desafios econômicos durante e pós pandemia?
Humberto Façanha
(51)9.9841.5153
humberto@unidosconsultoria.com.br
TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:
Sistema de gestão profissional para
identificar problemas, causas e soluções
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Revista NewsLab | Março 2021
0 53
MATÉRIA DE CAPA
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Revista NewsLab | Março 2021
Sistema GeneXpert® - Simples, Rápidos e precisos.
A melhor escolha em diagnósticos moleculares.
MATÉRIA DE CAPA
Desde 2005, a Cepheid vem liderando o processo
de inovação em diagnósticos moleculares, ao
apresentar para o mercado uma nova forma de
levar aos laboratórios o sistema GeneXpert® e
seu exclusivo sistema de cartuchos.
O sistema GeneXpert® é modular, permitindo
que qualquer laboratório realize testes de
diagnóstico molecular através da PCR em tempo
real, independentemente do tamanho, estrutura
e volume de amostras. Através de um sistema
randômico e de acordo com a demanda, é possível
realizar diferentes testes simultaneamente, sem
a necessidade de agrupar amostras em placas,
trazendo uma flexibilidade até então inviável à
rotina laboratorial.
A linha de testes GeneXpert® baseia-se em
uma tecnologia de cartuchos em cujo interior
ocorre toda a reação de PCR (da extração à
detecção). O processo de preparo de amostras
é simples, cerca de 1 minuto em média e o
equipamento faz todo o restante de forma
automatizada, com um tempo de resposta
significativamente mais rápido comparado às
tecnologias convencionais.
O sistema GeneXpert® oferece um vasto portfólio de testes nas mais
variadas áreas da medicina, como:
• Infecções Associadas à Internação Hospitalar: Carba-R, C. Difficile, MRSA,
Norovirus e outros.
• Doenças Infecciosas Críticas: Covid-19, Tuberculose, Influenza A, B e RSV
e Enterovirus
• Saúde da Mulher: CT/NG, HPV, Streptococcus do Grupo B, e outros.
• Virologia: Carga Viral HIV e HCV
• Oncologia: BCR/ABL (Monitoramento LMC)
• Genética: Fator II & V
Revista NewsLab | Março 2021 0 55
MATÉRIA DE CAPA
O Mercado de Diagnósticos no Brasil
O mercado diagnóstico no Brasil é extremamente dinâmico
e assim continuará sendo por muitos anos.
No Brasil, questões como desafios na economia e na
política definem as estratégias de todos os mercados e não
poderia ser diferente com o mercado de diagnósticos. Mas
o crescimento populacional, os movimentos migratórios
internos em um país de tamanho continental, diferenças
culturais, educacionais, no acesso à informação e à saúde
resultam em um grande desafio que a Cepheid está cada dia
mais preparada para enfrentar.
Outro ponto a se destacar é o fato de que a população
em geral vem se preocupando cada vez mais em buscar
qualidade de vida, praticar exercícios, alimentação mais
equilibrada e, muitas vezes, mesmo com o orçamento
apertado, não abre mão desses cuidados que, em algum
momento, irá se refletir no mercado de diagnósticos, como
na programação de um check-up anual, por exemplo.
Com isso, o Mercado de Diagnóstico segue se consolidando,
grandes redes avançando, redes regionais se expandindo
e se especializando, fazendo com que o mercado siga em
uma crescente evolução.
como é o caso do Teste Xpert® BCR/ABL Ultra, para o
monitoramento da Leucemia Mieloide Crônica. A tecnologia
trouxe e continuará a trazer cada vez mais avanços na área
de Controle de Infecção Hospitalar, reduzindo drasticamente
o índice de infecções hospitalares desde que adotadas
medidas de vigilância.
Assim como o HIV, a incidência de câncer de colo de útero, com
a infecção por HPV vem aumentando consideravelmente.
Com a crescente ocupação humana em busca de novos
espaços, doenças tropicais não param de evoluir e causar
epidemias, patologias antigas voltaram, e esse desequilíbrio
tende a estimular novas mutações virais, que demandam
o desenvolvimento de novos testes e metodologias. Neste
contexto, o Mercado de Diagnósticos precisa acompanhar
os avanços da tecnologia e disponibilizar novos testes que
atendam a estas demandas.
Covid-19 - Um desafio gigante e inesperado
A pandemia obrigou o mercado de diagnósticos a trabalhar
no desenvolvimento de testes confiáveis para a detecção do
vírus SARS-CoV-2 em tempo recorde. Os olhos do mundo
estavam voltados para as empresas fabricantes de testes,
aguardando uma rápida resposta.
O Futuro do Mercado de Diagnósticos
Em um mercado altamente tecnológico, as metodologias
seguem a tendência mundial de cada vez entregar um
diagnóstico mais rápido e mais eficaz, mas que consiga
atender as demandas das novas patologias, dos profissionais
de saúde e também das indústrias farmacêuticas, tanto do
ponto de vista do tratamento, quanto no monitoramento,
Já em março de 2020, a Cepheid apresentou os primeiros
testes rápidos do mercado para detecção qualitativa de
SARS-CoV-2 e obteve da Food & Drug Administration (FDA)
nos EUA a autorização para a sua comercialização.
Em junho de 2020, a Cepheid inovou ao apresentar ao
mercado um teste de próxima geração para auxiliar os
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Revista NewsLab | Março 2021
O Sistema GeneXpert® e o futuro
esforços globais na luta contra a disseminação do COVID-19
durante a próxima temporada de vírus respiratórios. O teste
Xpert® Xpress SARS-CoV-2 / Flu / RSV quatro-em-um deve
fornecer detecção qualitativa de SARS-CoV-2, Flu A, Flu B e
RSV de uma única amostra de paciente.
Ainda há muito que se fazer na área de diagnósticos, seja
nos testes em si, na rapidez da entrega de resultados, na
confiabilidade, na simplicidade, processamento dos dados
e entrega dos resultados.
Tendo como meta central avançar no tratamento ao
paciente, a Cepheid tem como visão entregar os melhores
resultados nos menores prazos possíveis.
Se falássemos há 6 ou 7 anos atrás que fosse possível
utilizar esta tecnologia para a área de virologia por exemplo,
ninguém acreditaria. Hoje, esta realidade já se estende
a outros testes, inclusive na área de oncologia, em que
foram desenvolvidos testes para câncer de mama, bexiga e
pâncreas, ampliando significativamente o leque de opções.
MATÉRIA DE CAPA
A área de biologia molecular ou PCR já é uma realidade
no contexto dos diagnósticos, oferecendo respostas mais
sensíveis e mais rápidas. Com os avanços da medicina, novos
procedimentos, novos medicamentos, a área de diagnósticos
como referência, um balizador para o médico tomar uma
ação, também teria de evoluir impreterivelmente.”
A Cepheid conta com a vantagem de possuir um corpo
de profissionais da área de saúde constantemente
atualizado. Universidades de ponta, comunidade
acadêmica bastante ativa e guiada por publicações
científicas conhecem, utilizam e recomendam os testes
Xpert®, o que facilita o reconhecimento dos benefícios
Ampla linha de Sistemas Modulares projetada para atender pequenas ou grandes demandas.
Revista NewsLab | Março 2021 0 57
MATÉRIA DE CAPA
GeneXpert® e a área de saúde no Brasil
desta tecnologia. A percepção que
estes profissionais tem é muito
positiva, porém, ainda existe uma
grande distância entre a percepção
e a adoção e a Cepheid tem
concentrado seus esforços para a
redução desta distância, fazendo
um trabalho bastante consistente
junto aos convênios de saúde,
buscando um olhar para o resultado
como um todo, ou seja, mostrando
que um investimento inicial maior
pode significar um investimento
significativamente menor na cadeia
completa, com ganhos de eficiência,
processo, prevenção e recuperação
mais rápida do paciente. Muitos
convênios trabalham hoje com
foco na prevenção e o diagnóstico
precoce é um instrumento essencial
nessa nova visão.
GeneXpert®- uma tecnologia
que revolucionou o Mercado de
Diagnósticos
A tecnologia dos testes GeneXpert®
representa indubitavelmente uma
revolução no Mercado Mundial de
Diagnósticos. O teste Xpert® MTB/RIF
para tuberculose, foi endossado pela
Organização Mundial de Saúde - OMS e
revolucionou as políticas de diagnóstico
e tratamento de tuberculose no
mundo. Hoje, 13 anos depois desta
experiência, a situação de tratamento
de tuberculose no mundo todo mudou
de maneira radical - de até 7 semanas
para se obter um diagnóstico completo
de tuberculose, este prazo foi reduzido
para 1 hora e 50 minutos em média.
O impacto disso na saúde global é
imensurável.
Outro grande exemplo de revolução
são os testes para rastreio de agentes
que causam infecção hospitalar,
Xpert® MRSA e Xpert® C. Difficile, os
maiores responsáveis por casos de
infecção hospitalar e que, infelizmente,
podem levar pacientes a óbito. Com a
introdução destes testes, os médicos
já podem ter a exata ideia sobre a
necessidade ou não de administração
de antibióticos, evitando a resistência
da bactéria e economizando recursos
financeiros vitais ao hospital e ao
paciente.
E mais recentemente, o desenvolvimento
dos testes para Covid-19 em tempo
recorde, mostram que há um espaço
imenso para evoluir na tecnologia de
testes diagnósticos, melhorando a
qualidade e ampliando o acesso a saúde
em todo o mundo.
Para mais informações nos procure:
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0 58
Revista NewsLab | Março 2021
AUTOMAÇÃO EM
ANÁLISES CLÍNICAS
A CONTRIBUIÇÃO DA AUTOMAÇÃO
NAS ANÁLISES CLÍNICAS E A DEFICIÊNCIA DO PROFISSIONAL
THE CONTRIBUTION OF AUTOMATION IN CLINICAL ANALYZES AND THE PROFESSIONAL'S DISABILITY
Por Francisco Eduardo Ferreira Alves 1 , Cícero Lasaro Gomes Moreira 2 .
Resumo
O cenário laboratorial dos últimos anos passou por mudanças
significativas no que diz respeito não somente à gestão
administrativa, mas também a diversos fatores que corroboram
com o aumento da eficiência dos processos, diminuição
de erros e, consequentemente, gestão de qualidade. A inclusão
da automação laboratorial se destaca como uma dessas
modificações, visando a otimização de cada um dos processos
laboratoriais juntamente com a avaliação de falhas em
cada uma das fases processuais dentro do laboratório, desde
a pré-analítica até a pós. Este artigo tem como objetivo levantar
uma observação sobre a importância deste processo,
suas etapas e vantagens e a forma como o profissional lida
atualmente com essa implementação e exigências.
Palavras-chave: Automação. Laboratório. Otimização.
Profissional.
Abstract
The laboratory scenario in recent years has undergone
significant changes with regard not only to administrative
management, but also to several factors that corroborate
with the increase in the efficiency of processes, reduction
of errors and, consequently, quality management. The
inclusion of laboratory automation stands out as one of
these modifications, aiming at the optimization of each
of the laboratory processes together with the evaluation
of failures in each of the procedural phases within the laboratory,
from pre-analytical to post. This article aims to
raise an observation about the importance of this process,
its steps and advantages and the way the professional
currently deals with this implementation.
Keywords: Automation. Laboratory. Optimization.
Professional.
Introdução
O laboratório clínico vem sofrendo
bruscas modificações e evoluções
nas últimas décadas. Com a
tecnologia, os métodos de diagnósticos
tornam-se cada dia mais
sensíveis e eficazes, o que gera
também um maior custo e uma
política de mercado mais competitivo.
Com isso, é necessário que os
profissionais da clínica laboratorial
também passem por um processo
de renovação, aprendendo a lidar
com todo a tecnologia na qual são
inseridos.
Automação vem do latim automatus,
que significa mover-se por
si. Em suma, pode-se definir a automação
como a aplicabilidade de
técnicas mecânicas – ou computadorizadas
– que possuam como
objetivo principal o resultado de
um processo mais eficaz, por meio
de um menor gasto de mão de obra,
tempo, valor e, também, com a finalidade
de obter maior segurança.
0 60
Revista NewsLab | Março 2021
História da Automação em
Análises Clínicas
O setor laboratorial pode ser considerado
pioneiro em relação à área
médica, pois foram os primeiros a
atuar na promoção do conceito de
qualidade. Nos laboratórios clínicos,
a automação teve seu ponto de evolução
na década de 1940, nos Estados
Unidos, quando em meio a uma
crise sanitária, o número de exames
solicitados cresceu exorbitantemente,
e os profissionais disponíveis para
o trabalho diminuíram bastante.
Acompanhando esse processo, naturalmente
os custos operacionais
também aumentaram consideravelmente,
o que trouxe a necessidade
imediata de uma atitude para amenizar
a situação atual. Inicialmente,
utilizaram-se de pipetas semiautomáticas,
calorímetros fotoelétricos e
fotômetros, porém não foi suficiente
para resolver o problema, apenas
proporcionar um paliativo para amenizar
a carga de trabalho dos profissionais
envolvidos.
Já na década de 1950, Leonard T.
Skeggs Jr., bioquímico dos Estados
Unidos, trouxe à tona a estimativa
de que em 10 anos os atuais 35 mil
exames realizados por mês no Hospital
Veterans Administraation de
Ohio chegariam a dobrar e que, assim,
seria praticamente impossível
conseguir manter a qualidade em
suas realizações e diagnósticos com
apenas quatro analistas, que era o
número de profissionais trabalhando
na época em seu laboratório. A partir
dessa necessidade, Skeggs construiu
um protótipo do equipamento que
viria a revolucionar a rotina laboratorial,
nomeado AutoAnalyzer. Por esta
criação o bioquímico é conhecido
como fundador das análises clínicas
automatizadas.
Já em 1990, houve a definição do
controle de qualidade, garantia e
gestão total da qualidade. Na década,
a evolução tecnológica ainda auxiliou
a implementação dos conceitos da
qualidade, sempre em busca de uma
melhoria mais eficaz e contínua, o
que solicitou diretamente uma maior
análise de cada um dos processos e
fases da realização de exames laboratoriais,
sejam aspectos técnicos,
administrativos ou organizacionais.
Modificações Laboratoriais
No século passado, ao mesmo
tempo em que a tecnologia surgia
rompendo barreiras e tornando-se
protagonista em todos os setores,
a área laboratorial teve a percepção
da sua importância para amenizar
a questão da propagação de doenças
infecciosas. A inserção da automação
na medicina laboratorial,
nas últimas décadas, foi reconhecida
como essencial para a busca
de eficiência das empresas do setor
e gerou uma expansão a todos os
setores e fases dos processos dos
laboratórios clínicos. A evolução
permitiu, ainda, que empresas de
distintos portes pudessem implementar
algum tipo de automação
em seus processos.
Os laboratórios trabalham divididos
em departamentos, organizados
por serviços como bioquímica,
endocrinologia, hematologia. Esse
modelo é considerado pouco eficiente,
porém a integração entre
as áreas gera redução de custos
laboratoriais e, portanto, tende a
aumentar com o uso da automação
na fase pré-analítica. A automação
laboratorial consiste em integrar
hardware e software e evoluiu de
uma operação baseada em aspectos
mecânicos, em 1970, para um sistema
orientado por informações mais
complexas na década de 1990.
AUTOMAÇÃO EM
ANÁLISES CLÍNICAS
Revista NewsLab | Março 2021
0 61
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AUTOMAÇÃO EM
ANÁLISES CLÍNICAS
Nas últimas duas décadas, os
laboratórios sofreram transformações
radicais, o que trouxe,
também, novas responsabilidades.
Essas transformações são consequências
diretas do aumento populacional,
assim como crescimento
de profissionais e técnicos de
laboratórios e uma grande demanda
de serviços. A automação, vindo
logo em seguida da mecanização,
é uma realidade atual em diversos
locais do mundo. Quando utilizado
da forma correta, o sistema de
automação pode trazer benefícios
desde a exatidão do processo, até
segurança e economia, conforme
na tabela a seguir.
Um sistema para a automação de
equipamentos gera uma possibilidade
de erros quase nula. Além disso,
a produtividade é muito superior.
Quanto mais bem estruturada
a empresa, organizada e mantendo
um bom relacionamento com o
mercado e com seus pacientes, mais
alto será seu grau de sucesso.
O Papel da Automação nas
Fases Operacionais
A inserção de um sistema de
automação laboratorial ocasiona
Tabela 1: Benefícios da automação para a clínica laboratorial
impactos positivos em todo o processo
operacional. Ronan Pereira
cita como exemplo que na fase
pré-analítica a automação pode
estar adotada em um cadastro do
paciente ou no preparo das amostras
até a distribuição das mesmas
para áreas analíticas. Com a utilização
de softwares é possível ainda
obter um banco de dados que
favoreça - e facilite - os processos
que virão na fase a seguir.
A fase analítica é o período onde a
automação está mais ativa e, dessa
forma, gera uma maior eficácia relacionada
a produção laboratorial. O
laboratório ganha não apenas tempo
na execução das tarefas, mas também
uma maior facilidade para os
profissionais envolvidos nos processos,
podendo depositar sua atenção
na interpretação dos diagnósticos.
Na fase pós-analítica, a automação
busca gerar melhorias no momento
da liberação de resultados
diretamente para o paciente. Neste
momento, há uma possível redução
de erros de transcrição, como
no momento de um resultado manual
o profissional está sujeito ao
equívoco; quando automatizado, o
0 64
Revista NewsLab | Março 2021
processo ganha uma maior precisão.
Outro ponto bastante positivo
da automação nesta fase é o tempo
que se economiza, aumentando
também a produtividade do processo.
Dessa forma, as vantagens
não se resumem apenas à clínica,
mas também ao paciente não somente
pela redução do tempo de
espera, mas também por receber
resultados mais confiáveis.
Diversos fatores foram os reais
motivadores para a rápida expansão
e evolução da automação no
ramo da medicina laboratorial,
como fatores de mercado, uma intenção
de gerar melhor assistência
à saúde pública ou privada, até fatores
internos próprios do ambiente
financeiro das instituições.
Em relação à operação, os fatores
internos motivadores que se pode
citar são maior segurança e planejamento
de capacidade de produção,
produtividade do processo
(throughput), possíveis com a eliminação
de atividades consideradas
como não necessárias, buscando a
simplificação e a padronização dos
processos, o que visa diretamente
à redução na quantidade de documentação
das atividades.
A Automação e o Profissional
Como cita Campana (2011), a medicina
diagnóstica é participativa
em 70% das decisões clínicas e o
crescimento na utilização de exames
laboratoriais é cada vez maior
diante da sua importância na área
da saúde. Essa atuação envolta em
novas tecnologias demanda uma
expectativa e pressiona o mercado
a buscar novas estratégias de atuação
dentro da área.
Diante disso, a pressão por mudanças
reais e práticas acontece em
cada um dos pontos do setor. Desde
o cliente, que cria uma expectativa
e exigência muito maior em relação
ao serviço oferecido; os fornecedores
e fontes pagadoras do serviço
em relação a custos e valores; a
comunidade médica que, de qualquer
forma, acaba, com o passar do
tempo e as evoluções constantes,
depositando cada vez mais confiança
nos exames laboratoriais e seus
respectivos diagnósticos; e, por fim,
toda dinâmica de mercado, que gera
uma tensão entre as empresas em
relação a concorrentes e competições
na busca de melhores soluções
e retornos para os clientes.
Em relação ao profissional da clínica
laboratorial, é importante que uma
maior atenção seja dedicada a todos,
pois a automação é um sistema de
implantação bastante cara e, se não
alinhada a um treinamento e capacitação
impecável para os operadores
do sistema, trará muito mais ônus do
que bônus à empresa. Plebani (2018),
descreve o atual cenário da medicina
laboratorial como promissor, onde os
profissionais têm a oportunidade de
dedicar seu tempo para a gestão de
qualidade, criando uma ampla rede
de dados de comunicação entre as
demais instituições e trazendo ainda
mais benefícios aos pacientes.
As maiores desvantagens envolvendo
o setor profissional da
automação estão relacionadas
ao treinamento adequado que é
AUTOMAÇÃO EM
ANÁLISES CLÍNICAS
necessário para o manejo de um
sistema de automação e a manutenção
que o equipamento necessita,
normalmente planejado e
cuidadoso - o que nem sempre é
possível. Qualquer que seja o grau
de automação de uma empresa, é
sempre preciso também que seja
mantido um laboratório que opere
manualmente, nunca somente
de forma equipada-automatizada,
principalmente porque os métodos
manuais são os com mais baixo
custo e ágeis de realizar um pequeno
número de distintos exames
urgentes que possam surgir fora de
horários comuns.
Considerações Finais
O processo de automação em
análises clínicas promoveu um
grande avanço no diagnóstico e
na prevenção de doenças, gerando
uma otimização na eficiência
dos laboratórios e buscando gerar
segurança para os pacientes. Com
isso, houve a expansão da gestão
de qualidade, pois diante de toda
modernização se faz necessário
profissional capacitado para transmissão
desses avanços no setor da
saúde - que vise não apenas vantagens
para o mercado da empresa,
mas também para atender às necessidades
da sociedade.
A efetivação da automação laboratorial
é muito forte para os próximos
anos, uma vez que visa atingir a diferentes
tipos de empresas, com o emprego
de novas ferramentas e modelos
diversos onde for mais necessário.
O sucesso de qualquer procedimento
como esse está na busca em alinhar
a estratégia da empresa ao bom funcionamento
e à realidade profissional
dos operadores e funcionários. Bem
como atingir aos maiores benefícios
do procedimento de automação, que
são a qualidade e objetividade dos
exames, atingindo totalmente às necessidades
dos pacientes.
Referências
ANDRIOLO, A. Breve história da automação em laboratórios
clínicos. Recomendação da Sociedade Brasileira
de Patologia Clínica. Medicina Laboratorial SBPC/ML.
Automação Laboratorial: histórico, seleção, implantação
e gestão. São Paulo: Manole, 2018, P.1-30.
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BURKE, D. Laboratory medicine in the 21st century. Am
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CAMPANA, G.A, et al. Tendências em medicina laboratorial.
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v.47, n.4, p.399-408. Ago, 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=393541961003
CARVALHO, J. P. P. Os laboratórios de saúde pública nos programas
de saúde. Departamento de Prática de Saúde Pública
da Faculdade de Saúde Pública da USP. São Paulo, 1976.
FELDER, R. Automation: survival tools for the hospital
laboratory. Second International Bayer Diagnostics.
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LABEAU, K. M. et al. Clinical laboratory tests menu
changes in the pacific northwest: 1994 to 1996. Clin
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LIPPI, G. PLEBANI, M. The add value of laboratory
diagnostics: the many reasons why decision-makers
should actually care. J Lab Precis Med 2017;2(100):1-4.
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PLEBANI, M. Clinical laboratory: bigger is not always
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SPEAR, S. J. Fixing healthcare from the inside, today.
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STREITBERG, G. et al. Automation in clinical biochemistry:
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VIEIRA, K. et al. A utilidade dos indicadores da qualidade
no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Bras Patol
Med Lab. 2011;47(3):201-10. Disponível em: https://
www.redalyc.org/articulo.oa?id=393541960002
VILCHES, A. M. et al. Los laboratórios de salud. In: SO-
NIS, A. Medicina sanitaria y administración de salud.
Buenos Aires: El Ateneo, 1971.
Autores:
Francisco Eduardo Ferreira Alves 1 , Cícero Lasaro Gomes Moreira 2 .
¹Biomédico pela Faculdade Santa Maria; Mestre em Ciência e Tecnologia em Saúde pela UEPB;
Especialista em Hematologia clínica pela UNILEÃO.
²Biomédico pela Faculdade Santa Maria; Especialista em Hematologia Clínica pela UNILEÃO.
0 66
Revista NewsLab | Março 2021
AUTOMAÇÃO EM
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0 67
MINUTO LABORATÓRIO
VALIDAÇÃO DE ENSAIOS
EM ANÁLISES CLÍNICAS
Por Fábia Bezerra, Mariana M. Zanotto de Araújo.
A validação analítica é um processo
imprescindível para qualquer implantação
de um novo equipamento
analítico, teste e/ou metodologia a
ser processada em um laboratório.
Nos permite uma completa análise
considerando diferentes amostras,
equipamentos de medição, ensaio,
métodos e quaisquer outras possíveis
fontes de variação dos processos
analíticos. Desta forma, asseguramos
a confiança dos ensaios realizados
quanto aos resultados obtidos.
O objetivo de uma validação é demonstrar
ensaios exatos, precisos,
estáveis, reprodutíveis e flexíveis para
uma faixa específica de uma substância
que se espera identificar ou quantificar.
Em suma, esta validação significa
que iremos garantir que as análises
reproduzam valores consistentes se
comparadas a um valor de referência.
Antes do início de uma validação, é
preciso haver um bom planejamento, começando
pela segregação das amostras:
Selecione amostras biológicas
íntegras: com volume suficiente,
livre de hemólise, lipemia, fibrinas
e, nossa sugestão é que não sejam
de pacientes internados (pois sofrem
muita interferência de medicamentos).
Utilizem amostras
conhecidas com resultados baixos,
normais e altos do analito que deseja
validar e se não for possível,
faça um pool de amostras aleatórias
e envie para comparabilidade
em laboratório de Apoio. Se
atentem sempre a estabilidade das
mesmas frente ao exame que pretende
validar.
Para exames qualitativos, segregue
Reagentes e não Reagentes,
Positivos e Negativos. E no caso de
Classificação sanguínea, segregue
amostras aleatórias.
Exames de Coagulação, Hemograma,
Microbiologia e Urina, sugerimos utilizar
amostras do dia.
Executando a Validação:
- Segundo o protocolo do Colégio
Americano de Patologia Clínica
(CAP), a indicação é que a validação
de cada analito seja realizada
em 60 ensaios (20 resultados baixos,
20 normais e 20 altos).
Etapas:
De acordo com as referências pesquisadas,
as etapas a seguir são:
-Precisão Intraensaio (Repetibilidade):
A repetibilidade de resultados
corresponde à concordância entre
resultados de sucessivas medidas
do mesmo analito, obtidos sob
as mesmas condições de medida.
Serão analisadas 10 alíquotas, sequencialmente,
de valores baixos,
normal e elevado, em dois períodos
distintos, manhã e tarde, de
um único dia.
0 68
Revista NewsLab | Março 2021
MINUTO LABORATÓRIO
-Precisão Interensaio (Reprodutibilidade):
A reprodutibilidade é a maior diferença,
no nível de confiança de
95%, que pode ocorrer em resul-
Para o estabelecimento da sensibilidade
analítica, serão realizadas
4 diluições (1:2; 1:5; 1:10 e 1:20)
de uma amostra de valor baixo.
De cada uma das diluições, serão
dade preconizada pelo fabricante.
De cada uma das diluições, serão
realizadas 10 determinações. A
linearidade analítica será definida
como sendo a menor diluição da
tados obtidos em condições de re-
realizadas 10 determinações. A
amostra que apresente resultados
produtibilidade, ou seja, analistas
sensibilidade analítica será defi-
reprodutivos, ou seja, que apre-
diferentes, instrumentos diferentes
nida como sendo o valor de maior
sente o menor valor de CV entre
ou até laboratórios diferentes.
diluição da amostra que apresente
os resultados e cujo valor de CV
resultados reprodutivos, ou seja,
seja inferior ao CV aceitável para
Diferente da Repetibilidade a Re-
que apresente o menor valor de
o analito.
produtibilidade é a precisão do en-
CV entre os resultados e cujo valor
saio em condições mais variadas e
de CV seja inferior ao CV aceitável
-Verificação da Linearidade e
pode ser obtida através de um intra-
para o analito.
Acurácia:
laboratorial, onde analistas diversos
Para a verificação da linearidade
farão os testes em dias diferentes.
-Linearidade Analítica:
e acurácia, serão selecionadas duas
É a capacidade do método em
amostras, uma de valor baixo, pró-
A reprodutibilidade é a maior diferen-
gerar resultados linearmente
ximo à sensibilidade do método e
ça, no nível de confiança de 95%, que
proporcionais à concentração do
outra de valor elevado, próximo
pode ocorrer em resultados obtidos em
analito, dentro de uma faixa ana-
à linearidade do método. Serão
condições de reprodutibilidade.
lítica especificada. Para o estabe-
feitas diluições sequenciais das
lecimento da linearidade analítica,
amostras, de acordo com a tabela
- Sensibilidade Analítica:
serão realizadas 4 diluições (1:2;
abaixo(*Tabela 1), as quais serão
É a capacidade do método de distinguir,
1:5; 1:10 e 1:20) de uma amostra
processadas em triplicata e das
com confiança, concentrações mínimas.
de valor elevado, acima da lineari-
quais se obterá um valor médio.
Tabela 1: Diluições Sequenciais das Amostras
Amostra Diluição Valores Teóricos Esperados
D1 Amostra baixa pura Concentração conhecida da amostra
D2 4 partes da amostra baixa e 1 parte da amostra alta (4 x D1) + (1 x D6)/5
D3 3 partes da amostra baixa e 2 partes da amostra alta (3 x D1) + (2 x D6)/5
D4 2 partes da amostra baixa e 3 partes da amostra alta (2 x D1) + (3 x D6)/5
D5 1 parte da amostra baixa e 4 partes da amostra alta ((1 x D1) + (4 x D6)/5
D6 Amostra alta pura Concentração conhecida da amostra
Onde: D 1- D6 correspondem às diferentes diluições.
0 70
Revista NewsLab | Março 2021
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MINUTO LABORATÓRIO
AMR/CRR:
O Intervalo Analítico de Medidas
(AMR) é definido como o intervalo de
concentração no qual a quantificação
da amostra é realizada sem qualquer
modificação (diluição ou concentração).
O Intervalo de Relato Clínico
(CRR) estabelece quais as diluições
máximas aplicáveis a cada analito.
1- Três amostras baixas
2- Duas amostras altas
3- Uma amostra baixa
4- Duas amostras altas
5- Quatro amostras baixas
6- Duas amostras altas
7- Uma amostra baixa
8- Duas amostras altas
9- Uma amostra baixa
10- Duas amostras altas
Uma das etapas de Validação é a
CORRELAÇÃO CLÍNICA (Valor Diagnóstico)
– Análise aplicada para
ensaios de comparabilidade quantitativa
ou qualitativa.
Estes resultados são analisados
em comparação a Correlação clínica
estabelecida entre os resultados
dos Analitos em comparabilidade
O estabelecimento do AMR e do
CRR se dará através dos resultados
obtidos nos estudos para o estabelecimento
da sensibilidade e da
linearidade.
-Carryover:
É o carreamento de resíduo de um
ensaio inicial que pode ser levado
a outra reação, contaminando o
teste imediatamente seguinte, representando
um possível erro analítico.
Para compreender esta fonte
de erro nos sistemas analíticos e
garantir que eles estão dentro dos
limites permitidos deve-se cumprir
um protocolo de inspeções e verificações
periódicas.
No estudo do carryover serão utilizadas
10 alíquotas de uma amostra
com concentração de valor conhecido
baixo(B) e 10 alíquotas de
uma amostra com valor conhecido
alto(A), estas amostras serão analisadas
sequencialmente:
Calculam-se as médias das concentrações
de todas as amostras
baixas analisadas após uma amostra
baixa (B-B) e a média das concentrações
baixas após amostra
alta (A-B). É ainda calculado o DP
das leituras B-B e o carreamento é
obtido pela diferença entre as médias
de B-B e A-B.
Como critério de aceitação
adota-se um carreamento de
até três desvios padrões das
leituras B-B.
-Robustez:
É a capacidade do método em
resistir a pequenas e deliberadas
variações nas condições analíticas
como: condições ambientais,
fator humano, variações entre
lotes de reagentes ou materiais
empregados. O estudo de robustez
será realizado com a análise
de 10 amostras em duplicata por
três operadores diferentes.
para validação de exames, métodos,
kit, equipamentos e lotes,
sendo que os resultados correlacionados
precisam apresentar o
mesmo Valor Diagnóstico e demonstrar
conformidade acima do
estabelecido para a liberação na
produção.
A sua validação inicial neste caso,
deve demonstrar na tabela se os
resultados constam dentro da normalidade
ou se representam alterações
clínicas.
O cálculo é feito através da subtração
do resultado do equipamento
a ser validado com o resultado
do equipamento vigente. A Correlação
numérica entre resultados
obtidos para ensaios de Comparabilidade
Quantitativas, deve estar
dentro das Normas preconizadas
pela ANVISA e INMETRO:
0 72
Revista NewsLab | Março 2021
Correlação Clínica (Valor Diagnóstico)
- Análise aplicada para ensaios
de comparabilidade Qualitativa:
Os resultados correlacionados
precisam apresentar o mesmo Valor
Diagnóstico e demonstrar conformidade
acima do estabelecido
para a liberação na produção.
Demonstrar na tabela se os resultados
constam dentro da normalidade
ou se representam alterações clínicas.
Para as comparabilidades Qualitativas,
utilizar o padrão de Conforme/
Não conforme.
Antes ou após a validação do
analito, deve-se imediatamente
cadastrar uma amostra Teste – e
acompanhá-la até a liberação clínica
do laudo. Conferir exames que
precisam de cálculo, verificar valor
de referência e unidades de medida.
Imprimir e arquivar datado e assinado
pela Garantia da Qualidade,
Responsável Técnico e Tecnologia
da Informação (TI). Assegurando
assim que o exame será reproduzido
e Inter faceado de ponta a ponta.
Guardar os dados da validação
por cinco anos de forma rastreável.
E em caso de implantação, como
proceder?
- Verifique se há câmara fria e/ou
geladeiras para guarda de amostras
biológicas e outra para guarda
de insumos.
-Certifique-se que há fornecimento
elétrico que suporte Ar condicionado,
todos os equipamentos
ligados e sistema de água com autonomias
suficientes no local.
- Faça um pedido de insumos
que contemple o suficiente para
a validação (multiplique o número
de testes estimados que fará
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pelo número de ensaios de cada
kit), espelhamento de equipamentos
(backup) e primeiro mês
de rotina. Estes itens devem conter
o quarteto indispensável para
cada analito: Reagente, Calibrador,
Controle e consumíveis.
Segue exemplo da planilha de Validação inicial:
Se certifique que os itens acima
são compatíveis com a máquina que
irá validar.
- Todas as máquinas devem ter a capacidade
de emitirem dados brutos -
seja impresso, via sistema ou pen drive.
Referências:
.Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Resolução
RE nº 899, de 29 de maio de 2003, Diário Oficial da
União, 02/06/2003.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial; DOQ-CGCRE-008, Orientações sobre
Validação de Métodos de Ensaios Químicos, março, 2003.
Swartz, M. E.; Krull, I. S.; Pharm. Technol. 1998, 2012.
Green, J. M.; Anal. Chem. 1996, 68, 305A.
.CLSI GP29-A Métodos alternativos de controle de Qualidade
.RDC 302 - Regulamento Técnico para funcionamento de
Laboratórios Clínicos
.Westgard Variação Biológica e especificações de Qualidade
Analítca
.www.westgard.com/biodatabase1.htm
.CLIA Proficiency testing criteria for acceptable analytical
performance
.www.westgard.com/clia.htm
.https://www.cap.org/
Autoras
Mariana M. Zanotto de Araújo
Biomédica, Supervisora da Qualidade do Grupo
São Francisco/Hapvida Diagnósticos.
Fábia Bezerra
Biomédica, Gerente Nacional de Qualidade da
Hapvida Diagnósticos.
0 74
Revista NewsLab | Março 2021
IMPORTÂNCIA DA FENOTIPAGEM DE
ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS DOS GRUPOS SANGUÍNEOS ABO,
RH E KELL NOS BANCOS DE SANGUE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
BANCOS DE SANGUE
IMPORTANCE OF PHENOTYPING OF ERYTHROCYTIC ANTIGENS OF ABO, RH AND KELL BLOOD
GROUPS IN BLOOD BANKS: BIBLIOGRAPHIC REVIEW
Vanessa dos Santos Feliciano 1 , Allyne Cristina Grando 1
Resumo
Na rotina dos bancos de sangue a determinação de antígenos
eritrocitários por meio de testes imunohematológicos pré-
-transfusionais como a fenotipagem eritrocitária garantem
que o processo de infusão de hemocomponentes seja o mais
seguro possível. Por meio desta técnica a equipe transfusional
é capaz de destinar seguramente aos pacientes bolsas de
sangue fenótipos compatíveis, evitando assim a formação de
aloanticorpos bem como reações hemolíticas pós transfusionais.
O mapeamento do perfil eritrocitário do doador e receptor
é essencial para evitar rejeições por incompatibilidade
dos sistemas ABO, Rh e Kell, uma vez que estão diretamente
ligados a Doença Hemolítica do Recém Nascido, no caso de
mulheres em idade fértil ou ainda gestantes. Das reações
transfusionais conhecidas, as que possuem maior incidência
são as de resposta imune aguda, tais como as Reações Febril
não Hemolítica e as Reações Alérgicas, havendo ainda
a Reação Hemolítica por Incompatibilidade ABO. Todas com
início de seus sinais e sintomas em até 24 horas pós transfusão,
sendo possível a reversão do quadro de rejeição das
duas primeiras, já a última podendo ser fatal. Assim sendo,
foi objetivo deste estudo ressaltar a importância da fenotipagem
de antígenos eritrocitários dos grupos sanguíneos ABO,
Rh e Kell nos bancos de sangue e descrever as reações pós
transfusionais de sangues não compatíveis através de uma
revisão bibliográfica.
Palavras-chave: Fenotipagem, antígenos eritrocitários,
ABO, Rh, Kell.
Abstract
In the routine of blood banks, the determination of erythrocyte
antigens by means of pre-transfusion immunohematological
tests such as erythrocyte phenotyping
ensure that the blood component infusion process is as
safe as possible. Through this technique, the transfusion
team is able to safely allocate compatible phenotypes of
blood bags to patients, thus preventing the formation of
alloantibodies as well as post- transfusion hemolytic reactions.
The mapping of the donor and receptor erythrocyte
profile is essential to avoid rejections due to incompatibility
of the ABO, Rh and Kell systems, since they are directly
linked to Hemolytic Disease of the Newborn, in the case of
women of childbearing age or pregnant women. From the
known transfusion reactions, the ones that have the highest
incidence are those of acute immune response, such
as Febrile Non-Hemolytic Reactions and Allergic Reactions,
and there is also the Hemolytic Reaction for ABO Incompatibility.
All with onset of signs and symptoms within 24
hours after transfusion, making it possible to reverse the
rejection of the first two. The latter, on the other hand, can
be fatal. Therefore, the aim of this study was to highlight
the importance of phenotyping of erythrocyte antigens
from blood groups ABO, Rh and Kell in blood banks and to
describe the post-transfusion reactions of non-compatible
blood through a literature review.
Keywords: Phenotyping, erythrocyte antigens, ABO,
Rh, Kell.
Revista NewsLab | Março 2021
0 75
BANCOS DE SANGUE
Introdução
Na área transfusional, a presença
de anticorpos no plasma do receptor
são os causadores do efeito
mais grave associado às transfusões
sanguíneas, resultando em hemólise
do sangue transfundido devido a
uma resposta do sistema imune. A
necessidade de identificação e pesquisa
de anticorpos irregulares (PAI)
em pacientes que já realizaram
múltiplas transfusões sanguíneas
(politransfundidos) motivou a realização
de diversas pesquisas acerca
da frequência da aloimunização em
diversas populações (1-3) .
A aloimunização caracteriza-se
pela formação de anticorpos em decorrência
da exposição do indivíduo
a antígenos reconhecidos como não
próprios, como ocorre, por exemplo,
na infusão de sangue não-compatível,
sendo uma das causas resultante
as disparidades genéticas
entre doador e receptor (4, 5). A
aloimunização também ocorre em
gestantes, uma vez que os antígenos
essencialmente paternos se
encontram presentes nos eritrócitos
dos embriões, os quais podem chegar
à circulação sanguínea da mãe
durante o período gestacional ou
então no momento do parto (6, 7) .
Estudos comprovam que anticorpos
irregulares ocorrem em aproximadamente
0,3 a 2,0% da população
em geral. Segundo Giblett
(8), a probabilidade de um indivíduo
saudável produzir um ou mais
anticorpos antieritrocitários é de
aproximadamente 1% por unidade
de sangue transfundido, porém, a
frequência da produção destes anticorpos
em pacientes politransfundidos,
portadores de hemoglobinopatias,
tais como, anemia falciforme,
β- talassemia ou doenças hematológicas
malignas, varia de 9 a 30%.
Os anticorpos com maior correlação
à reação transfusional hemolítica
tardia são os direcionados aos antígenos
D, K, E, Fyª e
(1, 8, 9, 10, 11, 12, 13)
Jkª
Atualmente, já foram detalhados
mais de 350 antígenos eritrocitários,
integrados em 38 sistemas sanguíneos,
de acordo com a International
Society for Blood Transfusion (ISBT)
(14). Em virtude disso, testes de fenotipagem
sanguínea, também conhecidos
como testes pré-transfusionais,
tornam-se fundamentais na
rotina transfusional, pois por serem
métodos profiláticos visam diminuir
os possíveis efeitos indesejados das
transfusões sanguíneas (1, 15) .
Este trabalho teve como objetivo
ressaltar a importância da fenotipagem
de antígenos eritrocitários
dos grupos sanguíneos ABO, Rh e
Kell nos bancos de sangue e descrever
as reações pós transfusionais
de sangues não compatíveis.
Para tal, foi realizada uma revisão
bibliográfica através de pesquisas
nas plataformas SciELO (Scientific
Eletronic Library Online) e Pubmed
(US National of Medicine National
Institutes of Health) utilizando os
seguintes descritores: sistema ABO,
sistema Rh, sistema Kell, antígenos,
anticorpos e doação de sangue, nos
idiomas português, inglês, espanhol
e francês.
Compatibilidade sanguínea
Antígenos eritrocitários são açúcares
ou ainda proteínas capazes de
desencadear uma resposta imunológica,
induzindo o sistema imune
a produzir anticorpos que por sua
vez são herdados geneticamente
de nossos pais biológicos. A frequência
do aparecimento destes
antígenos está diretamente relacionada
à variabilidade racial de uma
determinada população, implicando
complexidade à área hemoterápica.
Por isso, faz-se relevante conhecer
quais fenótipos estão presentes no
concentrado de hemácias (CH) a ser
utilizado, uma vez que através disso
é possível definir a real compatibilidade
pré transfusional entre doador
e receptor. O mapeamento destes
fenótipos possibilita uma seleção
adequada do hemocomponente
a ser transfundido. Diante disso,
é possível estimar a incidência de
doadores compatíveis em casos de
receptores aloimunizados, além de
contribuir com dados fidedignos
acerca da prevalência fenotípica da
região (9, 15, 16) .
0 76
Revista NewsLab | Março 2021
Desta forma, como medida de prevenção
a possíveis reações transfusionais,
são aplicados testes laboratoriais
imunohematológicos tal
como a fenotipagem eritrocitária.
A técnica é baseada na presença ou
ausência de hemaglutinação mediada
pela reação antígeno-anticorpo.
Para tanto, são usadas hemácias do
paciente e/ou da bolsa de sangue,
bem como antissoros comerciais específicos,
este último contendo em
sua formulação anticorpos (imunoglobulinas
M e G), da qual por meio
da reação de interação, torna-se
possível verificar a presença de antígenos
na superfície das hemácias.
O processo pode ser feito por meio
de tubos de vidro ou ainda por microplacas
em gel. É considerando
positivo os resultados dos quais seja
possível a visualização de aglutinação
ou ainda hemólise. A identificação
dos antígenos eritrocitários
é uma técnica valiosa na terapia
transfusional, uma vez que oferece
maior segurança às transfusões
sanguíneas. Por meio dela, é possível
obter a compatibilidade ideal e
melhor classificar o sangue que será
transfundido, visto que os antígenos
sofrerão diferenciação preliminar, já
os hemocomponentes por sua vez,
serão identificados de acordo com
o fenótipo eritrocitário (1, 9, 15, 17, 18, 19) .
Reações transfusionais
A transfusão de sangue é um procedimento
potencialmente benéfico,
fundamental principalmente
para indivíduos portadores de patologias
das quais torna- se necessário
receber múltiplas transfusões.
Ainda assim, é um processo que
expõe os antígenos do doador aos
anticorpos do receptor. Diante disso,
torna-se imprescindível considerar
a compatibilidade destas substâncias
por meio da aplicação de
testes pré transfusionais, para que
assim seja possível evitar reações
imunológicas de nosso organismo
(20). A Figura 1 demonstra dados
referentes a frequência de reações
transfusionais ocorridas e notificadas
entre os anos de 2002 e 2015. É
válido observar que somente entre
os anos de 2013 e 2015 houve um
incremento médio no número de
notificações de 14,0% (21) .
Essas reações quando não evitadas,
seja por indicação indiscriminada de
transfusão sanguínea, ou ainda administração
incorreta dos CHs, podem
ocasionar incidentes transfusionais.
Os incidentes transfusionais, ou ainda
reações imunológicas pós transfusão
sanguínea, são um conjunto de respostas
imunológicas do organismo
frente ao que este identifica como
‘agente invasor’. Estas reações podem
ser categorizadas como de grau leve,
moderado à grave. Podem causar
piora em quadros clínicos de pacientes
com patologias sanguíneas como
anemia falciforme, uma vez que 50%
dos pacientes portadores da doença
tendem a necessitar receber transfusões
sanguíneas com o objetivo de
anemizar um quadro grave isolado, e
BANCOS DE SANGUE
Figura 1: Frequência absoluta das notificações de reações transfusionais, segundo o ano da
notificação e o ano da ocorrência. Brasil, 2002 a 2015.
Fonte: Sineps (dados de 2002 a 2006, acrescidos das frequências no Notivisa) e Notivisa (dados de 2007 a 2015) (21).
Revista NewsLab | Março 2021
0 77
BANCOS DE SANGUE
5% a 10% destes necessita entrar em
esquema de transfusão crônica. Desta
totalidade, 5% a 25% dos pacientes
desenvolvem aloimunização (22). As
reações transfusionais podem ocorrer
durante a transfusão ou em até 24 horas
após o seu início, sendo denominadas
reações imediatas. Já as reações
das quais o início dos sintomas conhecidos
como típicos de rejeição iniciam
dentro de um período entre 24 horas,
podendo durar até cerca de 3 semanas
pós transfusão sanguínea, são denominadas
reações tardias (23, 24).
A Tabela 1 apresenta as principais
reações transfusionais imediatas
notificadas por ano de ocorrência
de acordo com o tipo de reação. As
reações febris não hemolíticas (RF-
NHs), bem como as reações alérgicas
(ALGs) demonstram ser as mais
prevalentes no período citado, com
taxas médias de 47,9% e 38,8%,
respectivamente. Tais taxas não diferem
do cenário internacional, que
também apresenta RFNHs e as ALGs
no topo dos índices, porém, é possível
observar nestes uma tendência
à queda gradual em âmbito internacional
e no Brasil, por sua vez, uma
situação de estabilidade. Dentre as
reações transfusionais tardias, pode-se
observar na Tabela 2 as principais,
sendo as reações sorológicas
tardias (aloimunização) e as reações
hemolíticas tardias (RHT) as de grande
prevalência neste cenário tardio,
apesar da doença do enxerto contra
o hospedeiro (DECH) apresentar uma
taxa de mortalidade de 90% (21, 25) .
Esses dados corroboram com os
achados de Macedo et al. (24) , que realizaram
um estudo avaliando 5.174
transfusões realizadas, das quais
1,39% desencadearam reação transfusional.
Houve prevalência de reação
alérgica leve (54,1%) e da RFNH
(34,7%). Os autores averiguaram,
ainda, que grande parte dos receptores
que apresentaram reação transfusional
era paciente politransfundido.
Grandi et al. (26) verificaram que dentre
1.548 casos de reações transfusionais,
as RFNH representaram 56,6% dos
casos analisados e as alérgicas 38,4%,
totalizando 95,0%. Foi constado pelos
autores, também que reações de grau
leve são mais frequentes nas RFNH do
que entre as reações alérgicas.
Sistemas Sanguíneos
A descoberta dos sistemas sanguíneos
ocorreu no início do século
XX, quando o médico e cientista
austríaco Karl Landsteiner observou
que as hemácias de alguns indivíduos
formavam aglutinação quando
combinadas ao soro de outros
indivíduos. Karl então, registrou a
presença de aglutinação conforme o
grau de intensidade, formando assim
uma escala, comprovando que o
sangue poderia ser dividido em grupos.
Isto possibilitou que mais tarde
fosse esclarecido que as reações de
aglutinação estavam relacionadas à
presença de marcadores nas hemácias
e de anticorpos no caso do soro
(27, 28)
. Os sistemas sanguíneos se
determinam pela presença de antígenos
na membrana eritrocitária.
Estes antígenos possuem características
polimórficas bem definidas,
podendo estar presentes em diversos
outros tecidos (29) .
Embora as funções biológicas dos
polimorfismos dos grupos sanguíneos
não sejam plenamente compreendidas,
sabe-se que muitos de seus
antígenos atuam como moléculas
importantes no reconhecimento do
processo de diferenciação precoce do
tecido embrionário, havendo também,
evidências que relacionam os
grupos sanguíneos à possível suscetibilidade
ou resistência a várias doenças
infecciosas e não infecciosas,
talvez por estas moléculas apresentarem
maior expressão dos carboidratos
ABO em secreções e tecidos
que tenham contato com o ambiente,
como na pele e nas membranas
mucosas dos tratos respiratório e
gastrointestinal, fato que serve de
reforço para esta premissa (30) .
Através do aumento da expectativa
de vida e das modernas aplicações
de novos conhecimentos
tecnológicos, é possível observar
uma notável elevação no número
de doenças crônico-degenerativas
e cirurgias de maior complexidade.
Em resposta a isso, há o crescimento
do número de transfusões
sanguíneas, resultando no aumento
da frequência de aloanticorpos antieritrocitários
não pertencentes ao
sistema ABO. Como consequência,
diminuem-se as chances de encontrar
sangue compatível, podendo
resultar em reações transfusionais
hemolíticas imediata ou tardia (31) .
0 78
Revista NewsLab | Março 2021
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BANCOS DE SANGUE
Tabela 1: Definição, etiologia, incidência geral e frequências absoluta (f) e relativa (%) das reações transfusionais imediatas notificadas, de acordo
com o tipo de reação e o ano da ocorrência. Brasil, 2011 a 2015.
Tabela 2: Definição, etiologia, incidência geral e frequências absoluta (f) e relativa (%) das reações transfusionais tardias notificadas, de
acordo com o tipo de reação e o ano da ocorrência. Brasil, 2011 a 2015.
0 80
Revista NewsLab | Março 2021
Dessa forma, ainda que a compatibilidade
para o sistema ABO e Rh (em
especial o antígeno D) seja crucial na
prevenção de tais reações hemolíticas,
torna- se necessário que outros antígenos
do sistema Rh sejam compatibilizados,
especialmente C, c, E, assim como
os principais antígenos dos sistemas
Kell. Isso evidencia a necessidade de
que ocorra um manejo adequado para
a determinação correta do grupo sanguíneo
na rotina da hemoterapia, não
apenas para prevenir resultados mal
sucedidos devido a transfusões incompatíveis,
mas também para otimizar um
melhor uso das unidades de hemocomponentes
que portem fenótipos menos
frequentes, uma vez que a frequência
dos grupos sanguíneos varia conforme
rea etnicidade da população (32, 33) .
ABO
Segundo Henry (34) , Landsteiner mostrou
que o fenômeno de hemaglutinação
ocorreu quando os antígenos
presentes na superfície das hemácias
foram ligados pelos anticorpos contidos
no soro. Assim, denominou como antígenos
A e B e enfatizou que, de acordo
com o antígeno expresso na hemácia, o
sangue pertencia ao grupo sanguíneo
A ou ao grupo sanguíneo B. Já o grupo
que não apresentasse reação de aglutinação,
pertencia ao grupo sanguíneo
O (palavra alemã “Ohne”, que significa
“sem”). No ano de 1902, seus colaboradores
von Decastello e Sturli descobriram
e descreveram o grupo AB, que foi
então adicionado ao sistema ABO. Por
apresentar expressão tanto de antígenos
do grupo A quanto do grupo B, este
foi descrito como raro. (27, 35, 36) .
O sistema de grupo sanguíneo
ABO é resultante de um traço genético
determinado por genes que
ocupam o lócus ABO no cromossomo
9. Os antígenos expressos nas
hemácias desse sistema (denominados
A, B e H) são moléculas
complexas de carboidratos localizadas
na superfície celular dos eritrócitos,
sendo composto também,
por dois anticorpos plasmáticos
(anti-A e anti-B) que aparecem
após o nascimento (30, 37) .
Este grupo sanguíneo é atualmente
considerado o mais
importante sistema de grupos
sanguíneos na medicina transfusional,
pois em virtude da alta
imunogenicidade de seus antígenos,
a incompatibilidade com
este sistema é a causa mais comum
de morte pós transfusão.
A reação imunológica transfusional
ABO é inerente de anticorpos
formados intrinsicamente
pelo indivíduo contra seus
grupos não compatíveis. Diferentemente
do fator Rh, cuja
formação dos mesmos depende
de prévia sensibilização. (27, 28, 38) .
Rh
Segundo Levine e Stetson (39, 40) ,
o primeiro registro de reação hemolítica
transfusional ocorreu no
ano de 1939, na cidade de Nova
Iorque, quando uma gestante, ao
dar entrada em um hospital local
apresentando hipotensão arterial
e traços de albuminúria, teve seu
quadro agravado após algumas
semanas, no qual resultou em
forte hemorragia e um parto com
óbito fetal. Ao analisar o feto, foi
identificado que ele se encontrava
com aspecto macerado, pesando
apenas 595 g, o que não era compatível
com o estado avançado da
gestação, que naquele momento
já havia completado 33 semanas
(8 meses). Após a retirada da
placenta e o sangramento devidamente
controlado, a puérpera
então, que era portadora do grupo
O, necessitou receber sangue
de seu marido, portador do mesmo
grupo sanguíneo, vindo ainda
assim, a apresentar uma reação
transfusional descrita como grave,
por haver comprometimento
renal, sendo necessário a adoção
de medidas terapêuticas como
diatermia renal e repetidas transfusões
de doadores profissionais
compatíveis, selecionados através
da Transfusion Betterment Association
of New York. Ainda que se
tenha realizado mais de 6 transfusões
consecutivas, por se tratarem
de doadores totalmente compatíveis
ao seu tipo sanguíneo,
a puérpera não apresentou mais
nenhuma intercorrência, o que
resultou em sua total recuperação
após algumas semanas (34, 41, 42) .
Em 1940, Landsteiner e Wiener (34)
produziram, por imunização com hemácias
de Macacus rhesus, um soro
contendo anticorpos que aglutinavam
com cerca de 85% das hemácias
humanas testadas. O anticorpo identificado
foi denominado de fator Rh
BANCOS DE SANGUE
Revista NewsLab | Março 2021
0 81
BANCOS DE SANGUE
e conforme a presença de aglutinação,
denominaram de Rh positivo e negativo
(34, 43) . Posteriormente, este anticorpo
foi relacionado ao relatado por Levine
e Stetson (39, 40) , e seus estudos indicaram
anticorpos similares nos soros de
muitas puérperas e que apresentavam
reações semelhantes ao soro de animal
anti-Rhesus. Porém, em 1942, estudos
de Fisk (44) mostraram uma diferença
entre o anti-Rh humano e animal, concluindo
que não se tratava do mesmo
anticorpo, porém a nomenclatura Rh
permaneceu (34, 39, 40, 44) .
Representando um dos sistemas
mais polimórficos do sangue humano,
o sistema do grupo sanguíneo Rh
é composto por mais de 50 antígenos.
Entretanto, na prática clínica, apenas 5
destes antígenos são particularmente
importantes, tendo em vista uma escala
de antigenicidade D> E> C> c> e.
Portanto, faz-se de extrema necessidade
de que o sistema antígeno-anticorpo
Rh entre doador de sangue e receptor
seja correspondente, caso contrário, a
chance desta transfusão ser mal sucedida
e apresentar reações transfusionais
como a reação hemolítica, a doença
hemolítica do recém-nascido (DHRN)
em caso de gestantes, ou ainda anemia
hemolítica auto-imune torna-se eminente
(45) .
De acordo com Baiochi et al. (6) , o
antígeno D quando pesquisado entre
etnias, pode ser encontrado em cerca
de 85,0% da população caucasiana, em
90,0% a 95,0% dos indivíduos da raça
negra e praticamente em 100,0% dos
amarelos e índios. Além disso, há evidências
de que na população americana
a presença deste antígeno atinge 9,2%
das uniões com incompatibilidade Rh
entre indivíduos brancos e 4,5% entre
negros. Este antígeno encontra-se bem
desenvolvido e expresso nas membranas
dos eritrócitos a partir da sexta semana
de gestação.
Kell
O grupo sanguíneo Kell foi identificado
em 1945 e herdou esse nome em
virtude de uma paciente na qual foram
identificados anticorpos anti-Kell e que
cujo bebê foi acometido pela doença
hemolítica do recém-nascido (DHRN)
ou a também chamada eritroblastose
fetal. Este é um sistema sanguíneo
complexo que atualmente contém 34
antígenos considerados altamente imunogênicos.
Tais antígenos dividem-se
ainda em dois grupos distintos, dos
quais k (celano), Kpa , Jsa , Ula , K17,
Kpc , K23, K24, VLAN, VONG, KYO são
classificados como antígenos de alta
frequência, e os antígenos K, Kpb , Ku,
Jsb , K11, K12, K13, K14, K16, K18, K19,
Km, K22, TOU, RAZ, KALT, KTIM, KUCI,
KANT, KASH, KELP, KETI, KHUL classificam-se
como antígenos de baixa frequência.
Alguns destes antígenos podem
ser organizados em cinco conjuntos de
alelos emparelhados e o restante deles
apresenta alta incidência (mais de 99%
da população), enquanto outros são
expressos independentemente. Os antígenos
Kell ocupam a terceira posição
dentre os mais imunogênicos, depois
dos antígenos dos grupos sanguíneos
ABO e Rh, ou seja, ao desencadear uma
reação imune a ligação antígeno-anticorpo
pode causar reações transfusionais
e DHRN (28, 34, 35, 46) .
Segundo Osaro et al. (47) , a eritroblastose
fetal causada pela imunização
por antígenos Kell (especialmente o
antígeno K1) é pouco frequente, entretanto
tende a resultar em anemia fetal
grave em neonatos, uma vez que as
células precursoras de glóbulos vermelhos
fetais são afetadas e sua produção
suprimida. A mesma doença, quando
causada pela incompatibilidade ABO
(anti-ABO materno) ou Rh (anti-Rh
materno) são mais comuns, tendendo
a primeira ser mais branda e a segunda
podendo ser totalmente evitada (28, 36, 47) .
Fenotipagem
A fenotipagem consiste no mapeamento
dos fenótipos eritrocitários clinicamente
significativos contidos nos
grupos sanguíneos, determinados por
meio de técnicas específicas aplicadas
em bancos de sangue, possibilitando
dados da frequência dos genes mais
imunogênicos de cada grupo sanguíneo.
Sua prática é importante pois
visa diminuir o risco de aloimunização
eritrocitária, uma vez que estima a disponibilidade
de bolsas de sangue com a
maior compatibilidade sanguínea possível
(48, 49) .
Atualmente na medicina transfusional,
em virtude do alto risco associado
às gestações futuras e transfusões
sanguíneas crônicas, tem-se procurado
minimizar as chances de um indivíduo
formar aloanticorpos antieritrocitários
por meio da identificação dos mesmos
por fenotipagem, essa técnica tanto
confirma aloanticorpos já existentes,
0 82
Revista NewsLab | Março 2021
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BANCOS DE SANGUE
quanto auxilia na identificação de anticorpos
que poderão se formar no futuro.
Uma vez identificada a presença de
anticorpos clinicamente significativos
em um paciente e, havendo a necessidade
de transfusão, a seleção de um
CH fenótipo-compatível, seja este fenótipo-estendido
ou não, é de extrema
importância (1, 9) .
O CH com fenotipagem estendida
consiste em um concentrado de hemácias
previamente testadas para outros
antígenos eritrocitários além dos já
convencionais sistemas ABO e RhD. É
indicado para pacientes que possuem
resultado positivo para a Pesquisa de
Anticorpo Irregular (PAI), necessitando
assim, receber o sangue do qual há a
certeza da ausência do antígeno eritrocitário
específico para o anticorpo existente
na amostra do receptor (50, 51, 52) .
A realização da imunofenotipagem
para os sistemas ABO, Rh (CDE) e Kell
(K) deve ocorrer perante algumas patologias
sanguíneas como a anemia
aplástica grave (AAG) ou anemia de
Fanconi; doença mieloproliferativa crônica
(Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia
Mielomonocítica Crônica, Mielofibrose);
aplasia pura de série vermelha,
dentre outras; uma vez que estes pacientes
são candidatos a adentrar, ou já
fazem parte do esquema de transfusão
sanguínea crônica, já tendo sido ou não
expostos a uma aloimunização prévia
(anticorpos imunes e clinicamente significativos).
A mesma conduta é adotada
ao se tratar de receptores do sexo
feminino em idade fértil, com resultado
de P.A.I. negativo, e do qual sugere-se
caso necessário transfusão, a infusão de
CH negativo para antígeno K (K1), visto
sua alta imunogenicidade e relação direta
com a DHRN. Porém, ao se tratar de
um receptor com P.A.I. positivo, deve-se
realizar a transfusão de concentrado de
hemácias antígeno negativo para o anticorpo
correspondente (50) .
Ao se tratar de um paciente aloimunizado,
ou seja, aquele que possuir um
ou mais anticorpos contra antígenos
eritrocitários, a bolsa selecionada para
a infusão sanguínea deverá ser obrigatoriamente
fenótipo negativo para o
anticorpo identificado. Por outro lado,
em transfusões de caráter profilático,
como ocorre em casos de hemofilia
grave por exemplo, torna-se ideal que
a bolsa de CH selecionada seja com o
maior grau de compatibilidade disponível,
justamente para evitar a formação
de aloanticorpos. Todavia não seja possível
a compatibilidade ideal, seja por
ausência ou insuficiência de estoque de
bolsas sanguíneas, a transfusão é feita
respeitando a ordem do grau de imunogenicidade
antigênica > RhC > RhE
> Rhce > K >, que deve prevalecer perante
a quaisquer cenário dentro da rotina
pré transfusional, além de requerer
autorização do médico hemoterapeuta
responsável (50, 51, 53, 54, 55, 56) .
Ainda que a qualidade do processo
transfusional esteja em constante desenvolvimento
dado à fiscalização de
hemovigilância, no Brasil, a exatidão de
dados como prevalência e incidência de
intercorrências transfusionais ainda são
pouco conhecidas (24) .
Considerações Finais
Apesar dos esforços realizados pelas
unidades de hemoterapia em recrutar
o maior número possível de doadores
de sangue a fim de manter a disponibilidade
dos estoques sanguíneos, nem
sempre é uma tarefa fácil encontrar
um concentrado de hemácias 100%
fenótipo-compatível, principalmente
diante de quadros como hemorragias
inesperadas por complicações cirúrgicas
e demais transfusões de caráter
emergencial.
Portadores de fenótipos raros, como
Rh nulo ou ainda do grupo sanguíneo
hh (fenótipo Bombain/ falso O), torna
a seleção ainda mais complicada, pois
muitas vezes é necessário buscar em
bancos de sangue de outras cidades
ou ainda estados, bolsas compatíveis
para que assim se possa realizar uma
transfusão. Portanto, uma vez encontrado
um portador de sangue do tipo
raro, torna-se ideal a fenotipagem
eritrocitária, seja este doador ou ainda
receptor, pois além do risco já existente
acerca da incompatibilidade sanguínea,
a formação de aloanticorpos poderá ser
facilmente evitada.
O crescente aumento da demanda
de transfusões sanguíneas excede facilmente
a oferta de CHs disponíveis
rapidamente, tornando o manejo ideal
entre pacientes e bolsas de sangue
disponíveis uma missão complicada na
rotina dos bancos de sangue. O cenário
se torna ainda mais complexo quando
nos deparamos com pacientes aloimunizados
ou em esquema de transfusões
crônicas. Muitas vezes, pode-se
0 84
Revista NewsLab | Março 2021
até encontrar um CH com tipagem
sanguínea compatível, porém, caso
este não seja devidamente fenotipado,
o risco apresentado ao paciente em
desencadear reações imunes acabará
sobrepondo o benefício da transfusão,
visto que há a possibilidade do processo
de aloimunização logo nas primeiras
transfusões. Anticorpos de importância
clínica podem ser encontrados em mais
de 30% dos pacientes politransfundidos
tornando a transfusão de apenas
um concentrado de hemácia fenótipo-incompatível
um risco eminente.
Suas complicações podem ser graves,
aumentando significativamente as comorbidades
de doenças já existentes, e
em alguns casos podendo ser fatal.
O estudo dos fenótipos eritrocitários
em grupos sanguíneos, não apenas do
sistema ABO, mas em especial dos grupos
Rh e Kell, é de suma importância,
não somente por estarem fortemente
ligados a reações transfusionais graves
ou a doença hemolítica do recém-nascido,
mas também porque a determinação
da frequência destes antígenos na
população contribui para a prevenção
de possíveis aloimunizações, além ainda
de auxiliar na seleção de concentrados
de hemácias compatíveis.
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BANCOS DE SANGUE
Autoras:
Vanessa dos Santos Feliciano 1 , Allyne Cristina Grando 1
1
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil
Revista NewsLab | Março 2021
0 85
MEDICINA GENÔMICA
BIOLOGIA GERAL
DO CÂNCER
Por: Gilson Azevedo
O dia 04 de Fevereiro foi instituído
como o Dia Mundial de Combate
ao Câncer. A data foi definida pela
União Internacional para o Controle
do Câncer (UICC) e pela Organização
Mundial da Saúde (OMS). Essa
iniciativa, vem desde 2005, com o
objetivo conscientizar e mobilizar
a população mundial no combate
ao câncer. Uma ação conjunta entre
governos e população, poderia frear
impactos decorrentes da doença,
pois a maioria dos cânceres podem
sim ser evitados. Para saber porquê,
vamos falar um pouco sobre as bases
moleculares do câncer.
Tabela 1a. Alguns exemplos de proto-oncogenes, local de atuação dos seus produtos e função:
Obs: Defini-se como proto-oncogene a versão normal dessa classe gênica. Após a mutação, ele passa a
ser definido como oncogene.
Tabela 1b. alguns exemplos de genes supressores de tumor, local de atuação dos seus produtos e função:
Câncer: a doença dos genes
Podemos dizer que mutação é a matéria
prima da evolução. Elas podem
ser fundamentais para a adaptação
de um organismo, ou podem ser
prejudiciais causando até a morte do
indivíduo. Na maioria das vezes, as
mutações são eliminadas, passando
despercebidas. Em outros casos,
podem ativar oncogenes e inativar
genes supressores de tumor. Esses
genes, têm papel fundamental no
controle do ciclo celular, tanto na
mitose e meiose.
Proto-oncogenes atuam de forma positiva
no progresso do ciclo celular, enquanto
que genes supressores de tumor
atuam de forma negativa, parando o ciclo
celular para correções, caso haja erros
na replicação do DNA. Um supressor de
tumor que sofre mais mutação em caso
de câncer, é o gene TP53, em 50% dos
casos, o gene está alterado. O produto
desse gene, a proteína p53, está envolvida
na parada do ciclo celular, apoptose
e etc. A proteína p53 entra em atividade
em caso de estresse celular. Alguns
exemplos de proto-oncogenes e genes
supressores de tumor são mostrados nas
Tabelas 1a e 1b respectivamente.
0 86
Revista NewsLab | Março 2021
MEDICINA GENÔMICA
A literatura reporta que a formação de
tumor se origina quando essas classes de
genes sofrem alterações. São as chamadas
Drivers Genes mutations, pois elas promovem
vantagens adaptativas e a célula
cresce de forma desgovernada e sem a
atividade da p53, o tumor se instala.
Não custa relembrar que para a célula se
dividir, é preciso que o DNA se replique e
é na replicação do DNA, que erros podem
ocorrer. Tudo deve ser muito bem orquestrado,
pois são várias enzimas e proteínas
trabalhando em momentos específicos.
As células recebem sinais químicos para se
dividir e também para parar de se dividir.
Entre as etapas de divisão, existem pontos
de checagem, ou checkpoints e no caso de
células cancerígenas, esses mecanismos
são inexistentes.
A exposição aos agentes cancerígenos
ou os carcinógenos, aumentam as
chances de erros durante a replicação
do DNA. Substâncias químicas, podem
conter análogos de base que são
inseridas no DNA no lugar de nucleotídeos
ou podem também gerar outras
substâncias nocivas e que danificam
a estrutura do DNA. Raios αβγ, geram
Tabela 2. Fatores externos que influenciam mutação no DNA:
radicais livres que também danificam a
estrutura do DNA e fatores biológicos,
como os vírus que podem inserir seu
material genético no DNA humano,
inativar e ativar genes específicos. A
tabela 2 mostra alguns exemplos de
carcinógenos que podem ser evitados,
pois são fatores externos ou ambientais
agressivos ao material genético.
Mas…meu DNA possui 3 bilhões de
pares de base, como vou protegê-lo
dos eventos mutacionais?
Origem do câncer
Erros de replicação do DNA, não são tão
frequentes assim, as enzimas que adicionam
nucleotídeo tem uma taxa de
fidelidade alta. Também, no momento
da replicação uma das fitas do DNA
é usada como molde para a síntese
da segunda fita. Dessa forma, se não
houver a complementaridade entre os
nucleotídeos, o erro fica evidente e enzimas
de revisão detectam e corrigem o
possível erro. Ocorre que, com o passar
dos anos, esses mecanismos ficam menos
eficientes, além de ficarmos mais
expostos aos agentes cancerígenos.
0 88
Revista NewsLab | Março 2021
MEDICINA GENÔMICA
Câncer hereditário
O câncer hereditário, ocorre nas células
germinativas (espermatozoides
ou ovócitos) e pode ser passado
aos descendentes no momento da
fecundação. Relembrando que o ser
humano é um organismo diplóide,
portanto, os genes estão aos pares.
Na formação dos gametas, 23 cromossomos
estarão presentes, assim
sendo, se um dos gametas estiver
carregando um alelo mutado, o zigoto
recebe a herança defeituosa.
No caso, em que apenas um alelo
do zigoto é portador da mutação,
não quer dizer que o indivíduo que
o recebeu, desenvolverá câncer.
O indivíduo portador do alelo mutado,
tem uma susceptibilidade
maior em desenvolver o câncer,
quando comparado ao indivíduo
que não tem o alelo mutado. Essa
susceptibilidade irá variar em função
do alelo defeituoso, tipo de
mutação, extensão e o gene mutado.
Dependendo do gene, o alelo
funcional é suficiente para suprir as
necessidades da célula. Em outros
casos, um alelo mutado é suficiente
para desencadear o processo cancerígeno.
No caso dos oncogenes,
basta que um alelo esteja mutado
para o portador desenvolver câncer.
No caso dos supressores tumorais,
os dois alelos precisam estar mutados
para que o indivíduo desenvolva
o câncer.
Câncer hereditário responde por
apenas 10% dos casos de câncer,
considerando que temos aproximadamente
10 trilhões de células, não
é de se esperar que câncer hereditário
seja um evento frequente. Mas
os portadores de câncer hereditário,
tem 50% de chance de passar
a anomalia aos descendentes. Uma
outra característica desse câncer, é
que os portadores desenvolvem a
patologia em idades precoces, geralmente
até os 45 anos.
Câncer esporádico
Ocorre nas células somáticas do
corpo e representam aproximadamente
90% dos casos de cânceres
e ocorre de forma espontânea, influenciado
principalmente pelos
carcinógenos, como os mostrados
na tabela 2. Devemos mencionar
que o câncer pode ocorrer em qualquer
parte do corpo, mas alguns órgãos
são mais afetados que outros.
Estatísticas do Câncer
Em 2020, o banco de dados GLO-
BOCAN estimou mais de 19 milhões
de novos casos de câncer ao redor
do mundo. Desses casos, 49,3%
se concentram na Ásia; 22,8% na
Europa; 13,3% América do Norte;
7,6% América Latina e Caribe;
5,7% na África. Muitos aspectos
podem influenciar, mas esses dados
nos indica uma relação do câncer
com o ambiente. Culturas diferentes,
os hábitos de diferentes povos,
influenciam diretamente nas diferenças
observadas.
Para clarificar melhor essa relação
(fator externo e câncer), podemos
verificar no gráfico 1 que mostra os
12 tipos de câncer que mais acometeram
homens e mulheres em
2020, no Brasil.
Gráfico 1: Os 12 tipos de câncer que
foram mais incidentes entre homens
e mulheres no Brasil, em 2020.
Câncer de pulmão, estômago,
bexiga, esôfago, fígado são mais
incidentes em homens do que
em mulheres. Já a tireóide é mais
incidente em mulheres. Todas as
diferenças observadas, exceto
àquelas que diferem pela anatomia,
são em função de hábitos
adotados e isso nos mostra a influência
ambiental.
0 90
Revista NewsLab | Março 2021
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MEDICINA GENÔMICA
Políticas de conscientização e
o câncer
Os fatores ambientais ou fatores
externos, influenciam fortemente
no aumento dos casos de câncer.
Tendo isso em mente, uma ação
combinada com políticas públicas
de conscientização e prevenção, são
fundamentais para a redução dos
casos de câncer. Atitudes simples
e conscientes poderiam diminuir
muito do sofrimento humano direto
e indireto, além do mais, reduziria
também impactos econômicos associados
à doença.
Algumas medidas podem ser tomadas
para a contenção do avanço dos casos
de câncer, vejamos algumas delas:
1. Não fumar;
2. Dieta saudável, rica em frutas,
verduras, vegetais e leguminosas;
3. Manter o peso corporal adequado;
4. Praticar exercícios físicos;
5. Mulheres entre 25 a 64 anos, fazer
o exame anual, preventivo do câncer
de colo de útero;
6. Vacina contra HPV: Meninas de 9 a
14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
7. Vacine contra a hepatite B;
8. Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
9. Evitar comer carne e outros alimentos
processados;
10. Evite a exposição ao sol entre
10h e 16h, e use sempre proteção
adequada, como chapéu, barraca e
protetor solar, inclusive nos lábios;
11. Evite exposição a agentes cancerígenos
no trabalho;
12. Exame de próstata com frequência,
em homens a partir dos 40 anos.
Testes genéticos
A detecção precoce é fundamental
para o sucesso de um tratamento
contra o câncer. Casos que existam
câncer familiar, um aconselhamento
genético pode ajudar. Nesse
caso, testes genéticos detectam
mutações específicas herdadas. Indivíduos
com casos de câncer precoce
na família, devem se cuidar
com mais rigor, uma vez que ele
pode ter a susceptibilidade aumentada
para a doença. Quanto antes
descobrir qual ou quais os genes
estão mutados, caso haja alguma
anomalia, maiores serão as chances
de prevenção, em função da escolha
das melhores estratégias a tomar.
Referências Bibliográficas:
Griffiths, A. J. F., Wessler, S. R., Lewontin, R. C., &
Carroll, S. B. (2006). Introdução a Genética. In Guanabara
Koogan.
Pon, J. R., & Marra, M. A. (2015). Driver and passenger
mutations in cancer. Annual Review of
Pathology: Mechanisms of Disease. https://doi.
org/10.1146/annurev-pathol-012414-040312
Simmons, S. &. (2013). Fundamentos da genética.
Journal of Chemical Information and Modeling.
Tomczak, K., Czerwińska, P., & Wiznerowicz, M. (2015).
The Cancer Genome Atlas (TCGA): An immeasurable
source of knowledge. In Wspolczesna Onkologia. https://doi.org/10.5114/wo.2014.47136
Vogelstein, B., Papadopoulos, N., Velculescu, V. E.,
Zhou, S., Diaz, L. A., & Kinzler, K. W. (2013). Cancer
genome landscapes. In Science. https://doi.
org/10.1126/science.1235122
https://www.inca.gov.br/
https://gco.iarc.fr/
Autor:
Gilson Azevedo
Graduado em Biotecnologia; MsC. Genética e PhD. Bioquímica Residente Pós doutoral em
Bioquímica e Imunologia pela Universidade de Minas Gerais.
0 92
Revista NewsLab | Março 2021
01 DIA
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produtos para a área da saúde,
contamos hoje com estrutura adequada
e disponível para a pronta utilização,
uma equipe de profissionais capacitados,
que nos permite o pronto atendimento
das necessidades de nossos clientes, se
compromete a garantir as boas práticas
da ANVISA em todos os processos de armazenagem
e distribuição.
A Prime Storage, procura melhorar continuamente
o serviço prestado de armazenagem
de produtos para saúde, tal como os
seus processos e métodos de controle com
o objetivo de corresponder e antecipar-se às
exigências de qualidade dos seus clientes,
os requisitos estatutários e regulamentares.
Recentemente a Prime Storage obteve
junto a ANVISA a certificação de Boas
práticas de Armazenagem e Distribuição
de produtos para a saúde.
A CBPDA – Certificado de Boas Práticas
de Armazenamento e Distribuição é
um conjunto de procedimentos obrigatórios
criados para garantir padrões de
qualidade, integridade e segurança dos
produtos nos processos de armazenagem,
transporte e comercialização.
O conceito de boas práticas tem como
pilar o treinamento e capacitação das
equipes, rastreabilidade de produtos e
processos, medição e monitoramento,
além de auditorias e autoinspeções.
É fundamental cumprir as boas práticas
da ANVISA não somente por estar
cumprindo com a legislação vigente
más também para garantir a qualidade
dos produtos para consumo.
O grande desafio das Boas Práticas é a
manutenção e controle de seus requisitos
devido aos inúmeros processos envolvidos
no armazenamento ou na distribuição dos
produtos, contando com diversas variáveis
envolvidas nos procedimentos.
Implementar corretamente as Boas
Práticas de Armazenagem e manter o
nível de qualidade dos serviços é um
desafio diário.
Tâmisa Barbosa de Lima
Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade
0 94
Revista NewsLab | Março 2021
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MARKETING EM SAÚDE
AVALIAÇÃO DOS 4 ERROS MAIS
COMUNS DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES NO SETOR DE
MEDICINA LABORATORIAL
Por: Fredson Costa Serejo 1
Você já parou para pensar se
é possível captar mais clientes?
Com certeza essa é uma necessidade
corrente de todo empresário
principalmente nesse momento
de pandemia que vivemos. Agora
fazer as mesmas coisas de sempre
e esperar por resultados diferentes
é que não dá. Foi pensando nisso
que decidi escrever nessa edição,
em um tom mais coloquial, menos
técnico para que você tenha
total liberdade de interagir e me
perguntar. Muitos pequenos e médios
donos de laboratórios, tem
perdido clientes e “dinheiro” para
a concorrência. Então espero que
você não cometa os erros a seguir
e qualquer dúvida é só mandar um
email e meus contatos estão lá no
final do artigo.
Vou dar um exemplo bem simples
que eu mesmo passei com
a minha Mãe que precisou fazer
alguns exames especiais. E o que
ela fez? Perguntou para o “Google”
qual laboratório ela deveria ir…
simples assim!
Vamos apenas contextualizar algumas
situações para você entender
melhor. Dados levantados na Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
revelam que o acesso aos planos de
saúde ainda é bem pequeno. Apenas
28,5% tem algum plano de saúde,
médico ou odontológico. Isso equivale
a um terço da população, 59,7 milhões
de pessoas. Embora alguns Estados
como o Maranhão não chegue
nem a 5% da população com plano.
Outro dado interessante é que de
acordo com as informações levantadas,
se a situação é avaliada entre
pessoas com rendimento mensal de
até um quarto de salário mínimo,
somente 2,2% destas tinham plano.
Já na faixa de mais de cinco salários
mínimos, a porcentagem de pessoas
que tinham plano subiu para 86,8%.
Isso nos faz enxergar que temos
uma parcela da população que usa
o Sistema Único de Saúde (SUS),
não paga os planos que são caros,
algumas vezes até pelos valores
praticados de acordo com a faixa
etária, mas que tem condições,
pela renda de pagar de maneira
particular os exames laboratoriais.
E foi exatamente isso que aconteceu
com meus pais. Eles foram em
uma consulta no SUS, foi passado
vários exames, o laboratório público
não podia fazer naquele momento
porque estava com uma fila
enorme e eles optaram por fazer
no particular.
Até aqui tudo bem? Mas por
que os laboratórios estão perdendo
dinheiro?
Simplesmente porque o cliente
quando inicia essa busca de qual
laboratório particular ele deve ir,
ele opta por procurar na internet. Se
ele te encontra fácil e tem boas informações
para te avaliar, a decisão
será tomada em poucos minutos.
Assim, estar bem posicionado
nos mecanismos de buscas de
intenção e de atenção é fator es-
0 96
Revista NewsLab | Março 2021
tratégico para o seu negócio. Vou
explicar o que é isso! REDE DE
INTENÇÃO é quando uma pessoa
procura ativamente por algo, por
exemplo um exame e como ele
é feito. Assim a pessoa “joga” no
Google e Youtube e encontra a
informação que precisa, passa a
entender o procedimento e pega o
telefone para cotar preços.
MARKETING EM SAÚDE
Já na REDE DE ATENÇÃO, a pessoa
é “surpreendida”, não estava procurando
ativamente naquele momento,
mas viu um post bem feito
de um perfil de uma autoridade,
um vídeo viral que chamou a atenção
e/ou um anúncio de um tema
que ela tem interesse. Isso acontece
nas redes do Facebook e Instagram,
e também, pode aparecer na
introdução de vídeos do Youtube,
aplicativos e sites. Essa ação faz
ela salvar o post e até compartilhar
com algum colega e familiar
pela utilidade daquela informação.
Então vamos à parte prática, com
exemplo, dos erros que você não precisa
cometer, e se você comete que tal
começar a corrigir a sua estratégia?
Erro 1: Não Aparecer no Google
Vamos ao exemplo da minha Mãe. Ela
precisa fazer um exame de CA-125 que
não faz no SUS aqui do Município. Então
a primeira coisa que irá fazer, de maneira
mais intuitiva, é colocar no Google as
palavras “laboratórios” e a região “Volta
Redonda” que precisa de atendimento.
Então ela vai digitar dessa forma.
Reparem que embora a cidade de
Volta Redonda/RJ, seja um município
de 274 mil habitantes, com
inúmeros laboratórios, o Google
somente irá mostrar na sua 1a página
a localização do Google Maps
e mais 10 links dos principais sites.
Dificilmente alguém clica na 2a
ou 3a página. E já é comprovado
que os 5 primeiros resultados no
Google recebem 67% de todos os
cliques, então é fundamental estar
bem ranqueado.
Esse posicionamento depende
que o seu site tenha um bom SEO
(Search Engine Optimization) que
são informações rastreáveis pelos
robôs do Google que classificam
o seu conteúdo como relevante.
Caso o seu laboratório ainda não
esteja nesse topo é bom começar
a estudar sobre esse assunto
para criar um bom site recheado
dessas iscas de informação. Hoje
quem trabalha nessa área de
construção de sites é bem focada
no desenvolvimento dessas ferramentas
de otimização e você poderá
perguntar para o seu gestor/
desenvolvedor sobre isso.
Revista NewsLab | Março 2021
0 97
MARKETING EM SAÚDE
Erro 2: Não Criar um Google
meu Negócio
Sério, isso é uma ferramenta gratuita
do Google que qualquer conta
tem direito a fazer! E está salvando a
vida de muitos negócios locais. Então
é só clicar e configurar os dados
da empresa, colocar fotos do local,
configurar algumas informações de
funcionamento, localização do seu
laboratório e pronto! Você inclusive
já estará no Google Maps. E depois
disso é só estimular que seus clientes
avaliem o local e o atendimento
para ganhar umas estrelinhas! E
isso já te deixará na 1a página em
destaque.
Mas mesmo que seja tão simples,
muitos laboratórios simplesmente
ignoram isso e ainda não o fizeram.
As informações de alguns laboratórios
inclusive são incompletas. Dos
20 laboratórios pesquisados em
Volta Redonda, 8 (40%) deles não
tinham sequer um site. Isso é entregar
clientes para a concorrência!
Muitos dos sites que visitei são
bagunçados, tem muitas informações
desnecessárias, são modelos
antigos, com erros que devem ser
corrigidos para melhor otimização
e lentidão da velocidade de carregamento
da página. Existem muitas
ferramentas gratuitas e até o próprio
Google disponibiliza um site
para testar os erros que devem ser
corrigidos. Acesse e veja o que falta
no site do seu Laboratório:
https://developers.google.com/
speed/pagespeed/insights/
Erro 3: Não Estar nas Redes
Sociais
Pessoas compram de pessoas. Humanizar
uma marca hoje é fundamental
e estar mais próximo ao seu
cliente tem que ser o seu foco. Estar
nas redes sociais contribui muito para
o engajamento do público, tirando
dúvidas e gerando autoridade e reconhecimento.
Inclusive já foi tema
desta coluna em artigos anteriores.
As pessoas que entram no site
buscam informações e recomendações
reais. Nada adianta colocar no
rodapé do site “veja os depoimentos
que nossos clientes falam sobre
nós” ou algo semelhante com uma
frase criada com uma foto extraída
de um banco de imagens.
Pessoas querem escutar de outras
pessoas essas recomendações e isso
é real nas redes sociais. Visitei alguns
“famosos” laboratórios no Instagram,
tem clientes falando mal, reclamando
de atrasos em ligações, falta de
informação, preços caros, péssimos
atendimentos… e o pior sem feedback
da empresa há semanas. Isso é
descaso e queima a própria empresa.
Infelizmente, dos 20 primeiros laboratórios
daqui da região de Volta Redonda,
apenas 1 está presente no Facebook
e Instagram. Quando comparado por
exemplo a laboratórios, na Barra da Tijuca/RJ,
com 320 mil habitantes, com
alta competitividade e poder aquisitivo,
todos os 20 primeiros estão nas redes
sociais. Isso é uma estratégia necessária.
0 98
Revista NewsLab | Março 2021
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MARKETING EM SAÚDE
Além de estar na rede é preciso
também ter um perfil otimizado e
com frequência de publicações. De
nada adianta ter um perfil morto
sem movimentação. O ideal é
pelo menos uma postagem diária
variando no feed nos formatos de
imagem única, carrossel, IGTV ou
reels. E também diariamente postar
no mínimo três Stories e quem sabe
até LIVEs semanais com especialistas
na abordagem de algum tema.
Lembrando é fundamental para a
empatia ter um “alguém” fazendo
vídeos e sendo o “rosto” do laboratório.
Pode ser o dono ou um porta
voz da marca. Não se esconda atrás
de uma logo, tem que ter gente
vendendo pra gente! São os novos
tempos, chega de vergonha e inove
nesse “novo normal” use e abuse
dos vídeos pois eles já representam
80% do tráfego na internet.
A divulgação nas mídias sociais
precisa se tornar um hábito. Leve
para os seus clientes informações
sobre o seu bastidor, o dia a dia
do laboratório, informações sobre
prevenção de doenças e promoção
de saúde com a contextualização
do momento e datas especiais. Isso
gera credibilidade e autoridade na
cabeça da sua audiência e maior
nível de recomendação, captação e
fidelização com os clientes.
Erro 4: Não Investir em Anúncios
Digitais
Aqui está a chave do sucesso e
você está negligenciando há quanto
tempo? Você pode anunciar somente
para mulheres numa campanha
de diabetes ou atingir apenas homens
acima de 40 anos para fazer
um teste de câncer de próstata. Já
imaginou fazer anúncios por interesse,
quem já curtiu sua página,
ex clientes, ou para quem mora a
alguns quilômetros do seu laboratório
e até mesmo para quem está
fazendo aniversário naquele mês e
você lembrar de fazer um check up
anual para a pessoa se cuidar?
As possibilidades são múltiplas
quando você anuncia e o valor é insignificante
frente a quantidade de
pessoas específicas que você pode
atingir. Com uma verba de apenas
10 reais por dia você pode alcançar
mais de 10 mil pessoas.
Que fique bem claro, redes sociais
como o Facebook/Instagram, vivem
de anunciantes. Esse é o negócio
deles e eles mapeiam todos os
comportamentos da rede, para te
entregar a pessoa mais específica
possível, seja o curtidor ou o comprador!
Caso tenha curiosidade entre
no link https://www.facebook.
com/ads/library e digite o nome de
um laboratório que seja seu concorrente
e veja se ele já está anunciando.
E saia na frente!
Repita comigo: “Quem vive de orgânico
é verdureiro!” Se você é um
empresário não pode ficar desper-
0 100
Revista NewsLab | Março 2021
diçando seu tempo com postagens
100% orgânicas, não segmentadas,
para qualquer público. Curtidas
não pagam boletos e precisamos
de compradores, clientes pagantes
para o nosso negócio.
MARKETING EM SAÚDE
Basta você entrar no Instagram e
digitar a hashtag #novembroazul
e ver algumas publicações orgânicas.
Vemos curtidas e comentários
muitas vezes de mulheres ou de
homens fora da faixa etária ideal.
O que significa que por mais que a
sua publicação tenha ficado ótima
e engaje com seu público ela pode
não ter atingido o público certo e
você não teve visitantes presenciais
no seu laboratório para fazer um
exame específico.
Faça uma avaliação agora mesmo das
suas últimas publicações, verifique o
alcance e a qualidade das curtidas e
comentários. Foram clientes? Ou foram
curtidores aleatórios, estudantes, profissionais
ou até concorrentes?
Estar na internet é fundamental.
Todos os seus clientes estão neste
momento com um celular na mão
plugados em alguma rede social. É
mais fácil se comunicar com eles por
anúncios digitais do que por um carro
de som, panfleto ou outdoor (pode
ser que a pessoa certa não esteja naquele
local, naquele momento). Fora
que no digital o mapeamento das
informações se o cliente foi ou não
atingido é muito mais preciso.
Bem, espero que você tenha
refletido dentro desses 4 erros,
qual você mais tem cometido e
que talvez esteja comprometendo
a sua captação de clientes.
Tente melhorar o que estiver ao
seu alcance e pratique as correções
que julgar necessárias
e verá que mínimas mudanças
já irão impactar a sua captação
diária. Se gostou do artigo
e ficou mais interessado nesse
tema, mande um email, dê o
seu feedback, siga-me nas redes
sociais, fale que leu meu artigo
aqui na revista e poderei fazer
uma consultoria gratuita em seu
perfil. Topa? Fico por aqui e até a
próxima edição!
Fredson Costa Serejo
Doutor e Mestre em Biofísica – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Especialista em Educação na Saúde para Preceptores do
SUS – Hospital Sírio Libanês/Ministério da Saúde. Especialista em Micropolítica e Gestão do Trabalho em Saúde – UFF. Biomédico – CRBM
15688 – Hospital Municipal São Francisco de Assis – Porto Real/RJ. Professor Adjunto Universidade Estácio de Sá - Volta Redonda/RJ.
Consultor em Marketing em Saúde e Empreendedorismo Digital.
Email: fcserejo@gmail.com
Instagram: @prof.fredsonserejo
Revista NewsLab | Março 2021
0 101
LADY NEWS
CONHEÇA A OFAC BRASIL
História da OFAC
A OFAC Brasil (Organização
Feminina de Análises Clínicas do
Brasil) foi fundada por Marbenha
Linko em 2018, inicialmente com a
ideia de juntar amigas e conhecidas
profissionais das análises clínicas,
a fim de promover discussões mais
informais sobre diversos assuntos
que faziam parte do cotidiano
de cada uma, o que acabou
fortalecendo o vínculo pessoal
entre alguns participantes.
O grupo OFAC Brasil é formado
atualmente por profissionais
das análises clínicas, gestores,
proprietários de clínicas e
laboratórios, representantes de
diretoria de sociedade e conselhos
de classe e estudantes da área
da saúde, entre estas – são
realizadas uma constante troca de
informações entre estes, sugestões
de uma boa gestão, ideias para
alavancar bons negócios, assim
como experiências da rotina
vivenciada em laboratório.
O começo desse projeto envolveu
cerca de 23 profissionais com
qualidades marcantes e um
objetivo em comum: a evolução
da OFAC Brasil. Hoje a OFAC é
composta por pessoas do Brasil
inteiro: tanto do sexo feminino
como masculino e é subdividida
pelos seguintes grupos: OFAC VIP,
OFAC Business e OFAC University.
Objetivo da OFAC
A principal proposta da OFAC é a
educação continuada, propagando
e discutindo diversos assuntos
das diferentes áreas das análises
clínicas. As interações são feitas
através de grupos oficiais no
WhatsApp, Instagram, Facebook
e YouTube. Mensalmente ocorre a
realização do OFAC Convida, um
evento virtual: o qual é ministrado
por palestrantes renomados e
profissionais das Análises Clínicas,
com a finalidade de proporcionar
atualização e incitar discussões
sobre temas que envolvem desde
a atuação do profissional analista,
inclusive a gestão da qualidade
de laboratório. Além do OFAC
Convida, também são realizados
eventos anuais como, a gincana
científica – GICOFAC e a Comenda
Scarpin Microscópio –.
Presidente, Gestoras, Membra
e Conselheiras
A Presidente, Gestoras, Membra
e Conselheiras, são de diferentes
estados do Brasil, elas são
empreendedoras, profissionais
técnicas, de cargos políticos de
órgãos ou sociedade de Análises
Clínicas, que resolveram expandir
seus horizontes para fazer o
diferencial no mercado. Nos dias
atuais, estas possuem funções
específicas, Marbenha Linko: (MA)
é a Presidente, representando e
liderando a OFAC Brasil. A gestão
é conduzida por Waldirene Nicioli:
(PR), Diretora de Marketing
Digital; Cláudia Gonçalves: (MG),
Diretora Tesoureira: Mônica Amaral
0 102
Revista NewsLab | Março 2021
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Diagnóstico rápido e preciso para o tratamento preventivo das lesões precursoras do câncer de colo de
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52 - 53 - 56 - 58 - 59 - 66 - 68 - 73 - 82
BAIXO RISCO
6 - 11 - 40 - 42 - 43 - 44 - 54 - 55 - 61
62 - 67 - 69 - 70 - 71 - 72 - 81 - 84
Esta metodologia envolve a amplificação simultânea de
diferentes patógenos através de uma PCR seguida de
hibridização reversa (dot blot) utilizando sondas específicas
de DNA imobilizadas em uma membrana de nylon, o CHIP.
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LADY NEWS
(PI), Diretora Científica e Projetos;
Laiara Lemos: (MG), Diretora de
Relacionamentos e Estratégia,
Albany Nogueira: (BA) Membro
da Gestão, como Conselheiras,
Mauren Isfer (PR), Lenira Sousa:
(RN) e Gilcilene Chaer: (DF).
Os integrantes do TEAM OFAC são uma aposta para
o futuro, trazem consigo o desejo de se tornarem
profissionais competentes e assim prestarem
serviço de qualidade a população. O grupo chegou
em meio a pandemia para trazer esperança, alegria
e uma nova visão as Análises Clínicas.
Palavras de Marbenha Linko, Fundadora e Presidente da OFAC Brasil.
Team OFAC
O TEAM OFAC é formado por jovens
graduados e graduandos em
Farmácia e Biomedicina que atuam
ou possuem interesse pelas
áreas das Análises Clínicas, colaborando
de maneira voluntária
com a OFAC Brasil. A equipe foi
criada com o intuito de incumbir
o bom funcionamento do grupo
de WhatsApp OFAC University,
compartilhando informações inovadoras
voltadas para as áreas de
Análises Clínicas, como cursos
online gratuitos, congressos, lives,
especializações, mestrados,
oportunidades de empregos e
estágio, além de promover interação
entre os membros do grupo
por meio de gincanas científicas,
nas quais ocorrem discussões de
questões e casos clínicos de diferentes
áreas das Análises Clínicas.
Nas redes sociais, como Instagram
e Facebook o TEAM OFAC contribui
com ideias, postagens, conteúdos,
artes e o OFAC Divulga. Gerenciam
o canal “OFAC BRASIL” na
plataforma YouTube e auxiliam os
eventos e encontros online como o
OFAC Convida.
Para a construção e seleção dos
integrantes do TEAM OFAC, foram
determinadas características
necessárias que os integrantes
deveriam apresentar, objetivado
assim: a criação de um grupo
dinâmico, entre as atribuições
requisitadas estão criatividade,
ser interativo, ter iniciativa e
dispor de um espírito cooperativo,
além de estar na graduação ou
ser graduado em Biomedicina,
Farmácia ou Ciências Biológicas.
O ponto forte de cada integrante
é utilizado em tarefas essenciais
para a manutenção de todo o
grupo OFAC Brasil. A experiência
com o trabalho em equipe bem
coordenado é um aprendizado
que os prepara para o mercado de
trabalho.
Cada integrante do TEAM OFAC
representa um estado, atualmente
o grupo conta com, Andressa Facci
Villas Boas, representando o estado
de Minas Gerais: Celsa Karolayne
Silva Cruz, representando o Piauí:
Glazielly Fagundes Sabino: Goiás,
Mônica Odília Magalhães Dias:
Ceará, Gustavo Chagas Moreira: São
Paulo, Kassiely Pereira Guinsberg:
Espírito Santo, Vanessa Menezes
Pinheiro dos Santos e Doan da Silva
Madeira: representando o Maranhão.
0 104
Revista NewsLab | Março 2021
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E M S A Ú D E .
LADY NEWS
OFAC University
O OFAC University é formado por
estudantes e profissionais das
alunos a lembrarem dos assuntos
que estão pesquisando ou
pesquisaram durante a trajetória
Esclarecendo dúvidas recorrentes
dos alunos graduandos de cursos da
saúde, sobre as áreas das análises. E
respectivas áreas, Biomedicina,
na carreira que ainda não sabem.”
interagindo com os participantes do
Ciências Biológicas e Farmácia.
grupo de WhatsApp do OFAC University
Diariamente são postados
A vantagem de ser integrante
com perguntas de casos clínicos, com o
assuntos voltados para o âmbito
do OFAC University é agregar e
objetivo de preparar esses estudantes
das Análises Clínicas, o qual,
compartilhar conhecimentos de
para futuras disciplinas clínicas da sua
os integrantes colocam casos
cada uma das áreas de Análises
graduação e, principalmente, para o
clínicos, propostas de estágio e
Clínicas. O propósito principal do
mercado de trabalho.
emprego em suas regiões. Realizam
grupo é orientar os estudantes
networking com os palestrantes,
da área da saúde, os preparando
Grupo VIP
proprietários de laboratórios,
para o mercado de trabalho,
O OFAC VIP surgiu através de
gestores e empreendedores do
objetivando assim a formação de
um encontro do OFAC Convida,
ramo laboratorial. No coletivo
futuros profissionais de excelência
sendo hoje composto por 250
também são divulgados artigos
no campo das Análises Clínicas.
profissionais biomédicos, biólogos
interessantes que contém suma
e farmacêuticos.
relevância para o ambiente de
Tios OFAC
estudo e trabalho, as matérias de
Os Tios OFAC desempenham
O grupo VIP foi o primeiro grupo da
divulgação científica são discutidas
funções como mentoria, apoio
OFAC, sendo este, um grupo social
por todos os integrantes do grupo.
e condução das discussões
técnico e científico, tendo como
do grupo OFAC University. As
objetivo promover interação e
Para alguns participantes, como
atuações aplicam-se em difundir
trocas constantes de conhecimentos
é o caso de Jordan do curso de
conhecimentos da área de
entre os profissionais. Nisso,
Biomedicina da Universidade do
Análises Clínicas, interagindo com
compartilham suas experiências
Distrito Federal, integrante do OFAC
os integrantes e compartilhando
diárias e novidades da área da
University: “o grupo está sendo
informações, como eventos e cursos
saúde, focado no setor laboratorial,
uma ótima plataforma de troca
da área, além de oportunidades
divulgando congressos, cursos,
de informações, especialmente
de empregos, especializações e
simpósios, oportunidades e
interações, que incentivam aos
mestrados.
palestras pelo Brasil.
0 106
Revista NewsLab | Março 2021
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HEMATOLOGIA
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nas leituras. Os títulos dos soros estão acima dos preconizados pelos
principais bancos de saúde.
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determinados fragmentos C3d das células vermelhas, sem a necessidade
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de expressões antigênicas, diminuindo a quantidade de D(fraco), economizando
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Produzido por partículas bipolares altamente selecionadas e balanceadas
ionicamente, para a perfeita aproximação das hemácias.
LADY NEWS
Nos últimos anos, alguns participantes
do conjunto de analistas
clínicos encontraram-se em con-
maior conhecimento em eficiência
e excelência, no qual, deve-se empregar
em todos os locais de tra-
e chamativos, com o objetivo de
chamar atenção do público alvo
da área da saúde, com foco em
gressos pelo Brasil, por exemplo, o
balho, inclusive em laboratórios e
Análises Clínicas. Divulgando
CBAC (Congresso Brasileiro de Aná-
também aos profissionais empre-
sempre nos meios de comunicação
lises Clínicas), esse ano não será
gados. Obtendo assim um melhor
os eventos da OFAC.
diferente, o encontro ocorrerá em
custo-benefício e resultados posi-
Fortaleza, em sua quadragésima
tivos, com excelência na satisfação
No momento atual, os meios de
sétima edição.
do cliente.
comunicação como as redes sociais,
são de extrema importância para
Grupo Business
São realizadas discussões com base
a difusão do conhecimento, por
O grupo Business, formado a
em compartilhar informações,
estarem presentes na rotina das
maioria por gestores e proprietários
arquivos e documentos. Nesse
pessoas, deste modo é relevante
de laboratórios, consiste em
agrupamento de profissionais são
que as informações repassadas
reunir pessoas capacitadas para
traçados planejamentos e metas
sejam baseadas em fatos, estudos
discutirem assuntos da área
para os laboratórios, com intuito
e pesquisas confiáveis e coerentes
laboratorial, com um objetivo
de alcançar os objetivos de uma
e além disso essas informações
em comum: promover maior
forma mais sucinta e prática.
devem ser transmitidas de forma
eficiência, agilidade e economia
clara e rápida. Sempre elaborando
na prestação dos serviços
OFAC Divulga
um plano de engajamento
laboratoriais, com total confiança
É uma ação desenvolvida pelo
para contemplar postagens no
na entrega, qualidade e exatidão
TEAM OFAC onde são divulgados
Facebook, YouTube e Instagram.
de seus resultados. Os gestores se
cursos, palestras e workshops
inserem em um local de confiança,
gratuitos, com a intenção de manter
Por esse motivo, usufruir das redes
onde dispõe de alternativas
os estudantes e profissionais
sociais de forma conveniente e
aderentes às suas necessidades,
das Análises Clínicas sempre
ativa reivindica uma combinação
incluindo riscos no contexto penal
atualizados. O tema é variado entre
de conhecimento aprofundado
dos órgãos regulamentadores.
todas as especialidades analíticas.
acerca do coletivo, criatividade,
pesquisas e percepção do interesse
A vantagem de fazer parte da
São postados nas redes sociais da
das pessoas a respeito de Análises
equipe Business é adquirir um
OFAC Brasil, cards informativos
Clínicas nas mídias sociais.
0 108
Revista NewsLab | Março 2021
Novos Reagentes para Automatização
de Ensaios de Agregação Plaquetária
A Siemens Healthineers lança os reagentes da Hyphen BioMed para
ensaios de Agregação Plaquetária nos sistemas automatizados Sysmex®
CS-2500 e CS-5100
• A metodologia para análise de Agregação
Plaquetária integrada aos analisadores de hemostasia
de rotina gera economia de espaço, tempo de
operação e custos com treinamentos, tornando o teste
todos os portes.
• A padronização dos ensaios de Agregação
problemas pré-analíticos através da tecnologia PSI®
dos analisadores Sysmex® CS-2500 e CS-5100,
reduzem a variabilidade e as repetições de testes.
• Os sistemas podem processar baixos volumes de
amostras, com resultados padronizados para amostras
geriátricas e pediátricas gerando melhores resultados
para os pacientes.
LADY NEWS
OFAC Convida
Com a necessidade de ampliar o
trabalho de forma externa, surgiu o
objetivo da gincana é difundir conhecimento
sobre a área de Análises
Clínicas, além de fornecer uma
Além da contribuição de desenvolver
e aperfeiçoar técnicas para formar futuros
profissionais de excelência, que
OFAC CONVIDA: com o propósito de
maior interação entre os integran-
irão contribuir com os desafios do ramo
convidar participantes e palestrantes
tes da OFAC, através de quiz de
laboratorial, assim os estagiários e
para exporem seus conhecimentos
casos clínicos, focados nas áreas
profissionais pré-formados serão mais
em uma interação virtual. Desta
de Bioquímica, Citologia, Hemato-
confiantes, terão o seu currículo e sua
forma, profissionais de Análises
logia, Imunologia, Microbiologia e
formação acadêmica mais enriqueci-
Clínicas se reúnem para realizarem
Parasitologia, além de muitas ati-
dos e completos, para enfrentarem o
apresentações online, abordando
vidades com intuito de interação e
concorrido mercado de trabalho. Sendo
algum tema das Análises Clínicas ou
brindes para os finalistas. Através
compartilhados aprendizados e expe-
Gestão, além das interações com os
da GICOFAC, são eleitos novos in-
riências com os integrantes da OFAC
participantes.
tegrantes TEAM OFAC.
University, aprimorando assim seus
conhecimentos, habilidades e compe-
A participação é totalmente
Banco de Talentos OFAC Brasil
tências para aplicarem no dia a dia e
gratuita e aberta ao público, que
O Banco de Talentos OFAC Brasil
em suas vidas profissionais, comple-
participam profissionais de todo
é uma ponte entre recrutadores
mentando a sua formação acadêmica,
o Brasil. O evento é divulgado por
e profissionais empregadores de
curricular e profissional.
grupo de WhatsApp, Instagram
todo o Brasil, estudantes e pro-
e Facebook da OFAC Brasil e
fissionais que estão a procura de
Comenda Scarpin Microscópio
transmitido pelo canal da OFAC
uma oportunidade de ingressar
O salto alto eleva a mulher, deixa
Brasil no YouTube. A Presidente,
no mercado de trabalho e cons-
poderosa, altiva, dona de si e
assim como as Gestoras da
truir carreira na área de Análises
capaz de enfrentar o mundo, mas
Organização e o TEAM OFAC se
Clínicas. Portanto, é um banco
é a auto- estima o ponto principal
reúnem para organizar esse evento.
de empregos e estágios, que tem
e foi com essa finalidade que
como finalidade ajudar os par-
o sapato vermelho se tornou o
GICOFAC
ticipantes da OFAC Brasil, que
símbolo da OFAC.
A GICOFAC é uma gincana cientí-
tenham uma visão corporativa e
fica organizada pelo TEAM OFAC
prática do segmento laboratorial,
Mais tarde as gestoras decidiram
com auxílio dos tios OFAC para os
a se ingressarem ao mercado de
aperfeiçoar a forma do símbolo e
integrantes do OFAC University. O
trabalho.
com a contribuição de Weverton
0 110
Revista NewsLab | Março 2021
Santos Almeida e Marcelo Rosário
Silva, foi substituído o salto por
um microscópio, instrumento
no banco da praça do centro de
convenções no Rio de Janeiro. A
entrega da 2ª Comenda Scarpin
Considerações Finais
A OFAC Brasil tem portanto, o
intuito de contribuir de maneira
LADY NEWS
de trabalho dos profissionais de
Microscópio foi em 2019, realizada
valorosa para a formação dos
Análises Clínicas. Estava pronto o
na cidade de Belo Horizonte.
futuros profissionais analistas
Scarpin Microscópio: nossa marca.
clínicos e proporcionar melhorias
No dia 23 de março de 2021 ocor-
aos já atuantes da área através
O Scarpin Microscópio foi
rerá a entrega da 3ª Comenda em
de atualizações constantes sobre
transformado em uma espécie de
um evento online, transmitido
temas relevantes. O projeto que
premiação em agradecimento aos
pelo canal YouTube, homenage-
teve início há quase 3 anos tem
que contribuem com o crescimento
ando os melhores de 2020 nas
a finalidade de se tornar ainda
da OFAC. Projetaram a entrega da
Análises Clínicas, com certeza
maior, com planos futuros para
1ª Comenda Scarpin Microscópio
mais um grande evento animado
a realização de eventos, como
em uma improvisada solenidade
pela OFAC Brasil.
simpósios e encontros presenciais.
Autores
Kassiely Pereira
Guinsberg
Glazielly Fagundes
Sabino
Celsa Karolayne
Silva Cruz
Graduanda em Biomedicina
Faculdade Multivix Vitória - ES
Email: kassielyguinsberg@gmail.com
Biomédica
Faculdade Anhanguera de Anápolis - GO
E-mail: glazi.sabino@outlook.com
Graduada em Farmácia
Cristo Faculdade do Piauí - PI
Pós-graduanda em Farmácia Clínica e
Prescrição Farmacêutica
E-mail: celsakarolayne@hotmail.com
Gustavo Chagas
Moreira
Andressa Facci
Villas Boas
Mônica Odília
Magalhães Dias
Graduando em Biomedicina
Universidade Federal de Alfenas - MG
E-mail: gustavo.moreira@sou.unifal-mg.edu.br
Graduanda em Biomedicina
Estágiaria no Laboratório Central de
Análises Clínicas (LACEN) - Universidade
Federal de Alfenas - MG
E-mail: andressa_facci@hotmail.com
Graduanda em Biomedicina
Centro Universitário Christus - CE
E-mail: monicaomdias@gmail.com
Vanessa Menezes
Pinheiro dos Santos
Farmacêutica
Pós graduanda em Análises Clínicas
Universidade Ceuma - MA
Email: vanessafarma18@gmail.com
Revista NewsLab | Março 2021
0 111
HEMATOLOGIA
INDICE DE GRANULÓCITOS IMATUROS
COMO MARCADOR PRECOCE DE SEPSE
Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite
Há muitos anos o laboratório
clínico vem procurando um
marcador precoce e não invasivo
de sepse. A sepse é classicamente
conhecida como uma
infecção generalizada associada
a uma síndrome de resposta
inflamatória sistêmica, que
comumente leva a leucocitose
por neutrofilia por induzir o
recrutamento de neutrófilos e
granulócitos imaturos para a
circulação. Contudo por décadas
a medicina e o laboratório
utilizaram como parâmetro de
infecção o desvio a esquerda
(bastões >6%) baseado na
contagem relativa dos bastões.
Entretanto, os equipamentos
hematológicos eletrônicos não
contam bastonetes neutrófilos e
só emitem flags na presença de
neutrofilia, quando não nunca
notam. Já a contagem por microscopia
de bastonetes é falha
e pouco reprodutível, variando
entre analistas clínicos. Assim
na busca por um marcador fidedigno
de sepse fez com que os
fabricantes de aparelhos hematológicos
eletrônicos que possuem
tecnologia a laser começassem
a mudar este panorama
com a contagem de granulócitos
imaturos. Uma contagem de
percentagem de granulócitos
imaturos (IG%) superior a 3%
mostrou ser um indicador de
risco de sepse. Além disso, valores
de IG%
ANÁLISES CLÍNICAS
TGO E TGP
COMO BIOMARCADORES HEPÁTICOS
Por: Brunno Câmara.
A transaminase glutâmico oxalacética
(TGO) e a transaminase glutâmico pirúvica
(TGP) são enzimas importantes
para o metabolismo do nosso organismo
e alterações em seus níveis séricos
têm importante significado clínico.
Sinônimos:
TGO = aspartato aminotransferase (AST)
TGP = alanina aminotransferase (ALT)
Função enzimática
As enzimas transaminases (ou aminotransferases)
catalisam uma reação
de transaminação, que é a transferência
de um grupo amina de um aminoácido
para um cetoácido. Essa reação ocorre
para formar novos aminoácidos.
A enzima TGO/AST catalisa a seguinte
reação:
L-Aspartato + α-cetoglutarato ‹-›
oxaloacetato + L-glutamato
A enzima TGP/ALT catalisa a seguinte
reação:
L-Alanina + α-cetoglutarato ‹-› piruvato
+ L-glutamato
Atividade e localização
A TGO/AST é encontrada primariamente
no coração, fígado, músculo
esquelético, rins e hemácias.
É possível encontrar duas isoenzimas:
uma citoplasmática (cTGO) e uma mitocondrial
(mTGO).
A TGP/ALT é encontrada primariamente
no fígado e rins. Ela é exclusivamente
citoplasmática.
Significado clínico
Normalmente, essas enzimas são encontradas
em baixas concentrações no
soro, geralmente abaixo de 30 - 40 IU/L.
Tanto a TGO/AST quanto a TGP/ALT
são comumente utilizadas como biomarcadores
hepáticos, visto que doenças
hepáticas são a causa mais importante
do aumento das transaminases
séricas.
Como a maior concentração de TGP/
ALT é encontrada no fígado, a sua dosagem
é mais específica para revelar dano/
inflamação hepático do que a TGO/AST.
Na maioria dos tipos de doenças hepáticas,
a atividade de TGP/ALT é maior
que a de TGO/AST. Algumas exceções
são hepatite alcoólica, cirrose hepática
e neoplasia do fígado.
0 114
Revista NewsLab | Março 2021
Na hepatite viral e em doenças hepáticas
associadas com necrose aguda,
as concentrações séricas de TGP/ALT e
TGO/AST estão elevadas mesmo antes
das manifestações clínicas.
A magnitude da alteração dessas transaminases
pode ser classificada em:
Leve: aumento < 5 vezes o limite superior
de referência;
A ausência desse cofator, em pessoas
com deficiência nutricional devido ao
alcoolismo, tem um impacto muito
maior na produção de TGP/ALT do que
na de TGO/AST.
ANÁLISES CLÍNICAS
Os níveis séricos de TGO/AST podem
estar elevados em outras doenças
como infarto do miocárdio, pancreatite
aguda, anemia hemolítica aguda, doença
renal aguda, doenças musculoesqueléticas
e queimaduras graves.
Moderado: aumento de 5 a 10 vezes
o limite superior de referência;
Elevado: aumento > 10 vezes o limite
superior de referência.
Isso faz com que a razão TGO:TGP esteja
aumentada. Uma razão TGO:TGP
normal deve ser < 1,0.
Na doença hepática alcoólica, a razão
Historicamente, a TGO/AST foi por
muito tempo utilizada como o principal
marcador de infarto agudo do miocárdio.
Porém, atualmente, as troponinas
são muito mais específicas e sensíveis
para esse diagnóstico.
Razão TGO:TGP (AST:ALT)
É um parâmetro utilizado na diferenciação
de doença hepática
alcoólica de outras formas de doenças
hepáticas, particularmente
da doença hepática gordurosa não
alcoólica.
TGO:TGP está > 1,0 em 92% dos casos
e > 2,0 em 70% deles.
O aumento da razão reflete a gravidade
da doença hepática e não o alto
consumo de álcool.
Para uma melhor avaliação hepática
é importante que outros marcadores
sejam avaliados em conjunto, como
gama GT, fosfatase alcalina, albumina
sérica e bilirrubinas.
Tanto TGO quanto TGP precisam de
um cofator, piridoxal 5'-fosfato, que é a
forma ativa da Vitamina B6, para funcionar
normalmente.
Referências
Moriles KE, Azer SA. Alanine Amino Transferase. [Updated 2020
Jul 5]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing;
2020 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
books/NBK559278/
Giannini EG, Testa R, Savarino V. Liver enzyme alteration: a guide for
clinicians. CMAJ. 2005;172(3):367-379. doi:10.1503/cmaj.1040752
Laboratório Hermes Pardini.
Burtis Burtis, Ted Burns. Tietz Fundamentals of Clinical Chemistry. Elsevier.
Hall P, Cash J. What is the real function of the liver 'function' tests?.
Ulster Med J. 2012;81(1):30-36.
Autor:
Brunno Câmara
Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia
pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área
de concentração: virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.
Contato: @biomedicinapadrao
Revista NewsLab | Março 2021
0 115
CITOLOGIA
A MICROSCOPIA EM TEMPOS
DE PANDEMIA
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo
Considerado serviço essencial, a atividade
laboratorial permanece ativa durante as
restrições impostas pelo COVID-19, apesar
da pandemia ter levado ao cancelamento
de diversas outras relacionadas a análises
clínicas, como treinamentos e encontros
para discussão de casos e ensino presencial
em todos os níveis, especialmente por
essas atividades exporem os profissionais,
seus colegas e membros da família ao risco
de infecção. Durante esse período, o advento
da microscopia digital vem possibilitando
a implementação e a validação de novos
fluxos de trabalho digitais para uso remoto.
Os conhecimentos práticos e habilidades
de microscopia, necessários para atuação
em análises clínicas, classicamente são
adquiridos por meio do treinamento e uso
de microscópios convencionais. A transformação
digital da microscopia que vem
sendo implementada nos últimos anos,
permite a digitalização de lâminas microscópicas
para gerar imagens de laminas
inteiras (Whole slide imaging (WSI) ou
lâminas digitais), que podem ser manipuladas
pelo operador. As áreas laboratoriais
de implementação da microscopia digital
são as mais diversas: citologia, patologia,
técnicas imunoquímicas que requerem laminas
como a imunohistoquímica e imunocitoquímica,
histologia, hematologia,
parasitologia, microbiologia e outras que
utilizam microscópio cujas laminas possam
ser digitalizadas. Os principais componentes
de um sistema de microscopia digital
incluem um scanner de laminas, software
visualizador de imagens de laminas e monitor
de exibição.
Cabe destacar que a disponibilidade de
sistemas de microscopia digital pode facilitar
o diagnóstico microscópico remoto
por meio da consulta a outros profissionais,
utilização da ferramenta para discussão de
casos, controle de qualidade e treinamento,
embora a validação (baseada em casos)
do diagnóstico digital remoto não tenha
sido relatada até o momento.
Um exemplo de aplicação dessas ferramentas
inclui a prática desenvolvida pela universidade
Weill Cornell Medicine-Qatar durante
a pandemia do COVID-19, a qual substituiu
a instrução clínica da disciplina de patologia
dos alunos por novas disciplinas eletivas online.
Assim, foi implementado um currículo
inovador de patologia online e remota, ancorado
na microscopia virtual e videoconferências
na plataforma Zoom, ferramentas para
apoiar o ensino online. Essas práticas podem
ser perfeitamente aplicáveis a treinamentos
em áreas laboratoriais que utilizam microscopia
como ferramenta de aprendizado e
discussão de casos nesse periodo de restrições
devido a pandemia, e ainda, utilizadas como
ferramentas de apoio num possível retorno as
atividades presenciais.
A microscopia virtual tem vantagens
claras, e sua utilização já é bem aceita em
ferramentas de controle de qualidade, disponíveis
atualmente. No entanto, algumas
barreiras limitam a sua transição, especialmente
na educação e rotina laboratorial,
que incluem os altos custos de configuração
inicial, infraestrutura (incluindo hardware
de computador, software e internet de alta
velocidade), gerenciamento e armazenamento
de dados e o acesso e manipulação
das laminas digitalizadas pelos usuários.
A literatura científica acerca desse tema vem
sendo bastante amplianda ultimamente, especialmente
em tempos de ensino e aprendizagem
remoto devido ao COVID-19, com resultados
indicando que a microscopia virtual
não é apenas um método eficaz para discussão
de casos, troca de opiniões, e congressos,
mas é útil ainda para ensino de disciplinas
que utilizam microscopia, podendo inclusive
ser empregada como um método para medir
o desempenho do alunos e profissionais durante
avaliações online, de forma semelhante
aos programas de controle de qualidade já
disponíveis ha algum tempo.
Referências
Hanna, M.G., Reuter, V.E., Ardon, O. et al. Validation of a digital pathology
system including remote review during the COVID-19 pandemic.
Mod Pathol 33, 2115–2127 (2020). https://doi.org/10.1038/
s41379-020-0601-5
Guiter, G.E., Sapia, S., Wright, A.I. et al. Development of a Remote
Online Collaborative Medical School Pathology Curriculum with
Clinical Correlations, across Several International Sites, through the
Covid-19 Pandemic. Med.Sci.Educ.(2021). https://doi.org/10.1007/
s40670-021-01212-2
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo
Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Citologia Clínica.
Mestre e Doutora em Patologia.
0 116
Revista NewsLab | Março 2021
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BIOSSEGURANÇA
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL
Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.
A candidíase vulvovaginal é definida
como uma infecção na vagina
e vulva causada por um fungo do
gênero Candida, a maioria dos casos
é causada pela levedura Candida
albicans, entretanto existem outras
espécies desse gênero envolvidas.
Essa patologia é uma condição bastante
comum e afeta 70% a 75%
das mulheres em algum momento
das suas vidas. Ocorre quando há
um desequilíbrio entre os fatores de
proteção vaginal e a virulência do
fungo. Uma vez que essas espécies
fazem parte da microbiota normal
da vagina e não é considerada uma
infecção sexualmente transmissível
(IST), contudo pode ser transmitida
via sexual.
Entre as manifestações clínicas
mais comuns da candidíase citamos
a presença de secreção branca,
inodora e floculada podendo causar
prurido, escoriação, edema, eritema
vulvar e dispareunia.
Em geral, é uma condição fácil de
diagnosticar e na maioria das vezes
fácil de ser tratada, contudo a
grande problemática está na candidíase
vulvovaginal de repetição
(recorrente) que é definida com
episódios superiores a 4 vezes ao
ano. O diagnóstico correto é extremamente
necessário, sobretudo
nos casos de recorrência, sendo rápido
e fácil. É realizado pela coleta
de amostras de secreção vaginal
para realização de cultura a fim
da identificação correta do fungo,
bem como testes de sensibilidade
antifúngica para detecção de uma
possível resistência as drogas comumente
utilizadas no tratamento
da candidíase.
Para tanto, ressaltamos a importância
de uma abordagem multifatorial
e equipe multidisciplinar a fim de
solucionar o problema, entendendo
as causas bem como as medidas de
prevenção dessa micose.
Medidas de Prevenção e Controle
da Candidíase vulvovaginal:
0 118
Revista NewsLab | Março 2021
BIOSSEGURANÇA
• Manutenção dos níveis de glicemia
dentro dos valores adequados,
uma vez que os fungos usam como
fonte de energia a glicose. Logo, a
condição de excesso de glicose na
dieta favorece a proliferação dessas
leveduras e excesso de açúcares causam
desequilíbrio do pH vaginal;
• Realização de avaliação médica
para a troca de contraceptivos de
alta dosagem hormonal por outro de
dosagens menores, quando possível;
• Utilização somente de sabonete com
pH neutro e apropriado, uma vez que a
alteração do pH vaginal favorece a multiplicação
das leveduras;
• Orientação para evitar roupas apertadas,
sintéticas e quentes, uma vez
que essas roupas elevam a temperatura
da área genital e contribui para multiplicação
das leveduras;
• Erradicação do uso de talco, de desodorantes
e de perfumes na área intima
por alteração do pH;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas,
pois atuam diminuindo a resposta
imunológica;
• Usar preservativos em todas as relações
sexuais;
• Realização da higiene íntima diária,
entretanto evitar o uso de duchas vaginais;
• Preferir calcinhas 100% algodão
pois esse tipo de material não eleva a
temperatura vaginal.
Os cuidados preventivos são medidas
importantes, e muitas vezes de baixo
custo, para prevenção desse problema
de saúde que acomete só no Brasil mais
de 2 milhões de casos todos os anos.
Gleiciere Maia Silva
(@profa.gleicieremaia)
Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia
de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.
Contato: gleicieremaia@gmail.com
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho
(@dr.biossegurança)
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;
Palestrante e Consultor em Biossegurança.
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com
Tel.: (81) 9.9796-5514
Revista NewsLab | Março 2021
0 119
INFORME DE MERCADO
INFORMES DE MERCADO
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação
dos produtos e lançamentos do setor.
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INFORME DE MERCADO
COMO INTERPRETAR A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS
EM CÃES E GATOS
Por: Rossana Priscilla de Souza Figueira, Mariana Oliveira Silva, Fabiola de Oliveira Paes Leme - Laboratório de Patologia Clínica HV-EV-UFMG
Os reticulócitos são células eritróides imaturas que
contêm retículos com cadeias de RNA, mitocôndrias,
ribossomos, centríolos e restos do complexo de
Golgi e, apesar da diminuição da quantidade de organelas
citoplasmáticas, os reticulócitos podem ser
mais metabolicamente ativos do que os eritrócitos
maduros e, sintetizar até 20% da concentração final
de hemoglobina (COWGILL et al., 2003). A presença
das organelas citoplasmáticas, especialmente os resquícios
de RNA podem ser identificados através de
colorações especiais da classe dos supravitais, como
o novo azul de metileno (NAM) ou o azul cresil brilhante
(ACB) (STOCKHAM e SCOTT, 2008).
Na Medicina Veterinária observamos dois tipos de
reticulócitos: o agregado e o pontilhado (FELDMAN
& SINK, 2006). O reticulócito agregado é uma célula
eritróide mais imatura, maior e com coleções grosseiramente
agrupadas de retículo (COWGILL et al.,
2003). Na maior parte das espécies domésticas este
é o único tipo de reticulócito encontrado. Os gatos,
no entanto, apresentam mais de um tipo de reticulócito
(THRALL, et al, 2012), além do agregado, semelhante
a outras espécies, possui também o pontilhado
(figura 1). O reticulócito pontilhado é menor,
mais maduro e quando corado apresenta dois a seis
pequenos grânulos de retículos esparsos (VALLE et
al., 2019; COWGILL et al., 2003). É a fase seguinte
da maturação do reticulócito agregado (STOCKHAM
e SCOTT, 2008).
Figura 1: Reticulócitos pontilhados e agregado em
amostras de um gato doméstico com volume globular
de 21%. Azul cresil brilhante, objetiva óptica
de imersão (100x).
A contagem de reticulócitos é considerada o padrão
ouro na avaliação da resposta medular do animal à
anemia (BARGER, 2003), utilizada para classificar
as anemias em regenerativa (reticulocitose) e não
regenerativa (reticulocitopenia ou contagens basais
em anemias intensas). Além de auxiliar na classificação
da anemia, a contagem de reticulócitos também
é utilizada para avaliar a integridade da medula
óssea e para monitorar o efeito da terapia instituída
(COWGILL et al., 2003). A reticulocitose – aumento
do número de reticulócitos circulantes – ocorre em
animais anêmicos, com medula óssea funcional e
responsiva, como nos casos de perda de sangue, hemólise
ou em pacientes que estejam respondendo
a terapia. Entretanto, animais anêmicos, com distúrbios
medulares, apresentam eritropoiese deprimida
ou diminuição da concentração ou atividade de eritropoietina
(EPO) e, dessa forma, observa-se contagem
de reticulócitos normal ou diminuída (PEREIRA
et al., 2008).
Para executar a técnica corretamente o sangue
não pode estar hemolisado, deve-se coletar a
amostra em EDTA e a contagem ser feita em até
6h (COWGILL et al., 2003). Volumes iguais de
sangue devem ser adicionados ao NAM, misturados
e mantidos a temperatura ambiente por,
pelo menos 15 minutos (STOCKHAM e SCOTT,
2008), ou submetidos a 37º por 20 minutos
(DACIE et al., 2011).
0 122
Revista NewsLab | Março 2021
Registra-se número de reticulócitos observados a
cada 1.000 eritrócitos maduros. Para gatos, alguns
laboratórios contam apenas reticulócitos agregados,
enquanto outros contam agregados e pontilhados
e registram ambos (STOCKHAM e SCOTT, 2008). O
número de reticulócitos observados a cada 1.000
eritrócitos resulta na contagem percentual (RP).
Alguns autores acreditam que a porcentagem de reticulócitos
corrigida (PRC) seja mais adequada para
a interpretação da resposta medular (STOCKHAM e
SCOTT, 2008). A PRC é obtida através da multiplicação
da PR pela razão entre o volume globular (VG)
do paciente e do VG médio da espécie (45% para
cães e 37% para gatos) (D’AVILA, 2011). O intervalo
de referência, indicativo de regeneração, para a PR e
para a PRC deve ser o mesmo: superior à 1% para
cães e 0,4% para gatos.
A concentração de reticulócitos (CR), também
chamada de contagem absoluta de reticulócitos
é expressa pelo número de reticulócitos por µL de
sangue, obtido pela porcentagem de reticulócitos
multiplicada pelo número de eritrócitos do paciente
e, é considerada por muitos autores, como
parâmetro preferido para a interpretação (COWGILL
et al., 2003). Valores acima de 60.000 reticulócitos
agregados/μL de sangue em cães e acima de 15.000
reticulócitos agregados/μL de sangue em gatos e
200.000 reticulócitos pontilhados/μL de sangue em
gatos indicam uma reticulocitose.
Por fim, o índice de produção de reticulócitos (IPR)
possui um cálculo que envolve a estimativa do tempo
de efeito da eritropoietina sobre a medula óssea,
até a liberação de reticulócitos, bem como o tempo
de maturação dos reticulócitos, que está correlacionada
com a gravidade da anemia (D’AVILA, 2011).
Referências
BARGER, A. M., The Complete Blood Cell Count: A Powerful
Diagnostic Tool. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1207
- 1222, 2003.
COWGILL, E. S.; NEEL, J. A.; GRINDEM C. B., Clinical Application
of Reticulocyte Counts in Dogs and Cats. Vet Clin Small
Anim, v. 33, p. 1223 - 1244, 2003.
D´AVILA, A. E. R. Parâmetros hematológicos e classificações
de anemia em uma população de cães atendidos no LACVET
- UFRGS. 2011. Monografia (Residência Médica em Patologia
Clínica Veterinária) - Faculdade de Veterinária, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
DACIE, J. V. et al. Pratical Hematology. 11. ed. [S. l.]: Elsevier,
2011. 650 p. ISBN 9780702034084.
FELDMAN, B.F. & SINK, C.A. Eritrócitos. In: Urinálise e Hematologia.
São Paulo: Roca, 2006. p.75 – 96.
PEREIRA, P.M.; SEKI, M.C.; PALMA, P.V.B., Contagem de Reticulócitos
de Cães Saudáveis ou Anêmicos pela Citometria de
Fluxo, Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 59, n. 1, p. 66-70, 2008.
STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentals of veterinary
clinical pathology. 2. ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing,
908p, 2008.
THRALL, M A.; BAKER D.C.; CAMPBELL T.W.; et al. Veterinary
Hematology and Clinical Chemistry. 2 ed, Wiley-Blackwell,
762p, 2012.
VALLE, S.F. et al. Correlações entre as contagens de reticulócitos
manual e automática em amostras de felinos
anêmicos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., [s. l.], v. 71, n. 2,
p. 577-583, 2019.
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EQUIPAMENTOS DE PIPETAGEM ECHO 525, DE ALTO
RENDIMENTO E BAIXO CUSTO PARA TESTAGEM DE
VIGILÂNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE SARS-COV-2
“O Equipamento de Pipetagem Echo 525
tem sido uma parte essencial de nosso
laboratório para testagem de vigilância de
SARS-CoV-2. Em uma comparação recente,
descobrimos que o Echo 525, que dispensa
o uso de ponteiras (tip-less) e é livre de
contato durantes as transferencias, fornece
dados muito confiáveis e sensíveis para o
prepraro de reações de RT-qPCR a 5 µL em
faixa de concentração de 2,1-200 cópias /µL."
Dr. Andrea Crisanti, Professor de Microbiologia
da Universidade de Pádua.
Introdução
A descoberta da doença do coronavírus 2019
(COVID-19), também conhecida como SARS-
CoV-2, em Wuhan,China, levantou um alerta
público global 1. Este vírus mortal e altamente
infeccioso fez com que o mundo tomasse
medidas sérias, visto que o número de casos
confirmados tem aumentado continuamente
desde que foi relatado o primeiro caso. O
governo chinês alertou que são necessários
esforços internacionais para superar esse surto.
A professora Andrea Crisanti 2, da Universidade
de Pádua, respondeu imediatamente a essa
pandemia iniciando um método de RT-qPCR de
alto rendimento, automatizado e de baixo custo
para testar milhares de amostras de RNA a partir
de swabs na área do Veneto, no norte da Itália.
Life Sciences e tem sido uma parte essencial desses eluídos em um volume final de 100 μL usando
estudos econômicos e de alto rendimento. Com alta um Sistema MagNA Pure 96. Realizou-se
precisão e exatidão o Echo 525 até 25 nL permitiu
que os ensaios de RT-qPCR fossem realizados com
sucesso em volumes reduzidos de 5 µL em placas de
formato de 384 poços em vez de 25 µL em placas
de 96 poços. Para a reação de 5 µL, utilizou-se 1 µL
de amostra extraída de RNA de swabs nasais e 4
µL de pré mix de RT-qPCR, incluindo os primers e
a detecção de RNA de SARS-CoV-2 por um
método in house de PCR em tempo real, que foi
desenvolvido de acordo com o protocolo, primers
e sondas projetadas por Corman et al.3 visando
os genes de RNA polimerase dependente de RNA
e envelope (E) (E_Sarbeco_F, E_Sarbeco_R,
E_Sarbeco_P1) de SARS-CoV-2 (RdRp: RdRp_
sondas. A redução de volume de reação de RT-qPCR SARSr-F, RdRp_SARSr-R, RdRP_SARSr-P1 e
tem sido essencial para se utilizar menos reagente RdRp_SARSr-P2).
mas manter um alto nível de detecção (LoD) de 2,1
cópias/µL para uma única amostra.
Usando-se este método, o grupo foi capaz
de estudar até 5.000 amostras por dia com
Ácidos nucleicos totais foram purificados a partir
de 200 μL de amostras de swab nasofaríngeo e
tempo de retorno rápido de 15 minutos
contra 3 horas para a configuração de reação.
Figura 1. Fluxo de trabalho da análise de carga viral de RNA no laboratório do Prof. Crisanti
O Echo 525 é um equipamento de trasnferência
de líquidos e pipetagem automática acústico que
dispensa ponteiras (tipless) da Beckman Coulter
0 126
Revista NewsLab | Março 2021
Testes de comparação entre o equipamento Echo 525 e equipamento de transferência de
líquidos automático que utiliza ponteiras
Foram testadas sete amostras de RNA de baixa concentração de extratos de swab nasal, em 10
repetições no Echo 525 e um pipetador automático utilizando ponteiras.
Tabela 1. Comparação de valores de Ct entre reações de RT-qPCR com configuração usando 2 métodos diferentes a 25 e 5 µL.
A comparação do LoD entre as reações de 25 e de
5 µL demonstrou:
• 0,82 cópias/µL para reação de 25 µL em placa
PCR de 96 poços e termociclador 7900HT Fast
Real-Time com input de 5µl de amostra de
RNA extraído.
INFORME DE MERCADO
• 2,1 cópias/µL para reação de 5 µL em
placa PCR de 384 poços e termociclador
QuantStudio 5 com1 µL de input de amostra
de RNA extraído.
Além disso, como o Echo é uma tecnologia
acústica que não emprega ponteiras, isso
reduz o uso de ponteiras descartáveis, o que
é extremamente importante devido à alta
demanda por ponteiras durante a pandemia
de SARS-CoV-2.
"Em nossas mãos, o Echo permitiu reduzir o tempo
de retorno e tempo de manipulação em 92% e 75%,
respectivamente; e diminuiu o custo de reagente para
RT-qPCR em 80%. Além disso, o fato de não se usar
ponteiras de plástico foi um divisor de águas em nosso
laboratório quando as ponteiras estão em grande
demanda devido à pandemia." Dr. Andrea Crisanti,
Professor de Microbiologia na Universidade de Pádua
O mesmo tipo de comparação entre os dois
equipamentos de pipetagem automática foi
estendido para quatro placas de 96 poços em
equipamento utilizando ponteiras (25 µL) versus
Echo 525 com amostras de 384 poços (5 µL).
Também foram incluídas quatro amostras de
controle positivo (RNA de Ribonuclease P humana)
e 25 amostras em branco. Os dados da comparação
do valor de Ct apresentaram o seguinte resultado:
• 15 amostras com carga viral de RNA semelhantes
nos dois sistemas, com Ct variando entre 17 e 35
• 13 amostras exibindo carga viral somente
quando analisadas com o instrumento Echo 525
em placas de 384 poços e com termociclador
QuantStudio 5. Dessas 13 amostras:
- Oito amostras foram confirmadas como tendo
carga viral usando-se outros métodos.
- Cinco amostras não foram monitoradas.
A comparação de dois conjuntos de dados
demonstra que configurar as reações de RT-qPCR
em 5 µL, usando o Echo 525 em placas de 384
poços não causa nenhuma perda de identificação
de amostras com carga viral.
O LoD foi avaliado testando 32 replicatas em 10
diferentes concentrações de amostras de RNA
com mais de 95% de positividade.
A sensibilidade do ensaio foi aperfeiçoada
usando o Echo 525 para configurar a reação
de 5 µL em placa de 384 poços e QuantStudio
5, em comparação com o uso de um pipetador
automático utilizando ponteiras descartáveis
para configurar uma reação de 25 µL em placa
de PCR de 96 poços e 7900HT PCR Fast Real-
Time. Esse resultado também pode ser atribuído
à combinação do uso de um termociclador
diferente com melhor transferência de calor para
volumes menores.
Figura 2. Curvas de amplificação para amostras de uma placa de 384 poços, com 2 controles positivos (destaque em verde) e uma
amostra positiva (destaque em amarelo), e as amostras negativas ou controles negativos (curvas em azul de linha de base).
• 327 amostras sem carga viral de RNA nos dois
sistemas
Revista NewsLab | Março 2021
0 127
INFORME DE MERCADO
Resumo
O aperfeiçoamento dos testes de vigilância e a
detecção precoce da transmissão do SARS-CoV-2 em
locais que ainda não foram afetados pelo vírus são
fundamentais para controlar sua propagação e reduzir
a substancial carga na saúde pública, econômica e
social imposta pela COVID-19 em todo o mundo.
Equipamentos como o Echo 525 permitem aplicações
rápidas, econômicas e de alto rendimento, como
estes estudos populacionais, tornando-os menos
trabalhosos e reduzindo os volumes de reagentes
e, portanto, o custo. Além disso, a tecnologia que
dispensa ponteiras permite programas de testes
mais sustentáveis e reduz ainda mais os custos,
reduzindo o número de ponteiras descartáveis
usadas em cada fluxo de trabalho.
Figura 3. Membros do laboratório do grupo do Dr. Crisanti na Universidade de Pádua, Itália.
As vantagens do fluxo de trabalho permitido pelo
Echo no laboratório incluem:
• Fácil de usar: A plataforma e o software do Echo
são fáceis de usar e operar.
A redução dos volumes de reação e o aumento da
velocidade de configuração de reação usando o
equipamento Echo também pode permitir uma
escala maior nos testes de ~1.300 amostras/dia
para até ~5.000 amostras/dia.
Destaques
No laboratório do Professor Crisanti, o método
padrão antes de ter um Pipetador Automático Echo
525 consistia em usar um Pipetador Automatico
com uso de ponteiras descartáveis e uma placa
de 96 poços em conjuneto com Sistema de PCR
7900HT Fast Real-Time. O Echo 525 foi adicionado
ao laboratório para tornar mais enxuta a
configuração das reações de RT-qPCR pós-extração
usando placa de 384 poços em conjunto com o
QuantStudio 5 Real-Time PCR.
• Redução do tempo de manipulação: 75% mais
rápido no Echo (de 8 horas para 2 horas)
• Redução do custo do reagente: 80% de economia
(de 25 µL RT-qPCR para 5 µL)
• Tempo de retorno mais rápido: tempo 92% mais rápido
da amostra até os dados (de 3 horas para 15 minutos)
• Diminuição do consumo de ponteiras de plástico,
contribuindo com a sustentabilidade e evitando
problemas com a cadeia de suprimento de ponteiras
• Baixa manutenção: Usuários não precisam fazer
calibração de líquido nem manutenção demorada
• Necessidade de menos termocicladores: Passando
de placas de 96 poços para 384 poços, são necessárias
menos termocicladores, o que também é importante
devido à alta demanda por termocicladores de 96
poços durante a pandemia.
Referências
1. World Health Organization. Novel Coronavirus (COVID-19)
Situation. covid19.who.int (2020)
2. Crisanti. A. et al. Suppression of COVID-19 outbreak in the municipality
of Vò, Italy. medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.17.20053157v1
3. Corman. V.M. et al. Detection of 2019 novel coronavirus
(2019-nCoV) by real-time RT-PCR. Eurosurveillance Vol. 25 doi:
10.2807/1560-7917.ES.2020.25.3.2000045 (2020)
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Revista NewsLab | Março 2021
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uma amostra de 2ml de saliva do paciente;
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do resultado em comparação a coleta
nasofaringe;
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Revista NewsLab | Março 2021
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– Mindray, que proporciona diferencial
leucocitário em 5 partes e 27 parâmetros,
velocidade de 60 amostras por hora, auto
carregamento para 30 amostras e alimentação
contínua. As metodologias são: difração
e laser combinada com coloração
química e avançada citometria de fluxo,
com exclusivo canal para contagem de
basófilos e impedância. Amostra de 20µl.
INFORME DE MERCADO
Os laboratórios clínicos buscam melhorias
e padronização nos seus processos
e fluxos de trabalho assim como nos resultados
dos exames. O aumento do nível
de automação e redução de erro humano
e dos riscos de contaminação, tanto dos
profissionais como das amostras. O BC-
5380 permite análise completa do hemograma
e liberação de até 80% da rotina
de hematologia sem a necessidade de
confecção de lâminas e microscopia. A
redução da mão de obra nos processos
permite realocar os recursos humanos
para situações que exijam: análise crítica
dos resultados ou controle de qualidade,
processos manuais e atuação comercial. O
resultado do hemograma com diferencial
leucocitário em 5 partes proporciona a
diminuição da confecção de lâminas e microscopia,
sendo uma economia não somente
em mão de obra como em material
(lâminas e corantes). O auto carregamento
diminui o tempo gasto em frente ao
equipamento, automatizando o processo
de amostragem, que é um processo repetitivo
de abrir e fechar tubos de amostras
e que pode proporcionar erros na identificação
das amostras ou trocas acidentais,
além do risco biológico. O BC-5380 traz
elasticidade no ganho de capacidade em
processar a rotina além de contar com o
aumento na segurança e economia dos
processos administrativos de transcrever
os resultados no sistema, se o equipamento
estiver interfaceado ao sistema de
informação do laboratório (LIS).
Para maiores informações, favor
consultar-nos.
J.R. EHLKE & Cia Ltda.
Av. João Gualberto, 1661 - Juvevê
Curitiba / PR - Brasil - CEP 80030-001
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Revista NewsLab | Março 2021
0 131
INFORME DE MERCADO
EXAMES PODEM PREVER CHANCES DE
DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER
DB Patologia apresenta testes que
fazem a detecção da Síndrome de
Lynch e tumores associados
A Síndrome de Lynch é uma doença hereditária
e se caracteriza pelos defeitos em genes
chamados de “genes de reparo”. É comum, no
corpo humano, que o DNA sofra agressões. Por
isso, é de suma importância que o sistema de
reparo seja eficaz. Esses genes são responsáveis
por identificar e reparar essas agressões. Porém,
se os genes responsáveis por essa função não
estiverem funcionando adequadamente, as
chances de uma célula com DNA não reparado
se multiplicar sem controle são altas, levando
ao surgimento de um câncer. Assim, a Síndrome
de Lynch aumenta as chances de o indivíduo ter
inúmeras neoplasias.
Essa síndrome está muito associada, em
grande parte, ao surgimento de câncer
colorretal, sendo considerada um fator de risco
de grande importância e está presente em 3%
dos casos dessa enfermidade. Essa neoplasia é
uma das mais incidentes no mundo. No Brasil,
segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA),
estima-se 41.010 novos casos diagnosticados
(no triênio 2020-2022), afetando, com maior
ocorrência, a população masculina com mais
de 50 anos.
Dr. Gregório Pereira, médico patologista e
coordenador do setor de Imuno-histoquímica e
Patologia Molecular do DB Patologia
Unidade do DB Patologia.
“O câncer colorretal já é uma doença muito
comum entre os cânceres. A maioria dos
casos não têm fator genético. Mas, há os
casos identificados na Síndrome de Lynch, em
que há o fator hereditário. As chances de se
desenvolver a doença, nesses casos, são altas,
chegando a 80%. Pode ocorrer também em
indivíduos mais jovens”, explica o Dr. Gregório
Pereira, médico patologista e coordenador
do setor de Imuno-histoquímica e Patologia
Molecular do DB Patologia.
Para esses casos, o mais recomendado é o
acompanhamento genético para indicação
de métodos de rastreamento ao paciente e
aos familiares próximos. A identificação da
Síndrome de Lynch funciona como um alerta
para o indivíduo diagnosticado e para todos
os familiares consanguíneos. Assim, é possível
tomar decisões mais assertivas em casos de
detecção de câncer precoce, aumentando
significativamente as chances de cura.
O Diagnóstico
A confirmação da Síndrome de Lynch pode ser
feita por meio de exames moleculares, como PCR e
sequenciamento, que têm como objetivo identificar
mutações em genes relacionados. Há também
o exame imuno-histoquímico, uma importante
ferramenta para a identificação da instabilidade de
microssatélites, presente nessa síndrome.
“O exame imuno-histoquímico identifica
a presença ou a ausência das proteínas
produzidas pelos genes de reparo,
determinando de maneira ‘indireta’ a
disfunção desses genes. Testes moleculares,
como o PCR, por sua vez, identificam a
sequência genética que apresenta a mutação
relacionada à síndrome. A utilização do teste
molecular é indicada no caso de resultados
indeterminados na imuno-histoquímica,
incluindo discordância, dificuldade de
interpretação ou perda da expressão
de apenas uma proteína do sistema de
reparação”, complementa o Dr. Gregório.
É importante ressaltar que existem muitos
outros tipos de câncer associados à Síndrome
de Lynch. Entre eles, estão: carcinoma de
ovário, carcinoma de endométrio, carcinoma
de bexiga urinária, carcinoma sebáceo da
pele e, até mesmo, leucemias.
0 132
Revista NewsLab | Março 2021
LANÇAMENTOS FIRSTLAB: AGULHAS HIPODÉRMICAS E
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INFORME DE MERCADO
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de vacinas ou medicamentos e coleta de
sangue dentro das rotinas hospitalares e
laboratoriais. Nossas agulhas são estéreis,
atóxicas e apirogênicas. Permitem a
conexão segura com seringas de bico luer
slip e luer lock. Parede fina no tamanho
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possibilitando um aumento na taxa
de fluxo com calibres menores. Identificação
por cores.
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estancar pequenos sangramentos. Fabricados
em polietileno siliconado, fita microporosa e
não tecido e o tipo de cola é Hot melt. Principal
benefício: mais conforto e menos irritabilidade
na pele. Por não terem látex em sua composição,
possuem boa ventilação, facilidade de uso,
formato anatômico e mais confortáveis. Outro
diferencial é a composição do tampão (almofadinha).
É TNT, tecido e não tecido. É mais absorvente
e proporciona melhor suavidade e flexibilidade,
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Revista NewsLab | Março 2021
0 133
INFORME DE MERCADO
DOSAGEM HORMONAL PELO MÉTODO DE ELISA
O sistema endócrino é composto por um
grupo de glândulas e órgãos que regulam e
controlam várias funções do organismo por
meio da produção e secreção de hormônios.
Os hormônios, por sua vez, são substâncias
químicas que atuam como mensageiros, controlando
e coordenando atividades em todo o
corpo. Por isso mesmo, quando ocorrem alterações
hormonais, o organismo pode apresentar
alguns sintomas característicos, como
excesso de fome, sono, mudanças de humor
e até o crescimento desordenado de pelos. A
realização de testes para dosagem hormonal,
portanto, tem um papel fundamental para
garantir a qualidade de vida do paciente, possibilitando
a detecção precoce dos distúrbios
hormonais e apoiando o médico na tomada de
decisão sobre o melhor tratamento.
A dosagem hormonal pelo método de ELISA
de competição é capaz de detectar moléculas
muito pequenas, fazendo isso por meio do revestimento
dos poços das placas com anticorpos
específicos para o hormônio que se deseja
avaliar. Assim, o resultado do teste aponta a
quantidade de hormônios na amostra de forma
altamente específica e sensível.
A EUROIMMUN Brasil expandiu sua linha de
testes com foco em distúrbios de hormônios
sexuais e metabólicos, permitindo a identificação
e diferenciação com segurança a partir
de amostras de soro e/ou plasma humano.
Nosso portfólio inclui os seguintes testes para
alterações hormonais:
• DHEA - Dehidroepiandrosterona
Funciona como marcador útil da síntese de
androgênio adrenal. Alterações nos níveis de
DHEA podem ocorrer no hipo-adrenalismo e
em outras condições, incluindo adenoma e
carcinoma adrenal virilizante.
• T3 reversa
A T3 reversa é um valioso biomarcador do
metabolismo e função dos hormônios tireoidianos.
Sua dosagem pode ser útil para diferenciar
o diagnóstico entre pacientes com hipotireoidismo
central e aqueles com síndrome
de T3 baixo.
• 17-OH Progesterona
A dosagem de 17-OH progesterona possibilita
a diferenciação no diagnóstico da HAC e pode
ser dividida nas formas clássicas e não-clássicas,
com a quantidade de enzimas reduzidas.
• Estrona
Hormônio esteróide, da classe dos estrogênios,
responsável pelo desenvolvimento e função
dos órgãos sexuais femininos, além da regulação
do crescimento e da densidade óssea.
• DHT - Dihidrotestosterona (DHT)
5α-dihidrotestosterona (DHT) pertence à
classe dos andrógenos. Alterações nos níveis
de DHT podem estar relacionados à hirsutismo
idiopático e ovários policísticos e à aplasia de
células germinativas e azoospermia.
EUROIMMUN
Eurohub – Hub de geração e disseminação
do saber científico
0 134
Revista NewsLab | Março 2021
Identifique e diferencie
com segurança distúrbios
no equilíbrio de hormônios
metabólicos e sexuais.
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importante na saúde hormonal.
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EQ 6165-9601 96 x 01 (96) Estrona ELISA
10338930244
EQ 6163-9601 96 x 01 (96) 17-OH-Progesterona ELISA 10338930242
EQ 6152-9601 96 x 01 (96) Dihidrotestosterona ELISA 10338930240
EQ 1016-9601-9 96 x 01 (96) T3 Reversa
10338930243
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PARA SABER MAIS
INFORME DE MERCADO
LINHA SAFETY VACUETTE®
GARANTIA DE SEGURANÇA PARA PROFISSIONAIS E PACIENTES
Americana, 25 de Janeiro 2021 – Estamos
expostos a acidentes diariamente, independente
do cenário ao qual fazemos parte. Na área da
saúde não é diferente, lesões por perfurocortantes
é um risco presente e uma das causas mais
frequentes de acidentes com profissionais da
saúde. O maior risco envolvido, é a contaminação
por contato com materiais biológicos ou
dispositivos contaminados.
Atualmente, existem mais de 20 patógenos
conhecidos que podem ser transmitidos pelo
contato direto com o sangue contaminado, sendo
os mais perigosos o HBV, HCV e HIV. Estudos
comprovam que é dez vezes mais provável
contrair esses vírus em ambientes hospitalares
do que em ambientes externos.
Implementar medidas de proteção à segurança
e à saúde desses profissionais é fundamental
e está previsto na NR-32, que estabelece as
normas para a prevenção de riscos de acidentes
com materiais perfurocortantes. Prevenir é a
forma de proteção mais eficiente e a linha Safety
VACUETTE®, da Greiner Bio-One oferece uma
ampla gama de produtos seguros e inovadores,
o que permite personalizar a coleta de acordo
com os diferentes tipos de acesso venoso. Veja
algumas das soluções disponíveis:
Os Adaptadores de Segurança QUICKSHIELD são
de uso único e contém um escudo de proteção
com rotação de 360°, que pode ser posicionado
em qualquer direção, facilitando para destros e
canhotos, sem alteração na técnica utilizada para
punção. Finalizada a coleta, basta pressionar o
escudo contra uma superfície rígida até ouvir
um clique, indicando que o sistema foi ativado e
permanentemente travado.
Os Escalpes com Trava de Segurança VACUETTE®
possuem um mecanismo de segurança que
reduz a taxa de lesões por agulhas em até 60%
quando comparado ao uso de um escalpe sem
mecanismo de segurança. A trava de segurança
com mecanismo manual, permite total controle
no momento da retirada do dispositivo, pois a
agulha desliza delicadamente junto a cânula de
proteção e um clique audível confirma que a
trava foi acionada. Além disso, o escalpe possui
uma antecâmara pela qual é possível visualizar o
fluxo sanguíneo assim que a punção é realizada.
O resultado é mais segurança para o profissional
e pacientes cada vez mais satisfeitos.
Ainda falando de prevenção, a linha PREMIUM
dos renomados Tubos VACUETTE® para coleta
de sangue à vácuo, trazem mais confiança e
segurança, pois possuem tampa com rosca,
garantia total para o transporte seguro das
amostras e evitam o efeito aerossol no momento
da abertura dos tubos.
Acesse o site da Greiner Bio-One para saber mais
sobre estes e outros produtos da Linha Safety, ou
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Greiner Bio-One
Sediada em Kremsmünster, na Áustria, a Greiner
possui quatro divisões operacionais, a Greiner
Packaging, Greiner Bio-One, Greiner Foam e
Greiner Extrusion, atuando em vários setores
como na produção de espuma e processadores
de plásticos para os setores de embalagens,
móveis, esporte, automotivo, tecnologia médica
e farmacêutica. Também está entre os principais
fabricantes de linhas, ferramentas e plantas de
extrusão. Em 2017, a Greiner empregou mais
de 10 mil funcionários nas 139 subsidiárias
distribuídas em 33 países. www.greiner.com
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0 136
Revista NewsLab | Março 2021
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INFORME DE MERCADO
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TEM DE TRANSFORMAR O MUNDO E AGORA POSSUI UMA
NOVA FAMÍLIA DE ANALISADORES E REAGENTES PARA
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Mude para nova geração de analisadores de
hemostasia Horiba Medical
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projetados para pequenos laboratórios para
realizar testes de coagulação
Yumizen G200
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0 138
Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
GASOMETRIA I15 LABTEST
Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de
gasometria i15 Labtest é a solução ideal para
quem busca um sistema completo e versátil,
que permite realizar análises em ambientes
laboratoriais e hospitalares.
O sistema é automático e pode-se utilizar
amostras de sangue total arterial ou venoso,
coletadas em heparina lítica ou heparina
balanceada com cálcio, incluindo gasometria
capilar.
• Sempre pronto para realizar o teste, o sistema
utiliza apenas 140 µL de amostra e os resultados
são obtidos em 48 segundos, após a aspiração da
amostra. A bateria tem autonomia para 50 testes
contínuos.
• Até 34 parâmetros por amostra:10 parâmetros
medidos (pH, pCO2, pO2, Na+, K+, Ca++, Cl-,
Glu, Lac e Hct) e 24 parâmetros calculados.
• Cartuchos individuais e de uso único que
possuem microssensores para determinação dos
parâmetros por potenciometria, amperometria e
condutimetria.
• O sistema requer baixa manutenção: com
tecnologia inovadora de controle de líquidos, a
amostra fica confinada no cartucho e não entra
em contato com o sistema operacional interno.
• Garantia de exatidão e precisão nos resultados:
calibração automática a cada amostra, três níveis
de controle de qualidade e simulações internas.
• Com impressora embutida e software
configurável para melhor atender a sua rotina,
é capaz de armazenar até 10.000 dados de
pacientes e 5.000 dados de CQ.
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INFECÇOES INTESTINAIS – ADENOVÍRUS E ROTAVÍRUS
A gastroenterite é uma inflamação do trato digestivo
que atinge principalmente o estômago e o
intestino. Os principais sintomas incluem náuseas,
vômitos, diarreia aquosa, dor abdominal e cólicas,
muitas vezes são acompanhados de inchaço, febre
alta, calafrios, dor de cabeça e cansaço físico.
As causas mais comuns das gastroenterites
são agentes virais, bactérias, parasitas e as intoxicações
alimentares. Dentre as infecções virais,
podemos citar, rotavírus, norovírus, astrovírus,
adenovírus e sapovírus .
As gastroenterites acometem com maior incidência
os países em subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, devido as precárias condições
de saneamento básico, má qualidade da água
potável e fatores de riscos nutricionais. Embora
nos países desenvolvidos a morte por doença
diarreica seja relativamente baixa, a patologia
continua como um importante fator de morbidade,
demandando elevados custos.
Segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), anualmente são registrados no
mundo 2 bilhões de casos de doença diarreica e
1,9 milhões de crianças com menos de 5 anos de
idade são levadas a óbito.
A LumiraDx possui em seu portfolio testes rápidos
para a detecção qualitativa de Rotavírus e
Adenovírus em amostras de fezes permitindo o
diagnóstico preciso e conduta terapeutica adequada
as infecções instestinais.
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0 140
Revista NewsLab | Março 2021
COM A APROXIMAÇÃO DA SEMANA DE LUTA CONTRA
A TUBERCULOSE, ESPECIALISTAS DESTACAM A
IMPORTÂNCIA DE EXAME QUE DETECTA A DOENÇA EM
SUA FASE LATENTE (ILTB)
INFORME DE MERCADO
A tuberculose (TB) é uma doença séria e
altamente contagiosa. Segundo dados do
Relatório Global da Tuberculose 2020, 10
milhões de pessoas foram infectadas pelo
Mycobacterium tuberculosis, com 1,2 milhão
de óbitos em todo o mundo, ao longo de
2019. No Brasil, foram registrados 96 mil
novos diagnósticos no mesmo período,
sendo 6.700 fatais. Em 2018, a OMS lançou
a campanha global “Unidos Para Acabar com
a Tuberculose”, com o objetivo de erradicá-la
até 2030.
Uma das maneiras mais efetivas de prevenir
a transmissão e erradicar a doença se dá pelo
diagnóstico e tratamento precoces da TB ativa
e da prevenção reativa da doença, através do
tratamento da (ILTB). “Embora a tuberculose
seja curável, quanto antes o tratamento for
feito, menor será o sofrimento do paciente,
assim como a taxa de disseminação da
doença. Para o diagnóstico da ILTB, hoje
existem testes mais precisos e assertivos”,
comenta a médica infectologista e diretora
clínica do Instituto Clemente Ferreira, Dra.
Denise Silva Rodrigues.
Entre os métodos para identificar a ILTB
recomendados pela OMS, está o teste IGRA
- QuantiFERON – TB Gold Plus. Desenvolvido
pela QIAGEN, o exame é feito com uma
amostra de sangue e requer apenas uma
visita ao médico, apresentando resultado
rápido e seguro.
Além disso, a testagem da ILTB é indicada
principalmente para pessoas que compõe
o chamado grupo de risco da doença,
como portadores de HIV positivo, pessoas
que recebam tratamento anti-TNF-alfa ou
imunossupressores, pessoas que tiveram
contato com portadores da enfermidade,
crianças abaixo de 5 anos, profissionais
da área da saúde, imigrantes e população
privada da liberdade.
Em breve teste IGRA QuantiFERON-TB Gold
Plus estará disponível em toda rede SUS
e também em todos os planos de saúde a
partir de 01/04/2021 com DUT.
QIAGEN Brasil
vendas.brasil@qiagen.com
Revista NewsLab | Março 2021
0 141
INFORME DE MERCADO
EM TEMPOS DE COVID-19, TAMBÉM É NECESSÁRIO
COMBATER A DENGUE
“Simultaneamente à guerra contra a Covid-19,
o Brasil não pode esmorecer na luta contra outra
inimiga da saúde pública, a dengue, que teve
cerca de um milhão de casos em 2020”, alerta
o médico sanitarista Alexandre Chieppe, diretor
médico da MedLevensohn, salientando: “No
combate e prevenção desta doença, cada brasileiro
pode e deve fazer sua parte, eliminando os
criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor
dos vírus causadores da infecção. Para isso,
não se pode deixar água parada em nenhuma
superfície das casas, terrenos e quintais. Também
se recomenda instalar telas de proteção em janelas
e portas, uso de produtos repelentes na pele
e roupas que protejam braços e pernas, em áreas
expostas ao inseto.
O boletim epidemiológico mais recente do
Ministério da Saúde revela que, entre janeiro e
novembro do ano passado, ocorreram 971.136
casos de dengue no País, com 528 mortes.
Maiores incidências verificaram-se nas regiões
Centro-Oeste (1.187,4 por 100 mil habitantes),
Sul (931,3/100 mil) e Nordeste (258,6/100 mil).
“Tais dados epidemiológicos podem parecer pouco
graves na comparação com os da Covid-19,
que já matou mais de 220 mil brasileiros, mas
são muito preocupantes, pois se trata de uma
enfermidade epidêmica em crescimento e para
a qual ainda não há vacina no sistema público,
com capacidade de acesso muito baixa”, explica
Chieppe.
De 2018 para 2019, o Brasil já havia registrado
aumento de 488% no número de casos de dengue.
Em 2020, como demonstram os números, a
expansão continuou, agravada pela simultaneidade
com o novo coronavírus. Um dos problemas
está na capacidade do sistema de saúde para
atender às demandas relativas a uma gravíssima
pandemia juntamente com uma epidemia nacional,
agravada no período de chuvas, no qual a
reprodução do mosquito é favorecida.
“Um aspecto complicador é que os sintomas
das duas doenças apresentam algumas semelhanças,
confundindo-se também com a gripe,
principalmente no início das duas infecções”,
lembra o diretor médico da MedLevensohn. A
dengue costuma apresentar febre alta, de até
40 graus, dor de cabeça, muscular e nas articulações,
cansaço, indisposição, enjoos e vômitos.
Essas manifestações passam entre cinco e sete
dias. Porém, há casos mais graves, hemorrágicos,
que exigem tratamento imediato e, na maior
parte das vezes, internação hospitalar. Os sintomas
congruentes mais comuns da Covid-19 são
febre, cansaço e dores no corpo. Tosse seca, dor
de garganta e perda de olfato e paladar são sinais
mais característicos da enfermidade pandêmica.
Para as duas doenças não há tratamento cientificamente
reconhecido como eficaz para a cura,
processada pela reação natural do organismo.
Em ambas, são tratados apenas os sintomas,
com medicamentos que variam de acordo com
as características dos pacientes e gravidade das
infecções. Os pacientes mais graves requerem
internação hospitalar. Os que são tratados em
casa não devem tomar remédios, nem mesmo
analgésicos, sem orientação médica. Em caso de
dengue, por exemplo, é imprópria a administração
de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral e
AAS, por exemplo).
“Em caso de sintomas, é importante consultar
o médico, para que se identifique o mais rapidamente
possível qual doença está acometendo a
pessoa, para o devido tratamento”, orienta Alexandre
Chieppe, lembrando haver um teste rápido
da MedLevensohn (Dengue- anticorpos IgG e
IgM), que é um grande aliado no diagnóstico e
controle da enfermidade. “Temos de fazer todos
os esforços no sentido de vencer a dengue no
Brasil, da mesma maneira e ao mesmo tempo
em que enfrentamos a Covid-19”, conclui.
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0 142
Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
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e atualizações para oferecer sempre as
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Em relação as novas variantes recém descobertas
do SARS-CoV-2, informamos que foram realizadas
análises in sílico em relação a interação
das novas variantes com o Kit XGEN MASTER
COVID-19 (ANVISA: 80502070088). Observamos
que as mutações abaixo não afetam a detecção
do vírus SARS-CoV-2 em nosso kit:
• Variante do SARS-CoV-2 VUI 202012/01 –
Reino Unido.
• Variante do Cluster 5 – Dinamarca.
• Variante com substituições de nucleotídeos
(GGG-AAC) nas posições do genoma 28881-
28883.
• Variante brasileira.
O Kit XGEN MASTER COVID-19 tem como alvo os
genes ORF1ab e N, áreas que não foram afetadas
nas mutações citadas acima. Portanto, não
há implicações deste novo variante no kit de
detecção de PCR em tempo real.
Estamos à disposição
para mais esclarecimentos.
suporte@mobiuslife.com.br
0 144
Revista NewsLab | Março 2021
CELLTAC-G – SEGURANÇA, QUALIDADE E TECNOLOGIAS
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System” de acesso randômico e totalmente automatizado
atinge até 90 testes por hora, apenas inserindo
racks no carregador.
DynaScatter Laser - A tecnologia ótica ”DynaScatter
Laser” analisa e diferencia as células WBC em seu
estado “quase-nativo” com muita precisão. O inovador
sistema de detecção de espalhamento de laser com 3
ângulos provê uma melhor detecção de WBC realizando
uma medição precisa de luz dispersada. Obtendo a
informação do tamanho do WBC de um sensor chamado
“FSS”, as informações de estrutura e complexidade
das partículas do núcleo são coletadas por um sensor
chamado “FLS” e a informação da granularidade interna
e da lobularidade são obtidas através de um sensor
chamado “SDS”. Essa informação gráfica 3D é calculada
então por um algoritmo exclusivo da Nihon Kohden.
DynaHelix Flow - A tecnologia chamada “DynaHelix
Flow” alinha perfeitamente as células WBC,
RBC e PLT para uma contagem por impedância com
alta precisão usando um fluxo hidrodinâmico focado
antes de passar pela abertura de contagem. Somado
a isso, o “DynaHelix Flow” previne totalmente que a
mesma célula seja contada duas vezes (retorno) usando
o exclusivo “DynaHelix Flow stream”. Esse avançado
sistema recém desenvolvido, melhora expressivamente
a precisão e confiabilidade das contagens.
Smart ColoRac Match - O sistema “Smart
ColoRac Match” ajuda a localizar rapidamente
amostras clinicamente alteradas e tubos cujo código
de barras não pôde ser lido usando uma exclusiva
codificação através de racks coloridos que
são associados ao programa gerenciador de dados
do Celltac G. Isso aumenta muito a eficiência do
laboratório sem investimento extra, sem aumento
de espaço e sem a necessidade de treinamento
extra para o operador. O sistema “Smart ColoRac
Match” definitivamente maximiza a produtividade
do seu laboratório proporcionando resultados mais
rápidos e precisos.
Seamless information transfer - O sistema
de troca de dados baseado no protocolo HL7 permite
transferência de informação bidirecional sem
interrupção.
Reagent Management - O sistema de gerenciamento
de reagentes do Celltac G torna muito fácil
a manipulação destes. Contribuindo assim para resultados
com o mais alto padrão de qualidade.
Novos parâmetros – Os novos parâmetros
Índice de Mentzer e RDW-I adicionam valiosas
informações clínicas para que se possa diferenciar
os traços de possibilidade de uma Beta-talassemia
de uma possível anemia ferropriva nos casos de
anemia microcítica. E com os novos parâmetros
Band%, Band# e Seg%, Seg# sua análise diferencial
será muito mais precisa e confiável, já que o
equipamento separa a contagem de neutrófilos
em Segmentados % e # e Bastonetes % e #. E os
parâmetros P-LCR e P-LCC reportam plaquetas gigantes,
plaquetas agregadas ou células fragmentadas.
Estes novos parâmetros ajudam a acelerar o
diagnóstico através de resultados precisos.
Opte pela melhor tecnologia para o seu
laboratório!
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Celltac da Nihon Kohden!
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Revista NewsLab | Março 2021
0 145
INFORME DE MERCADO
RAPIDEZ A AGILIDADE PARA EXTRAÇÃO DE RNA DE
SARS-COV-2 COM O NOVO EQUIPAMENTO NE-384 DA MGI
Na MGI Tech Co., Ltd (MGI) temos sempre a melhor
solução para o workflow de detecção do Novo
Coronavirus (SARS-CoV-2). Mais uma vez a MGI
inova e traz ao mercado o MGISP-NE384, nossa mais
recente plataforma automatizada de alta capacidade
para extração de RNA na detecção de SARS-CoV-2.
O MGISP-NE384, utiliza o método de hastes magnéticas
para extração de ácidos nucléicos, contando
com a flexibilidade para extração de 96, 192, 288
ou 384 amostras em um workflow de 15 minutos
totais. Essa característica é alcançada devido seu
sistema de ajuste a diferentes módulos de extração
e otimização de reagentes. A eficiência da extração
também é outro ponto essencial, onde internamente
o termo-bloco garante a manutenção adequada de
temperatura durante todos os passos no workflow
de extração. Além de contar com essas duas características
muito importantes de flexibilidade e eficiência,
o MGISP-NE384 conta com um sistema de segurança
para descontaminação através de lâmpada UV.
Adicionalmente, todos os reagentes são compartimentalizados
de maneira individualizada, evitando
assim contaminação cruzada e contato do usuário
com a amostra biológica. Estudos comparativos
demonstraram excelente reprodutibilidade comparando
nossa plataforma com outros equipamentos
automatizados de extração, sem qualquer variação
quando comparados os valores de Ct durante a detecção
por PCR em tempo real.
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CHIKUNGUNYA (IgM)
O teste rápido Chikungunya detecta anticorpos IgM
contra o vírus Chikungunya.
Por ter os sintomas clinicamente semelhantes ao da
dengue, é muito importante distinguir o tipo de infecção.
• Amostras: Sangue total, soro ou plasma.
• Sensibilidade: 90,3%
• Especifi cidade: >99,9 %
• Apresentação: 25 testes
• Formato: cassete
• Armazenamento: 2 a 30°C.
• Tempo do teste: 15 minutos.
DENGUE IgG/IgM
O teste rápido Dengue IgG/IgM proporciona uma detecção
diferencial de anticorpos IgG e IgM e pode ser
usado para a distinção presuntiva entre uma infecção
primária e secundária de vírus da Dengue.
• Amostras: Sangue total, soro ou plasma
• Sensibilidade: 95,7%
• Especifi cidade: >99,0%
• Apresentação: 25 testes
• Formato: cassete
• Armazenamento: 2 a 30°C
• Tempo do teste: 10 minutos
DENGUE NS1
O teste rápido Dengue NS1 detecta qualitativamente
o Antígeno NS1 do vírus da Dengue. O NS1 é uma das
7 proteínas não estruturais do vírus da Dengue que está
envolvida na replicação viral.
• Amostras: Sangue total, soro ou plasma
• Sensibilidade: 96,5%
• Especifi cidade: 99,5 %
• Apresentação: 25 testes
• Formato: cassete
• Armazenamento: 2 a 30°C
• Tempo do teste: 10 minutos
ZIKA IgG/IgM
O teste rápido Zika IgG/IgM proporciona uma detecção
diferencial de anticorpos anti-zika IgG e anti-zika IgM e
pode ser utilizado para a distinção presuntiva entre uma
infecção primária e secundária de vírus Zika.
• Amostras: Sangue total, soro ou plasma
• Sensibilidade: 98,11%
• Especifi cidade: 99,51%
• Apresentação: 25 testes
• Formato: cassete
• Armazenamento: 2 a 30°C
• Tempo do teste: 15 minutos
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0 146
Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
CROMOENDOSCOPIA
Hoje em dia há um grande avanço nas técnicas
de diagnóstico em Gastroenterologia. Entre elas
se destaca a Cromoendoscopia, uma técnica que
consiste na aplicação de corantes sobre a mucosa
digestiva para facilitar e melhorar a qualidade do
diagnóstico, sendo que a coloração da mucosa
também permite visualizá-la de forma mais
evidente, realçar as características das lesões já
detectadas, detectar mais rapidamente as lesões
anormais, já que os detalhes da sua superfície
sobressaem com a coloração, além de conferir
maior sensibilidade e especificidade no diagnóstico
de displasias, metaplasias ou carcinoma nos
vários segmentos do tubo digestivo.
A Renylab fabrica uma linha endoscópica de alta
Qualidade. Todos os corantes são registrados na
ANVISA e possuem Certificado de Boas Práticas de
Fabricação.
Corantes para Endoscopia
AZUL DE METILENO
Solução corante utilizada para realçar o epitélio
de Barret. O azul de metileno quando utilizado no
esófago, permite confirmar a presença de epitélio
intestinal especializado em pacientes com segmentos
curtos de mucosa colunar, levantar o mapa da
extensão e distribuição do epitélio de Barret, tornar
menos provável o diagnóstico do esófago de Barret,
quando o segmento de mucosa do esófago terminal
não se colore por essa metodologia e orientar
biopsias para zonas de maior risco de displasia e
adenocarcinoma.
ÍNDIGO CARMÍN
Solução corante utilizada em todo o tubo digestivo,
para destacar os contornos da mucosa, realçando
pólipos e pequenas lesões planas, preenchendo
pregas, criptas, erosões e ulceras. Pode ser
utilizado em múltiplas situações: para destacar o
caráter viloso da mucosa de Barret e identificar zonas
planas de displasia de alto grau ou carcinoma,
para destacar irregularidades da mucosa gástrica
correspondentes às áreas de metaplasia ou displasia
e no duodeno para destacar o aspecto atrófico
da mucosa. Deve ser utilizado na caracterização
pormenorizada de lesões macroscópicas e no estudo
de mucosas de alto risco neoplásico sem lesões
aparentes. Não há nenhum tipo de contraindicação
à sua utilização e não necessita de lavagem prévia
ou posterior à sua instilação.
TINTA DA CHINA
Solução corante utilizada usualmente em colonoscopia
para destacar os contornos da mucosa,
realçando pólipos e pequenas lesões planas e preenchendo
pregas, criptas, erosões e ulceras. É utilizado
para a demarcação de lesões pequenas e múltiplas
da mucosa como recurso pré operatório que facilita
o manuseio das mesmas. Não há nenhum tipo de
contraindicação à sua utilização e não necessita lavagem
prévia ou posterior à sua instilação.
LUGOL
Solução corante de particular interesse na detecção
precoce de adenocarcinoma epidermóide do esófago.
As zonas da mucosa que se tornam amareladas ou
rosadas após a instilação merecem particular atenção.
A instilação de Lugol é útil na detecção precoce
de carcinomas epidermóides na população considerada
de alto risco (indivíduos com carcinoma
de cabeça e colo, consumidores de álcool e tabaco
em grandes quantidades). Além disso, o Lugol
permite uma melhor definição das margens de
uma lesão conhecida, diagnosticar outros focos
lesionais na mucosa esofágica e avaliar a existência
de lesão residual após musectomia endoscópica.
Para alguns autores, a grande vantagem do
Lugol, não está no seu poder diagnóstico, mas
na sua capacidade de delimitar uma lesão. Outros
autores atribuem al Lugol uma capacidade
significativa de incrementar a sensibilidade de
detecção de displasia de alto grau ou carcinoma
(de 62% a 96%).
0 148
Revista NewsLab | Março 2021
O objetivo desse guia é esclarecer o mecanismo de
ação juntamente com as técnicas de aplicação de
corantes distintos e mostrar as várias aplicações clínicas
que os corantes endoscópicos possuem.
PROPRIEDADES
Os corantes usados em Cromoendoscopia possuem
características particulares e objetivos distintos,
classificando-se em corantes de absorção, corantes
de contraste e corantes reativos.
Corantes de Absorção
Os corantes que possuem essa propriedade tem a
capacidade de passar para o meio intracelular através
de absorção ou difusão, quando identificam células
epiteliais e seus constituintes. As propriedades
químicas do corante determinam sua fixação e sua
utilidade em diversas situações.
PREPARAÇÃO DA MUCOSA
Antes do procedimento de Cromoendoscopia
é comum fazer uma preparação da superfície
da mucosa, já que esta está recoberta por uma
quantidade variável de material mucoide. Para
isso, são utilizados agentes mucolíticos, que são
substâncias que quebram e rompem as ligações
peptídicas das proteínas que constituem o muco,
fazendo com que ele seja mais fácilmente eliminado,
pois se torna menos viscoso. Ex: Acetilcisteína,
dimetil-polisiloxano, n-acetilcisteína,
ácido acético.
Os corantes endoscópicos podem ser aplicados diretamente
pelo canal do endoscópio, com a utilização
de seringas ou catéteres ou através de spray, técnica
mais utilizada. A escolha depende do tipo de coloração
e a finalidade a que se aplica.
Referencias Bibliográficas
1- Fennerty MB. Tissue staining. Gastrointestinal endoscopy. Clin N
Am 1994;4:297-311.
2- Gostout C. Early lesions: staining magnifying scopes and mucosectomy.
Frontiers oftherapeutic endoscopy. Post graduate course.
Colonoscopy 1997; 63.
3- Kim C, Fleischer D. Colonic chromoscopy. Gastrointestinal Endoscopy
Clinics N.Am. 1997; 4(3): 423-37.
4- Misumi a , ETAL. Role of lugol dye endoscopy in the diagnosis of
early esophageal cancer. Endoscopy 1990; 22: 12-6.
5- Ratilal, P.0; Pires, E.C; Deus, J,R; Novais, L.A: Cromoendoscopia:
Porquê colorir? GE vol. 9 2002:340-346
6- Canto M. Methylene blue chromoendoscopy for Barrett's esophagus:
Coming soon to your lgl unit? \endoscopy 2001; 54:560-8
INFORME DE MERCADO
Corantes de Contraste
Os corantes de contraste tem a função de destacar o
contorno e a topografia da mucosa, já que não penetram
no meio intracelular.
Corantes Reativos
Os corantes reativos identificam as células gástricas
produtoras de ácido.
CONCLUSÃO
A utilização da técnica de Cromoendoscopia é
simples, segura, de fácil realização e barata. A
escolha cuidadosa dos corantes de acordo com
as situações apresentadas permite uma maior
sensibilidade e especificidade, tornando o
diagnóstico mais confiável, seguro e de maior
qualidade.
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Revista NewsLab | Março 2021
0 149
INFORME DE MERCADO
APRENDIZADO À DISTÂNCIA COM O E-LEARNING DA
SARSTEDT
É de conhecimento do time SARSTEDT que a
área dos estudos e aprendizagem educacional
foi diretamente afetada pela pandemia do
COVID-19, em boa parte do mundo, uma vez
que, do ensino infantil às mais distintas e
elevadas graduações, o sistema EAD (Ensino
À Distância) ganhou força e até mesmo maior
credibilidade neste período.
As salas de aulas foram para dentro
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0 150
Revista NewsLab | Março 2021
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INFORME DE MERCADO
SIEMENS HEALTHINEERS POSSUI PORTFÓLIO COM
DIFERENTES MARCADORES TUMORAIS QUE AUXILIAM
NO DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO E MONITORAMENTO
DO TRATAMENTO DO CÂNCER
Mesmo num momento de pandemia em
que muitos atendimentos e procedimentos
estão sendo postergados, os pacientes com
câncer, não podem esperar. O diagnóstico
precoce é sempre um fator decisivo em se
tratando de cura ou sobrevida do paciente,
além do tratamento adequado e seu acompanhamento
constante.
Além disso, a unanimidade na classe médica é
que o diagnóstico precoce é sempre um fator
decisivo em se tratando de cura ou sobrevida
do paciente. Dependendo do estágio da doença,
das próprias características do tumor e
do órgão em que ele aparece é possível ter
alternativas capazes de diminui-lo ou eliminá-lo.
Para cada tipo de câncer, em termos de
diagnóstico, existem os exames de imagem e
também os de análises laboratoriais com seus
respectivos exames para detecção, eles podem
ser utilizados como prevenção porque caso
apresentem níveis alterados indicam que o
paciente deve ser submetido a testes complementares
e confirmatórios.
Entre os exames disponíveis para o manejo clínico
de pacientes com câncer, contribuindo no auxílio
do diagnóstico e estadiamento até na avaliação da
resposta terapêutica, como detecção de recidivas e
prognóstico, além de auxiliar na decisão da terapia
a ser utilizada e terapias adjuvantes estão os exames
de marcadores tumorais, que são moléculas
que podem estar presentes no tumor, no sangue
ou em outros líquidos biológicos.
Normalmente, na fase adulta, acima de 40 ou
45 anos, iniciam-se os checkups de prevenção
0 152
Revista NewsLab | Março 2021
e, de acordo com a conduta médica, o médico
poderá solicitar solicita estes exames de acordo
INFORME DE MERCADO
com as diretrizes médicas para a suspeita clínica.
Mas, quando há suspeita da doença pelo
médico ou devido ao histórico familiar do paciente
é indicado fazer estes tipos de exames,
sem muita relevância para a idade em questão.
Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de
Câncer (2020)¹, a incidência estimada, conforme
a localização primária do tumor e sexo é:
Homens
Próstata
Cólon e Reto
Traqueia, Brônquio e Pulmão
Mulheres
Mama feminina
Cólon e Reto
Colo do útero
Entre os marcadores para detecção de diferentes
tipos de câncer, entre eles, os citados
acima pelo INCA como os de maior
incidência, estão:
Referência bibliográfica:
1. INCA (2020)
Siemens Healthineers
A Siemens Healthineers colabora para que
os profissionais da saúde em todo o mundo
alcancem melhores resultados, capacitando-
-os em sua jornada para expandir a medicina
de precisão, transformando o atendimento,
melhorando a experiência do paciente e
digitalizando a saúde. Líder em tecnologia
médica, a Siemens Healthineers está constantemente
inovando seu portfólio de produtos
e serviços em suas principais áreas de
diagnóstico por imagem, em diagnósticos laboratoriais
e medicina molecular. A Siemens
Healthineers também está desenvolvendo
ativamente seus serviços digitais de saúde e
serviços corporativos. No ano fiscal de 2019,
que terminou em 30 de setembro de 2019, a
Siemens Healthineers gerou receita de € 14,5
bilhões e lucro ajustado de € 2,5 bilhões e
possui cerca de 52.000 funcionários em todo
o mundo. Mais informações estão disponíveis
em www.siemens-healthineers.com.br
Contato para imprensa
SIEMENS HEALTHINEERS
Mabel Santos | +55 11 9 7639-1250
+55 11 9 9786-5033
mabel.santos@siemens-healthineers.com
Revista NewsLab | Março 2021
0 153
INFORME DE MERCADO
PARCERIA COM LABORATÓRIO AMPLIA AS POSSIBILIDADES
DE DIAGNÓSTICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
Uma parceria entre a Binding Site e o laboratório
Neurolife vai ampliar as possibilidades de diagnóstico
da Esclerose Múltipla (EM). Especializado na Coleta
e Análise do Líquido Cefalorraquiano (Líquor), o
Neurolife ja tem em mãos os kits do exame Freelite®
Mx, específico para amostras de Líquor, a fim de
realizar os primeiros estudos clínicos e com os testes
na rotina para o diagnóstico da doença. A intenção
é oferecer sempre a melhor tecnologia para auxiliar
no diagnóstico mais rápido e proporcionar mais
qualidade aos pacientes.
“Temos pesquisado casos na Europa em que
os exames auxiliam muito no diagnóstico rápido
da doença. Se os nossos resultados aqui no Brasil
confirmarem o que temos visto nesses artigos, será
um grande salto no diagnóstico dessa doença tão
desafiadora”, explica Carlos Otávio Brandão, médico
responsável técnico do Neurolife.
Há 30 anos atendendo hospitais, clínicas
especializadas, operadoras de saúde e pacientes, o
Neurolife conquistou a confiança de seus clientes
ao garantir segurança e excelência no apoio ao
diagnóstico e tratamento médico de manifestações
neuropsiquiátricas de forma humanizada e inovadora,
promovendo saúde e qualidade de vida.
A decisão por firmar esta parceria com a Binding
Site, que desenvolveu o Freelite® Mx, foi justamente
pelo reconhecimento da eficácia que o teste pode
oferecer no diagnóstico da Esclerose Múltipla.
“Em geral, o diagnóstico envolve a utilização
de vários marcadores, até para descartar outras
doenças. Precisávamos de uma tecnologia mais
apurada, que justamente fosse capaz de oferecer
um diagnóstico rápido e preciso, o que vai bem ao
encontro da missão do Neurolife. E encontramos isso
no teste da Binding Site”, afirma Brandão.
A realização de estudos envolvendo o Freelite®
Mx será pioneira no Brasil, o que também animou
a equipe da Binding Site. “A colaboração científica
sempre foi nossa prioridade. Desta forma,
conseguimos tanto auxiliar diretamente o paciente,
quanto disponibilizar essa tecnologia de ponta para
os profissionais”, comenta Dra. Elyara Maria Soares,
Diretora Científica da Binding Site Brasil.
Tecnologia da Binding Site
Na vanguarda da pesquisa médica, a Binding
Site desenvolve testes laboratoriais para ajudar no
diagnóstico e monitoramento das doenças, bem
como para fornecer informações prognósticas em
várias condições diferentes.
Os ensaios de anticorpos da Binding Site utilizam
métodos de turbidimetria e Imunodifusão Radial
(IDR) para a detecção de gamopatias monoclonais
e a determinação do estado imune.
O Freelite®, já muito conhecido, tem importância
clínica demonstrada em mais de 3 mil publicações
científicas. É o único kit comercial recomendado
pelas Diretrizes Internacionais e Brasileiras
para a dosagem de Cadeias Leves Livres (CLLs)
Kappa (κ) e Lambda (λ) em soro. Os anticorpos
policlonais do teste reagem apenas com as
formas livres das cadeias leves proporcionando
uma medição quantitativa de κ e λ livres no soro,
cujo resultado pode ser utilizado para diagnóstico
e monitoramento de pacientes com Mieloma
Múltiplo e outras Gamopatias Monoclonais.
A detecção e quantificação de cadeias leves livres
no Líquor tem sido extensivamente estudada, e a
importância clínica do exame demonstrada também
no diagnóstico de doenças do Sistema Nervoso
Central, como na EM.
O Freelite® Mx, específico para amostras de
Líquor, pode auxiliar no entendimento de questões
relacionadas a outros métodos, contribuindo para
o diagnóstico preciso da EM. Com os estudos
realizados, o auxílio se dará não só na confirmação
dos diagnósticos suspeitos, mas também no
monitoramento da evolução da doença.
“Como o diagnóstico da EM envolve a utilização
de vários marcadores, muitas vezes, ainda restam
dúvidas. E a tomada de decisão tem que ser rápida,
porque os surtos são agressivos. Então, o quanto
antes for definida a linha do diagnóstico, maior a
chance de acerto, porque se o paciente tiver uma
doença infecciosa, você pode até levá-lo a outra
doença mais grave, caso tome a decisão errada. O
Freelite® Mx aponta um direcionamento que pode
ajudar no tratamento. Esse teste será um divisor de
águas que trará muito mais segurança para a equipe
médica”, enfatiza Brandão.
Saiba mais sobre o Freelite® Mx
O equipamento da Binding Site tem capacidade
de realizar os reagentes tanto para soro e urina,
como também para o Líquor, fazendo com que o
laboratório tenha à disposição um equipamento que
vai auxiliá-lo para a especificidade que necessita ou
em algum outro teste no soro.
Para mais informações sobre o Freelite® Mx
entre em contato com a Binding Site e converse
com os especialistas.
info@bindingsite.com.br
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0 154
Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
ANÁLISE FORENSE TOXICOLÓGICA DE CANABINOIDES
NO SANGUE
Os pesquisadores validaram um novo protocolo
para medir os níveis de traços de canabinóides no
soro e o usam para analisar amostras de pessoas
acusadas de dirigir sob a influência de drogas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde,
cerca de 147 milhões de pessoas, 2,5% da população
mundial consomem cannabis. Devido ao seu
amplo uso, a análise de canabinóides em amostras
biológicas - principalmente de sangue - é de grande
importância para os laboratórios forenses.
Entre as centenas de canabinóides da cannabis,
o tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal
composto psicoativo da cannabis, e seus metabólitos
THC – OH e THCA, estão entre os mais
frequentemente monitorados como marcadores
de consumo de drogas. O canabidiol (CBD) e o
produto de degradação menor canabinol (CBN)
também são frequentemente medidos para auxiliar
na interpretação forense dos resultados. Mais
recentemente, o cannabigerol (CBG) foi detectado
na urina e também é um marcador proposto
para o consumo de cannabis.
Mas a análise toxicológica das baixas concentrações
desses canabinóides em amostras biológicas
complexas apresenta desafios consideráveis
para os cientistas forenses.
Uma fonte alternativa de íons para cromatografia
gasosa
Uma variedade de métodos analíticos baseados
em cromatografia gasosa acoplada a espectrometria
de massa (GC-MS) têm sido tradicionalmente
empregados para a determinação de níveis de traços
de canabinóides em amostras biológicas. Entre a
variedade de fontes de ionização atualmente disponíveis,
a ionização química de pressão atmosférica
recentemente comercializada para cromatografia
gasosa (APGC) pode oferecer uma alternativa nova
e atraente - particularmente para medir compostos
que são difíceis de analisar usando outras fontes.
Em um novo estudo, publicado no Journal of
Chromatography A, os pesquisadores avaliam
o uso de APGC acoplado à espectrometria de
massa triplo quadrupolo (APGC-MS / MS) para a
determinação quantitativa simultânea de canabinóides
no soro humano.1
Os pesquisadores desenvolveram e validaram
uma nova metodologia de acordo com as diretrizes
internacionais, demonstrando que a técnica poderia
separar THC, THC – OH, THCA, CBD, CBDA e CBG em
menos de dez minutos. Seus limites de quantificação
(LOQ) foram 0,2 ng / ml para THC, 0,4 ng / ml
para THC – OH, CBD e CBG, 1,6 ng / ml para THCA e 3
ng / ml para CBDA. Eles então aplicaram com sucesso
o método para a análise de amostras reais de soro
coletadas de 15 pessoas que haviam sido acusadas
de dirigir sob a influência de drogas.
Para essas análises altamente sensíveis, os
pesquisadores usaram água ultrapura gerada a
partir de um sistema de purificação de água do
laboratório ELGA PURELAB® Chorus ANR para minimizar
o risco de introdução de contaminantes
que podem afetar seus resultados.
Análise Forense confiável
Embora vários métodos empregando a fonte
APGC tenham sido aplicados em análises de alimentos
ou ambientais, esta é sua primeira aplicação
em toxicologia forense.
Os resultados demonstram que o APGC – MS
/ MS pode quantificar satisfatoriamente o THC
e outros canabinóides em uma matriz biológica
extremamente complexa (soro humano) na qual
os analitos alvo estão presentes apenas em níveis
de traços.
O protocolo oferece uma alternativa válida, de
alto desempenho e inovadora para a produção de
dados forenses confiáveis usando cromatografia
gasosa, permitindo a determinação quantitativa
de canabinóides no soro mesmo nos limites
legais de THC mais baixos propostos para motoristas.
Por que escolher o ELGA LabWater?
No ELGA LabWater, nossos engenheiros, químicos
e cientistas especializados estão na vanguarda
da inovação tecnológica. Eles continuam a introduzir
recursos revolucionários para o mercado
de água de laboratório.
Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations
Rafaela Rodrigues
Tel. +55 11 3888-8782
rafaela.rodrigues@veolia.com
0 156
Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
CELLAVISION VET: AUTOMAÇÃO DA CONTAGEM DIFERENCIAL
DE LEUCÓCITOS EM AMOSTRAS VETERINÁRIAS
A tecnologia CellaVision já é adotada em
muitos laboratórios de análises clínicas no
mundo. A utilização de redes neurais artificiais
para a pré-classificação de leucócitos e eritrócitos
ajuda profissionais de laboratórios a obterem
resultados mais precisos e padronizados,
garantindo maior eficiência e confiabilidade.
Agora, laboratórios veterinários podem
contar com a mesma tecnologia CellaVision
para amostras caninas, felinas, aviárias e outros
mamíferos. A plataforma de análise CellaVision é
a mesma utilizada para amostras humanas, mas
o software desenvolvido é totalmente dedicado
para amostras veterinárias. Assim, estes
laboratórios poderão obter os mesmos benefícios
que os grandes laboratórios de análises clínicas
possuem quanto ao aumento da produtividade,
eficiência, padronização e redução de resultados
falso-negativos.
Outra característica presente no CellaVision Vet é
o laudo personalizado, onde é possível gerar um
laudo que inclui imagens das células de interesse,
selecionadas pelo usuário, além de informações
adicionais e logotipo do laboratório. O laudo
personalizado pode ser salvo em formato pdf.
Assim como na versão humana, o CellaVision
Vet conta com o acesso remoto, onde é possível
analisar e assinar exames à distância, seja dentro
do próprio laboratório, em unidades diferentes
de onde o equipamento se encontra instalado
ou até mesmo em home-office. O acesso
remoto permite a colaboração entre colegas e
consultorias externas em tempo real para um
diagnóstico mais preciso, sobretudo para as
lâminas mais desafiadoras.
Para amostras caninas e felinas:
Para amostras aviárias:
O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente os
leucócitos nas seguintes classes: Neutrófilos segmentados, bastonetes,
eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos e outros.
Ainda, pré-classifica elementos não-leucócitos em eritroblastos,
trombócitos gigantes, agregação plaquetária, células esmagadas e
artefatos.
O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente
heterófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Além disso,
pré-classifica elementos não leucocitários em trombócitos gigantes,
agregação plaquetária e artefatos.
Contatos:
Cellavision.com
Wagner.miyaura@cellavision.com
0 158
Revista NewsLab | Março 2021
CONHEÇA A BYOGENE, BIOGENETIX E VITALAB:
EMPRESAS DA BU DIAGNÓSTICA DA VIVEO
As empresas Diagnóstica Cremer, Byogene,
Biogenetix e Vitalab formam uma
solução completa com venda de produtos
e prestação de serviços de excelência
para laboratórios de todo o Brasil. Entre os
principais estão produtos pré-analíticos
e analíticos, além de distribuição da Roche
Diagnóstica do Brasil para o interior
e grande São Paulo, Alto do Tietê, Baixada
Santista, Sorocaba, Rio de Janeiro e Distrito
Federal.
INFORME DE MERCADO
Com mais de 2.500 itens no portfólio
e 200 fornecedores parceiros, um atendimento
multicanal e especializado,
construímos uma experiência de compra
personalizada, com base na cesta de produtos,
histórico de compras e preferências
de cada cliente.
A Byogene está no mercado há mais de
20 anos com grande destaque nas áreas
de bioquímica, hematologia, imunologia,
alergia, biologia molecular e coleta. Trata-
-se do maior distribuidor da Roche Diagnóstica
no segmento de diagnóstico in
vitro, empresa suíça de biotecnologia líder
mundial em soluções para medicina diagnóstica
e medicina personalizada, para a
grande São Paulo, Alto do Tietê, Baixada
Santista, Sorocaba e Rio de Janeiro.
Com mais de 10 anos no mercado, a Biogenetix
é distribuidora autorizado da Roche
Diagnóstica para o interior do estado
de São Paulo. No ano de 2017 a empresa
recebeu o prêmio de “Distribuidor Master”,
sendo considerado o melhor distribuidor
do Brasil.
A Vitalab é distribuidora credenciada
da Roche Diagnóstica com atendimento
exclusivo e personalizado para todo o Distrito
Federal. São mais de 18 anos de compromisso
em atender bem os clientes com
respeito, credibilidade, confiança e ética.
Fazemos parte da Viveo, líder na América
Latina no mercado de distribuição de
insumos médico hospitalares. Somos um
ecossistema de produtos e serviços para o
setor da saúde. Nossa missão é de simplificar
o mercado com soluções ágeis, confiáveis
e inovadoras.
Saiba mais em
www.diagnosticacremer.com.br ou
www.viveo.com.br
Telefone: 0800 729 3090
WhatsApp: (47) 99264-1667
www.diagnosticacremer.com.br
@diagnosticacremer
Revista NewsLab | Março 2021
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INFORME DE MERCADO
PNCQ OFERECE AOS LABORATÓRIOS PRODUTOS E
SERVIÇOS DE QUALIDADE CERTIFICADA!
Para garantir a exatidão dos seus laudos, os
laboratórios devem avaliar periodicamente
o desempenho dos seus sistemas analíticos,
participando de um Ensaio de Proficiência.
O Programa Nacional de Controle de
Qualidade (PNCQ), patrocinado pela
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
(SBAC), é Acreditado pelo INMETRO como
Provedor de Ensaio de Proficiência (ABNT
NBR ISO/IEC 17.043:2011), e como Produtor
de Material de Referência (ABNT NBR ISO
17034:2017); é Certificado pela ABNT como
Provedor de Ensaios de Proficiência, produtor
de amostras-controle e Material de Referência
para laboratórios clínicos, bancos de sangue,
organizações de diagnóstico in vitro e nos
segmentos alimentos, análise de água,
medicamentos e cosméticos (ABNT NBR ISO
9001:2015); é Certificado pela ANVISA em
Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Habilitado
pela Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos
em Saúde (REBLAS).
O PRO-EX é o Programa de Controle Externo
da Qualidade (ou Ensaio de Proficiência)
do PNCQ, que oferece mais de 100 tipos de
programas. Aos Laboratórios Participantes é
disponibilizado, gratuitamente, o Gráfico de
Tendência para análise do Desvio Relativo à
Média (DRM), auxiliando os laboratórios na
análise de seu desempenho nas Avaliações
Mensais.
O PRO-IN é o Programa de Controle Interno
da Qualidade do PNCQ e oferece mais de
80 tipos de amostras-controle, em vários
níveis e constituintes, para que o laboratório
estabeleça suas próprias médias, de acordo
com a variabilidade analítica existente
em seu laboratório. Para facilitar a rotina,
o PNCQ disponibiliza, gratuitamente, a
ferramenta PRO-IN em Tempo Real que auxilia
na elaboração e avaliação do seu controle
interno com a preparação do Gráfico de Levey
Jennings, automaticamente.
Hoje o PNCQ atende mais de 5.600
Laboratórios Clínicos e Serviços de
Hemoterapia associados no Brasil, América
Latina, Europa e África, atendendo aos mais
rigorosos padrões de qualidade.
Conheça mais sobre o PNCQ em nosso novo
site: www.pncq.org.br
A RELEVÂNCIA DA ANÁLISE DE GRANULÓCITOS
IMATUROS NO HEMOGRAMA
Granulócitos imaturos (IG) são células encontradas
geralmente na medula óssea de pacientes normais
e podem estar presentes no sangue periférico devido
a alguma alteração fisiológica ou patológica do
organismo, ou de maneira habitual em gestantes e
crianças recém-nascidas.
A presença de granulócitos imaturos é uma informação
importante que evidencia a ativação da medula
óssea e que também auxilia na distinção entre
pacientes com neoplasias hematológicas e pacientes
em processo infeccioso bacteriano agudo.
Os analisadores automáticos de hematologia hoje
permitem, além da avaliação de parâmetros básicos,
a avaliação de parâmetros que auxiliam na identificação
de resultados de pacientes que requerem
estudos adicionais.
No caso dos equipamentos da linha BC-6000
(Mindray) a utilização da tecnologia de cubo SF
único, permite uma análise gráfica 3D, e revela com
grande acurácia a presença de células anormais
e traz informações sobre granulócitos imaturos
(IGM%).
A contagem automatizada do parâmetro IG reduz
sensivelmente o número de lâminas e esfregaços
sanguíneos realizados diariamente reduzindo a
carga de trabalho manual e a consequente variabilidade
de resultados, sem custos adicionais, e sem
segredos na interpretação dos resultados.
Tudo de maneira simples, automatizada e rápida,
para facilitar o trabalho do operador e para garantir
uma entrega de resultados cada vez mais ágil e confiável
à pacientes e médicos.
Anderson Carvalho
Assessor Científico
Vyttra Diagnósticos
www.vyttra.com
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Revista NewsLab | Março 2021
INFORME DE MERCADO
DYNASCATTER LASER
TECNOLOGIA INTEGRADA DE LASER 3D, REAGENTES
OTIMIZADOS E NOVOS ALGORITMOS DE ANÁLISE.
O que é DynaScatter Laser?
A tecnologia ótica “DynaScatter Laser” analisa
e diferencia as células WBC em seu estado
“quase-nativo” com muita precisão. O inovador
sistema de detecção de espalhamento de
laser de 3 ângulos provê uma melhor detecção
de WBC realizando uma medição precisa
de luz dispersada. Obtendo a informação do
tamanho do WBC de um sensor de pequeno
ângulo frontal chamado “FSS”, as informações
de estrutura celular e complexidade das partículas
de núcleocromatina são coletadas por
um sensor de ângulo frontal chamado “FLS” e
a informação da granularidade e globularidade
são obtidas através de um sensor de ângulo
lateral chamado “SDS”. Essas informações gráficas
3D são calculadas pelo algoritmo exclusivo
do software Nihon Kohden.
Sem processamento químico de WBC
O reagente de classificação de leucócitos patenteado
pela Nihon Kohden provoca a hemólise
seletiva das hemácias, deixando os leucócitos intactos.
O núcleo, os grânulos e a celularidade são
preservados em seu estado original. As células
não são alteradas por coloração, retração ou lise
diferencial, desta forma não há distorção dos resultados
na medição. O Celltac ES (MEK-7300) e
Celltac G (MEK-9100) podem obter informações
morfológicas a partir de núcleos e grânulos de
WBC de forma natural e realizar contagens diferenciais
(5 diff) mais precisas.
Medição em um único canal
O Celltac ES (MEK-7300) e Celltac G (MEK-9100)
medem cada célula em um único citômetro de fluxo
e isso elimina drasticamente erros de medição.
Opte pela melhor tecnologia para o
seu laboratório!
Opte por equipamentos hematológicos
Celltac da Nihon Kohden!
NIHON KOHDEN
Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá
São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil
Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463
E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br
Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas
as novidades para 2021!
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Revista NewsLab | Março 2021
PATOCORDEL
PATHOCORDEL: SALVO PELO GONGO
“Este caso é de neo
Cirurgia radical!
Mas a biópsia endoscópica
O que deu afinal?”
“Telefonista é urgente!
Me faça uma ligação
Chame logo a Cirurgia
Suspenda a operação!”
Não é tumor gástrico
Mas que diabo seria?
Estrongiloidíase grave
Simulando neoplasia
Acredite se quiser
Pergunte na Endoscopia
As lâminas estão guardadas
Lá na Patologia
Com tratamento adequado
O doente melhorou
15 quilos numa semana
Foi o que ele engordou
A comida do Hospital
Chegou mesmo a elogiar
Recuperação total
Melhora espetacular
Esta é toda a verdade
Deste caso singular
E o doente teve alta
Com o estômago no lugar!
José de Souza Andrade-Filho*
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
* A propósito de um caso se estrongiloidíase grave gástrica e duodenal que ia ser gastrectomizado,
sendo a cirurgia suspensa no momento do exame da biópsia endoscópica. Caso do século XX.
Revista NewsLab | Março 2021
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01 DIA
NA PRAIA
Enquanto você tirou um dia
de descanso na praia,
recebemos mais de
102.300 tubos
de amostras.
MAIS DE
26.000
M 2 DE ÁREA
PRODUTIVA
MAIS DE
1.700
COLABORADORES
CAPACIDADE DE
15
MILHÕES
DE EXAMES
MENSAIS
MAIS DE
180.000
KM PERCORRIDOS
POR DIA PELA
NOSSA LOGÍSTICA
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