18.03.2021 Views

Revista Newslab Edição 164

Revista Newslab Edição 164 - Março 2021

Revista Newslab Edição 164 - Março 2021

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

R$ 25,00


evista<br />

Editorial<br />

Estimado leitor,<br />

Nesta edição, publicada no mês das<br />

mulheres, gostaríamos de homenagear<br />

e parabenizar todas as clientes, leitoras,<br />

anunciantes, autoras e colaboradoras que<br />

fazem parte da nossa história e reconhecer<br />

todas as grandes mulheres que fizeram e<br />

fazem parte de tudo que somos hoje no<br />

universo da medicina diagnóstica.<br />

Temos grandes nomes como Gertrude<br />

Elion, a bioquímica americana que<br />

ganhou um Prêmio Nobel de Medicina<br />

em 1988 por desenvolver medicamentos<br />

cruciais para o tratamento da leucemia. No<br />

decorrer do seu trabalho, Elion descobriu<br />

importantes princípios da quimioterapia.<br />

Saudações também a Françoise<br />

Barré-Sinoussi, a virologista francesa<br />

que descobriu a existência do HIV.<br />

Em 1983, ela publicou na revista<br />

Science a descrição completa do<br />

vírus da imunodeficiência adquirida<br />

quando, até então, a doença ainda<br />

não havia se tornado uma epidemia. O<br />

reconhecimento chegou em 2008 com o<br />

Prêmio Nobel de Medicina.<br />

Nossos cumprimentos a todas as<br />

mulheres, que com suas lutas marcam<br />

posição na criação de novos caminhos<br />

para a sociedade.<br />

A edição <strong>164</strong> traz um artigo<br />

fantástico escrito pela Dra. Rachel<br />

Siqueira de Queiroz Simões onde<br />

ela discorre sobre a emergência de<br />

viroses zoonóticas através da interface<br />

homem e as distintas espécies, sobre<br />

a potencial transmissibilidade, taxa de<br />

recombinação genômica e adaptação<br />

em novo hospedeiro. Relata também, as<br />

semelhanças das pandemias do passado<br />

com o nosso presente.<br />

Infelizmente ainda não temos<br />

grandiosas notícias de melhora com<br />

relação a pandemia no mundo, pior, há<br />

um cenário de agravamento!<br />

Pensei que evoluiríamos devagar<br />

devido a morosidade da vacinação, mas<br />

retroceder, jamais!<br />

Continuo desejando fortemente que suas<br />

esperanças não se esgotem, que possamos<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>164</strong> - Março 2021<br />

seguir em frente nos protegendo e<br />

protegendo todos ao nosso redor com<br />

atos responsáveis, sempre firmes em<br />

busca de dias melhores.<br />

A vida não pode parar!<br />

Continuem conectados a nossa<br />

multiplataforma de comunicação para<br />

ter acesso ao que há de melhor sobre o<br />

diagnóstico laboratorial.<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />

acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@newslab.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />

Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />

Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />

Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodiciade: Bimestral<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>164</strong> - Março 2021<br />

<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />

Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />

CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />

0 2


equipe campeã<br />

em produção<br />

e vendas.


evista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>164</strong> - Março 2021<br />

Normas de Publicação<br />

para artigos e informes de mercado<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />

publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />

em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />

para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />

precise de informações adicionais, entre em contato com<br />

a redação.<br />

Informações aos autores<br />

Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />

originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />

etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />

qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />

clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />

revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />

natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />

envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />

assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />

artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />

Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />

conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />

na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />

Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />

resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />

em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />

e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />

dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />

foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />

constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />

keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />

referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />

do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />

segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência citadas<br />

no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />

autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />

Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />

inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />

contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />

como “no prelo” ou “in press”.<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab<br />

A/C: Luciene Almeida – redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />

CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />

Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />

Contato<br />

A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />

vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />

REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

TELEFONE: (11) 3900-2390<br />

EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />

Acesse nosso site: www.newslab.com.br<br />

Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

/revistanewslab<br />

@revista_newslab<br />

Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />

assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />

Filiado à:<br />

0 4


Índice remissivo de anunciantes<br />

ordem alfabética<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>164</strong> - Março 2021<br />

ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />

BECKMAN COULTER - DIV. LIFE SCIENCE 07<br />

BIOCON 51<br />

BIOTÉCNO 21<br />

BUNZL SAÚDE 05<br />

CELER 124-125<br />

CELLAVISION 79<br />

CEPHEID CAPA | 59<br />

DB DIAGNÓSTICOS 4ª CAPA | 93<br />

DIAGNO 122-123<br />

DIAGNÓSTICA CREMER 31<br />

EBRAM 107<br />

EQUIP 73 | 83<br />

EQUIPNET 121<br />

ERBA 91<br />

EUROIMMUN 135<br />

FIRSTLAB 37<br />

GREINER 71 | 137<br />

GRIFOLS 11<br />

GT GROUP 49<br />

HERMES PARDINI 62-63<br />

HORIBA 2ª CAPA | 139<br />

J. R. EHLKE&CIA 08-09 | 40-44<br />

KOLPLAST 47 | 95<br />

LABORLINE 13<br />

LABTEST 155<br />

LUMIRADX 99<br />

MEDLEVENSOHN 143<br />

MGI AMERICA 147<br />

MOBIUS LIFE SCIENCE 103<br />

NEWPROV 117<br />

NIHON KOHDEN 113<br />

NIHON KOHDEN DISTRIBUIDORES 34-35<br />

PMH PRODUTOS 87<br />

PNCQ 161<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

QIAGEN 141<br />

RENYLAB 105<br />

SARSTEDT 151<br />

SIEMENS 109<br />

SNIBE 27<br />

TBS -BINDINGSITE 67<br />

TG ENERGIA 89<br />

VEOLIA 157<br />

VIDA BIOTECNOLOGIA 03<br />

VYTRA DIAGNÓSTICOS 16-17<br />

WAMA 69<br />

Conselho Editorial<br />

Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />

humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />

de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />

Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />

Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />

Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />

USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />

Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />

Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Suzimara Tertuliano, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva, Regina Paula Soares Diego,<br />

Alexandre Freire Rocha Gomes, Laila de Menezes Cardoso Vieira, Maria Soares, Caio Santos de Souza, Giovana Santos Caleiro, Camila Malta Romano, Diego Lasier Mendes, Eloir Dutra Lourenco,<br />

Brunno Câmara e Luciana Chavasco.<br />

0 6


ÍNDICE<br />

revista<br />

Ano 28 - <strong>Edição</strong> <strong>164</strong> - Março 2021<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

54<br />

Sistema GeneXpert®<br />

Simples, Rápidos e precisos.<br />

A melhor escolha em diagnósticos<br />

moleculares.<br />

12<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

PANDEMIAS E AS PLATAFORMAS<br />

TECNOLÓGICAS VACINAIS<br />

24<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

ATENDIMENTO PEDIÁTRICO EM LABORATÓRIO<br />

Autores: Mauren Isfer Anghebem; Geraldo Picheth;<br />

Fabiane Gomes de Moraes Rego.<br />

Autoras: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce<br />

Carvalho Negreiros; Kelen Cristina da Silva.<br />

02<br />

60<br />

75<br />

86<br />

94<br />

96<br />

102<br />

112<br />

114<br />

116<br />

118<br />

120<br />

163<br />

- Editorial<br />

- Automação em Análises Clínicas<br />

- Bancos de Sangue<br />

- Medicina Genômica<br />

- Logística Laboratorial<br />

- Marketing em Saúde<br />

- Lady News<br />

- Hematologia<br />

- Análises Clínicas<br />

- Citologia<br />

- Biossegurança<br />

- Informe de Mercado<br />

- Pathocordel<br />

32<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

PERFIL DA POPULAÇÃO SUBMETIDA A<br />

ANÁLISE SERIADA DE ENZIMAS CARDÍACAS<br />

COMO BIOMARCADORES DO INFARTO AGUDO<br />

DO MIOCÁRDIO<br />

45<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

REFLEXÕES SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA<br />

NOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

68<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

VALIDAÇÃO DE ENSAIOS<br />

EM ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Autores: Bruno de Souza Mayer, Carolina<br />

Mallmann Wallauer de Mattos.<br />

Autor: Humberto Façanha.<br />

Autoras: Fábia Bezerra;<br />

Mariana M. Zanotto de Araújo.


TRANSFUSION MEDICINE<br />

O leitor de confiança<br />

Com apenas um toque o DG Reader Net<br />

oferece uma solução intuitiva e segura<br />

para seu laboratório de referência de<br />

Imuno-Hematologia<br />

Para mais informações contate-nos:<br />

imunohemato.brasil@grifols.com<br />

www.diagnostic.grifols.com<br />

TYPING<br />

©2021 Grifols, S.A. All rights reserved worldwide.<br />

Registro ANVISA 80134860267


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

PANDEMIAS E AS PLATAFORMAS<br />

TECNOLÓGICAS VACINAIS<br />

PANDEMICS AND VACCINES TECHNOLOGICAL PLATFORMS<br />

* Imagem ilustrativa<br />

Autora:<br />

Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões 1<br />

1 Fundação Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro.<br />

Resumo<br />

Diversos estágios evolutivos para a emergência de<br />

viroses zoonóticas e reemergência dessas enfermidades<br />

são um ponto crucial na interface do homem com<br />

distintas espécies. A introdução de um novo patógeno<br />

de uma espécie para outra sinaliza o grande potencial<br />

de transmissibilidade com elevada taxa de recombinação<br />

genômica e uma resposta rápida de adaptação no<br />

novo hospedeiro. Associado a esse contexto de transição<br />

entre a história das pandemias e as plataformas tecnológicas<br />

dos possíveis candidatos vacinais, em conjunto<br />

com inúmeras biofarmacêuticas na pesquisa mundial,<br />

descortinam antigas questões no âmbito da saúde pública.<br />

O cenário das pandemias perpassando pela praga<br />

de Justiniano, a peste negra do século XIV, a descoberta<br />

da variolização, a gripe russa, espanhola e a gripe suína<br />

são pandemias que deixaram legados históricos e<br />

apresentam semelhanças ao coronavírus, SARS, MERS e<br />

SARS-CoV-2.<br />

Palavras-Chave: Coronavírus, Pandemias, Plataformas<br />

Tecnológicas, SARS-CoV-2, Vacinas.<br />

Abstract<br />

Several evolutionary stages for the emergence of<br />

zoonotic viruses and reemergence of these diseases<br />

are a crucial point in the interface between man and<br />

different species. The introduction of a new pathogen<br />

from one species to another signals the great potential<br />

for transmissibility with a high rate of genomic<br />

recombination and a rapid adaptation response in the<br />

new host. Associated with this context of transition<br />

between the history of pandemics and the technological<br />

platforms of possible vaccine candidates, together<br />

with numerous biopharmaceuticals in world research,<br />

they reveal old issues in the field of public health. The<br />

scenario of pandemics passing through the plague of<br />

Justinian, the black plague of the 14th century, the<br />

discovery of variolization, the Russian Flu, Spanish Flu<br />

and Swine Flu are pandemics that left historical legacies<br />

and show similarities to coronavirus, SARS, MERS<br />

and SARS-CoV-2.<br />

Keywords: Coronavirus, Pandemics, Technological Platforms,<br />

SARS-CoV-2, Vaccines..<br />

0 12<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

Introdução<br />

O termo imunidade de rebanho, do inglês<br />

herd immmunity e a preocupação<br />

rio da pandemia do novo coronavírus<br />

com estratégias de autoconfinamento<br />

voluntário motivado pelas condições<br />

XIX, a Peste reapareceu e dizimou<br />

entre 75 a 200 milhões de pessoas<br />

(Rodrigues, 2020).<br />

de disponibilidade de vacinas que da-<br />

preventivas (Sanar, 2020).<br />

tam do século XVIII transitam historica-<br />

O impacto nas melhorias de hi-<br />

mente sobre a saúde pública até os dias<br />

Peste Bubônica (séc XIV)<br />

giene e saneamento das cidades foi<br />

atuais. O desenvolvimento tradicional<br />

A Peste Bubônica, conhecida po-<br />

diretamente proporcional a diminui-<br />

e acelerado das plataformas clássicas<br />

pularmente como Peste Negra, foi a<br />

ção populacional de ratos urbanos. E<br />

e de nova geração de vacinas contra o<br />

primeira grande pandemia de que se<br />

desse modo, acredita-se que a Peste<br />

SARS-CoV-2 passando pelo escalona-<br />

tem conhecimento. Não há consenso<br />

Bubônica atingiu a curva descenden-<br />

mento de doses, segurança e eficácia<br />

quanto ao número de mortos, mas<br />

te. A cidade de Veneza, na Itália foi<br />

são tópicos que serão abordados no<br />

estima-se que aproximadamente um<br />

considerada o Epicentro Europeu da<br />

decorrer do artigo. O objetivo central é<br />

terço da população europeia foi dizi-<br />

Peste Bubônica. E a origem do termo<br />

revisitar o passado das pandemias para<br />

mada pela peste em meados do sécu-<br />

“quarentena” parece ter sido herda-<br />

uma analogia com a pandemia presen-<br />

lo XIV. Entre os anos de 1343 a 1353 na<br />

do por inspiração bíblica pelo tempo<br />

te no que tange às novas variantes e as<br />

Idade Média, mais de 50 milhões de<br />

de isolamento de 40 dias que Jesus<br />

vacinas em desenvolvimento.<br />

pessoas foram acometidas na Europa,<br />

Cristo passou na sua travessia pelo<br />

Ásia e Norte da África. Naquela época<br />

deserto. Além de ter sido documen-<br />

A praga de Justiniano<br />

era comum os médicos utilizarem um<br />

tado no Velho Testamento da Bíblia<br />

Em 541-544 d.c surgiu no Egito uma<br />

tipo de máscara similar ao bico de tu-<br />

como tempo de isolamento para<br />

enfermidade que um ano após o rei-<br />

cano para se protegerem da transmis-<br />

surtos de hanseníase na antiguida-<br />

nado do bizantino Justiniano chegou<br />

são e eram comumente chamados de<br />

de. Outras linhas, acreditam que o<br />

à capital do Império, Bizâncio (atual<br />

médicos da peste. Os sintomas eram<br />

termo quarentena foi originário da<br />

Istambul), o qual deu-se o nome de<br />

similares de uma gripe forte, com<br />

prática de restringir a circulação livre<br />

Praga de Justiniano. Responsável por<br />

febre, calafrios e dores musculares,<br />

de pessoas, não apenas por isolar os<br />

assolar cerca de 5.000 a 10.000 víti-<br />

também apresentavam inchaço dos<br />

doentes daqueles sãos como tam-<br />

mas por dia, o imperador Justiniano<br />

gânglios linfáticos, e manchas pretas<br />

bém impedir o desembarque de na-<br />

superou a doença e continuou gover-<br />

ao redor da pele. A epidemia medie-<br />

vios ao porto (Sanar, 2020).<br />

nando por mais uma década. É sur-<br />

val foi causada por uma bactéria, a<br />

preendente que cenas de uma pan-<br />

Yersinia pestis, transmitida por meio<br />

Gripe Espanhola (séc XX)<br />

demia de 1.500 anos atrás se repetem<br />

de pulgas que infestavam os ratos e<br />

Com estimativa entre 17 e 100 mi-<br />

até os dias de hoje remetendo o cená-<br />

outros roedores. No início do século<br />

lhões de mortos ao redor de todo o<br />

0 14<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Autor: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões.<br />

mundo, a Gripe Espanhola infectou<br />

27% da população mundial e milhares<br />

de pessoas no Brasil. O vírus<br />

tinha procedência da Europa, e<br />

chegara no Brasil a bordo do navio<br />

Demerara, um transatlântico que<br />

desembarcou em setembro de 1918<br />

passageiros infectados no Recife,<br />

Salvador e Rio de Janeiro (Rodrigues,<br />

2020; Sanar, 2020).<br />

Funcionários inspecionam limpadores de rua durante a gripe espanhola em Chicago em 1918.<br />

Arquivo Bettmann / Bettmann<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

No Brasil, mais de 35 mil pessoas<br />

infectadas vieram a óbito inclusive o<br />

próprio presidente da época Rodrigues<br />

Alves se infectou e faleceu em<br />

1919, antes de assumir a presidência<br />

pela segunda vez. Sua notoriedade<br />

de figura histórica deve-se ao fato<br />

que Rodrigues Alves foi o governante<br />

que mais combateu as epidemias<br />

no Brasil. Esteve liderando o governo<br />

de São Paulo, enfrentou a varíola e a<br />

peste bubônica. Além disso fundou o<br />

Instituto Butantan, pioneiro do país<br />

em soros e vacinas com o médico Vital<br />

Brazil na linha de frente. O líder<br />

que esteve na Presidência da República<br />

entre os anos de 1902 a 1906,<br />

saneou o Rio de Janeiro, acabou com<br />

a Febre Amarela e instituiu a obrigatoriedade<br />

da vacina contra a varíola,<br />

o que deu origem à Revolta da Vacina<br />

em 1904 com cientista Oswaldo Cruz<br />

no comando do Instituto Soroterápico<br />

Federal, atual Fundação Oswaldo<br />

Cruz (Rodrigues, 2020; Sanar, 2020).<br />

Com a falta de medicamentos para<br />

controlar a pandemia, anúncios de<br />

remédios milagrosos começaram<br />

a surgir desde a oferta a água tônica<br />

de quinino a balas à base de<br />

ervas, de purgantes a fórmulas com<br />

canela. A procura era tão grande<br />

que as farmácias se aproveitaram<br />

da situação e levaram os preços às<br />

alturas. A prefeitura da cidade do<br />

Rio de Janeiro reagiu tabelando o<br />

preço dos remédios. Em São Paulo,<br />

a população recorreu a um remédio<br />

caseiro de cachaça com limão e<br />

mel. E segundo o Instituto Brasileiro<br />

da Cachaça acredita-se que esse<br />

episódio se deve ao surgimento da<br />

caipirinha. Em 1918, ainda em São<br />

Paulo, uma das peças de maior sucesso<br />

no teatro paulista chamou-se<br />

A Caipirinha (Rodrigues, 2020; Sanar,<br />

2020).<br />

Das marchinhas aos carros alegóricos,<br />

o tema da festa: o “chá da<br />

meia-noite” - que não bota medo<br />

em mais ninguém, foi tema do<br />

Carnaval de 1919 quando os cariocas<br />

caíram na folia em blocos de<br />

rua e bailes comemorando o fim<br />

da gripe espanhola. Curiosamente,<br />

houve a lenda do “chá da meia-<br />

-noite” onde uma multidão morria<br />

todos os dias, e começava a correr<br />

a história de que a Santa Casa<br />

de Misericórdia do Rio de Janeiro,<br />

para abrir novos leitos, acelerava<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 15


Autor: Dra. Rachel Siqueira de Queiroz Simões.<br />

ARTIGO 01<br />

a morte dos doentes em estado<br />

terminal. Isso se daria por meio de<br />

um chá envenenado administrado<br />

primeira a ser documentada com<br />

proliferação inicial de duas semanas<br />

sobre o Império Russo, e chegando<br />

reduzir as chances de o indivíduo<br />

adquirir a forma grave e letal da varíola.<br />

Em 1774, o fazendeiro inglês<br />

aos pacientes na calada da noite.<br />

até a cidade do Rio de Janeiro aon-<br />

Benjamin Jesty inoculou a esposa<br />

Os jornais apelidaram o hospital<br />

de aproximadamente um milhão de<br />

e filhas na tentativa de protegê-<br />

de “Casa do Diabo” (Rodrigues,<br />

pessoas morreram por conta de um<br />

-las. Entretanto, em 14 de maio<br />

2020; Sanar, 2020).<br />

subtipo de Influenza A (Sanar, 2020).<br />

de 1796 o fluido da ordenhadora<br />

Sarah Nelmes foi inoculado por<br />

Um dos marcos históricos depois da<br />

Gripe Suína (séc XXI)<br />

Edward Jenner no braço do menino<br />

Primeira Guerra Mundial foi a criação<br />

Foi denominada a primeira pande-<br />

de 8 anos de idade chamado James<br />

da Liga das Nações, com suas res-<br />

mia do século 21. O vírus Influen-<br />

Phipps. Dois anos mais tarde, em<br />

pectivas áreas sanitárias. Em 1902,<br />

za - uma variação do vírus H1N1,<br />

1798, a descoberta foi publicada e<br />

houve o surgimento da Organização<br />

documentado em 2009 no México<br />

houve resistência da comunidade<br />

Pan-Americana da Saúde (OPAS),<br />

foi identificado em suínos, e se es-<br />

médica alegando que a população<br />

que foi um passo importante para<br />

palhou rapidamente pelo mundo,<br />

se tornaria híbrido homem e parte<br />

fundar a Organização Mundial de<br />

matando mais de 18 mil pessoas. No<br />

bovino. Assim, Louis Pasteur propôs<br />

Saúde (OMS) em 1948.<br />

Brasil, o primeiro caso foi confirmado<br />

o termo “vacina” oriundo da palavra<br />

em maio do mesmo ano e, no fim de<br />

vacca e por esse feito, no século<br />

Assim a gripe espanhola deixou um<br />

junho de 2009, cerca de 627 pessoas<br />

XVIII o médico inglês Edward Jen-<br />

legado histórico com o nascimento<br />

já estavam infectadas. A gripe suína<br />

ner ficou conhecido como o Pai da<br />

do Ministério da Saúde em 1930, an-<br />

era transmitida a partir de gotículas<br />

Vacinologia.<br />

tigo Ministério dos Negócios da Saú-<br />

respiratórias no ar e em superfícies<br />

de e da Educação Pública, e o surgi-<br />

contaminadas e apresentava sinto-<br />

A varíola é uma das doenças mais<br />

mento do Sistema Único de Saúde<br />

mas equivalentes de gripe como fe-<br />

antigas descrita por mais de 3 mil<br />

(SUS), previsto na Constituição de<br />

bre, tosse, dor de garganta, calafrio e<br />

anos atrás. Relatos descrevem que<br />

1988 (Rodrigues, 2020).<br />

dor no corpo (Rodrigues, 2020).<br />

o faraó egípcio Ramsés II morreu<br />

vítima do vírus juntamente com<br />

Gripe Russa (séc XVI)<br />

Varíola<br />

cerca de 300 milhões de pessoas<br />

Em 1580 houve relatos da primeira<br />

O termo variolização é designado<br />

acometidas desde 1796 até 1980<br />

pandemia de gripe, que se espalhou<br />

aos fluidos provenientes de lesões<br />

com a campanha de vacinação em<br />

pela Ásia, Europa, África e Améri-<br />

de pessoas doentes que eram ino-<br />

massa para erradicação da doença<br />

ca. Já em 1889, a Gripe Russa foi a<br />

culados em pessoas sadias para<br />

(Rodrigues, 2020).<br />

0 18<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Coronavírus: SARS-CoV e MERS-CoV<br />

Epidemias recentes datam de<br />

2002/2003 quando foram identifica-<br />

Nidovirales, subordem Cornidovirineae<br />

com duas subfamílias, Letovirinae<br />

e Orthocoronavirinae pertencentes à<br />

demonstra que o primeiro registro<br />

do novo coronavírus teve origem em<br />

Wuhan, província da China especifica-<br />

ARTIGO 01<br />

dos os primeiros casos de infecção da<br />

família Coronaviridae, presentes em<br />

mente no mercado de peixes e maris-<br />

Síndrome Respiratória Aguda Grave<br />

quatro gêneros e 24 subgêneros que<br />

cos, local do foco da epidemia (Sironi<br />

(SARS-CoV) na China acometendo 650<br />

acometem diversas espécies.<br />

et al., 2020).<br />

indivíduos levando ao óbito. O SAR-<br />

S-CoV é um vírus recombinante que<br />

Os membros da subfamília Orhtho-<br />

Existem diversos estágios evolutivos<br />

circulou em civetas (Paguna larvata) e<br />

coronavirinae infectam mamíferos,<br />

para a emergência das viroses zoonó-<br />

adaptou-se em humanos. Em 2003, o<br />

aves e peixes pertencentes a quatro<br />

ticas e propagação entre a interface<br />

SARS-CoV surgiu a partir de recombi-<br />

gêneros: Alphacoronavirus (feline<br />

do homem com espécies diferentes. O<br />

nações entre o coronavírus de morce-<br />

infectious peritonitis virus - FIPV,<br />

grande potencial de transmissibilidade,<br />

gos do gênero Phinolopus sendo o hos-<br />

Rhinolophus bat coronavirus - HKU2)<br />

a rápida adaptação em novos hospe-<br />

pedeiro natural da transmissão viral.<br />

e Betacoronavirus (SARS-CoV cepas<br />

deiros, a alta taxa de mutação gênica,<br />

GD02 da fase inicial da infecção em<br />

a elevada taxa de recombinação e o<br />

Em 2012 foi identificada pela primei-<br />

humanos e SZ3 originário de civetas,<br />

tamanho do genoma são alguns dos<br />

ra vez na Arábia Saudita a Síndrome<br />

SARS-CoV cepa hTor02 de humanos<br />

fatores que caracterizam o fenômeno<br />

Respiratória do Oriente Médio, do in-<br />

durante as fases moderada e tardia da<br />

conhecido como spillover do SARS-<br />

glês Middle East Respiratory Syndrome<br />

infecção viral, morcego SARS-asso-<br />

-CoV-2, traduzido como “derrama-<br />

Coronavirus - MERS-CoV. A partir de<br />

ciado coronavírus (SARSr-CoV) cepa<br />

mento” ou “salto” com a introdução de<br />

morcegos, o vírus se adaptou a dro-<br />

WIV1, MERS-CoV e vírus da hepatite<br />

um novo vírus de uma espécie para se<br />

medários e passou a infectar humanos<br />

de camundongo (MHV) que aco-<br />

adaptar em outra espécie hospedeira<br />

ocasionando mais de 800 mortes no<br />

metem os mamíferos, e os gêneros<br />

(Rodriguez-Morales et al., 2020; Nunez<br />

Oriente Médio (Barth & Simões, 2019).<br />

Gammacoronavirus (vírus da bronqui-<br />

et al., 2020).<br />

te infecciosa (IBV) e Deltacoronavirus<br />

Novo coronavírus: SARS-CoV-2<br />

(bulbul coronavirus HKU11) que aco-<br />

Biossíntese viral<br />

metem as aves (Simões, 2020;, 2020).<br />

Os coronavírus são partículas esféricas<br />

Taxonomia e Filogenia<br />

de 100 a 160 nm de diâmetro. O ge-<br />

De acordo com Coronaviridae stu-<br />

Os primeiros isolados de sequências<br />

noma é um RNA de fita simples polari-<br />

dy group do comitê internacional de<br />

virais da árvore filogenética de máxi-<br />

dade positiva (ssRNA +) com envelope<br />

taxionomia viral, o coronavírus está<br />

ma verossimilhança analisadas pelo<br />

viral aonde 2/3 do seu genoma estão<br />

classificado no reino Riboviria, ordem<br />

Nextstrain (https://nextstrain.org/ncov)<br />

situados na primeira região aberta de


ARTIGO 01<br />

leitura, do inglês open reading frame<br />

ORF1a/b, responsável por codificar 16<br />

proteínas não estruturais (NSPs) e 1/3<br />

permite que a spike interaja com outra<br />

enzima, a TMPRSS2 e ocorra a fusão da<br />

célula infectada com outra célula sadia<br />

K), variantes com mutações em ambas<br />

UK/AZ além de mutações de variantes<br />

de humano para animais (Garry et al.,<br />

do RNA viral é responsável por codi-<br />

justificando sua alta transmissibilidade<br />

2021). Um dos genes altamente vari-<br />

ficar quatro proteínas (S, E, M, N). A<br />

e virulência (Pohlmann, 2020).<br />

áveis nos coronavírus é a região ORF 8<br />

entrada do vírus ocorre principalmente<br />

e acredita-se que esse gene evolui por<br />

mediante a glicoproteína S (Spike) que<br />

A estrutura tridimensional da prote-<br />

meio de recombinação modular. Sabe-<br />

se liga aos receptores da célula hospe-<br />

ína spike no genoma de SARS-CoV-2<br />

-se que a recombinação gênica ocorre<br />

deira através da enzima conversora de<br />

tem sido detectada por modelagem<br />

no início e no final da ORF 8, onde as<br />

angiotensina- 2 (ACE-2).<br />

computacional usando técnicas de<br />

sequências de ácido nucleico são idên-<br />

microscopia crioeletrônica. Em simu-<br />

ticas entre as sequencias analisadas<br />

O SARS-CoV utiliza duas enzimas pre-<br />

lações de dinâmica molecular, docking<br />

(SARS-CoV e o grupo B batCoVs) (Li et<br />

sentes em algumas de nossas células,<br />

por computador do SARS-CoV-2 tem<br />

al., 2020).<br />

a serina-protease transmembranar 2<br />

sido utilizado para a descoberta de no-<br />

(TMPRSS2), do inglês Transmembrane<br />

vos fármacos baseado na estrutura viral<br />

Plataformas tecnológicas e<br />

Serine Protease 2, e catepsinas. Já o<br />

(Yan et al., 2020; Simões et al., 2020).<br />

vacinas<br />

vírus SARS-CoV-2 utiliza além dessas<br />

Diversas plataformas tecnológi-<br />

enzimas, mais uma outra enzima cha-<br />

Mutação e recombinação genética<br />

cas estão sendo utilizadas para o<br />

mada furina, presente em grande quan-<br />

Novas mutações na proteína spike do<br />

desenvolvimento de possíveis can-<br />

tidade em células humanas. O conjunto<br />

vírus tem alarmado as entidades e pre-<br />

didatos vacinais. Dentre elas des-<br />

dessas três enzimas age como tesouras<br />

ocupado as biofarmacêuticas quanto<br />

tacam-se as vacinas de primeira<br />

genéticas que cortam a proteína da<br />

a eficácia das vacinas aprovadas para<br />

geração (inativadas e atenuadas),<br />

espícula para sua ativação e início do<br />

uso emergencial, a seguir: variante do<br />

as vacinas de segunda geração<br />

ataque viral com a fusão da membrana<br />

Amazonas (BR): (P1) B.1.1.28 (K417N/<br />

caracterizadas pelos vetores virais<br />

viral com a membrana celular (Simões,<br />

E484K/N501Y), variante do Reino Uni-<br />

replicantes e não replicantes, as<br />

2020) e cerca de 12 nucleotídeos extras<br />

do (UK): B.1.1.7 (N501Y – o aminoá-<br />

vacinas de sub-unidades proteicas<br />

do genoma viral geram uma nova re-<br />

cido asparagina N foi substituído por<br />

e as vacinas semelhantes a vírus,<br />

gião de corte para a furina. Assim essa<br />

tirosina Y na posição 501 da proteína<br />

do inglês virus-like particles - VLP,<br />

enzima faz um primeiro corte na região<br />

S do vírus), variante da África do Sul<br />

e as vacinas de terceira geração<br />

spike dos novos vírus que saem das cé-<br />

(ZA): B.1.351 (501Y.V2) e E484K (no<br />

desenvolvidas em plataformas de<br />

lulas humanas pré-ativadas facilitando<br />

4840 aminoácido da proteína S houve<br />

ácidos nucleicos, DNA e RNA (Van<br />

nova invasão viral. Esse primeiro corte<br />

a substituição do glutamato E por lisina<br />

Riel & Wit, 2020).<br />

0 20<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


As vacinas de primeira geração<br />

incluem diversas vacinas inativadas<br />

que estão sendo desenvolvidas por<br />

Institute of Biotechnology. A segurança,<br />

taxa de tolerância e imunogenicidade<br />

da vacina recombinante<br />

University of Oxford em parceria com<br />

a farmacêutica AstraZeneca (Folegatti<br />

et al., 2020). A empresa Jansen<br />

ARTIGO 01<br />

distintas empresas farmacêuticas<br />

quanto ao escalonamento de doses,<br />

Pharmaceutical Companies of John-<br />

como Beijing Institute of Biological<br />

rótulo aberto, estudo não-randomi-<br />

son & Johnson também desenvol-<br />

Products em parceria com Wuhan<br />

zado e triagem clínica em humanos<br />

veu a vacina JNJ-78436735 que se<br />

Institute of Biological Products, Si-<br />

têm sido continuamente investiga-<br />

encontra na fase III do ensaio clínico.<br />

novac, Sinopharm e Bharat Biotech<br />

das (Zhu et al, 2020).<br />

Ensaios clínicos com a platafor-<br />

(Gao et al., 2020).<br />

ma tecnológica de adenovírus de<br />

Estudos preliminares dos ensaios<br />

chimpanzé (ChAd) utilizando veto-<br />

As vacinas de segunda geração in-<br />

clínicos randomizados foram rea-<br />

res contra o vírus do HIV, influen-<br />

cluem a plataforma tecnológica de<br />

lizados em outra vacina AZD1222<br />

za, hepatite C e Ebola foram bem<br />

adenovírus humano tipo 5 como um<br />

utilizando adenovírus de chimpanzé<br />

toleradas em humanos e apresen-<br />

vetor viral não replicante desenvolvi-<br />

(ChAdOx1 nCoV-19), um vetor viral<br />

taram boa imunogenicidade (Van<br />

do pela CanSino Biological e Beijing<br />

não replicante, desenvolvido pela<br />

Doremalen et al., 2021). Os ensaios


ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

experimentais em animais de laboratório<br />

da vacina testada para MERS<br />

(ChAdOx1 MERS) gerou imunidade<br />

tion Immunology em parceria com<br />

GSK. Além do Instituto Alemão<br />

Max-Planck-Gesellschaft e Serum<br />

neutralizantes após a segunda dose.<br />

Os efeitos colaterais locais e sistêmicos<br />

foram maiores após a segunda<br />

protetora em macacos rhesus (Van<br />

Institute of India.<br />

dose, porém, aceitáveis nas doses<br />

Doremalen et al., 2021), anticor-<br />

mais baixas utilizadas (Jackson et<br />

pos neutralizantes e reposta imune<br />

Um outro exemplo de vacina da se-<br />

al., 2020). Outras biofarmacêuticas<br />

celular em camundongos (Alharbi<br />

gunda geração é a vacina russa Spu-<br />

como a Genexine, Glaxo Smith Kline<br />

et al., 2017), além de induzir res-<br />

tinik V desenvolvida pelo Instituto da<br />

(GSK) e Curevac também estão se<br />

postas de células T e anticorpos em<br />

Gamaleya National Center of Epide-<br />

unindo para o desenvolvimento de<br />

humanos (Folegatti et al., 2020).<br />

miology and Microbiology que utiliza<br />

novas vacinas de ácido nucleico.<br />

A eficácia e segurança da vacina<br />

uma estratégia de adenovírus huma-<br />

AZD1222 foi analisada por quatro<br />

no capaz de contornar o problema<br />

Na plataforma de nova geração en-<br />

ensaios clínicos randomizados no<br />

na segunda dose, ao usar diferentes<br />

contram-se as vacinas de células apre-<br />

Brasil, África do Sul e Reino Unido<br />

vetores virais, pois a composição an-<br />

sentadoras de antígenos em fase de<br />

(Voysey et al., 2021).<br />

tigênica do adenovírus 26 é distinta<br />

ensaios clínicos 1 e 2 como por exem-<br />

daquela do adenovírus 5.<br />

plo LV-SMENP - DC e COVID-19/aAPC<br />

O primeiro ensaio clínico com<br />

(do inglês, artificial antigen-presenting<br />

vacina de nanopartícula recom-<br />

As vacinas de terceira geração in-<br />

cell) modifificadas com vetor lentivi-<br />

binante da proteína spike foi de-<br />

cluem a plataforma tecnológica de<br />

ral expressando minigenes sintéticos,<br />

senvolvida pela Novavax demons-<br />

DNA e RNA. A vacina de plasmídeo<br />

ambas ainda não estão licenciadas<br />

trando segurança e poucos efeitos<br />

de DNA com eletroporação foi desen-<br />

para uso em humanos (Thanh Le et al.,<br />

adversos, quando administrada em<br />

volvida pela biofarmacêutica Inovio<br />

2020). Essas células dendríticas e ma-<br />

duas doses com um intervalo de<br />

Pharmaceuticals enquanto o candi-<br />

crófagos são capazes de disparar uma<br />

14 dias. Seus resultados com anti-<br />

dato vacinal mRNA (BNT162b1) foi<br />

cascata de sinalização que culmina na<br />

corpos neutralizantes foram muito<br />

desenvolvido pela BioNTech e tes-<br />

expressão de genes pró-inflamatórios<br />

encorajadores com títulos mais al-<br />

tada sua eficácia em adultos com<br />

e estimulam os linfócitos T CD4+, lin-<br />

tos mesmo com a dose mais baixa<br />

18 a 55 anos de idade (Mulligan et<br />

fócitos T CD8+ e células Natural Killer<br />

produzida pelo fabricante (Keech<br />

al., 2020). Além da candidata va-<br />

(NK) que reconhecem o vírus através<br />

et al., 2020). Outras biofarmacêu-<br />

cinal mRNA da Empresa Moderna,<br />

de receptores do reconhecimento pa-<br />

ticas com vacinas de proteínas de<br />

que demonstrou a capacidade de<br />

drão (PRR), do inglês Pattern Recogni-<br />

subunidade envolvem Clover Bio-<br />

indução de anticorpos anti-spike<br />

tion Receptor. Um dos principais tipos<br />

pharmaceuticals, Dinavax Innova-<br />

e níveis detectáveis de anticorpos<br />

de PRR são os receptores TLRs, Toll like<br />

0 22<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


eceptors, que reconhecem diferentes<br />

padrões moleculares associados à vírus<br />

chamados de PAMPs, do inglês Pathogen<br />

Associated Molecular Pathern<br />

(Vabret et al., 2020).<br />

Um ponto chave que merece ser<br />

destacado é o desenvolvimento de<br />

vacinas contra o SARS-CoV-2 em<br />

instituições nacionais utilizando plataformas<br />

tecnológicas de nova geração<br />

como o RNA replicante, vacina<br />

proteica recombinante e vacina sintética<br />

em ensaios de fase pré-clínica.<br />

Considerações Finais<br />

Desde a antiguidade, o desenvolvimento<br />

das vacinas de forma empírica<br />

e atualmente com comprovação<br />

científica remetem ao uso dos<br />

animais de laboratório nas pesquisas<br />

em seus ensaios pré-clínicos e<br />

suas sucessivas etapas com grupos<br />

controles e experimentais. A corrida<br />

biotecnológica para o avanço de<br />

novas técnicas possui um objetivo<br />

único – de prevenir e controlar a<br />

atual pandemia que assola a humanidade<br />

e reporta cronologicamente<br />

as condições sanitárias de épocas<br />

históricas. O conhecimento adquirido<br />

e aplicado evidencia a fusão<br />

de ideias na tentativa de alcançar<br />

a equidade vacinal no bem comum<br />

da saúde coletiva.<br />

Referências<br />

Alharbi et al. ChAdOx1 and MVA based vaccine candidates<br />

against MERS-CoV elicit neutralising antibodies<br />

and cellular immune responses in mice. Vaccine. 2017<br />

Jun 27; 35(30): 3780–3788. doi: 10.1016/j.vaccine.2017.05.032<br />

Barth, O.M., Simões, R.S.Q. Vírus emergentes e reemergentes.<br />

In: Virologia Humana e Veterinária. 1.ed. Rio de<br />

Janeiro, p:317 – 324, 2019.<br />

Coronaviridae study group of the international committee<br />

on taxonomy of viruses. The species severe accurate<br />

respiratory syndrome related coronavirus: classifying<br />

2019n-CoV and naming it SARS-CoV-2. Nature<br />

Microbiology: 5536-544, 2020.<br />

Folegatti,P.M et al. Safety and immunogenicity of a<br />

candidate Middle East respiratory syndrome coronavirus<br />

viral-vectored vaccine: a dose-escalation,<br />

open-label, non-randomised, uncontrolled, phase 1<br />

trial . Lancet Infect Dis 2020 20: 816-26 https://doi.<br />

org/10.1016/ S1473-3099(20)30160-2.<br />

Folegatti, P.M et al. Safety and immunogenicity of the<br />

ChAdOx1 nCoV-19 vaccine against SARS-CoV-2: a preliminar<br />

reporto f a phase 1/2 single-blind, randomised<br />

controlled trial. Lancet 2020: 396:467-78. https://doi.<br />

org/10.1016/ S0140-6736(20)31604-4.<br />

Gao et al. Development of na inactivated vaccine candidate<br />

for SARS-CoV-2.Science 369, 77–81 (2020).<br />

Garry,R.F. Mutations arising in SARS-CoV-2 spike on<br />

sustained human-to-human transmission and human-to-animal<br />

passage. Virological.org, 2021.<br />

Jackson, L.A et al. Na mRNA vaccine Against SARS-CoV-2<br />

– preliminar report. The New England Journal of Medicine<br />

2020;383:1920-31. doi: 10.1056/NEJMoa2022483.<br />

Keech, C., et al. First-in-human trial of a SARS-CoV-2<br />

recombinant spike protein nanoparticle vaccine. doi:<br />

https://doi.org/10.1101/2020.08.05.20168435.<br />

Li, Y., Wang, H., Tang, X., Ma, D., Du, C., et al., Potential<br />

host range of multiple SARS-like coronaviruses and an<br />

improved ACE2-Fc variant that is potent against both<br />

SARS-CoV-2 and SARS-CoV-1. BioRxiv, 2020, doi.<br />

org/10.1101/2020.04.10.032342.<br />

Mulligan, M.J et al. Phase 1/2 study to describe the<br />

safety and immunogenicity of a COVID-19 RNA vaccine<br />

candidate (BNT162b1) in adults 18 to 55 years of age:<br />

interim report. MedRxiv, 2020. doi: https://doi.org/10.<br />

1101/2020.06.30.20142570.<br />

Nunes et al. Invasion Science and the Global Spread of<br />

SARS-CoV-2. Trends in Ecology & Evolution,2020, 35:8<br />

Pohlmann, S., Del Val, M., Jaimes, J., Decroly, E., Li, F.,<br />

Bowman, G. CCU CGG CGG GCA. As doze letras que<br />

mudaram o mundo. El País, 2020.<br />

Rodriguez-Morales et al. History is repeating itself:<br />

Probable zoonotic spillover as the cause of the 2019<br />

novel Coronavirus Epidemic. Le Infezioni in Medicina,<br />

1:3-5, 2020.<br />

Rodrigues, L, 2020. Conheça as 5 maiores pandemias<br />

da história. https://revistagalileu.globo.com. Acesso<br />

em 21/02/2021.<br />

Sanar. Pandemias na História: o que há de semelhante<br />

e de novo na Covid-19. https://www.sanarmed.com.<br />

Acesso em 21/02/2021.<br />

Simões, R.S.Q. Animal and Human Coronavirus Disease.<br />

COJ Technical & Scientific Research, 2 (5), CO-<br />

JTS.000547.2020, 2020.<br />

Simões, R.S.Q.S. Coronavírus: SARS-CoV, MERS-CoV<br />

e SARS-CoV-2. In: Saúde do Ensino à pesquisa. Ed.<br />

Pasteur - vol.1, p:191-203, ISBN:978-65-86700-07-7.<br />

https://doi.org/10.29327/522782.<br />

Simões, R.S.Q.S et al. Computacional modeling in virus<br />

infections and virtual screening, docking and molecular<br />

dynamics in drug design. Networks in systems biology<br />

- applications for disease modeling, Ed. Springer.<br />

https://doi.org/10.1007/978-3-030-51862-2_12.<br />

Sironi et al. SARS-CoV-2 and COVID-19: A genetic, epidemiological,<br />

and evolutionary perspective. Infection,<br />

Genetics and Evolution 84 104384, 2020. https://doi.<br />

org/10.1016/j.meegid.2020.104384.<br />

Thanh Le et al. The COVID-19 vaccine development<br />

landscape Tung. Nature Reviews 19: 305, 2020.<br />

Vabret, N., Britton, G.J., Gruber, C., Hegde, S., Kim, J.,<br />

Kuksin, M., Levantovsky, R et al. Immunology of CO-<br />

VID-19: current state of the science. Immunity, 2020,<br />

doi: https://doi.org/10.1016/j.immuni.2020.05.002.<br />

Van Doremalen, N., et al. A single dose of ChAdOx1<br />

MERS provides protective immunity in rhesus macaques.<br />

Sci. Adv. 2020; 6: eaba8399<br />

Van Riel, P & Wit, E. Next-generation vaccine platforms<br />

for COVID-19. Nature Materials | VOL 19 | August 2020 |<br />

810–820 | www.nature.com/naturematerials<br />

Voysey, M et al. Safety and efficacy of the ChAdOx1<br />

nCoV-19 vaccine (AZD1222) against SARS-CoV-2: an interim<br />

analysis of four randomised controlled trials in Brazil,<br />

South Africa, and the UK. Lancet 2021; 397: 99–111<br />

https://doi.org/10.1016/ S0140-6736(20)32661-1.<br />

Yan, R., Zhang, Y., Li, Y., Xia, L., Guo, Y., Zhou, Q. Structural<br />

basis for the recognition of the SARS-CoV-2 by full<br />

lengh human ACE-2. Science, 2020.<br />

Zhu et al. Safety, tolerability, and immunogenicity of<br />

a recombinant adenovirus type-5 vectored COVID-19<br />

vaccine: a dose-escalation, open-label, non-randomised,<br />

first-in-human trial. Lancet 2020; 395: 1845–54.<br />

https://doi.org/10.1016/ S0140-6736(20)31208-3.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO I<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 23


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

ATENDIMENTO PEDIÁTRICO<br />

EM LABORATÓRIO<br />

Autoras:<br />

Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.<br />

Resumo<br />

Estudo qualitativo com o objetivo de discutir a humanização do atendimento à criança<br />

na visão de mães à luz da Política Nacional de Humanização. Os dados foram coletados<br />

por meio de formulário aplicado à 10 mães acompanhantes; o profissional de qualidade<br />

foi apontado como principal no atendimento a criança. A falta de paciência, o ambiente<br />

inadequado para crianças e responsáveis são fatores que não contribuem para a<br />

humanização do atendimento. Para as participantes alguns problemas identificados no<br />

laboratório são de fácil resolução tendo por intuito humanizar o atendimento.<br />

Palavras-Chave: Atendimento Pediátrico; Atendimento Laboratorial; Crianças.<br />

0 24<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Introdução<br />

Segundo alguns autores, existem<br />

diversos modelos que medem a satisfação<br />

do paciente nos serviços de<br />

saúde, e enfatizam que todos têm<br />

como pressupostos as percepções do<br />

paciente em relação às suas expectativas,<br />

valores e desejos (Linder-Pelz,<br />

1982; Williams, 1994; De Silva,<br />

1999).<br />

Para tanto (Linder-Pelz, 1982) diz<br />

que a satisfação do paciente pode<br />

ser determinada como "avaliações<br />

positivas individuais de distintas dimensões<br />

do cuidado à saúde". Estas<br />

avaliações expressariam uma ação,<br />

ou seja, uma resposta real baseada<br />

na crença de que o cuidado possui<br />

certos atributos que podem ser avaliados<br />

pelo próprio paciente (Sitzia &<br />

Wood, 1997).<br />

A descrição profissional “saúde e<br />

paciente” é o foco principal para contribuir<br />

na qualidade dos serviços de<br />

saúde e divide-se em vários focos,<br />

como a individualização da assistência,<br />

a humanização do atendimento,<br />

a comunicação entre os envolvidos,<br />

o sofrimento do paciente e o direito<br />

à informação.<br />

A qualidade é vista, com frequência,<br />

como aspecto central a ser considerado<br />

para a avaliação em saúde.<br />

E esta é constituída pela efetividade,<br />

eficiência, adequação e qualidade<br />

técnico-científica. Os benefícios dessa<br />

qualificação incluem a capacidade<br />

de transmitir maior confiança ao<br />

paciente, maior segurança pessoal,<br />

além da aquisição de conteúdos teórico-práticos<br />

que melhorem a sua<br />

atuação profissional diariamente<br />

(Zanchetta MS, Leite LC, Perreault M,<br />

Lefevre M, 2004).<br />

Um atendimento humanizado é<br />

aquele que está ligado ao cuidado,<br />

a união entre a qualidade do tratamento<br />

técnico e a qualidade do<br />

relacionamento que se desenvolve<br />

entre paciente, familiares e equipe.<br />

No processo de atendimento<br />

no laboratório, muitos são os desafios<br />

que se enfrentam quando se<br />

está em defesa da vida e direito à<br />

saúde, principalmente o padrão de<br />

acolhimento a criança, a postura<br />

e a prática nas ações de atenção e<br />

gestão nas organizações facilitam a<br />

construção de uma relação de confiança<br />

entre profissional e paciente<br />

e mães responsáveis. Pesquisas indicam<br />

que a prática do acolhimento<br />

está ligada à atenção primária, e<br />

que as modernidades e facilidades<br />

da atualidade criam uma barreira<br />

no relacionamento personificado.<br />

(NewsLab, 2019)<br />

Objetivos<br />

Objetivo Geral<br />

Analisar a visão das mães ou responsáveis<br />

de crianças até 12 anos,<br />

em relação ao atendimento pediátrico<br />

para realização de exames<br />

laboratoriais.<br />

Objetivos Específicos<br />

• Identificar quais as expectativas de<br />

uma mãe/responsável em um atendimento<br />

em laboratório<br />

• Evidenciar o que a mãe/responsável<br />

valoriza em um profissional de<br />

atendimento pediátrico<br />

• Identificar pontos de distração para<br />

as crianças neste momento;<br />

• Conhecer as técnicas utilizadas pelas<br />

mães /responsável no preparo da<br />

criança para uma coleta de exames.<br />

• Saber como uma mãe/responsável<br />

entende e comunica a criança caso<br />

seja necessária uma segunda punção.<br />

• Identificar os pontos críticos na melhoria<br />

do processo do o atendimento<br />

pediátrico em laboratório<br />

Métodos<br />

Aspectos Éticos da Investigação<br />

O preenchimento do questionário é<br />

feito de forma anônima, em que antes<br />

do preenchimento do questionário, o<br />

participante terá acesso as observações,<br />

onde será deixado claro que nomes,<br />

dados e informações serão apresentados<br />

apenas em forma de estatística.<br />

Tipo de Delineamento<br />

A pesquisa deste trabalho, de acordo<br />

com os objetivos do mesmo e a abordagem,<br />

será classificada como descritiva<br />

e qualitativa, de forma objetiva para<br />

identificar as expectativas da mãe ou<br />

responsável no atendimento da criança,<br />

de acordo com as boas práticas no atendimento<br />

pediátrico ao laboratório, identificando<br />

os pontos a serem melhorados.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 25


Autoras: Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Participantes<br />

Os participantes da pesquisa serão<br />

os que tiverem contato com o link do<br />

formulário online, via Whatsapp ou<br />

por email. A amostra total (n) foi de 10<br />

mães/responsáveis participantes.<br />

Por critérios de exclusão, mães ou<br />

responsáveis de maiores de 12 anos<br />

ou pessoas que não possuem filhos,<br />

não participarão do preenchimento<br />

do formulário.<br />

O perfil das pessoas participantes<br />

correspondem a: uma mãe/responsável<br />

de criança de 2 anos (10%),<br />

uma mãe/responsável de criança de<br />

4 anos (10%), uma mãe/responsável<br />

de criança de 6 anos (10%), duas<br />

mães/responsáveis de crianças de 7<br />

anos (20%), duas mães/responsáveis<br />

de crianças de 10 anos (20%), duas<br />

mães/responsáveis de 11 anos (20%)<br />

e uma mãe/responsável de criança de<br />

12 anos (10%).<br />

Coleta de Dados<br />

A coleta de dados será realizada por<br />

meio de um formulário eletrônico tabulado<br />

no Google Forms e o acesso será<br />

disponibilizado via email ou via link.<br />

Os entrevistados terão sua identidade<br />

preservada, uma vez que, a pesquisa é<br />

de forma anônima. O formulário solicitará<br />

a faixa etária da criança e outras cinco<br />

questões de preenchimento obrigatório.<br />

As questões aplicadas foram:<br />

• O que você espera do atendimento<br />

em laboratório?<br />

• No atendimento pediátrico, o que<br />

você valoriza num profissional?<br />

• O que a mãe/responsável espera<br />

que o laboratório oferte para distrair<br />

a criança?<br />

• Como a mãe/responsável prepara/<br />

motiva a criança para a coleta em<br />

laboratório?<br />

• Caso seja necessária uma segunda coleta,<br />

como a mãe/responsável entende<br />

a repunção e como comunica a criança?<br />

Resultados<br />

As respostas, de forma específica para<br />

cada pergunta, foram:<br />

O que você espera do atendimento<br />

em laboratório?<br />

• Eficiência e rapidez;<br />

• Confiança, agilidade, simpatia e atenção<br />

à criança;<br />

• Acolhedor e humanizado;<br />

• Em se tratando de criança que já compreende<br />

o processo, empatia, segurança,<br />

explicação bem breve do procedimento<br />

de coleta para a criança e acompanhante<br />

para a colaboração, ética e em comentários<br />

desnecessários. Quanto ao procedimento<br />

em si, o uso dos EPIs, cuidados<br />

com higienização, identificação das<br />

amostras, boas práticas;<br />

• Rapidez no atendimento e higiene;<br />

• Rápido e seguro;<br />

• Agilidade, carinho com a criança<br />

e limpeza;<br />

• Tenha informações necessárias e que<br />

passe segurança no atendimento;<br />

• Que seja rápido;<br />

• Resultados confiáveis e profissionais<br />

competentes e empáticos.<br />

No atendimento pediátrico, o que<br />

você valoriza em um profissional?<br />

• Que além do tratamento da doença esteja<br />

preocupado também com as causas,<br />

para evitar que continue ocorrendo;<br />

• A empatia com a criança e o conhecimento;<br />

• Paciência e profissionalismo;<br />

• Postura, conhecimento, descrição e<br />

empatia em relação ao menor e aos pais;<br />

• Atenção e paciência com a criança. Quando<br />

tenta conquistar a confiança, sem pressa;<br />

• Atenção e os cuidados que o profissional<br />

passa a criança;<br />

• Que receba a criança com atenção e que<br />

converse sobre as preocupações da mãe;<br />

• A delicadeza, atenção e o conhecimento<br />

necessário para realizar todos os<br />

procedimentos necessários;<br />

• Paciência;<br />

• Competência, empatia, ética e humanização.<br />

0 26<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Autoras: Luísa Juppa, Nágila Da Cruz, Analú Lauffer.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

O que a mãe/responsável espera<br />

que o laboratório oferte para distrair<br />

a criança?<br />

• Sejam calmos e tenham profissionais<br />

que saibam lidar com a criança, tendo paciência<br />

e diminuindo o máximo possível o<br />

stress. Na coleta de sangue, por exemplo,<br />

ter pessoas que tenham facilidade para<br />

achar a veia sem causar muita dor;<br />

• Jogos e livros;<br />

• Jogos interativos;<br />

• Nada que possa ser colocado na boca,<br />

no caso dos menores, pode ser local<br />

com cores ou adesivos de parede, e no<br />

pós coleta um pequeno brinde como<br />

lápis, adesivos divertidos;<br />

• Brinquedos ou TV como programa<br />

infantil;<br />

• Brinquedos educativos;<br />

• Atenção da equipe, qualquer objeto<br />

lúdico ajuda neste momento;<br />

• Um profissional bem atencioso é o<br />

suficiente;<br />

• Vídeos, brinquedos e jogos;<br />

• Considerando a faixa etária, jogos educativos<br />

e tecnológicos para distraí- los.<br />

Como a mãe/responsável prepara/motiva<br />

a criança para a coleta<br />

em laboratório?<br />

• Procuro falar o que realmente vai<br />

acontecer, deixando claro que é necessário<br />

e normal, que muitas crianças<br />

fazem isso;<br />

• Com uma boa conversa;<br />

• Falando sobre a importância da realização<br />

de exames, explicando o real<br />

objetivo;<br />

• Deixar ciente que o profissional é qualificado<br />

e fará o procedimento da forma<br />

mais tranquila;<br />

• Explicando o que irá acontecer e que a<br />

mãe estará junto;<br />

• Procurar uma distração e explicar o<br />

que irá acontecer. Falar que é só “uma<br />

picadinha”;<br />

• Conversa sobre a prevenção da doença;<br />

• Oriento sobre a coleta, informando<br />

que é necessário para melhorar o estado<br />

de saúde. Que será rápido;<br />

• Tento explicar como vai acontecer a<br />

coleta, para não se assustar tanto;<br />

• Explicando a importância do procedimento<br />

e mostrando o quanto ele<br />

é corajoso.<br />

Caso seja necessário de uma<br />

segunda coleta, como a mãe/responsável<br />

entende esta repunção<br />

e como comunica a criança?<br />

• Já passei por isso. Comuniquei que era<br />

normal e necessário. Mas não fiquei nem<br />

um pouco satisfeita com o laboratório;<br />

• Seja lá qual for o motivo, em caso de<br />

repunção, o exame deve ser realizado,<br />

comunico minha filha a explicando o<br />

motivo. Isto já aconteceu com ela;<br />

• Sempre falando a verdade, mas ficaria<br />

com dúvidas sobre a recoleta;<br />

• Neste caso, que será necessária coleta<br />

de nova amostra para se ter certeza do<br />

resultado, ajudando o médico e os pais<br />

a garantirem sua saúde;<br />

• Da mesma forma como foi feito da<br />

primeira vez, mas sem muita explicação<br />

para não parecer algo mais grave<br />

do que é;<br />

• Normal, o importante é realizar o exame;<br />

• Eu fico péssima, mas para a criança<br />

digo que temos que fazer novamente,<br />

pois da primeira vez não deu certo, mas<br />

que agora dará;<br />

• Questiono sobre a real necessidade.<br />

Mas entendo que se há necessidade,<br />

precisa ser feito;<br />

0 28<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


• Se for necessária uma segunda coleta,<br />

• Que seja rápido;<br />

Discussão<br />

ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

não vejo problema nenhum. Tento expli-<br />

• Resultados confiáveis e profissionais<br />

Na visão das mães, a humanização<br />

car com calma e paciência o que será feito;<br />

competentes e empáticos.<br />

no atendimento à criança envolve a<br />

• Como uma necessidade e inclusive<br />

formação de vínculo entre profissio-<br />

deve ser bem assertiva, pois não terá<br />

No atendimento pediátrico,<br />

nais e usuários, o estímulo à participa-<br />

uma terceira coleta. Em relação a co-<br />

o que você valoriza em um<br />

ção dos pais/cuidadores na saúde da<br />

municação, deverá ser bem criativa e<br />

profissional?<br />

criança, o acolhimento e a disposição<br />

empática, relaxando a criança que será<br />

• Que além do tratamento da doen-<br />

de espaços com condições físicas e de<br />

submetida a dupla dor.<br />

ça esteja preocupado também com<br />

pessoal adequadas ao atendimento da<br />

as causas, para evitar que continue<br />

criança. Contudo, para algumas, o en-<br />

O que você espera do atendi-<br />

ocorrendo;<br />

tendimento sobre humanização ainda<br />

mento em laboratório?<br />

• A empatia com a criança e o conhe-<br />

se encontra restrito ao ato de receber<br />

• Eficiência e rapidez;<br />

cimento;<br />

atendimento no serviço de saúde.<br />

• Confiança, agilidade, simpatia e aten-<br />

• Paciência e profissionalismo;<br />

ção à criança;<br />

• Postura, conhecimento, descrição e<br />

Vale a pena ressaltar que as respos-<br />

• Acolhedor e humanizado;<br />

empatia em relação ao menor e aos pais;<br />

tas das mães em grande maioria foi<br />

• Em se tratando de criança que já com-<br />

• Atenção e paciência com a criança.<br />

possível verificar o quanto em geral a<br />

preende o processo, empatia, segurança,<br />

Quando tenta conquistar a confiança,<br />

humanização do atendimento emite a<br />

explicação bem breve do procedimento<br />

sem pressa;<br />

idéia de dignidade e respeito a criança<br />

de coleta para a criança e acompanhante<br />

• Atenção e os cuidados que o profissio-<br />

atendida no laboratório e, além disso<br />

para a colaboração, ética e em comen-<br />

nal passa a criança;<br />

enfatizaram em suas respostas, a im-<br />

tários desnecessários. Quanto ao proce-<br />

• Que receba a criança com atenção e<br />

portância e a dimensão ética na relação<br />

dimento em si, o uso dos EPIs, cuidados<br />

que converse sobre as preocupações<br />

entre pacientes e profissionais.<br />

com higienização, identificação das<br />

da mãe;<br />

amostras, boas práticas;<br />

• A delicadeza, atenção e o conheci-<br />

Foi possível identificar, segundo estas<br />

• Rapidez no atendimento e higiene;<br />

mento necessário para realizar todos os<br />

usuárias, uma diferença de atitude entre os<br />

• Rápido e seguro;<br />

procedimentos necessários;<br />

profissionais no atendimento ao laboratório<br />

• Agilidade, carinho com a criança e limpeza;<br />

• Paciência;<br />

em relação a comunicação, pelo fato de<br />

• Tenha informações necessárias e que<br />

• Competência, empatia, ética e<br />

nem todos acolherem e explicarem o aten-<br />

passe segurança no atendimento;<br />

humanização.<br />

dimento de forma clara aos usuários.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 29


ARTIGO CIENTÍFICO II<br />

Foi possível observar que a maioria<br />

das mães/responsáveis valorizam um<br />

atendimento humanizado, onde o pro-<br />

a preocupação de seu responsável. Por<br />

isso, atitudes são tomadas para que a<br />

experiência se torne algo mais leve e<br />

É notável que para existir um bom<br />

trabalho e para que o objetivo seja concluído<br />

com êxito e sem gerar traumas<br />

fissional tem empatia e paciência com<br />

confortável.<br />

à criança, o preparo começa em casa,<br />

a criança, e que ainda sim, realize o tra-<br />

com a conscientização da criança e<br />

balho com rapidez.<br />

Para que essas atitudes possam ter<br />

acaba apenas na saída do laboratório,<br />

tomadas, é necessário o entendimento<br />

com o exame concluído e ambas as<br />

Em relação ao local da coleta, as<br />

das preocupações da mãe/responsá-<br />

partes satisfeitas.<br />

mães/responsáveis se preocupam e<br />

valorizam com as distrações oferecidas<br />

pelo laboratório, como brinquedos e jogos.<br />

Ainda se mostrou uma preocupação<br />

com objetos pequenos que possam<br />

ser colocados na boca das crianças.<br />

De casa, as mães/responsáveis geralmente<br />

fazem sua parte conversando<br />

com a criança sobre a importância da<br />

realização do exame e o quanto é comum<br />

crianças de tal idade realizarem.<br />

No caso da necessidade de uma segunda<br />

coleta, ficou claro a preocupação de<br />

algumas mães e a uma dúvida sobre a<br />

real necessidade de uma repunção, mas<br />

orientam seus filhos de forma tranquila,<br />

para não passar uma impressão de<br />

algo mais “grave” do que é.<br />

Conclusão<br />

O atendimento pediátrico em laboratório<br />

é um assunto delicado por envolver<br />

duas partes, a dor da criança e<br />

vel e empatia, para entender como a<br />

criança se sentiria mais segura em uma<br />

situação em que é necessária ir até um<br />

laboratório.<br />

Na literatura já existente é possível<br />

observar os diversos estudos feitos em<br />

cima deste assunto e a importância de<br />

existir um atendimento humanizado.<br />

As necessidades encontradas são baseadas<br />

em experiências positivas, com<br />

atitudes que gostariam que se repetissem,<br />

e negativas, com atitudes que<br />

devem mudar, que mães ou responsáveis<br />

já passaram ao levar a criança para<br />

realizar alguma coleta em laboratório.<br />

Dentre as necessidades mais encontradas<br />

pela pesquisa, está a agilidade e<br />

o conhecimento transparecido do profissional<br />

que realizará a coleta, além do<br />

bom preparo do laboratório para atender<br />

a área pediátrica, com espaços diferenciados<br />

e instrumentos para distração.<br />

Referências<br />

Caroline de Cássia Ramos de Souza & Silvana Nezir<br />

da Silva. Acolhimento humanizado em saúde. p.<br />

84-88. <strong>Edição</strong> 156. Out/Nov 2019. <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong><br />

Ministério da Saúde (BR). Secretaria-Executiva.<br />

Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização.<br />

HumanizaSUS. Brasília; 2004.<br />

Linder-Pelz S 1982. Toward a Theory of Patient<br />

Satisfaction. Social Science and Medicine 16:577-<br />

582.<br />

Sitzia J & Wood N 1997. Patient satisfaction: A<br />

review of issues and concepts. Social Science and<br />

Medicine 45 (12):1829-1843.<br />

Braz J Nurs. 2004. Acesso em 08 junho,2020. Disponível<br />

em; http://www.uff.br/<br />

MACEDO GABARRA, Leticia; CREPALDI, Maria<br />

Aparecida. A comunicação médico - paciente<br />

pediátrico - família na perspectiva da criança. Psicologia<br />

Argumento, [S.l.], v. 29, n. 65, nov. 2017.<br />

ISSN 1980-5942. Acesso em: 03 jun. 2020.<br />

CARVALHO, Alysson Massote; BEGNIS, Juliana<br />

Giosa. Brincar em unidades de atendimento pediátrico:<br />

aplicações e perspectivas. Psicol. estud.,<br />

Maringá, v. 11, n. 1, p. 109-117, Apr. 2006 . Access<br />

on 03 June 2020.<br />

FAQUINELLO, Paula; HIGARASHI, Ieda Harumi;<br />

MARCON, Sonia Silva. O atendimento humanizado<br />

em unidade pediátrica: percepção do acompanhante<br />

da criança hospitalizada. Texto contexto<br />

- enferm., Florianópolis , v. 16, n. 4, p. 609-616,<br />

Dec. 2007 . Access on 03 June 2020.<br />

0 30<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

PERFIL DA POPULAÇÃO SUBMETIDA<br />

A ANÁLISE SERIADA DE ENZIMAS CARDÍACAS COMO<br />

BIOMARCADORES DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO<br />

Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.<br />

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do<br />

Sul (PUCRS)<br />

Resumo<br />

O infarto agudo do miocárdio é a cardiopatia mais acometida<br />

pela população mundial, com alto índice de letalidade.<br />

O eletrocardiograma é o principal exame de triagem,<br />

entretanto, 50% dos pacientes não apresentam alterações<br />

indicativas. Os exames como creatinofosfoquinase total,<br />

creatinofosfoquinase MB e troponina I auxiliam a elucidar<br />

o diagnóstico, com mais de 95% de sensibilidade e especificidade,<br />

quando seriados. Estas enzimas demoram para<br />

se demonstrarem alteradas, por isso a recomendação em<br />

seriar as análises. Deste modo, os objetivos da pesquisa<br />

foram avaliar o perfil da população submetida a análise<br />

seriada das enzimas cardíacas e verificar a prevalência de<br />

resultados alterados. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva<br />

e transversal, de outubro de 2018 a outubro de 2020,<br />

em um laboratório de análises clínicas em Viamão, RS. Foram<br />

avaliados 507 laudos de 219 pacientes. Dos 219 pacientes,<br />

14,6% eram do perfil feminino entre 60-69 anos.<br />

9,1% apresentaram resultados alterados ao decorrer das<br />

análises, sendo prevalente o perfil masculino entre 50-59<br />

anos, em 35,0%. A população masculina adulta e idosa<br />

é prevalente nos casos de infarto agudo do miocárdio, o<br />

que condiz com dados nacionais e internacionais, porém<br />

há uma mudança neste perfil.<br />

Palavras-Chave: Infarto Agudo do Miocárdio; Creatina<br />

Quinase; Creatina Quinase Forma MB; Troponina I; Testes<br />

Clínicos de Laboratório.<br />

Abstract<br />

Acute myocardial infarction is the heart disease most<br />

affected by the world population, with a high mortality<br />

rate. The electrocardiogram is the main screening test,<br />

however, 50% of patients have no indicative changes.<br />

Tests such as total creatinophosphokinase, creatinophosphokinase<br />

MB and troponin I help to elucidate<br />

the diagnosis, with more than 95% sensitivity and<br />

specificity, when serialized. These enzymes take time<br />

to show that they are altered, so the recommendation<br />

to serialize the analyzes. Thus, the objectives of the<br />

research were to evaluate the profile of the population<br />

submitted to serial analysis of cardiac enzymes and to<br />

verify the prevalence of altered results. This is a retrospective<br />

and transversal research, from October 2018 to<br />

October 2020, in a clinical analysis laboratory in Viamão,<br />

RS. 507 reports from 219 patients were evaluated.<br />

Of the 219 patients, 14,6% were female between<br />

60-69 years old. 9,1% showed altered results during<br />

the analysis, with a male profile between 50-59 years<br />

old, in 35,0%. The adult and elderly male population is<br />

prevalent in cases of acute myocardial infarction, which<br />

is consistent with national and international data, but<br />

there is a change in this profile.<br />

Keywords: Myocardial Infarct; Creatine Kinase;<br />

MB Creatine Kinase; Troponin I; Clinical Laboratory<br />

Testings.<br />

0 32<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.<br />

Introdução<br />

As cardiopatias são responsáveis<br />

por altas taxas de óbitos no mundo,<br />

sendo consideradas umas das principais<br />

doenças não transmissíveis<br />

do século (1) . Em 2015, mais de 17,7<br />

milhões de pessoas foram a óbito<br />

em decorrência das complicações<br />

cardiovasculares (2) . Já no Brasil, mais<br />

de 1100 mortes são registradas por<br />

dia e, até a primeira quinzena de<br />

dezembro de 2020, mais de 380 mil<br />

pessoas foram a óbito (3) .<br />

Fatores hereditários, conhecidos<br />

como fatores não modificáveis, contribuem<br />

para o desenvolvimento destas<br />

patologias, entretanto, 90% dos fatores<br />

são ocasionados pelo tabagismo,<br />

elitismo, dislipidemia, hipertensão<br />

arterial, obesidade, sedentarismo e<br />

diabetes mellitus, conhecidos como<br />

fatores modificáveis (1,2) . Distúrbios<br />

secundários, como apneia obstrutiva<br />

do sono, podem aumentar em mais<br />

de 3% as chances (2) . Tais fatores modificáveis<br />

podem ser reduzidos e, até<br />

mesmo eliminados, através de hábito<br />

alimentar saudável, prática de atividades<br />

físicas, vida pessoal e profissional<br />

livres de estresse, abandono do<br />

hábito de fumar e de ingerir bebidas<br />

alcoólicas e acompanhamento médico<br />

regular (1-3) .<br />

O infarto agudo do miocárdio (IAM)<br />

é a cardiopatia mais acometida entre<br />

a população mundial e se caracteriza<br />

pelo processo de necrose de<br />

parte do tecido cardíaco ocasionado<br />

pela falta de oxigenação deste tecido.<br />

Na maioria dos casos, a falta de<br />

oxigenação é gerada pela presença<br />

de placas de aterosclerose em veias<br />

e artérias (1,2) . Na década de 50, foi<br />

responsável por 30% dos óbitos hospitalares.<br />

Ao decorrer das décadas<br />

e dos avanços medicinais, os óbitos<br />

reduziram em mais da metade, mas<br />

ainda representa um sério problema<br />

de saúde pública mundial (4) .<br />

O IAM é classificado de acordo com<br />

o resultado do eletrocardiograma em<br />

com supradesnível de ST ou sem supradesnível<br />

de ST. Apenas 50% dos<br />

pacientes apresentam supradesnível<br />

de ST e/ou o desenvolvimento de<br />

onda Q, já os demais não apresentam<br />

tais alterações, o que pode confundir<br />

o diagnóstico com angina instável,<br />

por isso, a necessidade de seriar o<br />

eletrocardiograma (4,5) . Para elucidar<br />

o IAM, são realizados exames laboratoriais<br />

como creatinofosfoquinase<br />

total (CK total), creatinofosfoquinase<br />

fração MB (CK-MB), mioglobina e<br />

troponinas C, I e T, enzimas liberadas<br />

na corrente sanguínea em maior<br />

quantidade na presença de lesão do<br />

miocárdio (6) . Em rotinas laboratoriais,<br />

é usual a análise de CK total,<br />

CK-MB e troponina I por apresentarem<br />

melhores resultados de sensibilidade<br />

e especificidade, ambos<br />

acima de 95%, quando seriados (6,7) .<br />

Deste modo, os objetivos desta<br />

pesquisa foram avaliar o perfil da<br />

população submetida a análise seriada<br />

de CK total, CK-MB e troponina<br />

I e verificar a prevalência de resultados<br />

alterados ao decorrer das análises<br />

seriadas.<br />

Material e Métodos<br />

Pesquisa de caráter retrospectiva<br />

e transversal. Foram avaliados 507<br />

laudos de CK total, CK-MB e troponina<br />

I de 219 pacientes submetidos<br />

as análises seriadas, no período<br />

de outubro de 2018 a outubro de<br />

2020, em um laboratório de análises<br />

clínicas localizado na cidade de<br />

Viamão, Rio Grande do Sul. Entende-se<br />

por análise seriada as repetições<br />

em 2, 3 ou 4 vezes do mesmo<br />

paciente em intervalos de 2 a 3<br />

horas entre cada análise, e entende-se<br />

por resultados alterados a<br />

tríade CK total acima de 155 U/L,<br />

CK-MB acima de 10% do valor da<br />

CK total e troponina I reagente (7) . A<br />

CK total e CK-MB foram analisadas<br />

de modo automatizado, pela metodologia<br />

teste UV, já a troponina<br />

I foi analisada pela metodologia<br />

imunocromatografia sensível.<br />

Após avaliação dos laudos, as informações<br />

foram compiladas em<br />

planilha no software Microsoft Excel<br />

versão 2019, a fim de obter os dados<br />

pertinentes aos objetivos e resultados<br />

desta pesquisa.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 33


PESSOAS QUE TRABALHAM INCANSAVELMENTE<br />

PARA FAZER A DIFERENÇA TODOS OS DIAS<br />

NOSSO TIME DE DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS<br />

ENZIPHARMA<br />

www.aclabor.com.br<br />

GO<br />

www.blisterlab.com.br<br />

SP Interior<br />

www.enzipharma.com.br<br />

RJ<br />

www.diagfarma.com.br<br />

PB | PE | RN<br />

www.centerlabsp.com.br<br />

MG | ES<br />

www.excellab.com.br<br />

Tel.:11 4105-5354 / 11 2082-1402<br />

SP<br />

Capital, Vale do Paraíba,<br />

Jundiaí / Região e Litoral Norte<br />

www.labinga.com.br<br />

MS* | PR<br />

NIHON KOHDEN CORPORATION<br />

1-31-4 Nishiochiai, Shinjuku-ku, Tokyo 161-8560 - Japan<br />

Phone + 81 (3) 5996-8036 | Fax +81 (3) 5996-8100


www.centerlabsp.com.br<br />

SP<br />

Pantone Cool Gray 10 CVC<br />

Pantone 368 CVC<br />

C: 0 M: 0 Y: 0 K: 72<br />

C: 65 M: 0 Y: 100 K: 0<br />

R: 119 G: 119 B: 114<br />

R: 91 G: 191 B: 33<br />

ABC, Capital, Litoral Sul,<br />

Campinas e Região<br />

www.sillab.com.br<br />

SC | PR*<br />

www.medtest.com.br<br />

BA<br />

www.farmac.com.br<br />

SE | AL<br />

www.bsdiagnostica.com.br<br />

DF | TO<br />

www.cetepa.com.br<br />

PA<br />

comercial@easysolucoesdiagnosticas.com.br<br />

MS | MT<br />

* Para demais<br />

Regiões contate:<br />

fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

NIHON KOHDEN DO BRASIL LTDA<br />

Rua Diadema, 89. 1º Andar, conjuntos 11 a 17 - São Caetano do Sul - SP<br />

Tel.: +55 11 3044-1700 | Fax +55 11 3044-0463


Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Resultados<br />

A fim de traçar o perfil da população<br />

submetida as análises seriadas<br />

de CK total CK-MB e troponina I, foram<br />

correlacionadas as informações<br />

de intervalo de idade e sexo, como<br />

mostra a Tabela 1.<br />

Tabela 1. Caracterização da população submetida as análises seriadas de CK-total, CK-MB e<br />

troponina I, no período de outubro de 2018 a outubro de 2020 em Viamão, Rio Grande do Sul<br />

De acordo com os dados analisados<br />

na Tabela 1, percebeu-se o<br />

predomínio do perfil feminino de<br />

60-69 anos, em 14,6% (n= 32) dos<br />

casos. Em relação ao sexo, 54,3%<br />

(n= 119) eram do sexo masculino<br />

e 45,7% (n= 100) eram do sexo feminino.<br />

Já em relação ao intervalo<br />

de idade, houve o predomínio do<br />

grupo de 60-69 anos, em 27,4%<br />

(n= 60).<br />

Dos 219 pacientes submetidos as<br />

análises seriadas, 9,1% (n= 20)<br />

apresentaram resultados das enzimas<br />

cardíacas alteradas. Percebeu-<br />

-se a prevalência do perfil masculino<br />

de 50-59 anos, em 35,0% (n=<br />

7) dos casos. Em relação ao sexo,<br />

65,0% (n= 13) eram do sexo masculino<br />

e 35,0% (n= 7) eram do sexo<br />

feminino. Já em relação ao intervalo<br />

de idade, houve a prevalência do<br />

grupo 50-59 anos, em 45,0% (n=<br />

9), como exemplifica a Tabela 2.<br />

Tabela 2. Caracterização da população com os resultados de CK total, CK-MB e troponina I<br />

alterados, no período de outubro de 2018 a outubro de 2020 em Viamão, Rio Grande do Sul<br />

0 36<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Lançamento<br />

AGULHAS HIPODÉRMICAS<br />

Ideais para aplicações de vacinas,<br />

medicamentos e aspirações<br />

Aprovadas pelo INMETRO, ANVISA<br />

n°: 10330669063<br />

Lubrificadas<br />

Estéreis, atóxicas e apirogênicas<br />

pARA seringas de bico luer slip e luer lock<br />

Parede fina e extrafinas<br />

Bisel trifacetado<br />

AGULHAS<br />

HIPODÉRMICAS<br />

saiba mais:<br />

0800 7100888<br />

www.firstlab.ind.br<br />

firstlab<br />

@firstlab.ind


ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

Em relação a quantidade de análise<br />

seriada por paciente até as<br />

alterações se tornarem evidentes,<br />

60,0% (n= 12) foram evidentes<br />

na segunda análise, 35,0% (n= 7)<br />

foram evidentes na terceira análise<br />

e 5,0% (n= 1) foi evidente na<br />

quarta análise.<br />

Observou-se também que 3,2%<br />

(n= 7) pacientes apresentaram<br />

alterações das enzimas cardíacas<br />

na primeira análise e 3,7% (n= 8)<br />

apresentaram resultados alterados<br />

de CK total e CK-MB e troponina I<br />

indeterminada.<br />

Discussão<br />

Apesar dos avanços medicinais e<br />

vasto conhecimento sobre as cardiopatias,<br />

a população mundial<br />

ainda é acometida por tais doenças<br />

pertencentes a este grupo.<br />

De 2004 a 2014, as cardiopatias<br />

estiveram em quarto lugar como<br />

causa de óbito na população brasileira,<br />

muito acima quando comparado<br />

com demais países como<br />

França, Espanha, Argentina, Japão<br />

e Estados Unidos (8) . Com pandemia<br />

da Covid-19, em março de<br />

2020 houve um aumento de 31%<br />

dos registros de mortes por doenças<br />

cardiovasculares, quando<br />

comparado com o mesmo período<br />

em 2019, por conta das faltas nas<br />

consultas médicas de acompanhamento.<br />

Ressalta-se a importância<br />

de procurar atendimento médico<br />

na presença de sinais e sintomas,<br />

principalmente indivíduos com<br />

comorbidades e doenças pré existentes<br />

associados, além de manter<br />

os cuidados preventivos, como<br />

comparecimento em consultas<br />

médicas de rotina (9) .<br />

As enzimas cardíacas CK total,<br />

CK-MB e troponina I são ótimos<br />

biomarcadores para elucidar o<br />

diagnóstico de IAM, quando analisados<br />

de forma seriada e em<br />

conjunto. A CK total analisada isoladamente<br />

não é indicada por ser<br />

um biomarcador sensível, ou seja,<br />

apresenta-se alterada por outras<br />

razões além do IAM, como uso<br />

de medicamentos, uso de drogas<br />

ilícitas, constante prática de atividades<br />

físicas e outras patologias. A<br />

CK-MB e a troponina I são biomarcadores<br />

mais específicos. Por conta<br />

da lenta liberação no organismo,<br />

que pode começar a aumentar<br />

entre 4 e 6 horas, estas enzimas<br />

precisam ser analisadas de forma<br />

seriada, com intervalo de 3 horas<br />

entre cada análise (10-12) .<br />

No presente estudo, foi observado<br />

que 9,1% dos pacientes apresentaram<br />

alterações das enzimas<br />

cardíacas somente a partir da<br />

primeira análise seriada, por isso<br />

existem diretrizes e referencias que<br />

enfatizam a importância de seriar<br />

tais enzimas, assim como o eletrocardiograma.<br />

Devido a ausência<br />

de pesquisas sobre análise seriada<br />

de CK total, CK-MB e troponina I<br />

para o diagnóstico de IAM, não foi<br />

possível traçar uma estimativa em<br />

relação a população estudada (4,5,7) .<br />

Estudos sobre o perfil de indivíduos<br />

acometidos pelo IAM no Brasil<br />

demonstraram que houve o predomínio<br />

de casos do sexo masculino<br />

entre 60 a 80 anos, o que corrobora<br />

com esta pesquisa, entretanto,<br />

pesquisas relataram que idosas do<br />

sexo feminino sofreram com maiores<br />

taxas de IAM com letalidade.<br />

Em comparação com esta pesquisa,<br />

percebeu-se que as mulheres<br />

do grupo de 60-69 anos procuram<br />

atendimento médico na presença<br />

de sintomas sugestivos, mas o perfil<br />

masculino de 50-59 anos é o que<br />

apresenta alterações laboratoriais<br />

e confirma o IAM (13-15) . Outro estudo<br />

realizado por regiões brasileiras<br />

demonstrou que a região sudeste<br />

0 38<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.<br />

liderou com o percentual de óbitos,<br />

em 47,9%, posteriormente a região<br />

nordeste com 20,2%, a região sul<br />

com 14,8%, a região centro-oeste<br />

com 9,1% e a região norte com<br />

8%. Os percentuais de cada região<br />

estão intimamente relacionados a<br />

fatores socioeconômicos e ambientais,<br />

fatores que desencadeiam uma<br />

má qualidade de vida causado pelo<br />

sedentarismo, estresse, sobrepeso,<br />

consumo de alimentos industrializados<br />

e hábitos de fumo e ingesta<br />

de bebidas alcóolicas (16) .<br />

No mundo, 8,5 milhões de mulheres<br />

morrem em decorrência das doenças<br />

cardiovasculares e o risco de<br />

óbito por IAM nas mulheres é 50%<br />

maior quando comparado com os<br />

homens. Fatores fisiológicos como<br />

menopausa e fatores externos como<br />

jornada de trabalho e cuidado com<br />

os filhos e tarefas domésticas contribuem<br />

para estas taxas (17) .<br />

Em contrapartida, populações que<br />

adotaram um estilo de vida saudável<br />

e livre de vícios nocivos reduziram<br />

a taxa de mortalidade na população<br />

masculina de 30 a 64 anos,<br />

como na Finlândia, com queda de<br />

65%, e na Carélia do Norte, com<br />

queda de 73% (18) .<br />

Em relação aos casos com alteração<br />

da CK total e da CK-MB e<br />

troponina I indeterminada, seria<br />

necessário maiores investigações<br />

laboratoriais, como uma outra<br />

análise seriada. A falta de outra<br />

análise seriada pode ser justificada<br />

pela presença de alteração do<br />

eletrocardiograma seriado.<br />

Conclusão<br />

A população adulta e idosa feminina<br />

procura atendimento médico na presença<br />

de sinais e sintomas, o que se<br />

explica pela quantidade de atendimentos<br />

deste público, entretanto, o público<br />

adulto e idoso masculino é acometido<br />

pelas alterações laboratoriais indicativas<br />

de IAM. Embora exista a prevalência<br />

masculina correlacionada a esta<br />

patologia, pesquisas apontam que há<br />

uma mudança neste perfil. É necessário<br />

que a população adquira hábitos<br />

de vida mais ativa e saudável a fim de<br />

evitar ou minimizar as cardiopatias e<br />

patologias associadas.<br />

Observou-se que 9,1% da população<br />

analisada nesta pesquisa foi<br />

acometida pelas alterações cardíacas<br />

com o tempo, o que corrobora com<br />

indicações de diretrizes e referenciais.<br />

Entretanto, a ausência de pesquisas<br />

nacionais e internacionais em<br />

relação a análise seriada das enzimas<br />

cardíacas não possibilitam traçar<br />

uma estimativa de aumento ou diminuição<br />

de casos quando comparados<br />

com a presente pesquisa.<br />

Conflitos de interesse: não há.<br />

Financiamento por instituição financeira: não.<br />

Referências<br />

1. Consolim-Colombo FM, Saraiva JFK, Izar MCDO. Tratado de cardiologia<br />

SOCESP. 4. ed. Barueri: Manole; 2019: 2-4.<br />

2. Agência Brasil EBC. Mais de 289 mil pessoas morreram de doenças<br />

cardiovasculares em 2019. [Internet]. 2019. [Acesso em: 17<br />

out. 2020]. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/<br />

noticia/2019-09/mais-de-289-mil-pessoas-morreram-de-doencas-cardiovasculares-em-2019<br />

3. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Cardiômetro. [Internet]. 2020.<br />

[Acesso em: 15 dez. 2020]. Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/<br />

4. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). III diretriz sobre tratamento<br />

do infarto agudo do miocárdio. 3. ed. São Paulo: SBC; 2004: 8-13.<br />

5. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). IV diretriz da Sociedade Brasileira<br />

de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com<br />

supradesnível do segmento ST. 4. ed. São Paulo: SBC; 2009: e179-e186.<br />

6. Motta VT. Bioquímica clínica para o Laboratório - princípios e interpretações.<br />

5. ed. Rio de Janeiro: MedBook; 2009: 111–113.<br />

7. Xavier RM, Dora JM, Barros E. Laboratório na prática clínica - consulta<br />

rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2016: 132-1040.<br />

8. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Cardiômetro. [Internet].<br />

2020. [Acesso em: 15 dez. 2020]. Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/anteriores.asp<br />

9. Pinheiro RHO, Lenhani BE, Martins EV. Prevalência de fatores de risco<br />

relacionados ao infarto agudo do miocárdio em pacientes idosos: uma<br />

revisão integrativa. Uningá Review: 2017 abr.-jun. 3(30): 83-88.<br />

10. Viana RR, Souza MRSMD. Marcadores bioquímicos no infarto<br />

agudo do miocárdio. <strong>Revista</strong> Eletrônica Biociências, Biotecnologia e<br />

Saúde. Curitiba: 2017 Mai./Ago.; 18: 27-34.<br />

11. Formiga TMF. Marcadores laboratoriais para o diagnóstico do infarto<br />

agudo do miocárdio: revisão literária. [dissertação]. Cuité (PB):<br />

Universidade Federal de Campina Grande; 2016: 19-31.<br />

12. Pestana JF. Principais marcadores bioquímicos no diagnóstico de<br />

infarto agudo do miocárdio. [dissertação]. Londrina (PR): Universidade<br />

Norte do Paraná; 2018: 17-20.<br />

13. Troncoso LT, Oliveira NCC, Laranjeira NRF, Leporaes RCA, Eira TL,<br />

Pinheiro VP. Estudo epidemiológico da incidência do infarto agudo<br />

do miocárdio na população brasileira. <strong>Revista</strong> Caderno de Medicina:<br />

2018; n 1, vol 1: 91-99.<br />

14. Lima AEF, Lima LD, Sandes TKS, Neto JFO, Silva KMMD, Pereira RB. Perfil<br />

na mortalidade do infarto agudo do miocárdio por idade e sexo no município<br />

de Paulo Afonso no estado da Bahia. <strong>Revista</strong> Rios Saúde. 2018; 1-3.<br />

15. Alves L, Polanczyk CA. Hospitalização por infarto agudo do miocárdio: um<br />

registro de base populacional. Arq Bras Cardiol. 2020; [online]: 2-8.<br />

16. Medeiros TLFD, Andrade PCNSD, Davim RMB, Santos NMGD. Mortality<br />

by an acute myocardial infarction. Journal of Nursing UFPE on<br />

line. Recife. 2018 Fev.; 12(2): 565-570.<br />

17. Associação Beneficente Síria (HCor). Mulheres têm 50% de<br />

probabilidade de infarto maior quando comparada aos homens.<br />

[internet]. 2017. [Acesso em: 20 dez. 2020]. Disponível em: https://<br />

www.hcor.com.br/imprensa/noticias/mulheres-tem-50-de-probabilidade-de-infarto-maior-quando-comparada-aos-homens-2/<br />

18. BBC News Brasil. Como a Finlândia deixou de ser o país do mundo<br />

onde as pessoas mais morriam do coração. [internet]. 2016. [Acesso<br />

em: 20 dez. 2020]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-36699060<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 39


REFLEXÕES SOBRE OS IMPACTOS<br />

DA PANDEMIA NOS LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Continuo tratando do tema que envolve<br />

a sobrevivências dos laboratórios<br />

clínicos. A pandemia da COVID –<br />

19 trouxe ameaças e oportunidades.<br />

Em síntese, desde março de 2019<br />

vimos por força da lei, laboratórios<br />

sendo fechados, outros mantendo<br />

portas abertas, contudo, sem clientes<br />

e, praticamente todos, sofrendo<br />

um colossal impacto no faturamento<br />

nos primeiros meses da pandemia.<br />

Foram tempos difíceis, angustiantes,<br />

pois, apesar dos custos variáveis<br />

terem despencados na proporção<br />

da ausência de clientes, os CUSTOS<br />

FIXOS permaneceram, gerando uma<br />

inequação. Adicionalmente, muitos<br />

custos fixos para reduzir, exigem<br />

no início, um dispêndio maior, tal é<br />

o caso da folha de pagamento, um<br />

dos principais centro de custo. E,<br />

de uma forma geral, o resultado de<br />

qualquer ação para controlar custos<br />

demanda tempo para as negociações<br />

e o impacto nos resultados tarda<br />

para aparecer no fluxo de caixa.<br />

Entrementes, a produção de exames<br />

caiu, reduzindo a receita consideravelmente,<br />

piorando mais ainda,<br />

o fluxo de caixa. Para laboratórios<br />

com pequeno ou nenhum capital<br />

de giro, a sinergia destes dois fatos<br />

concorrentes, pode levar à necessidade<br />

de captação de recursos<br />

externos, por exemplo, em bancos.<br />

Normalmente nestes, as taxas de<br />

juros são leoninas, quiçá maiores<br />

que a própria margem de lucro dos<br />

laboratórios, podendo conduzir o<br />

laboratório a uma espiral descendente<br />

dos resultados operacionais.<br />

Nestes tempos difíceis, muita atenção<br />

é necessária para evitar a queda<br />

na competitividade e o incremento<br />

do risco de insolvência da organização.<br />

Por outro lado, analisando<br />

sob ao ângulo das oportunidades, é<br />

inquestionável o aumento do menu<br />

dos exames, com a chegada dos testes<br />

relativos ao coronavírus. Estes<br />

exames apresentam boas margens<br />

de contribuição, ajudando de forma<br />

notável para o reequilíbrio econômico<br />

e financeiro dos laboratórios,<br />

inclusive, em muitas situações gerando<br />

rentabilidades superiores às<br />

incorridas no período pré-pandemia.<br />

Todavia, na contramão, temos<br />

a inflação dos custos fixos controlados<br />

ou não pelo governo (energia<br />

elétrica, água etc.), bem como dos<br />

custos variáveis, havendo casos excepcionais,<br />

por exemplo, das luvas<br />

descartáveis que atingiram algo em<br />

torno de 700% de aumento. O Brasil<br />

é um país de dimensão continental,<br />

portanto, apresenta inúmeras realidades<br />

de mercado, seja ele dos<br />

fornecedores, dos produtores e dos<br />

consumidores. O ticket médio dos<br />

exames pode chegar fantásticos<br />

600% entre extremos, então, disto<br />

decorre uma miríade de situações<br />

de rentabilidade e equilíbrio econômico.<br />

Mas, de uma forma geral,<br />

nossa experiência em consultoria<br />

denota que o mercado das análises<br />

clínicas não é mais propício para<br />

gestão amadora das organizações<br />

que militam na área, não obstante,<br />

a existência de nichos privilegiados,<br />

onde o alto ticket médio gera<br />

lucros apreciáveis. A concorrência é<br />

predatória, havendo uma abertura<br />

de novos laboratórios sem o devido<br />

estudo da necessária e suficiente<br />

demanda para assegurar a prosperidade,<br />

a precificação dos exames é<br />

quase estática (vide tabela do SUS,<br />

das Unimed’s e convênios em geral).<br />

Esses fatores aliados socialização da<br />

medicina e a produção industrial<br />

proporcionada pelos equipamentos<br />

automatizados de última geração,<br />

causa uma verdadeira “carnificina”<br />

por ocasião das negociações das tabelas<br />

de preços dos exames. Existe<br />

de tudo na luta pela sobrevivência,<br />

desde a quebra ética pela redução<br />

da qualidade intrínseca até as fusões<br />

e aquisições, passando pela<br />

prática de dumping. A vitória nesta<br />

luta depende do ganho de escala e<br />

ou algum diferencial competitivo na<br />

prestação dos serviços. Entretanto,<br />

vejo normalmente a carência de<br />

gestão profissional nos laboratórios<br />

clínicos como a causa que, se elimi-<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 45


GESTÃO LABORATORIAL<br />

nada, poderia mudar radicalmente<br />

o futuro dessas organizações. Neste<br />

caos em que está o mercado, os gestores<br />

buscam culpados de todos os<br />

jeitos, senão vejamos os resultados<br />

que obtive em pesquisa informal<br />

em várias regiões do Brasil, quando<br />

ministrava cursos e conferências. Já<br />

publiquei este texto em outra coluna<br />

no passado, mas pela importância,<br />

pertinência e validade atual, repito<br />

a publicação. As manifestações<br />

normalmente convergem e, sobretudo,<br />

se repetem, exaustivamente<br />

para os seguintes tópicos:<br />

1. - Situação econômica e financeira<br />

ruim, fato que aumenta o risco de<br />

insolvência destas organizações. Isto<br />

atualmente delimita o problema<br />

comum dos gestores laboratoriais.<br />

2. - Culpados que invariavelmente são<br />

citados como responsáveis:<br />

2.1 - Compradores dos produtos<br />

(Convênios etc.).<br />

2.2 - Médicos assistentes que<br />

demandam os produtos (Serviços e<br />

exames laboratoriais).<br />

2.3 - Laboratórios de apoio.<br />

2.4 - Governos (Federal, estadual e<br />

municipal).<br />

2.5 - Fornecedores de insumos.<br />

2.6 - Colegas de profissão<br />

(Empresários na área das análises<br />

clínicas).<br />

2.7 - Capital externo (Investidores<br />

estrangeiros).<br />

O que posso dizer sobre estes<br />

tópicos? Quanto ao número 1,<br />

temos uma constatação real,<br />

tangível e inquestionável, com<br />

raras exceções, seria negar uma<br />

evidência. Este tópico define o<br />

problema. Entretanto, com relação<br />

aos demais tópicos, se me<br />

permitem, vou externar minha<br />

opinião pessoal, por decorrência,<br />

sujeita às falhas inerentes ao ser<br />

humano e a minha própria ignorância,<br />

mas é o que penso. Todavia,<br />

com muita vontade de mudar<br />

perante a novas argumentações.<br />

Sabemos que a verdade pertence<br />

ao saber coletivo e muda de forma<br />

permanente com a realidade<br />

objetiva dos fatos e o saber da ciência.<br />

Dito isto, passo a comentar<br />

os tópicos citados.<br />

2.1 - Culpar os clientes (Convênios),<br />

ainda que atores intermediários<br />

com o usuário final,<br />

é culpar a “razão de existir” das<br />

organizações humanas e, dentre<br />

estas, os laboratórios clínicos,<br />

cuja missão é fornecer serviços<br />

e produzir informações (laudos/<br />

exames) para os clientes! Cliente,<br />

em qualquer negócio, é solução,<br />

não problema. Enquanto houver<br />

clientes, haverá esperança. Sem<br />

eles, não existirá o negócio.<br />

2.2- Os médicos que solicitam<br />

os exames estão praticamente<br />

no mesmo nível de importância<br />

dos pacientes. Pois, é através do<br />

médico que, tendo como uma das<br />

fontes de informação os exames,<br />

poderá elaborar o diagnóstico<br />

para a solução do problema do<br />

cliente. Sem o médico assistente,<br />

praticamente, não existiria o<br />

laboratório, portanto, este será<br />

parte importante da solução, não<br />

a causa de problemas! Se ocorrem<br />

direcionamentos ou falta<br />

disto, preferências e exigências<br />

feitas pelos médicos, estas serão<br />

oportunidades de melhorias para<br />

os competentes. Ou será que os<br />

médicos colocam condicionantes<br />

ilegais, antiéticas, desonestas ou<br />

desleais? E, somente para você?<br />

2.3- Atualmente, face a logística<br />

e principalmente a multiplicidade<br />

e complexidade da tecnologia<br />

que avança a taxas crescentes,<br />

não mais é possível existir um<br />

laboratório que não seja apoiado<br />

por outros, em qualquer parte do<br />

planeta. Então, torna-se inútil<br />

“declarar guerra” aos laboratórios<br />

de apoio, pois eles são uma<br />

exigência para o sistema global<br />

funcionar. O “cluster” das análises<br />

clínicas não pode operar<br />

0 46<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Kit Coleta<br />

para exames de Biomol<br />

Painel infeccioso:<br />

HPV<br />

CHLAMYDIA<br />

NEISSERIA<br />

STREPTOCOCCUS<br />

MICOPLASMA / UREAPLASMA<br />

HERPES<br />

CANDIDA<br />

Vários exames com a mesma coleta<br />

TRICHOMONAS<br />

PERFIL TROMBOFILIA<br />

Swab com<br />

tecnologia flock<br />

Produto nacional<br />

Tubo com<br />

3ml de solução<br />

CellPreserv<br />

Meio CellPreserv para preservação<br />

de DNA/RNA<br />

Ponto de<br />

quebra<br />

Swab Flock<br />

Cerdas radiais<br />

proporcionam máxima<br />

liberação do material<br />

coletado.<br />

Convencional<br />

Emaranhado de<br />

filamentos ocasionam<br />

aprisionamento de<br />

grande parte do material<br />

coletado.<br />

Swab Regular<br />

Escova Cervical<br />

Saiba mais<br />

+55 11 4961.0900<br />

vendas@kolplast.com.br<br />

www.kolplast.com.br


GESTÃO LABORATORIAL<br />

com eficiência sem o conceito<br />

do “apoio”. São como os “impostos”,<br />

não há o que discutir sobre<br />

se devem ou não existir, contudo,<br />

pode e se deve debater suas<br />

formas de atuação. Finalmente,<br />

hoje vejo eles mais como solução<br />

do que como problema. Provavelmente,<br />

sem eles, a grande<br />

maioria dos pequenos e médios<br />

laboratórios já poderiam ter se<br />

encaminhado para a insolvência,<br />

ou pelo menos, buscado uma<br />

solução radical (?) para resolver<br />

como produzir os exames complexos<br />

exigidos pelo mercado<br />

cada vez mais tecnológico, e sem<br />

dispor de recursos financeiros<br />

para tal desafio. A solução óbvia<br />

para isto, é a união dos pequenos<br />

e médios laboratórios formando<br />

central única de produção,<br />

que pelo porte teria a vantagem<br />

competitiva das compras conjuntas<br />

de insumos, proporcionando<br />

ganho de escala para os participantes.<br />

O custo de produção<br />

(eficiência produtiva vinculada<br />

ao custo variável unitário dos<br />

exames) será baixo e o mesmo<br />

para todos, definindo idêntico e<br />

eficiente ponto de partida para<br />

os laboratórios do empreendimento.<br />

A concorrência continuará<br />

existindo, negar isto seria<br />

negar uma evidência, mas será<br />

definida pela qualidade em serviços,<br />

pela competência de cada<br />

um em criar diferenciais competitivos<br />

percebidos pelos clientes,<br />

que serão fidelizados. Existe um<br />

universo (de serviços) no qual as<br />

possibilidades são inúmeras e<br />

certamente classificarão os mais<br />

aptos em melhores posições no<br />

mercado. Então, por que esta<br />

solução racional, inquestionável,<br />

raramente (ou nunca) ocorre? A<br />

resposta é simples: EGOÍSMO! Os<br />

donos de laboratórios normalmente<br />

preferem falir sozinhos a<br />

prosperar juntos! O concorrente é<br />

visto como um inimigo que precisa<br />

ser destruído, nunca como<br />

um parceiro para a solução do<br />

problema. Vejo este obstáculo<br />

como quase que intransponível,<br />

pois remete para a “origem do<br />

mal” que aflige a humanidade,<br />

onde nos falta humildade, perdemos<br />

a capacidade de perceber<br />

a dependência universal entre<br />

todos os seres de todos os reinos,<br />

onde não sobrevivemos mais que<br />

cinco minutos na falta de um<br />

gás (oxigênio) e, para vivermos<br />

um único dia, dependemos dos<br />

produtos elaborados e serviços<br />

prestados por milhões de outros<br />

seres! Somos dependentes e frágeis,<br />

então por que da prepotência,<br />

da arrogância, da soberba,<br />

da crença na superioridade do<br />

indivíduo (EU/EGO)? Por que crer<br />

que eu devo ser o primeiro a me<br />

servir do buffet em um casamento?<br />

Atendido numa mesa de restaurante?<br />

No balcão do INSS? A<br />

ser o primeiro a entrar no avião,<br />

desde, é claro, que eu seja também<br />

o primeiro a desembarcar?<br />

Enquanto o egoísmo predominar<br />

em detrimento da caridade, NÃO<br />

HAVERÁ CENTRAIS DE PRODUÇÃO<br />

fruto da união entre os pequenos<br />

e médios laboratórios! É o que<br />

penso. Não nos cabe a missão de<br />

mudar o mundo, mudar os outros,<br />

cabe sim, fazer a nossa parte<br />

nesta cadeia de dependência,<br />

devemos mudar a nós mesmos,<br />

progredirmos espiritualmente,<br />

moralmente, usarmos nosso livre<br />

arbítrio na tomada de ações<br />

balizadas por elevados padrões<br />

de caráter, pela decência de procedimentos<br />

e, se agindo assim,<br />

servirmos para ajudar alguém, já<br />

estaremos deixando um legado.<br />

2.4- O Governo é o maior comprador<br />

de exames, portanto,<br />

seguramente um dos maiores<br />

clientes, e como já vimos, cliente<br />

é solução, não problema. Ainda, o<br />

Governo detém o poder de regular<br />

legalmente o funcionamento<br />

de todo o sistema. Finalmente,<br />

0 48<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

estipula os impostos. Com um<br />

“stakeholder” desta magnitude,<br />

em alguns pontos devemos acatar<br />

(onde houver poder de polícia),<br />

em outros se unir (greves<br />

localizadas em comunidades com<br />

poucos prestadores, por exemplo),<br />

em outros influenciar via<br />

Sociedades Científicas (regulação<br />

técnica), bem como em outros<br />

sermos mais competitivos, fazendo<br />

mais com menos, mantendo<br />

a qualidade exigida legalmente.<br />

Finalmente, quando isto não<br />

for possível, deixar de atender!<br />

Ninguém, nenhum laboratório<br />

que se preza, pode se submeter<br />

a viver de um só cliente!<br />

2.5- Os fornecedores de insumos<br />

fazem parte do mesmo mercado<br />

competitivo que os laboratórios<br />

estão inseridos, portanto,<br />

faça com que eles sejam parte<br />

da solução e não do problema.<br />

Tenha competência gerencial,<br />

a gestão tem que ser profissional,<br />

não existe mais espaço para<br />

o amadorismo no universo das<br />

análises clínicas!<br />

2.6- Os colegas de profissão e<br />

empreendedores nada mais são<br />

do que um elemento indispensável<br />

no mercado, sem eles, não<br />

existiria o próprio mercado, lugar<br />

onde todos nós atuamos! Seria a<br />

utopia de ter um único fornecedor<br />

ou um grupo com dois tipos<br />

de fornecedores: os que reclamam<br />

dos colegas e os que são os<br />

“espertos”, egoístas, antiéticos e<br />

desleais, que aviltam os preços,<br />

complicam licitações, enfim, semeiam<br />

a discórdia e fomentam<br />

a desunião da classe, e por aí<br />

vai. Pois bem, se isto for verdade,<br />

porque não se unem, pelo<br />

menos, os do grupo que quer a<br />

união, que são éticos? Ou será<br />

que em todas as cidades só têm<br />

um destes, divididos de tal forma<br />

que não existe a possibilidade<br />

geográfica da união? Ou será que<br />

existe a predominância implacável<br />

dos “maus colegas”, por decorrência,<br />

marcando inevitavelmente<br />

a classe dos proprietários<br />

de laboratórios clínicos, como<br />

aética, com indivíduos carentes<br />

de uma boa moral?<br />

2.7- O capital externo veio para<br />

ficar. O mundo globalizado é caracterizado<br />

exatamente por isto:<br />

intercâmbio de riquezas de toda<br />

a espécie (commodities, investimentos<br />

financeiros, conhecimento,<br />

seres humanos, cultura...). Ele<br />

traz consigo a concorrência internacional<br />

à nossa porta, acompanhada<br />

de ameaças, mas também<br />

de oportunidades. Sejamos gestores<br />

profissionais, competentes,<br />

para aproveitá-las! A concorrência<br />

é competitiva, aguerrida e<br />

disputa com ferocidade toda e<br />

qualquer fatia do mercado. Não<br />

há espaço para “choro”, lamentação<br />

ou reclamação, só existe<br />

um objetivo: sobreviver e lucrar!<br />

Não adianta argumentar que isto<br />

não é justo, aliás, não existe para<br />

quem reclamar.<br />

Portanto, conclamo os colegas<br />

gestores de laboratórios clínicos:<br />

vamos mudar a percepção das<br />

causas do problema (que, sem<br />

dúvidas, existe) e das soluções!<br />

Basta de reclamações. Ao invés<br />

de buscar as causas somente<br />

no ambiente externo, colocar a<br />

culpa do problema nos outros,<br />

bem como esperar que terceiros<br />

apresentem soluções, vamos<br />

voltar nossa atenção para dentro<br />

dos nossos laboratórios, para as<br />

nossas atitudes gerenciais, o que<br />

de fato estamos fazendo além de<br />

protestar? Que ações gerenciais<br />

estamos adotando para aumentar<br />

a produtividade, reduzir riscos,<br />

incrementar competitividade<br />

e lucros? Você está avaliando<br />

a competitividade do seu laboratório?<br />

Quantificando os custos<br />

0 50<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


GESTÃO LABORATORIAL<br />

de produção? Metrificando a<br />

rentabilidade de exames, clientes,<br />

equipamentos e setores da<br />

produção? Calculando o momento<br />

certo para a terceirização mais<br />

rentável? Você está se comparando<br />

(processo de benchmarking)<br />

com os seus concorrentes para<br />

saber onde está pior e deve melhorar?<br />

E como melhorar? E quanto<br />

esperar de retorno? As metas<br />

do planejamento estratégico são<br />

estabelecidas com base na concorrência?<br />

E ainda, o laboratório<br />

é um negócio viável considerando<br />

as características da região<br />

onde opera? Caso tenha uma<br />

única resposta negativa, poderá<br />

não estar controlando adequadamente<br />

os processos da sua organização,<br />

ainda que hoje esteja<br />

lucrando bem! A solução para todas<br />

estas questões, virá somente<br />

com gestão profissional.<br />

No meu trabalho já vi de tudo<br />

em gestão. Apreendi com os<br />

meus clientes muito! Mas quem<br />

sabe controlar os seus processos,<br />

quem faz gestão profissional,<br />

não está mal neste País.<br />

Nem sempre um ticket médio<br />

alto assegura sucesso e, muitas<br />

vezes um ticket médio mais baixo<br />

produz melhores resultados<br />

financeiros, mantendo a qualidade<br />

legal dos exames. Para<br />

isto acontecer, tem que ser gestor<br />

profissional, não tem mais<br />

espaço para amadorismo. A luta<br />

é por centavos. Os laboratórios<br />

clínicos são uma alternativa de<br />

investimento (além de uma paixão!),<br />

portanto, como todos os<br />

investimentos, têm que ser geridos<br />

com cuidado, por profissionais.<br />

Você faria uma cirurgia<br />

nos olhos com um carpinteiro?<br />

Um implante dentário com um<br />

ferreiro? É óbvio que não. Então,<br />

por que não tratar do seu investimento<br />

com profissionalismo?<br />

Não quer que ele prospere?<br />

Quem não sabe calcular a sua<br />

competitividade e avaliar o seu<br />

risco de insolvência, não sabe<br />

se localizar no "Mapa da concorrência<br />

mundial". E quem não<br />

sabe onde anda, está perdido!<br />

Simples assim, quem não resolve<br />

os problemas estruturais (internos),<br />

não pode simplesmente<br />

jogar a culpa nos agentes externos<br />

(conjunturais). Quem não<br />

mensura e compara os seus processos,<br />

não gerencia, portanto,<br />

fica ao sabor dos ventos (externos<br />

ao barco), não ajusta as suas<br />

velas, não comanda o leme. Qual<br />

a consequência? Vai para onde o<br />

vento levar. O capitão do navio<br />

passa a ser os agentes externos,<br />

o comandante não sabe aonde ir<br />

e o leme está quebrado. Quem<br />

quiser sobreviver vai ter que se<br />

capacitar ou reavaliar a ética.<br />

É o mercado impondo suas leis<br />

naturais ou "artificializadas",<br />

mas determinantes. Não é justo?<br />

Não. Tem para quem reclamar?<br />

Não. O cidadão mais honesto,<br />

decente, sábio, humilde e caridoso<br />

que existiu no mundo, foi<br />

vilipendiado, torturado e crucificado!!<br />

Foi isto justo? Não. Reclamou?<br />

Não. Então quem somos<br />

nós para reclamar de justiça?!<br />

Vamos arregaçar as mangas, nos<br />

capacitar, trabalhar, trabalhar,<br />

trabalhar..., pois sendo leão ou<br />

gazela, temos que correr para<br />

sobreviver! “A vida é luta renhida,<br />

que aos fracos abate, e aos<br />

fortes, só faz exaltar.” (Canção<br />

do Tamoio – Gonçalves Dias). Todos,<br />

simplesmente, todos temos<br />

que lutar, não há escolha para<br />

o sucesso honesto!”. Em síntese<br />

um fato é inquestionável: existe<br />

um excesso de laboratórios em<br />

relação à necessidade do mercado,<br />

sendo a oferta muito maior<br />

que a demanda, e, esta lei não<br />

perdoa, portanto, laboratórios<br />

fecharão suas portas queiramos<br />

0 52<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


ou não, sobreviverão os mais aptos,<br />

os que tiverem sistemas de<br />

gestão profissional estarão mais<br />

capacitados, o resto são favas<br />

contadas, não adianta buscar<br />

culpados de forma disseminada,<br />

somente quando a oferta for<br />

equilibrada com a demanda, teremos<br />

relações civilizadas, contudo,<br />

o que vemos é a abertura<br />

contínua de novas unidades,<br />

logo, as falências persistirão.<br />

Estamos fazendo a nossa parte,<br />

buscando deixar um legado ao<br />

universo das análises clínicas do<br />

País, desenvolvendo produtos<br />

de tecnologia da informação,<br />

possibilitando o acesso de qualquer<br />

laboratório à sistemas profissionais<br />

de gestão econômica.<br />

Criamos o PROGELAB – Programa<br />

Nacional para Profissionalização<br />

da Gestão Laboratorial,<br />

que socializa a expertise do controle<br />

para aqueles que mais necessitam<br />

e que menos condições<br />

de adquirir têm: os pequenos<br />

e médios laboratórios do País,<br />

entretanto, para isto acontecer,<br />

tem que haver a iniciativa dos<br />

gestores e proprietários. Nós<br />

temos a solução do problema,<br />

basta os responsáveis pelos<br />

laboratórios decidirem o que<br />

querem: continuar as lamentações<br />

ou agir! Esperando termos<br />

contribuído para os negócios na<br />

área das análises clínicas, nos<br />

despedimos até a próxima edição<br />

da revista NewsLab.<br />

Boa sorte e sucesso!<br />

Humberto Façanha<br />

51-99841-5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

*Humberto Façanha da Costa Filho<br />

Professor e engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />

da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />

(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />

do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA),<br />

curso de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />

www.unidosconsultoria.com.br<br />

GESTÃO LABORATORIAL<br />

Desafios econômicos durante e pós pandemia?<br />

Humberto Façanha<br />

(51)9.9841.5153<br />

humberto@unidosconsultoria.com.br<br />

TEMOS A SOLUÇÃO AO ALCANCE DOS LABORATÓRIOS:<br />

Sistema de gestão profissional para<br />

identificar problemas, causas e soluções<br />

GESTÃO PROFISSIONAL ACESSÍVEL<br />

PARA PEQUENOS E MÉDIOS LABORATÓRIOS!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 53


MATÉRIA DE CAPA<br />

0 54<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Sistema GeneXpert® - Simples, Rápidos e precisos.<br />

A melhor escolha em diagnósticos moleculares.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Desde 2005, a Cepheid vem liderando o processo<br />

de inovação em diagnósticos moleculares, ao<br />

apresentar para o mercado uma nova forma de<br />

levar aos laboratórios o sistema GeneXpert® e<br />

seu exclusivo sistema de cartuchos.<br />

O sistema GeneXpert® é modular, permitindo<br />

que qualquer laboratório realize testes de<br />

diagnóstico molecular através da PCR em tempo<br />

real, independentemente do tamanho, estrutura<br />

e volume de amostras. Através de um sistema<br />

randômico e de acordo com a demanda, é possível<br />

realizar diferentes testes simultaneamente, sem<br />

a necessidade de agrupar amostras em placas,<br />

trazendo uma flexibilidade até então inviável à<br />

rotina laboratorial.<br />

A linha de testes GeneXpert® baseia-se em<br />

uma tecnologia de cartuchos em cujo interior<br />

ocorre toda a reação de PCR (da extração à<br />

detecção). O processo de preparo de amostras<br />

é simples, cerca de 1 minuto em média e o<br />

equipamento faz todo o restante de forma<br />

automatizada, com um tempo de resposta<br />

significativamente mais rápido comparado às<br />

tecnologias convencionais.<br />

O sistema GeneXpert® oferece um vasto portfólio de testes nas mais<br />

variadas áreas da medicina, como:<br />

• Infecções Associadas à Internação Hospitalar: Carba-R, C. Difficile, MRSA,<br />

Norovirus e outros.<br />

• Doenças Infecciosas Críticas: Covid-19, Tuberculose, Influenza A, B e RSV<br />

e Enterovirus<br />

• Saúde da Mulher: CT/NG, HPV, Streptococcus do Grupo B, e outros.<br />

• Virologia: Carga Viral HIV e HCV<br />

• Oncologia: BCR/ABL (Monitoramento LMC)<br />

• Genética: Fator II & V<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021 0 55


MATÉRIA DE CAPA<br />

O Mercado de Diagnósticos no Brasil<br />

O mercado diagnóstico no Brasil é extremamente dinâmico<br />

e assim continuará sendo por muitos anos.<br />

No Brasil, questões como desafios na economia e na<br />

política definem as estratégias de todos os mercados e não<br />

poderia ser diferente com o mercado de diagnósticos. Mas<br />

o crescimento populacional, os movimentos migratórios<br />

internos em um país de tamanho continental, diferenças<br />

culturais, educacionais, no acesso à informação e à saúde<br />

resultam em um grande desafio que a Cepheid está cada dia<br />

mais preparada para enfrentar.<br />

Outro ponto a se destacar é o fato de que a população<br />

em geral vem se preocupando cada vez mais em buscar<br />

qualidade de vida, praticar exercícios, alimentação mais<br />

equilibrada e, muitas vezes, mesmo com o orçamento<br />

apertado, não abre mão desses cuidados que, em algum<br />

momento, irá se refletir no mercado de diagnósticos, como<br />

na programação de um check-up anual, por exemplo.<br />

Com isso, o Mercado de Diagnóstico segue se consolidando,<br />

grandes redes avançando, redes regionais se expandindo<br />

e se especializando, fazendo com que o mercado siga em<br />

uma crescente evolução.<br />

como é o caso do Teste Xpert® BCR/ABL Ultra, para o<br />

monitoramento da Leucemia Mieloide Crônica. A tecnologia<br />

trouxe e continuará a trazer cada vez mais avanços na área<br />

de Controle de Infecção Hospitalar, reduzindo drasticamente<br />

o índice de infecções hospitalares desde que adotadas<br />

medidas de vigilância.<br />

Assim como o HIV, a incidência de câncer de colo de útero, com<br />

a infecção por HPV vem aumentando consideravelmente.<br />

Com a crescente ocupação humana em busca de novos<br />

espaços, doenças tropicais não param de evoluir e causar<br />

epidemias, patologias antigas voltaram, e esse desequilíbrio<br />

tende a estimular novas mutações virais, que demandam<br />

o desenvolvimento de novos testes e metodologias. Neste<br />

contexto, o Mercado de Diagnósticos precisa acompanhar<br />

os avanços da tecnologia e disponibilizar novos testes que<br />

atendam a estas demandas.<br />

Covid-19 - Um desafio gigante e inesperado<br />

A pandemia obrigou o mercado de diagnósticos a trabalhar<br />

no desenvolvimento de testes confiáveis para a detecção do<br />

vírus SARS-CoV-2 em tempo recorde. Os olhos do mundo<br />

estavam voltados para as empresas fabricantes de testes,<br />

aguardando uma rápida resposta.<br />

O Futuro do Mercado de Diagnósticos<br />

Em um mercado altamente tecnológico, as metodologias<br />

seguem a tendência mundial de cada vez entregar um<br />

diagnóstico mais rápido e mais eficaz, mas que consiga<br />

atender as demandas das novas patologias, dos profissionais<br />

de saúde e também das indústrias farmacêuticas, tanto do<br />

ponto de vista do tratamento, quanto no monitoramento,<br />

Já em março de 2020, a Cepheid apresentou os primeiros<br />

testes rápidos do mercado para detecção qualitativa de<br />

SARS-CoV-2 e obteve da Food & Drug Administration (FDA)<br />

nos EUA a autorização para a sua comercialização.<br />

Em junho de 2020, a Cepheid inovou ao apresentar ao<br />

mercado um teste de próxima geração para auxiliar os<br />

0 56<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


O Sistema GeneXpert® e o futuro<br />

esforços globais na luta contra a disseminação do COVID-19<br />

durante a próxima temporada de vírus respiratórios. O teste<br />

Xpert® Xpress SARS-CoV-2 / Flu / RSV quatro-em-um deve<br />

fornecer detecção qualitativa de SARS-CoV-2, Flu A, Flu B e<br />

RSV de uma única amostra de paciente.<br />

Ainda há muito que se fazer na área de diagnósticos, seja<br />

nos testes em si, na rapidez da entrega de resultados, na<br />

confiabilidade, na simplicidade, processamento dos dados<br />

e entrega dos resultados.<br />

Tendo como meta central avançar no tratamento ao<br />

paciente, a Cepheid tem como visão entregar os melhores<br />

resultados nos menores prazos possíveis.<br />

Se falássemos há 6 ou 7 anos atrás que fosse possível<br />

utilizar esta tecnologia para a área de virologia por exemplo,<br />

ninguém acreditaria. Hoje, esta realidade já se estende<br />

a outros testes, inclusive na área de oncologia, em que<br />

foram desenvolvidos testes para câncer de mama, bexiga e<br />

pâncreas, ampliando significativamente o leque de opções.<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

A área de biologia molecular ou PCR já é uma realidade<br />

no contexto dos diagnósticos, oferecendo respostas mais<br />

sensíveis e mais rápidas. Com os avanços da medicina, novos<br />

procedimentos, novos medicamentos, a área de diagnósticos<br />

como referência, um balizador para o médico tomar uma<br />

ação, também teria de evoluir impreterivelmente.”<br />

A Cepheid conta com a vantagem de possuir um corpo<br />

de profissionais da área de saúde constantemente<br />

atualizado. Universidades de ponta, comunidade<br />

acadêmica bastante ativa e guiada por publicações<br />

científicas conhecem, utilizam e recomendam os testes<br />

Xpert®, o que facilita o reconhecimento dos benefícios<br />

Ampla linha de Sistemas Modulares projetada para atender pequenas ou grandes demandas.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021 0 57


MATÉRIA DE CAPA<br />

GeneXpert® e a área de saúde no Brasil<br />

desta tecnologia. A percepção que<br />

estes profissionais tem é muito<br />

positiva, porém, ainda existe uma<br />

grande distância entre a percepção<br />

e a adoção e a Cepheid tem<br />

concentrado seus esforços para a<br />

redução desta distância, fazendo<br />

um trabalho bastante consistente<br />

junto aos convênios de saúde,<br />

buscando um olhar para o resultado<br />

como um todo, ou seja, mostrando<br />

que um investimento inicial maior<br />

pode significar um investimento<br />

significativamente menor na cadeia<br />

completa, com ganhos de eficiência,<br />

processo, prevenção e recuperação<br />

mais rápida do paciente. Muitos<br />

convênios trabalham hoje com<br />

foco na prevenção e o diagnóstico<br />

precoce é um instrumento essencial<br />

nessa nova visão.<br />

GeneXpert®- uma tecnologia<br />

que revolucionou o Mercado de<br />

Diagnósticos<br />

A tecnologia dos testes GeneXpert®<br />

representa indubitavelmente uma<br />

revolução no Mercado Mundial de<br />

Diagnósticos. O teste Xpert® MTB/RIF<br />

para tuberculose, foi endossado pela<br />

Organização Mundial de Saúde - OMS e<br />

revolucionou as políticas de diagnóstico<br />

e tratamento de tuberculose no<br />

mundo. Hoje, 13 anos depois desta<br />

experiência, a situação de tratamento<br />

de tuberculose no mundo todo mudou<br />

de maneira radical - de até 7 semanas<br />

para se obter um diagnóstico completo<br />

de tuberculose, este prazo foi reduzido<br />

para 1 hora e 50 minutos em média.<br />

O impacto disso na saúde global é<br />

imensurável.<br />

Outro grande exemplo de revolução<br />

são os testes para rastreio de agentes<br />

que causam infecção hospitalar,<br />

Xpert® MRSA e Xpert® C. Difficile, os<br />

maiores responsáveis por casos de<br />

infecção hospitalar e que, infelizmente,<br />

podem levar pacientes a óbito. Com a<br />

introdução destes testes, os médicos<br />

já podem ter a exata ideia sobre a<br />

necessidade ou não de administração<br />

de antibióticos, evitando a resistência<br />

da bactéria e economizando recursos<br />

financeiros vitais ao hospital e ao<br />

paciente.<br />

E mais recentemente, o desenvolvimento<br />

dos testes para Covid-19 em tempo<br />

recorde, mostram que há um espaço<br />

imenso para evoluir na tecnologia de<br />

testes diagnósticos, melhorando a<br />

qualidade e ampliando o acesso a saúde<br />

em todo o mundo.<br />

Para mais informações nos procure:<br />

contato@cepheid.com<br />

0 58<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


AUTOMAÇÃO EM<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

A CONTRIBUIÇÃO DA AUTOMAÇÃO<br />

NAS ANÁLISES CLÍNICAS E A DEFICIÊNCIA DO PROFISSIONAL<br />

THE CONTRIBUTION OF AUTOMATION IN CLINICAL ANALYZES AND THE PROFESSIONAL'S DISABILITY<br />

Por Francisco Eduardo Ferreira Alves 1 , Cícero Lasaro Gomes Moreira 2 .<br />

Resumo<br />

O cenário laboratorial dos últimos anos passou por mudanças<br />

significativas no que diz respeito não somente à gestão<br />

administrativa, mas também a diversos fatores que corroboram<br />

com o aumento da eficiência dos processos, diminuição<br />

de erros e, consequentemente, gestão de qualidade. A inclusão<br />

da automação laboratorial se destaca como uma dessas<br />

modificações, visando a otimização de cada um dos processos<br />

laboratoriais juntamente com a avaliação de falhas em<br />

cada uma das fases processuais dentro do laboratório, desde<br />

a pré-analítica até a pós. Este artigo tem como objetivo levantar<br />

uma observação sobre a importância deste processo,<br />

suas etapas e vantagens e a forma como o profissional lida<br />

atualmente com essa implementação e exigências.<br />

Palavras-chave: Automação. Laboratório. Otimização.<br />

Profissional.<br />

Abstract<br />

The laboratory scenario in recent years has undergone<br />

significant changes with regard not only to administrative<br />

management, but also to several factors that corroborate<br />

with the increase in the efficiency of processes, reduction<br />

of errors and, consequently, quality management. The<br />

inclusion of laboratory automation stands out as one of<br />

these modifications, aiming at the optimization of each<br />

of the laboratory processes together with the evaluation<br />

of failures in each of the procedural phases within the laboratory,<br />

from pre-analytical to post. This article aims to<br />

raise an observation about the importance of this process,<br />

its steps and advantages and the way the professional<br />

currently deals with this implementation.<br />

Keywords: Automation. Laboratory. Optimization.<br />

Professional.<br />

Introdução<br />

O laboratório clínico vem sofrendo<br />

bruscas modificações e evoluções<br />

nas últimas décadas. Com a<br />

tecnologia, os métodos de diagnósticos<br />

tornam-se cada dia mais<br />

sensíveis e eficazes, o que gera<br />

também um maior custo e uma<br />

política de mercado mais competitivo.<br />

Com isso, é necessário que os<br />

profissionais da clínica laboratorial<br />

também passem por um processo<br />

de renovação, aprendendo a lidar<br />

com todo a tecnologia na qual são<br />

inseridos.<br />

Automação vem do latim automatus,<br />

que significa mover-se por<br />

si. Em suma, pode-se definir a automação<br />

como a aplicabilidade de<br />

técnicas mecânicas – ou computadorizadas<br />

– que possuam como<br />

objetivo principal o resultado de<br />

um processo mais eficaz, por meio<br />

de um menor gasto de mão de obra,<br />

tempo, valor e, também, com a finalidade<br />

de obter maior segurança.<br />

0 60<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


História da Automação em<br />

Análises Clínicas<br />

O setor laboratorial pode ser considerado<br />

pioneiro em relação à área<br />

médica, pois foram os primeiros a<br />

atuar na promoção do conceito de<br />

qualidade. Nos laboratórios clínicos,<br />

a automação teve seu ponto de evolução<br />

na década de 1940, nos Estados<br />

Unidos, quando em meio a uma<br />

crise sanitária, o número de exames<br />

solicitados cresceu exorbitantemente,<br />

e os profissionais disponíveis para<br />

o trabalho diminuíram bastante.<br />

Acompanhando esse processo, naturalmente<br />

os custos operacionais<br />

também aumentaram consideravelmente,<br />

o que trouxe a necessidade<br />

imediata de uma atitude para amenizar<br />

a situação atual. Inicialmente,<br />

utilizaram-se de pipetas semiautomáticas,<br />

calorímetros fotoelétricos e<br />

fotômetros, porém não foi suficiente<br />

para resolver o problema, apenas<br />

proporcionar um paliativo para amenizar<br />

a carga de trabalho dos profissionais<br />

envolvidos.<br />

Já na década de 1950, Leonard T.<br />

Skeggs Jr., bioquímico dos Estados<br />

Unidos, trouxe à tona a estimativa<br />

de que em 10 anos os atuais 35 mil<br />

exames realizados por mês no Hospital<br />

Veterans Administraation de<br />

Ohio chegariam a dobrar e que, assim,<br />

seria praticamente impossível<br />

conseguir manter a qualidade em<br />

suas realizações e diagnósticos com<br />

apenas quatro analistas, que era o<br />

número de profissionais trabalhando<br />

na época em seu laboratório. A partir<br />

dessa necessidade, Skeggs construiu<br />

um protótipo do equipamento que<br />

viria a revolucionar a rotina laboratorial,<br />

nomeado AutoAnalyzer. Por esta<br />

criação o bioquímico é conhecido<br />

como fundador das análises clínicas<br />

automatizadas.<br />

Já em 1990, houve a definição do<br />

controle de qualidade, garantia e<br />

gestão total da qualidade. Na década,<br />

a evolução tecnológica ainda auxiliou<br />

a implementação dos conceitos da<br />

qualidade, sempre em busca de uma<br />

melhoria mais eficaz e contínua, o<br />

que solicitou diretamente uma maior<br />

análise de cada um dos processos e<br />

fases da realização de exames laboratoriais,<br />

sejam aspectos técnicos,<br />

administrativos ou organizacionais.<br />

Modificações Laboratoriais<br />

No século passado, ao mesmo<br />

tempo em que a tecnologia surgia<br />

rompendo barreiras e tornando-se<br />

protagonista em todos os setores,<br />

a área laboratorial teve a percepção<br />

da sua importância para amenizar<br />

a questão da propagação de doenças<br />

infecciosas. A inserção da automação<br />

na medicina laboratorial,<br />

nas últimas décadas, foi reconhecida<br />

como essencial para a busca<br />

de eficiência das empresas do setor<br />

e gerou uma expansão a todos os<br />

setores e fases dos processos dos<br />

laboratórios clínicos. A evolução<br />

permitiu, ainda, que empresas de<br />

distintos portes pudessem implementar<br />

algum tipo de automação<br />

em seus processos.<br />

Os laboratórios trabalham divididos<br />

em departamentos, organizados<br />

por serviços como bioquímica,<br />

endocrinologia, hematologia. Esse<br />

modelo é considerado pouco eficiente,<br />

porém a integração entre<br />

as áreas gera redução de custos<br />

laboratoriais e, portanto, tende a<br />

aumentar com o uso da automação<br />

na fase pré-analítica. A automação<br />

laboratorial consiste em integrar<br />

hardware e software e evoluiu de<br />

uma operação baseada em aspectos<br />

mecânicos, em 1970, para um sistema<br />

orientado por informações mais<br />

complexas na década de 1990.<br />

AUTOMAÇÃO EM<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 61


JET LAB PARDINI.<br />

ROTAS RÁPIDAS<br />

E DIVERSAS.<br />

Todos os dias, o Grupo Pardini trabalha para<br />

garantir acesso rápido e preciso à saúde para todo<br />

os brasileiros. Como? Conectando as regiões norte,<br />

nordeste e sul diretamente a Confins e Pampulha.<br />

• Aeronaves dedicadas, novas rotas aéreas e<br />

rotas rodoviárias<br />

• Profissional exclusivo do Grupo Pardini em<br />

aeroporto para acelerar o despacho de amostras<br />

Conte com a gente. Fale com o Customer Service.<br />

(31) 4020-2175 - mypardini.com.br


uhuru<br />

• 11 voos diários<br />

• 100 bases e mais de 290 rotas de norte a sul do Brasil<br />

• Conexão multimodal<br />

• Além de tudo isso, nossos clientes podem<br />

rastrear suas amostras em tempo real.<br />

Quer saber mais?<br />

Aproxime o celular e leia.


AUTOMAÇÃO EM<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Nas últimas duas décadas, os<br />

laboratórios sofreram transformações<br />

radicais, o que trouxe,<br />

também, novas responsabilidades.<br />

Essas transformações são consequências<br />

diretas do aumento populacional,<br />

assim como crescimento<br />

de profissionais e técnicos de<br />

laboratórios e uma grande demanda<br />

de serviços. A automação, vindo<br />

logo em seguida da mecanização,<br />

é uma realidade atual em diversos<br />

locais do mundo. Quando utilizado<br />

da forma correta, o sistema de<br />

automação pode trazer benefícios<br />

desde a exatidão do processo, até<br />

segurança e economia, conforme<br />

na tabela a seguir.<br />

Um sistema para a automação de<br />

equipamentos gera uma possibilidade<br />

de erros quase nula. Além disso,<br />

a produtividade é muito superior.<br />

Quanto mais bem estruturada<br />

a empresa, organizada e mantendo<br />

um bom relacionamento com o<br />

mercado e com seus pacientes, mais<br />

alto será seu grau de sucesso.<br />

O Papel da Automação nas<br />

Fases Operacionais<br />

A inserção de um sistema de<br />

automação laboratorial ocasiona<br />

Tabela 1: Benefícios da automação para a clínica laboratorial<br />

impactos positivos em todo o processo<br />

operacional. Ronan Pereira<br />

cita como exemplo que na fase<br />

pré-analítica a automação pode<br />

estar adotada em um cadastro do<br />

paciente ou no preparo das amostras<br />

até a distribuição das mesmas<br />

para áreas analíticas. Com a utilização<br />

de softwares é possível ainda<br />

obter um banco de dados que<br />

favoreça - e facilite - os processos<br />

que virão na fase a seguir.<br />

A fase analítica é o período onde a<br />

automação está mais ativa e, dessa<br />

forma, gera uma maior eficácia relacionada<br />

a produção laboratorial. O<br />

laboratório ganha não apenas tempo<br />

na execução das tarefas, mas também<br />

uma maior facilidade para os<br />

profissionais envolvidos nos processos,<br />

podendo depositar sua atenção<br />

na interpretação dos diagnósticos.<br />

Na fase pós-analítica, a automação<br />

busca gerar melhorias no momento<br />

da liberação de resultados<br />

diretamente para o paciente. Neste<br />

momento, há uma possível redução<br />

de erros de transcrição, como<br />

no momento de um resultado manual<br />

o profissional está sujeito ao<br />

equívoco; quando automatizado, o<br />

0 64<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


processo ganha uma maior precisão.<br />

Outro ponto bastante positivo<br />

da automação nesta fase é o tempo<br />

que se economiza, aumentando<br />

também a produtividade do processo.<br />

Dessa forma, as vantagens<br />

não se resumem apenas à clínica,<br />

mas também ao paciente não somente<br />

pela redução do tempo de<br />

espera, mas também por receber<br />

resultados mais confiáveis.<br />

Diversos fatores foram os reais<br />

motivadores para a rápida expansão<br />

e evolução da automação no<br />

ramo da medicina laboratorial,<br />

como fatores de mercado, uma intenção<br />

de gerar melhor assistência<br />

à saúde pública ou privada, até fatores<br />

internos próprios do ambiente<br />

financeiro das instituições.<br />

Em relação à operação, os fatores<br />

internos motivadores que se pode<br />

citar são maior segurança e planejamento<br />

de capacidade de produção,<br />

produtividade do processo<br />

(throughput), possíveis com a eliminação<br />

de atividades consideradas<br />

como não necessárias, buscando a<br />

simplificação e a padronização dos<br />

processos, o que visa diretamente<br />

à redução na quantidade de documentação<br />

das atividades.<br />

A Automação e o Profissional<br />

Como cita Campana (2011), a medicina<br />

diagnóstica é participativa<br />

em 70% das decisões clínicas e o<br />

crescimento na utilização de exames<br />

laboratoriais é cada vez maior<br />

diante da sua importância na área<br />

da saúde. Essa atuação envolta em<br />

novas tecnologias demanda uma<br />

expectativa e pressiona o mercado<br />

a buscar novas estratégias de atuação<br />

dentro da área.<br />

Diante disso, a pressão por mudanças<br />

reais e práticas acontece em<br />

cada um dos pontos do setor. Desde<br />

o cliente, que cria uma expectativa<br />

e exigência muito maior em relação<br />

ao serviço oferecido; os fornecedores<br />

e fontes pagadoras do serviço<br />

em relação a custos e valores; a<br />

comunidade médica que, de qualquer<br />

forma, acaba, com o passar do<br />

tempo e as evoluções constantes,<br />

depositando cada vez mais confiança<br />

nos exames laboratoriais e seus<br />

respectivos diagnósticos; e, por fim,<br />

toda dinâmica de mercado, que gera<br />

uma tensão entre as empresas em<br />

relação a concorrentes e competições<br />

na busca de melhores soluções<br />

e retornos para os clientes.<br />

Em relação ao profissional da clínica<br />

laboratorial, é importante que uma<br />

maior atenção seja dedicada a todos,<br />

pois a automação é um sistema de<br />

implantação bastante cara e, se não<br />

alinhada a um treinamento e capacitação<br />

impecável para os operadores<br />

do sistema, trará muito mais ônus do<br />

que bônus à empresa. Plebani (2018),<br />

descreve o atual cenário da medicina<br />

laboratorial como promissor, onde os<br />

profissionais têm a oportunidade de<br />

dedicar seu tempo para a gestão de<br />

qualidade, criando uma ampla rede<br />

de dados de comunicação entre as<br />

demais instituições e trazendo ainda<br />

mais benefícios aos pacientes.<br />

As maiores desvantagens envolvendo<br />

o setor profissional da<br />

automação estão relacionadas<br />

ao treinamento adequado que é


AUTOMAÇÃO EM<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

necessário para o manejo de um<br />

sistema de automação e a manutenção<br />

que o equipamento necessita,<br />

normalmente planejado e<br />

cuidadoso - o que nem sempre é<br />

possível. Qualquer que seja o grau<br />

de automação de uma empresa, é<br />

sempre preciso também que seja<br />

mantido um laboratório que opere<br />

manualmente, nunca somente<br />

de forma equipada-automatizada,<br />

principalmente porque os métodos<br />

manuais são os com mais baixo<br />

custo e ágeis de realizar um pequeno<br />

número de distintos exames<br />

urgentes que possam surgir fora de<br />

horários comuns.<br />

Considerações Finais<br />

O processo de automação em<br />

análises clínicas promoveu um<br />

grande avanço no diagnóstico e<br />

na prevenção de doenças, gerando<br />

uma otimização na eficiência<br />

dos laboratórios e buscando gerar<br />

segurança para os pacientes. Com<br />

isso, houve a expansão da gestão<br />

de qualidade, pois diante de toda<br />

modernização se faz necessário<br />

profissional capacitado para transmissão<br />

desses avanços no setor da<br />

saúde - que vise não apenas vantagens<br />

para o mercado da empresa,<br />

mas também para atender às necessidades<br />

da sociedade.<br />

A efetivação da automação laboratorial<br />

é muito forte para os próximos<br />

anos, uma vez que visa atingir a diferentes<br />

tipos de empresas, com o emprego<br />

de novas ferramentas e modelos<br />

diversos onde for mais necessário.<br />

O sucesso de qualquer procedimento<br />

como esse está na busca em alinhar<br />

a estratégia da empresa ao bom funcionamento<br />

e à realidade profissional<br />

dos operadores e funcionários. Bem<br />

como atingir aos maiores benefícios<br />

do procedimento de automação, que<br />

são a qualidade e objetividade dos<br />

exames, atingindo totalmente às necessidades<br />

dos pacientes.<br />

Referências<br />

ANDRIOLO, A. Breve história da automação em laboratórios<br />

clínicos. Recomendação da Sociedade Brasileira<br />

de Patologia Clínica. Medicina Laboratorial SBPC/ML.<br />

Automação Laboratorial: histórico, seleção, implantação<br />

e gestão. São Paulo: Manole, 2018, P.1-30.<br />

ARMBRUSTER, D. et al. Clinical chemistry laboratory<br />

automation in the 21st Century – amat victoria curam<br />

(victory loves careful preparation). Clin Biochem Rev.<br />

2014;35(3):143-53. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.<br />

nih.gov/pmc/articles/PMC4204236/pdf/cbr-35-143.pdf<br />

BURKE, D. Laboratory medicine in the 21st century. Am<br />

J Clin Pathol, v. 114, n. 6, p. 841-6, 2000.<br />

CAMPANA, G.A, et al. Tendências em medicina laboratorial.<br />

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.<br />

v.47, n.4, p.399-408. Ago, 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=393541961003<br />

CARVALHO, J. P. P. Os laboratórios de saúde pública nos programas<br />

de saúde. Departamento de Prática de Saúde Pública<br />

da Faculdade de Saúde Pública da USP. São Paulo, 1976.<br />

FELDER, R. Automation: survival tools for the hospital<br />

laboratory. Second International Bayer Diagnostics.<br />

Laboratory Testing Symposium, 1998.<br />

LABEAU, K. M. et al. Clinical laboratory tests menu<br />

changes in the pacific northwest: 1994 to 1996. Clin<br />

Chem, v. 44, n. 4, p. 833-8, 1998.<br />

LIPPI, G. PLEBANI, M. The add value of laboratory<br />

diagnostics: the many reasons why decision-makers<br />

should actually care. J Lab Precis Med 2017;2(100):1-4.<br />

DOI: http://dx.doi.org/10.21037/jlpm.2017.12.07l<br />

PLEBANI, M. Clinical laboratory: bigger is not always<br />

better. Diagnosis. 2018;5(2):41-46.DOI: https://doi.<br />

org/10.1515/dx-2018-0019.<br />

SPEAR, S. J. Fixing healthcare from the inside, today.<br />

Harvard Business Review, 2005.<br />

STREITBERG, G. et al. Automation in clinical biochemistry:<br />

core, peripheral, STAT, and specialist laboratories<br />

in Australia. J Lab Autom. 2012;17(5): 387-94.<br />

YOUNG, D. Laboratory automation: smart strategies and<br />

practical applications. Clin Chem, v. 46, n. 5, p. 740-5, 2000.<br />

VIEIRA, K. et al. A utilidade dos indicadores da qualidade<br />

no gerenciamento de laboratórios clínicos. J Bras Patol<br />

Med Lab. 2011;47(3):201-10. Disponível em: https://<br />

www.redalyc.org/articulo.oa?id=393541960002<br />

VILCHES, A. M. et al. Los laboratórios de salud. In: SO-<br />

NIS, A. Medicina sanitaria y administración de salud.<br />

Buenos Aires: El Ateneo, 1971.<br />

Autores:<br />

Francisco Eduardo Ferreira Alves 1 , Cícero Lasaro Gomes Moreira 2 .<br />

¹Biomédico pela Faculdade Santa Maria; Mestre em Ciência e Tecnologia em Saúde pela UEPB;<br />

Especialista em Hematologia clínica pela UNILEÃO.<br />

²Biomédico pela Faculdade Santa Maria; Especialista em Hematologia Clínica pela UNILEÃO.<br />

0 66<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


AUTOMAÇÃO EM<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

O FUTURO DAS<br />

ANÁLISES DE PROTEÍNAS ESPECIAIS<br />

O Optilite ® é a mais moderna plataforma para quantificação de proteínas<br />

especiais. De tamanho compacto, software intuitivo, a plataforma foi<br />

desenvolvida para trazer simplicidade a processos analíticos complexos.<br />

Otimização do fluxo de trabalho<br />

Segurança nos resultados<br />

Gamopatias Monoclonais<br />

Freelite ® (quantificação de cadeias leves<br />

e livres)<br />

Sistema Imune<br />

IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses de<br />

IgG e IgA, Sistema Complemento (CH50,<br />

C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4)<br />

Sistema nervoso central<br />

Albumina, Freelite, Cistatina e<br />

Imunoglobulinas no líquor.<br />

Menu de testes<br />

Nefrologia<br />

Cistatina, Microalbumina<br />

Beta-2-Microglobulina, Transferrina<br />

Proteínas Específicas<br />

PCR, ASO, Fator Reumatóide, Ferritina,<br />

Transferrina, Pré-Albumina, Ceruloplasmina,<br />

Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />

Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />

entre outras.<br />

Freelite ® é marca registrada da empresa The Binding Site Group, Birmingham, Reino Unido<br />

The Binding Site Brasil Comécio de Produtos para Laboratório LTDA<br />

Filial no Brasil:<br />

DIAMEDICA - Uma empresa do grupo<br />

The Binding Site<br />

Av: Romualdo Villani, n. 838<br />

Jd: Ipanema<br />

CEP: <strong>Revista</strong> 13.563-651 NewsLab | Março 2021<br />

São Carlos - SP, Brasil<br />

Tel: +55 16 3415-2829<br />

info@bindingsite.com.br<br />

www.freelite.com.br<br />

0 67


MINUTO LABORATÓRIO<br />

VALIDAÇÃO DE ENSAIOS<br />

EM ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Por Fábia Bezerra, Mariana M. Zanotto de Araújo.<br />

A validação analítica é um processo<br />

imprescindível para qualquer implantação<br />

de um novo equipamento<br />

analítico, teste e/ou metodologia a<br />

ser processada em um laboratório.<br />

Nos permite uma completa análise<br />

considerando diferentes amostras,<br />

equipamentos de medição, ensaio,<br />

métodos e quaisquer outras possíveis<br />

fontes de variação dos processos<br />

analíticos. Desta forma, asseguramos<br />

a confiança dos ensaios realizados<br />

quanto aos resultados obtidos.<br />

O objetivo de uma validação é demonstrar<br />

ensaios exatos, precisos,<br />

estáveis, reprodutíveis e flexíveis para<br />

uma faixa específica de uma substância<br />

que se espera identificar ou quantificar.<br />

Em suma, esta validação significa<br />

que iremos garantir que as análises<br />

reproduzam valores consistentes se<br />

comparadas a um valor de referência.<br />

Antes do início de uma validação, é<br />

preciso haver um bom planejamento, começando<br />

pela segregação das amostras:<br />

Selecione amostras biológicas<br />

íntegras: com volume suficiente,<br />

livre de hemólise, lipemia, fibrinas<br />

e, nossa sugestão é que não sejam<br />

de pacientes internados (pois sofrem<br />

muita interferência de medicamentos).<br />

Utilizem amostras<br />

conhecidas com resultados baixos,<br />

normais e altos do analito que deseja<br />

validar e se não for possível,<br />

faça um pool de amostras aleatórias<br />

e envie para comparabilidade<br />

em laboratório de Apoio. Se<br />

atentem sempre a estabilidade das<br />

mesmas frente ao exame que pretende<br />

validar.<br />

Para exames qualitativos, segregue<br />

Reagentes e não Reagentes,<br />

Positivos e Negativos. E no caso de<br />

Classificação sanguínea, segregue<br />

amostras aleatórias.<br />

Exames de Coagulação, Hemograma,<br />

Microbiologia e Urina, sugerimos utilizar<br />

amostras do dia.<br />

Executando a Validação:<br />

- Segundo o protocolo do Colégio<br />

Americano de Patologia Clínica<br />

(CAP), a indicação é que a validação<br />

de cada analito seja realizada<br />

em 60 ensaios (20 resultados baixos,<br />

20 normais e 20 altos).<br />

Etapas:<br />

De acordo com as referências pesquisadas,<br />

as etapas a seguir são:<br />

-Precisão Intraensaio (Repetibilidade):<br />

A repetibilidade de resultados<br />

corresponde à concordância entre<br />

resultados de sucessivas medidas<br />

do mesmo analito, obtidos sob<br />

as mesmas condições de medida.<br />

Serão analisadas 10 alíquotas, sequencialmente,<br />

de valores baixos,<br />

normal e elevado, em dois períodos<br />

distintos, manhã e tarde, de<br />

um único dia.<br />

0 68<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


MINUTO LABORATÓRIO<br />

-Precisão Interensaio (Reprodutibilidade):<br />

A reprodutibilidade é a maior diferença,<br />

no nível de confiança de<br />

95%, que pode ocorrer em resul-<br />

Para o estabelecimento da sensibilidade<br />

analítica, serão realizadas<br />

4 diluições (1:2; 1:5; 1:10 e 1:20)<br />

de uma amostra de valor baixo.<br />

De cada uma das diluições, serão<br />

dade preconizada pelo fabricante.<br />

De cada uma das diluições, serão<br />

realizadas 10 determinações. A<br />

linearidade analítica será definida<br />

como sendo a menor diluição da<br />

tados obtidos em condições de re-<br />

realizadas 10 determinações. A<br />

amostra que apresente resultados<br />

produtibilidade, ou seja, analistas<br />

sensibilidade analítica será defi-<br />

reprodutivos, ou seja, que apre-<br />

diferentes, instrumentos diferentes<br />

nida como sendo o valor de maior<br />

sente o menor valor de CV entre<br />

ou até laboratórios diferentes.<br />

diluição da amostra que apresente<br />

os resultados e cujo valor de CV<br />

resultados reprodutivos, ou seja,<br />

seja inferior ao CV aceitável para<br />

Diferente da Repetibilidade a Re-<br />

que apresente o menor valor de<br />

o analito.<br />

produtibilidade é a precisão do en-<br />

CV entre os resultados e cujo valor<br />

saio em condições mais variadas e<br />

de CV seja inferior ao CV aceitável<br />

-Verificação da Linearidade e<br />

pode ser obtida através de um intra-<br />

para o analito.<br />

Acurácia:<br />

laboratorial, onde analistas diversos<br />

Para a verificação da linearidade<br />

farão os testes em dias diferentes.<br />

-Linearidade Analítica:<br />

e acurácia, serão selecionadas duas<br />

É a capacidade do método em<br />

amostras, uma de valor baixo, pró-<br />

A reprodutibilidade é a maior diferen-<br />

gerar resultados linearmente<br />

ximo à sensibilidade do método e<br />

ça, no nível de confiança de 95%, que<br />

proporcionais à concentração do<br />

outra de valor elevado, próximo<br />

pode ocorrer em resultados obtidos em<br />

analito, dentro de uma faixa ana-<br />

à linearidade do método. Serão<br />

condições de reprodutibilidade.<br />

lítica especificada. Para o estabe-<br />

feitas diluições sequenciais das<br />

lecimento da linearidade analítica,<br />

amostras, de acordo com a tabela<br />

- Sensibilidade Analítica:<br />

serão realizadas 4 diluições (1:2;<br />

abaixo(*Tabela 1), as quais serão<br />

É a capacidade do método de distinguir,<br />

1:5; 1:10 e 1:20) de uma amostra<br />

processadas em triplicata e das<br />

com confiança, concentrações mínimas.<br />

de valor elevado, acima da lineari-<br />

quais se obterá um valor médio.<br />

Tabela 1: Diluições Sequenciais das Amostras<br />

Amostra Diluição Valores Teóricos Esperados<br />

D1 Amostra baixa pura Concentração conhecida da amostra<br />

D2 4 partes da amostra baixa e 1 parte da amostra alta (4 x D1) + (1 x D6)/5<br />

D3 3 partes da amostra baixa e 2 partes da amostra alta (3 x D1) + (2 x D6)/5<br />

D4 2 partes da amostra baixa e 3 partes da amostra alta (2 x D1) + (3 x D6)/5<br />

D5 1 parte da amostra baixa e 4 partes da amostra alta ((1 x D1) + (4 x D6)/5<br />

D6 Amostra alta pura Concentração conhecida da amostra<br />

Onde: D 1- D6 correspondem às diferentes diluições.<br />

0 70<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


PRODUÇÃO BRASILEIRA<br />

COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />

PLACA DE PETRI<br />

Personalizada e única<br />

Com excelente transparência ótica para análises microscópicas, as Placas de<br />

Petri da Greiner Bio-One, podem ser customizadas com sua logomarca e ter<br />

a identidade do seu negócio.<br />

Além disso, são resistentes ao calor e produzidas em poliestireno de alta qualidade.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

TEL +55 (19) 3468-9600 / FAX +55 (19) 3468-3601 / E-MAIL info@br@gbo.com


MINUTO LABORATÓRIO<br />

AMR/CRR:<br />

O Intervalo Analítico de Medidas<br />

(AMR) é definido como o intervalo de<br />

concentração no qual a quantificação<br />

da amostra é realizada sem qualquer<br />

modificação (diluição ou concentração).<br />

O Intervalo de Relato Clínico<br />

(CRR) estabelece quais as diluições<br />

máximas aplicáveis a cada analito.<br />

1- Três amostras baixas<br />

2- Duas amostras altas<br />

3- Uma amostra baixa<br />

4- Duas amostras altas<br />

5- Quatro amostras baixas<br />

6- Duas amostras altas<br />

7- Uma amostra baixa<br />

8- Duas amostras altas<br />

9- Uma amostra baixa<br />

10- Duas amostras altas<br />

Uma das etapas de Validação é a<br />

CORRELAÇÃO CLÍNICA (Valor Diagnóstico)<br />

– Análise aplicada para<br />

ensaios de comparabilidade quantitativa<br />

ou qualitativa.<br />

Estes resultados são analisados<br />

em comparação a Correlação clínica<br />

estabelecida entre os resultados<br />

dos Analitos em comparabilidade<br />

O estabelecimento do AMR e do<br />

CRR se dará através dos resultados<br />

obtidos nos estudos para o estabelecimento<br />

da sensibilidade e da<br />

linearidade.<br />

-Carryover:<br />

É o carreamento de resíduo de um<br />

ensaio inicial que pode ser levado<br />

a outra reação, contaminando o<br />

teste imediatamente seguinte, representando<br />

um possível erro analítico.<br />

Para compreender esta fonte<br />

de erro nos sistemas analíticos e<br />

garantir que eles estão dentro dos<br />

limites permitidos deve-se cumprir<br />

um protocolo de inspeções e verificações<br />

periódicas.<br />

No estudo do carryover serão utilizadas<br />

10 alíquotas de uma amostra<br />

com concentração de valor conhecido<br />

baixo(B) e 10 alíquotas de<br />

uma amostra com valor conhecido<br />

alto(A), estas amostras serão analisadas<br />

sequencialmente:<br />

Calculam-se as médias das concentrações<br />

de todas as amostras<br />

baixas analisadas após uma amostra<br />

baixa (B-B) e a média das concentrações<br />

baixas após amostra<br />

alta (A-B). É ainda calculado o DP<br />

das leituras B-B e o carreamento é<br />

obtido pela diferença entre as médias<br />

de B-B e A-B.<br />

Como critério de aceitação<br />

adota-se um carreamento de<br />

até três desvios padrões das<br />

leituras B-B.<br />

-Robustez:<br />

É a capacidade do método em<br />

resistir a pequenas e deliberadas<br />

variações nas condições analíticas<br />

como: condições ambientais,<br />

fator humano, variações entre<br />

lotes de reagentes ou materiais<br />

empregados. O estudo de robustez<br />

será realizado com a análise<br />

de 10 amostras em duplicata por<br />

três operadores diferentes.<br />

para validação de exames, métodos,<br />

kit, equipamentos e lotes,<br />

sendo que os resultados correlacionados<br />

precisam apresentar o<br />

mesmo Valor Diagnóstico e demonstrar<br />

conformidade acima do<br />

estabelecido para a liberação na<br />

produção.<br />

A sua validação inicial neste caso,<br />

deve demonstrar na tabela se os<br />

resultados constam dentro da normalidade<br />

ou se representam alterações<br />

clínicas.<br />

O cálculo é feito através da subtração<br />

do resultado do equipamento<br />

a ser validado com o resultado<br />

do equipamento vigente. A Correlação<br />

numérica entre resultados<br />

obtidos para ensaios de Comparabilidade<br />

Quantitativas, deve estar<br />

dentro das Normas preconizadas<br />

pela ANVISA e INMETRO:<br />

0 72<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Correlação Clínica (Valor Diagnóstico)<br />

- Análise aplicada para ensaios<br />

de comparabilidade Qualitativa:<br />

Os resultados correlacionados<br />

precisam apresentar o mesmo Valor<br />

Diagnóstico e demonstrar conformidade<br />

acima do estabelecido<br />

para a liberação na produção.<br />

Demonstrar na tabela se os resultados<br />

constam dentro da normalidade<br />

ou se representam alterações clínicas.<br />

Para as comparabilidades Qualitativas,<br />

utilizar o padrão de Conforme/<br />

Não conforme.<br />

Antes ou após a validação do<br />

analito, deve-se imediatamente<br />

cadastrar uma amostra Teste – e<br />

acompanhá-la até a liberação clínica<br />

do laudo. Conferir exames que<br />

precisam de cálculo, verificar valor<br />

de referência e unidades de medida.<br />

Imprimir e arquivar datado e assinado<br />

pela Garantia da Qualidade,<br />

Responsável Técnico e Tecnologia<br />

da Informação (TI). Assegurando<br />

assim que o exame será reproduzido<br />

e Inter faceado de ponta a ponta.<br />

Guardar os dados da validação<br />

por cinco anos de forma rastreável.<br />

E em caso de implantação, como<br />

proceder?<br />

- Verifique se há câmara fria e/ou<br />

geladeiras para guarda de amostras<br />

biológicas e outra para guarda<br />

de insumos.<br />

-Certifique-se que há fornecimento<br />

elétrico que suporte Ar condicionado,<br />

todos os equipamentos<br />

ligados e sistema de água com autonomias<br />

suficientes no local.<br />

- Faça um pedido de insumos<br />

que contemple o suficiente para<br />

a validação (multiplique o número<br />

de testes estimados que fará<br />

MINUTO LABORATÓRIO<br />

LANÇAMENTO<br />

ANALISADOR<br />

ELETROLÍTICO<br />

ESTOQUE E LOGÍSTICA<br />

ASSESSORIA CIENTÍFICA<br />

ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />

TODAS AS QUALIDADES EQUIP QUE VOCÊ JÁ CONHECE<br />

COM AINDA MAIS GARANTIA NOS PRODUTOS<br />

DAS MARCAS PROPRIETÁRIAS<br />

#equipdiagnostica<br />

equipdiagnostica.com.br


MINUTO LABORATÓRIO<br />

pelo número de ensaios de cada<br />

kit), espelhamento de equipamentos<br />

(backup) e primeiro mês<br />

de rotina. Estes itens devem conter<br />

o quarteto indispensável para<br />

cada analito: Reagente, Calibrador,<br />

Controle e consumíveis.<br />

Segue exemplo da planilha de Validação inicial:<br />

Se certifique que os itens acima<br />

são compatíveis com a máquina que<br />

irá validar.<br />

- Todas as máquinas devem ter a capacidade<br />

de emitirem dados brutos -<br />

seja impresso, via sistema ou pen drive.<br />

Referências:<br />

.Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Resolução<br />

RE nº 899, de 29 de maio de 2003, Diário Oficial da<br />

União, 02/06/2003.<br />

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade<br />

Industrial; DOQ-CGCRE-008, Orientações sobre<br />

Validação de Métodos de Ensaios Químicos, março, 2003.<br />

Swartz, M. E.; Krull, I. S.; Pharm. Technol. 1998, 2012.<br />

Green, J. M.; Anal. Chem. 1996, 68, 305A.<br />

.CLSI GP29-A Métodos alternativos de controle de Qualidade<br />

.RDC 302 - Regulamento Técnico para funcionamento de<br />

Laboratórios Clínicos<br />

.Westgard Variação Biológica e especificações de Qualidade<br />

Analítca<br />

.www.westgard.com/biodatabase1.htm<br />

.CLIA Proficiency testing criteria for acceptable analytical<br />

performance<br />

.www.westgard.com/clia.htm<br />

.https://www.cap.org/<br />

Autoras<br />

Mariana M. Zanotto de Araújo<br />

Biomédica, Supervisora da Qualidade do Grupo<br />

São Francisco/Hapvida Diagnósticos.<br />

Fábia Bezerra<br />

Biomédica, Gerente Nacional de Qualidade da<br />

Hapvida Diagnósticos.<br />

0 74<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


IMPORTÂNCIA DA FENOTIPAGEM DE<br />

ANTÍGENOS ERITROCITÁRIOS DOS GRUPOS SANGUÍNEOS ABO,<br />

RH E KELL NOS BANCOS DE SANGUE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

BANCOS DE SANGUE<br />

IMPORTANCE OF PHENOTYPING OF ERYTHROCYTIC ANTIGENS OF ABO, RH AND KELL BLOOD<br />

GROUPS IN BLOOD BANKS: BIBLIOGRAPHIC REVIEW<br />

Vanessa dos Santos Feliciano 1 , Allyne Cristina Grando 1<br />

Resumo<br />

Na rotina dos bancos de sangue a determinação de antígenos<br />

eritrocitários por meio de testes imunohematológicos pré-<br />

-transfusionais como a fenotipagem eritrocitária garantem<br />

que o processo de infusão de hemocomponentes seja o mais<br />

seguro possível. Por meio desta técnica a equipe transfusional<br />

é capaz de destinar seguramente aos pacientes bolsas de<br />

sangue fenótipos compatíveis, evitando assim a formação de<br />

aloanticorpos bem como reações hemolíticas pós transfusionais.<br />

O mapeamento do perfil eritrocitário do doador e receptor<br />

é essencial para evitar rejeições por incompatibilidade<br />

dos sistemas ABO, Rh e Kell, uma vez que estão diretamente<br />

ligados a Doença Hemolítica do Recém Nascido, no caso de<br />

mulheres em idade fértil ou ainda gestantes. Das reações<br />

transfusionais conhecidas, as que possuem maior incidência<br />

são as de resposta imune aguda, tais como as Reações Febril<br />

não Hemolítica e as Reações Alérgicas, havendo ainda<br />

a Reação Hemolítica por Incompatibilidade ABO. Todas com<br />

início de seus sinais e sintomas em até 24 horas pós transfusão,<br />

sendo possível a reversão do quadro de rejeição das<br />

duas primeiras, já a última podendo ser fatal. Assim sendo,<br />

foi objetivo deste estudo ressaltar a importância da fenotipagem<br />

de antígenos eritrocitários dos grupos sanguíneos ABO,<br />

Rh e Kell nos bancos de sangue e descrever as reações pós<br />

transfusionais de sangues não compatíveis através de uma<br />

revisão bibliográfica.<br />

Palavras-chave: Fenotipagem, antígenos eritrocitários,<br />

ABO, Rh, Kell.<br />

Abstract<br />

In the routine of blood banks, the determination of erythrocyte<br />

antigens by means of pre-transfusion immunohematological<br />

tests such as erythrocyte phenotyping<br />

ensure that the blood component infusion process is as<br />

safe as possible. Through this technique, the transfusion<br />

team is able to safely allocate compatible phenotypes of<br />

blood bags to patients, thus preventing the formation of<br />

alloantibodies as well as post- transfusion hemolytic reactions.<br />

The mapping of the donor and receptor erythrocyte<br />

profile is essential to avoid rejections due to incompatibility<br />

of the ABO, Rh and Kell systems, since they are directly<br />

linked to Hemolytic Disease of the Newborn, in the case of<br />

women of childbearing age or pregnant women. From the<br />

known transfusion reactions, the ones that have the highest<br />

incidence are those of acute immune response, such<br />

as Febrile Non-Hemolytic Reactions and Allergic Reactions,<br />

and there is also the Hemolytic Reaction for ABO Incompatibility.<br />

All with onset of signs and symptoms within 24<br />

hours after transfusion, making it possible to reverse the<br />

rejection of the first two. The latter, on the other hand, can<br />

be fatal. Therefore, the aim of this study was to highlight<br />

the importance of phenotyping of erythrocyte antigens<br />

from blood groups ABO, Rh and Kell in blood banks and to<br />

describe the post-transfusion reactions of non-compatible<br />

blood through a literature review.<br />

Keywords: Phenotyping, erythrocyte antigens, ABO,<br />

Rh, Kell.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 75


BANCOS DE SANGUE<br />

Introdução<br />

Na área transfusional, a presença<br />

de anticorpos no plasma do receptor<br />

são os causadores do efeito<br />

mais grave associado às transfusões<br />

sanguíneas, resultando em hemólise<br />

do sangue transfundido devido a<br />

uma resposta do sistema imune. A<br />

necessidade de identificação e pesquisa<br />

de anticorpos irregulares (PAI)<br />

em pacientes que já realizaram<br />

múltiplas transfusões sanguíneas<br />

(politransfundidos) motivou a realização<br />

de diversas pesquisas acerca<br />

da frequência da aloimunização em<br />

diversas populações (1-3) .<br />

A aloimunização caracteriza-se<br />

pela formação de anticorpos em decorrência<br />

da exposição do indivíduo<br />

a antígenos reconhecidos como não<br />

próprios, como ocorre, por exemplo,<br />

na infusão de sangue não-compatível,<br />

sendo uma das causas resultante<br />

as disparidades genéticas<br />

entre doador e receptor (4, 5). A<br />

aloimunização também ocorre em<br />

gestantes, uma vez que os antígenos<br />

essencialmente paternos se<br />

encontram presentes nos eritrócitos<br />

dos embriões, os quais podem chegar<br />

à circulação sanguínea da mãe<br />

durante o período gestacional ou<br />

então no momento do parto (6, 7) .<br />

Estudos comprovam que anticorpos<br />

irregulares ocorrem em aproximadamente<br />

0,3 a 2,0% da população<br />

em geral. Segundo Giblett<br />

(8), a probabilidade de um indivíduo<br />

saudável produzir um ou mais<br />

anticorpos antieritrocitários é de<br />

aproximadamente 1% por unidade<br />

de sangue transfundido, porém, a<br />

frequência da produção destes anticorpos<br />

em pacientes politransfundidos,<br />

portadores de hemoglobinopatias,<br />

tais como, anemia falciforme,<br />

β- talassemia ou doenças hematológicas<br />

malignas, varia de 9 a 30%.<br />

Os anticorpos com maior correlação<br />

à reação transfusional hemolítica<br />

tardia são os direcionados aos antígenos<br />

D, K, E, Fyª e<br />

(1, 8, 9, 10, 11, 12, 13)<br />

Jkª<br />

Atualmente, já foram detalhados<br />

mais de 350 antígenos eritrocitários,<br />

integrados em 38 sistemas sanguíneos,<br />

de acordo com a International<br />

Society for Blood Transfusion (ISBT)<br />

(14). Em virtude disso, testes de fenotipagem<br />

sanguínea, também conhecidos<br />

como testes pré-transfusionais,<br />

tornam-se fundamentais na<br />

rotina transfusional, pois por serem<br />

métodos profiláticos visam diminuir<br />

os possíveis efeitos indesejados das<br />

transfusões sanguíneas (1, 15) .<br />

Este trabalho teve como objetivo<br />

ressaltar a importância da fenotipagem<br />

de antígenos eritrocitários<br />

dos grupos sanguíneos ABO, Rh e<br />

Kell nos bancos de sangue e descrever<br />

as reações pós transfusionais<br />

de sangues não compatíveis.<br />

Para tal, foi realizada uma revisão<br />

bibliográfica através de pesquisas<br />

nas plataformas SciELO (Scientific<br />

Eletronic Library Online) e Pubmed<br />

(US National of Medicine National<br />

Institutes of Health) utilizando os<br />

seguintes descritores: sistema ABO,<br />

sistema Rh, sistema Kell, antígenos,<br />

anticorpos e doação de sangue, nos<br />

idiomas português, inglês, espanhol<br />

e francês.<br />

Compatibilidade sanguínea<br />

Antígenos eritrocitários são açúcares<br />

ou ainda proteínas capazes de<br />

desencadear uma resposta imunológica,<br />

induzindo o sistema imune<br />

a produzir anticorpos que por sua<br />

vez são herdados geneticamente<br />

de nossos pais biológicos. A frequência<br />

do aparecimento destes<br />

antígenos está diretamente relacionada<br />

à variabilidade racial de uma<br />

determinada população, implicando<br />

complexidade à área hemoterápica.<br />

Por isso, faz-se relevante conhecer<br />

quais fenótipos estão presentes no<br />

concentrado de hemácias (CH) a ser<br />

utilizado, uma vez que através disso<br />

é possível definir a real compatibilidade<br />

pré transfusional entre doador<br />

e receptor. O mapeamento destes<br />

fenótipos possibilita uma seleção<br />

adequada do hemocomponente<br />

a ser transfundido. Diante disso,<br />

é possível estimar a incidência de<br />

doadores compatíveis em casos de<br />

receptores aloimunizados, além de<br />

contribuir com dados fidedignos<br />

acerca da prevalência fenotípica da<br />

região (9, 15, 16) .<br />

0 76<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Desta forma, como medida de prevenção<br />

a possíveis reações transfusionais,<br />

são aplicados testes laboratoriais<br />

imunohematológicos tal<br />

como a fenotipagem eritrocitária.<br />

A técnica é baseada na presença ou<br />

ausência de hemaglutinação mediada<br />

pela reação antígeno-anticorpo.<br />

Para tanto, são usadas hemácias do<br />

paciente e/ou da bolsa de sangue,<br />

bem como antissoros comerciais específicos,<br />

este último contendo em<br />

sua formulação anticorpos (imunoglobulinas<br />

M e G), da qual por meio<br />

da reação de interação, torna-se<br />

possível verificar a presença de antígenos<br />

na superfície das hemácias.<br />

O processo pode ser feito por meio<br />

de tubos de vidro ou ainda por microplacas<br />

em gel. É considerando<br />

positivo os resultados dos quais seja<br />

possível a visualização de aglutinação<br />

ou ainda hemólise. A identificação<br />

dos antígenos eritrocitários<br />

é uma técnica valiosa na terapia<br />

transfusional, uma vez que oferece<br />

maior segurança às transfusões<br />

sanguíneas. Por meio dela, é possível<br />

obter a compatibilidade ideal e<br />

melhor classificar o sangue que será<br />

transfundido, visto que os antígenos<br />

sofrerão diferenciação preliminar, já<br />

os hemocomponentes por sua vez,<br />

serão identificados de acordo com<br />

o fenótipo eritrocitário (1, 9, 15, 17, 18, 19) .<br />

Reações transfusionais<br />

A transfusão de sangue é um procedimento<br />

potencialmente benéfico,<br />

fundamental principalmente<br />

para indivíduos portadores de patologias<br />

das quais torna- se necessário<br />

receber múltiplas transfusões.<br />

Ainda assim, é um processo que<br />

expõe os antígenos do doador aos<br />

anticorpos do receptor. Diante disso,<br />

torna-se imprescindível considerar<br />

a compatibilidade destas substâncias<br />

por meio da aplicação de<br />

testes pré transfusionais, para que<br />

assim seja possível evitar reações<br />

imunológicas de nosso organismo<br />

(20). A Figura 1 demonstra dados<br />

referentes a frequência de reações<br />

transfusionais ocorridas e notificadas<br />

entre os anos de 2002 e 2015. É<br />

válido observar que somente entre<br />

os anos de 2013 e 2015 houve um<br />

incremento médio no número de<br />

notificações de 14,0% (21) .<br />

Essas reações quando não evitadas,<br />

seja por indicação indiscriminada de<br />

transfusão sanguínea, ou ainda administração<br />

incorreta dos CHs, podem<br />

ocasionar incidentes transfusionais.<br />

Os incidentes transfusionais, ou ainda<br />

reações imunológicas pós transfusão<br />

sanguínea, são um conjunto de respostas<br />

imunológicas do organismo<br />

frente ao que este identifica como<br />

‘agente invasor’. Estas reações podem<br />

ser categorizadas como de grau leve,<br />

moderado à grave. Podem causar<br />

piora em quadros clínicos de pacientes<br />

com patologias sanguíneas como<br />

anemia falciforme, uma vez que 50%<br />

dos pacientes portadores da doença<br />

tendem a necessitar receber transfusões<br />

sanguíneas com o objetivo de<br />

anemizar um quadro grave isolado, e<br />

BANCOS DE SANGUE<br />

Figura 1: Frequência absoluta das notificações de reações transfusionais, segundo o ano da<br />

notificação e o ano da ocorrência. Brasil, 2002 a 2015.<br />

Fonte: Sineps (dados de 2002 a 2006, acrescidos das frequências no Notivisa) e Notivisa (dados de 2007 a 2015) (21).<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 77


BANCOS DE SANGUE<br />

5% a 10% destes necessita entrar em<br />

esquema de transfusão crônica. Desta<br />

totalidade, 5% a 25% dos pacientes<br />

desenvolvem aloimunização (22). As<br />

reações transfusionais podem ocorrer<br />

durante a transfusão ou em até 24 horas<br />

após o seu início, sendo denominadas<br />

reações imediatas. Já as reações<br />

das quais o início dos sintomas conhecidos<br />

como típicos de rejeição iniciam<br />

dentro de um período entre 24 horas,<br />

podendo durar até cerca de 3 semanas<br />

pós transfusão sanguínea, são denominadas<br />

reações tardias (23, 24).<br />

A Tabela 1 apresenta as principais<br />

reações transfusionais imediatas<br />

notificadas por ano de ocorrência<br />

de acordo com o tipo de reação. As<br />

reações febris não hemolíticas (RF-<br />

NHs), bem como as reações alérgicas<br />

(ALGs) demonstram ser as mais<br />

prevalentes no período citado, com<br />

taxas médias de 47,9% e 38,8%,<br />

respectivamente. Tais taxas não diferem<br />

do cenário internacional, que<br />

também apresenta RFNHs e as ALGs<br />

no topo dos índices, porém, é possível<br />

observar nestes uma tendência<br />

à queda gradual em âmbito internacional<br />

e no Brasil, por sua vez, uma<br />

situação de estabilidade. Dentre as<br />

reações transfusionais tardias, pode-se<br />

observar na Tabela 2 as principais,<br />

sendo as reações sorológicas<br />

tardias (aloimunização) e as reações<br />

hemolíticas tardias (RHT) as de grande<br />

prevalência neste cenário tardio,<br />

apesar da doença do enxerto contra<br />

o hospedeiro (DECH) apresentar uma<br />

taxa de mortalidade de 90% (21, 25) .<br />

Esses dados corroboram com os<br />

achados de Macedo et al. (24) , que realizaram<br />

um estudo avaliando 5.174<br />

transfusões realizadas, das quais<br />

1,39% desencadearam reação transfusional.<br />

Houve prevalência de reação<br />

alérgica leve (54,1%) e da RFNH<br />

(34,7%). Os autores averiguaram,<br />

ainda, que grande parte dos receptores<br />

que apresentaram reação transfusional<br />

era paciente politransfundido.<br />

Grandi et al. (26) verificaram que dentre<br />

1.548 casos de reações transfusionais,<br />

as RFNH representaram 56,6% dos<br />

casos analisados e as alérgicas 38,4%,<br />

totalizando 95,0%. Foi constado pelos<br />

autores, também que reações de grau<br />

leve são mais frequentes nas RFNH do<br />

que entre as reações alérgicas.<br />

Sistemas Sanguíneos<br />

A descoberta dos sistemas sanguíneos<br />

ocorreu no início do século<br />

XX, quando o médico e cientista<br />

austríaco Karl Landsteiner observou<br />

que as hemácias de alguns indivíduos<br />

formavam aglutinação quando<br />

combinadas ao soro de outros<br />

indivíduos. Karl então, registrou a<br />

presença de aglutinação conforme o<br />

grau de intensidade, formando assim<br />

uma escala, comprovando que o<br />

sangue poderia ser dividido em grupos.<br />

Isto possibilitou que mais tarde<br />

fosse esclarecido que as reações de<br />

aglutinação estavam relacionadas à<br />

presença de marcadores nas hemácias<br />

e de anticorpos no caso do soro<br />

(27, 28)<br />

. Os sistemas sanguíneos se<br />

determinam pela presença de antígenos<br />

na membrana eritrocitária.<br />

Estes antígenos possuem características<br />

polimórficas bem definidas,<br />

podendo estar presentes em diversos<br />

outros tecidos (29) .<br />

Embora as funções biológicas dos<br />

polimorfismos dos grupos sanguíneos<br />

não sejam plenamente compreendidas,<br />

sabe-se que muitos de seus<br />

antígenos atuam como moléculas<br />

importantes no reconhecimento do<br />

processo de diferenciação precoce do<br />

tecido embrionário, havendo também,<br />

evidências que relacionam os<br />

grupos sanguíneos à possível suscetibilidade<br />

ou resistência a várias doenças<br />

infecciosas e não infecciosas,<br />

talvez por estas moléculas apresentarem<br />

maior expressão dos carboidratos<br />

ABO em secreções e tecidos<br />

que tenham contato com o ambiente,<br />

como na pele e nas membranas<br />

mucosas dos tratos respiratório e<br />

gastrointestinal, fato que serve de<br />

reforço para esta premissa (30) .<br />

Através do aumento da expectativa<br />

de vida e das modernas aplicações<br />

de novos conhecimentos<br />

tecnológicos, é possível observar<br />

uma notável elevação no número<br />

de doenças crônico-degenerativas<br />

e cirurgias de maior complexidade.<br />

Em resposta a isso, há o crescimento<br />

do número de transfusões<br />

sanguíneas, resultando no aumento<br />

da frequência de aloanticorpos antieritrocitários<br />

não pertencentes ao<br />

sistema ABO. Como consequência,<br />

diminuem-se as chances de encontrar<br />

sangue compatível, podendo<br />

resultar em reações transfusionais<br />

hemolíticas imediata ou tardia (31) .<br />

0 78<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Este é o próximo<br />

grande acontecimento<br />

em hematologia.<br />

Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />

Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios<br />

de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />

diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens<br />

na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />

Saiba mais em www.cellavision.com/its-here<br />

O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />

MM-128-08 2019-03-18


BANCOS DE SANGUE<br />

Tabela 1: Definição, etiologia, incidência geral e frequências absoluta (f) e relativa (%) das reações transfusionais imediatas notificadas, de acordo<br />

com o tipo de reação e o ano da ocorrência. Brasil, 2011 a 2015.<br />

Tabela 2: Definição, etiologia, incidência geral e frequências absoluta (f) e relativa (%) das reações transfusionais tardias notificadas, de<br />

acordo com o tipo de reação e o ano da ocorrência. Brasil, 2011 a 2015.<br />

0 80<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Dessa forma, ainda que a compatibilidade<br />

para o sistema ABO e Rh (em<br />

especial o antígeno D) seja crucial na<br />

prevenção de tais reações hemolíticas,<br />

torna- se necessário que outros antígenos<br />

do sistema Rh sejam compatibilizados,<br />

especialmente C, c, E, assim como<br />

os principais antígenos dos sistemas<br />

Kell. Isso evidencia a necessidade de<br />

que ocorra um manejo adequado para<br />

a determinação correta do grupo sanguíneo<br />

na rotina da hemoterapia, não<br />

apenas para prevenir resultados mal<br />

sucedidos devido a transfusões incompatíveis,<br />

mas também para otimizar um<br />

melhor uso das unidades de hemocomponentes<br />

que portem fenótipos menos<br />

frequentes, uma vez que a frequência<br />

dos grupos sanguíneos varia conforme<br />

rea etnicidade da população (32, 33) .<br />

ABO<br />

Segundo Henry (34) , Landsteiner mostrou<br />

que o fenômeno de hemaglutinação<br />

ocorreu quando os antígenos<br />

presentes na superfície das hemácias<br />

foram ligados pelos anticorpos contidos<br />

no soro. Assim, denominou como antígenos<br />

A e B e enfatizou que, de acordo<br />

com o antígeno expresso na hemácia, o<br />

sangue pertencia ao grupo sanguíneo<br />

A ou ao grupo sanguíneo B. Já o grupo<br />

que não apresentasse reação de aglutinação,<br />

pertencia ao grupo sanguíneo<br />

O (palavra alemã “Ohne”, que significa<br />

“sem”). No ano de 1902, seus colaboradores<br />

von Decastello e Sturli descobriram<br />

e descreveram o grupo AB, que foi<br />

então adicionado ao sistema ABO. Por<br />

apresentar expressão tanto de antígenos<br />

do grupo A quanto do grupo B, este<br />

foi descrito como raro. (27, 35, 36) .<br />

O sistema de grupo sanguíneo<br />

ABO é resultante de um traço genético<br />

determinado por genes que<br />

ocupam o lócus ABO no cromossomo<br />

9. Os antígenos expressos nas<br />

hemácias desse sistema (denominados<br />

A, B e H) são moléculas<br />

complexas de carboidratos localizadas<br />

na superfície celular dos eritrócitos,<br />

sendo composto também,<br />

por dois anticorpos plasmáticos<br />

(anti-A e anti-B) que aparecem<br />

após o nascimento (30, 37) .<br />

Este grupo sanguíneo é atualmente<br />

considerado o mais<br />

importante sistema de grupos<br />

sanguíneos na medicina transfusional,<br />

pois em virtude da alta<br />

imunogenicidade de seus antígenos,<br />

a incompatibilidade com<br />

este sistema é a causa mais comum<br />

de morte pós transfusão.<br />

A reação imunológica transfusional<br />

ABO é inerente de anticorpos<br />

formados intrinsicamente<br />

pelo indivíduo contra seus<br />

grupos não compatíveis. Diferentemente<br />

do fator Rh, cuja<br />

formação dos mesmos depende<br />

de prévia sensibilização. (27, 28, 38) .<br />

Rh<br />

Segundo Levine e Stetson (39, 40) ,<br />

o primeiro registro de reação hemolítica<br />

transfusional ocorreu no<br />

ano de 1939, na cidade de Nova<br />

Iorque, quando uma gestante, ao<br />

dar entrada em um hospital local<br />

apresentando hipotensão arterial<br />

e traços de albuminúria, teve seu<br />

quadro agravado após algumas<br />

semanas, no qual resultou em<br />

forte hemorragia e um parto com<br />

óbito fetal. Ao analisar o feto, foi<br />

identificado que ele se encontrava<br />

com aspecto macerado, pesando<br />

apenas 595 g, o que não era compatível<br />

com o estado avançado da<br />

gestação, que naquele momento<br />

já havia completado 33 semanas<br />

(8 meses). Após a retirada da<br />

placenta e o sangramento devidamente<br />

controlado, a puérpera<br />

então, que era portadora do grupo<br />

O, necessitou receber sangue<br />

de seu marido, portador do mesmo<br />

grupo sanguíneo, vindo ainda<br />

assim, a apresentar uma reação<br />

transfusional descrita como grave,<br />

por haver comprometimento<br />

renal, sendo necessário a adoção<br />

de medidas terapêuticas como<br />

diatermia renal e repetidas transfusões<br />

de doadores profissionais<br />

compatíveis, selecionados através<br />

da Transfusion Betterment Association<br />

of New York. Ainda que se<br />

tenha realizado mais de 6 transfusões<br />

consecutivas, por se tratarem<br />

de doadores totalmente compatíveis<br />

ao seu tipo sanguíneo,<br />

a puérpera não apresentou mais<br />

nenhuma intercorrência, o que<br />

resultou em sua total recuperação<br />

após algumas semanas (34, 41, 42) .<br />

Em 1940, Landsteiner e Wiener (34)<br />

produziram, por imunização com hemácias<br />

de Macacus rhesus, um soro<br />

contendo anticorpos que aglutinavam<br />

com cerca de 85% das hemácias<br />

humanas testadas. O anticorpo identificado<br />

foi denominado de fator Rh<br />

BANCOS DE SANGUE<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 81


BANCOS DE SANGUE<br />

e conforme a presença de aglutinação,<br />

denominaram de Rh positivo e negativo<br />

(34, 43) . Posteriormente, este anticorpo<br />

foi relacionado ao relatado por Levine<br />

e Stetson (39, 40) , e seus estudos indicaram<br />

anticorpos similares nos soros de<br />

muitas puérperas e que apresentavam<br />

reações semelhantes ao soro de animal<br />

anti-Rhesus. Porém, em 1942, estudos<br />

de Fisk (44) mostraram uma diferença<br />

entre o anti-Rh humano e animal, concluindo<br />

que não se tratava do mesmo<br />

anticorpo, porém a nomenclatura Rh<br />

permaneceu (34, 39, 40, 44) .<br />

Representando um dos sistemas<br />

mais polimórficos do sangue humano,<br />

o sistema do grupo sanguíneo Rh<br />

é composto por mais de 50 antígenos.<br />

Entretanto, na prática clínica, apenas 5<br />

destes antígenos são particularmente<br />

importantes, tendo em vista uma escala<br />

de antigenicidade D> E> C> c> e.<br />

Portanto, faz-se de extrema necessidade<br />

de que o sistema antígeno-anticorpo<br />

Rh entre doador de sangue e receptor<br />

seja correspondente, caso contrário, a<br />

chance desta transfusão ser mal sucedida<br />

e apresentar reações transfusionais<br />

como a reação hemolítica, a doença<br />

hemolítica do recém-nascido (DHRN)<br />

em caso de gestantes, ou ainda anemia<br />

hemolítica auto-imune torna-se eminente<br />

(45) .<br />

De acordo com Baiochi et al. (6) , o<br />

antígeno D quando pesquisado entre<br />

etnias, pode ser encontrado em cerca<br />

de 85,0% da população caucasiana, em<br />

90,0% a 95,0% dos indivíduos da raça<br />

negra e praticamente em 100,0% dos<br />

amarelos e índios. Além disso, há evidências<br />

de que na população americana<br />

a presença deste antígeno atinge 9,2%<br />

das uniões com incompatibilidade Rh<br />

entre indivíduos brancos e 4,5% entre<br />

negros. Este antígeno encontra-se bem<br />

desenvolvido e expresso nas membranas<br />

dos eritrócitos a partir da sexta semana<br />

de gestação.<br />

Kell<br />

O grupo sanguíneo Kell foi identificado<br />

em 1945 e herdou esse nome em<br />

virtude de uma paciente na qual foram<br />

identificados anticorpos anti-Kell e que<br />

cujo bebê foi acometido pela doença<br />

hemolítica do recém-nascido (DHRN)<br />

ou a também chamada eritroblastose<br />

fetal. Este é um sistema sanguíneo<br />

complexo que atualmente contém 34<br />

antígenos considerados altamente imunogênicos.<br />

Tais antígenos dividem-se<br />

ainda em dois grupos distintos, dos<br />

quais k (celano), Kpa , Jsa , Ula , K17,<br />

Kpc , K23, K24, VLAN, VONG, KYO são<br />

classificados como antígenos de alta<br />

frequência, e os antígenos K, Kpb , Ku,<br />

Jsb , K11, K12, K13, K14, K16, K18, K19,<br />

Km, K22, TOU, RAZ, KALT, KTIM, KUCI,<br />

KANT, KASH, KELP, KETI, KHUL classificam-se<br />

como antígenos de baixa frequência.<br />

Alguns destes antígenos podem<br />

ser organizados em cinco conjuntos de<br />

alelos emparelhados e o restante deles<br />

apresenta alta incidência (mais de 99%<br />

da população), enquanto outros são<br />

expressos independentemente. Os antígenos<br />

Kell ocupam a terceira posição<br />

dentre os mais imunogênicos, depois<br />

dos antígenos dos grupos sanguíneos<br />

ABO e Rh, ou seja, ao desencadear uma<br />

reação imune a ligação antígeno-anticorpo<br />

pode causar reações transfusionais<br />

e DHRN (28, 34, 35, 46) .<br />

Segundo Osaro et al. (47) , a eritroblastose<br />

fetal causada pela imunização<br />

por antígenos Kell (especialmente o<br />

antígeno K1) é pouco frequente, entretanto<br />

tende a resultar em anemia fetal<br />

grave em neonatos, uma vez que as<br />

células precursoras de glóbulos vermelhos<br />

fetais são afetadas e sua produção<br />

suprimida. A mesma doença, quando<br />

causada pela incompatibilidade ABO<br />

(anti-ABO materno) ou Rh (anti-Rh<br />

materno) são mais comuns, tendendo<br />

a primeira ser mais branda e a segunda<br />

podendo ser totalmente evitada (28, 36, 47) .<br />

Fenotipagem<br />

A fenotipagem consiste no mapeamento<br />

dos fenótipos eritrocitários clinicamente<br />

significativos contidos nos<br />

grupos sanguíneos, determinados por<br />

meio de técnicas específicas aplicadas<br />

em bancos de sangue, possibilitando<br />

dados da frequência dos genes mais<br />

imunogênicos de cada grupo sanguíneo.<br />

Sua prática é importante pois<br />

visa diminuir o risco de aloimunização<br />

eritrocitária, uma vez que estima a disponibilidade<br />

de bolsas de sangue com a<br />

maior compatibilidade sanguínea possível<br />

(48, 49) .<br />

Atualmente na medicina transfusional,<br />

em virtude do alto risco associado<br />

às gestações futuras e transfusões<br />

sanguíneas crônicas, tem-se procurado<br />

minimizar as chances de um indivíduo<br />

formar aloanticorpos antieritrocitários<br />

por meio da identificação dos mesmos<br />

por fenotipagem, essa técnica tanto<br />

confirma aloanticorpos já existentes,<br />

0 82<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


EXC 200<br />

Analisador Automático de Bioquíamica<br />

LANÇAMENTO<br />

Pequeno no tamanho<br />

O sistema de operação integrado com o analisador economiza<br />

mais espaço para pequenos e médios laboratórios. Tela sensível<br />

ao toque, colorida e menu de navegação intuitivo oferecem uma<br />

experiência amigável. Volume mínimo de reação e menor consumo<br />

de água resultam em economia. A interface LIS bidirecional permite<br />

transferência conveniente de resultados.<br />

Grande na eficiência<br />

O EXC 200 combina funções<br />

avançadas versáteis que facilitam<br />

testes de alta qualidade com um<br />

analisador de quimica clínica<br />

oferecendo um rendimento de até<br />

240 t/h.<br />

ESTOQUE E LOGÍSTICA<br />

ASSESSORIA CIENTÍFICA<br />

ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />

Saiba tudo sobre<br />

este equipamento<br />

no nosso site<br />

#equipdiagnostica<br />

equipdiagnostica.com.br


BANCOS DE SANGUE<br />

quanto auxilia na identificação de anticorpos<br />

que poderão se formar no futuro.<br />

Uma vez identificada a presença de<br />

anticorpos clinicamente significativos<br />

em um paciente e, havendo a necessidade<br />

de transfusão, a seleção de um<br />

CH fenótipo-compatível, seja este fenótipo-estendido<br />

ou não, é de extrema<br />

importância (1, 9) .<br />

O CH com fenotipagem estendida<br />

consiste em um concentrado de hemácias<br />

previamente testadas para outros<br />

antígenos eritrocitários além dos já<br />

convencionais sistemas ABO e RhD. É<br />

indicado para pacientes que possuem<br />

resultado positivo para a Pesquisa de<br />

Anticorpo Irregular (PAI), necessitando<br />

assim, receber o sangue do qual há a<br />

certeza da ausência do antígeno eritrocitário<br />

específico para o anticorpo existente<br />

na amostra do receptor (50, 51, 52) .<br />

A realização da imunofenotipagem<br />

para os sistemas ABO, Rh (CDE) e Kell<br />

(K) deve ocorrer perante algumas patologias<br />

sanguíneas como a anemia<br />

aplástica grave (AAG) ou anemia de<br />

Fanconi; doença mieloproliferativa crônica<br />

(Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia<br />

Mielomonocítica Crônica, Mielofibrose);<br />

aplasia pura de série vermelha,<br />

dentre outras; uma vez que estes pacientes<br />

são candidatos a adentrar, ou já<br />

fazem parte do esquema de transfusão<br />

sanguínea crônica, já tendo sido ou não<br />

expostos a uma aloimunização prévia<br />

(anticorpos imunes e clinicamente significativos).<br />

A mesma conduta é adotada<br />

ao se tratar de receptores do sexo<br />

feminino em idade fértil, com resultado<br />

de P.A.I. negativo, e do qual sugere-se<br />

caso necessário transfusão, a infusão de<br />

CH negativo para antígeno K (K1), visto<br />

sua alta imunogenicidade e relação direta<br />

com a DHRN. Porém, ao se tratar de<br />

um receptor com P.A.I. positivo, deve-se<br />

realizar a transfusão de concentrado de<br />

hemácias antígeno negativo para o anticorpo<br />

correspondente (50) .<br />

Ao se tratar de um paciente aloimunizado,<br />

ou seja, aquele que possuir um<br />

ou mais anticorpos contra antígenos<br />

eritrocitários, a bolsa selecionada para<br />

a infusão sanguínea deverá ser obrigatoriamente<br />

fenótipo negativo para o<br />

anticorpo identificado. Por outro lado,<br />

em transfusões de caráter profilático,<br />

como ocorre em casos de hemofilia<br />

grave por exemplo, torna-se ideal que<br />

a bolsa de CH selecionada seja com o<br />

maior grau de compatibilidade disponível,<br />

justamente para evitar a formação<br />

de aloanticorpos. Todavia não seja possível<br />

a compatibilidade ideal, seja por<br />

ausência ou insuficiência de estoque de<br />

bolsas sanguíneas, a transfusão é feita<br />

respeitando a ordem do grau de imunogenicidade<br />

antigênica > RhC > RhE<br />

> Rhce > K >, que deve prevalecer perante<br />

a quaisquer cenário dentro da rotina<br />

pré transfusional, além de requerer<br />

autorização do médico hemoterapeuta<br />

responsável (50, 51, 53, 54, 55, 56) .<br />

Ainda que a qualidade do processo<br />

transfusional esteja em constante desenvolvimento<br />

dado à fiscalização de<br />

hemovigilância, no Brasil, a exatidão de<br />

dados como prevalência e incidência de<br />

intercorrências transfusionais ainda são<br />

pouco conhecidas (24) .<br />

Considerações Finais<br />

Apesar dos esforços realizados pelas<br />

unidades de hemoterapia em recrutar<br />

o maior número possível de doadores<br />

de sangue a fim de manter a disponibilidade<br />

dos estoques sanguíneos, nem<br />

sempre é uma tarefa fácil encontrar<br />

um concentrado de hemácias 100%<br />

fenótipo-compatível, principalmente<br />

diante de quadros como hemorragias<br />

inesperadas por complicações cirúrgicas<br />

e demais transfusões de caráter<br />

emergencial.<br />

Portadores de fenótipos raros, como<br />

Rh nulo ou ainda do grupo sanguíneo<br />

hh (fenótipo Bombain/ falso O), torna<br />

a seleção ainda mais complicada, pois<br />

muitas vezes é necessário buscar em<br />

bancos de sangue de outras cidades<br />

ou ainda estados, bolsas compatíveis<br />

para que assim se possa realizar uma<br />

transfusão. Portanto, uma vez encontrado<br />

um portador de sangue do tipo<br />

raro, torna-se ideal a fenotipagem<br />

eritrocitária, seja este doador ou ainda<br />

receptor, pois além do risco já existente<br />

acerca da incompatibilidade sanguínea,<br />

a formação de aloanticorpos poderá ser<br />

facilmente evitada.<br />

O crescente aumento da demanda<br />

de transfusões sanguíneas excede facilmente<br />

a oferta de CHs disponíveis<br />

rapidamente, tornando o manejo ideal<br />

entre pacientes e bolsas de sangue<br />

disponíveis uma missão complicada na<br />

rotina dos bancos de sangue. O cenário<br />

se torna ainda mais complexo quando<br />

nos deparamos com pacientes aloimunizados<br />

ou em esquema de transfusões<br />

crônicas. Muitas vezes, pode-se<br />

0 84<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


até encontrar um CH com tipagem<br />

sanguínea compatível, porém, caso<br />

este não seja devidamente fenotipado,<br />

o risco apresentado ao paciente em<br />

desencadear reações imunes acabará<br />

sobrepondo o benefício da transfusão,<br />

visto que há a possibilidade do processo<br />

de aloimunização logo nas primeiras<br />

transfusões. Anticorpos de importância<br />

clínica podem ser encontrados em mais<br />

de 30% dos pacientes politransfundidos<br />

tornando a transfusão de apenas<br />

um concentrado de hemácia fenótipo-incompatível<br />

um risco eminente.<br />

Suas complicações podem ser graves,<br />

aumentando significativamente as comorbidades<br />

de doenças já existentes, e<br />

em alguns casos podendo ser fatal.<br />

O estudo dos fenótipos eritrocitários<br />

em grupos sanguíneos, não apenas do<br />

sistema ABO, mas em especial dos grupos<br />

Rh e Kell, é de suma importância,<br />

não somente por estarem fortemente<br />

ligados a reações transfusionais graves<br />

ou a doença hemolítica do recém-nascido,<br />

mas também porque a determinação<br />

da frequência destes antígenos na<br />

população contribui para a prevenção<br />

de possíveis aloimunizações, além ainda<br />

de auxiliar na seleção de concentrados<br />

de hemácias compatíveis.<br />

Referências<br />

1. Castilho L. O futuro da aloimunização eritrocitária. Rev. Bras.<br />

Hematol. Hemoter, 2008; 30 (4): 259-65.<br />

2. Issit PD, Anstee DJ. Applied blood group serology. 4 ed. USA:<br />

MSP, 1998: 4401.<br />

3. Hoeltge GA, Domen RE, Rybicki LA, Schaffer PA. Multiple red cell<br />

transfusions and alloimm: Experience with 6996 antibodies detected<br />

in a total of 159, 262 patients from 1985 to 1993. Arch Pathol<br />

Lab Med. 1995; 119(1): 42-5.<br />

4. Fluit CRMG, Kunst VAJM, Drenthe-Schonk AM. Incidence of red cell antibodies<br />

after multiple blood transfusion. Transfusion, 1990; 30(6): 532-5.<br />

5. Cruz RDO, Mota MA, Conti FM, et al. Prevalence of erythrocyte alloimmunization<br />

in polytransfused patients. Einstein, 9(2), 173-178; 2011.<br />

6. Baiochi E, Camano L, Bordin JO. Evaluation of fetomaternal hemorrhage<br />

in postpartum patients with indication for administration of<br />

anti- D immunoglobulin. Cad. de Saúde Pub: 2005; 21(5): 1357-1365.<br />

7. Baiochi E, Nardozza LMM. Aloimunização. <strong>Revista</strong> Brasileira de<br />

Ginecologia e Obstetrícia. 2009; 31(6), 311-319.<br />

8. Giblett ER. A critique of theoretical hazard of inter vs. intra-racial<br />

transfusion. Transfusion. 1961;1(4): 233-8.<br />

9. Girello AL, Kühn TIB. Fundamentos de imuno-hematologia eritrocitária.<br />

São Paulo: Editora SENAC; 2002.<br />

10. Schonewille H, Haak HL, Zijl AM. Alloimmunization after blood<br />

transfusion in patients with hematologic and oncologic diseases.<br />

Transfusion 1999; 39: 763-71.<br />

11. Spanos Th, Ladis V, Peristeri J, Hatziliami A, Kattamis Ch. Red cell<br />

alloantibodies in patients with thalassemia. Vox Sang. 1990; 58: 50-5.<br />

12. Mural M, Viana MB. Risk factors alloimmunization by patients<br />

with sickle cell disease. Braz. J. Med. Biol. Res 2005; 38(5): 675-82.<br />

13. Aguiar KM, Maia CN, Teles LF, Oliveira TRGM, Ruas MO. Identificação<br />

de anticorpos irregulares no Hemocentro Regional de Montes<br />

Claros-MG. [Internet]. Bs. As.: 2013. Disponível em: <br />

Acesso em Out 2019.<br />

14. ISBT. Red cell immunogenetics and blood groups terminology<br />

[Internet]. Netherlands. Disponível em: . Acesso em Jun. 2020.<br />

15. Bortolotto AN, Mikalauscas MM, Murari AL, Silva JEP. Frequência<br />

do sistema Rh e Kell nos doadores do hemocentro de Santa<br />

Maria-RS. Rev. Saúde. Sta Maria: 2011; 37(2): 49-55.<br />

16. Do Carmo Machado A. Frequências fenotípicas dos grupos<br />

sanguíneos Kell, Duffy e Kidd em doadores de sangue do Hemonúcleo<br />

de Apucarana, sul do Brasil. RBAC, 50 (1), 76-9; 2018.<br />

17. Harmening D. Técnicas Modernas em Banco de Sangue e Transfusão.<br />

Rio de Janeiro: Revinter, 2006.<br />

18. Rodrigues R, Gerônimo DS, Junior SEM, Peron MLDF. Aplicabilidade<br />

da Fenotipagem Eritrocitária em Doadores Voluntários e<br />

Pacientes Politransfundidos. Saúde e Pesquisa, 6 (3); 2013.<br />

19. Abiko CK. Aplicação da técnica da glicina-ácida/EDTA e avaliação<br />

da eficácia no tratamento de hemácias com teste direto da<br />

antiglobulina positivo (Doctoral dissertation, Universidade de São<br />

Paulo). Ribeirão Preto, 2017.<br />

20. Carneiro VSM, Barp M, Coelho MA. Hemoterapia e reações<br />

transfusionais imediatas: atuação e conhecimento de uma equipe<br />

de enfermagem. REME rev. min. Enferm; 2017: 1-8.<br />

21. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2016. Hemovigilância<br />

no Brasil: relatório consolidado 2007 – 2015.<br />

22. Pinto PCA, Braga JAP, Santos AMND. Fatores de risco para<br />

aloimunização em pacientes com anemia falciforme. <strong>Revista</strong> da<br />

Associação Médica Brasileira; 2011: 57(6), 668-673.<br />

23. Oliveira LC, Cozac APC. Reações transfusionais: diagnóstico e tratamento.<br />

Medicina (Ribeirão Preto Online); 2003: 36 (2/4), 431-438.<br />

24. Macedo ED, Silveira VMJ, Athayde LA. Índice de reação transfusional<br />

em pacientes submetidos a transfusão em um Hemocentro<br />

do Norte de Minas Gerais. <strong>Revista</strong> Brasileira de Pesquisa em Ciências<br />

da Saúde; 2016: 2 (2), 54-59.<br />

25. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2007. Hemovigilância.<br />

Manual técnico de hemovigilância-investigação das<br />

reações transfusionais imediatas e tardias não infecciosas.<br />

26. Grandi JL, Grell MC, Areco KCN, Barbosa DA. Hemovigilância:<br />

a experiência da notificação de reações transfusionais em Hospital<br />

Universitário. <strong>Revista</strong> da Escola de Enfermagem da USP; 2018: 52.<br />

27. Murador P, Deffune E. Aspectos estruturais da membrana eritrocitária.<br />

Rev. Bras. Hematol. Hemoter; 2007: 168-178.<br />

28. Dean L. Blood Groups and Red Cell Antigens [Internet]. Bethesda;<br />

2005. Disponível em: . Acesso em Out 2019.<br />

29. Daniels G. Human Blood Groups. 2 ed. Oxford: Blackwell Science; 2002: 1-3.<br />

30. Mattos LCD, Moreira HW. Genetic of the ABO blood system and its link<br />

with the immune system. Rev. Bras. Hematol. Hemot; 2004: 26(1), 60-63.<br />

31. Alves VM, Martins PRJ, Soares S, et al. Pesquisa de aloimunização<br />

após transfusão de concentrados de hemácias em um estudo<br />

prospectivo. <strong>Revista</strong> Brasileira de Hematologia e Hemoterapia;<br />

2012: 34 (3), 206-211.<br />

32. Martins ML, Cruz KV, Silva MCF, Vieira ZM. Uso da genotipagem<br />

de grupos sanguíneos na elucidação de casos inconclusivos<br />

na fenotipagem eritrocitária de pacientes atendidos na Fundação<br />

Hemominas. <strong>Revista</strong> Brasileira de Hematologia e Hemoterapia;<br />

2009: 31(4), 252-259.<br />

33. Castilho L, Rios M, Bianco C, et al. DNA-based typing of blood<br />

groups for the management of multiply-transfused sickle cell disease<br />

patients. Transfusion; 2002: 42(2), 232-238.<br />

34. Henry JB. Clinical Diagnosis & Management by Laboratory Methods.<br />

22 ed. USA: Saunders, 2011.<br />

35. Reid ME, Lomas-Francis C, Olsson ML. The Blood Group Antigen<br />

FactsBook. 3 ed. San Diego: Elsevier, 2012: 27–51.<br />

36. Beiguelman B. Os Sistemas Sanguíneos Eritrocitários. 3a Ed.<br />

Ribeirão Preto: FUNPEC; 2003: 234.<br />

37. Cakir U, Tayman C, Buyuktiryaki M. Aspectos desconhecidos da<br />

relação entre o sistema de grupos sanguíneos ABO e morbidades prematuras.<br />

Archivos Argentinos de Pediatria, 2020: 118 (2), 135-142.<br />

38. Neves DR, Carvalho EM, Da Silva RA, Mendes SO, Alves SM, Medeiros<br />

MO. Estudo genético-populacional dos sistemas de grupos<br />

sanguíneos ABO e RH dos doadores de sangue em Rondonópolis–<br />

MT. Biodiversidade; 2015: 14(2).<br />

39. Levine P, Stetson RE. An unusual case of intra-group agglutination.<br />

J Am Med Assoc; 1939: 113: 126-7.<br />

40. Levine P, Burnham L, Katzin WM, Vogel P. The role of isoimmunization<br />

in the pathogenesis of erythroblastosis fetalis. Am J Obstet<br />

Gynecol; 1941: 42(6): 925- 37.<br />

41. Brecher ME. Technical Manual.15 ed. USA: Amer Assn of Blood Banks, 2005.<br />

42. Associação de Melhoria da Transfusão de Sangue. (1930). Boletim<br />

da Academia de Medicina de Nova York. 1930; 6 (10), 682-687.<br />

43. Aymard JP. Karl Landsteiner (1868-1943) et la découverte des<br />

groups sanguins. Bibnum Sciences de la vie, 2012.<br />

44. Fisk RT, Foord AG. Observations on the Rh agglutinogen of human<br />

blood. Am J Clin Pathol. 1942; 12(11): 545-52.<br />

45. Liu Y, Lv Y, Xu D, Cao J, Wang M, Xie J. The Necessity of Clinical<br />

Rh Phenotypic Serological Detection and Homotypic Infusion in<br />

Patients with Repeated Blood Transfusion. Medical Science Monitor;<br />

2020: 26.<br />

46. Nardozza, LMM, Szulman, A, Barreto, JA, Araujo Junior, E. Moron,<br />

AF. The molecular basis of RH system and its applications in obstetrics<br />

and transfusion medicine. Rev. Ass. Med. Bras. 2010; 56(6): 724-28.<br />

47. Osaro E, Ladan MA, Zama I, Ahmed Y, Mairo H. Distribution of<br />

Kell phenotype among pregnant women in Sokoto, North Western<br />

Nigeria. Pan African Medical Journal 2015: 21(1).<br />

48. Novaretti MC, Dorlhiac-Llacer PE, Chamone DA. Estudo de grupos<br />

sanguíneos em doadores de sangue caucasóides e negróides na cidade<br />

de São Paulo. Rev. Bras. Hematol. Hemoter; 2000: 22(1): 23-32.<br />

49. Brasília. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução<br />

RDC nº 57 de 16/12/2010. Determina o Regulamento Sanitário<br />

para Serviços que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo<br />

produtivo do sangue humano e componentes e procedimentos<br />

transfusionais [Internet]. Diário Oficial da República Federativa<br />

do Brasil. Disponível em: . Acesso em Out 2019.<br />

50. Ministério da Saúde. Guia para Uso de Hemocomponentes<br />

2010, 1ª <strong>Edição</strong>.<br />

51. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária<br />

(ANVISA) – Resolução: RDC Nº 34, de 11 de junho de 2014.<br />

52. Portaria MS nº 158, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2016. – Regulamento<br />

Técnico de procedimentos hemoterápicos.<br />

53. Carson JL, Grossman BJ, Kleinman S. Red Blood Cell Transfusion:<br />

A Clinical Practice Guideline from the AABB. Ann Intern Med;<br />

2012: 157: 49-58.<br />

54. Szczepiorkowski ZM; Dunbar NM. Transfusion Guidelines:<br />

when to transfuse. Hematology; 2013: 638-643.<br />

55. PORTARIA Nº 364, DE 6 DE MAIO DE 2014 - Protocolo de Uso de<br />

Profilaxia Primária para Hemofilia Grave.<br />

56. Petz LD. A physician’s guide to transfusion in autoimmune haemolytic<br />

anaemia. BJH; 2004: 124: 712-71.<br />

BANCOS DE SANGUE<br />

Autoras:<br />

Vanessa dos Santos Feliciano 1 , Allyne Cristina Grando 1<br />

1<br />

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, RS, Brasil<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 85


MEDICINA GENÔMICA<br />

BIOLOGIA GERAL<br />

DO CÂNCER<br />

Por: Gilson Azevedo<br />

O dia 04 de Fevereiro foi instituído<br />

como o Dia Mundial de Combate<br />

ao Câncer. A data foi definida pela<br />

União Internacional para o Controle<br />

do Câncer (UICC) e pela Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS). Essa<br />

iniciativa, vem desde 2005, com o<br />

objetivo conscientizar e mobilizar<br />

a população mundial no combate<br />

ao câncer. Uma ação conjunta entre<br />

governos e população, poderia frear<br />

impactos decorrentes da doença,<br />

pois a maioria dos cânceres podem<br />

sim ser evitados. Para saber porquê,<br />

vamos falar um pouco sobre as bases<br />

moleculares do câncer.<br />

Tabela 1a. Alguns exemplos de proto-oncogenes, local de atuação dos seus produtos e função:<br />

Obs: Defini-se como proto-oncogene a versão normal dessa classe gênica. Após a mutação, ele passa a<br />

ser definido como oncogene.<br />

Tabela 1b. alguns exemplos de genes supressores de tumor, local de atuação dos seus produtos e função:<br />

Câncer: a doença dos genes<br />

Podemos dizer que mutação é a matéria<br />

prima da evolução. Elas podem<br />

ser fundamentais para a adaptação<br />

de um organismo, ou podem ser<br />

prejudiciais causando até a morte do<br />

indivíduo. Na maioria das vezes, as<br />

mutações são eliminadas, passando<br />

despercebidas. Em outros casos,<br />

podem ativar oncogenes e inativar<br />

genes supressores de tumor. Esses<br />

genes, têm papel fundamental no<br />

controle do ciclo celular, tanto na<br />

mitose e meiose.<br />

Proto-oncogenes atuam de forma positiva<br />

no progresso do ciclo celular, enquanto<br />

que genes supressores de tumor<br />

atuam de forma negativa, parando o ciclo<br />

celular para correções, caso haja erros<br />

na replicação do DNA. Um supressor de<br />

tumor que sofre mais mutação em caso<br />

de câncer, é o gene TP53, em 50% dos<br />

casos, o gene está alterado. O produto<br />

desse gene, a proteína p53, está envolvida<br />

na parada do ciclo celular, apoptose<br />

e etc. A proteína p53 entra em atividade<br />

em caso de estresse celular. Alguns<br />

exemplos de proto-oncogenes e genes<br />

supressores de tumor são mostrados nas<br />

Tabelas 1a e 1b respectivamente.<br />

0 86<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


MEDICINA GENÔMICA<br />

A literatura reporta que a formação de<br />

tumor se origina quando essas classes de<br />

genes sofrem alterações. São as chamadas<br />

Drivers Genes mutations, pois elas promovem<br />

vantagens adaptativas e a célula<br />

cresce de forma desgovernada e sem a<br />

atividade da p53, o tumor se instala.<br />

Não custa relembrar que para a célula se<br />

dividir, é preciso que o DNA se replique e<br />

é na replicação do DNA, que erros podem<br />

ocorrer. Tudo deve ser muito bem orquestrado,<br />

pois são várias enzimas e proteínas<br />

trabalhando em momentos específicos.<br />

As células recebem sinais químicos para se<br />

dividir e também para parar de se dividir.<br />

Entre as etapas de divisão, existem pontos<br />

de checagem, ou checkpoints e no caso de<br />

células cancerígenas, esses mecanismos<br />

são inexistentes.<br />

A exposição aos agentes cancerígenos<br />

ou os carcinógenos, aumentam as<br />

chances de erros durante a replicação<br />

do DNA. Substâncias químicas, podem<br />

conter análogos de base que são<br />

inseridas no DNA no lugar de nucleotídeos<br />

ou podem também gerar outras<br />

substâncias nocivas e que danificam<br />

a estrutura do DNA. Raios αβγ, geram<br />

Tabela 2. Fatores externos que influenciam mutação no DNA:<br />

radicais livres que também danificam a<br />

estrutura do DNA e fatores biológicos,<br />

como os vírus que podem inserir seu<br />

material genético no DNA humano,<br />

inativar e ativar genes específicos. A<br />

tabela 2 mostra alguns exemplos de<br />

carcinógenos que podem ser evitados,<br />

pois são fatores externos ou ambientais<br />

agressivos ao material genético.<br />

Mas…meu DNA possui 3 bilhões de<br />

pares de base, como vou protegê-lo<br />

dos eventos mutacionais?<br />

Origem do câncer<br />

Erros de replicação do DNA, não são tão<br />

frequentes assim, as enzimas que adicionam<br />

nucleotídeo tem uma taxa de<br />

fidelidade alta. Também, no momento<br />

da replicação uma das fitas do DNA<br />

é usada como molde para a síntese<br />

da segunda fita. Dessa forma, se não<br />

houver a complementaridade entre os<br />

nucleotídeos, o erro fica evidente e enzimas<br />

de revisão detectam e corrigem o<br />

possível erro. Ocorre que, com o passar<br />

dos anos, esses mecanismos ficam menos<br />

eficientes, além de ficarmos mais<br />

expostos aos agentes cancerígenos.<br />

0 88<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


MEDICINA GENÔMICA<br />

Câncer hereditário<br />

O câncer hereditário, ocorre nas células<br />

germinativas (espermatozoides<br />

ou ovócitos) e pode ser passado<br />

aos descendentes no momento da<br />

fecundação. Relembrando que o ser<br />

humano é um organismo diplóide,<br />

portanto, os genes estão aos pares.<br />

Na formação dos gametas, 23 cromossomos<br />

estarão presentes, assim<br />

sendo, se um dos gametas estiver<br />

carregando um alelo mutado, o zigoto<br />

recebe a herança defeituosa.<br />

No caso, em que apenas um alelo<br />

do zigoto é portador da mutação,<br />

não quer dizer que o indivíduo que<br />

o recebeu, desenvolverá câncer.<br />

O indivíduo portador do alelo mutado,<br />

tem uma susceptibilidade<br />

maior em desenvolver o câncer,<br />

quando comparado ao indivíduo<br />

que não tem o alelo mutado. Essa<br />

susceptibilidade irá variar em função<br />

do alelo defeituoso, tipo de<br />

mutação, extensão e o gene mutado.<br />

Dependendo do gene, o alelo<br />

funcional é suficiente para suprir as<br />

necessidades da célula. Em outros<br />

casos, um alelo mutado é suficiente<br />

para desencadear o processo cancerígeno.<br />

No caso dos oncogenes,<br />

basta que um alelo esteja mutado<br />

para o portador desenvolver câncer.<br />

No caso dos supressores tumorais,<br />

os dois alelos precisam estar mutados<br />

para que o indivíduo desenvolva<br />

o câncer.<br />

Câncer hereditário responde por<br />

apenas 10% dos casos de câncer,<br />

considerando que temos aproximadamente<br />

10 trilhões de células, não<br />

é de se esperar que câncer hereditário<br />

seja um evento frequente. Mas<br />

os portadores de câncer hereditário,<br />

tem 50% de chance de passar<br />

a anomalia aos descendentes. Uma<br />

outra característica desse câncer, é<br />

que os portadores desenvolvem a<br />

patologia em idades precoces, geralmente<br />

até os 45 anos.<br />

Câncer esporádico<br />

Ocorre nas células somáticas do<br />

corpo e representam aproximadamente<br />

90% dos casos de cânceres<br />

e ocorre de forma espontânea, influenciado<br />

principalmente pelos<br />

carcinógenos, como os mostrados<br />

na tabela 2. Devemos mencionar<br />

que o câncer pode ocorrer em qualquer<br />

parte do corpo, mas alguns órgãos<br />

são mais afetados que outros.<br />

Estatísticas do Câncer<br />

Em 2020, o banco de dados GLO-<br />

BOCAN estimou mais de 19 milhões<br />

de novos casos de câncer ao redor<br />

do mundo. Desses casos, 49,3%<br />

se concentram na Ásia; 22,8% na<br />

Europa; 13,3% América do Norte;<br />

7,6% América Latina e Caribe;<br />

5,7% na África. Muitos aspectos<br />

podem influenciar, mas esses dados<br />

nos indica uma relação do câncer<br />

com o ambiente. Culturas diferentes,<br />

os hábitos de diferentes povos,<br />

influenciam diretamente nas diferenças<br />

observadas.<br />

Para clarificar melhor essa relação<br />

(fator externo e câncer), podemos<br />

verificar no gráfico 1 que mostra os<br />

12 tipos de câncer que mais acometeram<br />

homens e mulheres em<br />

2020, no Brasil.<br />

Gráfico 1: Os 12 tipos de câncer que<br />

foram mais incidentes entre homens<br />

e mulheres no Brasil, em 2020.<br />

Câncer de pulmão, estômago,<br />

bexiga, esôfago, fígado são mais<br />

incidentes em homens do que<br />

em mulheres. Já a tireóide é mais<br />

incidente em mulheres. Todas as<br />

diferenças observadas, exceto<br />

àquelas que diferem pela anatomia,<br />

são em função de hábitos<br />

adotados e isso nos mostra a influência<br />

ambiental.<br />

0 90<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


XL1000<br />

CONFIABILIDADE E EFICIÊNCIA PARA<br />

LABORATÓRIOS DE MÉDIO E GRANDE<br />

PORTE<br />

O analisador XL 1000 é uma plataforma completa<br />

de análise bioquímica com capacidade de realizar<br />

até 1.040 testes por hora. É o equipamento ideal<br />

para centralizar a carga completa de testes<br />

bioquímicos em laboratórios de médio e grande<br />

porte, com ganho de qualidade e necessidade<br />

reduzida de intervenção humana.<br />

ALTO NÍVEL DE QUALIDADE NOS RESULTADOS.<br />

OPERAÇÃO EFICAZ E COM EXCELENTE RELAÇÃO DE CUSTO POR EXAME.<br />

AUTOCARREGAMENTO DE AMOSTRA<br />

• 23 racks<br />

• 115 posições de amostras no carregador automático<br />

• Tubos primários 5, 7 e 10 ml<br />

• Leitor de código de barras para identificação de amostras<br />

DUAS BANDEJAS DE REAGENTES<br />

• 2x 43 posições refrigeradas<br />

• Frascos dedicados para o sistema: 5 ml (adaptador), 20 ml e 50 ml<br />

• Leitor de código de barras para fácil identificação de reagentes<br />

MONITORAMENTO DE MEDIÇÃO<br />

• Indicação por cor do status da análise da amostra<br />

• Opção de monitorar a reação em tempo real<br />

• Monitoramento do Volume do Reagente<br />

• Relatórios informativos sobre o status do analisador<br />

em andamento<br />

A Linha XL Erba é desenvolvida e validada para o perfeito funcionamento com os reagentes ERBA,<br />

permitindo alcançar um excelente desempenho analítico e garantindo maior assertividade, agilidade de<br />

processos e menor custo na geração dos laudos.<br />

EVOLUA COM A ERBA. CONHEÇA A LINHA XL COMPLETA!<br />

FALE CONOSCO!<br />

GARANTA MAIOR TECNOLOGIA,<br />

CONFIABILIDADE E MELHOR<br />

GESTÃO DE CUSTOS.<br />

www.erbabrasil.com.br<br />

brazilsales@erbamannheim.com<br />

+55 (31) 99837-8405


MEDICINA GENÔMICA<br />

Políticas de conscientização e<br />

o câncer<br />

Os fatores ambientais ou fatores<br />

externos, influenciam fortemente<br />

no aumento dos casos de câncer.<br />

Tendo isso em mente, uma ação<br />

combinada com políticas públicas<br />

de conscientização e prevenção, são<br />

fundamentais para a redução dos<br />

casos de câncer. Atitudes simples<br />

e conscientes poderiam diminuir<br />

muito do sofrimento humano direto<br />

e indireto, além do mais, reduziria<br />

também impactos econômicos associados<br />

à doença.<br />

Algumas medidas podem ser tomadas<br />

para a contenção do avanço dos casos<br />

de câncer, vejamos algumas delas:<br />

1. Não fumar;<br />

2. Dieta saudável, rica em frutas,<br />

verduras, vegetais e leguminosas;<br />

3. Manter o peso corporal adequado;<br />

4. Praticar exercícios físicos;<br />

5. Mulheres entre 25 a 64 anos, fazer<br />

o exame anual, preventivo do câncer<br />

de colo de útero;<br />

6. Vacina contra HPV: Meninas de 9 a<br />

14 anos e meninos de 11 a 14 anos;<br />

7. Vacine contra a hepatite B;<br />

8. Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;<br />

9. Evitar comer carne e outros alimentos<br />

processados;<br />

10. Evite a exposição ao sol entre<br />

10h e 16h, e use sempre proteção<br />

adequada, como chapéu, barraca e<br />

protetor solar, inclusive nos lábios;<br />

11. Evite exposição a agentes cancerígenos<br />

no trabalho;<br />

12. Exame de próstata com frequência,<br />

em homens a partir dos 40 anos.<br />

Testes genéticos<br />

A detecção precoce é fundamental<br />

para o sucesso de um tratamento<br />

contra o câncer. Casos que existam<br />

câncer familiar, um aconselhamento<br />

genético pode ajudar. Nesse<br />

caso, testes genéticos detectam<br />

mutações específicas herdadas. Indivíduos<br />

com casos de câncer precoce<br />

na família, devem se cuidar<br />

com mais rigor, uma vez que ele<br />

pode ter a susceptibilidade aumentada<br />

para a doença. Quanto antes<br />

descobrir qual ou quais os genes<br />

estão mutados, caso haja alguma<br />

anomalia, maiores serão as chances<br />

de prevenção, em função da escolha<br />

das melhores estratégias a tomar.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

Griffiths, A. J. F., Wessler, S. R., Lewontin, R. C., &<br />

Carroll, S. B. (2006). Introdução a Genética. In Guanabara<br />

Koogan.<br />

Pon, J. R., & Marra, M. A. (2015). Driver and passenger<br />

mutations in cancer. Annual Review of<br />

Pathology: Mechanisms of Disease. https://doi.<br />

org/10.1146/annurev-pathol-012414-040312<br />

Simmons, S. &. (2013). Fundamentos da genética.<br />

Journal of Chemical Information and Modeling.<br />

Tomczak, K., Czerwińska, P., & Wiznerowicz, M. (2015).<br />

The Cancer Genome Atlas (TCGA): An immeasurable<br />

source of knowledge. In Wspolczesna Onkologia. https://doi.org/10.5114/wo.2014.47136<br />

Vogelstein, B., Papadopoulos, N., Velculescu, V. E.,<br />

Zhou, S., Diaz, L. A., & Kinzler, K. W. (2013). Cancer<br />

genome landscapes. In Science. https://doi.<br />

org/10.1126/science.1235122<br />

https://www.inca.gov.br/<br />

https://gco.iarc.fr/<br />

Autor:<br />

Gilson Azevedo<br />

Graduado em Biotecnologia; MsC. Genética e PhD. Bioquímica Residente Pós doutoral em<br />

Bioquímica e Imunologia pela Universidade de Minas Gerais.<br />

0 92<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


01 DIA<br />

NA PRAIA<br />

Enquanto você tirou um dia<br />

de descanso na praia,<br />

recebemos mais de<br />

102.300 tubos<br />

de amostras.<br />

MAIS DE<br />

26.000<br />

M 2 DE ÁREA<br />

PRODUTIVA<br />

MAIS DE<br />

1.700<br />

COLABORADORES<br />

CAPACIDADE DE<br />

15<br />

MILHÕES<br />

DE EXAMES<br />

MENSAIS<br />

MAIS DE<br />

180.000<br />

KM PERCORRIDOS<br />

POR DIA PELA<br />

NOSSA LOGÍSTICA<br />

Soluções completas para o seu laboratório<br />

DIAGNOSTICOSDOBRASIL.COM.BR


LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />

CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS<br />

DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PRODUTOS PARA A SAÚDE<br />

PRIME STORAGE RECEBE CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS DA ANVISA<br />

(11) 4280-9110<br />

www.primestorage.com.br<br />

A Prime Storage, é uma empresa de armazenamento<br />

de carga, fundada em 06<br />

de janeiro de 2011, especializada em armazenar<br />

produtos para a área da saúde,<br />

contamos hoje com estrutura adequada<br />

e disponível para a pronta utilização,<br />

uma equipe de profissionais capacitados,<br />

que nos permite o pronto atendimento<br />

das necessidades de nossos clientes, se<br />

compromete a garantir as boas práticas<br />

da ANVISA em todos os processos de armazenagem<br />

e distribuição.<br />

A Prime Storage, procura melhorar continuamente<br />

o serviço prestado de armazenagem<br />

de produtos para saúde, tal como os<br />

seus processos e métodos de controle com<br />

o objetivo de corresponder e antecipar-se às<br />

exigências de qualidade dos seus clientes,<br />

os requisitos estatutários e regulamentares.<br />

Recentemente a Prime Storage obteve<br />

junto a ANVISA a certificação de Boas<br />

práticas de Armazenagem e Distribuição<br />

de produtos para a saúde.<br />

A CBPDA – Certificado de Boas Práticas<br />

de Armazenamento e Distribuição é<br />

um conjunto de procedimentos obrigatórios<br />

criados para garantir padrões de<br />

qualidade, integridade e segurança dos<br />

produtos nos processos de armazenagem,<br />

transporte e comercialização.<br />

O conceito de boas práticas tem como<br />

pilar o treinamento e capacitação das<br />

equipes, rastreabilidade de produtos e<br />

processos, medição e monitoramento,<br />

além de auditorias e autoinspeções.<br />

É fundamental cumprir as boas práticas<br />

da ANVISA não somente por estar<br />

cumprindo com a legislação vigente<br />

más também para garantir a qualidade<br />

dos produtos para consumo.<br />

O grande desafio das Boas Práticas é a<br />

manutenção e controle de seus requisitos<br />

devido aos inúmeros processos envolvidos<br />

no armazenamento ou na distribuição dos<br />

produtos, contando com diversas variáveis<br />

envolvidas nos procedimentos.<br />

Implementar corretamente as Boas<br />

Práticas de Armazenagem e manter o<br />

nível de qualidade dos serviços é um<br />

desafio diário.<br />

Tâmisa Barbosa de Lima<br />

Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade<br />

0 94<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Fabricação nacional!<br />

ESTÉRIL<br />

PRONTO PARA USO<br />

KIT<br />

COLETA SALIVA<br />

Funil<br />

Possibilita a realização de diversos<br />

exames, como:<br />

COVID-19<br />

Toxicológicos<br />

Testes genéticos<br />

Hormonal<br />

Tubo seco<br />

ou com<br />

solução<br />

Ideal para teste de COVID-19<br />

Conjunto Coleta<br />

Ponto<br />

de quebra<br />

Conheça também<br />

Tubo 3ml com<br />

solução salina<br />

As cerdas tipo flock permitem<br />

melhor eluição do material coletado.<br />

Haste fina e flexível reduz o desconforto na coleta.<br />

Saiba mais<br />

+55 11 4961.0900<br />

vendas@kolplast.com.br<br />

www.kolplast.com.br


MARKETING EM SAÚDE<br />

AVALIAÇÃO DOS 4 ERROS MAIS<br />

COMUNS DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES NO SETOR DE<br />

MEDICINA LABORATORIAL<br />

Por: Fredson Costa Serejo 1<br />

Você já parou para pensar se<br />

é possível captar mais clientes?<br />

Com certeza essa é uma necessidade<br />

corrente de todo empresário<br />

principalmente nesse momento<br />

de pandemia que vivemos. Agora<br />

fazer as mesmas coisas de sempre<br />

e esperar por resultados diferentes<br />

é que não dá. Foi pensando nisso<br />

que decidi escrever nessa edição,<br />

em um tom mais coloquial, menos<br />

técnico para que você tenha<br />

total liberdade de interagir e me<br />

perguntar. Muitos pequenos e médios<br />

donos de laboratórios, tem<br />

perdido clientes e “dinheiro” para<br />

a concorrência. Então espero que<br />

você não cometa os erros a seguir<br />

e qualquer dúvida é só mandar um<br />

email e meus contatos estão lá no<br />

final do artigo.<br />

Vou dar um exemplo bem simples<br />

que eu mesmo passei com<br />

a minha Mãe que precisou fazer<br />

alguns exames especiais. E o que<br />

ela fez? Perguntou para o “Google”<br />

qual laboratório ela deveria ir…<br />

simples assim!<br />

Vamos apenas contextualizar algumas<br />

situações para você entender<br />

melhor. Dados levantados na Pesquisa<br />

Nacional de Saúde (PNS) pelo Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

revelam que o acesso aos planos de<br />

saúde ainda é bem pequeno. Apenas<br />

28,5% tem algum plano de saúde,<br />

médico ou odontológico. Isso equivale<br />

a um terço da população, 59,7 milhões<br />

de pessoas. Embora alguns Estados<br />

como o Maranhão não chegue<br />

nem a 5% da população com plano.<br />

Outro dado interessante é que de<br />

acordo com as informações levantadas,<br />

se a situação é avaliada entre<br />

pessoas com rendimento mensal de<br />

até um quarto de salário mínimo,<br />

somente 2,2% destas tinham plano.<br />

Já na faixa de mais de cinco salários<br />

mínimos, a porcentagem de pessoas<br />

que tinham plano subiu para 86,8%.<br />

Isso nos faz enxergar que temos<br />

uma parcela da população que usa<br />

o Sistema Único de Saúde (SUS),<br />

não paga os planos que são caros,<br />

algumas vezes até pelos valores<br />

praticados de acordo com a faixa<br />

etária, mas que tem condições,<br />

pela renda de pagar de maneira<br />

particular os exames laboratoriais.<br />

E foi exatamente isso que aconteceu<br />

com meus pais. Eles foram em<br />

uma consulta no SUS, foi passado<br />

vários exames, o laboratório público<br />

não podia fazer naquele momento<br />

porque estava com uma fila<br />

enorme e eles optaram por fazer<br />

no particular.<br />

Até aqui tudo bem? Mas por<br />

que os laboratórios estão perdendo<br />

dinheiro?<br />

Simplesmente porque o cliente<br />

quando inicia essa busca de qual<br />

laboratório particular ele deve ir,<br />

ele opta por procurar na internet. Se<br />

ele te encontra fácil e tem boas informações<br />

para te avaliar, a decisão<br />

será tomada em poucos minutos.<br />

Assim, estar bem posicionado<br />

nos mecanismos de buscas de<br />

intenção e de atenção é fator es-<br />

0 96<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


tratégico para o seu negócio. Vou<br />

explicar o que é isso! REDE DE<br />

INTENÇÃO é quando uma pessoa<br />

procura ativamente por algo, por<br />

exemplo um exame e como ele<br />

é feito. Assim a pessoa “joga” no<br />

Google e Youtube e encontra a<br />

informação que precisa, passa a<br />

entender o procedimento e pega o<br />

telefone para cotar preços.<br />

MARKETING EM SAÚDE<br />

Já na REDE DE ATENÇÃO, a pessoa<br />

é “surpreendida”, não estava procurando<br />

ativamente naquele momento,<br />

mas viu um post bem feito<br />

de um perfil de uma autoridade,<br />

um vídeo viral que chamou a atenção<br />

e/ou um anúncio de um tema<br />

que ela tem interesse. Isso acontece<br />

nas redes do Facebook e Instagram,<br />

e também, pode aparecer na<br />

introdução de vídeos do Youtube,<br />

aplicativos e sites. Essa ação faz<br />

ela salvar o post e até compartilhar<br />

com algum colega e familiar<br />

pela utilidade daquela informação.<br />

Então vamos à parte prática, com<br />

exemplo, dos erros que você não precisa<br />

cometer, e se você comete que tal<br />

começar a corrigir a sua estratégia?<br />

Erro 1: Não Aparecer no Google<br />

Vamos ao exemplo da minha Mãe. Ela<br />

precisa fazer um exame de CA-125 que<br />

não faz no SUS aqui do Município. Então<br />

a primeira coisa que irá fazer, de maneira<br />

mais intuitiva, é colocar no Google as<br />

palavras “laboratórios” e a região “Volta<br />

Redonda” que precisa de atendimento.<br />

Então ela vai digitar dessa forma.<br />

Reparem que embora a cidade de<br />

Volta Redonda/RJ, seja um município<br />

de 274 mil habitantes, com<br />

inúmeros laboratórios, o Google<br />

somente irá mostrar na sua 1a página<br />

a localização do Google Maps<br />

e mais 10 links dos principais sites.<br />

Dificilmente alguém clica na 2a<br />

ou 3a página. E já é comprovado<br />

que os 5 primeiros resultados no<br />

Google recebem 67% de todos os<br />

cliques, então é fundamental estar<br />

bem ranqueado.<br />

Esse posicionamento depende<br />

que o seu site tenha um bom SEO<br />

(Search Engine Optimization) que<br />

são informações rastreáveis pelos<br />

robôs do Google que classificam<br />

o seu conteúdo como relevante.<br />

Caso o seu laboratório ainda não<br />

esteja nesse topo é bom começar<br />

a estudar sobre esse assunto<br />

para criar um bom site recheado<br />

dessas iscas de informação. Hoje<br />

quem trabalha nessa área de<br />

construção de sites é bem focada<br />

no desenvolvimento dessas ferramentas<br />

de otimização e você poderá<br />

perguntar para o seu gestor/<br />

desenvolvedor sobre isso.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 97


MARKETING EM SAÚDE<br />

Erro 2: Não Criar um Google<br />

meu Negócio<br />

Sério, isso é uma ferramenta gratuita<br />

do Google que qualquer conta<br />

tem direito a fazer! E está salvando a<br />

vida de muitos negócios locais. Então<br />

é só clicar e configurar os dados<br />

da empresa, colocar fotos do local,<br />

configurar algumas informações de<br />

funcionamento, localização do seu<br />

laboratório e pronto! Você inclusive<br />

já estará no Google Maps. E depois<br />

disso é só estimular que seus clientes<br />

avaliem o local e o atendimento<br />

para ganhar umas estrelinhas! E<br />

isso já te deixará na 1a página em<br />

destaque.<br />

Mas mesmo que seja tão simples,<br />

muitos laboratórios simplesmente<br />

ignoram isso e ainda não o fizeram.<br />

As informações de alguns laboratórios<br />

inclusive são incompletas. Dos<br />

20 laboratórios pesquisados em<br />

Volta Redonda, 8 (40%) deles não<br />

tinham sequer um site. Isso é entregar<br />

clientes para a concorrência!<br />

Muitos dos sites que visitei são<br />

bagunçados, tem muitas informações<br />

desnecessárias, são modelos<br />

antigos, com erros que devem ser<br />

corrigidos para melhor otimização<br />

e lentidão da velocidade de carregamento<br />

da página. Existem muitas<br />

ferramentas gratuitas e até o próprio<br />

Google disponibiliza um site<br />

para testar os erros que devem ser<br />

corrigidos. Acesse e veja o que falta<br />

no site do seu Laboratório:<br />

https://developers.google.com/<br />

speed/pagespeed/insights/<br />

Erro 3: Não Estar nas Redes<br />

Sociais<br />

Pessoas compram de pessoas. Humanizar<br />

uma marca hoje é fundamental<br />

e estar mais próximo ao seu<br />

cliente tem que ser o seu foco. Estar<br />

nas redes sociais contribui muito para<br />

o engajamento do público, tirando<br />

dúvidas e gerando autoridade e reconhecimento.<br />

Inclusive já foi tema<br />

desta coluna em artigos anteriores.<br />

As pessoas que entram no site<br />

buscam informações e recomendações<br />

reais. Nada adianta colocar no<br />

rodapé do site “veja os depoimentos<br />

que nossos clientes falam sobre<br />

nós” ou algo semelhante com uma<br />

frase criada com uma foto extraída<br />

de um banco de imagens.<br />

Pessoas querem escutar de outras<br />

pessoas essas recomendações e isso<br />

é real nas redes sociais. Visitei alguns<br />

“famosos” laboratórios no Instagram,<br />

tem clientes falando mal, reclamando<br />

de atrasos em ligações, falta de<br />

informação, preços caros, péssimos<br />

atendimentos… e o pior sem feedback<br />

da empresa há semanas. Isso é<br />

descaso e queima a própria empresa.<br />

Infelizmente, dos 20 primeiros laboratórios<br />

daqui da região de Volta Redonda,<br />

apenas 1 está presente no Facebook<br />

e Instagram. Quando comparado por<br />

exemplo a laboratórios, na Barra da Tijuca/RJ,<br />

com 320 mil habitantes, com<br />

alta competitividade e poder aquisitivo,<br />

todos os 20 primeiros estão nas redes<br />

sociais. Isso é uma estratégia necessária.<br />

0 98<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


adáblios<br />

DIAGNÓSTICOS RÁPIDOS COM<br />

ESPECIFICIDADE<br />

LUMIRATEK - TESTES RÁPIDOS<br />

Qualidade • Especificidade • Praticidade<br />

A utilização dos testes rápidos permite maior rapidez e acessibilidade ao diagnóstico de diversas<br />

doenças através de metodologia simples e confiável, reduzindo o tempo de liberação de resultados,<br />

auxiliando os pacientes e profissionais da saúde quanto a necessidade de uma conduta terapêutica.<br />

Doenças Tropicais<br />

• Malária P.f/Pan<br />

• Dengue NS1<br />

• Dengue IgG/IgM<br />

• Dengue Ab e Ag - DUO<br />

• Dengue NS1 + Dengue IgG/IgM +<br />

Zika IgG/IgM<br />

• Dengue NS1 + Dengue IgG/IgM +<br />

Zika IgG/IgM + Chikungunya<br />

Perfil Cardíaco<br />

• Troponina I<br />

• Painel Cardíaco (Mio/CK-MB/Tropo I)<br />

Doenças Gastrointestinais<br />

• FOB<br />

• H. Pylori<br />

• Rotavírus<br />

• Rotavírus / Adenovírus<br />

Doenças Respiratórias<br />

• Influenza A + B<br />

• Strep A<br />

• COVID-19 IgG/IgM<br />

• COVID-19 Ag<br />

Doenças Infecciosas<br />

• Rubéola IgM<br />

• Toxoplasmose IgG/IgM<br />

• HIV<br />

• HCV<br />

• Sífilis<br />

• HBsAg<br />

• Sífilis/HIV<br />

• HCV/HIV/Sífilis<br />

• HAV<br />

• Tuberculose<br />

Saúde da Mulher<br />

• HCG<br />

• LH<br />

• ToRCH IgM<br />

Oncologia<br />

• PSA<br />

• AFP<br />

• CEA<br />

Os produtos anunciados estão registrados ou em fase final de registro na ANVISA<br />

Discovering. Inspiring. Transforming.<br />

Tel.: 55 11 5185-8181– faleconosco@lumiradx.com


MARKETING EM SAÚDE<br />

Além de estar na rede é preciso<br />

também ter um perfil otimizado e<br />

com frequência de publicações. De<br />

nada adianta ter um perfil morto<br />

sem movimentação. O ideal é<br />

pelo menos uma postagem diária<br />

variando no feed nos formatos de<br />

imagem única, carrossel, IGTV ou<br />

reels. E também diariamente postar<br />

no mínimo três Stories e quem sabe<br />

até LIVEs semanais com especialistas<br />

na abordagem de algum tema.<br />

Lembrando é fundamental para a<br />

empatia ter um “alguém” fazendo<br />

vídeos e sendo o “rosto” do laboratório.<br />

Pode ser o dono ou um porta<br />

voz da marca. Não se esconda atrás<br />

de uma logo, tem que ter gente<br />

vendendo pra gente! São os novos<br />

tempos, chega de vergonha e inove<br />

nesse “novo normal” use e abuse<br />

dos vídeos pois eles já representam<br />

80% do tráfego na internet.<br />

A divulgação nas mídias sociais<br />

precisa se tornar um hábito. Leve<br />

para os seus clientes informações<br />

sobre o seu bastidor, o dia a dia<br />

do laboratório, informações sobre<br />

prevenção de doenças e promoção<br />

de saúde com a contextualização<br />

do momento e datas especiais. Isso<br />

gera credibilidade e autoridade na<br />

cabeça da sua audiência e maior<br />

nível de recomendação, captação e<br />

fidelização com os clientes.<br />

Erro 4: Não Investir em Anúncios<br />

Digitais<br />

Aqui está a chave do sucesso e<br />

você está negligenciando há quanto<br />

tempo? Você pode anunciar somente<br />

para mulheres numa campanha<br />

de diabetes ou atingir apenas homens<br />

acima de 40 anos para fazer<br />

um teste de câncer de próstata. Já<br />

imaginou fazer anúncios por interesse,<br />

quem já curtiu sua página,<br />

ex clientes, ou para quem mora a<br />

alguns quilômetros do seu laboratório<br />

e até mesmo para quem está<br />

fazendo aniversário naquele mês e<br />

você lembrar de fazer um check up<br />

anual para a pessoa se cuidar?<br />

As possibilidades são múltiplas<br />

quando você anuncia e o valor é insignificante<br />

frente a quantidade de<br />

pessoas específicas que você pode<br />

atingir. Com uma verba de apenas<br />

10 reais por dia você pode alcançar<br />

mais de 10 mil pessoas.<br />

Que fique bem claro, redes sociais<br />

como o Facebook/Instagram, vivem<br />

de anunciantes. Esse é o negócio<br />

deles e eles mapeiam todos os<br />

comportamentos da rede, para te<br />

entregar a pessoa mais específica<br />

possível, seja o curtidor ou o comprador!<br />

Caso tenha curiosidade entre<br />

no link https://www.facebook.<br />

com/ads/library e digite o nome de<br />

um laboratório que seja seu concorrente<br />

e veja se ele já está anunciando.<br />

E saia na frente!<br />

Repita comigo: “Quem vive de orgânico<br />

é verdureiro!” Se você é um<br />

empresário não pode ficar desper-<br />

0 100<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


diçando seu tempo com postagens<br />

100% orgânicas, não segmentadas,<br />

para qualquer público. Curtidas<br />

não pagam boletos e precisamos<br />

de compradores, clientes pagantes<br />

para o nosso negócio.<br />

MARKETING EM SAÚDE<br />

Basta você entrar no Instagram e<br />

digitar a hashtag #novembroazul<br />

e ver algumas publicações orgânicas.<br />

Vemos curtidas e comentários<br />

muitas vezes de mulheres ou de<br />

homens fora da faixa etária ideal.<br />

O que significa que por mais que a<br />

sua publicação tenha ficado ótima<br />

e engaje com seu público ela pode<br />

não ter atingido o público certo e<br />

você não teve visitantes presenciais<br />

no seu laboratório para fazer um<br />

exame específico.<br />

Faça uma avaliação agora mesmo das<br />

suas últimas publicações, verifique o<br />

alcance e a qualidade das curtidas e<br />

comentários. Foram clientes? Ou foram<br />

curtidores aleatórios, estudantes, profissionais<br />

ou até concorrentes?<br />

Estar na internet é fundamental.<br />

Todos os seus clientes estão neste<br />

momento com um celular na mão<br />

plugados em alguma rede social. É<br />

mais fácil se comunicar com eles por<br />

anúncios digitais do que por um carro<br />

de som, panfleto ou outdoor (pode<br />

ser que a pessoa certa não esteja naquele<br />

local, naquele momento). Fora<br />

que no digital o mapeamento das<br />

informações se o cliente foi ou não<br />

atingido é muito mais preciso.<br />

Bem, espero que você tenha<br />

refletido dentro desses 4 erros,<br />

qual você mais tem cometido e<br />

que talvez esteja comprometendo<br />

a sua captação de clientes.<br />

Tente melhorar o que estiver ao<br />

seu alcance e pratique as correções<br />

que julgar necessárias<br />

e verá que mínimas mudanças<br />

já irão impactar a sua captação<br />

diária. Se gostou do artigo<br />

e ficou mais interessado nesse<br />

tema, mande um email, dê o<br />

seu feedback, siga-me nas redes<br />

sociais, fale que leu meu artigo<br />

aqui na revista e poderei fazer<br />

uma consultoria gratuita em seu<br />

perfil. Topa? Fico por aqui e até a<br />

próxima edição!<br />

Fredson Costa Serejo<br />

Doutor e Mestre em Biofísica – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Especialista em Educação na Saúde para Preceptores do<br />

SUS – Hospital Sírio Libanês/Ministério da Saúde. Especialista em Micropolítica e Gestão do Trabalho em Saúde – UFF. Biomédico – CRBM<br />

15688 – Hospital Municipal São Francisco de Assis – Porto Real/RJ. Professor Adjunto Universidade Estácio de Sá - Volta Redonda/RJ.<br />

Consultor em Marketing em Saúde e Empreendedorismo Digital.<br />

Email: fcserejo@gmail.com<br />

Instagram: @prof.fredsonserejo<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 101


LADY NEWS<br />

CONHEÇA A OFAC BRASIL<br />

História da OFAC<br />

A OFAC Brasil (Organização<br />

Feminina de Análises Clínicas do<br />

Brasil) foi fundada por Marbenha<br />

Linko em 2018, inicialmente com a<br />

ideia de juntar amigas e conhecidas<br />

profissionais das análises clínicas,<br />

a fim de promover discussões mais<br />

informais sobre diversos assuntos<br />

que faziam parte do cotidiano<br />

de cada uma, o que acabou<br />

fortalecendo o vínculo pessoal<br />

entre alguns participantes.<br />

O grupo OFAC Brasil é formado<br />

atualmente por profissionais<br />

das análises clínicas, gestores,<br />

proprietários de clínicas e<br />

laboratórios, representantes de<br />

diretoria de sociedade e conselhos<br />

de classe e estudantes da área<br />

da saúde, entre estas – são<br />

realizadas uma constante troca de<br />

informações entre estes, sugestões<br />

de uma boa gestão, ideias para<br />

alavancar bons negócios, assim<br />

como experiências da rotina<br />

vivenciada em laboratório.<br />

O começo desse projeto envolveu<br />

cerca de 23 profissionais com<br />

qualidades marcantes e um<br />

objetivo em comum: a evolução<br />

da OFAC Brasil. Hoje a OFAC é<br />

composta por pessoas do Brasil<br />

inteiro: tanto do sexo feminino<br />

como masculino e é subdividida<br />

pelos seguintes grupos: OFAC VIP,<br />

OFAC Business e OFAC University.<br />

Objetivo da OFAC<br />

A principal proposta da OFAC é a<br />

educação continuada, propagando<br />

e discutindo diversos assuntos<br />

das diferentes áreas das análises<br />

clínicas. As interações são feitas<br />

através de grupos oficiais no<br />

WhatsApp, Instagram, Facebook<br />

e YouTube. Mensalmente ocorre a<br />

realização do OFAC Convida, um<br />

evento virtual: o qual é ministrado<br />

por palestrantes renomados e<br />

profissionais das Análises Clínicas,<br />

com a finalidade de proporcionar<br />

atualização e incitar discussões<br />

sobre temas que envolvem desde<br />

a atuação do profissional analista,<br />

inclusive a gestão da qualidade<br />

de laboratório. Além do OFAC<br />

Convida, também são realizados<br />

eventos anuais como, a gincana<br />

científica – GICOFAC e a Comenda<br />

Scarpin Microscópio –.<br />

Presidente, Gestoras, Membra<br />

e Conselheiras<br />

A Presidente, Gestoras, Membra<br />

e Conselheiras, são de diferentes<br />

estados do Brasil, elas são<br />

empreendedoras, profissionais<br />

técnicas, de cargos políticos de<br />

órgãos ou sociedade de Análises<br />

Clínicas, que resolveram expandir<br />

seus horizontes para fazer o<br />

diferencial no mercado. Nos dias<br />

atuais, estas possuem funções<br />

específicas, Marbenha Linko: (MA)<br />

é a Presidente, representando e<br />

liderando a OFAC Brasil. A gestão<br />

é conduzida por Waldirene Nicioli:<br />

(PR), Diretora de Marketing<br />

Digital; Cláudia Gonçalves: (MG),<br />

Diretora Tesoureira: Mônica Amaral<br />

0 102<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


MULTI HPV FLOW CHIP<br />

Diagnóstico rápido e preciso para o tratamento preventivo das lesões precursoras do câncer de colo de<br />

útero, anal, retal, peniano, de boca e garganta causadas pelo Papilomavírus humano.<br />

+ RÁPIDO<br />

Resultado em poucas horas<br />

+ SENSÍVEL<br />

Diagnóstico de alta sensibilidade<br />

+ SIMPLES<br />

Fácil interpretação dos dados.<br />

Sem necessidade de extração prévia do DNA.<br />

Todos os reagentes necessários fornecidos em<br />

um único kit.<br />

+ ACESSÍVEL<br />

Uma amostra para detecção e genotipagem<br />

de 35 tipos de HPV.<br />

Precisão, especificidade e alto desempenho.<br />

Laudos completos com análise realizada<br />

pelo próprio equipamento.<br />

ALTO RISCO<br />

35<br />

TIPOS<br />

DETECTADOS<br />

16 - 18 - 26 - 31 - 33 - 35 - 39 - 45 - 51<br />

52 - 53 - 56 - 58 - 59 - 66 - 68 - 73 - 82<br />

BAIXO RISCO<br />

6 - 11 - 40 - 42 - 43 - 44 - 54 - 55 - 61<br />

62 - 67 - 69 - 70 - 71 - 72 - 81 - 84<br />

Esta metodologia envolve a amplificação simultânea de<br />

diferentes patógenos através de uma PCR seguida de<br />

hibridização reversa (dot blot) utilizando sondas específicas<br />

de DNA imobilizadas em uma membrana de nylon, o CHIP.<br />

MULTI HPV<br />

FLOW CHIP<br />

saiba mais:<br />

0800 7101850<br />

www.mobiuslife.com.br<br />

mobiuslifescience<br />

@mobiuslifescience


LADY NEWS<br />

(PI), Diretora Científica e Projetos;<br />

Laiara Lemos: (MG), Diretora de<br />

Relacionamentos e Estratégia,<br />

Albany Nogueira: (BA) Membro<br />

da Gestão, como Conselheiras,<br />

Mauren Isfer (PR), Lenira Sousa:<br />

(RN) e Gilcilene Chaer: (DF).<br />

Os integrantes do TEAM OFAC são uma aposta para<br />

o futuro, trazem consigo o desejo de se tornarem<br />

profissionais competentes e assim prestarem<br />

serviço de qualidade a população. O grupo chegou<br />

em meio a pandemia para trazer esperança, alegria<br />

e uma nova visão as Análises Clínicas.<br />

Palavras de Marbenha Linko, Fundadora e Presidente da OFAC Brasil.<br />

Team OFAC<br />

O TEAM OFAC é formado por jovens<br />

graduados e graduandos em<br />

Farmácia e Biomedicina que atuam<br />

ou possuem interesse pelas<br />

áreas das Análises Clínicas, colaborando<br />

de maneira voluntária<br />

com a OFAC Brasil. A equipe foi<br />

criada com o intuito de incumbir<br />

o bom funcionamento do grupo<br />

de WhatsApp OFAC University,<br />

compartilhando informações inovadoras<br />

voltadas para as áreas de<br />

Análises Clínicas, como cursos<br />

online gratuitos, congressos, lives,<br />

especializações, mestrados,<br />

oportunidades de empregos e<br />

estágio, além de promover interação<br />

entre os membros do grupo<br />

por meio de gincanas científicas,<br />

nas quais ocorrem discussões de<br />

questões e casos clínicos de diferentes<br />

áreas das Análises Clínicas.<br />

Nas redes sociais, como Instagram<br />

e Facebook o TEAM OFAC contribui<br />

com ideias, postagens, conteúdos,<br />

artes e o OFAC Divulga. Gerenciam<br />

o canal “OFAC BRASIL” na<br />

plataforma YouTube e auxiliam os<br />

eventos e encontros online como o<br />

OFAC Convida.<br />

Para a construção e seleção dos<br />

integrantes do TEAM OFAC, foram<br />

determinadas características<br />

necessárias que os integrantes<br />

deveriam apresentar, objetivado<br />

assim: a criação de um grupo<br />

dinâmico, entre as atribuições<br />

requisitadas estão criatividade,<br />

ser interativo, ter iniciativa e<br />

dispor de um espírito cooperativo,<br />

além de estar na graduação ou<br />

ser graduado em Biomedicina,<br />

Farmácia ou Ciências Biológicas.<br />

O ponto forte de cada integrante<br />

é utilizado em tarefas essenciais<br />

para a manutenção de todo o<br />

grupo OFAC Brasil. A experiência<br />

com o trabalho em equipe bem<br />

coordenado é um aprendizado<br />

que os prepara para o mercado de<br />

trabalho.<br />

Cada integrante do TEAM OFAC<br />

representa um estado, atualmente<br />

o grupo conta com, Andressa Facci<br />

Villas Boas, representando o estado<br />

de Minas Gerais: Celsa Karolayne<br />

Silva Cruz, representando o Piauí:<br />

Glazielly Fagundes Sabino: Goiás,<br />

Mônica Odília Magalhães Dias:<br />

Ceará, Gustavo Chagas Moreira: São<br />

Paulo, Kassiely Pereira Guinsberg:<br />

Espírito Santo, Vanessa Menezes<br />

Pinheiro dos Santos e Doan da Silva<br />

Madeira: representando o Maranhão.<br />

0 104<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


URETEST<br />

Fale agora com a nossa<br />

equipe comercial.<br />

+55 32 3331 - 4489<br />

comercial@renylab.ind.br<br />

T R A N S F O R M A N D O<br />

T E C N O L O G I A<br />

E M S A Ú D E .


LADY NEWS<br />

OFAC University<br />

O OFAC University é formado por<br />

estudantes e profissionais das<br />

alunos a lembrarem dos assuntos<br />

que estão pesquisando ou<br />

pesquisaram durante a trajetória<br />

Esclarecendo dúvidas recorrentes<br />

dos alunos graduandos de cursos da<br />

saúde, sobre as áreas das análises. E<br />

respectivas áreas, Biomedicina,<br />

na carreira que ainda não sabem.”<br />

interagindo com os participantes do<br />

Ciências Biológicas e Farmácia.<br />

grupo de WhatsApp do OFAC University<br />

Diariamente são postados<br />

A vantagem de ser integrante<br />

com perguntas de casos clínicos, com o<br />

assuntos voltados para o âmbito<br />

do OFAC University é agregar e<br />

objetivo de preparar esses estudantes<br />

das Análises Clínicas, o qual,<br />

compartilhar conhecimentos de<br />

para futuras disciplinas clínicas da sua<br />

os integrantes colocam casos<br />

cada uma das áreas de Análises<br />

graduação e, principalmente, para o<br />

clínicos, propostas de estágio e<br />

Clínicas. O propósito principal do<br />

mercado de trabalho.<br />

emprego em suas regiões. Realizam<br />

grupo é orientar os estudantes<br />

networking com os palestrantes,<br />

da área da saúde, os preparando<br />

Grupo VIP<br />

proprietários de laboratórios,<br />

para o mercado de trabalho,<br />

O OFAC VIP surgiu através de<br />

gestores e empreendedores do<br />

objetivando assim a formação de<br />

um encontro do OFAC Convida,<br />

ramo laboratorial. No coletivo<br />

futuros profissionais de excelência<br />

sendo hoje composto por 250<br />

também são divulgados artigos<br />

no campo das Análises Clínicas.<br />

profissionais biomédicos, biólogos<br />

interessantes que contém suma<br />

e farmacêuticos.<br />

relevância para o ambiente de<br />

Tios OFAC<br />

estudo e trabalho, as matérias de<br />

Os Tios OFAC desempenham<br />

O grupo VIP foi o primeiro grupo da<br />

divulgação científica são discutidas<br />

funções como mentoria, apoio<br />

OFAC, sendo este, um grupo social<br />

por todos os integrantes do grupo.<br />

e condução das discussões<br />

técnico e científico, tendo como<br />

do grupo OFAC University. As<br />

objetivo promover interação e<br />

Para alguns participantes, como<br />

atuações aplicam-se em difundir<br />

trocas constantes de conhecimentos<br />

é o caso de Jordan do curso de<br />

conhecimentos da área de<br />

entre os profissionais. Nisso,<br />

Biomedicina da Universidade do<br />

Análises Clínicas, interagindo com<br />

compartilham suas experiências<br />

Distrito Federal, integrante do OFAC<br />

os integrantes e compartilhando<br />

diárias e novidades da área da<br />

University: “o grupo está sendo<br />

informações, como eventos e cursos<br />

saúde, focado no setor laboratorial,<br />

uma ótima plataforma de troca<br />

da área, além de oportunidades<br />

divulgando congressos, cursos,<br />

de informações, especialmente<br />

de empregos, especializações e<br />

simpósios, oportunidades e<br />

interações, que incentivam aos<br />

mestrados.<br />

palestras pelo Brasil.<br />

0 106<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


CONHEÇA A LINHA EBRAM DE<br />

IMUNO IMUNO<br />

HEMATOLOGIA<br />

Soros para Tipagem Sanguínea<br />

A qualidade<br />

que você confia<br />

QUALIDADE GARANTIDA<br />

Há mais de 40 anos no mercado e sempre buscando<br />

inovação, a Ebram disponibiliza produtos que atendem as<br />

mais rigorosas exigências do mercado nacional e internacional.<br />

Na linha de Imuno-hematologia não é diferente, uma<br />

linha completa de soros para tipagem sanguínea que fará<br />

a diferença no seu diagnóstico.<br />

SORO ANTI-A / SORO ANTI-B / SORO ANTI-AB<br />

Soros monoclonais do tipo IgM, produzidos a partir de clones especiais,<br />

alta sensibilidade, forma grumos coesos que possibilitam maior segurança<br />

nas leituras. Os títulos dos soros estão acima dos preconizados pelos<br />

principais bancos de saúde.<br />

SORO ANTI-HUMANO (Soro de Coombs)<br />

Anti-Gama e não Gama Globulinas Humanas, detecta o IgG humano e<br />

determinados fragmentos C3d das células vermelhas, sem a necessidade<br />

de adição de outros reagentes.<br />

SORO ANTI-D (Blended)<br />

Mistura matemática de anticorpos IgG/IgM, detecta pequenas quantidades<br />

de expressões antigênicas, diminuindo a quantidade de D(fraco), economizando<br />

tempo e reagente.<br />

CONTROLE Rh<br />

Destinado ao controle de qualidade das classificações Rh com soros<br />

albumínicos, através da mesma técnica empregada para estes soros,<br />

revelando a possibilidade de reações falso-positivas.<br />

Consulte nossa equipe de vendas<br />

(11) 2291-2811 | vendas@ebram.com<br />

www.ebram.com<br />

ALBUMINA BOVINA<br />

Produzido por partículas bipolares altamente selecionadas e balanceadas<br />

ionicamente, para a perfeita aproximação das hemácias.


LADY NEWS<br />

Nos últimos anos, alguns participantes<br />

do conjunto de analistas<br />

clínicos encontraram-se em con-<br />

maior conhecimento em eficiência<br />

e excelência, no qual, deve-se empregar<br />

em todos os locais de tra-<br />

e chamativos, com o objetivo de<br />

chamar atenção do público alvo<br />

da área da saúde, com foco em<br />

gressos pelo Brasil, por exemplo, o<br />

balho, inclusive em laboratórios e<br />

Análises Clínicas. Divulgando<br />

CBAC (Congresso Brasileiro de Aná-<br />

também aos profissionais empre-<br />

sempre nos meios de comunicação<br />

lises Clínicas), esse ano não será<br />

gados. Obtendo assim um melhor<br />

os eventos da OFAC.<br />

diferente, o encontro ocorrerá em<br />

custo-benefício e resultados posi-<br />

Fortaleza, em sua quadragésima<br />

tivos, com excelência na satisfação<br />

No momento atual, os meios de<br />

sétima edição.<br />

do cliente.<br />

comunicação como as redes sociais,<br />

são de extrema importância para<br />

Grupo Business<br />

São realizadas discussões com base<br />

a difusão do conhecimento, por<br />

O grupo Business, formado a<br />

em compartilhar informações,<br />

estarem presentes na rotina das<br />

maioria por gestores e proprietários<br />

arquivos e documentos. Nesse<br />

pessoas, deste modo é relevante<br />

de laboratórios, consiste em<br />

agrupamento de profissionais são<br />

que as informações repassadas<br />

reunir pessoas capacitadas para<br />

traçados planejamentos e metas<br />

sejam baseadas em fatos, estudos<br />

discutirem assuntos da área<br />

para os laboratórios, com intuito<br />

e pesquisas confiáveis e coerentes<br />

laboratorial, com um objetivo<br />

de alcançar os objetivos de uma<br />

e além disso essas informações<br />

em comum: promover maior<br />

forma mais sucinta e prática.<br />

devem ser transmitidas de forma<br />

eficiência, agilidade e economia<br />

clara e rápida. Sempre elaborando<br />

na prestação dos serviços<br />

OFAC Divulga<br />

um plano de engajamento<br />

laboratoriais, com total confiança<br />

É uma ação desenvolvida pelo<br />

para contemplar postagens no<br />

na entrega, qualidade e exatidão<br />

TEAM OFAC onde são divulgados<br />

Facebook, YouTube e Instagram.<br />

de seus resultados. Os gestores se<br />

cursos, palestras e workshops<br />

inserem em um local de confiança,<br />

gratuitos, com a intenção de manter<br />

Por esse motivo, usufruir das redes<br />

onde dispõe de alternativas<br />

os estudantes e profissionais<br />

sociais de forma conveniente e<br />

aderentes às suas necessidades,<br />

das Análises Clínicas sempre<br />

ativa reivindica uma combinação<br />

incluindo riscos no contexto penal<br />

atualizados. O tema é variado entre<br />

de conhecimento aprofundado<br />

dos órgãos regulamentadores.<br />

todas as especialidades analíticas.<br />

acerca do coletivo, criatividade,<br />

pesquisas e percepção do interesse<br />

A vantagem de fazer parte da<br />

São postados nas redes sociais da<br />

das pessoas a respeito de Análises<br />

equipe Business é adquirir um<br />

OFAC Brasil, cards informativos<br />

Clínicas nas mídias sociais.<br />

0 108<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Novos Reagentes para Automatização<br />

de Ensaios de Agregação Plaquetária<br />

A Siemens Healthineers lança os reagentes da Hyphen BioMed para<br />

ensaios de Agregação Plaquetária nos sistemas automatizados Sysmex®<br />

CS-2500 e CS-5100<br />

• A metodologia para análise de Agregação<br />

Plaquetária integrada aos analisadores de hemostasia<br />

de rotina gera economia de espaço, tempo de<br />

operação e custos com treinamentos, tornando o teste<br />

todos os portes.<br />

• A padronização dos ensaios de Agregação<br />

problemas pré-analíticos através da tecnologia PSI®<br />

dos analisadores Sysmex® CS-2500 e CS-5100,<br />

reduzem a variabilidade e as repetições de testes.<br />

• Os sistemas podem processar baixos volumes de<br />

amostras, com resultados padronizados para amostras<br />

geriátricas e pediátricas gerando melhores resultados<br />

para os pacientes.


LADY NEWS<br />

OFAC Convida<br />

Com a necessidade de ampliar o<br />

trabalho de forma externa, surgiu o<br />

objetivo da gincana é difundir conhecimento<br />

sobre a área de Análises<br />

Clínicas, além de fornecer uma<br />

Além da contribuição de desenvolver<br />

e aperfeiçoar técnicas para formar futuros<br />

profissionais de excelência, que<br />

OFAC CONVIDA: com o propósito de<br />

maior interação entre os integran-<br />

irão contribuir com os desafios do ramo<br />

convidar participantes e palestrantes<br />

tes da OFAC, através de quiz de<br />

laboratorial, assim os estagiários e<br />

para exporem seus conhecimentos<br />

casos clínicos, focados nas áreas<br />

profissionais pré-formados serão mais<br />

em uma interação virtual. Desta<br />

de Bioquímica, Citologia, Hemato-<br />

confiantes, terão o seu currículo e sua<br />

forma, profissionais de Análises<br />

logia, Imunologia, Microbiologia e<br />

formação acadêmica mais enriqueci-<br />

Clínicas se reúnem para realizarem<br />

Parasitologia, além de muitas ati-<br />

dos e completos, para enfrentarem o<br />

apresentações online, abordando<br />

vidades com intuito de interação e<br />

concorrido mercado de trabalho. Sendo<br />

algum tema das Análises Clínicas ou<br />

brindes para os finalistas. Através<br />

compartilhados aprendizados e expe-<br />

Gestão, além das interações com os<br />

da GICOFAC, são eleitos novos in-<br />

riências com os integrantes da OFAC<br />

participantes.<br />

tegrantes TEAM OFAC.<br />

University, aprimorando assim seus<br />

conhecimentos, habilidades e compe-<br />

A participação é totalmente<br />

Banco de Talentos OFAC Brasil<br />

tências para aplicarem no dia a dia e<br />

gratuita e aberta ao público, que<br />

O Banco de Talentos OFAC Brasil<br />

em suas vidas profissionais, comple-<br />

participam profissionais de todo<br />

é uma ponte entre recrutadores<br />

mentando a sua formação acadêmica,<br />

o Brasil. O evento é divulgado por<br />

e profissionais empregadores de<br />

curricular e profissional.<br />

grupo de WhatsApp, Instagram<br />

todo o Brasil, estudantes e pro-<br />

e Facebook da OFAC Brasil e<br />

fissionais que estão a procura de<br />

Comenda Scarpin Microscópio<br />

transmitido pelo canal da OFAC<br />

uma oportunidade de ingressar<br />

O salto alto eleva a mulher, deixa<br />

Brasil no YouTube. A Presidente,<br />

no mercado de trabalho e cons-<br />

poderosa, altiva, dona de si e<br />

assim como as Gestoras da<br />

truir carreira na área de Análises<br />

capaz de enfrentar o mundo, mas<br />

Organização e o TEAM OFAC se<br />

Clínicas. Portanto, é um banco<br />

é a auto- estima o ponto principal<br />

reúnem para organizar esse evento.<br />

de empregos e estágios, que tem<br />

e foi com essa finalidade que<br />

como finalidade ajudar os par-<br />

o sapato vermelho se tornou o<br />

GICOFAC<br />

ticipantes da OFAC Brasil, que<br />

símbolo da OFAC.<br />

A GICOFAC é uma gincana cientí-<br />

tenham uma visão corporativa e<br />

fica organizada pelo TEAM OFAC<br />

prática do segmento laboratorial,<br />

Mais tarde as gestoras decidiram<br />

com auxílio dos tios OFAC para os<br />

a se ingressarem ao mercado de<br />

aperfeiçoar a forma do símbolo e<br />

integrantes do OFAC University. O<br />

trabalho.<br />

com a contribuição de Weverton<br />

0 110<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Santos Almeida e Marcelo Rosário<br />

Silva, foi substituído o salto por<br />

um microscópio, instrumento<br />

no banco da praça do centro de<br />

convenções no Rio de Janeiro. A<br />

entrega da 2ª Comenda Scarpin<br />

Considerações Finais<br />

A OFAC Brasil tem portanto, o<br />

intuito de contribuir de maneira<br />

LADY NEWS<br />

de trabalho dos profissionais de<br />

Microscópio foi em 2019, realizada<br />

valorosa para a formação dos<br />

Análises Clínicas. Estava pronto o<br />

na cidade de Belo Horizonte.<br />

futuros profissionais analistas<br />

Scarpin Microscópio: nossa marca.<br />

clínicos e proporcionar melhorias<br />

No dia 23 de março de 2021 ocor-<br />

aos já atuantes da área através<br />

O Scarpin Microscópio foi<br />

rerá a entrega da 3ª Comenda em<br />

de atualizações constantes sobre<br />

transformado em uma espécie de<br />

um evento online, transmitido<br />

temas relevantes. O projeto que<br />

premiação em agradecimento aos<br />

pelo canal YouTube, homenage-<br />

teve início há quase 3 anos tem<br />

que contribuem com o crescimento<br />

ando os melhores de 2020 nas<br />

a finalidade de se tornar ainda<br />

da OFAC. Projetaram a entrega da<br />

Análises Clínicas, com certeza<br />

maior, com planos futuros para<br />

1ª Comenda Scarpin Microscópio<br />

mais um grande evento animado<br />

a realização de eventos, como<br />

em uma improvisada solenidade<br />

pela OFAC Brasil.<br />

simpósios e encontros presenciais.<br />

Autores<br />

Kassiely Pereira<br />

Guinsberg<br />

Glazielly Fagundes<br />

Sabino<br />

Celsa Karolayne<br />

Silva Cruz<br />

Graduanda em Biomedicina<br />

Faculdade Multivix Vitória - ES<br />

Email: kassielyguinsberg@gmail.com<br />

Biomédica<br />

Faculdade Anhanguera de Anápolis - GO<br />

E-mail: glazi.sabino@outlook.com<br />

Graduada em Farmácia<br />

Cristo Faculdade do Piauí - PI<br />

Pós-graduanda em Farmácia Clínica e<br />

Prescrição Farmacêutica<br />

E-mail: celsakarolayne@hotmail.com<br />

Gustavo Chagas<br />

Moreira<br />

Andressa Facci<br />

Villas Boas<br />

Mônica Odília<br />

Magalhães Dias<br />

Graduando em Biomedicina<br />

Universidade Federal de Alfenas - MG<br />

E-mail: gustavo.moreira@sou.unifal-mg.edu.br<br />

Graduanda em Biomedicina<br />

Estágiaria no Laboratório Central de<br />

Análises Clínicas (LACEN) - Universidade<br />

Federal de Alfenas - MG<br />

E-mail: andressa_facci@hotmail.com<br />

Graduanda em Biomedicina<br />

Centro Universitário Christus - CE<br />

E-mail: monicaomdias@gmail.com<br />

Vanessa Menezes<br />

Pinheiro dos Santos<br />

Farmacêutica<br />

Pós graduanda em Análises Clínicas<br />

Universidade Ceuma - MA<br />

Email: vanessafarma18@gmail.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 111


HEMATOLOGIA<br />

INDICE DE GRANULÓCITOS IMATUROS<br />

COMO MARCADOR PRECOCE DE SEPSE<br />

Por: Dr. Luiz Arthur Calheiros Leite<br />

Há muitos anos o laboratório<br />

clínico vem procurando um<br />

marcador precoce e não invasivo<br />

de sepse. A sepse é classicamente<br />

conhecida como uma<br />

infecção generalizada associada<br />

a uma síndrome de resposta<br />

inflamatória sistêmica, que<br />

comumente leva a leucocitose<br />

por neutrofilia por induzir o<br />

recrutamento de neutrófilos e<br />

granulócitos imaturos para a<br />

circulação. Contudo por décadas<br />

a medicina e o laboratório<br />

utilizaram como parâmetro de<br />

infecção o desvio a esquerda<br />

(bastões >6%) baseado na<br />

contagem relativa dos bastões.<br />

Entretanto, os equipamentos<br />

hematológicos eletrônicos não<br />

contam bastonetes neutrófilos e<br />

só emitem flags na presença de<br />

neutrofilia, quando não nunca<br />

notam. Já a contagem por microscopia<br />

de bastonetes é falha<br />

e pouco reprodutível, variando<br />

entre analistas clínicos. Assim<br />

na busca por um marcador fidedigno<br />

de sepse fez com que os<br />

fabricantes de aparelhos hematológicos<br />

eletrônicos que possuem<br />

tecnologia a laser começassem<br />

a mudar este panorama<br />

com a contagem de granulócitos<br />

imaturos. Uma contagem de<br />

percentagem de granulócitos<br />

imaturos (IG%) superior a 3%<br />

mostrou ser um indicador de<br />

risco de sepse. Além disso, valores<br />

de IG%


ANÁLISES CLÍNICAS<br />

TGO E TGP<br />

COMO BIOMARCADORES HEPÁTICOS<br />

Por: Brunno Câmara.<br />

A transaminase glutâmico oxalacética<br />

(TGO) e a transaminase glutâmico pirúvica<br />

(TGP) são enzimas importantes<br />

para o metabolismo do nosso organismo<br />

e alterações em seus níveis séricos<br />

têm importante significado clínico.<br />

Sinônimos:<br />

TGO = aspartato aminotransferase (AST)<br />

TGP = alanina aminotransferase (ALT)<br />

Função enzimática<br />

As enzimas transaminases (ou aminotransferases)<br />

catalisam uma reação<br />

de transaminação, que é a transferência<br />

de um grupo amina de um aminoácido<br />

para um cetoácido. Essa reação ocorre<br />

para formar novos aminoácidos.<br />

A enzima TGO/AST catalisa a seguinte<br />

reação:<br />

L-Aspartato + α-cetoglutarato ‹-›<br />

oxaloacetato + L-glutamato<br />

A enzima TGP/ALT catalisa a seguinte<br />

reação:<br />

L-Alanina + α-cetoglutarato ‹-› piruvato<br />

+ L-glutamato<br />

Atividade e localização<br />

A TGO/AST é encontrada primariamente<br />

no coração, fígado, músculo<br />

esquelético, rins e hemácias.<br />

É possível encontrar duas isoenzimas:<br />

uma citoplasmática (cTGO) e uma mitocondrial<br />

(mTGO).<br />

A TGP/ALT é encontrada primariamente<br />

no fígado e rins. Ela é exclusivamente<br />

citoplasmática.<br />

Significado clínico<br />

Normalmente, essas enzimas são encontradas<br />

em baixas concentrações no<br />

soro, geralmente abaixo de 30 - 40 IU/L.<br />

Tanto a TGO/AST quanto a TGP/ALT<br />

são comumente utilizadas como biomarcadores<br />

hepáticos, visto que doenças<br />

hepáticas são a causa mais importante<br />

do aumento das transaminases<br />

séricas.<br />

Como a maior concentração de TGP/<br />

ALT é encontrada no fígado, a sua dosagem<br />

é mais específica para revelar dano/<br />

inflamação hepático do que a TGO/AST.<br />

Na maioria dos tipos de doenças hepáticas,<br />

a atividade de TGP/ALT é maior<br />

que a de TGO/AST. Algumas exceções<br />

são hepatite alcoólica, cirrose hepática<br />

e neoplasia do fígado.<br />

0 114<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Na hepatite viral e em doenças hepáticas<br />

associadas com necrose aguda,<br />

as concentrações séricas de TGP/ALT e<br />

TGO/AST estão elevadas mesmo antes<br />

das manifestações clínicas.<br />

A magnitude da alteração dessas transaminases<br />

pode ser classificada em:<br />

Leve: aumento < 5 vezes o limite superior<br />

de referência;<br />

A ausência desse cofator, em pessoas<br />

com deficiência nutricional devido ao<br />

alcoolismo, tem um impacto muito<br />

maior na produção de TGP/ALT do que<br />

na de TGO/AST.<br />

ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Os níveis séricos de TGO/AST podem<br />

estar elevados em outras doenças<br />

como infarto do miocárdio, pancreatite<br />

aguda, anemia hemolítica aguda, doença<br />

renal aguda, doenças musculoesqueléticas<br />

e queimaduras graves.<br />

Moderado: aumento de 5 a 10 vezes<br />

o limite superior de referência;<br />

Elevado: aumento > 10 vezes o limite<br />

superior de referência.<br />

Isso faz com que a razão TGO:TGP esteja<br />

aumentada. Uma razão TGO:TGP<br />

normal deve ser < 1,0.<br />

Na doença hepática alcoólica, a razão<br />

Historicamente, a TGO/AST foi por<br />

muito tempo utilizada como o principal<br />

marcador de infarto agudo do miocárdio.<br />

Porém, atualmente, as troponinas<br />

são muito mais específicas e sensíveis<br />

para esse diagnóstico.<br />

Razão TGO:TGP (AST:ALT)<br />

É um parâmetro utilizado na diferenciação<br />

de doença hepática<br />

alcoólica de outras formas de doenças<br />

hepáticas, particularmente<br />

da doença hepática gordurosa não<br />

alcoólica.<br />

TGO:TGP está > 1,0 em 92% dos casos<br />

e > 2,0 em 70% deles.<br />

O aumento da razão reflete a gravidade<br />

da doença hepática e não o alto<br />

consumo de álcool.<br />

Para uma melhor avaliação hepática<br />

é importante que outros marcadores<br />

sejam avaliados em conjunto, como<br />

gama GT, fosfatase alcalina, albumina<br />

sérica e bilirrubinas.<br />

Tanto TGO quanto TGP precisam de<br />

um cofator, piridoxal 5'-fosfato, que é a<br />

forma ativa da Vitamina B6, para funcionar<br />

normalmente.<br />

Referências<br />

Moriles KE, Azer SA. Alanine Amino Transferase. [Updated 2020<br />

Jul 5]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing;<br />

2020 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/<br />

books/NBK559278/<br />

Giannini EG, Testa R, Savarino V. Liver enzyme alteration: a guide for<br />

clinicians. CMAJ. 2005;172(3):367-379. doi:10.1503/cmaj.1040752<br />

Laboratório Hermes Pardini.<br />

Burtis Burtis, Ted Burns. Tietz Fundamentals of Clinical Chemistry. Elsevier.<br />

Hall P, Cash J. What is the real function of the liver 'function' tests?.<br />

Ulster Med J. 2012;81(1):30-36.<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia<br />

pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área<br />

de concentração: virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 115


CITOLOGIA<br />

A MICROSCOPIA EM TEMPOS<br />

DE PANDEMIA<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Considerado serviço essencial, a atividade<br />

laboratorial permanece ativa durante as<br />

restrições impostas pelo COVID-19, apesar<br />

da pandemia ter levado ao cancelamento<br />

de diversas outras relacionadas a análises<br />

clínicas, como treinamentos e encontros<br />

para discussão de casos e ensino presencial<br />

em todos os níveis, especialmente por<br />

essas atividades exporem os profissionais,<br />

seus colegas e membros da família ao risco<br />

de infecção. Durante esse período, o advento<br />

da microscopia digital vem possibilitando<br />

a implementação e a validação de novos<br />

fluxos de trabalho digitais para uso remoto.<br />

Os conhecimentos práticos e habilidades<br />

de microscopia, necessários para atuação<br />

em análises clínicas, classicamente são<br />

adquiridos por meio do treinamento e uso<br />

de microscópios convencionais. A transformação<br />

digital da microscopia que vem<br />

sendo implementada nos últimos anos,<br />

permite a digitalização de lâminas microscópicas<br />

para gerar imagens de laminas<br />

inteiras (Whole slide imaging (WSI) ou<br />

lâminas digitais), que podem ser manipuladas<br />

pelo operador. As áreas laboratoriais<br />

de implementação da microscopia digital<br />

são as mais diversas: citologia, patologia,<br />

técnicas imunoquímicas que requerem laminas<br />

como a imunohistoquímica e imunocitoquímica,<br />

histologia, hematologia,<br />

parasitologia, microbiologia e outras que<br />

utilizam microscópio cujas laminas possam<br />

ser digitalizadas. Os principais componentes<br />

de um sistema de microscopia digital<br />

incluem um scanner de laminas, software<br />

visualizador de imagens de laminas e monitor<br />

de exibição.<br />

Cabe destacar que a disponibilidade de<br />

sistemas de microscopia digital pode facilitar<br />

o diagnóstico microscópico remoto<br />

por meio da consulta a outros profissionais,<br />

utilização da ferramenta para discussão de<br />

casos, controle de qualidade e treinamento,<br />

embora a validação (baseada em casos)<br />

do diagnóstico digital remoto não tenha<br />

sido relatada até o momento.<br />

Um exemplo de aplicação dessas ferramentas<br />

inclui a prática desenvolvida pela universidade<br />

Weill Cornell Medicine-Qatar durante<br />

a pandemia do COVID-19, a qual substituiu<br />

a instrução clínica da disciplina de patologia<br />

dos alunos por novas disciplinas eletivas online.<br />

Assim, foi implementado um currículo<br />

inovador de patologia online e remota, ancorado<br />

na microscopia virtual e videoconferências<br />

na plataforma Zoom, ferramentas para<br />

apoiar o ensino online. Essas práticas podem<br />

ser perfeitamente aplicáveis a treinamentos<br />

em áreas laboratoriais que utilizam microscopia<br />

como ferramenta de aprendizado e<br />

discussão de casos nesse periodo de restrições<br />

devido a pandemia, e ainda, utilizadas como<br />

ferramentas de apoio num possível retorno as<br />

atividades presenciais.<br />

A microscopia virtual tem vantagens<br />

claras, e sua utilização já é bem aceita em<br />

ferramentas de controle de qualidade, disponíveis<br />

atualmente. No entanto, algumas<br />

barreiras limitam a sua transição, especialmente<br />

na educação e rotina laboratorial,<br />

que incluem os altos custos de configuração<br />

inicial, infraestrutura (incluindo hardware<br />

de computador, software e internet de alta<br />

velocidade), gerenciamento e armazenamento<br />

de dados e o acesso e manipulação<br />

das laminas digitalizadas pelos usuários.<br />

A literatura científica acerca desse tema vem<br />

sendo bastante amplianda ultimamente, especialmente<br />

em tempos de ensino e aprendizagem<br />

remoto devido ao COVID-19, com resultados<br />

indicando que a microscopia virtual<br />

não é apenas um método eficaz para discussão<br />

de casos, troca de opiniões, e congressos,<br />

mas é útil ainda para ensino de disciplinas<br />

que utilizam microscopia, podendo inclusive<br />

ser empregada como um método para medir<br />

o desempenho do alunos e profissionais durante<br />

avaliações online, de forma semelhante<br />

aos programas de controle de qualidade já<br />

disponíveis ha algum tempo.<br />

Referências<br />

Hanna, M.G., Reuter, V.E., Ardon, O. et al. Validation of a digital pathology<br />

system including remote review during the COVID-19 pandemic.<br />

Mod Pathol 33, 2115–2127 (2020). https://doi.org/10.1038/<br />

s41379-020-0601-5<br />

Guiter, G.E., Sapia, S., Wright, A.I. et al. Development of a Remote<br />

Online Collaborative Medical School Pathology Curriculum with<br />

Clinical Correlations, across Several International Sites, through the<br />

Covid-19 Pandemic. Med.Sci.Educ.(2021). https://doi.org/10.1007/<br />

s40670-021-01212-2<br />

Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />

Farmacêutica Bioquímica, Especialista em Citologia Clínica.<br />

Mestre e Doutora em Patologia.<br />

0 116<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


WWW.NEWPROV.COM<br />

(41) 3888-1300<br />

facebook.com/newprov<br />

newprovlab<br />

@newprovlab


BIOSSEGURANÇA<br />

MEDIDAS DE PREVENÇÃO<br />

DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL<br />

Por: Gleiciere Maia Silva e Jorge Luiz Silva Araújo-Filho.<br />

A candidíase vulvovaginal é definida<br />

como uma infecção na vagina<br />

e vulva causada por um fungo do<br />

gênero Candida, a maioria dos casos<br />

é causada pela levedura Candida<br />

albicans, entretanto existem outras<br />

espécies desse gênero envolvidas.<br />

Essa patologia é uma condição bastante<br />

comum e afeta 70% a 75%<br />

das mulheres em algum momento<br />

das suas vidas. Ocorre quando há<br />

um desequilíbrio entre os fatores de<br />

proteção vaginal e a virulência do<br />

fungo. Uma vez que essas espécies<br />

fazem parte da microbiota normal<br />

da vagina e não é considerada uma<br />

infecção sexualmente transmissível<br />

(IST), contudo pode ser transmitida<br />

via sexual.<br />

Entre as manifestações clínicas<br />

mais comuns da candidíase citamos<br />

a presença de secreção branca,<br />

inodora e floculada podendo causar<br />

prurido, escoriação, edema, eritema<br />

vulvar e dispareunia.<br />

Em geral, é uma condição fácil de<br />

diagnosticar e na maioria das vezes<br />

fácil de ser tratada, contudo a<br />

grande problemática está na candidíase<br />

vulvovaginal de repetição<br />

(recorrente) que é definida com<br />

episódios superiores a 4 vezes ao<br />

ano. O diagnóstico correto é extremamente<br />

necessário, sobretudo<br />

nos casos de recorrência, sendo rápido<br />

e fácil. É realizado pela coleta<br />

de amostras de secreção vaginal<br />

para realização de cultura a fim<br />

da identificação correta do fungo,<br />

bem como testes de sensibilidade<br />

antifúngica para detecção de uma<br />

possível resistência as drogas comumente<br />

utilizadas no tratamento<br />

da candidíase.<br />

Para tanto, ressaltamos a importância<br />

de uma abordagem multifatorial<br />

e equipe multidisciplinar a fim de<br />

solucionar o problema, entendendo<br />

as causas bem como as medidas de<br />

prevenção dessa micose.<br />

Medidas de Prevenção e Controle<br />

da Candidíase vulvovaginal:<br />

0 118<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


BIOSSEGURANÇA<br />

• Manutenção dos níveis de glicemia<br />

dentro dos valores adequados,<br />

uma vez que os fungos usam como<br />

fonte de energia a glicose. Logo, a<br />

condição de excesso de glicose na<br />

dieta favorece a proliferação dessas<br />

leveduras e excesso de açúcares causam<br />

desequilíbrio do pH vaginal;<br />

• Realização de avaliação médica<br />

para a troca de contraceptivos de<br />

alta dosagem hormonal por outro de<br />

dosagens menores, quando possível;<br />

• Utilização somente de sabonete com<br />

pH neutro e apropriado, uma vez que a<br />

alteração do pH vaginal favorece a multiplicação<br />

das leveduras;<br />

• Orientação para evitar roupas apertadas,<br />

sintéticas e quentes, uma vez<br />

que essas roupas elevam a temperatura<br />

da área genital e contribui para multiplicação<br />

das leveduras;<br />

• Erradicação do uso de talco, de desodorantes<br />

e de perfumes na área intima<br />

por alteração do pH;<br />

• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas,<br />

pois atuam diminuindo a resposta<br />

imunológica;<br />

• Usar preservativos em todas as relações<br />

sexuais;<br />

• Realização da higiene íntima diária,<br />

entretanto evitar o uso de duchas vaginais;<br />

• Preferir calcinhas 100% algodão<br />

pois esse tipo de material não eleva a<br />

temperatura vaginal.<br />

Os cuidados preventivos são medidas<br />

importantes, e muitas vezes de baixo<br />

custo, para prevenção desse problema<br />

de saúde que acomete só no Brasil mais<br />

de 2 milhões de casos todos os anos.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />

de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />

Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Tel.: (81) 9.9796-5514<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 119


INFORME DE MERCADO<br />

INFORMES DE MERCADO<br />

Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />

dos produtos e lançamentos do setor.<br />

Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />

Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />

TECNOLOGIA QUE TRANSFORMA: CONHEÇA OS SISTEMAS<br />

ANALÍTICOS DE HEMATOLOGIA LABORATORIAL DA ERBA<br />

ELITE 580 H360 HS60<br />

LINHA DE HEMA TDLDGIA ERBA MANNHEIM<br />

RESULTADOS DE ALTA QUALIDADE E COMPLEXIDADE, DE MANEIRA<br />

RÁPIDA E CONFIÁVEL<br />

Especializada em mercados emergentes e líder<br />

na indústria IVD, a ERBA Mannheim projetou uma<br />

gama de sistemas de hematologia que permitem<br />

que equipes de laboratórios de todos os portes<br />

produzam resultados de alta qualidade.<br />

FÁCIL. EFICIENTE. CONFIÁVEL.<br />

Essas três palavras são o tema central de nosso<br />

processo de design de hematologia. Entendemos<br />

que qualquer novo sistema deve ser econômico<br />

para operar e estar disponível para uso tanto<br />

quanto possível. Ao minimizar o número de<br />

reagentes e usar componentes de alta qualidade,<br />

criamos uma linha que se adapta perfeitamente a<br />

laboratórios em todos os lugares.<br />

CONCENTRE-SE NO QUE IMPORTA: O PACIENTE<br />

A melhor maneira de produzir resultados<br />

de alta qualidade é simplificar ao máximo<br />

o processo analítico. Com o isto em mente,<br />

incluímos a análise de um clique em todos os<br />

sistemas, conectividade LIS usando protocolos<br />

ML7 e capacidade de carregamento automático<br />

de 60 amostras no Elite 580.<br />

POR QUE ESCOLHER ERBA MANNHEIM<br />

A linha ELITE cobre sistemas diferenciais<br />

de três e cinco partes, todos projetados para<br />

serem fáceis de usar, eficientes na operação e<br />

extremamente confiáveis.<br />

Todas estas características se unem para oferecer<br />

a você a melhor experiência em tecnologia, custo<br />

e design!<br />

MUDE COM A ERBA<br />

Fale com a nossa equipe e saiba como levar o<br />

melhor da tecnologia ao seu laboratório!<br />

E-mail: brazilsales@erbamannheim.com<br />

Tel.: (31) 99837-8405<br />

Site: www.erbabrasil.com.br<br />

0 120<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


ÁGAR SANGUE NEWPROV<br />

Com produção própria, a partir de seu<br />

biotério, que conta com mais de mil animais<br />

selecionados e controlados, a Newprov<br />

garante o fornecimento de derivados de<br />

sangue de carneiro de altíssima qualidade,<br />

sempre com a preocupação com o bem-estar<br />

e saúde animal.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

O sangue de carneiro utilizado em nossos<br />

produtos passa pelo mais rigoroso processo<br />

de controle de qualidade, adicionado a meios<br />

de cultura importados de alta performance,<br />

propiciando ao usuário alto desempenho e<br />

segurança em suas rotinas.<br />

Além da ótima performance do produto, contamos<br />

com diversas apresentações de placas, de 60, 90 e<br />

140mm, com uma ou duas divisões, sempre com o<br />

objetivo de oferecer o produto que se adapte melhor<br />

aos processos e estrutura dos clientes.<br />

Entre em contato conosco, solicite amostras<br />

para teste e comprove o melhor custo-benefício<br />

do mercado.<br />

Newprov - Produtos para Laboratório<br />

Rua Primeiro de Maio, 608<br />

Pinhais - Paraná - Brasil<br />

CEP: 83.323-020<br />

Telefone: +55 (41) 3888-1300<br />

0800 – 6001302<br />

www.newprov.com.br<br />

0800 600 1302<br />

sac@newprov.com.br<br />

EquipNet é um marketplace para a comercialização<br />

de equipamentos industriais usados.<br />

Trabalhamos proativamente auxiliando nossos clientes na venda ou<br />

compra de seus equipamentos desativados/usados, buscando a<br />

maximização da recuperação financeira desses ativos. Quer vender ou<br />

comprar equipamentos de Laboratório? Entre em contato com a EquipNet.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

Telefone: +55 (11) 4935-5332<br />

email: vendas@equipnet.com<br />

Visite nosso site: www.equipnet.com/LabsGo<br />

0 121


INFORME DE MERCADO<br />

COMO INTERPRETAR A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS<br />

EM CÃES E GATOS<br />

Por: Rossana Priscilla de Souza Figueira, Mariana Oliveira Silva, Fabiola de Oliveira Paes Leme - Laboratório de Patologia Clínica HV-EV-UFMG<br />

Os reticulócitos são células eritróides imaturas que<br />

contêm retículos com cadeias de RNA, mitocôndrias,<br />

ribossomos, centríolos e restos do complexo de<br />

Golgi e, apesar da diminuição da quantidade de organelas<br />

citoplasmáticas, os reticulócitos podem ser<br />

mais metabolicamente ativos do que os eritrócitos<br />

maduros e, sintetizar até 20% da concentração final<br />

de hemoglobina (COWGILL et al., 2003). A presença<br />

das organelas citoplasmáticas, especialmente os resquícios<br />

de RNA podem ser identificados através de<br />

colorações especiais da classe dos supravitais, como<br />

o novo azul de metileno (NAM) ou o azul cresil brilhante<br />

(ACB) (STOCKHAM e SCOTT, 2008).<br />

Na Medicina Veterinária observamos dois tipos de<br />

reticulócitos: o agregado e o pontilhado (FELDMAN<br />

& SINK, 2006). O reticulócito agregado é uma célula<br />

eritróide mais imatura, maior e com coleções grosseiramente<br />

agrupadas de retículo (COWGILL et al.,<br />

2003). Na maior parte das espécies domésticas este<br />

é o único tipo de reticulócito encontrado. Os gatos,<br />

no entanto, apresentam mais de um tipo de reticulócito<br />

(THRALL, et al, 2012), além do agregado, semelhante<br />

a outras espécies, possui também o pontilhado<br />

(figura 1). O reticulócito pontilhado é menor,<br />

mais maduro e quando corado apresenta dois a seis<br />

pequenos grânulos de retículos esparsos (VALLE et<br />

al., 2019; COWGILL et al., 2003). É a fase seguinte<br />

da maturação do reticulócito agregado (STOCKHAM<br />

e SCOTT, 2008).<br />

Figura 1: Reticulócitos pontilhados e agregado em<br />

amostras de um gato doméstico com volume globular<br />

de 21%. Azul cresil brilhante, objetiva óptica<br />

de imersão (100x).<br />

A contagem de reticulócitos é considerada o padrão<br />

ouro na avaliação da resposta medular do animal à<br />

anemia (BARGER, 2003), utilizada para classificar<br />

as anemias em regenerativa (reticulocitose) e não<br />

regenerativa (reticulocitopenia ou contagens basais<br />

em anemias intensas). Além de auxiliar na classificação<br />

da anemia, a contagem de reticulócitos também<br />

é utilizada para avaliar a integridade da medula<br />

óssea e para monitorar o efeito da terapia instituída<br />

(COWGILL et al., 2003). A reticulocitose – aumento<br />

do número de reticulócitos circulantes – ocorre em<br />

animais anêmicos, com medula óssea funcional e<br />

responsiva, como nos casos de perda de sangue, hemólise<br />

ou em pacientes que estejam respondendo<br />

a terapia. Entretanto, animais anêmicos, com distúrbios<br />

medulares, apresentam eritropoiese deprimida<br />

ou diminuição da concentração ou atividade de eritropoietina<br />

(EPO) e, dessa forma, observa-se contagem<br />

de reticulócitos normal ou diminuída (PEREIRA<br />

et al., 2008).<br />

Para executar a técnica corretamente o sangue<br />

não pode estar hemolisado, deve-se coletar a<br />

amostra em EDTA e a contagem ser feita em até<br />

6h (COWGILL et al., 2003). Volumes iguais de<br />

sangue devem ser adicionados ao NAM, misturados<br />

e mantidos a temperatura ambiente por,<br />

pelo menos 15 minutos (STOCKHAM e SCOTT,<br />

2008), ou submetidos a 37º por 20 minutos<br />

(DACIE et al., 2011).<br />

0 122<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Registra-se número de reticulócitos observados a<br />

cada 1.000 eritrócitos maduros. Para gatos, alguns<br />

laboratórios contam apenas reticulócitos agregados,<br />

enquanto outros contam agregados e pontilhados<br />

e registram ambos (STOCKHAM e SCOTT, 2008). O<br />

número de reticulócitos observados a cada 1.000<br />

eritrócitos resulta na contagem percentual (RP).<br />

Alguns autores acreditam que a porcentagem de reticulócitos<br />

corrigida (PRC) seja mais adequada para<br />

a interpretação da resposta medular (STOCKHAM e<br />

SCOTT, 2008). A PRC é obtida através da multiplicação<br />

da PR pela razão entre o volume globular (VG)<br />

do paciente e do VG médio da espécie (45% para<br />

cães e 37% para gatos) (D’AVILA, 2011). O intervalo<br />

de referência, indicativo de regeneração, para a PR e<br />

para a PRC deve ser o mesmo: superior à 1% para<br />

cães e 0,4% para gatos.<br />

A concentração de reticulócitos (CR), também<br />

chamada de contagem absoluta de reticulócitos<br />

é expressa pelo número de reticulócitos por µL de<br />

sangue, obtido pela porcentagem de reticulócitos<br />

multiplicada pelo número de eritrócitos do paciente<br />

e, é considerada por muitos autores, como<br />

parâmetro preferido para a interpretação (COWGILL<br />

et al., 2003). Valores acima de 60.000 reticulócitos<br />

agregados/μL de sangue em cães e acima de 15.000<br />

reticulócitos agregados/μL de sangue em gatos e<br />

200.000 reticulócitos pontilhados/μL de sangue em<br />

gatos indicam uma reticulocitose.<br />

Por fim, o índice de produção de reticulócitos (IPR)<br />

possui um cálculo que envolve a estimativa do tempo<br />

de efeito da eritropoietina sobre a medula óssea,<br />

até a liberação de reticulócitos, bem como o tempo<br />

de maturação dos reticulócitos, que está correlacionada<br />

com a gravidade da anemia (D’AVILA, 2011).<br />

Referências<br />

BARGER, A. M., The Complete Blood Cell Count: A Powerful<br />

Diagnostic Tool. Vet Clin Small Anim, v. 33, p. 1207<br />

- 1222, 2003.<br />

COWGILL, E. S.; NEEL, J. A.; GRINDEM C. B., Clinical Application<br />

of Reticulocyte Counts in Dogs and Cats. Vet Clin Small<br />

Anim, v. 33, p. 1223 - 1244, 2003.<br />

D´AVILA, A. E. R. Parâmetros hematológicos e classificações<br />

de anemia em uma população de cães atendidos no LACVET<br />

- UFRGS. 2011. Monografia (Residência Médica em Patologia<br />

Clínica Veterinária) - Faculdade de Veterinária, Universidade<br />

Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.<br />

DACIE, J. V. et al. Pratical Hematology. 11. ed. [S. l.]: Elsevier,<br />

2011. 650 p. ISBN 9780702034084.<br />

FELDMAN, B.F. & SINK, C.A. Eritrócitos. In: Urinálise e Hematologia.<br />

São Paulo: Roca, 2006. p.75 – 96.<br />

PEREIRA, P.M.; SEKI, M.C.; PALMA, P.V.B., Contagem de Reticulócitos<br />

de Cães Saudáveis ou Anêmicos pela Citometria de<br />

Fluxo, Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v. 59, n. 1, p. 66-70, 2008.<br />

STOCKHAM, S. L.; SCOTT, M. A. Fundamentals of veterinary<br />

clinical pathology. 2. ed. Ames, Iowa: Blackwell Publishing,<br />

908p, 2008.<br />

THRALL, M A.; BAKER D.C.; CAMPBELL T.W.; et al. Veterinary<br />

Hematology and Clinical Chemistry. 2 ed, Wiley-Blackwell,<br />

762p, 2012.<br />

VALLE, S.F. et al. Correlações entre as contagens de reticulócitos<br />

manual e automática em amostras de felinos<br />

anêmicos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., [s. l.], v. 71, n. 2,<br />

p. 577-583, 2019.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

@diagnobrasil | diagno.ind.br<br />

HEMOGRAMAS CONFIÁVEIS EPRECISOS<br />

PARAASAÚDE DO SEU REBANHO<br />

USO EXCLUSIVO<br />

VETERINÁRIO<br />

ATÉ 100 HEMOGRAMAS<br />

POR HORA!<br />

O Icounter VET é o analisador hematológico exclusivo para uso<br />

veterinário que é até 3 vezes mais rápido que seus concorrentes,<br />

sendo capaz de realizar cada análise em pouco mais de 30 segundos.<br />

É fabricado no Brasil e utiliza reagentes 100% nacionais, com<br />

reposição super rápida e com preços que não sofrem com variações<br />

cambiais. Sua assistência técnica, altamente qualificada, traz<br />

suporte especializado, com o menor tempo de resposta para<br />

solucionar suas dúvidas. Com tantas vantagens é impossível não<br />

ficar curioso!<br />

A Diagno traz para você uma oportunidade imperdível para adquirir<br />

seu Icounter VET com parcelamento facilitado e um super desconto<br />

para pagamento à vista!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

ECONÔMICO: BAIXO CUSTO<br />

DE MANUTENÇÃO<br />

+55 (31) 3489.5133<br />

+55 (31) 3489.5100<br />

0 123


INFORME DE MERCADO<br />

LANÇAMENTO VIDA ELECTROLYTE V<br />

Sempre a frente! Nos últimos anos a Vida<br />

Biotecnologia vem se consolidando como<br />

pioneira em diversos lançamentos no mercado<br />

de diagnósticos. E mantendo essa perspectiva<br />

ela acaba de lançar o Analisador de<br />

Eletrólitos VIDA ELECTROLYTE V, um analisador<br />

compacto de simples usabilidade, com<br />

alta durabilidade e baixa manutenção.<br />

Dentre as suas principais características se<br />

destaca o display em LCD com touch screen,<br />

impressora térmica interna, leitor de código<br />

de barra, velocidade de processamento de<br />

60 amostras/h, armazenamento de dados<br />

de até 1500 pacientes, além de uma comunicação<br />

simples e fácil com todo o software<br />

em português.<br />

Para mais informações ligue na Central de<br />

Vendas da Vida Biotecnologia no<br />

telefone (31) 3466-3351


INFORME DE MERCADO<br />

MÉTODOS DE RT-QPCR AUTOMATIZADOS COM<br />

EQUIPAMENTOS DE PIPETAGEM ECHO 525, DE ALTO<br />

RENDIMENTO E BAIXO CUSTO PARA TESTAGEM DE<br />

VIGILÂNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE SARS-COV-2<br />

“O Equipamento de Pipetagem Echo 525<br />

tem sido uma parte essencial de nosso<br />

laboratório para testagem de vigilância de<br />

SARS-CoV-2. Em uma comparação recente,<br />

descobrimos que o Echo 525, que dispensa<br />

o uso de ponteiras (tip-less) e é livre de<br />

contato durantes as transferencias, fornece<br />

dados muito confiáveis e sensíveis para o<br />

prepraro de reações de RT-qPCR a 5 µL em<br />

faixa de concentração de 2,1-200 cópias /µL."<br />

Dr. Andrea Crisanti, Professor de Microbiologia<br />

da Universidade de Pádua.<br />

Introdução<br />

A descoberta da doença do coronavírus 2019<br />

(COVID-19), também conhecida como SARS-<br />

CoV-2, em Wuhan,China, levantou um alerta<br />

público global 1. Este vírus mortal e altamente<br />

infeccioso fez com que o mundo tomasse<br />

medidas sérias, visto que o número de casos<br />

confirmados tem aumentado continuamente<br />

desde que foi relatado o primeiro caso. O<br />

governo chinês alertou que são necessários<br />

esforços internacionais para superar esse surto.<br />

A professora Andrea Crisanti 2, da Universidade<br />

de Pádua, respondeu imediatamente a essa<br />

pandemia iniciando um método de RT-qPCR de<br />

alto rendimento, automatizado e de baixo custo<br />

para testar milhares de amostras de RNA a partir<br />

de swabs na área do Veneto, no norte da Itália.<br />

Life Sciences e tem sido uma parte essencial desses eluídos em um volume final de 100 μL usando<br />

estudos econômicos e de alto rendimento. Com alta um Sistema MagNA Pure 96. Realizou-se<br />

precisão e exatidão o Echo 525 até 25 nL permitiu<br />

que os ensaios de RT-qPCR fossem realizados com<br />

sucesso em volumes reduzidos de 5 µL em placas de<br />

formato de 384 poços em vez de 25 µL em placas<br />

de 96 poços. Para a reação de 5 µL, utilizou-se 1 µL<br />

de amostra extraída de RNA de swabs nasais e 4<br />

µL de pré mix de RT-qPCR, incluindo os primers e<br />

a detecção de RNA de SARS-CoV-2 por um<br />

método in house de PCR em tempo real, que foi<br />

desenvolvido de acordo com o protocolo, primers<br />

e sondas projetadas por Corman et al.3 visando<br />

os genes de RNA polimerase dependente de RNA<br />

e envelope (E) (E_Sarbeco_F, E_Sarbeco_R,<br />

E_Sarbeco_P1) de SARS-CoV-2 (RdRp: RdRp_<br />

sondas. A redução de volume de reação de RT-qPCR SARSr-F, RdRp_SARSr-R, RdRP_SARSr-P1 e<br />

tem sido essencial para se utilizar menos reagente RdRp_SARSr-P2).<br />

mas manter um alto nível de detecção (LoD) de 2,1<br />

cópias/µL para uma única amostra.<br />

Usando-se este método, o grupo foi capaz<br />

de estudar até 5.000 amostras por dia com<br />

Ácidos nucleicos totais foram purificados a partir<br />

de 200 μL de amostras de swab nasofaríngeo e<br />

tempo de retorno rápido de 15 minutos<br />

contra 3 horas para a configuração de reação.<br />

Figura 1. Fluxo de trabalho da análise de carga viral de RNA no laboratório do Prof. Crisanti<br />

O Echo 525 é um equipamento de trasnferência<br />

de líquidos e pipetagem automática acústico que<br />

dispensa ponteiras (tipless) da Beckman Coulter<br />

0 126<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Testes de comparação entre o equipamento Echo 525 e equipamento de transferência de<br />

líquidos automático que utiliza ponteiras<br />

Foram testadas sete amostras de RNA de baixa concentração de extratos de swab nasal, em 10<br />

repetições no Echo 525 e um pipetador automático utilizando ponteiras.<br />

Tabela 1. Comparação de valores de Ct entre reações de RT-qPCR com configuração usando 2 métodos diferentes a 25 e 5 µL.<br />

A comparação do LoD entre as reações de 25 e de<br />

5 µL demonstrou:<br />

• 0,82 cópias/µL para reação de 25 µL em placa<br />

PCR de 96 poços e termociclador 7900HT Fast<br />

Real-Time com input de 5µl de amostra de<br />

RNA extraído.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

• 2,1 cópias/µL para reação de 5 µL em<br />

placa PCR de 384 poços e termociclador<br />

QuantStudio 5 com1 µL de input de amostra<br />

de RNA extraído.<br />

Além disso, como o Echo é uma tecnologia<br />

acústica que não emprega ponteiras, isso<br />

reduz o uso de ponteiras descartáveis, o que<br />

é extremamente importante devido à alta<br />

demanda por ponteiras durante a pandemia<br />

de SARS-CoV-2.<br />

"Em nossas mãos, o Echo permitiu reduzir o tempo<br />

de retorno e tempo de manipulação em 92% e 75%,<br />

respectivamente; e diminuiu o custo de reagente para<br />

RT-qPCR em 80%. Além disso, o fato de não se usar<br />

ponteiras de plástico foi um divisor de águas em nosso<br />

laboratório quando as ponteiras estão em grande<br />

demanda devido à pandemia." Dr. Andrea Crisanti,<br />

Professor de Microbiologia na Universidade de Pádua<br />

O mesmo tipo de comparação entre os dois<br />

equipamentos de pipetagem automática foi<br />

estendido para quatro placas de 96 poços em<br />

equipamento utilizando ponteiras (25 µL) versus<br />

Echo 525 com amostras de 384 poços (5 µL).<br />

Também foram incluídas quatro amostras de<br />

controle positivo (RNA de Ribonuclease P humana)<br />

e 25 amostras em branco. Os dados da comparação<br />

do valor de Ct apresentaram o seguinte resultado:<br />

• 15 amostras com carga viral de RNA semelhantes<br />

nos dois sistemas, com Ct variando entre 17 e 35<br />

• 13 amostras exibindo carga viral somente<br />

quando analisadas com o instrumento Echo 525<br />

em placas de 384 poços e com termociclador<br />

QuantStudio 5. Dessas 13 amostras:<br />

- Oito amostras foram confirmadas como tendo<br />

carga viral usando-se outros métodos.<br />

- Cinco amostras não foram monitoradas.<br />

A comparação de dois conjuntos de dados<br />

demonstra que configurar as reações de RT-qPCR<br />

em 5 µL, usando o Echo 525 em placas de 384<br />

poços não causa nenhuma perda de identificação<br />

de amostras com carga viral.<br />

O LoD foi avaliado testando 32 replicatas em 10<br />

diferentes concentrações de amostras de RNA<br />

com mais de 95% de positividade.<br />

A sensibilidade do ensaio foi aperfeiçoada<br />

usando o Echo 525 para configurar a reação<br />

de 5 µL em placa de 384 poços e QuantStudio<br />

5, em comparação com o uso de um pipetador<br />

automático utilizando ponteiras descartáveis<br />

para configurar uma reação de 25 µL em placa<br />

de PCR de 96 poços e 7900HT PCR Fast Real-<br />

Time. Esse resultado também pode ser atribuído<br />

à combinação do uso de um termociclador<br />

diferente com melhor transferência de calor para<br />

volumes menores.<br />

Figura 2. Curvas de amplificação para amostras de uma placa de 384 poços, com 2 controles positivos (destaque em verde) e uma<br />

amostra positiva (destaque em amarelo), e as amostras negativas ou controles negativos (curvas em azul de linha de base).<br />

• 327 amostras sem carga viral de RNA nos dois<br />

sistemas<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 127


INFORME DE MERCADO<br />

Resumo<br />

O aperfeiçoamento dos testes de vigilância e a<br />

detecção precoce da transmissão do SARS-CoV-2 em<br />

locais que ainda não foram afetados pelo vírus são<br />

fundamentais para controlar sua propagação e reduzir<br />

a substancial carga na saúde pública, econômica e<br />

social imposta pela COVID-19 em todo o mundo.<br />

Equipamentos como o Echo 525 permitem aplicações<br />

rápidas, econômicas e de alto rendimento, como<br />

estes estudos populacionais, tornando-os menos<br />

trabalhosos e reduzindo os volumes de reagentes<br />

e, portanto, o custo. Além disso, a tecnologia que<br />

dispensa ponteiras permite programas de testes<br />

mais sustentáveis e reduz ainda mais os custos,<br />

reduzindo o número de ponteiras descartáveis<br />

usadas em cada fluxo de trabalho.<br />

Figura 3. Membros do laboratório do grupo do Dr. Crisanti na Universidade de Pádua, Itália.<br />

As vantagens do fluxo de trabalho permitido pelo<br />

Echo no laboratório incluem:<br />

• Fácil de usar: A plataforma e o software do Echo<br />

são fáceis de usar e operar.<br />

A redução dos volumes de reação e o aumento da<br />

velocidade de configuração de reação usando o<br />

equipamento Echo também pode permitir uma<br />

escala maior nos testes de ~1.300 amostras/dia<br />

para até ~5.000 amostras/dia.<br />

Destaques<br />

No laboratório do Professor Crisanti, o método<br />

padrão antes de ter um Pipetador Automático Echo<br />

525 consistia em usar um Pipetador Automatico<br />

com uso de ponteiras descartáveis e uma placa<br />

de 96 poços em conjuneto com Sistema de PCR<br />

7900HT Fast Real-Time. O Echo 525 foi adicionado<br />

ao laboratório para tornar mais enxuta a<br />

configuração das reações de RT-qPCR pós-extração<br />

usando placa de 384 poços em conjunto com o<br />

QuantStudio 5 Real-Time PCR.<br />

• Redução do tempo de manipulação: 75% mais<br />

rápido no Echo (de 8 horas para 2 horas)<br />

• Redução do custo do reagente: 80% de economia<br />

(de 25 µL RT-qPCR para 5 µL)<br />

• Tempo de retorno mais rápido: tempo 92% mais rápido<br />

da amostra até os dados (de 3 horas para 15 minutos)<br />

• Diminuição do consumo de ponteiras de plástico,<br />

contribuindo com a sustentabilidade e evitando<br />

problemas com a cadeia de suprimento de ponteiras<br />

• Baixa manutenção: Usuários não precisam fazer<br />

calibração de líquido nem manutenção demorada<br />

• Necessidade de menos termocicladores: Passando<br />

de placas de 96 poços para 384 poços, são necessárias<br />

menos termocicladores, o que também é importante<br />

devido à alta demanda por termocicladores de 96<br />

poços durante a pandemia.<br />

Referências<br />

1. World Health Organization. Novel Coronavirus (COVID-19)<br />

Situation. covid19.who.int (2020)<br />

2. Crisanti. A. et al. Suppression of COVID-19 outbreak in the municipality<br />

of Vò, Italy. medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.17.20053157v1<br />

3. Corman. V.M. et al. Detection of 2019 novel coronavirus<br />

(2019-nCoV) by real-time RT-PCR. Eurosurveillance Vol. 25 doi:<br />

10.2807/1560-7917.ES.2020.25.3.2000045 (2020)<br />

Beckman Coulter Life Sciences<br />

Saiba mais: www.mybeckman.com.br<br />

Contato: mkt@beckman.com<br />

0 128<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


O KIT SALIVA KOLPLAST, PARA EXAME DE RT-PCR<br />

PARA COVID-19<br />

Procedimentos menos invasivos, mais rápidos<br />

e práticos, que oferecem maior acessibilidade,<br />

simbolizam cada vez mais a medicina<br />

moderna.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Inserido exatamente dentro desses critérios,<br />

o KIT SALIVA KOLPLAST oferece ao mercado de<br />

análises clínicas a opção ideal para coleta e<br />

processamento biomolecular de material para<br />

diagnóstico do COVID 19.<br />

O Laboratório IPOG, em sua sede em São<br />

Paulo no bairro Moema, montou uma área<br />

totalmente dedicada e exclusiva para processamento<br />

de exames para doenças respiratórias,<br />

tendo como carro-chefe, exames para a<br />

Covid-19. Com uma equipe exclusiva com especialistas<br />

nesta área, totalmente dedicados<br />

ao processamento deste tipo de exame o Laboratório<br />

IPOG possui um excelente prazo de<br />

liberação, o RT-PCR para a Covid-19, muitas<br />

vezes é liberado em menos de 24 horas.<br />

De acordo com o laboratório, são muitas as<br />

vantagens da coleta de RT-PCR pela saliva e eles<br />

passarão a fazê-la a partir de março deste ano.<br />

1. Menos invasiva, sendo necessário apenas<br />

uma amostra de 2ml de saliva do paciente;<br />

2. Maior praticidade;<br />

3. Possibilita realização de auto coleta, proporcionando<br />

um maior alcance de testagem e<br />

maior versatilidade para o setor de coleta de<br />

clínicas e laboratórios;<br />

4. É indolor e não causa qualquer incomodo.<br />

Excelente para crianças, idosos ou pessoas<br />

mais sensíveis à coleta nasofaringe;<br />

5. Altamente eficaz. Em nada difere na eficácia<br />

do resultado em comparação a coleta<br />

nasofaringe;<br />

6. Amostra tem maior estabilidade em temperatura<br />

ambiente.<br />

O emprego da saliva como matriz para pesquisa<br />

de patógenos e testes diagnósticos, não<br />

é exatamente uma novidade, mas o conforto e<br />

praticidade oferecidos pelo novo produto Kolplast<br />

vão muito além do convencional.<br />

O Kit é composto de um tubo rígido contendo<br />

a quantidade correta de meio preservante<br />

e um pequeno, delicado e prático funil que<br />

permite ao paciente depositar a saliva com<br />

segurança e sem perdas.<br />

Permite a auto coleta dispensando assim<br />

o auxiliar de laboratório qualificado, com<br />

evidentes vantagens econômicas para a Instituição.<br />

Afasta do paciente os temores de<br />

agulhas e swabs. Está feita a união do útil<br />

com o agradável!<br />

O Grupo Kolplast é parceiro do Laboratório<br />

IPOG, e busca oferecer soluções inovadoras<br />

para a saúde.<br />

Fale conosco para mais informações!<br />

Central de Relacionamento Grupo Kolplast<br />

11 4961-0900<br />

vendas@kolplast.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 129


INFORME DE MERCADO<br />

C<br />

M<br />

SHOWROOM BUNZL SAÚDE<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

É com muito prazer que a Bunzl Saúde comunica<br />

a inauguração de seu Showroom.<br />

Um espaço exclusivo para treinamento,<br />

apresentação e demonstração dos principais<br />

produtos e lançamentos do mercado<br />

hospitalar e diagnóstico.<br />

Ambiente climatizado, com estrutura moderna,<br />

confortável e equipado com sistema multimídia.<br />

Além de contar com a parceira comercial,<br />

Laborline, que também apresenta sua linha de<br />

Centrífugas e Equipamentos.<br />

Em breve, você poderá viver essa experiência<br />

no Showroom Bunzl Saúde, acompanhe!<br />

bunzlsaude.com.br<br />

(11) 3652-2525 / 3195-8640<br />

portal@bunzlsaude.com.br<br />

/bunzlsaude<br />

TG ENERGIA, APRESENTA SUA LINHA DE ESTABILIZADORES E<br />

NO-BREAKS PARA HOSPITAIS E LABORATÓRIOS CLÍNICOS<br />

Atendendo os mais exigentes padrões de qualidade<br />

em ESTABILIZADORES e NO-BREAKS a<br />

TG Energia apresenta ao mercado da saúde<br />

sua ampla gama de equipamentos de proteção<br />

contra sobrecargas e interrupções no fornecimento<br />

de energia.<br />

SERIES ESTABILIZADORES:<br />

BYH – BYP - BYT<br />

A linha e constituída com topologia RISC garantindo<br />

a proteção de equipamentos sensíveis<br />

contra variação de tenção da rede elétrica.<br />

SERIES NO-BREAKS:<br />

BXF11 - BXO31 - EXM33/20<br />

A linha de NO-BREAKS trifásicos EXM33/20 com<br />

dupla conversão de alto desempenho, permite a<br />

expansão da capacidade de potência garantindo<br />

maior confiabilidade e proteção para o fornecimento<br />

de energia em aplicações de missão crítica.<br />

Potencias:<br />

• 380/220V: de 20kVA a 200kVA (bivolt)<br />

• 220/127V: de 12kVA a 120kVA<br />

Consulte-nos para projetos especiais:<br />

Site: http://www.tgenergia.com.br<br />

E-mail: gilberto@tgenergia.com.br<br />

Telefone: (11) 9 4490-6406<br />

ou (35) 9 9890-5018<br />

0 130<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


PENSANDO EM ECONOMIA E GANHO NOS PROCESSOS<br />

LABORATORIAIS NO SETOR DE HEMATOLOGIA?<br />

O setor de hematologia para as pequenas<br />

e médias rotinas conta com o BC-5380<br />

– Mindray, que proporciona diferencial<br />

leucocitário em 5 partes e 27 parâmetros,<br />

velocidade de 60 amostras por hora, auto<br />

carregamento para 30 amostras e alimentação<br />

contínua. As metodologias são: difração<br />

e laser combinada com coloração<br />

química e avançada citometria de fluxo,<br />

com exclusivo canal para contagem de<br />

basófilos e impedância. Amostra de 20µl.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Os laboratórios clínicos buscam melhorias<br />

e padronização nos seus processos<br />

e fluxos de trabalho assim como nos resultados<br />

dos exames. O aumento do nível<br />

de automação e redução de erro humano<br />

e dos riscos de contaminação, tanto dos<br />

profissionais como das amostras. O BC-<br />

5380 permite análise completa do hemograma<br />

e liberação de até 80% da rotina<br />

de hematologia sem a necessidade de<br />

confecção de lâminas e microscopia. A<br />

redução da mão de obra nos processos<br />

permite realocar os recursos humanos<br />

para situações que exijam: análise crítica<br />

dos resultados ou controle de qualidade,<br />

processos manuais e atuação comercial. O<br />

resultado do hemograma com diferencial<br />

leucocitário em 5 partes proporciona a<br />

diminuição da confecção de lâminas e microscopia,<br />

sendo uma economia não somente<br />

em mão de obra como em material<br />

(lâminas e corantes). O auto carregamento<br />

diminui o tempo gasto em frente ao<br />

equipamento, automatizando o processo<br />

de amostragem, que é um processo repetitivo<br />

de abrir e fechar tubos de amostras<br />

e que pode proporcionar erros na identificação<br />

das amostras ou trocas acidentais,<br />

além do risco biológico. O BC-5380 traz<br />

elasticidade no ganho de capacidade em<br />

processar a rotina além de contar com o<br />

aumento na segurança e economia dos<br />

processos administrativos de transcrever<br />

os resultados no sistema, se o equipamento<br />

estiver interfaceado ao sistema de<br />

informação do laboratório (LIS).<br />

Para maiores informações, favor<br />

consultar-nos.<br />

J.R. EHLKE & Cia Ltda.<br />

Av. João Gualberto, 1661 - Juvevê<br />

Curitiba / PR - Brasil - CEP 80030-001<br />

Tel + 55 41 3352-2144<br />

www.jrehlke.com.br<br />

jrehlke@jrehlke.com.br<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 131


INFORME DE MERCADO<br />

EXAMES PODEM PREVER CHANCES DE<br />

DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER<br />

DB Patologia apresenta testes que<br />

fazem a detecção da Síndrome de<br />

Lynch e tumores associados<br />

A Síndrome de Lynch é uma doença hereditária<br />

e se caracteriza pelos defeitos em genes<br />

chamados de “genes de reparo”. É comum, no<br />

corpo humano, que o DNA sofra agressões. Por<br />

isso, é de suma importância que o sistema de<br />

reparo seja eficaz. Esses genes são responsáveis<br />

por identificar e reparar essas agressões. Porém,<br />

se os genes responsáveis por essa função não<br />

estiverem funcionando adequadamente, as<br />

chances de uma célula com DNA não reparado<br />

se multiplicar sem controle são altas, levando<br />

ao surgimento de um câncer. Assim, a Síndrome<br />

de Lynch aumenta as chances de o indivíduo ter<br />

inúmeras neoplasias.<br />

Essa síndrome está muito associada, em<br />

grande parte, ao surgimento de câncer<br />

colorretal, sendo considerada um fator de risco<br />

de grande importância e está presente em 3%<br />

dos casos dessa enfermidade. Essa neoplasia é<br />

uma das mais incidentes no mundo. No Brasil,<br />

segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA),<br />

estima-se 41.010 novos casos diagnosticados<br />

(no triênio 2020-2022), afetando, com maior<br />

ocorrência, a população masculina com mais<br />

de 50 anos.<br />

Dr. Gregório Pereira, médico patologista e<br />

coordenador do setor de Imuno-histoquímica e<br />

Patologia Molecular do DB Patologia<br />

Unidade do DB Patologia.<br />

“O câncer colorretal já é uma doença muito<br />

comum entre os cânceres. A maioria dos<br />

casos não têm fator genético. Mas, há os<br />

casos identificados na Síndrome de Lynch, em<br />

que há o fator hereditário. As chances de se<br />

desenvolver a doença, nesses casos, são altas,<br />

chegando a 80%. Pode ocorrer também em<br />

indivíduos mais jovens”, explica o Dr. Gregório<br />

Pereira, médico patologista e coordenador<br />

do setor de Imuno-histoquímica e Patologia<br />

Molecular do DB Patologia.<br />

Para esses casos, o mais recomendado é o<br />

acompanhamento genético para indicação<br />

de métodos de rastreamento ao paciente e<br />

aos familiares próximos. A identificação da<br />

Síndrome de Lynch funciona como um alerta<br />

para o indivíduo diagnosticado e para todos<br />

os familiares consanguíneos. Assim, é possível<br />

tomar decisões mais assertivas em casos de<br />

detecção de câncer precoce, aumentando<br />

significativamente as chances de cura.<br />

O Diagnóstico<br />

A confirmação da Síndrome de Lynch pode ser<br />

feita por meio de exames moleculares, como PCR e<br />

sequenciamento, que têm como objetivo identificar<br />

mutações em genes relacionados. Há também<br />

o exame imuno-histoquímico, uma importante<br />

ferramenta para a identificação da instabilidade de<br />

microssatélites, presente nessa síndrome.<br />

“O exame imuno-histoquímico identifica<br />

a presença ou a ausência das proteínas<br />

produzidas pelos genes de reparo,<br />

determinando de maneira ‘indireta’ a<br />

disfunção desses genes. Testes moleculares,<br />

como o PCR, por sua vez, identificam a<br />

sequência genética que apresenta a mutação<br />

relacionada à síndrome. A utilização do teste<br />

molecular é indicada no caso de resultados<br />

indeterminados na imuno-histoquímica,<br />

incluindo discordância, dificuldade de<br />

interpretação ou perda da expressão<br />

de apenas uma proteína do sistema de<br />

reparação”, complementa o Dr. Gregório.<br />

É importante ressaltar que existem muitos<br />

outros tipos de câncer associados à Síndrome<br />

de Lynch. Entre eles, estão: carcinoma de<br />

ovário, carcinoma de endométrio, carcinoma<br />

de bexiga urinária, carcinoma sebáceo da<br />

pele e, até mesmo, leucemias.<br />

0 132<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


LANÇAMENTOS FIRSTLAB: AGULHAS HIPODÉRMICAS E<br />

CURATIVO PÓS COLETA<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A Firstlab é sinônimo de seu primeiro parceiro<br />

quando se fala em soluções integradas para<br />

Laboratórios. Garantimos maior tranquilidade<br />

quanto à aquisição de um produto seguro para<br />

os profissionais da saúde e para os pacientes.<br />

Conheça nossos lançamentos.<br />

As Agulhas Hipodérmicas¹ possuem calibres<br />

ideais para aspirações, aplicações<br />

de vacinas ou medicamentos e coleta de<br />

sangue dentro das rotinas hospitalares e<br />

laboratoriais. Nossas agulhas são estéreis,<br />

atóxicas e apirogênicas. Permitem a<br />

conexão segura com seringas de bico luer<br />

slip e luer lock. Parede fina no tamanho<br />

13 x 45 e extrafina para os demais tamanhos,<br />

possibilitando um aumento na taxa<br />

de fluxo com calibres menores. Identificação<br />

por cores.<br />

Os Curativos Pós Coleta² são indicados para<br />

estancar pequenos sangramentos. Fabricados<br />

em polietileno siliconado, fita microporosa e<br />

não tecido e o tipo de cola é Hot melt. Principal<br />

benefício: mais conforto e menos irritabilidade<br />

na pele. Por não terem látex em sua composição,<br />

possuem boa ventilação, facilidade de uso,<br />

formato anatômico e mais confortáveis. Outro<br />

diferencial é a composição do tampão (almofadinha).<br />

É TNT, tecido e não tecido. É mais absorvente<br />

e proporciona melhor suavidade e flexibilidade,<br />

pois se moldam nas dobras da pele.<br />

Prepare-se para ter em seu dia a dia, uma<br />

nova concepção de produtos laboratoriais e<br />

soluções integradas.<br />

¹ Registro ANVISA: 10330669063<br />

² Registro ANVISA: 10426950002<br />

Saiba mais sobre os produtos Firstlab ::<br />

www.firstlab.ind.br<br />

atendimento@firstlab.ind.br<br />

0800 710 0888<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 133


INFORME DE MERCADO<br />

DOSAGEM HORMONAL PELO MÉTODO DE ELISA<br />

O sistema endócrino é composto por um<br />

grupo de glândulas e órgãos que regulam e<br />

controlam várias funções do organismo por<br />

meio da produção e secreção de hormônios.<br />

Os hormônios, por sua vez, são substâncias<br />

químicas que atuam como mensageiros, controlando<br />

e coordenando atividades em todo o<br />

corpo. Por isso mesmo, quando ocorrem alterações<br />

hormonais, o organismo pode apresentar<br />

alguns sintomas característicos, como<br />

excesso de fome, sono, mudanças de humor<br />

e até o crescimento desordenado de pelos. A<br />

realização de testes para dosagem hormonal,<br />

portanto, tem um papel fundamental para<br />

garantir a qualidade de vida do paciente, possibilitando<br />

a detecção precoce dos distúrbios<br />

hormonais e apoiando o médico na tomada de<br />

decisão sobre o melhor tratamento.<br />

A dosagem hormonal pelo método de ELISA<br />

de competição é capaz de detectar moléculas<br />

muito pequenas, fazendo isso por meio do revestimento<br />

dos poços das placas com anticorpos<br />

específicos para o hormônio que se deseja<br />

avaliar. Assim, o resultado do teste aponta a<br />

quantidade de hormônios na amostra de forma<br />

altamente específica e sensível.<br />

A EUROIMMUN Brasil expandiu sua linha de<br />

testes com foco em distúrbios de hormônios<br />

sexuais e metabólicos, permitindo a identificação<br />

e diferenciação com segurança a partir<br />

de amostras de soro e/ou plasma humano.<br />

Nosso portfólio inclui os seguintes testes para<br />

alterações hormonais:<br />

• DHEA - Dehidroepiandrosterona<br />

Funciona como marcador útil da síntese de<br />

androgênio adrenal. Alterações nos níveis de<br />

DHEA podem ocorrer no hipo-adrenalismo e<br />

em outras condições, incluindo adenoma e<br />

carcinoma adrenal virilizante.<br />

• T3 reversa<br />

A T3 reversa é um valioso biomarcador do<br />

metabolismo e função dos hormônios tireoidianos.<br />

Sua dosagem pode ser útil para diferenciar<br />

o diagnóstico entre pacientes com hipotireoidismo<br />

central e aqueles com síndrome<br />

de T3 baixo.<br />

• 17-OH Progesterona<br />

A dosagem de 17-OH progesterona possibilita<br />

a diferenciação no diagnóstico da HAC e pode<br />

ser dividida nas formas clássicas e não-clássicas,<br />

com a quantidade de enzimas reduzidas.<br />

• Estrona<br />

Hormônio esteróide, da classe dos estrogênios,<br />

responsável pelo desenvolvimento e função<br />

dos órgãos sexuais femininos, além da regulação<br />

do crescimento e da densidade óssea.<br />

• DHT - Dihidrotestosterona (DHT)<br />

5α-dihidrotestosterona (DHT) pertence à<br />

classe dos andrógenos. Alterações nos níveis<br />

de DHT podem estar relacionados à hirsutismo<br />

idiopático e ovários policísticos e à aplasia de<br />

células germinativas e azoospermia.<br />

EUROIMMUN<br />

Eurohub – Hub de geração e disseminação<br />

do saber científico<br />

0 134<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


Identifique e diferencie<br />

com segurança distúrbios<br />

no equilíbrio de hormônios<br />

metabólicos e sexuais.<br />

A medicina diagnóstica tem um papel<br />

importante na saúde hormonal.<br />

O diagnóstico assertivo pode ser<br />

realizado através de soluções pelo<br />

método de ELISA.<br />

Conheça nossos produtos e garanta<br />

excelência no processo de dosagem<br />

hormonal em seu Laboratório!<br />

www.euroummun.com.br/hormonios<br />

Código<br />

Apresentação Nome registrado na ANVISA Registro<br />

EQ 6154 9601 96 x 01 (96) Dehidroepiandrosterona (DHEA) ELISA 10338930241<br />

EQ 6165-9601 96 x 01 (96) Estrona ELISA<br />

10338930244<br />

EQ 6163-9601 96 x 01 (96) 17-OH-Progesterona ELISA 10338930242<br />

EQ 6152-9601 96 x 01 (96) Dihidrotestosterona ELISA 10338930240<br />

EQ 1016-9601-9 96 x 01 (96) T3 Reversa<br />

10338930243<br />

ESCANEIE O QR CODE<br />

PARA SABER MAIS


INFORME DE MERCADO<br />

LINHA SAFETY VACUETTE®<br />

GARANTIA DE SEGURANÇA PARA PROFISSIONAIS E PACIENTES<br />

Americana, 25 de Janeiro 2021 – Estamos<br />

expostos a acidentes diariamente, independente<br />

do cenário ao qual fazemos parte. Na área da<br />

saúde não é diferente, lesões por perfurocortantes<br />

é um risco presente e uma das causas mais<br />

frequentes de acidentes com profissionais da<br />

saúde. O maior risco envolvido, é a contaminação<br />

por contato com materiais biológicos ou<br />

dispositivos contaminados.<br />

Atualmente, existem mais de 20 patógenos<br />

conhecidos que podem ser transmitidos pelo<br />

contato direto com o sangue contaminado, sendo<br />

os mais perigosos o HBV, HCV e HIV. Estudos<br />

comprovam que é dez vezes mais provável<br />

contrair esses vírus em ambientes hospitalares<br />

do que em ambientes externos.<br />

Implementar medidas de proteção à segurança<br />

e à saúde desses profissionais é fundamental<br />

e está previsto na NR-32, que estabelece as<br />

normas para a prevenção de riscos de acidentes<br />

com materiais perfurocortantes. Prevenir é a<br />

forma de proteção mais eficiente e a linha Safety<br />

VACUETTE®, da Greiner Bio-One oferece uma<br />

ampla gama de produtos seguros e inovadores,<br />

o que permite personalizar a coleta de acordo<br />

com os diferentes tipos de acesso venoso. Veja<br />

algumas das soluções disponíveis:<br />

Os Adaptadores de Segurança QUICKSHIELD são<br />

de uso único e contém um escudo de proteção<br />

com rotação de 360°, que pode ser posicionado<br />

em qualquer direção, facilitando para destros e<br />

canhotos, sem alteração na técnica utilizada para<br />

punção. Finalizada a coleta, basta pressionar o<br />

escudo contra uma superfície rígida até ouvir<br />

um clique, indicando que o sistema foi ativado e<br />

permanentemente travado.<br />

Os Escalpes com Trava de Segurança VACUETTE®<br />

possuem um mecanismo de segurança que<br />

reduz a taxa de lesões por agulhas em até 60%<br />

quando comparado ao uso de um escalpe sem<br />

mecanismo de segurança. A trava de segurança<br />

com mecanismo manual, permite total controle<br />

no momento da retirada do dispositivo, pois a<br />

agulha desliza delicadamente junto a cânula de<br />

proteção e um clique audível confirma que a<br />

trava foi acionada. Além disso, o escalpe possui<br />

uma antecâmara pela qual é possível visualizar o<br />

fluxo sanguíneo assim que a punção é realizada.<br />

O resultado é mais segurança para o profissional<br />

e pacientes cada vez mais satisfeitos.<br />

Ainda falando de prevenção, a linha PREMIUM<br />

dos renomados Tubos VACUETTE® para coleta<br />

de sangue à vácuo, trazem mais confiança e<br />

segurança, pois possuem tampa com rosca,<br />

garantia total para o transporte seguro das<br />

amostras e evitam o efeito aerossol no momento<br />

da abertura dos tubos.<br />

Acesse o site da Greiner Bio-One para saber mais<br />

sobre estes e outros produtos da Linha Safety, ou<br />

entre em contato pelo e-mail: info@br.gbo.com.<br />

Greiner Bio-One<br />

Sediada em Kremsmünster, na Áustria, a Greiner<br />

possui quatro divisões operacionais, a Greiner<br />

Packaging, Greiner Bio-One, Greiner Foam e<br />

Greiner Extrusion, atuando em vários setores<br />

como na produção de espuma e processadores<br />

de plásticos para os setores de embalagens,<br />

móveis, esporte, automotivo, tecnologia médica<br />

e farmacêutica. Também está entre os principais<br />

fabricantes de linhas, ferramentas e plantas de<br />

extrusão. Em 2017, a Greiner empregou mais<br />

de 10 mil funcionários nas 139 subsidiárias<br />

distribuídas em 33 países. www.greiner.com<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com<br />

0 136<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


NOSSO OBJETIVO<br />

É A SUA SEGURANÇA<br />

LINHA SAFETY VACUETTE<br />

Greiner Bio-One<br />

®<br />

EVITE ACIDENTES. PROTEJA-SE.<br />

A linha completa de acessórios VACUETTE®, oferece dispositivos seguros<br />

pensando especialmente nos cuidados com o profissional da saúde e do paciente.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

TEL +55 (19) 3468-9600 / FAX +55 (19) 3468-3601 / E-MAIL info@br@gbo.com


INFORME DE MERCADO<br />

A HORIBA MEDICAL ENTENDE O PODER QUE UMA LINHA<br />

TEM DE TRANSFORMAR O MUNDO E AGORA POSSUI UMA<br />

NOVA FAMÍLIA DE ANALISADORES E REAGENTES PARA<br />

HEMOSTASIA.<br />

• Torne a vida do seu laboratório mais fácil<br />

• Reduza o erro<br />

• Garanta a confiança médica em seus resultados<br />

• Envolva o laboratório em uma etapa adicional de qualidade<br />

• Aumente a capacidade de diagnóstico do seu laboratório<br />

Mude para nova geração de analisadores de<br />

hemostasia Horiba Medical<br />

Instrumentos de hemostasia compactos<br />

projetados para pequenos laboratórios para<br />

realizar testes de coagulação<br />

Yumizen G200<br />

• Dois canais de medição<br />

• Três metodologias de análise igual aos equipamentos automatizados<br />

• Sem manutenção<br />

• Velocidade aproximada 30 testes por hora.<br />

• Cubetas descartáveis de reação única (compatível com toda linha)<br />

• Equipamentos com áreas de cubetas de<br />

• pré-incubação e posicionamento de reagentes.<br />

• Ampla gama de reagentes oferecidos.<br />

• Contempla todo perfil de testes de hemostasia.<br />

• Mesmo reagentes e consumeis que os equipamentos automatizados.<br />

• Pode ser utilizado como back up dos equipamentos automatizados.<br />

• Compatível com QCP Horiba. Controle de qualidade Horiba dando maior<br />

confiabilidade ao teste.<br />

HORIBA Medical Brasil<br />

Tel.: (11) 2923-5400 - E-mail: marketing.br@horiba.com<br />

0 138<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

GASOMETRIA I15 LABTEST<br />

Portátil, leve e de fácil operação, o sistema de<br />

gasometria i15 Labtest é a solução ideal para<br />

quem busca um sistema completo e versátil,<br />

que permite realizar análises em ambientes<br />

laboratoriais e hospitalares.<br />

O sistema é automático e pode-se utilizar<br />

amostras de sangue total arterial ou venoso,<br />

coletadas em heparina lítica ou heparina<br />

balanceada com cálcio, incluindo gasometria<br />

capilar.<br />

• Sempre pronto para realizar o teste, o sistema<br />

utiliza apenas 140 µL de amostra e os resultados<br />

são obtidos em 48 segundos, após a aspiração da<br />

amostra. A bateria tem autonomia para 50 testes<br />

contínuos.<br />

• Até 34 parâmetros por amostra:10 parâmetros<br />

medidos (pH, pCO2, pO2, Na+, K+, Ca++, Cl-,<br />

Glu, Lac e Hct) e 24 parâmetros calculados.<br />

• Cartuchos individuais e de uso único que<br />

possuem microssensores para determinação dos<br />

parâmetros por potenciometria, amperometria e<br />

condutimetria.<br />

• O sistema requer baixa manutenção: com<br />

tecnologia inovadora de controle de líquidos, a<br />

amostra fica confinada no cartucho e não entra<br />

em contato com o sistema operacional interno.<br />

• Garantia de exatidão e precisão nos resultados:<br />

calibração automática a cada amostra, três níveis<br />

de controle de qualidade e simulações internas.<br />

• Com impressora embutida e software<br />

configurável para melhor atender a sua rotina,<br />

é capaz de armazenar até 10.000 dados de<br />

pacientes e 5.000 dados de CQ.<br />

Entre em contato e conheça a solução<br />

Labtest para gasometria:<br />

DDG: 0800 031 3411<br />

E-mail: labtest@labtest.com.br<br />

Site: labtest.com.br<br />

/labtestdiagnostica<br />

INFECÇOES INTESTINAIS – ADENOVÍRUS E ROTAVÍRUS<br />

A gastroenterite é uma inflamação do trato digestivo<br />

que atinge principalmente o estômago e o<br />

intestino. Os principais sintomas incluem náuseas,<br />

vômitos, diarreia aquosa, dor abdominal e cólicas,<br />

muitas vezes são acompanhados de inchaço, febre<br />

alta, calafrios, dor de cabeça e cansaço físico.<br />

As causas mais comuns das gastroenterites<br />

são agentes virais, bactérias, parasitas e as intoxicações<br />

alimentares. Dentre as infecções virais,<br />

podemos citar, rotavírus, norovírus, astrovírus,<br />

adenovírus e sapovírus .<br />

As gastroenterites acometem com maior incidência<br />

os países em subdesenvolvidos ou em<br />

desenvolvimento, devido as precárias condições<br />

de saneamento básico, má qualidade da água<br />

potável e fatores de riscos nutricionais. Embora<br />

nos países desenvolvidos a morte por doença<br />

diarreica seja relativamente baixa, a patologia<br />

continua como um importante fator de morbidade,<br />

demandando elevados custos.<br />

Segundo dados da Organização Mundial da<br />

Saúde (OMS), anualmente são registrados no<br />

mundo 2 bilhões de casos de doença diarreica e<br />

1,9 milhões de crianças com menos de 5 anos de<br />

idade são levadas a óbito.<br />

A LumiraDx possui em seu portfolio testes rápidos<br />

para a detecção qualitativa de Rotavírus e<br />

Adenovírus em amostras de fezes permitindo o<br />

diagnóstico preciso e conduta terapeutica adequada<br />

as infecções instestinais.<br />

Para maiores informações, entre em<br />

contato através do<br />

e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />

ou (11) 5185- 8181.<br />

0 140<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


COM A APROXIMAÇÃO DA SEMANA DE LUTA CONTRA<br />

A TUBERCULOSE, ESPECIALISTAS DESTACAM A<br />

IMPORTÂNCIA DE EXAME QUE DETECTA A DOENÇA EM<br />

SUA FASE LATENTE (ILTB)<br />

INFORME DE MERCADO<br />

A tuberculose (TB) é uma doença séria e<br />

altamente contagiosa. Segundo dados do<br />

Relatório Global da Tuberculose 2020, 10<br />

milhões de pessoas foram infectadas pelo<br />

Mycobacterium tuberculosis, com 1,2 milhão<br />

de óbitos em todo o mundo, ao longo de<br />

2019. No Brasil, foram registrados 96 mil<br />

novos diagnósticos no mesmo período,<br />

sendo 6.700 fatais. Em 2018, a OMS lançou<br />

a campanha global “Unidos Para Acabar com<br />

a Tuberculose”, com o objetivo de erradicá-la<br />

até 2030.<br />

Uma das maneiras mais efetivas de prevenir<br />

a transmissão e erradicar a doença se dá pelo<br />

diagnóstico e tratamento precoces da TB ativa<br />

e da prevenção reativa da doença, através do<br />

tratamento da (ILTB). “Embora a tuberculose<br />

seja curável, quanto antes o tratamento for<br />

feito, menor será o sofrimento do paciente,<br />

assim como a taxa de disseminação da<br />

doença. Para o diagnóstico da ILTB, hoje<br />

existem testes mais precisos e assertivos”,<br />

comenta a médica infectologista e diretora<br />

clínica do Instituto Clemente Ferreira, Dra.<br />

Denise Silva Rodrigues.<br />

Entre os métodos para identificar a ILTB<br />

recomendados pela OMS, está o teste IGRA<br />

- QuantiFERON – TB Gold Plus. Desenvolvido<br />

pela QIAGEN, o exame é feito com uma<br />

amostra de sangue e requer apenas uma<br />

visita ao médico, apresentando resultado<br />

rápido e seguro.<br />

Além disso, a testagem da ILTB é indicada<br />

principalmente para pessoas que compõe<br />

o chamado grupo de risco da doença,<br />

como portadores de HIV positivo, pessoas<br />

que recebam tratamento anti-TNF-alfa ou<br />

imunossupressores, pessoas que tiveram<br />

contato com portadores da enfermidade,<br />

crianças abaixo de 5 anos, profissionais<br />

da área da saúde, imigrantes e população<br />

privada da liberdade.<br />

Em breve teste IGRA QuantiFERON-TB Gold<br />

Plus estará disponível em toda rede SUS<br />

e também em todos os planos de saúde a<br />

partir de 01/04/2021 com DUT.<br />

QIAGEN Brasil<br />

vendas.brasil@qiagen.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 141


INFORME DE MERCADO<br />

EM TEMPOS DE COVID-19, TAMBÉM É NECESSÁRIO<br />

COMBATER A DENGUE<br />

“Simultaneamente à guerra contra a Covid-19,<br />

o Brasil não pode esmorecer na luta contra outra<br />

inimiga da saúde pública, a dengue, que teve<br />

cerca de um milhão de casos em 2020”, alerta<br />

o médico sanitarista Alexandre Chieppe, diretor<br />

médico da MedLevensohn, salientando: “No<br />

combate e prevenção desta doença, cada brasileiro<br />

pode e deve fazer sua parte, eliminando os<br />

criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor<br />

dos vírus causadores da infecção. Para isso,<br />

não se pode deixar água parada em nenhuma<br />

superfície das casas, terrenos e quintais. Também<br />

se recomenda instalar telas de proteção em janelas<br />

e portas, uso de produtos repelentes na pele<br />

e roupas que protejam braços e pernas, em áreas<br />

expostas ao inseto.<br />

O boletim epidemiológico mais recente do<br />

Ministério da Saúde revela que, entre janeiro e<br />

novembro do ano passado, ocorreram 971.136<br />

casos de dengue no País, com 528 mortes.<br />

Maiores incidências verificaram-se nas regiões<br />

Centro-Oeste (1.187,4 por 100 mil habitantes),<br />

Sul (931,3/100 mil) e Nordeste (258,6/100 mil).<br />

“Tais dados epidemiológicos podem parecer pouco<br />

graves na comparação com os da Covid-19,<br />

que já matou mais de 220 mil brasileiros, mas<br />

são muito preocupantes, pois se trata de uma<br />

enfermidade epidêmica em crescimento e para<br />

a qual ainda não há vacina no sistema público,<br />

com capacidade de acesso muito baixa”, explica<br />

Chieppe.<br />

De 2018 para 2019, o Brasil já havia registrado<br />

aumento de 488% no número de casos de dengue.<br />

Em 2020, como demonstram os números, a<br />

expansão continuou, agravada pela simultaneidade<br />

com o novo coronavírus. Um dos problemas<br />

está na capacidade do sistema de saúde para<br />

atender às demandas relativas a uma gravíssima<br />

pandemia juntamente com uma epidemia nacional,<br />

agravada no período de chuvas, no qual a<br />

reprodução do mosquito é favorecida.<br />

“Um aspecto complicador é que os sintomas<br />

das duas doenças apresentam algumas semelhanças,<br />

confundindo-se também com a gripe,<br />

principalmente no início das duas infecções”,<br />

lembra o diretor médico da MedLevensohn. A<br />

dengue costuma apresentar febre alta, de até<br />

40 graus, dor de cabeça, muscular e nas articulações,<br />

cansaço, indisposição, enjoos e vômitos.<br />

Essas manifestações passam entre cinco e sete<br />

dias. Porém, há casos mais graves, hemorrágicos,<br />

que exigem tratamento imediato e, na maior<br />

parte das vezes, internação hospitalar. Os sintomas<br />

congruentes mais comuns da Covid-19 são<br />

febre, cansaço e dores no corpo. Tosse seca, dor<br />

de garganta e perda de olfato e paladar são sinais<br />

mais característicos da enfermidade pandêmica.<br />

Para as duas doenças não há tratamento cientificamente<br />

reconhecido como eficaz para a cura,<br />

processada pela reação natural do organismo.<br />

Em ambas, são tratados apenas os sintomas,<br />

com medicamentos que variam de acordo com<br />

as características dos pacientes e gravidade das<br />

infecções. Os pacientes mais graves requerem<br />

internação hospitalar. Os que são tratados em<br />

casa não devem tomar remédios, nem mesmo<br />

analgésicos, sem orientação médica. Em caso de<br />

dengue, por exemplo, é imprópria a administração<br />

de ácido acetilsalicílico (Aspirina, Melhoral e<br />

AAS, por exemplo).<br />

“Em caso de sintomas, é importante consultar<br />

o médico, para que se identifique o mais rapidamente<br />

possível qual doença está acometendo a<br />

pessoa, para o devido tratamento”, orienta Alexandre<br />

Chieppe, lembrando haver um teste rápido<br />

da MedLevensohn (Dengue- anticorpos IgG e<br />

IgM), que é um grande aliado no diagnóstico e<br />

controle da enfermidade. “Temos de fazer todos<br />

os esforços no sentido de vencer a dengue no<br />

Brasil, da mesma maneira e ao mesmo tempo<br />

em que enfrentamos a Covid-19”, conclui.<br />

MedLevensohn<br />

www.medlevensohn.com.br<br />

Central de Atendimento: 4003-9021<br />

Sac / Assistência Técnica: 0800 722 2393<br />

e-mail: suporte.tecnico@medlevensohn.com.br<br />

0 142<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

A LABORLINE ESTÁ ON-LINE<br />

A Laborline é uma empresa 100% brasileira, sua<br />

credibilidade está relacionada à constante atenção<br />

e dedicação no desenvolvimento de produtos<br />

duráveis, buscando inovação e qualidade.<br />

A marca apresenta ao mercado sua loja virtual<br />

laborline.com.br, onde é possível encontrar<br />

toda a linha de centrífugas e equipamentos para<br />

laboratórios que buscam otimizar e ter maior<br />

eficiência na sua rotina.<br />

ACESSE AGORA MESMO, PAGAMENTO EM ATÉ 10X SEM JUROS!<br />

WWW. LABORLINE.COM.BR<br />

Laborline<br />

(11) 3699-0960<br />

www.laborline.com.br - vendas@laborline.com.br<br />

TESTE MOLECULAR PARA SARS-COV-2 DA MOBIUS<br />

DETECTA VARIANTES<br />

A Mobius está sempre atenta as necessidades<br />

de seus clientes e realiza constantemente pesquisa<br />

e atualizações para oferecer sempre as<br />

melhores soluções.<br />

Em relação as novas variantes recém descobertas<br />

do SARS-CoV-2, informamos que foram realizadas<br />

análises in sílico em relação a interação<br />

das novas variantes com o Kit XGEN MASTER<br />

COVID-19 (ANVISA: 80502070088). Observamos<br />

que as mutações abaixo não afetam a detecção<br />

do vírus SARS-CoV-2 em nosso kit:<br />

• Variante do SARS-CoV-2 VUI 202012/01 –<br />

Reino Unido.<br />

• Variante do Cluster 5 – Dinamarca.<br />

• Variante com substituições de nucleotídeos<br />

(GGG-AAC) nas posições do genoma 28881-<br />

28883.<br />

• Variante brasileira.<br />

O Kit XGEN MASTER COVID-19 tem como alvo os<br />

genes ORF1ab e N, áreas que não foram afetadas<br />

nas mutações citadas acima. Portanto, não<br />

há implicações deste novo variante no kit de<br />

detecção de PCR em tempo real.<br />

Estamos à disposição<br />

para mais esclarecimentos.<br />

suporte@mobiuslife.com.br<br />

0 144<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


CELLTAC-G – SEGURANÇA, QUALIDADE E TECNOLOGIAS<br />

EXCLUSIVAS PARA SEU LABORATÓRIO<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Walk Away System - O sistema “Walk Away<br />

System” de acesso randômico e totalmente automatizado<br />

atinge até 90 testes por hora, apenas inserindo<br />

racks no carregador.<br />

DynaScatter Laser - A tecnologia ótica ”DynaScatter<br />

Laser” analisa e diferencia as células WBC em seu<br />

estado “quase-nativo” com muita precisão. O inovador<br />

sistema de detecção de espalhamento de laser com 3<br />

ângulos provê uma melhor detecção de WBC realizando<br />

uma medição precisa de luz dispersada. Obtendo a<br />

informação do tamanho do WBC de um sensor chamado<br />

“FSS”, as informações de estrutura e complexidade<br />

das partículas do núcleo são coletadas por um sensor<br />

chamado “FLS” e a informação da granularidade interna<br />

e da lobularidade são obtidas através de um sensor<br />

chamado “SDS”. Essa informação gráfica 3D é calculada<br />

então por um algoritmo exclusivo da Nihon Kohden.<br />

DynaHelix Flow - A tecnologia chamada “DynaHelix<br />

Flow” alinha perfeitamente as células WBC,<br />

RBC e PLT para uma contagem por impedância com<br />

alta precisão usando um fluxo hidrodinâmico focado<br />

antes de passar pela abertura de contagem. Somado<br />

a isso, o “DynaHelix Flow” previne totalmente que a<br />

mesma célula seja contada duas vezes (retorno) usando<br />

o exclusivo “DynaHelix Flow stream”. Esse avançado<br />

sistema recém desenvolvido, melhora expressivamente<br />

a precisão e confiabilidade das contagens.<br />

Smart ColoRac Match - O sistema “Smart<br />

ColoRac Match” ajuda a localizar rapidamente<br />

amostras clinicamente alteradas e tubos cujo código<br />

de barras não pôde ser lido usando uma exclusiva<br />

codificação através de racks coloridos que<br />

são associados ao programa gerenciador de dados<br />

do Celltac G. Isso aumenta muito a eficiência do<br />

laboratório sem investimento extra, sem aumento<br />

de espaço e sem a necessidade de treinamento<br />

extra para o operador. O sistema “Smart ColoRac<br />

Match” definitivamente maximiza a produtividade<br />

do seu laboratório proporcionando resultados mais<br />

rápidos e precisos.<br />

Seamless information transfer - O sistema<br />

de troca de dados baseado no protocolo HL7 permite<br />

transferência de informação bidirecional sem<br />

interrupção.<br />

Reagent Management - O sistema de gerenciamento<br />

de reagentes do Celltac G torna muito fácil<br />

a manipulação destes. Contribuindo assim para resultados<br />

com o mais alto padrão de qualidade.<br />

Novos parâmetros – Os novos parâmetros<br />

Índice de Mentzer e RDW-I adicionam valiosas<br />

informações clínicas para que se possa diferenciar<br />

os traços de possibilidade de uma Beta-talassemia<br />

de uma possível anemia ferropriva nos casos de<br />

anemia microcítica. E com os novos parâmetros<br />

Band%, Band# e Seg%, Seg# sua análise diferencial<br />

será muito mais precisa e confiável, já que o<br />

equipamento separa a contagem de neutrófilos<br />

em Segmentados % e # e Bastonetes % e #. E os<br />

parâmetros P-LCR e P-LCC reportam plaquetas gigantes,<br />

plaquetas agregadas ou células fragmentadas.<br />

Estes novos parâmetros ajudam a acelerar o<br />

diagnóstico através de resultados precisos.<br />

Opte pela melhor tecnologia para o seu<br />

laboratório!<br />

Opte por Equipamentos Hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades para 2021!<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 145


INFORME DE MERCADO<br />

RAPIDEZ A AGILIDADE PARA EXTRAÇÃO DE RNA DE<br />

SARS-COV-2 COM O NOVO EQUIPAMENTO NE-384 DA MGI<br />

Na MGI Tech Co., Ltd (MGI) temos sempre a melhor<br />

solução para o workflow de detecção do Novo<br />

Coronavirus (SARS-CoV-2). Mais uma vez a MGI<br />

inova e traz ao mercado o MGISP-NE384, nossa mais<br />

recente plataforma automatizada de alta capacidade<br />

para extração de RNA na detecção de SARS-CoV-2.<br />

O MGISP-NE384, utiliza o método de hastes magnéticas<br />

para extração de ácidos nucléicos, contando<br />

com a flexibilidade para extração de 96, 192, 288<br />

ou 384 amostras em um workflow de 15 minutos<br />

totais. Essa característica é alcançada devido seu<br />

sistema de ajuste a diferentes módulos de extração<br />

e otimização de reagentes. A eficiência da extração<br />

também é outro ponto essencial, onde internamente<br />

o termo-bloco garante a manutenção adequada de<br />

temperatura durante todos os passos no workflow<br />

de extração. Além de contar com essas duas características<br />

muito importantes de flexibilidade e eficiência,<br />

o MGISP-NE384 conta com um sistema de segurança<br />

para descontaminação através de lâmpada UV.<br />

Adicionalmente, todos os reagentes são compartimentalizados<br />

de maneira individualizada, evitando<br />

assim contaminação cruzada e contato do usuário<br />

com a amostra biológica. Estudos comparativos<br />

demonstraram excelente reprodutibilidade comparando<br />

nossa plataforma com outros equipamentos<br />

automatizados de extração, sem qualquer variação<br />

quando comparados os valores de Ct durante a detecção<br />

por PCR em tempo real.<br />

Fernando Colbari Amaral<br />

Regional Sales Manager - Latin America<br />

Email: famaral@mgiamericas.com<br />

Site: en.mgitech.cn<br />

Fone: +55 16 991782868<br />

TESTE RÁPIDO EBRAM<br />

CHIKUNGUNYA (IgM)<br />

O teste rápido Chikungunya detecta anticorpos IgM<br />

contra o vírus Chikungunya.<br />

Por ter os sintomas clinicamente semelhantes ao da<br />

dengue, é muito importante distinguir o tipo de infecção.<br />

• Amostras: Sangue total, soro ou plasma.<br />

• Sensibilidade: 90,3%<br />

• Especifi cidade: >99,9 %<br />

• Apresentação: 25 testes<br />

• Formato: cassete<br />

• Armazenamento: 2 a 30°C.<br />

• Tempo do teste: 15 minutos.<br />

DENGUE IgG/IgM<br />

O teste rápido Dengue IgG/IgM proporciona uma detecção<br />

diferencial de anticorpos IgG e IgM e pode ser<br />

usado para a distinção presuntiva entre uma infecção<br />

primária e secundária de vírus da Dengue.<br />

• Amostras: Sangue total, soro ou plasma<br />

• Sensibilidade: 95,7%<br />

• Especifi cidade: >99,0%<br />

• Apresentação: 25 testes<br />

• Formato: cassete<br />

• Armazenamento: 2 a 30°C<br />

• Tempo do teste: 10 minutos<br />

DENGUE NS1<br />

O teste rápido Dengue NS1 detecta qualitativamente<br />

o Antígeno NS1 do vírus da Dengue. O NS1 é uma das<br />

7 proteínas não estruturais do vírus da Dengue que está<br />

envolvida na replicação viral.<br />

• Amostras: Sangue total, soro ou plasma<br />

• Sensibilidade: 96,5%<br />

• Especifi cidade: 99,5 %<br />

• Apresentação: 25 testes<br />

• Formato: cassete<br />

• Armazenamento: 2 a 30°C<br />

• Tempo do teste: 10 minutos<br />

ZIKA IgG/IgM<br />

O teste rápido Zika IgG/IgM proporciona uma detecção<br />

diferencial de anticorpos anti-zika IgG e anti-zika IgM e<br />

pode ser utilizado para a distinção presuntiva entre uma<br />

infecção primária e secundária de vírus Zika.<br />

• Amostras: Sangue total, soro ou plasma<br />

• Sensibilidade: 98,11%<br />

• Especifi cidade: 99,51%<br />

• Apresentação: 25 testes<br />

• Formato: cassete<br />

• Armazenamento: 2 a 30°C<br />

• Tempo do teste: 15 minutos<br />

(11) 2291-2811<br />

www.ebram.com<br />

vendas@ebram.com<br />

0 146<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

CROMOENDOSCOPIA<br />

Hoje em dia há um grande avanço nas técnicas<br />

de diagnóstico em Gastroenterologia. Entre elas<br />

se destaca a Cromoendoscopia, uma técnica que<br />

consiste na aplicação de corantes sobre a mucosa<br />

digestiva para facilitar e melhorar a qualidade do<br />

diagnóstico, sendo que a coloração da mucosa<br />

também permite visualizá-la de forma mais<br />

evidente, realçar as características das lesões já<br />

detectadas, detectar mais rapidamente as lesões<br />

anormais, já que os detalhes da sua superfície<br />

sobressaem com a coloração, além de conferir<br />

maior sensibilidade e especificidade no diagnóstico<br />

de displasias, metaplasias ou carcinoma nos<br />

vários segmentos do tubo digestivo.<br />

A Renylab fabrica uma linha endoscópica de alta<br />

Qualidade. Todos os corantes são registrados na<br />

ANVISA e possuem Certificado de Boas Práticas de<br />

Fabricação.<br />

Corantes para Endoscopia<br />

AZUL DE METILENO<br />

Solução corante utilizada para realçar o epitélio<br />

de Barret. O azul de metileno quando utilizado no<br />

esófago, permite confirmar a presença de epitélio<br />

intestinal especializado em pacientes com segmentos<br />

curtos de mucosa colunar, levantar o mapa da<br />

extensão e distribuição do epitélio de Barret, tornar<br />

menos provável o diagnóstico do esófago de Barret,<br />

quando o segmento de mucosa do esófago terminal<br />

não se colore por essa metodologia e orientar<br />

biopsias para zonas de maior risco de displasia e<br />

adenocarcinoma.<br />

ÍNDIGO CARMÍN<br />

Solução corante utilizada em todo o tubo digestivo,<br />

para destacar os contornos da mucosa, realçando<br />

pólipos e pequenas lesões planas, preenchendo<br />

pregas, criptas, erosões e ulceras. Pode ser<br />

utilizado em múltiplas situações: para destacar o<br />

caráter viloso da mucosa de Barret e identificar zonas<br />

planas de displasia de alto grau ou carcinoma,<br />

para destacar irregularidades da mucosa gástrica<br />

correspondentes às áreas de metaplasia ou displasia<br />

e no duodeno para destacar o aspecto atrófico<br />

da mucosa. Deve ser utilizado na caracterização<br />

pormenorizada de lesões macroscópicas e no estudo<br />

de mucosas de alto risco neoplásico sem lesões<br />

aparentes. Não há nenhum tipo de contraindicação<br />

à sua utilização e não necessita de lavagem prévia<br />

ou posterior à sua instilação.<br />

TINTA DA CHINA<br />

Solução corante utilizada usualmente em colonoscopia<br />

para destacar os contornos da mucosa,<br />

realçando pólipos e pequenas lesões planas e preenchendo<br />

pregas, criptas, erosões e ulceras. É utilizado<br />

para a demarcação de lesões pequenas e múltiplas<br />

da mucosa como recurso pré operatório que facilita<br />

o manuseio das mesmas. Não há nenhum tipo de<br />

contraindicação à sua utilização e não necessita lavagem<br />

prévia ou posterior à sua instilação.<br />

LUGOL<br />

Solução corante de particular interesse na detecção<br />

precoce de adenocarcinoma epidermóide do esófago.<br />

As zonas da mucosa que se tornam amareladas ou<br />

rosadas após a instilação merecem particular atenção.<br />

A instilação de Lugol é útil na detecção precoce<br />

de carcinomas epidermóides na população considerada<br />

de alto risco (indivíduos com carcinoma<br />

de cabeça e colo, consumidores de álcool e tabaco<br />

em grandes quantidades). Além disso, o Lugol<br />

permite uma melhor definição das margens de<br />

uma lesão conhecida, diagnosticar outros focos<br />

lesionais na mucosa esofágica e avaliar a existência<br />

de lesão residual após musectomia endoscópica.<br />

Para alguns autores, a grande vantagem do<br />

Lugol, não está no seu poder diagnóstico, mas<br />

na sua capacidade de delimitar uma lesão. Outros<br />

autores atribuem al Lugol uma capacidade<br />

significativa de incrementar a sensibilidade de<br />

detecção de displasia de alto grau ou carcinoma<br />

(de 62% a 96%).<br />

0 148<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


O objetivo desse guia é esclarecer o mecanismo de<br />

ação juntamente com as técnicas de aplicação de<br />

corantes distintos e mostrar as várias aplicações clínicas<br />

que os corantes endoscópicos possuem.<br />

PROPRIEDADES<br />

Os corantes usados em Cromoendoscopia possuem<br />

características particulares e objetivos distintos,<br />

classificando-se em corantes de absorção, corantes<br />

de contraste e corantes reativos.<br />

Corantes de Absorção<br />

Os corantes que possuem essa propriedade tem a<br />

capacidade de passar para o meio intracelular através<br />

de absorção ou difusão, quando identificam células<br />

epiteliais e seus constituintes. As propriedades<br />

químicas do corante determinam sua fixação e sua<br />

utilidade em diversas situações.<br />

PREPARAÇÃO DA MUCOSA<br />

Antes do procedimento de Cromoendoscopia<br />

é comum fazer uma preparação da superfície<br />

da mucosa, já que esta está recoberta por uma<br />

quantidade variável de material mucoide. Para<br />

isso, são utilizados agentes mucolíticos, que são<br />

substâncias que quebram e rompem as ligações<br />

peptídicas das proteínas que constituem o muco,<br />

fazendo com que ele seja mais fácilmente eliminado,<br />

pois se torna menos viscoso. Ex: Acetilcisteína,<br />

dimetil-polisiloxano, n-acetilcisteína,<br />

ácido acético.<br />

Os corantes endoscópicos podem ser aplicados diretamente<br />

pelo canal do endoscópio, com a utilização<br />

de seringas ou catéteres ou através de spray, técnica<br />

mais utilizada. A escolha depende do tipo de coloração<br />

e a finalidade a que se aplica.<br />

Referencias Bibliográficas<br />

1- Fennerty MB. Tissue staining. Gastrointestinal endoscopy. Clin N<br />

Am 1994;4:297-311.<br />

2- Gostout C. Early lesions: staining magnifying scopes and mucosectomy.<br />

Frontiers oftherapeutic endoscopy. Post graduate course.<br />

Colonoscopy 1997; 63.<br />

3- Kim C, Fleischer D. Colonic chromoscopy. Gastrointestinal Endoscopy<br />

Clinics N.Am. 1997; 4(3): 423-37.<br />

4- Misumi a , ETAL. Role of lugol dye endoscopy in the diagnosis of<br />

early esophageal cancer. Endoscopy 1990; 22: 12-6.<br />

5- Ratilal, P.0; Pires, E.C; Deus, J,R; Novais, L.A: Cromoendoscopia:<br />

Porquê colorir? GE vol. 9 2002:340-346<br />

6- Canto M. Methylene blue chromoendoscopy for Barrett's esophagus:<br />

Coming soon to your lgl unit? \endoscopy 2001; 54:560-8<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Corantes de Contraste<br />

Os corantes de contraste tem a função de destacar o<br />

contorno e a topografia da mucosa, já que não penetram<br />

no meio intracelular.<br />

Corantes Reativos<br />

Os corantes reativos identificam as células gástricas<br />

produtoras de ácido.<br />

CONCLUSÃO<br />

A utilização da técnica de Cromoendoscopia é<br />

simples, segura, de fácil realização e barata. A<br />

escolha cuidadosa dos corantes de acordo com<br />

as situações apresentadas permite uma maior<br />

sensibilidade e especificidade, tornando o<br />

diagnóstico mais confiável, seguro e de maior<br />

qualidade.<br />

Para mais informações,<br />

Entre em contato conosco!<br />

Whatsapp : +55 32 98419-8588<br />

Tel.: +55 32 3331-4489<br />

Tel.: +55 32 3333-0379<br />

E-mail: sac@renylab.ind.br<br />

www.renylab.ind.br<br />

VERI-Q TM PCR 316 COVID-19<br />

Plataforma de Detecção PCR Real Time<br />

O sistema Veri-Q é compacto e ultrarrápido<br />

com resultados de PCR em Tempo Real para<br />

SARS-COV-2 em até 2 horas.<br />

Todos os processos de detecção de genes são<br />

baseados no método TaqMan e com isto os resultados<br />

são obtidos rapidamente com grande<br />

precisão.<br />

A PMH Produtos Médicos Hospitalares,<br />

empresa que atua no mercado diagnóstico<br />

há 36 anos com produtos de alta qualidade,<br />

vem se consolidando com uma grande força<br />

na comercialização de produtos para Biologia<br />

Molecular para o mercado Brasileiro.<br />

Apresentamos o sistema para suporte<br />

ao diagnóstico da Covid-19 pela metodologia<br />

de PCR em Tempo Real, Veri-Q da<br />

MicoBiomed, empresa da Coreia do Sul,<br />

especializada em diagnóstico por Biologia<br />

Molecular.<br />

Saiba mais como esta solução e nosso time<br />

especializado poderá ajudar o seu laboratório<br />

na luta contra a COVID-19.<br />

SIA Trecho 17 Rua 8 Lote 170<br />

71200-222 Brasília DF<br />

comercial.df@pmh.com.br<br />

61 3403-1300<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 149


INFORME DE MERCADO<br />

APRENDIZADO À DISTÂNCIA COM O E-LEARNING DA<br />

SARSTEDT<br />

É de conhecimento do time SARSTEDT que a<br />

área dos estudos e aprendizagem educacional<br />

foi diretamente afetada pela pandemia do<br />

COVID-19, em boa parte do mundo, uma vez<br />

que, do ensino infantil às mais distintas e<br />

elevadas graduações, o sistema EAD (Ensino<br />

À Distância) ganhou força e até mesmo maior<br />

credibilidade neste período.<br />

As salas de aulas foram para dentro<br />

das casas. Um desafio e tanto para quem<br />

desfrutava da rotina de deslocamento,<br />

convívio com os colegas e outras tantas<br />

vivências que só o presencial proporciona.<br />

Pensando neste momento, a SARSTEDT<br />

compartilha uma plataforma de cursos livres<br />

completa, voltada ao aprendizado e aperfeiçoamento<br />

da utilização dos nossos produtos.<br />

O E-Learning da SARSTEDT é uma<br />

plataforma que permite imersão no<br />

universo da empresa, e garante um<br />

contato primário com a expertise e<br />

utilização, manuseio e aplicação dos<br />

materiais que produzimos.<br />

De forma gratuita, você acessa cursos com<br />

módulos curtos, e aprendendo com conteúdos<br />

construídos de forma didática e interativa. Basta<br />

realizar um cadastro com o seu e-mail.<br />

Além da oportunidade de adquirir<br />

conhecimento técnico, de maneira simples<br />

e funcional, a conclusão dos módulos<br />

proporciona um certificado de conclusão de<br />

curso personalizado.<br />

www.sarstedt.com/e-learning/<br />

Acesse nosso site para conferir as<br />

disciplinas disponíveis, faça o seu<br />

cadastro, e aproveite esta oportunidade!<br />

Fale Conosco<br />

Assessoria Científica<br />

Email: suporte.br@sarstedt.com<br />

Assessoria Comercial<br />

Email: vendas.br@sarstedt.com<br />

Tel: (11) 4152-2233<br />

0 150<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


SARSTEDT e -campus<br />

Conheça o e-campus SARSTEDT, nossa plataforma<br />

de e-learning que disponibiliza, de forma gratuita, e no idioma português,<br />

conteúdos que farão toda diferença para sua experiência profissional<br />

no mercado da medicina e ciência.<br />

Flexibilidade no aprendizado: estude onde e quando quiser<br />

Conteúdo didático e interativo<br />

Módulos curtos e disciplinas altamente relevantes<br />

para fase pré-analítica dos processos laboratoriais<br />

Acesso 100% gratuito e<br />

certificado de conclusão personalizado<br />

Confira as disciplinas disponíveis,<br />

faça o seu cadastro, e aproveite esta oportunidade!<br />

https://e-campus.sarstedt.com/pt_BR<br />

Acesse aqui o e-campus


INFORME DE MERCADO<br />

SIEMENS HEALTHINEERS POSSUI PORTFÓLIO COM<br />

DIFERENTES MARCADORES TUMORAIS QUE AUXILIAM<br />

NO DIAGNÓSTICO, ESTADIAMENTO E MONITORAMENTO<br />

DO TRATAMENTO DO CÂNCER<br />

Mesmo num momento de pandemia em<br />

que muitos atendimentos e procedimentos<br />

estão sendo postergados, os pacientes com<br />

câncer, não podem esperar. O diagnóstico<br />

precoce é sempre um fator decisivo em se<br />

tratando de cura ou sobrevida do paciente,<br />

além do tratamento adequado e seu acompanhamento<br />

constante.<br />

Além disso, a unanimidade na classe médica é<br />

que o diagnóstico precoce é sempre um fator<br />

decisivo em se tratando de cura ou sobrevida<br />

do paciente. Dependendo do estágio da doença,<br />

das próprias características do tumor e<br />

do órgão em que ele aparece é possível ter<br />

alternativas capazes de diminui-lo ou eliminá-lo.<br />

Para cada tipo de câncer, em termos de<br />

diagnóstico, existem os exames de imagem e<br />

também os de análises laboratoriais com seus<br />

respectivos exames para detecção, eles podem<br />

ser utilizados como prevenção porque caso<br />

apresentem níveis alterados indicam que o<br />

paciente deve ser submetido a testes complementares<br />

e confirmatórios.<br />

Entre os exames disponíveis para o manejo clínico<br />

de pacientes com câncer, contribuindo no auxílio<br />

do diagnóstico e estadiamento até na avaliação da<br />

resposta terapêutica, como detecção de recidivas e<br />

prognóstico, além de auxiliar na decisão da terapia<br />

a ser utilizada e terapias adjuvantes estão os exames<br />

de marcadores tumorais, que são moléculas<br />

que podem estar presentes no tumor, no sangue<br />

ou em outros líquidos biológicos.<br />

Normalmente, na fase adulta, acima de 40 ou<br />

45 anos, iniciam-se os checkups de prevenção<br />

0 152<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


e, de acordo com a conduta médica, o médico<br />

poderá solicitar solicita estes exames de acordo<br />

INFORME DE MERCADO<br />

com as diretrizes médicas para a suspeita clínica.<br />

Mas, quando há suspeita da doença pelo<br />

médico ou devido ao histórico familiar do paciente<br />

é indicado fazer estes tipos de exames,<br />

sem muita relevância para a idade em questão.<br />

Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de<br />

Câncer (2020)¹, a incidência estimada, conforme<br />

a localização primária do tumor e sexo é:<br />

Homens<br />

Próstata<br />

Cólon e Reto<br />

Traqueia, Brônquio e Pulmão<br />

Mulheres<br />

Mama feminina<br />

Cólon e Reto<br />

Colo do útero<br />

Entre os marcadores para detecção de diferentes<br />

tipos de câncer, entre eles, os citados<br />

acima pelo INCA como os de maior<br />

incidência, estão:<br />

Referência bibliográfica:<br />

1. INCA (2020)<br />

Siemens Healthineers<br />

A Siemens Healthineers colabora para que<br />

os profissionais da saúde em todo o mundo<br />

alcancem melhores resultados, capacitando-<br />

-os em sua jornada para expandir a medicina<br />

de precisão, transformando o atendimento,<br />

melhorando a experiência do paciente e<br />

digitalizando a saúde. Líder em tecnologia<br />

médica, a Siemens Healthineers está constantemente<br />

inovando seu portfólio de produtos<br />

e serviços em suas principais áreas de<br />

diagnóstico por imagem, em diagnósticos laboratoriais<br />

e medicina molecular. A Siemens<br />

Healthineers também está desenvolvendo<br />

ativamente seus serviços digitais de saúde e<br />

serviços corporativos. No ano fiscal de 2019,<br />

que terminou em 30 de setembro de 2019, a<br />

Siemens Healthineers gerou receita de € 14,5<br />

bilhões e lucro ajustado de € 2,5 bilhões e<br />

possui cerca de 52.000 funcionários em todo<br />

o mundo. Mais informações estão disponíveis<br />

em www.siemens-healthineers.com.br<br />

Contato para imprensa<br />

SIEMENS HEALTHINEERS<br />

Mabel Santos | +55 11 9 7639-1250<br />

+55 11 9 9786-5033<br />

mabel.santos@siemens-healthineers.com<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 153


INFORME DE MERCADO<br />

PARCERIA COM LABORATÓRIO AMPLIA AS POSSIBILIDADES<br />

DE DIAGNÓSTICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA<br />

Uma parceria entre a Binding Site e o laboratório<br />

Neurolife vai ampliar as possibilidades de diagnóstico<br />

da Esclerose Múltipla (EM). Especializado na Coleta<br />

e Análise do Líquido Cefalorraquiano (Líquor), o<br />

Neurolife ja tem em mãos os kits do exame Freelite®<br />

Mx, específico para amostras de Líquor, a fim de<br />

realizar os primeiros estudos clínicos e com os testes<br />

na rotina para o diagnóstico da doença. A intenção<br />

é oferecer sempre a melhor tecnologia para auxiliar<br />

no diagnóstico mais rápido e proporcionar mais<br />

qualidade aos pacientes.<br />

“Temos pesquisado casos na Europa em que<br />

os exames auxiliam muito no diagnóstico rápido<br />

da doença. Se os nossos resultados aqui no Brasil<br />

confirmarem o que temos visto nesses artigos, será<br />

um grande salto no diagnóstico dessa doença tão<br />

desafiadora”, explica Carlos Otávio Brandão, médico<br />

responsável técnico do Neurolife.<br />

Há 30 anos atendendo hospitais, clínicas<br />

especializadas, operadoras de saúde e pacientes, o<br />

Neurolife conquistou a confiança de seus clientes<br />

ao garantir segurança e excelência no apoio ao<br />

diagnóstico e tratamento médico de manifestações<br />

neuropsiquiátricas de forma humanizada e inovadora,<br />

promovendo saúde e qualidade de vida.<br />

A decisão por firmar esta parceria com a Binding<br />

Site, que desenvolveu o Freelite® Mx, foi justamente<br />

pelo reconhecimento da eficácia que o teste pode<br />

oferecer no diagnóstico da Esclerose Múltipla.<br />

“Em geral, o diagnóstico envolve a utilização<br />

de vários marcadores, até para descartar outras<br />

doenças. Precisávamos de uma tecnologia mais<br />

apurada, que justamente fosse capaz de oferecer<br />

um diagnóstico rápido e preciso, o que vai bem ao<br />

encontro da missão do Neurolife. E encontramos isso<br />

no teste da Binding Site”, afirma Brandão.<br />

A realização de estudos envolvendo o Freelite®<br />

Mx será pioneira no Brasil, o que também animou<br />

a equipe da Binding Site. “A colaboração científica<br />

sempre foi nossa prioridade. Desta forma,<br />

conseguimos tanto auxiliar diretamente o paciente,<br />

quanto disponibilizar essa tecnologia de ponta para<br />

os profissionais”, comenta Dra. Elyara Maria Soares,<br />

Diretora Científica da Binding Site Brasil.<br />

Tecnologia da Binding Site<br />

Na vanguarda da pesquisa médica, a Binding<br />

Site desenvolve testes laboratoriais para ajudar no<br />

diagnóstico e monitoramento das doenças, bem<br />

como para fornecer informações prognósticas em<br />

várias condições diferentes.<br />

Os ensaios de anticorpos da Binding Site utilizam<br />

métodos de turbidimetria e Imunodifusão Radial<br />

(IDR) para a detecção de gamopatias monoclonais<br />

e a determinação do estado imune.<br />

O Freelite®, já muito conhecido, tem importância<br />

clínica demonstrada em mais de 3 mil publicações<br />

científicas. É o único kit comercial recomendado<br />

pelas Diretrizes Internacionais e Brasileiras<br />

para a dosagem de Cadeias Leves Livres (CLLs)<br />

Kappa (κ) e Lambda (λ) em soro. Os anticorpos<br />

policlonais do teste reagem apenas com as<br />

formas livres das cadeias leves proporcionando<br />

uma medição quantitativa de κ e λ livres no soro,<br />

cujo resultado pode ser utilizado para diagnóstico<br />

e monitoramento de pacientes com Mieloma<br />

Múltiplo e outras Gamopatias Monoclonais.<br />

A detecção e quantificação de cadeias leves livres<br />

no Líquor tem sido extensivamente estudada, e a<br />

importância clínica do exame demonstrada também<br />

no diagnóstico de doenças do Sistema Nervoso<br />

Central, como na EM.<br />

O Freelite® Mx, específico para amostras de<br />

Líquor, pode auxiliar no entendimento de questões<br />

relacionadas a outros métodos, contribuindo para<br />

o diagnóstico preciso da EM. Com os estudos<br />

realizados, o auxílio se dará não só na confirmação<br />

dos diagnósticos suspeitos, mas também no<br />

monitoramento da evolução da doença.<br />

“Como o diagnóstico da EM envolve a utilização<br />

de vários marcadores, muitas vezes, ainda restam<br />

dúvidas. E a tomada de decisão tem que ser rápida,<br />

porque os surtos são agressivos. Então, o quanto<br />

antes for definida a linha do diagnóstico, maior a<br />

chance de acerto, porque se o paciente tiver uma<br />

doença infecciosa, você pode até levá-lo a outra<br />

doença mais grave, caso tome a decisão errada. O<br />

Freelite® Mx aponta um direcionamento que pode<br />

ajudar no tratamento. Esse teste será um divisor de<br />

águas que trará muito mais segurança para a equipe<br />

médica”, enfatiza Brandão.<br />

Saiba mais sobre o Freelite® Mx<br />

O equipamento da Binding Site tem capacidade<br />

de realizar os reagentes tanto para soro e urina,<br />

como também para o Líquor, fazendo com que o<br />

laboratório tenha à disposição um equipamento que<br />

vai auxiliá-lo para a especificidade que necessita ou<br />

em algum outro teste no soro.<br />

Para mais informações sobre o Freelite® Mx<br />

entre em contato com a Binding Site e converse<br />

com os especialistas.<br />

info@bindingsite.com.br<br />

www.bindingsite.com.br<br />

www.freelite.com.br<br />

0 154<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

ANÁLISE FORENSE TOXICOLÓGICA DE CANABINOIDES<br />

NO SANGUE<br />

Os pesquisadores validaram um novo protocolo<br />

para medir os níveis de traços de canabinóides no<br />

soro e o usam para analisar amostras de pessoas<br />

acusadas de dirigir sob a influência de drogas.<br />

De acordo com a Organização Mundial de Saúde,<br />

cerca de 147 milhões de pessoas, 2,5% da população<br />

mundial consomem cannabis. Devido ao seu<br />

amplo uso, a análise de canabinóides em amostras<br />

biológicas - principalmente de sangue - é de grande<br />

importância para os laboratórios forenses.<br />

Entre as centenas de canabinóides da cannabis,<br />

o tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal<br />

composto psicoativo da cannabis, e seus metabólitos<br />

THC – OH e THCA, estão entre os mais<br />

frequentemente monitorados como marcadores<br />

de consumo de drogas. O canabidiol (CBD) e o<br />

produto de degradação menor canabinol (CBN)<br />

também são frequentemente medidos para auxiliar<br />

na interpretação forense dos resultados. Mais<br />

recentemente, o cannabigerol (CBG) foi detectado<br />

na urina e também é um marcador proposto<br />

para o consumo de cannabis.<br />

Mas a análise toxicológica das baixas concentrações<br />

desses canabinóides em amostras biológicas<br />

complexas apresenta desafios consideráveis<br />

para os cientistas forenses.<br />

Uma fonte alternativa de íons para cromatografia<br />

gasosa<br />

Uma variedade de métodos analíticos baseados<br />

em cromatografia gasosa acoplada a espectrometria<br />

de massa (GC-MS) têm sido tradicionalmente<br />

empregados para a determinação de níveis de traços<br />

de canabinóides em amostras biológicas. Entre a<br />

variedade de fontes de ionização atualmente disponíveis,<br />

a ionização química de pressão atmosférica<br />

recentemente comercializada para cromatografia<br />

gasosa (APGC) pode oferecer uma alternativa nova<br />

e atraente - particularmente para medir compostos<br />

que são difíceis de analisar usando outras fontes.<br />

Em um novo estudo, publicado no Journal of<br />

Chromatography A, os pesquisadores avaliam<br />

o uso de APGC acoplado à espectrometria de<br />

massa triplo quadrupolo (APGC-MS / MS) para a<br />

determinação quantitativa simultânea de canabinóides<br />

no soro humano.1<br />

Os pesquisadores desenvolveram e validaram<br />

uma nova metodologia de acordo com as diretrizes<br />

internacionais, demonstrando que a técnica poderia<br />

separar THC, THC – OH, THCA, CBD, CBDA e CBG em<br />

menos de dez minutos. Seus limites de quantificação<br />

(LOQ) foram 0,2 ng / ml para THC, 0,4 ng / ml<br />

para THC – OH, CBD e CBG, 1,6 ng / ml para THCA e 3<br />

ng / ml para CBDA. Eles então aplicaram com sucesso<br />

o método para a análise de amostras reais de soro<br />

coletadas de 15 pessoas que haviam sido acusadas<br />

de dirigir sob a influência de drogas.<br />

Para essas análises altamente sensíveis, os<br />

pesquisadores usaram água ultrapura gerada a<br />

partir de um sistema de purificação de água do<br />

laboratório ELGA PURELAB® Chorus ANR para minimizar<br />

o risco de introdução de contaminantes<br />

que podem afetar seus resultados.<br />

Análise Forense confiável<br />

Embora vários métodos empregando a fonte<br />

APGC tenham sido aplicados em análises de alimentos<br />

ou ambientais, esta é sua primeira aplicação<br />

em toxicologia forense.<br />

Os resultados demonstram que o APGC – MS<br />

/ MS pode quantificar satisfatoriamente o THC<br />

e outros canabinóides em uma matriz biológica<br />

extremamente complexa (soro humano) na qual<br />

os analitos alvo estão presentes apenas em níveis<br />

de traços.<br />

O protocolo oferece uma alternativa válida, de<br />

alto desempenho e inovadora para a produção de<br />

dados forenses confiáveis usando cromatografia<br />

gasosa, permitindo a determinação quantitativa<br />

de canabinóides no soro mesmo nos limites<br />

legais de THC mais baixos propostos para motoristas.<br />

Por que escolher o ELGA LabWater?<br />

No ELGA LabWater, nossos engenheiros, químicos<br />

e cientistas especializados estão na vanguarda<br />

da inovação tecnológica. Eles continuam a introduzir<br />

recursos revolucionários para o mercado<br />

de água de laboratório.<br />

Veolia Water Technologies Brasil - Media Relations<br />

Rafaela Rodrigues<br />

Tel. +55 11 3888-8782<br />

rafaela.rodrigues@veolia.com<br />

0 156<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

CELLAVISION VET: AUTOMAÇÃO DA CONTAGEM DIFERENCIAL<br />

DE LEUCÓCITOS EM AMOSTRAS VETERINÁRIAS<br />

A tecnologia CellaVision já é adotada em<br />

muitos laboratórios de análises clínicas no<br />

mundo. A utilização de redes neurais artificiais<br />

para a pré-classificação de leucócitos e eritrócitos<br />

ajuda profissionais de laboratórios a obterem<br />

resultados mais precisos e padronizados,<br />

garantindo maior eficiência e confiabilidade.<br />

Agora, laboratórios veterinários podem<br />

contar com a mesma tecnologia CellaVision<br />

para amostras caninas, felinas, aviárias e outros<br />

mamíferos. A plataforma de análise CellaVision é<br />

a mesma utilizada para amostras humanas, mas<br />

o software desenvolvido é totalmente dedicado<br />

para amostras veterinárias. Assim, estes<br />

laboratórios poderão obter os mesmos benefícios<br />

que os grandes laboratórios de análises clínicas<br />

possuem quanto ao aumento da produtividade,<br />

eficiência, padronização e redução de resultados<br />

falso-negativos.<br />

Outra característica presente no CellaVision Vet é<br />

o laudo personalizado, onde é possível gerar um<br />

laudo que inclui imagens das células de interesse,<br />

selecionadas pelo usuário, além de informações<br />

adicionais e logotipo do laboratório. O laudo<br />

personalizado pode ser salvo em formato pdf.<br />

Assim como na versão humana, o CellaVision<br />

Vet conta com o acesso remoto, onde é possível<br />

analisar e assinar exames à distância, seja dentro<br />

do próprio laboratório, em unidades diferentes<br />

de onde o equipamento se encontra instalado<br />

ou até mesmo em home-office. O acesso<br />

remoto permite a colaboração entre colegas e<br />

consultorias externas em tempo real para um<br />

diagnóstico mais preciso, sobretudo para as<br />

lâminas mais desafiadoras.<br />

Para amostras caninas e felinas:<br />

Para amostras aviárias:<br />

O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente os<br />

leucócitos nas seguintes classes: Neutrófilos segmentados, bastonetes,<br />

eosinófilos, basófilos, linfócitos, monócitos e outros.<br />

Ainda, pré-classifica elementos não-leucócitos em eritroblastos,<br />

trombócitos gigantes, agregação plaquetária, células esmagadas e<br />

artefatos.<br />

O software de sangue periférico pré-classifica automaticamente<br />

heterófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Além disso,<br />

pré-classifica elementos não leucocitários em trombócitos gigantes,<br />

agregação plaquetária e artefatos.<br />

Contatos:<br />

Cellavision.com<br />

Wagner.miyaura@cellavision.com<br />

0 158<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


CONHEÇA A BYOGENE, BIOGENETIX E VITALAB:<br />

EMPRESAS DA BU DIAGNÓSTICA DA VIVEO<br />

As empresas Diagnóstica Cremer, Byogene,<br />

Biogenetix e Vitalab formam uma<br />

solução completa com venda de produtos<br />

e prestação de serviços de excelência<br />

para laboratórios de todo o Brasil. Entre os<br />

principais estão produtos pré-analíticos<br />

e analíticos, além de distribuição da Roche<br />

Diagnóstica do Brasil para o interior<br />

e grande São Paulo, Alto do Tietê, Baixada<br />

Santista, Sorocaba, Rio de Janeiro e Distrito<br />

Federal.<br />

INFORME DE MERCADO<br />

Com mais de 2.500 itens no portfólio<br />

e 200 fornecedores parceiros, um atendimento<br />

multicanal e especializado,<br />

construímos uma experiência de compra<br />

personalizada, com base na cesta de produtos,<br />

histórico de compras e preferências<br />

de cada cliente.<br />

A Byogene está no mercado há mais de<br />

20 anos com grande destaque nas áreas<br />

de bioquímica, hematologia, imunologia,<br />

alergia, biologia molecular e coleta. Trata-<br />

-se do maior distribuidor da Roche Diagnóstica<br />

no segmento de diagnóstico in<br />

vitro, empresa suíça de biotecnologia líder<br />

mundial em soluções para medicina diagnóstica<br />

e medicina personalizada, para a<br />

grande São Paulo, Alto do Tietê, Baixada<br />

Santista, Sorocaba e Rio de Janeiro.<br />

Com mais de 10 anos no mercado, a Biogenetix<br />

é distribuidora autorizado da Roche<br />

Diagnóstica para o interior do estado<br />

de São Paulo. No ano de 2017 a empresa<br />

recebeu o prêmio de “Distribuidor Master”,<br />

sendo considerado o melhor distribuidor<br />

do Brasil.<br />

A Vitalab é distribuidora credenciada<br />

da Roche Diagnóstica com atendimento<br />

exclusivo e personalizado para todo o Distrito<br />

Federal. São mais de 18 anos de compromisso<br />

em atender bem os clientes com<br />

respeito, credibilidade, confiança e ética.<br />

Fazemos parte da Viveo, líder na América<br />

Latina no mercado de distribuição de<br />

insumos médico hospitalares. Somos um<br />

ecossistema de produtos e serviços para o<br />

setor da saúde. Nossa missão é de simplificar<br />

o mercado com soluções ágeis, confiáveis<br />

e inovadoras.<br />

Saiba mais em<br />

www.diagnosticacremer.com.br ou<br />

www.viveo.com.br<br />

Telefone: 0800 729 3090<br />

WhatsApp: (47) 99264-1667<br />

www.diagnosticacremer.com.br<br />

@diagnosticacremer<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 159


INFORME DE MERCADO<br />

PNCQ OFERECE AOS LABORATÓRIOS PRODUTOS E<br />

SERVIÇOS DE QUALIDADE CERTIFICADA!<br />

Para garantir a exatidão dos seus laudos, os<br />

laboratórios devem avaliar periodicamente<br />

o desempenho dos seus sistemas analíticos,<br />

participando de um Ensaio de Proficiência.<br />

O Programa Nacional de Controle de<br />

Qualidade (PNCQ), patrocinado pela<br />

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas<br />

(SBAC), é Acreditado pelo INMETRO como<br />

Provedor de Ensaio de Proficiência (ABNT<br />

NBR ISO/IEC 17.043:2011), e como Produtor<br />

de Material de Referência (ABNT NBR ISO<br />

17034:2017); é Certificado pela ABNT como<br />

Provedor de Ensaios de Proficiência, produtor<br />

de amostras-controle e Material de Referência<br />

para laboratórios clínicos, bancos de sangue,<br />

organizações de diagnóstico in vitro e nos<br />

segmentos alimentos, análise de água,<br />

medicamentos e cosméticos (ABNT NBR ISO<br />

9001:2015); é Certificado pela ANVISA em<br />

Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Habilitado<br />

pela Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos<br />

em Saúde (REBLAS).<br />

O PRO-EX é o Programa de Controle Externo<br />

da Qualidade (ou Ensaio de Proficiência)<br />

do PNCQ, que oferece mais de 100 tipos de<br />

programas. Aos Laboratórios Participantes é<br />

disponibilizado, gratuitamente, o Gráfico de<br />

Tendência para análise do Desvio Relativo à<br />

Média (DRM), auxiliando os laboratórios na<br />

análise de seu desempenho nas Avaliações<br />

Mensais.<br />

O PRO-IN é o Programa de Controle Interno<br />

da Qualidade do PNCQ e oferece mais de<br />

80 tipos de amostras-controle, em vários<br />

níveis e constituintes, para que o laboratório<br />

estabeleça suas próprias médias, de acordo<br />

com a variabilidade analítica existente<br />

em seu laboratório. Para facilitar a rotina,<br />

o PNCQ disponibiliza, gratuitamente, a<br />

ferramenta PRO-IN em Tempo Real que auxilia<br />

na elaboração e avaliação do seu controle<br />

interno com a preparação do Gráfico de Levey<br />

Jennings, automaticamente.<br />

Hoje o PNCQ atende mais de 5.600<br />

Laboratórios Clínicos e Serviços de<br />

Hemoterapia associados no Brasil, América<br />

Latina, Europa e África, atendendo aos mais<br />

rigorosos padrões de qualidade.<br />

Conheça mais sobre o PNCQ em nosso novo<br />

site: www.pncq.org.br<br />

A RELEVÂNCIA DA ANÁLISE DE GRANULÓCITOS<br />

IMATUROS NO HEMOGRAMA<br />

Granulócitos imaturos (IG) são células encontradas<br />

geralmente na medula óssea de pacientes normais<br />

e podem estar presentes no sangue periférico devido<br />

a alguma alteração fisiológica ou patológica do<br />

organismo, ou de maneira habitual em gestantes e<br />

crianças recém-nascidas.<br />

A presença de granulócitos imaturos é uma informação<br />

importante que evidencia a ativação da medula<br />

óssea e que também auxilia na distinção entre<br />

pacientes com neoplasias hematológicas e pacientes<br />

em processo infeccioso bacteriano agudo.<br />

Os analisadores automáticos de hematologia hoje<br />

permitem, além da avaliação de parâmetros básicos,<br />

a avaliação de parâmetros que auxiliam na identificação<br />

de resultados de pacientes que requerem<br />

estudos adicionais.<br />

No caso dos equipamentos da linha BC-6000<br />

(Mindray) a utilização da tecnologia de cubo SF<br />

único, permite uma análise gráfica 3D, e revela com<br />

grande acurácia a presença de células anormais<br />

e traz informações sobre granulócitos imaturos<br />

(IGM%).<br />

A contagem automatizada do parâmetro IG reduz<br />

sensivelmente o número de lâminas e esfregaços<br />

sanguíneos realizados diariamente reduzindo a<br />

carga de trabalho manual e a consequente variabilidade<br />

de resultados, sem custos adicionais, e sem<br />

segredos na interpretação dos resultados.<br />

Tudo de maneira simples, automatizada e rápida,<br />

para facilitar o trabalho do operador e para garantir<br />

uma entrega de resultados cada vez mais ágil e confiável<br />

à pacientes e médicos.<br />

Anderson Carvalho<br />

Assessor Científico<br />

Vyttra Diagnósticos<br />

www.vyttra.com<br />

0 160<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


INFORME DE MERCADO<br />

DYNASCATTER LASER<br />

TECNOLOGIA INTEGRADA DE LASER 3D, REAGENTES<br />

OTIMIZADOS E NOVOS ALGORITMOS DE ANÁLISE.<br />

O que é DynaScatter Laser?<br />

A tecnologia ótica “DynaScatter Laser” analisa<br />

e diferencia as células WBC em seu estado<br />

“quase-nativo” com muita precisão. O inovador<br />

sistema de detecção de espalhamento de<br />

laser de 3 ângulos provê uma melhor detecção<br />

de WBC realizando uma medição precisa<br />

de luz dispersada. Obtendo a informação do<br />

tamanho do WBC de um sensor de pequeno<br />

ângulo frontal chamado “FSS”, as informações<br />

de estrutura celular e complexidade das partículas<br />

de núcleocromatina são coletadas por<br />

um sensor de ângulo frontal chamado “FLS” e<br />

a informação da granularidade e globularidade<br />

são obtidas através de um sensor de ângulo<br />

lateral chamado “SDS”. Essas informações gráficas<br />

3D são calculadas pelo algoritmo exclusivo<br />

do software Nihon Kohden.<br />

Sem processamento químico de WBC<br />

O reagente de classificação de leucócitos patenteado<br />

pela Nihon Kohden provoca a hemólise<br />

seletiva das hemácias, deixando os leucócitos intactos.<br />

O núcleo, os grânulos e a celularidade são<br />

preservados em seu estado original. As células<br />

não são alteradas por coloração, retração ou lise<br />

diferencial, desta forma não há distorção dos resultados<br />

na medição. O Celltac ES (MEK-7300) e<br />

Celltac G (MEK-9100) podem obter informações<br />

morfológicas a partir de núcleos e grânulos de<br />

WBC de forma natural e realizar contagens diferenciais<br />

(5 diff) mais precisas.<br />

Medição em um único canal<br />

O Celltac ES (MEK-7300) e Celltac G (MEK-9100)<br />

medem cada célula em um único citômetro de fluxo<br />

e isso elimina drasticamente erros de medição.<br />

Opte pela melhor tecnologia para o<br />

seu laboratório!<br />

Opte por equipamentos hematológicos<br />

Celltac da Nihon Kohden!<br />

NIHON KOHDEN<br />

Rua Diadema, 89 1° andar CJ. 11 a 17 - Bairro Mauá<br />

São Caetano do Sul - SP - CEP 09580-670, Brasil<br />

Contato: +55 11 3044-1700 - FAX: + 55 11 3044-0463<br />

E-mail: fabio.jesus@nkbr.com.br<br />

Siga nossas redes sociais e fique ligado em todas<br />

as novidades para 2021!<br />

0 162<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021


PATOCORDEL<br />

PATHOCORDEL: SALVO PELO GONGO<br />

“Este caso é de neo<br />

Cirurgia radical!<br />

Mas a biópsia endoscópica<br />

O que deu afinal?”<br />

“Telefonista é urgente!<br />

Me faça uma ligação<br />

Chame logo a Cirurgia<br />

Suspenda a operação!”<br />

Não é tumor gástrico<br />

Mas que diabo seria?<br />

Estrongiloidíase grave<br />

Simulando neoplasia<br />

Acredite se quiser<br />

Pergunte na Endoscopia<br />

As lâminas estão guardadas<br />

Lá na Patologia<br />

Com tratamento adequado<br />

O doente melhorou<br />

15 quilos numa semana<br />

Foi o que ele engordou<br />

A comida do Hospital<br />

Chegou mesmo a elogiar<br />

Recuperação total<br />

Melhora espetacular<br />

Esta é toda a verdade<br />

Deste caso singular<br />

E o doente teve alta<br />

Com o estômago no lugar!<br />

José de Souza Andrade-Filho*<br />

* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />

Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia da<br />

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />

* A propósito de um caso se estrongiloidíase grave gástrica e duodenal que ia ser gastrectomizado,<br />

sendo a cirurgia suspensa no momento do exame da biópsia endoscópica. Caso do século XX.<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

0 163


01 DIA<br />

NA PRAIA<br />

Enquanto você tirou um dia<br />

de descanso na praia,<br />

recebemos mais de<br />

102.300 tubos<br />

de amostras.<br />

MAIS DE<br />

26.000<br />

M 2 DE ÁREA<br />

PRODUTIVA<br />

MAIS DE<br />

1.700<br />

COLABORADORES<br />

CAPACIDADE DE<br />

15<br />

MILHÕES<br />

DE EXAMES<br />

MENSAIS<br />

MAIS DE<br />

180.000<br />

KM PERCORRIDOS<br />

POR DIA PELA<br />

NOSSA LOGÍSTICA<br />

Soluções completas para o seu laboratório<br />

DIAGNOSTICOSDOBRASIL.COM.BR

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!