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Revista Newslab Edição 164

Revista Newslab Edição 164 - Março 2021

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Autora: Bruna Ferreira Pfeiffer.<br />

liderou com o percentual de óbitos,<br />

em 47,9%, posteriormente a região<br />

nordeste com 20,2%, a região sul<br />

com 14,8%, a região centro-oeste<br />

com 9,1% e a região norte com<br />

8%. Os percentuais de cada região<br />

estão intimamente relacionados a<br />

fatores socioeconômicos e ambientais,<br />

fatores que desencadeiam uma<br />

má qualidade de vida causado pelo<br />

sedentarismo, estresse, sobrepeso,<br />

consumo de alimentos industrializados<br />

e hábitos de fumo e ingesta<br />

de bebidas alcóolicas (16) .<br />

No mundo, 8,5 milhões de mulheres<br />

morrem em decorrência das doenças<br />

cardiovasculares e o risco de<br />

óbito por IAM nas mulheres é 50%<br />

maior quando comparado com os<br />

homens. Fatores fisiológicos como<br />

menopausa e fatores externos como<br />

jornada de trabalho e cuidado com<br />

os filhos e tarefas domésticas contribuem<br />

para estas taxas (17) .<br />

Em contrapartida, populações que<br />

adotaram um estilo de vida saudável<br />

e livre de vícios nocivos reduziram<br />

a taxa de mortalidade na população<br />

masculina de 30 a 64 anos,<br />

como na Finlândia, com queda de<br />

65%, e na Carélia do Norte, com<br />

queda de 73% (18) .<br />

Em relação aos casos com alteração<br />

da CK total e da CK-MB e<br />

troponina I indeterminada, seria<br />

necessário maiores investigações<br />

laboratoriais, como uma outra<br />

análise seriada. A falta de outra<br />

análise seriada pode ser justificada<br />

pela presença de alteração do<br />

eletrocardiograma seriado.<br />

Conclusão<br />

A população adulta e idosa feminina<br />

procura atendimento médico na presença<br />

de sinais e sintomas, o que se<br />

explica pela quantidade de atendimentos<br />

deste público, entretanto, o público<br />

adulto e idoso masculino é acometido<br />

pelas alterações laboratoriais indicativas<br />

de IAM. Embora exista a prevalência<br />

masculina correlacionada a esta<br />

patologia, pesquisas apontam que há<br />

uma mudança neste perfil. É necessário<br />

que a população adquira hábitos<br />

de vida mais ativa e saudável a fim de<br />

evitar ou minimizar as cardiopatias e<br />

patologias associadas.<br />

Observou-se que 9,1% da população<br />

analisada nesta pesquisa foi<br />

acometida pelas alterações cardíacas<br />

com o tempo, o que corrobora com<br />

indicações de diretrizes e referenciais.<br />

Entretanto, a ausência de pesquisas<br />

nacionais e internacionais em<br />

relação a análise seriada das enzimas<br />

cardíacas não possibilitam traçar<br />

uma estimativa de aumento ou diminuição<br />

de casos quando comparados<br />

com a presente pesquisa.<br />

Conflitos de interesse: não há.<br />

Financiamento por instituição financeira: não.<br />

Referências<br />

1. Consolim-Colombo FM, Saraiva JFK, Izar MCDO. Tratado de cardiologia<br />

SOCESP. 4. ed. Barueri: Manole; 2019: 2-4.<br />

2. Agência Brasil EBC. Mais de 289 mil pessoas morreram de doenças<br />

cardiovasculares em 2019. [Internet]. 2019. [Acesso em: 17<br />

out. 2020]. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/<br />

noticia/2019-09/mais-de-289-mil-pessoas-morreram-de-doencas-cardiovasculares-em-2019<br />

3. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Cardiômetro. [Internet]. 2020.<br />

[Acesso em: 15 dez. 2020]. Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/<br />

4. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). III diretriz sobre tratamento<br />

do infarto agudo do miocárdio. 3. ed. São Paulo: SBC; 2004: 8-13.<br />

5. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). IV diretriz da Sociedade Brasileira<br />

de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com<br />

supradesnível do segmento ST. 4. ed. São Paulo: SBC; 2009: e179-e186.<br />

6. Motta VT. Bioquímica clínica para o Laboratório - princípios e interpretações.<br />

5. ed. Rio de Janeiro: MedBook; 2009: 111–113.<br />

7. Xavier RM, Dora JM, Barros E. Laboratório na prática clínica - consulta<br />

rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2016: 132-1040.<br />

8. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Cardiômetro. [Internet].<br />

2020. [Acesso em: 15 dez. 2020]. Disponível em: http://www.cardiometro.com.br/anteriores.asp<br />

9. Pinheiro RHO, Lenhani BE, Martins EV. Prevalência de fatores de risco<br />

relacionados ao infarto agudo do miocárdio em pacientes idosos: uma<br />

revisão integrativa. Uningá Review: 2017 abr.-jun. 3(30): 83-88.<br />

10. Viana RR, Souza MRSMD. Marcadores bioquímicos no infarto<br />

agudo do miocárdio. <strong>Revista</strong> Eletrônica Biociências, Biotecnologia e<br />

Saúde. Curitiba: 2017 Mai./Ago.; 18: 27-34.<br />

11. Formiga TMF. Marcadores laboratoriais para o diagnóstico do infarto<br />

agudo do miocárdio: revisão literária. [dissertação]. Cuité (PB):<br />

Universidade Federal de Campina Grande; 2016: 19-31.<br />

12. Pestana JF. Principais marcadores bioquímicos no diagnóstico de<br />

infarto agudo do miocárdio. [dissertação]. Londrina (PR): Universidade<br />

Norte do Paraná; 2018: 17-20.<br />

13. Troncoso LT, Oliveira NCC, Laranjeira NRF, Leporaes RCA, Eira TL,<br />

Pinheiro VP. Estudo epidemiológico da incidência do infarto agudo<br />

do miocárdio na população brasileira. <strong>Revista</strong> Caderno de Medicina:<br />

2018; n 1, vol 1: 91-99.<br />

14. Lima AEF, Lima LD, Sandes TKS, Neto JFO, Silva KMMD, Pereira RB. Perfil<br />

na mortalidade do infarto agudo do miocárdio por idade e sexo no município<br />

de Paulo Afonso no estado da Bahia. <strong>Revista</strong> Rios Saúde. 2018; 1-3.<br />

15. Alves L, Polanczyk CA. Hospitalização por infarto agudo do miocárdio: um<br />

registro de base populacional. Arq Bras Cardiol. 2020; [online]: 2-8.<br />

16. Medeiros TLFD, Andrade PCNSD, Davim RMB, Santos NMGD. Mortality<br />

by an acute myocardial infarction. Journal of Nursing UFPE on<br />

line. Recife. 2018 Fev.; 12(2): 565-570.<br />

17. Associação Beneficente Síria (HCor). Mulheres têm 50% de<br />

probabilidade de infarto maior quando comparada aos homens.<br />

[internet]. 2017. [Acesso em: 20 dez. 2020]. Disponível em: https://<br />

www.hcor.com.br/imprensa/noticias/mulheres-tem-50-de-probabilidade-de-infarto-maior-quando-comparada-aos-homens-2/<br />

18. BBC News Brasil. Como a Finlândia deixou de ser o país do mundo<br />

onde as pessoas mais morriam do coração. [internet]. 2016. [Acesso<br />

em: 20 dez. 2020]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-36699060<br />

ARTIGO CIENTÍFICO III<br />

<strong>Revista</strong> NewsLab | Março 2021<br />

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